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nota extra

Created @February 16, 2024 9:51 PM

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QUESTÃO 1 - Em um município fictício chamado "Constitucionalândia", um


grupo de cidadãos, liderados por um ativista político, decide realizar uma
manifestação pacífica em praça pública. O motivo da manifestação é a
discordância em relação a uma recente decisão do prefeito, que revogou a
concessão de uma área pública para a construção de um centro comunitário,
destinando-a para a construção de um empreendimento privado. Os
manifestantes alegam que a decisão do prefeito viola diversos princípios
constitucionais, como o da legalidade, da moralidade administrativa e da
participação popular. Além disso, afirmam que a área em questão é essencial
para o desenvolvimento social da comunidade local. A manifestação estava
marcada para ocorrer em uma semana, e o ativista político buscou os meios
legais para garantir que o evento acontecesse sem interferências por parte da
administração municipal. No dia anterior à manifestação, o prefeito de
Constitucionalândia emite um ato administrativo proibindo qualquer tipo de
concentração pública na praça, alegando razões de ordem pública e
segurança. O ativista político, preocupado com a possível repressão ao seu
direito de manifestação, procura você para entrar com a medida judicial
cabível.
Pergunta-se: Qual a medida judicial cabível e quais os elementos que
sustentam a sua resposta?

O direito de ir e vir não foi violado, pois a manifestação pode ocorrer em


qualquer lugar. Cabe o mandado de segurança preventivo com pedido de tutela
antecipada. No caso apresentado, a proibição do prefeito de
Constitucionalândia viola o direito constitucional à liberdade de expressão e
manifestação, garantido pela Constituição Federal.
Os elementos que sustentam a impetração do mandado de segurança incluem:

1. Violação ao direito fundamental à liberdade de expressão e manifestação,


consagrado na Constituição Federal.

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2. Ausência de justificativa plausível e fundamentada para a proibição da
manifestação pacífica.

3. A manifestação foi planejada de forma pacífica e respeitosa, visando


exercer um direito legítimo de expressão e participação política.

4. O ato administrativo do prefeito parece configurar um abuso de poder,


violando princípios constitucionais, como o da legalidade e da
razoabilidade.

5. A proibição da manifestação compromete o exercício da democracia


participativa e o direito dos cidadãos de se manifestarem sobre questões
de interesse público.

Portanto, a impetração do mandado de segurança seria uma medida judicial


adequada para contestar a proibição da manifestação e garantir o exercício
pleno do direito constitucional à liberdade de expressão e manifestação.

QUESTÃO 2- O município Jota anunciou via ato administrativo municipal a


aprovação do projeto de construção, que envolve a derrubada de uma extensa
área verde localizada em zona residencial. Os cidadãos alegam que o processo
de aprovação não foi transparente e que não foram realizadas as devidas
consultas públicas para discutir os impactos ambientais e sociais da obra. O
projeto referido também prevê a mudança de uso do terreno para a construção
de um empreendimento imobiliário. O grupo acredita que tal projeto é lesivo ao
meio ambiente e à coletividade, desrespeitando normas constitucionais. Você,
advogada/advogado recém-formada/recém-formado, foi procurado/procurado
por eles preocupados com a construção da obra pública em sua cidade.
Pergunta-se: Qual o remédio constitucional adequado para a demanda em tela
e quais os requisitos para tal pleito?

O caso em questão se enquadra em Ação Popular por diversos motivos, a


derrubada da área verde e a mudança de uso do solo para fins imobiliários
configuram lesão ao meio ambiente e à coletividade. A área verde é um bem de
uso comum do povo e sua preservação é essencial para a qualidade de vida da
população e a construção de um empreendimento imobiliário pode causar
diversos impactos negativos.

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O processo de aprovação do projeto não foi transparente e não foram
realizadas as consultas públicas previstas em lei. A falta de consulta pública
configura violação ao princípio da participação popular e ao direito à
informação. A ausência de transparência levanta suspeitas de
irregularidades no processo de aprovação.
Diante do exposto, verifica-se que a Ação Popular é o instrumento jurídico
adequado para proteger o meio ambiente e a coletividade dos impactos
negativos da obra em questão.

nota extra 3

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