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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO

Docente: Josevan Ursine Fudoli


Engº Civil e de Segurança do Trabalho

1
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ENGENHARIA
DE SEGURANÇA
AULA: ACIDENTES : CONCEITUAÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO
Docente: Josevan Ursine Fudoli
Engº Civil e de Segurança do Trabalho

2
CONTEÚDO A SER DESENVOLVIDO
1. Introdução.
2. A Segurança do Trabalho no Brasil e América
3. Estatística de Acidentes do Trabalho no Brasil.
4. O conceito legal do acidente do trabalho.
5. Considerações do INSS sobre o Anuário Estatístico de
Acidentes 2013.
6. Sistemática de concessão de benefícios
7. Terminologia acidentária do INSS.
3
8. Garantia de emprego após o acidente.
9. O conceito prevencionista do acidente.
10. Estatística de acidentes segundo o INSS.
11. Considerações sobre acidentes com registro
ou não de CATs.
12. Acidentes registrados e acidentes
liquidados. 13. Considerações sobre custos dos
acidentes.
4
“Fiquei dez meses afastado, fui operado duas
vezes e, na minha CAT, a empresa informou
que perdi somente um dedo mindinho”.

Jornal “O Globo” - 27/03/2011

5
6
Nos cálculos da OIT, para cada morte, há
750 mil acidentes não fatais.

Jornal “O Globo”, 27/03/2011

750.000

7
 TODA ATIVIDADE TEM RISCO DE ACIDENTE ?
 O HOMEM É SUSCEPTIVEL A FALHAS.
 “HERRAR É UMANO” !
 ACIDENTES SÃO SECULARES.
 DOENÇAS PROFISSIONAIS E ACIDENTES
AUMENTARAM COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
 CORRER RISCOS É UMA TAREFA ANTIGA.

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PREVENÇÃO >>>> COMEÇOU COM OS HOMENS DAS
CAVERNAS QUE CAÇAVAM ANIMAIS FEROZES.

INVENÇÃO DO MACHADO >>> AVANÇO PARA


GARANTIR A ALIMENTAÇÃO, COM RISCO DE ACIDENTES
PELA PRÁTICA INSEGURA NO MANEJO DA FERRAMENTA.

9
ANTES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL EUROPEIA
(FORÇA HUMANA ) >>>> ACIDENTES MAIS GRAVES
ERAM DE QUEDAS, QUEIMADURAS, AFOGAMENTOS
OU ATAQUES DE ANIMAIS DOMÉSTICOS.

APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTIAL >> NOVOS RISCOS

10
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL >>> 1930
1970 >>> Brasil “campeão do mundo” !

CUIDAR DA SEGURANÇA : DESPESA OU


INVESTIMENTO ?

VALE A PENA CRESCER DE QUALQUER FORMA ?

11
 1960 – 1970 – ESTATÍSTICA ELEVADA DE AT.
 MÉDIA DE 1,5 MILHÃO DE ACIDENTES, 4 MIL
ÓBITOS E 3,2 MIL DOENÇAS PROFISSIONAIS.
 17% DA POPULAÇÃO TRABALHADORA.
 CRIAÇÃO DA FUNDACENTRO – 1966
 CRIAÇÃO DAS 28 NR`s
 AMPLIAÇÃO CIPA`s e SESMT´s
12
1967 – CRIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DE
ACIDENTES DO TRABALHO (CAT).

1990 – CRIADO O INSS

1995 >>> CAT INFORMATIZADA PELO INSS.

13
 1999 >>> mudança formulário e cadastramento
da CAT pela CAT-Web.
 Informações via Tecnologia e Informações da
Previdência Social (DATAPREV).
 Inclusão da CAT no Anuário Estatístico da
Previdência Social (AEPS) que registra as
informações sobre acidentes do trabalho.

14
 APÓS 2002, COM A BASE DE DADOS DA CAT-
WEB começou o “Anuário Estatístico de
Acidentes de Trabalho” (AEAT),
MELHORANDO O AEPS e INCLUINDO
ACIDENTES POR ESTADO, ENTRE OUTROS
DADOS.

 O AEAT CONTINUA FUNCIONANDO.


15
O CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO

16
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO

Artigo 19, Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.

17
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO

“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo


exercício do trabalho a serviço da empresa, ou
pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação
funcional, de caráter temporário ou
permanente”.
18
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Também é acidente do trabalho:

a) o acidente ocorrido no trajeto entre a


residência e o local de trabalho do segurado.

19
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Também são acidentes do trabalho:
.............................................................
b) a doença profissional, assim entendida a produzida
ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade;
c) a doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente.
20
Não são consideradas como doença do trabalho: a) a
doença degenerativa.
b) a inerente a grupo etário.
c) a que não produz incapacidade laborativa.
d) a doença endêmica adquirida por segurados
habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se
comprovado que resultou de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.

21
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não
tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para perda
ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou
que tenha produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação.

22
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e horário


do trabalho, em conseqüência de ato de agressão,
sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho.

23
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

 Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por


motivo de disputa relacionada com o trabalho;
 Ato de imprudência, de negligência ou de
imperícia de terceiro, ou de companheiro de
trabalho.
24
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

 Ato de pessoa privada do uso da razão.


 Desabamento, inundação, incêndio e outros casos
fortuitos decorrentes de força maior.

25
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

III – a doença proveniente de contaminação acidental


do empregado no exercício de sua atividade.

26
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

IV – o acidente sofrido pelo segurado, ainda que


fora do local e horário de trabalho, na execução
de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade da empresa.
27
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

IV – em viagem a serviço da empresa, inclusive para


estudo, quando financiada por esta, dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado.

28
CONCEITO LEGAL DO ACIDENTE DO TRABALHO
Equiparam-se também a acidente do trabalho:

IV – no percurso da residência para o local de trabalho


ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.

29
PERCURSO >>> trajeto da residência ou do
local de refeição para o trabalho ou deste
para aqueles, independentemente do meio
de locomoção, sem alteração ou interrupção
voluntária do percurso habitualmente
realizado pelo segurado.

30
NOTA IMPORTANTE !

O empregado será considerado no exercício


do trabalho no período destinado à refeição
ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do
trabalho ou durante este.
31
ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES 2013

32
CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE

 MÉDICO PERITO DO INSS


 PESQUISA O NEXO CAUSAL ENTRE:
1. O ACIDENTE E A LESÃO
2. A DOENÇA E O TRABALHO
3.CAUSA MORTIS E O ACIDENTE
33
ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA PREVIDÊNCIA
 Quantidade de acidentes com e sem
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
 Acidentes liquidados por Estados, CNAE, CID,
Óbitos, entre outras informações.
 Consultar site Ministério da Previdência Social.

34
INDICADORES SAT – SEGURO DE ACIDENTE DO
TRABALHO

A Previdência Social recebe das empresas as


contribuições relacionadas aos riscos
ambientais do trabalho, denominadas Seguro
de Acidente do Trabalho (SAT) e Risco
Ambiental do Trabalho (RAT).
35
Em 2009, SAT >>>> Grau de Incidência de
Incapacidade Laborativa Decorrente de Riscos
Ambientais do Trabalho (GIILDRAT).

Por ser o SAT mais conhecido, sua denominação


foi mantida.

36
O SAT custeia os benefícios acidentários.

Refere-se aos riscos: leve, médio ou grave, que


correspondem às alíquotas de 1%, 2% e 3%
sobre toda a folha de pagamento.

37
 RAT = alíquota adicional do SAT e custeia a
aposentadoria especial, sendo aplicada sobre a
remuneração do trabalhador sujeito às condições
especiais.

 O RAT corresponde às alíquotas de 12%, 9% ou


6%, conforme a atividade realizada que permita a
aposentadoria especial aos 15, 20 ou 25 anos,
respectivamente.
38
Exemplificando:
Alíquota RAT – Empresa 6% (Aposentadoria 25 anos)
GRAU SAT RAT TOTAL
RISCO
1 1% 6% 7%
2 2% 6% 8%
3 3% 6% 9%

39
Exemplificando:
Alíquota RAT – Empresa 9% (Aposentadoria 20 anos)
GRAU SAT RAT TOTAL
RISCO
1 1% 9% 10%
2 2% 9% 11%
3 3% 9% 12%

40
Exemplificando:
Alíquota RAT – Empresa 12% (Aposentadoria 15 anos)
GRAU SAT RAT TOTAL
RISCO
1 1% 12% 13%
2 2% 12% 14%
3 3% 12% 15%

41
NTEP - NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO e
FATOR ACIDENTÁRIO PREVIDENCIÁRIO

Abril 2007 entra em vigor o Decreto 6042


criando o Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário (NTEP) e o Fator Acidentário
Previdenciário (FAP).
42
O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP)
é a metodologia que consiste em identificar quais
doenças e acidentes estão relacionados com a prática
de uma determinada atividade profissional.

Com o NTEP, quando o trabalhador contrair uma


enfermidade diretamente relacionada à atividade
profissional, fica caracterizado o acidente de trabalho.

43
Antes do NTEP, ao sofrer um acidente ou
contrair doença profissional ou do trabalho, o
trabalhador devia comprovar que os danos
haviam sido causados pela atividade então
desempenhada.

O ônus da prova era do trabalhador.


44
 Com o NTEP a empresa deverá provar que as
doenças e os acidentes de trabalho não foram
causados por sua atividade.

 Em resumo, o ônus da prova passa a ser do


empregador, e não mais do empregado.

45
TERMINOLOGIA ACIDENTÁRIA DO INSS

46
A partir de abril de 2007, com a mudança de
metodologia de caracterização de acidentes de
trabalho, o INSS entende como acidentes do
trabalho:
Eventos com emissão de CAT (tradicional)
Eventos sem CAT, mas com direito a benefício por
incapacidade de natureza acidentária.

47
Acidentes Com CAT Registrada –
correspondem ao número de acidentes cuja
Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT
foi registrada no INSS.
Não é contabilizado o reinício de tratamento
ou afastamento por agravamento de lesão de
acidente do trabalho ou doença do trabalho.

48
Acidentes Sem CAT Registrada
correspondem ao número de acidentes cuja
Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT)
não foi registrada no INSS.

49
Acidentes Sem CAT Registrada
Neste caso, o acidente é identificado pelo:

a) Nexo Técnico Profissional do Trabalho.


b) Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário –
NTEP.
c) Nexo Técnico por doença equiparada a Acidente
do Trabalho.
50
IMPACTO DA MUDANÇA = CAT`s NÃO EMITIDAS
2006 2007 2008
Doenças osteomusculares 19.956 95.473 199.112

Transtornos mentais e 612 7.690 12.818


comportamentais
Lesões e causas externas 99.490 141.790 199.112

Fonte: INSS

51
Acidentes Típicos – são os acidentes decorrentes da
característica da atividade profissional
desempenhada pelo segurado acidentado.

Esse dado somente está disponível para acidentes


que foram registrados por meio da CAT.

52
Acidentes de Trajeto – são os acidentes
ocorridos no trajeto entre a residência e o
local de trabalho do segurado e vice-versa.

Esse dado somente está disponível para


acidentes que foram registrados por meio da
CAT.
53
Doença do trabalho – são as doenças
profissionais, no exercício do trabalho
peculiar a determinado ramo de atividade,
conforme relação de doenças do Decreto
3.048/99.
Esse dado somente está disponível para
acidentes que foram registrados por meio da
CAT.
54
Doença do trabalho – as doenças do trabalho,
adquiridas ou desencadeadas em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente.

Esse dado somente está disponível para acidentes


que foram registrados por meio da CAT.

55
LEMBRETE RELEVANTE

A empresa deve comunicar o acidente do trabalho,


ocorrido com seu empregado, havendo ou não
afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato à autoridade competente.

56
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE !
Acidentes do trabalho sem CAT
Não é possível fazer a classificação por tipo de
acidente, uma vez que a metodologia utilizada
pelo INSS não permite esse grau de
detalhamento.
Só se faz o registro do evento-acidente.

57
GARANTIA DE EMPREGO EM CASO DE
ACIDENTE DO TRABALHO

58
"Art. 118, Lei nº 8.213/91 - O segurado que
sofreu acidente do trabalho tem garantida,
pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário”.

59
O QUE É AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO ?
O auxílio-doença acidentário será devido ao
segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nessa Lei, ficar
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos
(Lei 8.213/91, Artigo 59).

60
ATENÇÃO !

Desta forma, somente o afastamento do


trabalho por mais de 15 dias, por acidente
do trabalho, é que confere a estabilidade de
doze meses, após a volta ao trabalho.

61
O CONCEITO PREVENCIONISTA DO ACIDENTE
DO TRABALHO

62
Definição da norma NBR 14.280 da ABNT

É a “ocorrência imprevista e indesejável,


instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, que provoca lesão
pessoal ou de que decorre risco próximo ou
remoto dessa lesão”.
63
NOTA OPORTUNA !

Normas ABNT não são de utilização obrigatória, por


falta de amparo legal, exceto se forem citadas em
contrato, procedimento, normas de empresas ou em
dispositivos legais, situações em que se torna
obrigatório seu cumprimento.

64
CONCEITOS DA NBR 14.280

Acidente pessoal – é aquele que depende de existir


acidentado, cuja consequência será a lesão do
trabalhador envolvido.

Acidente de trajeto – é o acidente sofrido pelo


empregado no percurso da residência para o
trabalho ou deste para aquela.
65
CONCEITOS DA NBR 14.280
Lesão imediata – é a lesão que se verifica
imediatamente após a ocorrência do acidente.
Acidente impessoal – é aquele cuja caracterização
independe de existir acidentado de ocorrência
eventual que resultou ou poderia ter resultado em
lesão pessoal.
Acidentado – é o trabalhador vítima do acidente.

66
Lesão mediata (tardia) – é a lesão que não se
verifica imediatamente após a exposição à fonte da
lesão; caso seja caracterizado o nexo causal, isto é,
a relação da doença com o trabalho, ficará
caracterizada a doença ocupacional.

67
Incapacidade permanente total – é a perda total da
capacidade de trabalho, em caráter permanente,
exclusive a morte.

Essa incapacidade equivale à lesão que, não


provocando a morte, impossibilita o acidentado,
permanentemente, de exercer o trabalho.

68
Acidente com perda de tempo ou lesão
incapacitante – é o acidente pessoal que
impede o trabalhador de retornar ao
trabalho no dia útil imediato ao do acidente
ou de que resulte incapacidade permanente.

69
Acidente sem perda de tempo (sem
afastamento) – é o acidente pessoal cuja
lesão não impede que o trabalhador retorne
ao trabalho no dia útil imediato ao do
acidente, desde que não haja lesão
incapacitante.

70
Dias perdidos – são os dias de afastamento
de cada acidentado, contados a partir do
primeiro dia de afastamento até o dia
anterior ao do dia de retorno ao trabalho,
segundo a orientação médica.

71
Dias debitados – são os dias que devem ser
debitados devido à morte ou incapacidade
permanente total ou parcial.
Caso de morte ou incapacidade permanente total =
6.000 dias.
Incapacidade permanente parcial >>>> norma
brasileira ABNT – NBR-14.280.

72
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho que
deve emitida até o primeiro dia útil após o acidente
típico ou acidente de trajeto.

CAT Doença profissional, após o primeiro dia útil


após o diagnóstico médico
Fonte: Lei 8.213/91.

73
HHER = horas de exposição ao risco. Número de
horas efetivas de trabalho dos empregados, durante
o período a ser considerado.

Ex: 200 h/mês/empregado x nº empregados x nº de


meses = horas dos meses considerados

74
Taxa de frequência com afastamento – nº
acidentados com lesão, com afastamento por um
milhão de homens-hora de exposição ao risco, em
determinado período.

TFCA = (nº acidentados CA/ HHER) x 1.000.000

75
Taxa de frequência sem afastamento – nº de
acidentados com lesão, sem afastamento,
por um milhão de homens-hora de exposição
ao risco, em determinado período.

TFSA = (nº acidentados SA/ HHER) x 1.000.000

76
Taxa de Gravidade – é a soma dos dias
perdidos e debitados por um milhão por
milhão de homens-hora de exposição ao
risco, em determinado período.

TG = {(Dias perdidos + debitados)/HHER} x 106

77
RECOMENDAÇÃO
As taxas supracitadas (TFCA, TFSA e TG) são utilizadas
como indicadores de desempenho e devem ser
comparadas com os resultados históricos da mesma
empresa, não sendo recomendado compará-las com
os resultados de outras empresas, principalmente se
aquelas empresas forem de ramos de atividades
diferentes.

78
RECOMENDAÇÃO

Cada indicador representa uma realidade acidental e,


por isso, deve ser analisado em conjunto e não
isoladamente (o que poderá tornar a comparação
inconsistente).

79
ESTATÍSTICA DE ACIDENTES SEGUNDO O INSS
Durante o ano de 2013, foram registrados no INSS
cerca de 717.911 acidentes do trabalho, com CAT
registrada (acidente típico, trajeto e doença do
trabalho) e sem CAT registrada, conforme mostra o
quadro-resumo abaixo:
Fonte: Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho
(AEAT) do INSS

80
ACIDENTES DO TRABALHO - GERAL

COM CAT REGISTRADA


ANO Total Total Típico Trajeto Doença Sem CAT
trabalho
2011 720.629 543.889 426.153 100.897 16.839 176.740
2012 713.984 546.222 426.284 103.040 16.898 167.762
2013 717.911 559.081 432.254 111.601 15.226 158.830

81
COMPARATIVO 2012 COM 2013

Comparado com 2012, o número de acidentes de


trabalho teve aumento de 0,55%.

Do total de acidentes, os típicos representaram


77,32%; os de trajeto 19,96% e as doenças do
trabalho 2,72%.

82
ACIDENTES POR REGIÕES BRASILEIRAS

83
ACIDENTES DO TRABALHO - REGIÕES
Região 2011 2012 2013
Norte 31.772 32.269 31.275
Nordeste 93.711 90.588
86.225
Sudeste 391.324 390.997
390.911
Sul 155.497 150.580
158.113
Centro Oeste 48.325 49.550 51.387
Total 720.629 713.984 717.911

84
ACIDENTES POR SEXO

a) Acidentes Típicos: 73,01% (M) e 26,99% (F)


b) Acidentes trajeto: 62,21% (M) e 37,79% (F)
c) Doenças trabalho: 58,38% (M) e 41,62% (F)

85
ACIDENTES TÍPICOS PARTES DO CORPO

a) Dedos: 30%
b) Mão (exceto punho e dedos): 8,6 %
c) Pés (exceto artelhos): 7,67 %

86
ACIDENTES POR DOENÇAS DO TRABALHO

a) Ombro: 22 %
b) Sinovite e tenossinovite: 13,56 %
c) Dorsalgia: 6,36 %

87
CONSIDERAÇÕES SOBRE ACIDENTES COM
REGISTRO OU NÃO DE CAT´s

88
CONSIDERAÇÕES SOBRE ACIDENTES COM
REGISTRO OU NÃO DE CAT´s

Até março de 2007 – CAT acidentária – modelo


tradicional com base no registro.

Não emitida CAT >>> CAT previdenciária.


89
ATENÇÃO
Cabe observar que, embora a CAT seja
obrigatória para todos os acidentes de trabalho,
independentemente da gravidade, os
benefícios acidentários somente são devidos
nos casos de afastamento por mais de 15 dias,
invalidez permanente ou morte.

90
Abril de 2007 >>> com a nova sistemática de
classificação de benefícios concedidos pelo INSS, a
existência de uma CAT registrada deixou de ser
condição para a classificação de um benefício como
acidentário.

91
 O INSS passou a classificar os acidentes de trabalho
em dois grupos.

 O primeiro é o dos acidentes que tiveram registro,


isto é, para os quais foram entregues CAT´s
(metodologia tradicional).

 Qualquer pessoa pode emitir a CAT.


92
 O segundo grupo é o dos acidentes sem registro.

 Novidade >>> são acidentes reconhecidos pelas


suas consequências, ou seja, diante das
consequências, o INSS reconhece o acidente do
trabalho.

 São as CAT`s não registradas.


93
OBSERVAÇÃO OPORTUNA

Como não houve registro de CAT, não há


informação sobre as características da origem
das consequências.

94
ACIDENTES REGISTRADOS E ACIDENTES
LIQUIDADOS

95
ACIDENTES REGISTRADOS

O INSS define como acidentes registrados aqueles


que correspondem ao total de CAT´s entregues ao
INSS, em um determinado período.

96
ACIDENTES DO TRABALHO - GERAL

COM CAT REGISTRADA


ANO Total Total Típico Trajeto Doença trabalho Sem CAT

2011 720.629 543.889 426.153 100.897 16.839 176.740


2012 713.984 546.222 426.284 103.040 16.898 167.762
2013 717.911 559.081 432.254 111.601 15.226 158.830

97
ACIDENTES LIQUIDADOS
Por sua vez, os acidentes liquidados
correspondem aos acidentes cujos processos
foram encerrados administrativamente pelo
INSS, em determinado período, depois de
completado o tratamento e indenizadas as
sequelas.
98
QUANTIDADE ACIDENTES DO TRABALHO LIQUIDADOS

INC. TEMPORÁRIA
ANO Total AM TOTAL < 15 > 15 INC PERM ÓBITO

2011
741.205 102.149 619.460 312.957 306.503 16.658 2.938
2012
734.434 109.085 605.534 317.471 288.063 17.047 2.768
2013
737.378 108.940 610.804 339.490 271.314 14.837 2.797

99
COMPARATIVO
Pelo conceito de acidente registrado, têm-se
a visão da ocorrência dos acidentes, no
período, enquanto pela visão dos acidentes
liquidados têm-se a visão dos acidentes pelas
suas consequências, fora do período.

100
QUANTIDADE ACIDENTES DO TRABALHO 2013 LIQUIDADOS

INC TEMPORÁRIA
ANO Total AM TOTAL < 15 > 15 INC PERM ÓBITO

2011

741.205 102.149 619.460 312.957 306.503 16.658 2.938


2012

734.434 109.085 605.534 317.471 288.063 17.047 2.768


2013

737.378 108.940 610.804 339.490 271.314 14.837 2.797

101
CONSIDERAÇÕES SOBRE CUSTOS
DOS ACIDENTES

102
ANOTEM AÍ !

No Brasil, em 2013, ocorreu cerca de 1 morte a cada


3,5 horas.
cerca de 83 acidentes a cada 1 hora.
média de 43 trabalhadores/dia não retornaram ao
trabalho devido a invalidez ou morte.

103
CUSTO BRASIL
Considerando exclusivamente o pagamento, pelo INSS,
dos benefícios devido a acidentes e doenças do
trabalho, somado ao pagamento das aposentadorias
especiais decorrentes das condições ambientais do
trabalho em 2013, encontraremos um valor da ordem de
R$ 14,20 bilhões/ano. Se adicionarmos despesas como o
custo operacional do INSS, mais as despesas na área da
saúde e afins o custo Brasil atinge valor da ordem de R$
56,80 bilhões.
104
.
CUSTO BRASIL
Considerando exclusivamente o pagamento, pelo INSS,
dos benefícios devido a acidentes e doenças do
trabalho, somado ao pagamento das aposentadorias
especiais decorrentes das condições ambientais do
trabalho em 2013, encontraremos um valor da ordem
de R$ 14,20 bilhões/ano. Se adicionarmos despesas
como o custo operacional do INSS, mais as despesas na
área da saúde e afins, o custo Brasil atinge valor da
ordem de R$ 56,80 bilhões.
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CUSTO BRASIL
 Problema: falta de adoção de políticas públicas
para a prevenção e proteção contra os riscos
relativos às atividades laborais.
 Necessidade emergencial de construção de
políticas públicas e implementação de ações para
alterar esse cenário.
(Fonte: INSS)

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OBRIGADO A TODOS E A TODAS !
Josevan Ursine Fudoli

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