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DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

DIREÇÃO DE SERVIÇOS REGIÃO ALGARVE


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO - CÓD. 145348
ESCOLA SECUNDÁRIA C/3.º CICLO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO (SEDE CÓD. 403726) – EB 2,3 Infante D. Fernando – EB1/JI Manuel Cabanas

Filosofia – 10º Ano


ANO LETIVO 2023/2024
16/01/2024

Instrumentos lógicos do pensamento: conceito, juízo e


raciocínio
Conceito – é uma representação intelectual, abstrata e geral de alguma coisa ou
realidade.
Ex.: Pensamos no objeto relógio através da representação mental que fazemos dele,
pensamo-lo através do conceito de relógio. Este (conceito) indica e substitui o objeto na
medida em que o determina e representa.
Em si mesmo o conceito não é verdadeiro nem falso, porque ele não afirma nem nega. O
conceito é possível ou impossível.
Termo – é a expressão verbal do conceito por meio de uma ou mais palavras.
Ex.: cavalo, barco a vapor, triângulo retângulo.

Juízo – é o ato mental pelo qual se afirma ou nega uma relação entre conceitos.
O juízo forma-se através de uma relação entre pelo menos dois conceitos, atribuindo um
predicado a um sujeito.
Tal como o conceito, o juízo também toma forma na linguagem, sem a qual não seria
possível nem construir afirmações ou enunciados sobre a realidade. Essas afirmações
expressam-se em frases declarativas e o conteúdo afirmado em cada uma delas é a
proposição, ou seja, ao enunciado do juízo chamamos proposição.
As proposições são, portanto, aquilo que é expresso por certo tipo de frases – as
declarativas. Só as frases declarativas são proposições, pois uma frase só é proposição
quando: afirma algo e o que ela afirma ou nega tem valor de verdade (ou são verdadeiras
ou são falsas).
Uma frase é um conjunto de palavras organizadas de modo a constituir um enunciado
com sentido.
Proposição – é um enunciado de um juízo ou a sua expressão verbal.
É o juízo que exprimindo uma relação entre conceitos é verdadeiro ou falso.
O juízo é verdadeiro quando se adequa à realidade (ex.: O homem é um animal
racional) e é falso quando não se adequa à realidade (ex.: O leão é um peixe).

Elementos constituintes do juízo


Sujeito (S) – o conceito acerca do qual se afirma ou nega alguma coisa;
Predicado (P) – aquilo que é afirmado ou negado do sujeito;
Cópula – o elemento que faz a ligação entre o sujeito e o predicado

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Raciocínio – consiste em relacionar juízos ou proposições dadas ou já conhecidas
(premissas), de modo a tirar da sua conexão/ligação um outro juízo ou proposição nova ou
ainda desconhecida (conclusão).

É a operação do pensamento pela qual se conclui que um ou vários juízos (premissas) implicam
outro juízo (conclusão) que deles deriva logicamente.

Ex.: Todo o homem é mortal Antecedente

Sócrates é homem Premissas (afirmações que fundamentam ou justifi-

cam a conclusão)

Logo, Sócrates é mortal Conclusão (aquilo que é justificado pelas premis-

sas) Consequente

Argumento – é a expressão verbal do raciocínio.

Podemos falar em duas formas de raciocínio: a dedução e a indução


 No caso da dedução procede-se do geral para o particular – operação racional que de uma
ou mais proposições tomadas como premissas, conclui necessariamente uma nova proposição.
Exemplos:
Os bons poetas devem ser lidos; Todos os planetas giram à volta do Sol; 2+2=4;

Camões é um bom poeta; Marte é um planeta; 4=3+1;

Logo, Camões deve ser lido. Logo, Marte gira à volta do Sol. 2+2=3+1.

 No caso da indução procede-se do particular para o geral – operação mental que, da


observação de um certo n.º de factos particulares, conclui uma lei geral, aplicável a todos os
casos da mesma espécie.

Exemplos:
Os vegetais, os animais e os homens respiram;
Os vegetais, os animais e os homens são todos os seres vivos conhecidos;

Logo, todos os seres vivos respiram.

O gato, o cão e o burro ... comem;


O gato, o cão e o burro ... são animais;

Logo, os animais comem


Bom Trabalho!
A professora, Susana Girão

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