Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Teoria de Conhecimento
Trabalho Teoria de Conhecimento
Nito Barca
Teoria de Conhecimento....................................................................................................4
Níveis de conhecimento....................................................................................................5
Senso comum.....................................................................................................................5
Conhecimento científico....................................................................................................6
Conhecimento filosófico...................................................................................................9
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
ii2
Introdução
A teoria do conhecimento, ou gnosiologia, é uma área da filosofia voltada para a
compreensão da origem, natureza e a forma que tornam possível o ato de conhecer pelos
seres humanos.
Partindo dessa relação, é possível conhecer algo e estabelecer formas distintas para o
conhecimento, ou melhor, para a apreensão do objecto.
3
Teoria de Conhecimento
De modo geral podemos dizer que o problema do conhecimento desenvolve-se em três
disciplinas: 1) teoria do conhecimento: que estuda a natureza do conhecimento em
geral; 2) epistemologia: que estuda a natureza e fundamentação do conhecimento
científico; 3) metodologia científica: trata dos processos lógicos de aquisição do
conhecimento científico.
A teoria do conhecimento é a área da filosofia que tem como objetivo investigar o que é
o conhecimento, a possibilidade (se é possível conhecer), qual o fundamento do
conhecimento, suas origens e seu valor.
Do ponto de vista filosófico podemos dizer que para que exista o conhecimento três
fatores são fundamentais: a existência de um sujeito conhecedor (o eu, a consciência);
um objeto a ser conhecido (a realidade, o mundo); e a relação entre estes dois elementos
do processo de conhecimento. Só é possível conhecer quando há uma apreensão do
objeto pelo sujeito, quer dizer, quando o sujeito é capaz de representar mentalmente o
objeto de conhecimento.
4
Níveis de conhecimento
A existência humana caracterizou-se sempre por um querer saber sobre a realidade que
circunda o Homem. As principais respostas a tal inquietação foram no princípio
mitológicas; depois seguiram-se as respostas dos filósofos chamados naturalistas; como
terceira tentativa, apareceram os filósofos da Idade Média, que deram respostas
teológicas; finalmente, apareceram os que, descontentes com as respostas teológicas,
enveredaram os seus estudos exclusivamente pelo campo da razão, ou seja, o campo
científico.
Senso comum
O senso comum, no sentido habitual desta expressão, é a faculdade do espírito, um
instrumento de julgar; é, objectivamente, um conjunto de opiniões recebidas, uma
maneira comum de sentir e agir e não implica qualquer ideia ou juízo teórico.
É um conjunto de ideias, costumes e maneiras de pensar que o Homem tem na sua Vida
prática e diária. É constante, comum e universal.
É a razão no seu estado bruto, sem ciência nem filosofia. É a razão mais simples, sem
desenvolvimento ou aperfeiçoamento. Este é o primeiro nível de conhecimento.
5
Diverso e heterogêneo – conhecimento não organizado, construído a partir da
captação espontânea da multiplicidade do real.
Dogmático/não critico – baseia-se em esquemas fechados da interpretação da
realidade e apresenta uma tendência para se cristalizar em sistemas de crenças.
Karl R. Popper, por seu lado, valorizou o conhecimento do senso comum nos seguintes
termos.
Conhecimento científico
O nível científico dá-nos um conhecimento da Natureza, mas já interpretado pelo
cientista, construído e reproduzido no laboratório. É um conhecimento racional.
Embora a quantificação dos fenómenos seja o ideal a atingir pela ciência, há limites de
quantificação. Exemplos: Emoções e reacções instintivas não podem ser quantificáveis.
Sob quase todos os aspectos, podemos dizer que o conhecimento científico se opõe,
ponto por ponto, às características do senso comum:
6
critério de medida, o comprimento das ondas luminosas; as diferenças de
intensidade dos sons, pelo comprimento das ondas sonoras; as diferenças de
tamanho, pelas diferenças de perspectiva e de ângulos de visão, etc.
7
simples e verdadeiras para os factos, opondo-se ao espectacular, ao mágico e
ao fantástico.
8
Relacionar com outros factos um facto isolado, integrando-o numa explicação
racional unificada, pois somente essa integração transforma o fenómeno em
objecto científico, isto é, em facto explicado por uma teoria.
Formular uma teoria geral sobre o conjunto dos fenómenos observados e dos
factos investigados, isto é, formular um conjunto sistemático de conceitos que
expliquem e interpretem as causas e os efeitos, as relações de dependência,
identidade e diferença entre todos os objectos que constituem o campo
investigado.
Conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do Homem e é um
instrumento exclusivo do raciocínio. Como a ciência não é suficiente para explicar o
sentido geral do universo, o Homem tenta essa explicação através da Filosofia.
Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência - delimitado pela necessidade da
comprovação concreta - para compreender ou interpretar a realidade na sua totalidade.
Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.
Tendo o Homem como tema permanente das suas considerações, o filosofar pressupõe a
existência de um dado determinado sobre o qual reflectir, dai apoia-se nas ciências. No
entanto, a sua aspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento
filosófico é a busca do «saber» e não a sua posse. Tratando de compreender a realidade
dos problemas mais gerais do Homem e a sua presença no universo, a Filosofia
interroga o próprio saber e transforma-o em problema. É, sobretudo, especulativa, no
sentido de que as suas conclusões carecem de prova material da realidade.
9
Embora a concepção filosófica não ofereça soluções definitivas para numerosas
questões formuladas pela mente, ela traduz em ideologia. E, como tal, influi
directamente na Vida concreta do ser humano, orientando a sua actividade prática e
intelectual.
Auguste Comte (1798-1857), inspirado pelo ambiente do século XVII, fez um estudo
geral do evoluir da história. Com base nos seus estudos, ele sentiu-se autorizado a
formular a chamada lei dos três estádios, segundo a qual, a humanidade, assim como o
psiquismo humano, atravessa três estádios, a saber: o teológico, o metafisico e
o positivo.
10
obscurantismo, da tradição, da cultura, etc., tornando-o mais racional, procurando, cada
vez mais, o seu bem-estar.
Desde a segunda metade do século XVII que a cultura ocidental assiste, fascinada, aos
primeiros passos dados pela ciência e aos rápidos e francos progressos que esta realiza.
São tão surpreendentes as suas realizações que o Homem se convenceu de que,
finalmente, tinha nas suas mãos o instrumento necessário sua transformação em «senhor
do Universo». Doravante, a ciência permitir-lhe-á o domínio não só da Natureza como
também do Homem.
«Que tipo de relação é a do Homem com as máquinas que ele criou e com a produção
ligada a estas máquinas? Se, por um lado, se pode entender como progresso a
construção desta tecnologia, não será que esta é também um factor negativo, destruidor
das relações humanas ou das relações entre a sociedade e a Natureza?»
Fig.2: Clonagem
Estas são as questões que podem ajudar-nos a reflectir sobre as consequências que a
ciência provoca na humanidade. Com efeito, as limitações da ciência em responder aos
problemas concretos do Homem fez com que a confiança outrora dada à ciência se
questionasse. Retomando a classificação tripartida da história humana proposta pelo
positivismo, observamos que o seu erro fundamental foi hipertrofiar o método das
11
ciências experimentais, desvalorizando todo o tipo de saber diferente do proposto pelo
seu método.
De facto, nos últimos decénios do século XIX e nos princípios do século XX estas
tendências aventuram, principalmente por dois motivos:
12
Conclusão
Depois da realização do trabalho conclui – se que, Diversas são as possibilidades de
compreender ou de explicar algum fenómeno. A própria Filosofia nasce da necessidade
de buscar um modo diferente de compreender o mundo. As explicações dadas pelos
mitos deixaram de ser suficientes e alguns homens buscaram uma forma mais segura e
confiável, a Filosofia. O saber filosófico se diferencia dos outros saberes por conta das
especificidades de cada um deles. Por seu caráter lógico e racional, a filosofia afasta-se
da mitologia e da religião por esses saberes estarem baseados na crença e não há provas
ou demostrações. A filosofia se preocupa com a totalidade dos saberes e dentro desta
totalidade está a teoria do conhecimento.
13
Bibliografia
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª
Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo, Nova Cultural: 1999.
14