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psicologia, considerando-a tanto uma das disciplinas mais antigas quanto uma das mais
recentes.
O século V a.C. é mencionado como um período em que filósofos como Platão e
Aristóteles já discutiam questões comuns aos psicólogos contemporâneos, abordando temas
como memória, aprendizagem, motivação, pensamento, percepção e comportamento
anormal. A influência dessas ideias é destacada como estruturante para o desenvolvimento
subsequente da psicologia.
Por outro lado, o texto sugere que a psicologia moderna, como disciplina independente
e científica, teve seu surgimento aproximadamente 200 anos atrás, quando se separou da
filosofia e adotou métodos de pesquisa distintos. A transição ocorreu quando os
pesquisadores começaram a aplicar ferramentas e métodos das ciências biológicas e físicas
para explorar questões relacionadas à natureza humana. Isso marca o início da psicologia
como uma área de estudo própria.
O autor destaca a importância dos métodos precisos e objetivos na diferenciação entre a
psicologia moderna e suas raízes filosóficas. A mudança crucial ocorreu quando os
pesquisadores passaram a confiar na observação e na experimentação controlada para estudar
a mente humana. A narrativa então se concentra no século XIX como o período em que a
psicologia se tornou uma disciplina independente, com métodos de pesquisa distintos e
fundamentação teórica.
O texto também aborda a reconstrução do passado da psicologia por meio de dados
históricos, destacando a historiografia como a técnica utilizada pelos historiadores para
estudar e compreender o desenvolvimento da psicologia. São discutidos desafios específicos
enfrentados pelos historiadores em comparação com os psicólogos, especialmente no que diz
respeito à coleta e interpretação de dados históricos. O autor destaca a natureza fragmentada e
muitas vezes limitada desses dados, ressaltando a importância de fontes como descrições
escritas, cartas, diários, fotografias e equipamentos de laboratório.
No final, o texto enfatiza que, embora os historiadores não possam repetir ou controlar
os eventos do passado como os psicólogos fazem em seus estudos, eles ainda têm fragmentos
significativos de informações para analisar e reconstruir os eventos e experiências históricas.
O texto aborda recursos online e desafios relacionados ao estudo da história da
psicologia. Destacam-se diversos links de arquivos históricos e coleções de documentos
relevantes para a compreensão do desenvolvimento da psicologia:
1. Archives of the History of American Psychology
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foi marcado por essas divergências, e a transição para um estágio paradigmático, onde um
modelo comum define o campo, ainda não foi alcançada na psicologia.
O conceito de paradigma, inspirado na física, é mencionado como um modelo ou
padrão aceito na disciplina científica que fornece perguntas e respostas fundamentais. No
entanto, a psicologia ainda não atingiu esse estágio maduro, e a falta de uma visão unificada é
evidenciada pelos constantes conflitos e fragmentação dentro da disciplina.
O texto destaca a natureza fragmentada e desintegrada da psicologia na atualidade, com
várias correntes independentes que dificultam a comunicação entre as diferentes abordagens.
Cada escola de pensamento na psicologia foi um movimento de protesto contra a posição
dominante, provocando discussões acaloradas e mudanças na orientação teórica e
metodológica.
A história da psicologia é apresentada como uma sequência de paradigmas frustrados, e
a falta de um princípio científico fundamental comparável às leis da física de Newton ou à
teoria evolucionista de Darwin é destacada. O texto conclui enfatizando a importância de
compreender o avanço da psicologia no contexto do desenvolvimento histórico das escolas de
pensamento, reconhecendo tanto as contribuições individuais quanto as mudanças nas ideias
que precederam, influenciaram e sucederam essas contribuições.
O livro segue uma organização cronológica e temática, abordando o desenvolvimento
da psicologia desde suas raízes filosóficas e fisiológicas até os movimentos e escolas de
pensamento modernos. A obra inicia com os precursores filosóficos e fisiológicos da
psicologia experimental, seguido pelo papel fundamental de Wilhelm Wundt e a emergência
do estruturalismo.
A narrativa prossegue com a evolução para outras escolas de pensamento, como o
funcionalismo, o behaviorismo, a psicologia da Gestalt e a psicanálise. Cada escola é
apresentada em capítulos distintos, destacando suas principais características, ideias e
influências. Ao longo da narrativa, percebe-se a interconexão entre essas abordagens e como
algumas surgem como reações ou evoluções das anteriores.
O texto aborda as diferentes correntes de pensamento que surgiram em reação ao
behaviorismo e à psicanálise, incluindo a psicologia humanista e a psicologia cognitiva.
Também menciona desenvolvimentos contemporâneos, como a psicologia evolucionista, a
neurociência cognitiva e a psicologia positiva, destacando a complexidade e diversidade do
campo.
10. Por que os psicólogos alegam que a psicologia é uma das disciplinas acadêmicas mais
antigas e ao mesmo tempo mais modernas? Explique por que a psicologia moderna é
um produto tanto do pensamento do século XIX como do século XX.
A psicologia é considerada uma disciplina antiga devido às influências filosóficas e
fisiológicas do século XIX, mas também moderna devido aos desenvolvimentos e abordagens
inovadoras do século XX.
abordagem escocesa buscava introduzir o método experimental nos assuntos morais. Autores
como David Hume e Dugald Stewart, embora não usassem o termo "psicologia",
contribuíram para a fundamentação do pensamento psicológico.
Na França, a palavra "psicologia" era conhecida, mas ausente do vocabulário filosófico
comum. A resistência à associação com conceitos religiosos e clericalismo levou alguns a
evitar o termo, como no caso de Condillac. Os debates entre os philosophes e críticos
católicos destacaram a atividade da mente e a unidade do eu, opostos ao conceito de uma
máquina orgânica passiva.
A Alemanha, embora ainda não unificada, desempenhou um papel crucial na produção
de psicologias durante o século XVIII. A palavra "psicologia" era comumente usada no
contexto do Aufklärung alemão. Inicialmente ligada ao sistema filosófico de Christian Wolff,
a psicologia foi posteriormente influenciada pela filosofia crítica de Kant. A obra de Wolff,
que abordava a razão, a experiência e diferentes disciplinas, contribuiu para a
institucionalização da psicologia como uma disciplina distinta nas universidades protestantes.
O desenvolvimento da psicologia na Alemanha refletia a abordagem de Wolff, onde a
disciplina era dividida entre psicologia racional e empírica, cada uma com seu próprio
método. A psicologia racional procedia por dedução a partir de definições e axiomas,
enquanto a psicologia empírica utilizava a observação e experimentação. Este método
empírico incluía a experiência, definida como a cognição do que é evidente apenas por meio
de percepções.
A narrativa histórica na França geralmente começa com a tentativa de superar o
dualismo cartesiano, resultando na evolução de diferentes estratégias, como a descrição dos
efeitos externos dos movimentos da alma e a reformulação de conceitos metafísicos como
noções empíricas. A Alemanha desempenhou um papel significativo na institucionalização da
psicologia como disciplina no século XVIII, vinculada inicialmente ao sistema filosófico de
Christian Wolff.
Na obra de Christian Wolff, a "Psychologia empirica" concentra-se na vida interior da
alma, excluindo relações fisiológicas e corporais. A primeira parte do tratado aborda a alma
em geral, suas faculdades cognitivas (percepção, sentidos, imaginação, memória, etc.) e a
segunda parte analisa a transição do conhecimento para o "apetite" e a aversão, incluindo
considerações sobre prazer, desprazer, bem, mal, paixões, apetite racional, entre outros. Uma
seção final descreve a interação entre alma e corpo. A "Psychologia empirica" fornece os
princípios para a lei natural, teologia natural e lógica.
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Por outro lado, a "Psychologia rationalis" busca explicar a priori os fatos apresentados
na psicologia empirica por meio da dedução de axiomas e proposições provadas. Começando
com a definição da alma como um poder de representação do universo, a psicologia racional
dedutivamente explora as faculdades e operações da alma, tratando de temas como a
correspondência entre alma e corpo, natureza dos espíritos, espiritualidade da alma, sua
origem, união com o corpo e imortalidade. A psicologia racional não produz novos
conhecimentos empíricos, mas aprofunda a compreensão da observação da alma.
No contexto histórico, a psicologia, tanto empírica quanto racional, era abordada como
uma ciência empírica nas universidades alemãs até meados do século XVIII. No entanto, o
interesse na antropologia cresceu, refletindo uma mudança na compreensão da psicologia. A
bibliografia da "psicologia ou lógica" reflete a psicologização da lógica, argumentando que a
lógica pertence à psicologia, influenciando a reforma das disciplinas filosóficas.
Além disso, a história da psicologia emergiu como um gênero historiográfico,
contribuindo para o desenvolvimento da psicologia como disciplina. A expansão do cânone
psicológico incluiu o passado, reconstruindo a "psicologia empírica" de filósofos anteriores e
estabelecendo fronteiras para o domínio em crescimento da psicologia. Autores psicológicos
adotaram formas populares e narrativas mais existenciais, utilizando a linguagem do
"sentimento de si" como fonte principal de dados psicológicos. Essas mudanças ocorreram
durante o Iluminismo, refletindo o movimento em direção ao autoconhecimento e à
compreensão mais profunda da psicologia humana.
Este texto aborda a contribuição de Christian Wolff para a psicologia no contexto do
século XVIII, destacando a distinção entre sua abordagem empírica e racional. Wolff, um
filósofo alemão, desenvolveu a Psychologia empirica e a Psychologia rationalis como partes
integrantes de sua filosofia.
A Psychologia empirica de Wolff concentrou-se na vida interior da alma, excluindo as
relações fisiológicas e corporais. A primeira parte do tratado tratava da alma em geral e suas
faculdades cognitivas, como percepção, sentidos, imaginação, memória e intelecto. A
segunda parte analisava a transição do conhecimento para o "apetite" e a aversão, abordando
prazer, desprazer, bem, mal, paixões e outros estados mentais. Uma seção final explorava a
interação da alma e do corpo, fornecendo princípios para a lei natural, teologia natural e
lógica.
Por outro lado, a Psychologia rationalis buscava explicar a priori os fenômenos
apresentados na psychologia empirica. Começava com a definição da alma como um poder
de representação do universo, destacando atividades como sensação e apercepção. Wolff
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possuía uma energia nervosa específica, traduzindo-se em sensações específicas. Isso levou a
uma espécie de "kantismo fisiológico," onde o mundo percebido seria uma propriedade das
energias nervosas específicas, em vez do sujeito transcendental.
Hermann von Helmholtz, discípulo de Müller, apresentou soluções para o segundo
problema kantiano. Ele propôs a teoria das inferências inconscientes, em que as sensações
são organizadas por experiências passadas, e o método da introspecção experimental, que
consiste na análise consciente das sensações para neutralizar as sínteses inconscientes.
O capítulo destaca a importância dessas contribuições na constituição da psicologia
como uma ciência independente no final do século XIX.
O capítulo aborda a resolução do terceiro problema kantiano - a falta de matematização
na psicologia - através da psicofísica de Gustav Fechner. Seu livro "Elementos de
Psicofísica," publicado em 1860, não só oferece uma resposta experimental ao segundo veto
kantiano (relativo à impossibilidade de estudos objetivos), mas também contribui
significativamente para o desenvolvimento de uma matemática avançada na psicologia.
Fechner introduz a Lei Weber-Fechner, derivada da equação de Ernst Weber sobre a
relação de proporcionalidade entre as diferenças apenas percebidas entre dois estímulos e
seus valores absolutos. Essa lei proporciona uma base matemática para a psicologia ao
conectar as diferenças percebidas (dap) às sensações (S) por meio da fórmula S = k log R,
onde k é uma constante matemática e R é o limiar de percepção do estímulo.
O trabalho de Fechner é contextualizado em seu projeto mais amplo, que ele
denominou como "visão diurna" ou panpsiquismo. O panpsiquismo reflete a ideia de uma
natureza única composta por dois aspectos, físico e mental, coextensivos em todos os seres.
Fechner, um físico, dedicou-se a estabelecer uma lei matemática que conectasse o domínio
físico ao psicológico, fundando assim a psicofísica.
O capítulo destaca o sonho de Fechner em 1850 como o marco do surgimento da
psicologia experimental, correlacionando elementos físicos e espirituais. Essa abordagem
abriu caminho para a primeira formulação de psicologia reconhecida como científica,
superando os impasses da psicologia empírica do século XVIII. Quando Wilhelm Wundt
inaugurou a psicologia acadêmica em 1879, os elementos necessários para isso já estavam
garantidos pelas respostas indiretas da fisiologia e da psicofísica aos vetos kantianos.
O capítulo conclui questionando se os vetos kantianos continuam a assombrar a
psicologia, dada a proliferação de escolas e sistemas científicos na disciplina. A indicação
estética e bibliográfica inclui o livro "Textos Básicos em História da Psicologia" de E. G.
Boring e R. J. Herrnstein, bem como obras de autores relevantes mencionados no capítulo,
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como Johannes Müller, Ludwig von Helmholtz, Ernst Weber, Gustav Fechner e Wilhelm
Wundt.
"experiência imediata," considerando-a como um todo unitário que pode ser analisado
objetivamente (experiência mediata) e subjetivamente (experiência imediata). Wundt propõe
que a ciência natural lida com os aspectos objetivos da experiência mediata, enquanto a
psicologia se concentra na experiência imediata, sem abstrair o sujeito.
A definição de psicologia de Wundt visa contestar abordagens contemporâneas que
consideravam a psicologia como a ciência da alma ou mente, baseada em hipóteses
metafísicas (espiritualismo ou materialismo) que ultrapassavam os limites da experiência
possível. Ele busca estabelecer uma psicologia autônoma, fundamentada apenas na
experiência psicológica.
Essencialmente, Wundt argumenta que não há uma diferença fundamental de natureza
entre o mundo interno e externo, mas sim uma diferença na abordagem deles. Ele enfatiza a
complementaridade entre a psicologia e as ciências naturais, pois ambas oferecem
perspectivas distintas da mesma experiência, sem hierarquia ou redução uma à outra.
Além disso, a psicologia, sendo a ciência das formas universais da experiência humana
imediata, é considerada a mais geral das ciências do espírito. Isso a coloca como base para
disciplinas específicas (filologia, história, direito) e destaca sua relevância para a investigação
dos problemas gerais da teoria do conhecimento e ética, fundamentais na filosofia.
Assim, a psicologia wundtiana não apenas redefine o escopo da disciplina, afastando-se
de abordagens metafísicas, mas também estabelece conexões significativas com as ciências
naturais, as ciências do espírito e a filosofia, destacando sua posição central na compreensão
da experiência humana.
Wilhelm Wundt aborda a questão do método na psicologia, destacando que, embora
esta ciência estude a mesma experiência que as ciências naturais, seus métodos de
investigação são semelhantes. A psicologia utiliza principalmente dois métodos: o
experimento e a observação. O experimento envolve a interferência proposital do pesquisador
nos fenômenos estudados, enquanto a observação refere-se à simples apreensão desses
fenômenos sem interferência.
Wundt destaca que a psicologia emprega o experimento diretamente em suas pesquisas,
especialmente ao investigar a psicologia individual, fisiológica ou experimental, que envolve
o estudo cuidadoso do início e do curso dos processos psíquicos. No entanto, há diferenças
metodológicas significativas em relação às ciências naturais, decorrentes da natureza
específica da perspectiva psicológica.
Uma diferença crucial é que a psicologia lida com a experiência imediata, revelando
apenas processos e não objetos estáveis como nas ciências naturais. Além disso, a psicologia
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não pode desconsiderar o sujeito da experiência, uma vez que este é o foco de seu interesse.
Isso impede o uso puro da observação ou auto-observação no domínio da psicologia
individual, devido à influência significativa da intenção do observador nos processos
psíquicos.
Wundt esclarece a diferença entre auto-observação e percepção interna, destacando que
a última, baseada no controle experimental das condições externas da experiência, substitui a
introspecção tradicional. Embora a psicologia não descarte totalmente a observação pura, ela
a utiliza para estudar fenômenos psíquicos que têm a natureza de objetos psíquicos e são
relativamente estáveis, como a linguagem, religião, mitos e costumes.
Wundt também introduz a psicologia dos povos (Völkerpsychologie) como uma área de
investigação que complementa a psicologia individual, concentrando-se em produtos mentais
ao longo da história. Esses produtos mentais estão ligados a uma comunidade popular, e
Wundt aborda essa área principalmente através de relatos e estudos etnológicos.
A psicologia utiliza experimento e observação para estudar tanto os processos psíquicos
mais simples quanto os superiores, resultando em uma subdivisão metodológica entre a
psicologia individual e a psicologia dos povos, sem comprometer a unidade de seu objeto de
estudo: os processos psíquicos revelados na experiência.
eram muitas vezes controversos, incluindo estudos sobre sexo que só foram revelados
décadas mais tarde.
A biografia de Titchener revela um acadêmico brilhante, nascido na Inglaterra, que
estudou em Oxford e posteriormente na Alemanha com Wundt. Ele se tornou professor na
Cornell University, onde dedicou grande parte de sua carreira ao desenvolvimento do
estruturalismo. Titchener foi elogiado como um excelente professor, embora sua
personalidade tenha se tornado mais arrogante com o tempo. Ele contribuiu para a psicologia
experimental traduzindo os livros de Wundt para o inglês e publicando trabalhos como
"Esboço de Psicologia" e "Psicologia Experimental: um Manual de Práticas de Laboratório".
No entanto, seus interesses pessoais e passatempos acabaram afastando-o do trabalho em
psicologia à medida que envelhecia.
Contexto Inicial
O texto aborda a prática pouco convencional de pesquisa conduzida pelo psicólogo
Edward Bradford Titchener na Cornell University, no início do século XX. Titchener, um
seguidor de Wilhelm Wundt, é o principal proponente do estruturalismo na psicologia, um
movimento que se destaca por sua ênfase na introspecção.
Experimentos Peculiares
Titchener conduziu experimentos controversos, como o dos tubos de borracha
engolidos por alunos para estudar a sensibilidade dos órgãos internos. Os participantes
deviam relatar sensações ao serem expostos a água quente e fria pelos tubos. Outros
experimentos incluíam alunos carregando cadernos ao banheiro para relatar sensações
durante a micção ou evacuação.
mentais complexas em elementos mais elementares, comparáveis aos átomos na química. Ele
acreditava que ao identificar e descrever esses elementos, seria possível compreender a
estrutura fundamental da mente.
O segundo objetivo de Titchener era determinar as leis de associação desses elementos
da consciência. Ele estava interessado em entender como esses elementos se combinavam
para formar experiências mentais mais complexas. A associação, para Titchener, era crucial
para explicar a variedade de pensamentos e sentimentos que surgiam na mente.
Além disso, Titchener buscava conectar esses elementos às suas condições fisiológicas.
Ele reconhecia a importância de compreender as bases biológicas das experiências mentais e
acreditava que a psicologia deveria ter uma relação próxima com a fisiologia. Essa
abordagem refletia a influência do pensamento de seu professor Wundt, que também
enfatizava a importância da relação entre a psicologia e a fisiologia.
No entanto, Titchener diferenciava-se de Wundt em sua ênfase na introspecção
experimental sistemática. Enquanto Wundt estava mais interessado na aplicação de métodos
objetivos e quantitativos, Titchener favorecia a introspecção qualitativa, na qual observadores
treinados descreviam detalhadamente suas experiências conscientes.
O estruturalismo de Titchener foi marcado por sua abordagem experimental e rigorosa,
mas enfrentou críticas e desafios, especialmente em relação à subjetividade da introspecção.
Além disso, a escola estruturalista perdeu influência à medida que outras abordagens
psicológicas, como o funcionalismo e o behaviorismo, ganharam destaque. No entanto, seu
trabalho deixou um impacto duradouro no desenvolvimento da psicologia como disciplina
científica.
No livro "Um Esboço de Psicologia" (1896), Titchener detalhou sua pesquisa sobre os
elementos da sensação, identificando aproximadamente 44.500 qualidades sensoriais
individuais, divididas em 32.820 visuais e 11.600 auditivas. Cada elemento era considerado
consciente e distinto, e sua combinação formava percepções e ideias mais complexas. Esses
elementos mentais, embora básicos e irredutíveis, podiam ser categorizados, similar aos
elementos químicos agrupados em classes.
Titchener atribuiu quatro características fundamentais a esses elementos mentais:
qualidade (distinguindo um elemento dos demais, como "frio" ou "vermelho"), intensidade
(refletindo força, fraqueza, sonoridade ou brilho da sensação), duração (o tempo da sensação)
e nitidez (relacionada à atenção, tornando uma experiência mais nítida quando focalizada).
Sensações e imagens possuíam todas essas características, enquanto os estados afetivos
tinham apenas três: qualidade, intensidade e duração, excluindo nitidez.
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8. De que forma Titchener começou a alterar o seu sistema no final de sua carreira?
Alterações no Sistema de Titchener: No final de sua carreira, Titchener alterou
significativamente sua abordagem, afastando-se dos elementos mentais para estudar
dimensões ou processos mentais mais amplos, como qualidade, intensidade, duração, nitidez
e extensão.
10. Que outras críticas foram feitas a respeito do estruturalismo de Titchener? Quais
foram as contribuições do estruturalismo de Titchener para a psicologia?
Outras Críticas e Contribuições do Estruturalismo: Outras críticas incluíram a
artificialidade e esterilidade na análise dos processos conscientes. No entanto, os
estruturalistas contribuíram ao definir claramente o objeto de estudo da psicologia e ao
servirem como alvo de críticas, impulsionando a disciplina para além de seus limites.
11. Que críticas haviam sido feitas ao método de introspecção antes do trabalho de
Titchener?
Críticas Pré-Titchener à Introspecção: Antes do trabalho de Titchener, críticas à
introspecção incluíam a preocupação de que observar as próprias atividades mentais alterava
a experiência consciente, além de dúvidas sobre a capacidade da mente para observar a si
mesma.
12. Como o termo reagente, usado por Titchener, indicava sua visão sobre os
observadores humanos e as pessoas em geral?
Visão de Titchener sobre Observadores e Pessoas em Geral: O termo "reagente",
usado por Titchener, indicava sua visão de que os observadores humanos eram reagentes aos
estímulos, semelhantes a outros organismos, e que as pessoas eram moldadas pelos estímulos
do ambiente.
16. Por que alguns dos alunos de pós-graduação de Titchener engoliam tubos de
borracha, levavam seus cadernos para o banheiro e registravam seus sentimentos
durante as relações sexuais?
Ações dos Alunos de Pós-Graduação de Titchener: Alguns alunos de pós-graduação
de Titchener realizavam ações extremas, como engolir tubos de borracha e registrar seus
sentimentos durante relações sexuais, como parte do método introspectivo. Essas práticas
eram controversas e indicavam a dedicação extrema à introspecção experimental.
A expansão do sistema universitário nos EUA, livre das tradições europeias, permitiu a
adoção de novos modelos e paradigmas, como o darwinismo e o spencerismo. Isso levou à
circulação de conceitos como adaptação, função e equilíbrio, que foram incorporados pela
psicologia funcionalista. Essa abordagem não apenas estudava os processos naturais, como a
evolução e adaptação, mas também os promovia nos ajustes e controles da sociedade
moderna em expansão.
O capítulo conclui destacando alguns psicólogos norte-americanos, como Edward
Titchener, que desempenharam papéis-chave na introdução e desenvolvimento do
funcionalismo nos EUA. Titchener, apesar de inicialmente representar a psicologia alemã,
tornou-se uma voz isolada ao tentar diferenciar a psicologia funcionalista da estruturalista,
destacando sua ênfase na adaptação e na função.
O segundo grupo de psicólogos norte-americanos, como Granville Stanley Hall, James
McKeen Cattell e James Mark Baldwin, buscou a influência da psicologia do século XIX na
Alemanha, especialmente em Leipzig com Wilhelm Wundt. No entanto, a rígida formação
germânica não impediu que esses psicólogos desenvolvessem interesses diversos em relação
à abordagem alemã.
James Baldwin, por exemplo, adotou o pensamento darwinista, focando em temas
como o desenvolvimento infantil. Cattell, apesar de ter sido assistente de Wundt, dedicou-se
ao aperfeiçoamento de medidas mentais para a classificação dos indivíduos, fundamental para
a criação de testes mentais. Stanley Hall, o primeiro doutor em psicologia nos EUA,
promoveu a implantação de novas áreas e instituições na Universidade de Clark, abordando
temas como psicologia da infância, adolescência, velhice, educação, sexo e religião.
Um terceiro grupo, composto por William James e John Dewey, dispensou a influência
germânica e introduziu a psicologia nos EUA de maneira autônoma. Dewey e James foram
responsáveis pelas primeiras tentativas de sistematização da psicologia funcionalista nos
Estados Unidos, com Dewey publicando "Psychology" em 1886 e James lançando "The
Principles of Psychology" em 1890.
O capítulo então se aprofunda na obra de William James, dividindo-a em dois
momentos: um psicológico, que vai da década de 1870 até a de 1890, e outro filosófico, da
década de 1890 até o final de sua vida. Durante o primeiro período, James publicou "The
Principles of Psychology" em 1890, onde abordou temas como hábito, atenção, fluxo do
pensamento e self. O conceito de self, em particular, foi caracterizado por James como uma
perspectiva individual fluida, surgindo em função das ações do indivíduo sobre o ambiente.
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Dewey, por sua vez, argumenta contra a compartimentalização do reflexo, afirmando que
qualquer divisão seria artificial e não substancial.
Angell, de forma mais incisiva, contesta a existência dos elementos psíquicos,
questionando sua natureza espacial e temporal. Ele refuta a analogia entre os elementos
mentais e as estruturas anatômicas, argumentando que a análise estrutural da psicologia deve
se concentrar em funções, atos ou processos mentais, em vez de elementos isolados.
A crítica se estende à chamada "falácia do psicólogo", destacando a diferença entre a
introspecção do psicólogo e a experiência efetiva da vida cotidiana. Angell propõe que a
análise estrutural da psicologia deve focar em atos mentais, como julgar, perceber e recordar,
em vez de elementos isolados como sensações ou sentimentos.
O conceito fundamental de função é explorado no funcionalismo, principalmente em
relação à adaptação. A função é vista como a utilidade promovida em uma situação
adaptativa, conectando diretamente o funcionalismo ao evolucionismo biológico. Em
contraste com a psicologia clássica alemã, que avaliava o ajustamento da experiência aos
objetos, o funcionalismo examina a adaptação do organismo ao ambiente por meio da
experiência, permitindo o estudo de diferentes grupos, como animais, indivíduos anormais e
em desenvolvimento.
O conceito de adaptação é inflacionado no funcionalismo, tornando-se não apenas uma
resposta à evolução filogenética, mas também um agente de evolução individual. A
consciência é considerada não apenas como adaptada, mas também como adaptante,
influenciando a evolução individual e resolvendo impasses na vida dos indivíduos.
A teoria da inteligência de Dewey, baseada no modelo de adaptação de James, é
mencionada como um exemplo prático, enfatizando a atuação consciente da inteligência
diante de situações-problema. Esse modelo é posteriormente aplicado à pedagogia da Escola
Nova, destacando a aprendizagem inteligente e a cooperação entre os indivíduos como
fundamentais para criar hábitos sólidos e promover o desenvolvimento autônomo em
sociedades democráticas. A conclusão sugere que a democracia não é apenas uma forma
social justa, mas também uma forma natural que permite a realização completa das funções
adaptativas naturais.
O funcionalismo na psicologia, particularmente representado pelas Escolas de Chicago
e Columbia nos Estados Unidos, questiona e rejeita a abordagem da psicologia alemã que
busca analisar a consciência em termos de elementos mentais. James, Angell e Dewey foram
figuras-chave nesse movimento, criticando a ideia de uma psicologia dos elementos.
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Dewey, em sua crítica à teoria do arco reflexo, rejeita a dualidade metafísica entre
mente e corpo, defendendo que a teoria é uma mistura de materialismo e espiritualismo.
Angell, por sua vez, questiona a viabilidade de uma psicologia estruturada em elementos
mentais, propondo que a análise estrutural deve focar em funções, atos ou processos mentais
em vez de elementos.
O funcionalismo norte-americano, influenciado pelo pragmatismo, enfatiza a função
adaptativa da experiência consciente. Escolas como Chicago e Columbia adotaram métodos
diversos, como observação natural e estudos comparativos com animais, afastando-se da
introspecção controlada.
A abordagem funcionalista se destaca pela sua natureza eclética e assistemática,
conectada ao pragmatismo. A função é central no funcionalismo, vista como uma relação
contingente com significado adaptativo. A psicologia funcional não se preocupa com
elementos mentais, mas sim com investigar as funções mentais em termos de adaptação.
Na Escola de Columbia, Thorndike propõe a Lei do Efeito, substituindo a consciência
por respostas selecionadas por efeitos de satisfação. Woodworth propõe um modelo E-O-R,
enfatizando impulsos do organismo. O funcionalismo, apesar de seu alicerce darwinista,
desvia-se em alguns aspectos, especialmente ao considerar adaptação ontogenética e
qualitativa, relacionada ao ajuste social.
A adaptação na psicologia funcional não é apenas filogenética, mas também
ontogenética, focando na adaptação individual. A noção de adaptação é estendida ao contexto
social, destacando a importância do ajustamento às demandas do meio social. A psicologia
funcional não apenas estuda a adaptação, mas busca ser um instrumento de adaptação,
promovendo o ajustamento social.
O funcionalismo tem implicações na prática psicológica, incluindo a aplicação de testes
mentais para avaliar a adaptação dos indivíduos ao grupo. A psicologia funcional se torna
uma ciência e técnica de adaptação, promovendo o bom uso das capacidades humanas e o
ajustamento aos desafios sociotécnicos modernos. A abordagem utilitarista da psicologia
funcional destaca seu papel como engenheira social na busca pelo maior bem possível para a
sociedade.
No contexto brasileiro, representantes da Escola Nova, como Anísio Teixeira, estiveram
ligados ao movimento funcionalista, promovendo a educação e a adaptação social. O
funcionalismo influenciou a psicologia moderna, e suas características ecléticas e
pragmáticas continuam a ressoar na diversidade de práticas psicológicas contemporâneas.
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trabalho. Em 1859, Darwin publicou "A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural",
onde apresentou de maneira abrangente e persuasiva sua teoria da evolução.
O livro gerou controvérsias, principalmente devido à ideia de que os seres humanos
compartilham um ancestral comum com os primatas. No entanto, ao longo do tempo, a teoria
de Darwin ganhou aceitação generalizada e transformou a compreensão da biologia e da
história da vida na Terra.
Apesar das críticas, Darwin continuou sua obra científica e publicou "A Descendência
do Homem e a Seleção em Relação ao Sexo" em 1871, onde aplicou suas ideias evolutivas à
explicação da evolução humana.
Charles Darwin faleceu em 19 de abril de 1882, deixando um legado duradouro que
influenciou não apenas a biologia, mas também teve repercussões em outras áreas do
conhecimento, incluindo a psicologia.
O impacto de Darwin na psicologia foi significativo, especialmente no
desenvolvimento do funcionalismo. O funcionalismo, uma escola de pensamento psicológico
que se concentra nas funções mentais e em como elas ajudam os organismos a se adaptarem
ao ambiente, foi influenciado pelas ideias de Darwin sobre a adaptação e sobrevivência.
Além disso, o funcionalismo explorou a aplicação da psicologia a problemas práticos da vida
diária, destacando-se como um protesto deliberado contra a psicologia experimental
estruturalista.
Francis Galton, primo de Darwin, também desempenhou um papel significativo na
influência do funcionalismo. Suas pesquisas sobre diferenças individuais, hereditariedade
mental e métodos estatísticos contribuíram para a compreensão das variações humanas e
influenciaram a abordagem funcionalista na psicologia.
George John Romanes e C. Lloyd Morgan, estudiosos do comportamento animal e
evolução, também foram mencionados no contexto do funcionalismo. Suas contribuições
forneceram insights sobre a relação entre a psicologia animal e a evolução, expandindo ainda
mais as bases dessa escola de pensamento.
O capítulo destaca a influência das ideias evolutivas de Charles Darwin, assim como de
outros estudiosos como Francis Galton, George John Romanes e C. Lloyd Morgan, nas raízes
do movimento funcionalista na psicologia. A narrativa abrange desde as experiências de
Darwin durante sua viagem no HMS Beagle até a publicação de suas obras revolucionárias,
destacando o contexto histórico e intelectual que moldou o surgimento do funcionalismo
como uma abordagem psicológica distintiva.
Contexto Inicial:
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Mecanismos de Evolução:
Darwin reconheceu não apenas a seleção natural, mas também concordou com Lamarck
sobre modificações na forma transmitidas às gerações subsequentes com base na experiência
durante o ciclo de vida do animal.
Huxley e o Debate em Oxford:
43
funcionalismo. Suas contribuições abriram caminho para uma compreensão mais científica
do comportamento animal, influenciando a psicologia comparativa e as bases do
funcionalismo.
Influências Evolucionistas na Psicologia Animal e Funcionalismo
Conceitos Fundamentais:
A teoria da evolução de Darwin teve um impacto significativo na psicologia animal,
alterando a percepção dos cientistas sobre a mente animal. Antes de Darwin, os animais eram
frequentemente considerados autômatos sem mente e alma, uma visão influenciada por
Descartes. A publicação de "A Origem das Espécies" desafiou essa visão ao afirmar a
continuidade entre a mente humana e a animal.
Contribuições de Romanes e Morgan:
Conwy Lloyd Morgan, discípulo de Thomas Henry Huxley, foi um importante
contribuinte à psicologia animal. Ele aplicou a "lei da parcimônia", sugerindo que não se
deveria atribuir processos mentais superiores aos animais quando comportamentos pudessem
ser explicados por processos mentais mais simples. Morgan realizou os primeiros estudos
experimentais em larga escala na psicologia animal, buscando evidências mais objetivas e
controladas.
4. Explique como o estudo dos bicos dos tentilhões serve de comprovação para a teoria
evolucionista.
O estudo dos tentilhões de Darwin nas Ilhas Galápagos evidenciou variações
adaptativas nos bicos, correlacionando-se com os diferentes ambientes e fontes de alimentos
disponíveis em cada ilha. Essa variação e adaptação foram fundamentais para a teoria
evolucionista de Darwin.
9. Como Morgan limitou o uso da introspecção por analogia? Qual dessas técnicas
Morgan utilizou para estudar a mente animal: (a) a observação anedótica, (b) o estudo
experimental, (c) o método da extirpação ou (d) o estímulo elétrico?
Morgan limitou a introspecção por analogia ao aplicar a lei da parcimônia, evitando
atribuir processos mentais superiores aos animais sem necessidade. Ele utilizou o método
experimental para estudar a mente animal.
11. De que modo a visão empirista de Locke influenciou o trabalho de Galton sobre
testes mentais?
A visão empirista de Locke, que enfatizava a experiência sensorial como base do
conhecimento, influenciou Galton a medir características mentais através de testes sensoriais,
buscando correlacioná-los com a inteligência.
15. O que Darwin quis dizer quando se referiu a si mesmo como o "capelão do diabo" e
disse que seu trabalho era como uma confissão de assassinato?
Ao se chamar de "capelão do diabo", Darwin expressou sua apreensão em desafiar a
visão tradicional e religiosa da criação, enquanto a "confissão de assassinato" refere-se à ideia
de que sua teoria poderia ser percebida como uma ameaça às crenças convencionais.
16. Quais foram as ferramentas estatísticas desenvolvidas por Galton para medir as
características humanas? Descreva a pesquisa de Galton sobre o gênio hereditário.
Galton desenvolveu técnicas estatísticas como a regressão e a correlação para medir
características humanas. Sua pesquisa sobre o gênio hereditário envolveu a análise de
características de pessoas eminentes, buscando correlacionar parentesco e genialidade.
17. Por que parecia inevitável que a teoria evolucionista fosse proposta e aceita em
meados do século XIX? Qual é a influência do Zeitgeist no êxito das ideias de Darwin?
O Zeitgeist, ou espírito da época, influenciou a aceitação das ideias de Darwin devido
às mudanças sociais, científicas e filosóficas da época. A crescente ênfase na observação,
exploração e descobertas científicas tornou o ambiente propício para a aceitação da evolução.
18. Por que algumas pessoas achavam tão perturbadora a experiência de ver Jenny, o
orangotango, no zoológico de Londres? Como o comportamento dela afetou Darwin?
A experiência de ver Jenny foi perturbadora, pois seu comportamento humano
desafiou a visão tradicional da separação entre humanos e animais. O comportamento
afetuoso de Jenny afetou Darwin, reforçando suas ideias sobre a continuidade entre as
espécies.
53
Watson, envolvido com sua assistente Rosalie Rayner, enfrenta escândalo e divórcio de
sua esposa, resultando em seu afastamento da Johns Hopkins University. Ele destaca-se na
área de publicidade após o afastamento, aplicando seus estudos de predição e controle do
comportamento no mundo dos negócios.
Mesmo dedicando-se à propaganda, Watson continua escrevendo sobre psicologia. Em
seu livro "Behaviorismo" de 1924, ele contextualiza e define o behaviorismo como uma
abordagem metodológica, apresentando conceitos como estímulo, resposta e reflexos
condicionados.
Em 1957, Watson é homenageado pela APA como um dos autores mais importantes da
história da psicologia moderna, falecendo em 1958 aos 80 anos.
Na década de 1930, B.F. Skinner propõe a abordagem do comportamento operante,
destacando-se por substituir explicações de causa e efeito por relações funcionais entre
alterações ambientais e comportamento. Influenciado pela concepção funcional de Ernst
Mach, Skinner argumenta que o comportamento é moldado não apenas por estímulos
antecedentes, mas também por suas consequências, dando ênfase ao papel ativo do organismo
na produção de seu ambiente.
Proposto formalmente por B.F. Skinner em 1937, o conceito de operante representa
uma distinção crucial em relação às teorias estímulo-resposta e à causalidade mecanicista. O
comportamento operante, ao contrário do reflexo condicionado, descreve a ação do
organismo sobre o meio, levando às consequências de seu comportamento. Skinner introduz
o conceito de comportamento verbal como uma forma distinta de comportamento operante,
agindo indiretamente sobre o meio, principalmente através da interação com outros seres
humanos.
O comportamento verbal é analisado funcionalmente em relação ao ambiente,
especialmente ao ambiente social. Skinner destaca que a linguagem é um comportamento
operante, sendo moldada e mantida por contingências de reforçamento específicas de uma
comunidade verbal. O comportamento verbal possui reforço mediacional e abrange palavras
faladas, escritas e gestuais, adquirindo-se e mantendo-se através das práticas de reforçamento
de uma comunidade verbal.
Durante as décadas de 1970 e 1980, Skinner explora as influências biológicas no
comportamento, conectando os princípios da seleção natural de Charles Darwin ao
comportamento dos organismos. Ele amplia a visão de Ernst Mach sobre relações funcionais
entre fatos, usando a proposta darwiniana para explicar a evolução do comportamento
individual e das culturas. Skinner enfatiza que o comportamento humano é selecionado por
55
de Ensino (PSI) de Fred Simmons Keller também foi adaptado no Brasil sob a direção de
Carolina Bori, resultando na Análise de Contingências em Programação de Ensino.
Desenvolvimentos Atuais:
Ao longo do tempo, áreas como comportamento verbal, variabilidade comportamental e
equivalência de estímulos passaram a ser exploradas no Brasil. A pesquisa e a prática clínica
também se expandiram, com analistas do comportamento reunindo-se em sociedades
científicas, como a ABPMC e a SPB, e contribuindo para revistas científicas nacionais e
internacionais. A interação organismo-ambiente é ilustrada pela analogia da litogravura de
M.C. Escher, destacando a natureza contínua e inacabada do comportamento ao longo da
vida.
Conclusão
A influência de Carolina M. Bori e outros profissionais na análise do comportamento
no Brasil é inegável. Seu trabalho na criação de cursos, projetos de pesquisa e
desenvolvimento teórico contribuiu significativamente para o crescimento e a consolidação
dessa abordagem no país, estabelecendo uma base sólida para futuros avanços na
compreensão do comportamento humano.
O Início do Behaviorismo
Introdução
O texto aborda o início do behaviorismo, uma escola de pensamento fundada pelo
psicólogo John B. Watson. Watson ficou conhecido por seu famoso experimento com o bebê
chamado "Pequeno Alberto", que teve um impacto significativo no desenvolvimento da
psicologia.
1. John B. Watson
John B. Watson (1878-1958) é apresentado como o fundador do behaviorismo. Sua
biografia revela uma infância difícil e influências acadêmicas, levando-o a escolher a
psicologia como carreira.
2. O Experimento com o Pequeno Alberto
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3. Resultados do Experimento
O experimento revelou que o bebê desenvolveu medo condicionado ao rato branco após
algumas repetições associadas ao som do martelo. Isso levou Watson a concluir que respostas
emocionais condicionadas na infância podem persistir na vida adulta.
4. A Vida de Watson
A biografia de Watson destaca sua adolescência rebelde, estudos na Furman University,
e a transição para a University of Chicago. Seu casamento com Mary Ickes e a carreira
acadêmica são abordados, destacando sua preferência por estudar o comportamento animal.
5. Contribuições e Método do Behaviorismo
Watson enfatizou o estudo do comportamento observável e rejeitou métodos
introspectivos. Seu interesse por animais como objetos de estudo é destacado, ressaltando sua
aversão a usar seres humanos em suas pesquisas.
6. Críticas e Reações
O texto menciona as críticas ao behaviorismo, incluindo as opiniões de Karl Lashley e
William McDougall. O debate entre Watson e McDougall é destacado como um ponto de
controvérsia na época.
O experimento com o Pequeno Alberto é apresentado como um marco na história da
psicologia, ilustrando as contribuições de Watson para o desenvolvimento do behaviorismo.
O texto conclui com a incógnita sobre o destino de Alberto e sua contribuição duradoura para
a psicologia.
John B. Watson, um influente psicólogo americano, destacou-se na psicologia
behaviorista objetiva, uma abordagem que enfocava o estudo do comportamento observável.
Incapaz de utilizar eficazmente a introspecção, uma técnica central em sua área, Watson
direcionou-se para uma perspectiva mais prática e objetiva. Em 1908, aceitou um cargo na
Johns Hopkins University, onde se tornou uma figura proeminente na psicologia americana.
A ascensão de Watson foi marcada por eventos controversos. Seu mentor, James Mark
Baldwin, foi forçado a renunciar devido a um escândalo, o que abriu caminho para Watson
assumir a liderança do departamento de psicologia. Contudo, 11 anos depois, Watson também
enfrentou um escândalo sexual que resultou em sua demissão da universidade.
59
diretrizes, sofreram de depressão, e um deles cometeu suicídio. Mesmo sua esposa discordou
publicamente de suas práticas educacionais.
Watson viveu seus últimos anos em relativo isolamento após a morte de sua esposa em
1935. Em 1957, a APA homenageou seu trabalho, mas Watson recusou-se a participar do
evento, temendo mostrar emoções. Ele queimou suas cartas e documentos antes de morrer em
1958.
O texto também inclui um trecho do artigo de Watson, "Psychology as the behaviorist
views it" (1913), onde ele critica a introspecção e defende uma abordagem objetiva e
experimental da psicologia, focada na previsão e controle do comportamento, sem referência
à consciência. Ele destaca a importância das áreas aplicadas da psicologia, como a pedagogia
experimental e a psicologia forense, que buscam generalizações para controlar o
comportamento humano.
A Reação ao Programa de Watson
O programa de Watson, que propunha uma nova abordagem para a psicologia,
enfrentou inicialmente resistência, mas ao longo do tempo ganhou apoio significativo.
Defendendo que a psicologia deveria ser uma ciência objetiva do comportamento, Watson
instigou a comunidade a abandonar ideias introspectivas e adotar conceitos puramente
behavioristas, como estímulo e resposta. Seus apelos foram controversos, com críticos como
Mary Whiton Calkins defendendo a introspecção.
O behaviorismo de Watson começou a impactar a psicologia na década de 1920,
quando universidades passaram a oferecer cursos sobre o assunto. No entanto, a aceitação
não foi imediata, e figuras proeminentes como William McDougall expressaram
preocupações sobre o movimento. Watson, por sua vez, proclamou o behaviorismo como
essencial, afirmando que nenhuma universidade poderia ignorá-lo.
Quanto aos métodos, Watson propôs uma abordagem estritamente objetiva, utilizando
observação, testes, relato verbal e reflexo condicionado. A observação era a base, os testes
eram tratados como amostragens do comportamento, e o relato verbal, apesar de controverso,
foi aceito para situações verificáveis. O reflexo condicionado, introduzido em 1915, tornou-se
uma ferramenta fundamental para analisar o comportamento em laboratórios.
Watson, embora inicialmente rejeitasse a introspecção, incorporou o relato verbal
devido à sua utilidade em alguns estudos. No entanto, essa concessão foi contestada por
críticos, acusando Watson de contradizer suas próprias ideias. O método do reflexo
condicionado foi amplamente adotado na pesquisa psicológica norte-americana, permitindo a
análise de comportamentos complexos em laboratórios.
61
contribuindo para uma base mais sólida da psicologia moderna. Mesmo que Watson não
tenha alcançado todos os seus ambiciosos objetivos, seu papel como fundador e a aceitação
do behaviorismo devem-se, em parte, à sua personalidade carismática.
A aceitação do behaviorismo de Watson também refletiu a época e suas características
pessoais, como seu entusiasmo, otimismo, autoconfiança e a capacidade de manipular o
espírito da época. Watson desafiou a tradição e rejeitou a psicologia contemporânea,
tornando-se um dos pioneiros da psicologia, apesar de lembranças controversas de sua
personalidade.
5. Você acredita que o behaviorismo de Watson teria se tornado tão popular se não fosse
o trabalho anterior dos psicólogos funcionalistas? Explique.
Popularidade do Behaviorismo sem a Influência dos Funcionalistas: A influência
prévia dos funcionalistas contribuiu para a popularidade do behaviorismo de Watson, pois os
funcionalistas já haviam introduzido a ideia de estudar processos mentais em contextos
práticos, preparando o terreno para o behaviorismo.
6. Discuta os motivos do apelo popular do behaviorismo.
Motivos do Apelo Popular do Behaviorismo: O behaviorismo de Watson apelou ao
público devido à sua abordagem prática e objetiva, oferecendo respostas claras sobre
comportamento humano. A personalidade carismática de Watson também contribuiu para o
apelo.
10. Como o ponto de vista dos behavioristas a respeito do papel e da tarefa dos objetos
humanos de estudo difere daquele dos introspeccionistas?
Diferença na Visão dos Behavioristas e Introspeccionistas sobre Objetos de
Estudo: Watson via os objetos de estudo como passivos, moldados pelo ambiente e suas
respostas, enquanto os introspeccionistas consideravam a experiência subjetiva e os processos
mentais como cruciais para a compreensão do comportamento humano.
11. Na visão de Watson, qual a distinção entre respostas e atos? E entre as respostas
implícitas e explícitas?
Distinção de Watson entre Respostas e Atos: Watson diferenciou respostas como
ações físicas e atos como comportamentos mais complexos, envolvendo processos mentais.
Ele também distinguiu respostas implícitas e explícitas, com as últimas sendo conscientes e
verbalizáveis.
12. Como Watson estabeleceu uma resposta emocional condicionada em Albert? Essa
resposta se generalizou a outros estímulos? Nesse caso, a que tipos de estímulos?
Estabelecimento de Resposta Emocional Condicionada em Albert: Watson
condicionou uma resposta emocional em Albert associando um estímulo neutro (rato branco)
a um estímulo aversivo (som alto). A resposta se generalizou a outros estímulos semelhantes.
13. De que maneira as pesquisas com Albert e Peter comprovam as ideias de Watson a
respeito do papel da emoção na aprendizagem?
Pesquisas com Albert e Peter como Comprovação das Ideias de Watson: As
pesquisas mostraram que emoções podem ser condicionadas e generalizadas em contextos
diferentes, apoiando as ideias de Watson sobre o papel da emoção na aprendizagem.
14. Como foi a receptividade das ideias de Watson entre os psicólogos mais jovens?
Receptividade das Ideias de Watson entre Psicólogos Jovens: As ideias de Watson
foram bem recebidas por psicólogos jovens que buscavam uma abordagem mais objetiva e
prática na psicologia.
16. Que considerações morais e éticas podem ser feitas a respeito do estudo do pequeno
Alberto?
Considerações Morais e Éticas sobre o Estudo de Albert: O estudo de Albert levanta
questões éticas sobre a manipulação do comportamento de uma criança sem o devido
consentimento informado, levantando preocupações sobre os limites éticos da pesquisa.
17. Quais eram os métodos de pesquisa aceitos por Watson para a psicologia científica?
Métodos de Pesquisa Aceitos por Watson para a Psicologia Científica: Watson
enfatizou métodos objetivos, observacionais e experimentais, rejeitando relatos verbais
subjetivos como fontes confiáveis de dados.
18. Por que o uso dos relatos verbais de Watson era considerado polêmico?
Polêmica sobre o Uso de Relatos Verbais por Watson: O uso de relatos verbais por
Watson era controverso, pois ele acreditava que a introspecção era falha e não confiável. Isso
desafiou as práticas estabelecidas da época, que valorizavam a introspecção como método
científico válido.
A Psicologia da Gestalt
1. Um Insight Repentino
- Tenerife, na década de 1920, torna-se o epicentro da Psicologia da Gestalt.
- Wolfgang Kohler observa macacos e desafia ideias convencionais sobre
aprendizagem.
2. A Revolta da Gestalt
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6. Como o Zeitgeist na fisica mudou no final do século XIX? Como essa mudança
influenciou a psicologia da Gestalt?
O zeitgeist (espírito da época) na física mudou do determinismo newtoniano para a
teoria da relatividade e a física quântica no final do século XIX. Essa mudança influenciou a
Psicologia da Gestalt, que adotou uma abordagem mais holística, enfatizando a organização e
estruturação da experiência, em contraste com a abordagem atomista da psicologia
associacionista.
7. De que maneira Wertheimer aplicou os princípios de aprendizagem da Gestalt ao
pensamento criativo dos humanos?
Wertheimer aplicou os princípios de aprendizagem da Gestalt ao pensamento criativo,
destacando que a solução para problemas complexos pode ocorrer por meio da reorganização
perceptual e compreensão repentina, em vez de um processo incremental de tentativa e erro.
8. De que modo a teoria de campo lida com a motivação e com a psicologia social? O
que é a pesquisa da ação social?
A teoria de campo de Lewin propõe que o comportamento é resultado da interação
entre o indivíduo e seu ambiente, incluindo fatores motivacionais. A pesquisa da ação social
de Lewin envolveu estudos sobre problemas sociais relevantes, visando a introdução de
mudanças por meio do entendimento das dinâmicas sociais.
12. Se você visse um livro sobre a mesa e dissesse: "Estou vendo um livro sobre a mesa",
que erro estaria cometendo de acordo com Titchener?
De acordo com Titchener, ao dizer "Estou vendo um livro sobre a mesa", o erro seria
a inclusão de inferências ou interpretações pessoais, indo além da descrição direta da
experiência sensorial.
15. Que fatores são usados nas críticas contra a psicologia da Gestalt?
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16. O que os psicólogos da Gestalt queriam dizer com as expressões "o todo é diferente
da soma de suas partes" e "há mais na percepção do que os olhos veem"?
Essas expressões refletem a ênfase da Gestalt na organização perceptual,
argumentando que a percepção não pode ser reduzida à soma de estímulos individuais e que a
experiência consciente transcende a simples resposta aos estímulos sensoriais.
17. Quais os fatores que impediram a aceitação da psicologia da Gestalt nos Estados
Unidos?
A resistência à aceitação da Psicologia da Gestalt nos EUA incluiu a falta de
enquadramento dentro dos métodos experimentais predominantes, a preferência pelo
behaviorismo e a relutância em abandonar abordagens mais tradicionais.
18. O que é o fenômeno phi? Como ele é produzido? Por que a psicologia wundtiana não
conseguia explicá- lo?
O fenômeno phi refere-se à ilusão de movimento percebida quando dois estímulos
visuais são apresentados sequencialmente. A psicologia wundtiana não conseguia explicar
completamente esse fenômeno devido à sua ênfase na decomposição de elementos isolados
em vez de considerar a organização global da experiência.
19. Por que algumas pessoas, erroneamente, acreditavam que a psicologia da Gestalt
dedicava-se somente à percepção?
Algumas pessoas erroneamente acreditavam que a Psicologia da Gestalt se dedicava
exclusivamente à percepção devido ao destaque em princípios perceptuais, ignorando sua
aplicação a outras áreas da psicologia, como aprendizagem, pensamento e motivação.
Essa recusa não apenas nega um preconceito, mas afirma a autenticidade do fenômeno
psicológico tal como é vivenciado.
A analogia com a cena do filme "Boulevard do Crime" ilustra a perspectiva gestaltista,
destacando que o significado é encontrado no campo da experiência tal como é percebido,
não sendo necessário referi-lo a um dado físico preconcebido como verdadeiro. O gestaltismo
promove a integração entre ciência e experiência, propondo uma nova concepção de
cientificidade na psicologia que emerge das vivências psicológicas intrínsecas. Essa
abordagem modifica a relação entre ciência e vida, situando a psicologia como a mediadora
entre esses domínios.
O gestaltismo adota o método fenomenológico-descritivo para incorporar o percebido à
ciência psicológica, destacando-se por sua abordagem da experiência psicológica como
imediatamente organizada e significativa. Nesse método, o primeiro passo é a descrição do
fenômeno psicológico na perspectiva do leigo, enfatizando a ordem intrínseca ao domínio da
sensibilidade e recusando a dicotomia clássica entre razão e sensibilidade.
A palavra "Gestalt," escolhida pelos representantes da Escola de Berlim, expressa o
caráter imanente e autóctone da organização. Para o gestaltismo, a experiência é
imediatamente organizada, sendo as relações mais relevantes do que as sensações. A relação
figura/fundo desempenha um papel crucial, indicando a heterogeneidade mínima necessária
para a cognição.
A noção de parte no gestaltismo difere da noção clássica de elemento ou sensação. As
partes são sempre significativas, com um significado funcional dependente da estrutura em
que estão inseridas. A relação entre as partes é intrínseca e necessária, contribuindo para uma
coesão interna que é distinta de uma mera associação de elementos.
A lei da boa forma, expressa pelos princípios de proximidade, semelhança, fechamento,
continuação apropriada, entre outros, destaca a tendência das estruturas em revelar suas
características de forma completa. A experiência, para o gestaltismo, vai além do dado físico
e envolve a produção de um domínio peculiar e inédito.
O gestaltismo propõe um retorno à experiência autêntica, como aquela vivenciada no
cinema, onde o sentido não é meramente uma referência a eventos reais, mas é incorporado
ao seu próprio ritmo. O espaço ficcional e o campo do vivido revelam um sentido inédito e
coerente, formado por relações inteligíveis. A noção de insight, ou discernimento, expressa
essa inteligibilidade imanente do mundo percebido, e o gestaltismo destaca a importância de
considerar a experiência do sujeito ingênuo como ponto de partida na ciência psicológica.
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1. Contexto Institucional
- O curso de História da Psicologia está sendo oferecido na faculdade, indicando a
crença na importância do conhecimento dessa disciplina.
- A Psicologia é única, pois a maioria das ciências não oferece estudos históricos, e
faculdades geralmente não veem a história como vital para o desenvolvimento dos alunos.
2. Diversidade na Psicologia
- Destaca a diversidade e fragmentação na formação profissional e científica da
Psicologia.
- Menciona a variedade de abordagens, desde funções cognitivas até forças
inconscientes e processos fisiológicos.
4. Organização e Perspectiva
- O conhecimento histórico organiza o aparente caos, colocando o passado em
perspectiva para explicar o presente.
- Investigar o passado ajuda a esclarecer as forças que moldaram a Psicologia
contemporânea.
6. Fascínio Histórico
- Além dos benefícios acadêmicos, a história da Psicologia é fascinante, envolvendo
drama, tragédia, heroísmo e revolução.
Epistemologia da Psicologia
1. Contexto Histórico
- Decadência do Império Romano e Tensões Religiosas
- O Renascimento surge após o declínio do Império Romano no Ocidente, as tensões
entre cristianismo e filosofia/ciência grega, e a expansão do Islã.
- Psicologia medieval contida na aprendizagem e nas instituições católicas, com
questões psicológicas sob domínio da religião.
3. O Renascimento
- Definição e Características
- Período de desenvolvimento comercial, inovações tecnológicas, ampliação do
conhecimento e mudança de paradigmas cosmológicos e antropológicos.
- Leonardo da Vinci simboliza o homem renascentista, sendo um polímata em
diversas áreas.
4. Vetos à Psicologia
- Críticas a Christian Wolff
- Descarta a psicologia racional e questiona a psicologia empírica.
- Vetos: Ausência de elemento discreto de análise, dificuldade em estabelecer
método objetivo e incapacidade de matematização do sentido interno.
1. Fundação da Psicologia
- Wilhelm Wundt é o fundador da psicologia como disciplina acadêmica formal.
- Lançou a primeira revista especializada e iniciou a psicologia experimental.
- Temas de pesquisa incluíam sensação, percepção, atenção, sentimento, reação e
associação.
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3. Método da Introspecção
- Psicologia definida como a ciência da experiência consciente.
- Somente o indivíduo que vivencia a experiência pode observá-la.
- Introspecção: autoanálise da mente para inspecionar e relatar pensamentos ou
sentimentos pessoais.
- Requeria treinamento rigoroso e seguia regras específicas.
substituído por abordagens mais pragmáticas nos EUA e por movimentos como a psicologia
da Gestalt e a psicanálise na Europa.