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DICA 36
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política.
Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.
Da leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se
tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.
Entende-se como “casa”:
Qualquer compartimento habitado;
Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;
Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.
SISTEMATIZANDO
REGRA:
A casa é inviolável;
EXCEÇÃO:
Consentimento do morador;
Flagrante delito;
Desastre;
Prestar socorro;
Determinação Judicial.
DICA 38
LIBERDADE PROFISSIONAL
Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho
profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do
processo legal, deve haver a oitiva do associado.
A inexistência de lei regulamentadora NÃO IMPEDE o exercício da profissão.
ATENÇÃO!
DICA 39
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – LIBERDADE DE REUNIÃO
Previsão constitucional (art. 5º, inciso XVI):
“XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;”
Reunião pacífica;
Sem armas;
Independentemente de autorização;
DICA 40
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
DICA 41
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Mesmo identificado civilmente, o indivíduo será submetido à identificação
criminal nas seguintes hipóteses:
ATENÇÃO!
DICA 43
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.
Plenitude de defesa;
A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ser ampliada pelo legislador ordinário.
ATENÇÃO!
Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não será do
tribunal do júri.
DICA 45
EXTRADIÇÃO
Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado
nos seguintes casos:
Crime comum, cometido antes da naturalização;
Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;
DICA 46
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
CRIMES
CRIMES
INAFIANÇÁVEIS E
INAFIANÇÁVEIS E
INSUSCETÍVEIS DE
IMPRESCRITÍVEIS:
GRAÇA E ANISTIA:
Tortura;
RACISMO;
Tráfico ilícito de
entorpecentes e
drogas afins;
Ação de grupos
armado civis ou
militares, contra a Terrorismo;
ordem constitucional
e o estado
democrático.
Crimes hediondos.
DICA 48
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
perda de bens;
multa;
O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos
tipos de penalidades.
Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do
inciso XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
De caráter perpétuo;
De trabalhos forçados;
De banimento;
Cruéis.
Direito à prova.
DICA 50
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Possui dupla acepção:
FORMAL (processual): diz respeito à garantia da parte de valer-se de todos os meios
jurídicos disponíveis para sua defesa.
MATERIAL (substantivo): relaciona-se com o princípio da proporcionalidade. Trata-
se da razoabilidade das leis.
O princípio da proporcionalidade tem uma dupla faceta: a proibição de excesso e a
proibição de proteção deficiente.
Nota-se, portanto, que o devido processo legal deve ser observado não somente no
processo judicial, mas também no administrativo.
DICA 51
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Trata-se de princípios corolários do princípio do devido processo legal.
Conforme dispõe o inciso LV, do artigo 5º, aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Princípio da ampla defesa: diz respeito ao direito do acusado em produzir de forma
ampla e irrestrita todos os meios lícitos de provas.
Princípio do contraditório: diz respeito ao direito ao acusado poder contradizer tudo
àquilo que lhe foi imputado. É a oposição!
DICA 52
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
ATENÇÃO!
Nota-se que os elementos de informação colhidos na fase do inquérito podem ser usados
pelo magistrado em sua decisão, o que não pode é serem utilizados de forma exclusiva.
DICA 53
PROVAS ILÍCITAS
Segundo o inciso LVI, do artigo 5º, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
por meios ilícitos.
DICA 54
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
DICA 55
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS
ATENÇÃO!
HABEAS CORPUS:
sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção
contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a
informalidade.
DICA 56
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA
MANDADO DE SEGURANÇA:
tem por objetivo resguardar direito líquido e certo
contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída.
DICA 57
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS DATA
HABEAS DATA:
será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso,
judicial ou administrativo.
DICA 58
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR
MANDADO DE INJUNÇÃO
cabível em caso de omissão total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII,
CF/88.
AÇÃO POPULAR:
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.
Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.
DICA 60
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos sociais são consagrados na CF como princípios, os quais devem ser efetivados
pelos poderes públicos.
Esses direitos, conforme as dimensões dos direitos fundamentais, são os de 2ª
dimensão, ou seja, são direitos que o Estado deve garantir, com a finalidade de
promover a igualdade material.
Tendo em vista a finalidade de promover a igualdade material, a efetivação dos direitos
sociais é onerosa para os cofres públicos. Dessa forma, surge o que a doutrina denomina
de reserva do possível.
A reserva do possível consiste na relação entre a efetivação dos direitos sociais e
as limitações orçamentárias que o Estado possui.
Em face dessa limitação orçamentária, muitos casos envolvendo a efetivação de direitos
sociais são judicializados. O STF entende que não havendo comprovação objetiva da
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico
para que o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos
orçamentários do ente político.
DICA 61
DIREITOS SOCIAIS – DIREITOS DOS TRABALHADORES
Quanto aos direitos dos trabalhadores, não há questões doutrinárias sobre o assunto que
apresentem relevância para concursos públicos. A incidência de tal assunto baseia-se na
literalidade do art. 7º, da CF.
Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário
normal;
Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
DICA 62
DIREITOS SOCIAIS: EMPREGADO DOMÉSTICO
Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho;
INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.
Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.
DICA 70
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
REVOGAÇÃO tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando
de retirada do ato em razão de ilegalidade.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
DICA 71
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
CO-FI-FO-MO-OB
COMPETÊNCIA OU SUJEITO
Ex.: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.
DICA 72
COMPETÊNCIA - CARACTERÍSTICAS
INDERROGÁVEL – A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.
DICA 73
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA
Ex.: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo.
Ex.: fraude num concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o infrator
com a aprovação no concurso.
DICA 74
ATOS ADMINISTRATIVOS: FINALIDADE
É o objetivo almejado com a prática do ato administrativo, lembrando que o objetivo deve
ser sempre voltado para satisfazer o interesse público.
A finalidade é definida em lei, não havendo liberdade para o agente praticar o ato.
Em regra, a finalidade é vinculada, porém, mediante autorização legislativa, o agente
poderá praticar o ato com certo grau de liberdade de escolha (discricionariedade).
Se não respeitada a finalidade pública restará configurado o desvio de finalidade.
DICA 75
FORMA
É como o ato se materializa, ou seja, é a manifestação de vontade sendo concretizada.
É como o ato vem ao mundo.
Pode ser escrito (regra), verbal ou sons.
Ex: emissão de carteira de motorista para quem se habilita – o ato administrativo vem
ao mundo através da emissão do documento (carteira de motorista).
DICA 76
MOTIVO
É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato administrativo.
Ex: aposentadoria compulsória. Está prevista em lei e, quando atingida a idade, ocorre
a aposentadoria.
DICA 77
OBJETO
É o efeito prático pretendido com o ato administrativo. É aquilo que o ato produz, o seu
resultado.
Ex.: realização de concurso público pelo prazo de 2 anos, prorrogável por igual
período. O administrador, utilizando do juízo de conveniência e oportunidade decidirá se
prorrogará ou não o concurso.
O ato discricionário é passível de controle pelo Poder Judiciário, não podendo o
Judiciário analisar o mérito (conveniência e oportunidade), mas sim analisar sua
legalidade.
DICA 79
VINCULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Ato vinculado é aquele em que todos os requisitos ou elementos estão em lei, não
havendo margem de liberdade para o agente público.
Nos atos vinculados não há mérito administrativo, é a lei quem determina a forma e
o conteúdo.
DICA 80
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
São 4 os atributos dos atos administrativos:
Imperatividade;
Autoexecutoriedade;
Tipicidade.
DICA 81
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
Os atos administrativos nascem com presunção de que são legítimos, ou seja, que estão
de acordo com a lei.
Essa presunção decorre do princípio da legalidade, haja vista que o agente somente
pode fazer aquilo que a lei permite. Assim, se praticou o ato, presume-se que este está
de acordo com a lei.
A presunção de legitimidade é relativa, podendo ser provado o contrário.
Ex.: atestados e licença não necessitam, pois são atos apenas enunciativos.
Vale destacar que esse atributo é fundamental para a efetividade do ato, pois
necessária a força imperativa do ato para que o mesmo se concretize.
DICA 83
AUTOEXECUTORIEDADE
O ato administrativo, para sua execução, independe de ordem judicial.
Por possuir presunção de legitimidade, não há necessidade de exame prévio pelo Poder
Judiciário.
Vale destacar que não é necessário o prévio exame pelo Poder Judiciário, mas pode
ocorrer seu controle.
DICA 84
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
A classificação dos atos exige cuidado do candidato, pois geralmente é questionado nas
provas os conceitos, porém, um mesmo ato poderá ser enquadrado em mais de uma
ou em todas elas.
Destinatário;
Alcance;
Objeto;
Vinculação;
Formação;
Eficácia;
Elaboração;
Efeitos;
Resultado;
Atos Gerais: não possuem destinatário determinado, mas alcançam todos os que
estão na mesma situação.
ATOS
INTERNOS: São atos destinados a produzir efeitos dentro das repartições
administrativas (órgãos e agentes).
ATOS
EXTERNOS: São atos destinados a produzir efeitos fora da administração,
alcançam os administrados.
DICA 87
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: QUANTO AO OBJETO
Atos de Império: São atos praticados pela administração usando sua supremacia
sobre o administrado ou servidor, que obriga o atendimento, expressando sua vontade
soberana.
Atos de Expediente: São aqueles que se destinam a dar andamento aos processos
dentro das repartições públicas, para que seja proferida decisão pela autoridade
competente.
DICA 88
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: QUANTO À VINCULAÇÃO /
LIBERDADE
Atos Discricionários: São atos também prescritos em lei, mas com certa margem
de liberdade (juízo de conveniência e oportunidade) para colocá-lo em prática.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
DICA 89
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: QUANTO À FORMAÇÃO
Ato Composto: São os que resultam da vontade única de um órgão ou agente, mas
que depende da aprovação de outro órgão para produzir efeitos.
→ Inexistente: Tem aparência de regular, mas não se aperfeiçoa, não gera efeitos.
DICA 91
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: QUANTO À ELABORAÇÃO
Perfeito: O ato percorreu todas as fases para sua formação e produção. Não significa
ainda que o ato é legal, mas sim que percorreu as fases anteriores, antes de ser
validado.
Imperfeito: O ato resta incompleto na sua formação, ou seja, não completou as
fases necessárias para sua formação.
Pendente: É o ato que, embora perfeito, pois reúne todos os elementos para sua
formação, não produz efeitos, pois não atingiu o termo ou condição que depende sua
produção de efeitos.
Consumado/Exaurido: Já produziu todos os efeitos esperados. Não admite
revogação, pois já extinto.
DICA 92
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
As espécies de atos podem ser representadas pelo Mnemônico:
N O N E P (Normativos, Ordinatórios, Negociais, Enunciativos e Punitivos).
→ ATOS NORMATIVOS
São atos que possuem comando para correta aplicação da lei.
→ ATOS ORDINATÓRIOS
São atos que disciplinam o funcionamento da administração e dos seus agentes.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Ex.: Instruções, Circulares, Portarias, Avisos, Ordens de Serviço, Ofícios e Despachos.
→ ATOS NEGOCIAIS
São atos praticados mediante declaração de vontade do Poder Público, em atendimento
a pretensão do particular.
→ ATOS ENUNCIATIVOS
São atos que a Administração se limita a certificar ou atestar um fato ou emitir
opinião sobre determinado assunto.
→ ATOS PUNITIVOS
São atos que constituem sanção imposta pela Administração em relação à infração de
disposições legais.
CLT - Art. 447 - Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato
verbal, está se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados na
conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade.
De acordo com o artigo 456 da CLT a prova da existência do contrato de trabalho será
feita pelo documento escrito, pelas anotações na carteira de trabalho sendo permitidos
todos os meios em direito admitidos.
CLT - Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas
anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida
por todos os meios permitidos em direito. (Vide Decreto-Lei nº 926, de 1969)
Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal respeito,
entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a
sua condição pessoal.
DICA 99
CONTRATO DE TRABALHO - CLASSIFICAÇÕES
O contrato de trabalho, preferencialmente, é celebrado por prazo indeterminado.
Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência
dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da
realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
DICA 100
CONTRATO DE TRABALHO - RESTRIÇÕES
O contrato por prazo determinado, que NÃO poderá ser estipulado por mais de dois
anos, só será válido em se tratando de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique
a predeterminação do prazo; ou atividades empresariais de caráter
DICA 101
CONTRATO DE TRABALHO - RESTRIÇÕES
Admite-se, também, como contrato por prazo determinado, o CONTRATO A TÍTULO
DE EXPERIÊNCIA, que NÃO poderá exceder de 90 dias, cabendo, inclusive, aviso
prévio quando houver rescisão antecipada. Poderá ser prorrogado apenas uma vez,
respeitado o limite máximo de 90 dias.
DICA 102
CONTRATO DE TRABALHO - RESTRIÇÕES
O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente for
prorrogado mais de uma vez, passará a vigorar sem determinação de prazo.
Da mesma forma, considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro
de seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste
dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos
acontecimentos.
DICA 103
CONTRATO TEMPORÁRIO VERSUS CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Contrato temporário versus contrato de experiência: o prazo máximo de duração do
contrato de experiencia e de 90 dias, enquanto que o contrato temporário e de TRÊS
meses podendo ser prorrogado por até nove meses, a critério do MTE.
ATENÇÃO!
DICA 104
TRABALHO TEMPORÁRIO - CONCEITO
O trabalho temporário é assim considerado aquele prestado por pessoa física a uma
empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular
e permanente; ou acréscimo extraordinário de serviços. E mais: As empresas de mão de
obra temporárias, ou agências, são registradas no Ministério da Economia. Elas são
responsáveis por selecionar e fornecer empregados a um tomador de serviços que precisa
contratar alguém por um período de tempo curto.
Qualquer alteração contratual, conforme art. 468 da CLT, deve observar os seguintes
requisitos:
a) Mútuo consentimento (concordância) das partes;
b) Que da alteração o empregado não sofra nenhum prejuízo, direta ou indiretamente,
não só pecuniários, mas de qualquer natureza (como benefícios, jornada de trabalho,
vantagens, saúde e segurança e etc.) anteriormente garantidos.
Portanto, qualquer alteração em desconformidade com os requisitos acima não produzirá
qualquer efeito no contrato de trabalho.
DICA 108
MANUTENÇÃO DA ESSÊNCIA DO CONTRATO - POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO
Embora pareça que o empregador esteja restrito a qualquer alteração do contrato, caso
este mantenha a essência do contrato de trabalho, há alterações contratuais que são
possíveis, ainda que a vontade seja exclusiva do empregador.
DICA 109
MANUTENÇÃO DA ESSÊNCIA DO CONTRATO - CONDIÇÕES DE ALTERAÇÃO
UNILATERAL
CLT - Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade
da cláusula infringente desta garantia.
DICA 113
ALTERAÇÃO CONTRATUAL UNILATERAL
Unilateral é a alteração feita somente por uma das partes, o empregador. Ao determinar
o art. 468 como regra geral serem válidas somente as alterações feitas por mútuo
consentimento (bilateral), vedou as alterações feitas por vontade única (unilateral) do
empregador.
CLT - Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.
DICA 115
ALTERAÇÃO REDUÇÃO DOS DIREITOS
Aplica-se as alterações do contrato de trabalho também o Princípio da
Irrenunciabilidade dos Direitos, pelo qual são irrenunciáveis todos os direitos
trabalhistas adquiridos pelo empregado.
Os direitos trabalhistas previstos na Constituição, em especial artigo 7º, são considerados
direitos adquiridos. Os direitos adquiridos não podem ser modificados ou suprimidos,
nem mesmo por lei, conforme o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.
Constituição Federal - Art. 5º....
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
DICA 116
CONTRATO LIVRE ESTIPULAÇÃO DAS CONDIÇÕES
Estabelece o art. 444 da CLT que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de
livre estipulação desde respeitem as disposições de proteção ao trabalho, as normas
coletivas e as decisões das autoridades competentes.
A Lei da Reforma Trabalhista nº 13.467, incluiu o parágrafo único ao art. 444 da CLT, que
alterou a aplicabilidade do Princípio da Norma Mais Favorável ao empregado, quando se
tratar de livre estipulação com portador de diploma de nível superior que perceba salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS.
Em algumas matérias não se aplica o princípio da norma mais favorável, entre as
condições de livre estipulação constantes do contrato de trabalho de empregado de nível e
salário superior e, as condições estabelecidas em instrumentos coletivos.
CLT - Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições
de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões
das autoridades competentes.
DICA 118
CONTRATO INVENÇÕES NA VIGÊNCIA
Quando o contrato de trabalho tiver por objeto implícita ou explicitamente a pesquisa
científica, estabelece o art. 454 da CLT que as invenções serão do empregador.
Se o objeto do contrato de trabalho não for pesquisa científica, as invenções do
empregado durante sua vigência serão de propriedade comum, em partes iguais,
quando decorrentes de sua contribuição pessoal e da instalação ou equipamento
fornecidos pelo empregador.
Estabelece o parágrafo único do artigo 454 da CLT, que a plena propriedade do invento
será revertida a favor do empregado, se o empregador ao qual cabe a sua exploração, não
promovê-la no prazo de um ano da data da concessão da patente.
DICA 119
CONTRATO SUBEMPREITADA RESPONSABILIDADE
Tem-se como empreitada a contratação para realização de obra, feita entre o dono da
obra e um empreiteiro ou empreiteira, através de um contrato regido pelo Código Civil.
Já a Subempreitada é a contratação de repasse, terceirização dos serviços para a
realização da obra, feita entre o empreiteiro principal e terceira pessoa o subempreiteiro,
através de um contrato regido pelo código civil. O Subempreiteiro para a realização da
obra contrata empregados para a sua realização, através de um contrato de trabalho
regido pela CLT.
É justamente onde entra a responsabilidade pelos créditos trabalhistas.
O dono da obra que celebrou contrato com empreiteiro/empreiteira principal, não
responde pelos créditos trabalhistas dos empregados contratados pelo
subempreiteiro.
Dono da Obra – Construtora ou Incorporadora - O TST através da SDI-1 tem editada a
Orientação Jurisprudencial nº 191, com o entendimento de que só responde o dono da
obra pelas obrigações trabalhistas, se for uma empresa construtora ou incorporadora.
Mas cuidado: Caso um empreiteiro não cumpra suas obrigações trabalhistas, caberá
ao dono da obra responder SUBSIDIARIAMENTE por elas, mas apenas nos contratos
firmados a partir de maio de 2017. Este é um entendimento recente do TST ( RR 521-
50.2014.5.09.0010).
DICA 120
CONTRATO EXIGÊNCIA DE UNIFORMES - REFORMA TRABALHISTA
É do Empregador o poder de organizar, observados os limites legais e contratuais, quais às
atividades que serão desenvolvidas pelo empregado, estabelecendo as diretrizes que
devem ser seguidas, para atingir o resultado final produtivo e econômico da empresa.
No poder de organização está faculdade do empregador estabelecer normas a serem
seguidas dentro da empresa, através de Regulamento Interno, dentre elas o uso de
uniformes.
Tomando ciência o empregado do Regulamento Interno, passa este a ser aditivo ao seu
contrato de trabalho, como obrigações que devem ser cumpridas. O regulamento
interno não é fonte do direito é um aditivo ao contrato de trabalho.
Estabelece o art. 456-A da CLT, incluído pela lei da reforma trabalhista nº 13.467,2017,
que cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta, sendo lícita a inclusão no
uniforme de logomarcas e itens de identificação relacionados a atividade.
O parágrafo único do art. 456-A trazido pela lei da reforma trabalhista, estabelece que a
higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, sendo do empregador
somente se houver necessidade de procedimentos ou produtos diferentes para a
higienização.
se necessárias a empresa;
DICA 128
RETORNO DO AFASTAMENTO – VANTAGENS DA CATEGORIA
Quando do retorno ao serviço, de acordo com o art. 471 da CLT, tem o empregado por
ocasião de sua volta, direito a todas as vantagens que tenham sido atribuídas à categoria
da empresa.
CLT - Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de
sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à
categoria a que pertencia na empresa.
DICA 129
AFASTAMENTO - MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE
Tem o TST- Tribunal Superior do Trabalho editada a Súmula nº 440, com o entendimento
majoritário que assegura o direito à manutenção do plano de saúde ou de assistência
Falta Injustificada;
o não recebimento do DSR - descanso semanal remunerado (só tem direito quem
trabalhar todos os dias úteis da semana), e;
CLT - Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos
importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
DICA 133
AUXÍLIO-DOENÇA DURANTE AVISO PRÉVIO INDENIZADO
De acordo com o entendimento sumulado do TST, através da Súmula nº 371, no
caso da concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, só se concretizam
os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário.
DICA 135
PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - SUSPENSÃO DO CONTRATO
No período de ausência do empregado em virtude do afastamento para participação em
programa de qualificação profissional, o contrato de trabalho fica suspenso.
A suspensão do contrato de trabalho para participação em curso ou programa de
qualificação profissional oferecido pelo empregador tem autorização no art. 476-A da CLT.
deve ser informada, pelo empregador ao sindicato com quinze dias de antecedência;
Relativas: Estão no interesse das partes, gerando prejuízo e assim, devem ser
arguidas pelas partes, na primeira oportunidade que tiverem. Um ponto que você deve
saber: Aqui na nulidade relativa, teremos um vício sanável. Exemplo: A incompetência
relativa.
QUESTÃO ADAPTADA.
No Processo do Trabalho há previsão de preclusão da nulidade, se a parte não
apresentar seu inconformismo na primeira oportunidade que tiver que se manifestar
em audiência ou nos autos.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Resposta: Certo
Art. 795 da CLT: “ As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das
partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou
nos autos.”
DICA 139
PRINCÍPIO DO PREJUÍZO OU DA TRANSCENDÊNCIA
Um princípio bem querido pela banca. De uma forma bem suscinta, este princípio traz a
disposição de que não haverá nulidade processual sem que haja prejuízo manifesto às
partes interessadas. Um exemplo é quando o empregador-recorrente suscita preliminar de
nulidade da sentença por negativa de prestação jurisdicional e, após tribunal verifica que,
no mérito, a ação é improcedente, deixa de declarar a nulidade por inexistência de
prejuízo ao recorrente.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Art. 794 da CLT: “Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá
nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes”.
QUESTÃO, 2016.
Na reclamação trabalhista movida pelo empregado Záfiro em face da empresa Olimpo
S/A houve procedência parcial em sentença. A reclamada interpôs recurso, mas por
equívoco do Juízo não houve intimação do reclamante para apresentar contrarrazões.
O recurso teve seu provimento negado. No caso, quanto à teoria das nulidades
processuais, conforme previsão contida no texto consolidado,
a) caberia arguição pela reclamada da nulidade processual visto que não foi cumprido
ato processual essencial.
b) deveria ser declarada a nulidade de ofício, que alcançaria todos os atos decisórios.
c) não poderia ser declarada nulidade de ofício por não ser absoluta, mas caso fosse
arguida por quaisquer das partes seria acolhida com anulação dos atos decisórios.
d) a nulidade não seria declarada porque não houve prejuízo à parte que não foi
intimada para apresentar contrarrazões do recurso.
e) deveria ser declarada a nulidade por provocação da reclamada apenas em eventual
ação rescisória a ser movida.
Resposta: Letra D
Comentário: Aplicação do princípio do prejuízo.
DICA 140
PRINCÍPIO DA ECONOMIA E CELERIDADE PROCESSUAIS
O princípio da economia processual está ligado implicitamente ao art. 796, alínea a, da
CLT, segundo o qual a nulidade não pode ser pronunciada quando for possível suprir-se a
falta ou repetir-se o ato. Este princípio está intimamente ligado também ao princípio da
celeridade processual, segundo o qual o processo deve ser o mais rápido (célere) possível.
Caso o réu compareça de maneira irregular sendo representado por preposto não portador
da carta de preposição, o juiz deve, com fulcro no art. 76 do CPC 41, subsidiariamente
aplicado ao processo do trabalho (CLT, art. 769; CPC, art. 15), suspender o processo e
determinar um prazo razoável para seja sanado este vício e caso o réu não cumpra a
determinação judicial, este será considerado revel.
DICA 141
EMOLUMENTOS
O pagamento das custas e emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho, desde 1º de
janeiro de 2011, é realizado exclusivamente mediante Guia de Recolhimento da União –
GRU Judicial, por força do Ato Conjunto n. 21/2010TST.CSJT.GP.SG, divulgado no Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho de 9 de dezembro de 2010. A migração da arrecadação
de custas e emolumentos de DARF para GRU tem por objetivo proporcionar ao TST e TRTs
um melhor acompanhamento e controle das receitas, uma vez que, com o uso da GRU,
será possível verificar individualmente cada recolhimento efetuado, por meio de consulta
QUESTÃO INÉDITA.
João, reclamante, é empregado da empresa XYZW LTDA, que figura enquanto
reclamada. Ele então solicitou perito assistente, para que este fizesse uma perícia,o
que foi aceito pelo juízo. João vence a ação que ajuizou contra a empresa. Sendo
assim, a respeito dos honorários periciais, podemos afirmar corretamente que:
a) A empresa XYZW deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois é
parte vencida e a indicação do perito assistente é obrigatória neste caso.
b) A empresa XYZW deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois é
parte vencida e pessoa jurídica, e a indicação do perito assistente é obrigatória neste
caso.
c) João deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois a indicação do
perito assistente é faculdade, devendo ser tais honorários arcados por quem o indicou.
d) João deverá arcar com os custos dos honorários periciais, pois a indicação do
DICA 143
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
A substituição é quando o titular do direito material não é parte do processo. Logo, a
substituição depende de previsão legal, conforme disposto no art. 18 do CPC/2015:
Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo
ordenamento jurídico, sendo certo que, verificada a inexistência dessa legitimidade legal,
o processo será extinto sem resolução de mérito.
A substituição processual dá a parte legitimidade extraordinária, e assim o substituto pode
praticar todos os atos processuais, como por exemplo a apresentação da petição inicial.
Mas ele (o substituto) não terá o direito de transigir, renunciar ou de reconhecer o pedido,
pois o direito material não lhe pertence, e sim ao sujeito da lide, ou seja, ao substituído.
IMPORTANTE: O TST vem admitindo a substituição processual passiva quando o
sindicato for réu na ação rescisória proposta em face de decisão proferida em processo no
qual tenha atuado, nessa qualidade, no polo ativo da demanda originária, conforme se
depreende pela transcrição da Súmula 406 do TST, DJ 22.08.2005:
DICA 144
SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO- PONTOS INTRODUTÓRIOS
O juiz deve ser imparcial, e há hipóteses onde o juiz é considerado parcial, seja por
impedimento, seja por suspeição.
Vejamos:
"Art. 801 da CLT: O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser
recusado por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa do litigante:
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
e) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa;
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO/IMPEDIMENTO
ATENÇÃO!
No caso do menor, por não ser plenamente capaz, ele será representado ou assistido
por seus pais, por um tutor ou por curador, na forma da lei. Mas caso ele não tenha
quem os assista ou se os interesses daquele colidirem com os deste, o que ocorrerá?
Resposta: Neste caso, o juiz lhe dará um curador especial (art. 72, I, do CPC).
DICA 147
PROVAS DIGITAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Podemos utilizar provas digitais na justiça trabalhista? Sim, inclusive ela (a Justiça do
Trabalho) é pioneira no uso deste tipo de provas, haja vista que existe um programa da
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Justiça do Trabalho chamado Programa Provas Digitais. Importante ainda salientar que a
iniciativa do uso de provas digitais no meio jurídico encontra seu respaldo nos artigos 369
e 370 do Código de Processo Civil, bem como também artigo 765 da CLT.
Gostaria de um exemplo de prova digital: Um exemplo bastante clássico é a biometria,
que armazena uma série de informações como por exemplo a entrada e saída dos
empregados na empresa onde trabalha. Outro exemplo são as postagens em redes
sociais, aonde já houve um caso de uma empregada que laborava como enfermeira, e
apresentou um atestado falso para faltar ao trabalho, só que ela tinha postado fotos em
seu perfil em rede social participando de uma maratona e, com a prova digital, foi
devidamente confirmada sua demissão por justa causa.
DICA 148
PAGAMENTO NO PROCESSO TRABALHISTA
Se o processo for encerrado por intermédio de um acordo, o pagamento acontecerá nos
termos a serem homologados pelo magistrado.
Se não for por acordo, só acontecerá depois da sentença de execução, aonde o juiz fixará
o valor da dívida trabalhista. E mais: O pagamento se dará por meio de depósito em uma
conta judicial. Caso o devedor não possua dinheiro, a justiça tem uma série de convênios
buscar bens que possam garantir o pagamento, como por exemplo o Bacenjud.
DICA 149
FATOS QUE NÃO DEPENDEM DE PROVA
Em regra, os fatos devem ser provados. Mas nem todos os fatos necessitam ser
provados em juízo. Normatiza o art. 374 do CPC que não dependem de prova os fatos:
I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos, no processo, como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
DICA 150
PROVA EMPRESTADA E SUA APLICAÇÃO NO DIREITO PROCESSUAL DO
TRABALHO
O art. 372 do CPC prevê a possibilidade de adoção da prova emprestada: “O juiz poderá
admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório”.
Esta regra pode ser aplicada subsidiariamente no direito processual do trabalho, conforme
alude o art. 769 da CLT e o art. 15 do CPC. Cabe ao órgão julgador atribuir o valor que
entender merecer a prova emprestadada, nos termos dos arts. 370 e 372 do CPC,
aplicáveis subsidiariamente ao processo do trabalho.
DICA 151
ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE O MANDADO DE SEGURANÇA
O mandado de segurança é uma garantia fundamental, logo, um remédio constitucional,
exteriorizada por meio de uma ação mandamental, que tem a natureza não penal, cuja a
legitimidade é conferida a qualquer pessoa (física ou jurídica, de direito público ou
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
privado) ou ente despersonalizado com capacidade processual, que tem por objeto a
proteção de direitos individuais próprios ou direitos individuais homogêneos e coletivos
alheios, caracterizados como líquidos e certos, não amparados por habeas corpus ou
habeas data, contra ato de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica de direito
privado no exercício delegado de atribuições do Poder Público.
ATENÇÃO!
DICA 152
PROVA TESTEMUNHAL
Qualquer pessoa natural que seja plenamente capaz, ou seja, tendo sua capacidade civil
plena e que, não seja impedida ou suspeita, e tenha conhecimento dos fatos relativos ao
conflito de interesses veiculado no processo no qual irá depor. Logo, não podem ser
testemunhas as pessoas incapazes, impedidas ou suspeitas.
IMPORTANTE: A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo
ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá
como simples informação.
Mas, os §§ 4º e 5º do art. 447 do CPC dispõem o seguinte:
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores,
impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente de
compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Importantes dispositivos da CLT a respeito disto:
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente
arroladas ou convocadas.
Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de
serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
Sobre pedido de revisão neste caso: O pedido de revisão, que não terá efeito
suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia
autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a
partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional.
DICA 155
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pela Lei n. 9.957/00,
que acrescentou à CLT os arts. 852-A a 852-I. Sendo assim, as ações de até 40 salários
mínimos devem seguir o rito sumaríssimo, conforme normatizado no art. 852-A da CLT,
exceto os entes de direito público, como União, Estados, Municípios, Autarquias e
fundações de direito público, que estão excluídos do procedimento.
Logo: O procedimento sumaríssimo só tem lugar nas ações trabalhistas individuais
(simples ou plúrimas), cujo valor da causa seja superior a 2 salários mínimos e inferior a
40 salários mínimos.
Audiência de julgamento: Na prática, trata-se mais de um prazo fixado pelo juiz para
a publicação da sentença, da qual as partes ficam, desde logo, intimadas.
IMPORTANTE!
No procedimento comum ordinário (ou sumário), haverá extinção do(s) pedido(os) sem
resolução do mérito, continuando a tramitação do processo em relação aos demais
pedidos.
DICA 157
ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO
Depois da produção das provas, verificando o Juiz que não há necessidade de produzir
outras, aplicará o disposto no art. 850 da CLT, abrindo-se um prazo de 10 minutos para
cada parte apresente as suas alegações finais, último momento para as partes tentarem
convencer o Juiz da veracidade de suas informações. Passadas alegações finais, o Juiz irá
propor de novo acordo, chegando ao segundo momento obrigatório de conciliação. Não
havendo acordo para ser homologado, o Magistrado proferirá a sentença oralmente,
valendo-se do art. 832 da CLT e art. 489 do CPC/2015 para proferi-la com os requisitos
essenciais, que são: relatório, fundamentação e dispositivo.
DICA 158
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
No CPC existe uma diferenciação entre citação e intimação, todavia no processo do
trabalho as duas formas de comunicação dos atos processuais têm a denominação única
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
de NOTIFICAÇÃO. A parte será notificada para comparecer à audiência, ante o
ajuizamento de uma ação (citação) e também é notificada do proferimento da sentença
(intimação).
AÇÃO = CITAÇÃO
Sobre a comunicação dos atos, o art. 841 da CLT prevê prazos importantes, senão
vejamos:
QUESTÃO, 2008.
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em
audiência,
a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar
nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas.
b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar
nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas.
c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá pedir o
desarquivamento do processo e continuar com a reclamação.
d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já tinha sido
contestada.
e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à matéria de
fato.
Resposta: Letra D
Comentário: Súmula nº 9 do TST :AUSÊNCIA DO RECLAMANTE. A ausência do
reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não
importa arquivamento do processo.
CONFISSÃO.
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação,
não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula
nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978).
DICA 160
REVELIA
A ausência do réu em audiência importa em revelia (art. 844 da CLT), na medida em que
ele não apresentará a sua defesa, passando a ser incontroversos os fatos narrados pelo
autor em sua peça de ingresso. A revelia também pode acontecer caso o reclamado,
presente à audiência, não apresente defesa de mérito ou apresente-a de forma genérica,
o que é vedado pelo princípio da impugnação especificada dos fatos. E mais: O não
comparecimento do reclamado na audiência de julgamento importará em revelia, além de
confissão quanto à matéria de fato, porém a revelia não produzirá efeitos caso haja
pluralidade de reclamados, e algum deles contestar a ação. Veja a seguir:
O efeito principal da revelia incide sobre a prova, pois caso o réu não conteste a ação,
serão considerados verdadeiros os fatos alegados pelo autor na petição inicial,
dispensando-se a produção de outras provas sobre tais fatos. Mas tenha cuidado: Caso a
matéria seja de direito, não há falar em confissão ficta.
DICA 161
REVELIA DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO
As pessoas jurídicas de direito público sujeitam-se à revelia, conforme afirma a OJ n. 152
da SBDI-1 do TST:
REVELIA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL (ART. 844 DA CLT).
Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 da CLT.
VEJA COMO JÁ FOI COBRADO EM PROVA:
QUESTÃO, 2018.
Em relação à competência da justiça do trabalho, à revelia e às provas no processo do
trabalho, julgue o item que se segue.
Em razão da indisponibilidade do interesse público, as pessoas jurídicas de direito
público não se sujeitam à revelia no âmbito trabalhista.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Resposta: Errado
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DICA 162
REVELIA E COMPARECIMENTO DO ADVOGADO NÃO EMPREGADO
A jurisprudência dominante no TST prevê o afastamento da revelia em casos no qual o
empregador ou seu preposto deixarem de comparecer à audiência por algum motivo de
saúde, desde que o seu advogado esteja presente. Nesse sentido é a Súmula 122 do TST:
DICA 164
COMPARECIMENTO DAS TESTEMUNHAS NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
No procedimento sumaríssimo, as testemunhas, até o máximo de duas para cada
parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento, independentemente de que
haja a intimação, sendo certo que só será deferida intimação de testemunha que,
comprovadamente convidada, deixar de comparecer.
E mais: É ônus da parte, no procedimento sumaríssimo, provar que de fato convidou a
testemunha, sob pena de perda da prova. Caso a testemunha intimada não compareça, o
juiz pode determinar sua imediata condução coercitiva, conforme está normatizado no art.
852-H, §§ 3º e 4º da CLT.
2ª oportunidade: Após a apresentação das razões finais pelas partes (CLT, art. 850).
IMPORTANTE: O art. 831 da CLT reafirma a necessidade das duas propostas de
conciliação ao determinar que a sentença será proferida “depois de rejeitada pelas partes
a proposta de conciliação”.
E mais: O art. 846 da CLT passou a ter a seguinte redação: “Art. 846. Aberta a audiência,
o Juiz ou presidente proporá a conciliação”
DICA 166
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
É uma petição inicial, primeiro ato de um processo trabalhista. Se um dos requisitos for
descumprido, haverá o julgamento sem resolução do mérito, por inépcia da petição inicial,
conforme normatizado no art. 840, § 3º, da CLT. Um ponto de extrema importância é que
não há mais a necessidade da citação do artigo 319 do CPC de forma subsidiária e
supletiva para fundamentar a reclamação trabalhista, após a Reforma Trabalhista.
Em outras palavras: Leu o enunciado e viu que não há momento processual anterior,
estaremos diante de uma Reclamação Trabalhista, ok?
Há preliminares de mérito na Reclamação Trabalhista? Tem sim. Quando a parte for uma
pessoa idosa, pessoa com deficiência, pessoa portadora de doença grave ou quando a
demanda versar exclusivamente sobre o pagamento de salário ou se decorrer da falência
do empregador.
Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se
alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
DICA 168
PRESCRIÇÃO BIENAL
Na prescrição bienal, temos a situação aonde ocorre tal prescrição 2 anos depois do
término do contrato de trabalho, dando assim um prazo temporal para que se busque os
direitos trabalhistas. Em outras palavras, havendo a extinção do contrato de trabalho, dá-
se o prazo de 2 anos para que a pessoa ajuíze uma ação trabalhista. Por exemplo:
Joquinha tem seu contrato de trabalho extinto em novembro de 2015, logo ele deverá
propor ação trabalhista até novembro de 2017. Caso não o faça, teremos a prescrição
total, ou seja, nada mais poderá ser buscado na justiça trabalhista.
DICA 169
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
Aqui teremos que a ideia de que, a partir do momento em que a pessoa só poderá buscar
retroativamente 5 anos, ou seja, ela somente poderá buscar parcelas (verbas) anteriores
a cinco anos contados a partir do momento do ajuizamento da ação. Lembrando sempre
que, tanto no caso de prescrição bienal quanto no caso da prescrição quinquenal, uma vez
pronunciada a prescrição, teremos a extinção do feito com resolução do mérito, conforme
nos traz o art. 487, II, do CPC.
Ex.: Um motorista de uma empresa de dia, que a noite ao largar do trabalho faz Uber.
Ele sofre um acidente de trabalho e deixa de ganhar (lucrar) ao não rodar o Uber.
DICA 172
PEDIDO DE DANOS MORAIS NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Já no caso do chamado dano moral, temos uma lesão a direito da personalidade, estando
estes normatizados nos arts. 11 a 21 do CC. Já no art. 223-C da CLT, temos a
normatização dos direitos da personalidade: etnia, idade, nacionalidade, honra, imagem,
intimidade, liberdade de ação, autoestima, gênero, orientação sexual, saúde, lazer e
integridade física.
A propósito: A revista em bolsas do empregado gera dano moral? Não. Quem traz esta
disposição é o art. 5º, X, da CF/88 e art. 186 do CC, pois este tipo de revista não viola
direitos da personalidade.
QUESTÃO, 2018.
Márcia ingressou com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pessoa
jurídica Luz Nova Ltda., com pedido de indenização por danos morais, ao argumento de
que restou prejudicado o seu direito ao lazer, pois era obrigada a trabalhar em períodos
extensos, fazendo horas extras diariamente, o que lhe impossibilitava o convívio social
e familiar. Luz Nova Ltda. contestou a ação e apresentou reconvenção, com pedido de
indenização por danos morais, argumentando que Márcia havia violado a imagem da
empresa, ao publicar ofensas contra ela nas redes sociais. Neste caso, nos termos da
lei trabalhista vigente que regula o dano extrapatrimonial.
Resposta: Letra C
Comentário: ART. 223-D – CLT: A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial
e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa
jurídica.
DICA 173
CONTESTAÇÃO
A contestação é a defesa do réu/reclamado, aonde este terá a chance de fazer a
impugnação das alegações do autor/reclamante na petição inicial. Na contestação temos
a figura das chamadas preliminares ou defesas processuais, previstas no art. 337 do CPC.
Estão listadas:
Litispendência;
Coisa julgada;
Conexão;
Convenção de arbitragem;
Falta de caução;
Art. 343 do CPC. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de
direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
DICA 175
INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE
O inquérito judicial para apuração de falta grave é uma ação, mais precisamente falando
uma petição inicial. E mais: Deve obrigatoriamente ser tal inquérito escrito. Lembrando
que na petição de inquérito judicial para apuração de falta grave você deve requerer
honorários advocatícios de sucumbência.
E quantas testemunhas teremos neste caso? Cada parte pode ouvir até 6 testemunhas,
conforme normatizado no art. 821 da CLT. Observe:
Art. 821 da CLT: Cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas,
SALVO quando se tratar de inquérito, caso em que este número poderá ser elevado a
seis.
QUESTÃO INÉDITA.
Leopoldino é segurança na empresa FIFI SA., desde 6-3-2016, tendo sido eleito como
dirigente sindical do Sindicato dos Seguranças de Taubaté, cidade que labora . A sua
posse foi em 2-8-2018, para um mandato de 3 anos. O empregador sabia que ele era
dirigente sindical. Em 26-8-2019, o empregador descobriu, após denúncia do gerente,
que Leopoldino está desviando, em média, R$ 100,00 por dia do caixa da empresa.
Naquele mesmo dia, quando Leopoldino foi confrontado pelo gerente da loja, o
empregado ainda lhe deu um soco. No mesmo momento, a gerente suspendeu
Leopoldino para que a empresa FIFI SA. viesse a tomar as medidas cabíveis para a
sua demissão. Você é contratado como advogado da empresa, e diante dos fatos, a
medida cabível será:
a) O ajuizamento do inquérito judicial para apuração de falta grave, com o prazo
decadencial para tal ajuizamento de 15 dias, podendo ser a petição verbal ou
escrita.
b) O ajuizamento do inquérito judicial para apuração de falta grave, com o prazo
decadencial para tal ajuizamento de 30 dias, sendo obrigatório que a petição seja
escrita.
c) O ajuizamento do recurso ordinário, com o prazo decadencial para tal ajuizamento
de 30 dias, sendo obrigatório que a petição seja escrita.
d) O ajuizamento do recurso de revista, com o prazo decadencial para tal ajuizamento
de 30 dias, sendo obrigatório que a petição seja verbal.
Resposta: Letra B
DICA BÔNUS
A LGPD PODE SER CITADA EM PROCESSOS TRABALHISTAS
Antes de tudo, a Lei Geral de Proteção de Dados já está vigente em nosso ordenamento
jurídico, e nada impede que uma questão da prova aborde a LGPD. Será que ela pode
estar presente no processo do trabalho? A resposta é sim. Em um caso recente a LGPD foi
usada para pedir acesso a folhas de ponto. A defesa argumentou que o documento
pertence à trabalhadora e, com base na norma, ela deve ter a posse e ciência do seu
conteúdo.
Ademais, em uma notícia recente, foi afirmado que a Lei Geral de Proteção de Dados foi
citada em 139 ações trabalhistas. Ou seja, este uso da lei tende a cada vez mais crescer.
Um caso muito importante foi de uma professora que, com base na LGPD, alegou que, por
conta das aulas online, estava tento violados os seus direitos trabalhistas e de
personalidade, pois o empregador pretende armazenar as videoaulas, mas sem observar o
dever de transparência e, por consequência, vários outros direitos previstos na LGPD.