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INSTRUÇÕES PARA PREENCHER O MODELO DE INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES DE

TRABALHO “ST1”

1-EXPEDIENTE DO ACIDENTADO: Neste espaço, anotar-se-á o número e oano que correspondem a cada
trabalhador que sofreu um acidente de trabalho, de acordo com a numeração consecutiva que cada empresa
designa o trabalhador acidentado durante o ano económico, começando com uma nova numeração no ano
seguinte caso que um trabalhador sofra mais de um acidente ao mesmo ano, atribuir-lhe-á um número
diferente ao do ano anterior.

2. ORGANISMO: Nesta rubrica escrever-se-á o nome do organismo de tutelaque depende a empresa onde
pertence o trabalhador acidentado.

3. CLASSIFICAÇÃO DA EMPRESA POR TIPO DE PROPRIEDADE:Aqui, põe-se o nome da empresa e,


marca-se (x) no item correspondente, isto é, se o acidentado pertence a uma empresa Estatal, Mista, Privada
ou Cooperativa.

4. EMPRESA ONDE OCORREU O ACIDENTE: Anotar-se-á o nome daempresa onde ocorreu o acidente.

5. ACTIVIDADE ECONÓMICA DA EMPRESA: Dever-se-á escrever adequadamente a actividade


específica que a empresa onde ocorreu o acidente desenvolve caso tenha várias actividades, mencionar-se-á
a principal. Quer isto dizer que deve-se especificar a actividade concreta que a empresa açucareira tem como
actividade económica principal, a fabricação do açúcar mas, para além do açúcar pode fabricar também
álcool, o que constitui uma actividade suplementar e não principal.

6. ENDEREÇO DA EMPRESA: Dever-se-á anotar obviamente a rua, o número, o município, a zona,


bairro ou comuna onde está situada, assim como a cidade ou localidade.

7. MUNICÍPIO E PROVÍNCIA: Mencionar-se-á o nome do Município e da Província onde se


encontrasituada a empresa.

8. NOME DO TRABALHADOR ACIDENTADO: Mencionar-se-á o nome completo do trabalhador


acidentado.

9. IDADE: Mencionar os anos que o acidentado já completou na sua vida normal.


- SEXO: Indicar se o acidentado é de sexo masculino ou feminino;
- NACIONALIDADE: Indicar o país de origem do acidentado.

10. POSTO DE TRABALHO QUE OCUPAVA NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO ACIDENTE:


Dever-se-á especificar o posto de trabalho que o acidentado ocupava na altura da ocorrência do acidente,
pois que, não ser o seu posto de trabalho habitual, bem como a experiência acumulada neste posto.

11. CATEGORIA OCUPACIONAL: Marcar um (x) de acordo a qualificação do trabalhador no posto


de trabalho que ocupava no momento do acidente.

12. QUANTAS VEZES JÁ FOI ACIDENTADO: Mencionar o número de vezes o lesionado já se aci-
dentou. Em caso que seja a primeira vez deve mencionar a palavra “a primeira vez”.

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13. DATA DO ACIDENTE: Mencionar-se-á o dia, mês e assim como a hora do dia em que ocorreu
o acidente.
14. DATA DO INÍCIO DA INVESTIGAÇÃO: Mencionar o dia, mês e o ano que se iniciou a Inves-tigação
do acidente ocorrido.

15. ACTIVIDADE REALIZADA PELO ACIDENTADO NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO


ACIDENTE: Mencionar-se-á a actividade concreta que o acidentado desenvolvia no momento em que
ocorreu o acidente.

16. ERA A SUA TAREFA HABITUAL: Marcar sim ou não no espaço correspondente.

17. SE NÃO ERA SUA TAREFA HABITUAL, EXPLICAR O MOTIVO PELO QUAL SE ENCON-
TRAVA A DESEMPENHAR TAL ACTIVIDADE: De forma resumida explicar

18. DESCRIÇÃO DO ACIDENTE: Neste ponto, descrever-se-á a forma como ocorreu o acidente, com que
objecto ou substância se lesionou, que os factores concorrentes na ocorrência do acidente, que consequência
corporais provocou, etc. Portanto, este ponto dever-se-á descrever numa folha a parte
com a respectiva numeração e em poucas linhas.

19. TEMPO QUE O TRABALHADOR FEZ NO DIA DO ACIDENTE: Anotar numericamente nos espaços
previstos, as horas e minutos que o acidentado realizou até ao momento da ocorrência do acidente.

20. LUGAR ONDE OCORREU O ACIDENTE: Dever-se-á escrever ou anotar o lugar ou posto de trabalho
onde ocorreu o acidente (Ex. torno, fresa, serra circular, etc.)

21. DESCRIÇÃO DO LUGAR DO ACIDENTE: Dever-se-á fazer um detalhe claro e concreto do


lugar do acidente, descrevendo a sua estrutura, as condições de segurança existentes ou não, a
ordem e a limpeza, as regras específicas e as condições ambientais do posto de trabalho porém,
este ponto deve ser desenvolvido numa folha à parte com a respectiva numeração e em poucas
palavras.

22. TIPO DE ACIDENTE: Determinar-se-á a forma de contacto entre o acidentado e o objecto, subs-
tância ou exposição que causou a lesão, tal como, queda à níveis diferentes, queda ao mesmo nível,
golpeado contra, golpeado por queimadura, apanhado em, sobre ou entre, contacto com temperaturas
extremas, contacto com cor rente eléctrica, explosão, etc.

23. CONDIÇÃO INSEGURA: Determinar-se-á, tomando em consideração a circunstância que causou


directamente o acidente.

A condição insegura é aquela que, presente no ambiente de trabalho, devido à possibilidade de o


mesmo acidentar-se. Tais condições inseguras apresentam-se com deficiências técnicas:

a) Na construção e instalações, áreas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído,


trepidações, falta de ordem e de limpeza, instalações eléctricas impróprias ou com defeitos, falta de
sinalização;

b) Na maquinaria, localização imprópria das máquinas, falta de protectores e partes móveis e pontos de
agachamento, máquinas apresentando defeitos.
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Estas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho: No entanto,
dever-se-á ter em conta as vezes os acidentes são provocados por haver condições inseguras ao mesmo
tempo.
Ao determinar a condição insegura, é importante ter em consideração que, quando nenhuma
condição insegura contribui à ocorrência do acidente, não pode haver agente material causador do acidente.
Assim sendo, quando a condição insegura é designada pela palavra “nenhuma” o agente causador do
acidente também deve ser “nenhum”.
De igual modo, se a condição insegura é indeterminada em virtude de que o investigador, por
qualquer circunstância especial não pode decidir se a causa da ocorrência do acidente foi por uma condição
insegura de algum agente material, dever-se-á seleccionar o agente material causador do acidente como
indeterminado.

24. AGENTE MATERIAL QUE PRODUZIU A LESÃO: Determinar-se-á tendo em conta o objecto,
substância ou parte do agente material no qual existe a condição insegura seleccionada.

Nenhum objecto ou substância, dever-se-á citar como agente material causador do acidente, quando
forma parte estrutural ou física de algum objecto ou substância no momento da ocorrência do acidente ou
quando salta ou se desprende do objecto ou substância antes do acidente.

EXEMPLO: Um volante duma viatura na sua posição habitual é parte de uma máquina. No caso de que um
defeito do mesmo em operação causa um acidente, dever-se-á citar a viatura como agente causador do
acidente e o volante a parte material causador do acidente.

À excepção do especificado anteriormente, toda a superfície utilizada para o suporte de uma ou


várias pessoas, deve considerar-se possuidora de uma identidade distinta e separada do objecto pela qual
forma tecnicamente parte integrante e, em tais circunstâncias se deve citar como agente material causador do
acidente e não como parte do agente material.

Pisos, Escadas, Rampas etc., na sua função de suportes para pessoas deverá considerar-se como
agente principal e não como parte das estruturas com os quais estão associadas.

25. ACTO INSEGURO: Determina o rompimento ou a violação pelo acidentado, de um procedimento


unanimemente aceite como seguro e que causou o acidente ou contribui a sua ocorrência, que isto quer dizer
que, o acto inseguro é tido como causa de acidentes de trabalho que reside exclusivamente no factor humano
tendo em conta que, decorre da execução de tarefas de forma contrária à normas de segurança.

Todavia, pode ficar implícito que o acto inseguro depende única e exclusivamente da não
observância das normas de segurança pelo trabalhador, mas entretanto, muitas vezes as transgressões dessas
normas são devidas à outros factores que levam o trabalhador a agir da maneira insegura, entre elas, podem
se citar:

- A falta de treinamento;
- A falta de consciencialização;
- O local, máquina ou equipamento em condições inseguras em que o trabalhador é obrigado a realizar
suas tarefas.

Assim sendo, é preferível fazer referência ao acto como todo acto, consciente ou não, capaz de
provocar algum dano ao trabalhador, aos companheiros de trabalho ou às máquinas, aos materiais, e
equipamentos, pois que, em geral, uma acção pessoal deverá ser designada como acto inseguro, somente
quando existe um procedimento acordado e menos perigoso que podia ter seguido.

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26. NATUREZA DA LESÃO: A investigação do acidente tem como parte de seu interesse conhecer a
natureza da lesão. Nesta informação, que se relaciona com as providências médicas (tratamento para
recuperação), indica-se o tipo da lesão física sofrida pelo acidentado, anotando desta feita, a lesão
fundamental e não secundária.

Quando um acidentado sofre lesões múltiplas de naturezas diferentes, uma das lesões seja
manifestante mais grave que outras, estas devem ser tomadas em consideração, por um lado, por outro lado,
se o acidentado sofreu várias lesões de naturezas diferentes tais como: distorções, e nenhuma destas lesões
se manifestar mais grave que as outras escrever-se-á o termo de “lesões múltiplas”.
27. PARTE DO CORPO AFECTADO: Mencionar-se-á a parte do corpo directamenteafectada pela lesão
identificada previamente se a lesão estiver localizada numa parte do corpo, esta parte, deve ser mencionada.

Se a lesão estiver compreendida em vários elementos de uma parte principal do corpo, esta deve ser
assinalada, por exemplo:

Se a queimadura afectou os dedos, a mão, o punho e o antebraço deve expressar-se “extremidades


superiores múltiplas” como parte do corpo afectada. No entanto, se a lesão for interna, o sistema corporal
deve ser mencionado, por exemplo afogados, asfixiados seriam considerados como lesões do sistema
respiratório.

28. CLASSE DE INCAPACIDADE: Marcar um (x) para a classe que corresponde ao acidentado, isto é
se ele sofreu uma incapacidade total, parcial permanente ou temporária, ou então a morte, de acordo
com os dados que obtém do relatório médico, e isto deve se verificar depois da alta do acidentado.

29.OUTRAS CONSIDERAÇÕES DO INVESTIGADOR: Mencionar outras informações de interesse para o


caso, objecto de investigação que não aparecem reflectidas neste modelo e, devem ser desenvolvidas numa
folha a parte com a respectiva numeração.

30. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES: Neste espaço, dever-se-á reflectir o seguinte:

a) Conclusões a que chegou depois da investigação quanto as causas do acidente;

b) Informar se violou alguma disposição legal vigente indicado a norma, regra ou regulamento infligido;

c) Assinalar, obvia e objectivamente se houver participantes involuntários, culpados de alguma negligência,


de alguma irregularidade ou a vítima foi o único responsável do acidente, indicando as faltas cometidas
e, qual é o grau de responsabilidade de um ou de outro;

d) Recomendar as medidas de prevenção que se devam observar e cumprir para evitar as repetições de
ocorrência dos acidentes similares.

31. LUGAR E DATA DO FIM DA INVESTIGAÇÃO

32. NOME E CATEGORIA DO INVESTIGADOR.

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