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POVOS INDÍGENAS

13/11/2018
TERRAS INDÍGENAS

Relatório de visita da CIDH aoDEBrasil


OBSERVATÓRIO VIOLÊNCIA destaca violações

aos direitos dos povos indígenas APOIE

Concluir as demarcação de terras indígenas CONTATO


é uma das recomendações da CIDH ao
Estado brasileiro, em seu relatório preliminar sobre visita ao Brasil

Em Altamira, no Pará, a CIDH visitou a aldeia Muratu, na Terra Indígena Paquiçamba. Foto: CIDH/divulgação

POR TIAGO MIOTTO/ASCOM CIMI

As violações aos direitos dos povos indígenas no Brasil estão entre os pontos centrais do
relatório preliminar divulgado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)
após sua visita ao país, encerrada ontem (12). A frequente violência contra indígenas e a
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negligência do Estado na demarcação de suas terras tradicionais foram pontos ressaltados
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no comunicado da Comissão, que fez recomendações ao Brasil.
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Entre os dias 5 e 12 de novembro, comissários e comissárias da CIDH, órgão ligado à
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Organização dos Estados Americanos (OEA), reuniram-se com autoridades nacionais

POVOS
brasileiras e percorreram diversos estados doINDÍGENAS
país, reunindo-se com a sociedade civil e
movimentos sociais e colhendo relatos de violações de direitos humanos.
TERRAS INDÍGENAS
Em sua primeira visita in loco ao Brasil desde 1995,
OBSERVATÓRIO os representantes da Comissão visitaram
DE VIOLÊNCIA
aldeias em Altamira (PA), Santarém (PA) e Dourados (MS), além de também visitar quilombos,
APOIE
periferias de grandes centros urbanos, locais de acolhimento a migrantes e pessoas em
CONTATO
situação de rua, entre outros locais de vulnerabilidade ou conflito social.

Clique aqui para acessar o relatório preliminar em português

As observações preliminares foram divulgadas durante uma coletiva de imprensa realizada


no Rio de Janeiro, na manhã de ontem (confira vídeo abaixo).

“A CIDH reitera que o Estado deve adotar medidas para


garantir a demarcação das terras dentro de um prazo
razoável”
COLETIVA DE IMPRENSA DA CIDHCIMI
·
Comisión Interamericana de Derechos Humanos estava ao vivo Seguir Compartilhar
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OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA

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CONTATO Facebook Watch

Demarcações paralisadas

Em relação à demarcação de terras indígenas, o relatório afirma que há no Brasil “graves


problemas estruturais que requerem atenção urgente”, situação que é agravada
“enfraquecimento progressivo institucional da Fundação Nacional do Índio (Funai) nos
últimos quatro anos”.

O relatório também chama atenção para o “assédio, ameaças e ataques a defensores, líderes e
comunidades indígenas que defendem seu território”.

A situação vivenciada pelos indígenas no estado de Mato Grosso do Sul, especialmente a dos
povos Guarani e Kaiowá, foi destacada no relatório como uma “grave situação humanitária”.
Para a CIDH, o confinamento destes povos em pequenas reservas superlotadas e os conflitos
resultantes dessa política “privam o Guarani e Kaiowá de uma vida decente”.

Além disso, o relatório destaca a discriminação institucional contra indígenas na região,


salientando a ocorrência de ações policiais “sem a observância dos parâmetros de direitos
humanos” e a remoção em massa de crianças indígenas de suas famílias.

Sobre o tema das demarcações de terras indígenas, a CIDH recomenda ao Estado brasileiro
“executar e concluir processos de demarcação, especialmente aqueles vinculados a
territórios afetados por grandes projetos e atividades de negócios de grande escala”.
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Para CIDH, tese do marco temporal contraria regras e
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normas de direitos humanos internacionais e
interamericanas
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OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA

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A Terra Indígena Guyraroka, afetada pelo marco temporal, foi uma das áreas visitadas durante a passagem da
CIDH pelo Mato Grosso do Sul. Foto: CIDH/divulgação

Marco Temporal

Durante sua visita à região de Dourados, a Comissão visitou a Terra Indígena (TI) Guyraroka,
cuja demarcação, em estágio avançado, foi anulada pela Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF), por meio de uma sentença sumária que a comunidade busca reverter
na Justiça.

“Após 14 anos, a comunidade ainda permanece fora da maior parte do seu território: dos
11.401 hectares identificados, os indígenas ocupam menos de 5%. A CIDH foi informada de
que, como consequência da aplicação do marco temporal, a comunidade corre o risco
iminente de ser despejada, mesmo desta pequena parte de suas terras”, salienta o relatório.
A restritiva tese do marco temporal, segundo a qual os povos indígenas teriam direito apenas
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às áreas que estivessem sob sua posse física em 5 de outubro de 1988, é um dos pontos
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criticados no relatório preliminar, junto com o Parecer 001/2017 da Advocacia-Geral da União
(AGU). PUBLICAÇÕES

Para a CIDH, a aplicação do marco temporalESPECIAIS


“ignoraria os muitos contextos de despejos

POVOS INDÍGENAS
forçados e deslocamento interno que impediram os índios d a posse real de grande parte de
sua terra em 1988”.
TERRAS INDÍGENAS
Além disso, o relatório destaca que aOBSERVATÓRIO
tese é contrária “às regras e normas de direitos
DE VIOLÊNCIA
humanos internacionais e interamericanas, particularmente à Declaração Americana sobre
APOIE
os Direitos dos Povos Indígenas, uma vez que esta tese procura condicionar temporalmente a
CONTATO
garantia aos direitos territoriais dos povos indígenas”.

“A CIDH também faz uma observação sobre a


interpretação restritiva que está sendo feita do direito à
consulta livre, prévia e informada”
Em diversos estados, a CIDH reuniu-se com a sociedade civil e colheu relatos de violações, como em
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Santarém (PA). Foto: CIDH/divulgação

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Consulta prévia
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No relatório preliminar, a Comissão chama atenção também para o que considera uma
ESPECIAIS
“interpretação restritiva” do direito à consulta livre, prévia e informada dos povos e
POVOS INDÍGENAS
comunidades indígenas.
TERRAS INDÍGENAS
“De acordo com as informações obtidas, esse direito estaria sendo aplicado exclusivamente a
OBSERVATÓRIO
projetos de investimento, e não em todas DE VIOLÊNCIA
as medidas legislativas e administrativas passíveis

APOIE
de afetar direta e indiretamente os povos indígenas”, afirma o órgão do Sistema
Interamericano de Direitos Humanos.
CONTATO
O documento ainda chama atenção ainda para o modelo de desenvolvimento baseado em
grandes empreendimentos e atividades de larga escala, como monoculturas, mineração e
construção de hidrelétricas, ressaltando que recebeu informações sobre pelo menos 13
projetos que geram impactos negativos aos direitos humanos.

Brasil deve prevenir e erradicar o acesso de terceiros


aos territórios onde povos indígenas isolados estão
presentes
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TERRAS INDÍGENAS

OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA

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CONTATO

Equipe da CIDH visitou também a fronteira entre Venezuela e o Brasil, na cidade de Pacaraima (RR). Foto:
CIDH/divulgação

Povos isolados e migrantes

Outro tópico que recebeu considerações da CIDH foi a situação dos povos indígenas em
isolamento voluntário ou de contato inicial da Amazônia, expostos a “extrema
vulnerabilidade” em função de atividades como o garimpo e a retirada de madeira ilegal nas
proximidades dos locais onde vivem.

A Comissão recomenda ao Brasil “assegurar o total respeito e garantia aos direitos dos povos
indígenas em isolamento voluntário ou contato inicial, estabelecendo mecanismos eficazes
de proteção para prevenir e erradicar o acesso de terceiros aos territórios onde esses povos
estão presentes”.

A “urgente situação de saúde” das comunidades indígenas Yanomami, em função dos


recentes surtos de sarampo na região que compreende o sul da Venezuela e o norte do Brasil,
também foi destacada no relatório.

A CIDH recomenda, ainda, que o Brasil atenda com atenção redobrada as pessoas situação de
“especial vulnerabilidade”, por meio de “uma abordagem diferenciada e oferecendo uma
proteção especial”. Entre estas situações, a Comissão destaca a dos migrantes indígenas,
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como é o caso das famílias dos povos Warao e E’ñepa que têm atravessado a fronteira da
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Venezuela e buscado abrigo no Brasil.
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“Um dos principais problemas


ESPECIAIS associados aos povos
indígenas são assédio, ameaças e ataques a
POVOS INDÍGENAS
defensores, líderes e comunidades indígenas que
TERRAS INDÍGENAS
defendem seu território”
OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA

APOIE

CONTATO

Representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) participaram de plenária da CIDH com
movimentos sociais, no RJ. Foto: CIDH/divulgação

Violência e impunidade

A preocupação com a violência, com os altos índices de impunidade e com a falta de acesso à
Justiça para familiares e vítimas de violações de direitos humanos foi outro ponto destacado
no relatório. Os povos indígenas estão, para a Comissão, entre as “situações de risco especiais”
em relação à questão da segurança.
Despejos violentos, assédio, ameaças e ataques a lideranças e comunidades indígenas que
CIMI
defendem e lutam por seu território são também citados como problemas enfrentados pelos
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povos indígenas no Brasil.
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O relatório cita o caso do povo Xukuru, que levou o Brasil à condenação pela Corte
ESPECIAISdeste ano. Em função da demora do Estado
Interamericana de Direitos Humanos, em março

POVOS
em demarcar sua terra e resolver o conflito INDÍGENAS importantes lideranças do povo
instaurado,
foram assassinadas e a regularização do território dos Xukuru ainda não foi concluída, depois
TERRAS INDÍGENAS
de décadas.
OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA
Sobre o tema, a CIDH recomenda ao Brasil “estabelecer estratégias e metas específicas para a
APOIE
redução drástica no número de homicídios e crimes violentos no campo”.
CONTATO

“A CIDH registra publicamente que não apenas recebeu


denúncias, mas também foi objeto direto de assédio na
localidade [aldeia Açaizal]”

Reunião com indígenas na aldeia Açaizal, em Santarém (PA), onde a comitiva foi ameaçada por fazendeiros e
seus representantes. Foto: CIDH/divulgação
Intimidação durante visita
CIMI
da visita in loco ao Brasil, a Comissão destacou as
Em um comunicado à imprensa sobre o fimNOTÍCIAS
intimidações sofridas pela comitiva que visitava a aldeia Açaizal, do povo Munduruku, em
PUBLICAÇÕES
Santarém (PA). Durante a visita, na última quinta (8), indígenas e pessoas que
acompanhavam a comitiva foram seguidos ESPECIAIS
por fazendeiros em caminhonetes e assediados
por eles e seus representantes. POVOS INDÍGENAS

TERRASem
“A comunidade indígena da aldeia de Açaizal INDÍGENAS
Santarém (PA) está submetida a práticas de
coação, ameaças e tentativas de intimidação ao DE
OBSERVATÓRIO exercício
VIOLÊNCIAdo direito a defender seus direitos.
Neste aspecto, a CIDH quer registrar publicamente que não apenas recebeu denúncias sobre
APOIE
estas práticas, mas também foi objeto direto de assédio na localidade”, afirma o comunicado.
CONTATO
Na semana passada, o Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos e
as procuradorias do Ministério Público Estadual do Pará em Santarém (PA) manifestaram
repúdio à tentativa de intimidação ao organismo internacional.

Além da situação de povos indígenas, quilombolas e camponeses, a Comissão também faz


recomendações ao Brasil sobre temas como migração, impunidade, discurso de ódio,
discriminação, política de drogas e combate ao crime organizado, militarização das políticas
de segurança pública, trabalho forçado ou análogo à escravidão, tráfico de pessoas, entre
outros tópicos.
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ESPECIAIS

POVOS INDÍGENAS

TERRAS INDÍGENAS

OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA

APOIE

CONTATO

Leila Rocha Guarani Nhandeva fala durante visita da CIDH À reserva Tey’i Kue, em Caarapó (MS). Foto:
CIDH/divulgação

Acesse o relatório na íntegra aqui ou leia, abaixo, as recomendações relativas aos povos
indígenas:

COM RESPEITO AOS POVOS E COMUNIDADES INDÍGENAS, CAMPONESES,


CAMPONESAS, TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS, A CIDH
RECOMENDA:

Abordar as causas estruturais relacionadas aos conflitos ligados à luta pela


terra, com o fortalecimento das políticas públicas voltadas à reforma agrária, e
programas de prevenção e atenção à violência no campo.

Garantir que os povos afrodescendentes tradicionais quilombolas, povos


indígenas, camponesas e camponeses; possam usar e desfrutar de seus territórios
historicamente ocupados, implicando o seu reconhecimento, titulação,
delimitação e demarcação por meio de procedimentos especiais e com a
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participação de tais grupos.
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Executar e concluir processos de demarcação, especialmente aqueles
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vinculados a territórios afetados por grandes projetos e atividades de negócios de
grande escala; ESPECIAIS

POVOS livre
Garantir o direito à consulta prévia, INDÍGENAS
e informada, com vistas à obtenção de
consentimento, em conformidadeTERRAS
comINDÍGENAS
os padrões interamericanos na matéria e
levando em conta as características, usos e costumes dos povos indígenas e
OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA
comunidades envolvidas.
APOIE
Assegurar o total respeito e garantia aos direitos dos povos indígenas em
CONTATO
isolamento voluntário ou contato inicial, estabelecendo mecanismos eficazes de
proteção para prevenir e erradicar o acesso de terceiros aos territórios onde esses
povos estão presentes. Além disso, recomenda-se fortalecer planos intersetoriais
de saúde, para que contribuam à eliminação dos problemas de saúde que lhes
afetem.

Certificar-se de que os despejos sejam realizados apenas em conformidade


com as normas e padrões de direitos humanos internacionais, bem como os
princípios da excepcionalidade, legalidade, proporcionalidade e adequação, com o
objetivo legítimo de promover o bem-estar social e garantir soluções para a
população despejada.

Adotar legislação específica nos níveis federal e estadual para abordar o


deslocamento interno, de acordo com os Princípios Orientadores de
Deslocamento Interno. Ao mesmo tempo, tomar medidas para impedir o
deslocamento, proteger e prestar assistência às pessoas despejadas durante o seu
deslocamento, fornecer e facilitar a assistência humanitária e fornecer soluções
duradouras;

Estabelecer estratégias e metas específicas para a redução drástica no número


de homicídios e crimes violentos no campo, e para acompanhamento dos
inquéritos e processos penais contra os autores de violência no país,
particularmente em relação à violência contra os povos tradicionais quilombolas,
povos indígenas, camponeses com a devida diligência, a fim de identificar e
sancionar os responsáveis e, assim, combater a impunidade e evitar a repetição de
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eventos similares.
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Fortalecer programas de proteção aos agricultores submetidos a um ambiente
PUBLICAÇÕES
de violações, identificando permanentemente situações que apresentam sérios
riscos à vida e à integridade física. ESPECIAIS

POVOS INDÍGENAS
Fortalecer programas que respondam às demandas e acelerem a resolução de
conflitos que afetam a população TERRAS
rural eINDÍGENAS
os trabalhadores rurais.

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Parecer Antidemarcação Povo Yanomami STF TI Guyraroka TI Paquiçamba Warao

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