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DICA 36
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: CONTEÚDO
Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns
doutrinadores. Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal,
os Tratados e as Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso,
em dois turnos, com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda
Constitucional, ou seja, um documento de natureza constitucional que está fora da
Constituição, sendo adotado tanto o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco
da Constitucionalidade, através da qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas
toda e qualquer regra de natureza constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que
usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual
o conteúdo da matéria. Tudo o que há na constituição é matéria constitucional. Essa
distinção hoje perde o sentido, carreando toda a doutrina no sentido de considerar
materialmente constitucional tudo o que formalmente nela se contiver.
DICA 37
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ESTABILIDADE
Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo
do que o processo de alteração das normas não constitucionais.
Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte
originário.
DICA 38
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - FORMA
DICA 39
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ORIGEM
DICA 40
CONSTITUIÇÃO - EXTENSÃO
DICA 41
CONSTITUIÇÃO - FINALIDADE
Constituição Dirigente: Além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa
uma direção para o Estado.
Quanto à Finalidade a Constituição Federal de 1988 é dirigente, pois além de criar
limites para a atuação do Estado com a previsão de direitos e garantias fundamentais, cria
direitos, garantias e metas para o Governo. Dirige programas institucionais para o Estado,
preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os
órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. O termo “dirigente” significa que a
Constituição “dirige” a atuação futura do Estado, por meio da previsão de metas. E
caracteriza-se pela presença de normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de
princípios programáticos.
DICA 43
CONSTITUIÇÃO: CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
P Promulgada
E Escrita
D Dogmática
R Rígida
A Analítica
F Formal
Sentido sociológico: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais
de poder dentro de uma sociedade. Uma constituição só seria legítima se representasse o
efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não
ocorresse, ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel.
DICA 47
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
Características:
Inicial;
Autônomo;
Permanente;
Incondicionado;
Ilimitado.
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser
compreendido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos
direitos humanos (direitos suprapositivos).
DICA 48
PODER CONSTITUINTE DERIVADOR REFORMADOR
Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF)
Realizada após 5 anos da promulgação da Legitimidade: Presidente da
CF/88, em sessão unicameral (Congresso República; um terço da Câmara dos
Nacional), com quórum de maioria absoluta Deputados ou do Senado federal; mais
para aprovação das emendas de revisão. da metade das Assembleias Legislativas
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas. da federação, com votação de maioria
simples em cada uma delas.
DICA 49
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
DICA 50
PODER CONSTITUINTE DIFUSO – MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade/eficácia.
DICA 52
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA
DICA 53
NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA
ATENÇÃO!
DICA 55
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA
Soberania; Mnemônico:
Cidadania; SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;
Pluralismo político.
Fique atento!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.
Fique atento!
DICA 58
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o
ATENÇÃO!
DICA 59
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […].
Direito à vida
Direito à liberdade
Direito à igualdade
Direito à segurança
Direito à propriedade
DICA 60
DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.
Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos
excepcionais.
DICA 61
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
A CF/88 preconiza que todos são iguais perante a lei (caput), bem como homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações (inciso I).
A igualdade tem dupla acepção, MATERIAL e FORMAL:
Material: trata-se da igualdade de fato. É o tratar igualmente os iguais e os desiguais
de forma desigual, na medida de sua desigualdade. É aqui que se encontra o fundamento
para as ações afirmativas;
Formal: é a igualdade perante a lei. É dizer, todos os seres humanos são tratados de
igual forma, sem levar em consideração suas especificidades.
DICA 62
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Segundo o inciso II, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
Por não existir direito fundamental absoluto, a legalidade pode ser afastada nos casos de
legalidade extraordinária, quais sejam, estado de sítio (artigo 137, CF/88) e estado de
defesa (artigo 136, CF/88).
O princípio da legalidade tem duas acepções, uma diz respeito ao Particular e a outra à
Administração. O primeiro é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o
segundo pode fazer somente o que a lei permite.
DICA 63
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da reserva legal impõe a necessidade que determinadas matérias sejam
disciplinadas por lei formal, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no artigo
59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em sentido amplo.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
DICA 67
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)
executa o rumo adotado.
- Independentes
- Autônomos
Os órgãos podem ser:
- Superiores
- Subalternos
DICA 71
ÓRGÃOS INDEPENDENTES
Os órgãos independentes são os originários da Constituição de 1988 e
representativos dos poderes do Estado, de modo que não possuem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional.
Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções
outorgadas diretamente pela Constituição Federal.
Ex.: Delegacia
DICA 75
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal, os órgãos podem ser: simples ou compostos.
Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.
- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio
- Capacidade processual
Personalidade jurídica
Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos praticados pelos órgãos será a
pessoa jurídica que realizou a desconcentração.
Patrimônio próprio
Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a qual ele pertence.
Capacidade processual
Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual, de modo que não podem
figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda processual. No entanto, os
órgãos independentes e os autônomos têm capacidade processual para tutelar as suas
prerrogativas institucionais.
DICA 77
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquias;
Fundações;
Empresas Públicas;
Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito
privado. Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei
como EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.
DICA 78
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
DIFERENÇAS
DICA 79
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA
Características da autarquia:
Natureza:
Regime de pessoal:
O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:
Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
Fique atento!
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de
edição de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de
atuação.
DICA 83
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.
São espécies de abuso de poder: (i) excesso de poder; e (ii) desvio de poder.
Excesso de poder:
O excesso de poder ocorre quando o agente atua além dos limites legais de sua
competência.
Coercibilidade
FONTES INTEGRADORAS:
São fontes que irão auxiliar o interprete na aplicação do caso concreto, Ex.
Doutrina, jurisprudência, analogia, equidade, costumes, direito comparado,
princípios gerais do direito.
ATENÇÃO!
DICA 97
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
Aplicação da norma mais favorável: Dispõe que será aplicada a norma mais
favorável ao trabalhador independentemente da posição que ocupe na escala hierárquica.
Observação: A ausência de contrapartidas (vantagens) não invalida o negócio
Jurídico.
Caso haja ação judicial visando anulação de clausulas das normas coletivas o sindicato
que participou da negociação deve participar como litisconsórcio necessário.
Indubio pro operário: Caso seja possível mais de uma interpretação da norma ao
caso concreto será aplicada a norma que mais favorece o trabalhador.
Irredutibilidade salarial:
O salário não pode ser reduzido salvo mediante norma coletiva.
Observação: Quando uma norma coletiva prevê redução de salário durante a sua
vigência os empregados não podem ser dispensados sem justa causa.
DICA 99
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
Constituição;
Emendas à Constituição;
Decretos;
Usos e costumes;
Convenção coletiva;
Acordos coletivos;
Jurisprudência (em regra, não seriam fontes formais, sendo que o art. 8º da CLT
confere à jurisprudência natureza de fonte normativa supletiva. Apenas quando se
tratarem de súmulas vinculantes é que se está diante de fontes formais do Direito do
Trabalho);
Princípios (existe grande controvérsia acerca da natureza dos princípios, mas grande
parte da doutrina tem entendido se tratarem de fontes formais do Direito).
O critério que configura a pirâmide jurídica do Direito do Trabalho não é tão rígido como
o do direito comum.
No Direito do Trabalho, em virtude do princípio da proteção, opera-se segundo a
norma mais favorável, de forma que a pirâmide hierárquica é construída de maneira
variável, localizando-se em seu vértice a norma que mais se aproxime do objetivo de
reequilíbrio das relações sociais, a norma mais favorável ao trabalhador, não
sendo, portanto, necessariamente a Constituição Federal, a depender do tema em
questão.
DICA 102
HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Na falta de lei específica que regule a matéria objeto do conflito, o aplicador deverá
utilizar-se das fontes integrativas do direito, na forma prevista pelo art. 8° da CLT.
Além disso, o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo
em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
Natureza não eventual do serviço: ele deverá ser necessário à atividade normal do
empregador.
DICA 108
SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO – DO EMPREGADO – ART. 3º, DA CLT
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Pessoa Física;
Não eventualidade;
Subordinação;
Onerosidade.
DICA 109
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - PESSOALIDADE OU PESSOA FÍSICA
A relação de emprego é intuitu personae somente no que diz respeito ao empregado,
que não pode ser substituído por outra pessoa na prestação de serviço, sob pena de
descaracterizar essa espécie de relação.
DICA 110
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - NÃO EVENTUALIDADE
A não eventualidade significa que a execução dos serviços do obreiro deve estar inserida
no âmbito de uma atividade permanente desenvolvida pela empresa, seja ela fim ou
meio. Em outras palavras, o trabalho do obreiro não pode estar relacionado a um
evento ocasional.
Alteridade;
Pessoalidade.
ATENÇÃO!
DICA 114
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - ALTERIDADE
Por alteridade entende-se a circunstância de o empregado transferir a propriedade do
seu trabalho ao empregador e, consequentemente, os riscos dessa atividade. A teoria
da subordinação jurídica é a mais aceita pela doutrina, uma vez que o estado de
submissão do empregado decorre da celebração do contrato de trabalho.
DICA 115
TEMA QUENTE – ANALOGIA A ESCRAVIDÃO
A relação empregatícia é voluntária, porque o trabalho prestado não tem caráter
obrigatório, excluindo-se, desse modo, as relações de servidão, escravidão e de trabalho
forçado a título de pena.
forma eventual, e
não habitual.
DICA 117
TRABALHO AVULSO PORTUÁRIO
O trabalho avulso portuário é aquele prestado a vários tomadores de serviços, com
intermediação do órgão gestor de mão de obra - OGMO, quando a essa atividade é
desenvolvida no porto, ou pelo sindicato, nas demais localidades.
Já no trabalho avulso não portuário, a intermediação é feita pelo sindicato.
DICA 118
GARANTIA CONSTITUCIONAL
A CF/88 estendeu, expressamente, aos trabalhadores avulsos toda a proteção legal
que é dispensada aos empregados, conforme se observa do disposto no art. 7°: “XXXIV -
igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
e o trabalhador avulso".
DICA 119
SOCIEDADE COOPERATIVA - NÃO CARACTERIZA VÍNCULO DE EMPREGO
Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela, observando, evidentemente, o princípio da primazia da realidade.
ATENÇÃO!
DICA 128
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
A sucessão trabalhista – ou sucessão de empregadores – é prevista nos artigos 10 e
448, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), consistindo na assunção de obrigações
trabalhistas em virtude da transferência de titularidade da empresa ou de
estabelecimento empresarial.
“Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.”
“Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”
DICA 129
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - ESPÉCIES DE SUCESSÃO TRABALHISTA
Via de regra, para que fique caracterizada a sucessão trabalhista são necessários dois
requisitos:
Alteração da pessoa jurídica ou da titularidade do estabelecimento empresarial;
Continuidade na prestação de serviços pelos empregados.
DICA 131
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - EFEITOS DA SUCESSÃO TRABALHISTA
Com a sucessão trabalhista, a empresa sucessora passa a responder pelas obrigações
presentes, futuras e passadas decorrentes dos contratos de trabalho que lhe foram
transferidos. O passivo trabalhista, na sua integralidade, é transferido ao novo
empregador.
DICA 132
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - CLÁUSULA DE NÃO-RESPONSABILIZAÇÃO
No contrato de trespasse, ou em qualquer outro negócio jurídico que possa fragilizar as
garantias dos contratos de trabalho, é irrelevante a existência de cláusulas estipulando
que a empresa sucessora não responderá por débitos trabalhistas até a data da
transferência.
No entanto, é válida a cláusula no sentido de preservar o direito da empresa sucessora de
exigir ressarcimento, da empresa sucedida, de eventuais desembolsos que tiver quanto a
obrigações trabalhistas não honrada até a data da transferência.
Forma:
Tácito (Verbal)
Expresso (Escrito)
Modalidades:
Prazo Determinado
Prazo Indeterminado
CLT - Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado,
ou para prestação de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017).
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 136
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - MATERIAIS E FORMAIS
HETERÔNOMAS
Assim como outras áreas, o Direito Processual do Trabalho tem suas fontes, as quais são
divididas entre formais e materiais. As fontes materiais são em geral referentes aos fatos
sociais, econômicos, políticos e outros, que influenciam e fazem nascer o direito e as
normas jurídicas. Já as formais são as fontes são as criadas por terceiros alheios à
relação jurídica, conforme veremos a seguir:
CF/88;
Ato Administrativo;
Sentença Normativa;
Jurisprudência;
Sentença Arbitral.
DICA 137
FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS
São fontes que nascem dos destinatários da norma, como por exemplo os sindicatos
representantes, pela negociação coletiva de trabalho. Lembrando sempre que tais normas
podem ser editadas diretamente (regulamento da empresa, por exemplo) ou pelos
sindicatos (Convenções Coletivas de Trabalho e Acordos Coletivos de Trabalho).
Vejamos a seguir:
Costume;
Regulamento de Empresa.
DICA 138
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
TST
TRTs
Varas do
Trabalho
DICA 139
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando como
juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do
Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.
Ótimo, mas o que acontece nas comarcas onde não tiver juiz do trabalho? Nas
comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso
ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668
da CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos? Há o requisito da frequência de
reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente, a 1500
reclamações trabalhistas por ano.
Para resumir: O órgão de base da estrutura do Poder Judiciário é o próprio juiz, que
fica lotado nas denominadas Varas do Trabalho. Note-se que a indicação do juiz enquanto
órgão da estrutura judiciária brasileira é da CF/88, que em seu art. 111 expressamente
assim determina.
E como as varas do trabalho são criadas? A criação de Varas do Trabalho é feita por
intermédio de lei federal específica, conforme fala o art. 112 da CF, sendo a iniciativa do
TST, depois da sugestão do TRT envolvido, observada ainda a efetiva demanda judicial e a
população do lugar. Muito embora a criação da Vara do Trabalho nasça de uma lei
específica, o ato que define a jurisdição daquela unidade pode ser do TRT correspondente,
conforme fala o art. 28 da Lei n° 10.770/2003.
DICA 140
JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO
Vejamos:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e
merecimento, atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;”
DICA 142
VARAS DO TRABALHO - CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
As varas são a primeira instância trabalhista, ou seja, ela é competente para julgar
conflitos individuais surgidos nas relações de trabalho. Tais controvérsias chegam à Vara
na forma de Reclamação Trabalhista. A Vara é composta por um Juiz do Trabalho titular e
um Juiz do Trabalho substituto.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
E mais: A decisão por meio da qual o Juiz do Trabalho resolve a controvérsia chama-se
“sentença” e contra ela as partes podem interpor recurso.
Você sabia? Segundo dados recentes do TST, há no Brasil um total de 1.587 Varas
do Trabalho.
DICA 143
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário que
haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de uma
sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 65 anos.
ATENÇÃO!
DICA 144
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Os Tribunais Regionais do Trabalho integram a Justiça do Trabalho, devendo ter no
mínimo de 07 (sete) juízes, estes juízes devem ser nomeados, devendo ainda estes
possuir mais de 30 anos e menos de 65 anos. Assim como os ministros do TST, a sua
nomeação deverá ser feita pelo Presidente da República e por fim, não há necessidade de
sabatina para a aprovação, diferente neste ponto dos Ministros do TST.
A propósito, você sabia que São Paulo é o único estado a ter dois TRT’s? Isto
mesmo, o Estado de São Paulo possui:
Lembre-se de TARA.
T Tocantins
A Amapá
R Roraima
A Acre
Ué, mas se não tem TRT nestes lugares, como é feita então a jurisdição?
Observe a seguir:
QUESTÃO INÉDITA.
O Tribunal Regional do Trabalho é de suma importância no funcionamento da justiça
trabalhista. Neste campo, é correto afirmar que:
a) O TRT possui competência para julgar, além de ações e dissídios, também causas
de cunho criminal.
b) Compete privativamente ao TRT o julgamento do conflito de competência que
envolva os juízes do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista na
mesma região. Quando o conflito for suscitado entre o próprio TRT e juiz do trabalho a
ele subordinado, a competência para julgamento será do TST.
c) Em grau recursal, o TRT tem plena competência para julgar os recursos das
decisões de Varas do Trabalho.
d) O TRT é vedado de julgar ações rescisórias.
Gabarito: Alternativa C. Muito cuidado com a letra B (incorreta)!
Comentário: Súmula 420 do TST: COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO.
TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO Não se
configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara
do Trabalho a ele vinculada.
DICA 146
ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho são prestados por servidores e órgãos de
auxílio. No Capítulo VI da CLT (arts. 710 a 721) podemos olhar os serviços auxiliares da
Justiça do Trabalho. E mais: Nos termos do art. 710 da CLT, as secretarias são dirigidas
pelo Diretor de Secretaria.
IMPORTANTE: a Justiça do Trabalho, no 1º grau de jurisdição, está ligada às Varas
do Trabalho as chamadas Secretarias, e não cartórios, o que a diferencia da Justiça
Comum, e os Oficiais de Justiça avaliadores.
DICA 147
FUNÇÃO DA SECRETARIA - VARA
Cada Vara terá uma secretaria. E mais: segundo o art. 711 da CLT, é de competência
das secretarias as seguintes atribuições:
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e
outros papéis que lhe forem encaminhados,
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;
c) o registro das decisões;
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos
respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;
f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da
secretaria;
h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta,
para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.
Logo, a secretaria será formada pelos servidores públicos que forem admitidos por
intermédio de concurso público, seguindo o normatizado na CF/88.
"I - institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou
presidentes dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
e) ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no
território nacional, quando em serviço de caráter urgente;
e) o porte de arma, independentemente de autorização;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-Geral
da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas constantes do
inciso I, alíneas 'c', 'd' e 'e' do inciso II, alíneas 'd', 'e' e 'f', deste artigo;
II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns, pelo
Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser processado
e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de
flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à
privacidade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a
prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que tiver
de ser cumprida a pena;
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de jurisdição
nos feitos em que tiver que oficiar.
II – as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
O Procurador-Geral do Trabalho;
Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;
Os Procuradores do Trabalho.
DICA 153
INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim uma
função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal
Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o interesse
público evidente na situação. Uma informação importante para quem estuda este assunto
é que o instrumento de atuação judicial do Ministério Público do Trabalho de maior
importância é a ação civil pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais no
campo trabalhista.
Veja: Não é que as outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil
Pública é a mais comum e que na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há
também outras formas de participação do MPT, como por exemplo a ação rescisória, o
dissídio coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de
segurança (remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre
outros.
QUESTÃO INÉDITA.
O princípio do promotor natural é o princípio que garante ao réu ser processado
apenas e tão somente pelo Procurador escolhido consoante leis processuais e também
de organização interna de forma previa fixadas, sendo terminantemente proibida
qualquer indicação de cunho arbitrário.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Gabarito: Certo.
DICA 155
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Este princípio, que é próprio do processo do trabalho em si, tem sido utilizado também no
processo civil e no processo penal. Interessante que para muitos doutrinadores este
princípio é o único princípio comum do processo do trabalho em todo o mundo, já que não
é interesse de qualquer Estado que o conflito trabalhista, que essencialmente tem grandes
repercussões sociais, perdure por muito tempo.
O juiz é obrigado a homologar acordo trabalhista? Não, pois a Súmula 418 do TST
normatiza que o ato de homologar é FACULDADE do Juiz.
IMPORTANTE: O CPC também estimula a adoção da conciliação.
O benefício da justiça gratuita está previsto no art. 790, §§ 3° e 4°, da CLT. Observe:
"Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às
instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. ( ... )
§ -3° É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a trasladas e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou
Este benefício vale tanto para pessoas jurídicas quanto físicas? Sim.
DICA 159
IMPUGNANDO O PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Uma vez deferido o pedido da justiça gratuita, a parte contrária pode fornecer a
impugnação na contestação (se a justiça gratuita for requerida na petição inicial), na
réplica (se a justiça gratuita for requerida na contestação), nas contrarrazões (se a justiça
gratuita for requerida no recurso) e no prazo de 15 dias (se a justiça gratuita for
requerida em petição avulsa). A impugnação será feita nos próprios autos, sem que haja a
suspensão do processo em si.
A atitude do juiz foi errônea. Veja o que uma súmula do TST diz:
DICA 160
EXCEÇÕES À JUSTIÇA GRATUITA
O beneficiário da Justiça Gratuita tem suas prerrogativas. Mas há situações que a justiça
gratuita não tem alcance. As multas processuais são um exemplo clássico deste não
alcance, o que pode ser visto no art. 98, § 4° do CPC. E atente-se para uma questão
importante: Na Justiça gratuita, o beneficiário tem o direito de precisar adiantar as
despesas, todavia se no final o beneficiário for vencido será responsável por elas. Logo,
não pense na justiça gratuita como uma isenção total.
Compatibilidade principiológica.
DICA 162
PRINCÍPIO DA DESPERSONIFICAÇÃO DO EMPREGADOR
A despersonificação do empregador, ou desconsideração da personalidade jurídica do
empregador, constitui, a rigor, princípio do direito material trabalhista (CLT, arts. 2º, 10 e
448). Além disso, o princípio da desconsideração da personalidade jurídica é encontrado
em outros ramos, como por exemplo o direito civil.
O princípio da desconsideração da personalidade jurídica do empregador tem sido
bastante utilizado no direito processual do trabalho, principalmente em sede de execução
trabalhista.
E qual o prazo para ele se manifestar? O prazo para manifestação é 15 dias.
Há suspensão do processo em caso de incidente de desconsideração da personalidade
jurídica? Sim. A instauração do incidente suspenderá o processo, todavia sem que haja
prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301
do CPC (art. 855-A, §2°, da CLT e art. 6°, § 2°, da IN n° 39/2016 do TST).
DICA 163
PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO PROCESSUAL
Basicamente, é um princípio muito típico do direito processual do trabalho, que traz uma
espécie de protecionismo temperado, mitigado ou relativizado ao trabalhador. Como uma
forma de exemplificar este protecionismo, é a proteção que o Código de Defesa do
Consumidor traz ao consumidor, pois este é vulnerável, do ponto de vista técnico.
Vejamos a seguir:
DICA 166
PARTES E PROCURADORES
No Processo do Trabalho o autor é denominado de reclamante e o réu, reclamado. É
importante que você se acostume com estas nomenclaturas. E mais: No Processo do
Trabalho, é necessário haver a capacidade das partes. Esta capacidade ocorre aos 18 anos
(art. 792 da CLT), e quando a parte não tem esta idade, tem que estar em juízo com a
assistência ou representação.
Os honorários serão devidos ao advogado, mesmo que atue em causa própria, por ter
representado o processo a parte vencedora. Tenha cuidado com um ponto: Com a
Reforma Trabalhista, os chamados honorários sucumbenciais não são devidos somente
aos sindicatos, mas também aos advogados particulares.
Informação importante: o Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento, por
intermédio da Súmula 512, de que NÃO há cabimento da condenação em honorários
advocatícios na ação de mandado de segurança.
Há 3 tipos de honorários:
contratuais,
sucumbenciais.
o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (art. 791, §
2°, CLT).
DICA 168
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
Certo, mas o que ocorre quando a parte é condenada pela litigância de má fé?
Este será condenado, de ofício ou a requerimento, a:
pagar multa, que deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da
causa;
pagar todas as despesas que a parte contrária efetuou (art. 793-C, CLT).
Importante que você saiba que os honorários vão ser fixados entre o mínimo de 5% e o
máximo de 15%, conforme normatizado no art. 791-A, da CLT, estes sendo calculados
sobre o valor da multa.
DICA 169
AÇÃO MONITÓRIA
A ação monitória é uma petição inicial, que é um tipo de atalho, visando que a pessoa
possa receber um crédito ou bem de forma mais célere, necessitando este de uma prova
escrita, como uma nota promissória. A ação monitória tem sua previsão no CPC, dos arts.
700 ao 702. Ao ajuizar esta ação, caso o juiz concorde e veja que está tudo ok, ele
poderá conceder um mandado monitório, mesmo sem a citação do réu. Caso réu discorde,
ele poderá apresentar embargos monitórios.
Em outras palavras, quando tivermos no enunciado a informação de que é o primeiro ato
do processo, o cliente em questão sendo um empregado e a existência de um documento
que mostrar a ausência de adimplemento, sendo que este documento não é um título
executivo, estaremos diante de uma ação monitória.
DICA 170
MANDADO DE SEGURANÇA
Remédio constitucional (assim como o habeas data e habeas corpus), o mandado de
segurança tem sua previsão legal no art. 5º, LXIX e LXX, da CF/88 e Lei n. 12.016/2009,
devendo haver direito líquido e certo. Lembrando que este remédio tem um prazo
decadencial de 120 dias, a partir do momento da ciência do ato coator, como traz o art.
23 da Lei 12.016/2009:
O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e
vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
E mais: No caso de decisões interlocutórias, já que não há a possibilidade de interpor
recurso algum, cabe a impetração de mandado de segurança. Também cabe a impetração
do MS em casos de decisão de antecipação dos honorários periciais.
Cabe recurso ordinário para o TST em caso acórdão proferido pelo TRT julgando o mérito
do mandado de segurança? Sim, quem traz esta disposição é a Súmula 201 do TST.
DICA 171
CUSTAS PROCESSUAIS
Lembrando que há certos entes que são isentos destas custas, que são:
as partes (autor e réu): a parte (tanto autor quanto réu) são parciais, já que tem
interesse jurídico na questão; logo, as partes são sujeitos do processo e sujeitos da lide.
Os terceiros intervenientes também são sujeitos do processo e da lide.
Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado
contra o mesmo empregador.
DICA 175
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Em regra, será fixada com base no local da prestação de serviços, ainda que o
empregado tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Veja o disposto a seguir:
Art. 651 da CLT. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada
pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado
tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo,
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.”