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1. INTRODUÇÃO
O Assoalho Pélvico (AP), área tão importante do corpo feminino, ainda parece
não estar recebendo a atenção necessária no tocante à prevenção primária de suas
morbidades mais características, mesmo num tempo de consolidação da prevenção
de patologias através da atividade física regular. Entende-se como AP todo o
conjunto de partes moles que fecham a pelve, formado por músculos, ligamentos e
fáscias que oferecem suporte às vísceras abdominais e pélvicas (BRANDENBURG,
2017).
Além de sustentar e suspender os órgãos pélvicos, o AP, mantém a
continência fecal e urinária. Além de também participarem da função sexual e
distender-se em sua porção máxima na passagem do produto conceptual. O
assoalho pélvico consiste dos músculos coccígeos e elevadores do ânus que se
divide em pubococcígeo, ileococcígeo e puborretal e, que conjuntamente são
chamados de diafragma pélvico, que é atravessado à frente pela vagina e uretra e
ao centro pelo canal anal (MELO; ANGELIS; FIGUEIREDO JÚNIOR, 2022).
Os músculos transverso superficial e profundo do períneo, esfíncter da uretra,
isquiocavernoso e bulboesponjoso compõem o diafragma urogenital, a fáscia
endopélvica que é constituída pelos ligamentos pubo-vesical, redondo do útero,
uterossacro e ligamento cervical transverso são importantes para manter as
estruturas pélvicas em suas posições normais (AZEVEDO, 2017).
A constituição do assoalho pélvico se dá através dos ligamentos, músculos,
estruturas ósseas, órgãos reprodutores, fáscia e o reto, onde sua função é
assegurar órgãos e tecidos, além da bexiga, uretra e o útero, ele está entre as
partes genitais e do ânus. De modo que, essa formação tem o objetivo de favorecer
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1.4 HIPÓTESE
1.5 OBJETIVOS
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A pelve está dividida em pelve menor, porção inferior e pelve maior, porção
superior, onde a linha terminal se encontra, determinando a abertura superior da
pelve, também denominada estreito superior da pelve. A linha terminal tem início no
promontório do sacro, percorrendo pela linha arqueada do ílio, linha pectínea do
pube tubérculo púbico e pela margem superior da sínfise púbica. Assim, a função da
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fixado o colo da bexiga ao púbis e entre o útero e o reto obtém o ligamento lateral. A
uretra garante que a urina seja conduzida da bexiga para o meio externo. O músculo
levantador do ânus e o puborretal conseguem se comportar como esfíncter do reto,
pois sua contração tem ação de estimular simultaneamente o reto e o canal anal
(BARACHO, 2018).
idosas, quando falamos de idosas entre 70-79 anos, cerca de 50% apresentam
disfunção do assoalho pélvico (DAMASCENO; SOUZA; JUNIOR, 2020).
Diversos fatores de risco estão associados ao surgimento da fraqueza da
musculatura pélvica, que leva a sua evolução à patologia citada, um deles é a
paridade que é diretamente proporcional ao aumento do risco de desenvolvimento.
Entre as mulheres que tiveram filhos, as estimativas são de que 75% do prolapso
pode ser atribuído à gravidez e ao parto, como também a idade avançada aumenta
o risco por conta da atrofia do assoalho pélvico que leva a diminuição do tônus
muscular do mesmo (ROGERS, 2022).
Todos esses fatores interferem de maneira direta na sustentação anatômica
do assoalho pélvico que é feito entre a relação dos músculos da região e as ligações
do tecido conjuntivo à pelve óssea. O suporte primário é fornecido pelos músculos
pubococcígeo, puborrectal e iliococcígeo geram uma base sólida onde órgãos
pélvicos se amparam, tem um carácter elástico que com o envelhecimento e esforço
podem tornar esse complexo enfraquecido. A fáscia endopélvica estabiliza os
órgãos pélvicos na posição correta para que sejam suportados pelos músculos
pélvicos (AZEVEDO, 2017).
O prolapso propriamente dito ou a saída da cúpula vaginal leva o nome de
prolapso de compartimento apical, que se define como descida do ápice a vagina ou
além do intróito vaginal. Como também pode ser o útero completo ou apenas o colo
do útero ou a abóbada vaginal dependendo se a mulher foi submetida a
histerectomia. E por fim, a procidência uterina que é a herniação de todos os três
compartimentos através do intróito vaginal (ASSIS; SILVA; MARTINS, 2021).
O prolapso genital pode ser definido como o deslocamento inferior dos órgãos
pélvicos em direção ao hiato genital decorrente de desarmonia entre as forças de
retenção das vísceras pélvicas e as forças que as projetam para fora da pelve. As
quais podem ser decorrentes de fatores congênitos, como os de origem neurológica,
acarretando paralisia flácida dos músculos do assoalho pélvico (AP), defeitos
estruturais ou bioquímicos do tecido endopélvico, ou ainda fatores como: histórico de
partos, idade avançada, alterações posturais, obesidade ou a prática de atividades
que exijam aumento repetitivo da pressão abdominal (ARAÚJO; MONTEIRO;
SIQUEIRA, 2021).
Dentre todos os fatores causais, o parto vaginal é a origem mais comum de
lesões do AP. Durante o trabalho de parto, a musculatura do assoalho pélvico (MAP)
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Cada vez mais a saúde da mulher vem sendo como parte da saúde global e
bem-estar da mulher, que no decorrer da vida as mulheres passam por fases e
períodos específicos que são determinados por mudanças físicas, hormonais e
psicológicas (HOLZSCHUH; SUDBRACK, 2019).
O assoalho pélvico é composto por músculos e ligamentos responsáveis pela
sustentação dos órgãos pélvicos e abdominais. A saúde dos músculos do assoalho
pélvico é essencial para manter o funcionamento harmonioso da vagina, uretra e
órgãos da pelve. Sinais e sintomas relacionados às disfunções do assoalho pélvico
são muito comuns e reforçam a necessidade da investigação da força muscular,
principalmente em mulheres com queixas pélvicas (GONZÁLEZ, 2020).
Entre as funções mais importantes dos músculos do assoalho pélvico,
destaca-se a manutenção da posição anatômica dos órgãos pélvicos, um bom
desempenho sexual e, quando devidamente fortalecido, a prevenção de disfunções
pélvicas. No entanto, esses músculos são suscetíveis à atrofia ou enfraquecimento,
o que pode comprometer aspectos como o desempenho sexual, pois a sensação de
pressão intravaginal é reduzida, dificultando a atividade sexual da mulher e do
parceiro (LOPES, 2017).
Outro problema frequente associado ao enfraquecimento desta musculatura
é o envelhecimento, responsável pelo desgaste natural das fibras musculares que
podem levar à atrofia; os problemas congênitos; a obesidade; a gravidez e o parto,
que podem afetar parte do complexo esfincteriano; os distúrbios psíquicos
(ansiedade, depressão e ataques de pânico); a constipação; os distúrbios
alimentares; a atividade sexual e a contracepção oral combinada (ARAÚJO;
MONTEIRO; SIQUEIRA, 2021).
É importante fortalecer os músculos do assoalho pélvico para evitar
complicações. Ter os músculos da pelve fortes e seus ossos bem posicionados
melhora o bem estar da mulher. Como qualquer outro músculo esquelético, os
músculos do períneo, também têm a propriedade de aumentar o tônus estático e a
força de resposta rápida. Sendo assim, a fisioterapia torna-se cada vez mais
participativa na reabilitação desta musculatura (NOGUEIRA; MACEDO; LEITE,
2020).
O fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico está fundamentado no
preceito de que movimentos voluntários repetidos proporcionam aumento da força
muscular. Assim, os exercícios para o períneo são bastante benéficos por promover
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3. METODOLOGIA
2023
ATIVIDADES AGO SET OUT NOV
Revisão das referências para
5.
elaboração do TCC. X
Elaboração do Capítulo 1. X
Revisão e reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração do Capítulo X
2.
Revisão e reestruturação dos
Capítulos 1 e 2. Elaboração do X
Capítulo 3.
Elaboração das considerações X
finais. Revisão da Introdução.
Reestruturação e revisão de todo o X
texto. Verificação das referências
utilizadas.
X
Elaboração de todos os elementos
pré e pós-textuais.
Entrega do TCC X
REFERÊNCIAS
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