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INTRODUÇÃO
O Direito Constitucional é uma área do Direito Público, o qual se destaca por ter
uma importância fundamental na operação do Estado, configuração, estrutura política e
harmonização dos seus elementos essenciais.
José Afonso da Silva, assim define: “como o ramo do direito público que expõe,
interpreta e sistematiza os princípios fundamentais do Estado ”.
CONSTITUIÇÃO
Materiais
Quanto ao Conteúdo
Formais
Escritas
Quanto à forma
Não escritas
Quanto ao modo de Dogmáticas
elaboração Históricas
CLASSIFICAÇÃO DAS Promulgadas
Quanto à origem
CONSTITUIÇÕES Outorgadas
Imutáveis
Quanto à Rígidas
estabilidade Flexíveis
Semirrígidas
Quanto à extensão e Analíticas
finalidade Sintéticas
1. Escrita:
• A Constituição de 1988 é escrita, uma vez que está codificada e
sistematizada em um único documento, proporcionando uma base
organizacional integral para o Estado brasileiro.
3. Promulgada:
• A Constituição de 1988 é promulgada, o que significa que foi elaborada e
adotada por uma Assembleia Nacional Constituinte composta por
representantes do povo, eleitos com o propósito específico de redigir a
nova constituição.
4. Rígida:
• Quanto à rigidez, a Constituição de 1988 é rígida, pois sua alteração exige
um processo legislativo mais solene e dificultoso do que o utilizado para a
legislação ordinária. Esse processo está delineado no artigo 60 da própria
Constituição Federal.
5. Dirigente:
• É uma constituição dirigente, também conhecida como analítica. Ela
abrange uma variedade de temas considerados relevantes para o Estado
brasileiro, indo além do estabelecimento de princípios fundamentais. A
Constituição Federal de 1988 tem um caráter programático, preocupando-
se com diretrizes e programas futuros.
6. Formal:
• A Constituição de 1988 é formal, pois está consubstanciada em um
documento escrito, estabelecido pelo poder constituinte originário,
refletindo assim a vontade e a organização fundamentais da nação.
Pedro Lenza nos fala um pouco mais acerca das características da Constituição
Federal de 1988.
1. Preâmbulo
2. Disposições duráveis (artigos 1º ao 250 da Constituição Federal)
3. Disposições transitórias (artigos 1º ao 144 do ADCT)
4. Emendas Constitucionais
Por todo o exposto, podemos sustentar que o preâmbulo não tem relevância
jurídica, não tem força normativa, não cria direitos ou obrigações, não tem força
obrigatória, servindo, apenas, como norte interpretativo das normas
constitucionais. Por essas características e por não constituir norma central, a
invocação à divindade não é de reprodução obrigatória nos preâmbulos das
Constituições estaduais e leis orgânicas do DF e dos Municípios. Conforme
visto, o Brasil é um país leigo, laico ou não confessional, lembrando que Estado
laico não significa Estado ateu (2022, p. 183).
O governante não pode optar em fazer ou não valer a Constituição, visto que a
Constituição possui objetivos e impõe aos governantes que eles façam valer os
dispositivos. Os objetivos estabelecidos na Constituição não são opção para o
governante, mas um mandado.
Os direitos e garantias fundamentais tradicionalmente ficavam ao final das
Constituições.
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Ressalta o ministro Carlos Velloso que o preâmbulo não constitui norma central.
Vejamos:
Pedro Lenza nos fala acerca das características do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º,
I, da Constituição:
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da
porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de
setembro de 1966 ;
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato;
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto. (Vide Lei Complementar nº 146, de 2014)
§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição,
o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.
§ 2º Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio
das atividades dos sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto
territorial rural, pelo mesmo órgão arrecadador.
§ 3º Na primeira comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas pelo
empregador rural, na forma do art. 233, após a promulgação da Constituição,
será certificada perante a Justiça do Trabalho a regularidade do contrato e das
atualizações das obrigações trabalhistas de todo o período.
Podemos falar ainda das normas de recepção, que estão presentes no artigo
34, § 5º. Vejamos:
Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia
do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então,
o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e
pelas posteriores.
(..)
§ 5º Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da
legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação
referida nos §3º e § 4º.
Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá
ao Presidente da República, com a aprovação do Senado Federal, indicar o
Governador e o Vice-Governador do Distrito Federal.
§ 1º A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se
instale, será exercida pelo Senado Federal.
§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Distrito Federal, enquanto não for instalada a Câmara Legislativa, será
exercida pelo Senado Federal, mediante controle externo, com o auxílio do
Tribunal de Contas do Distrito Federal, observado o disposto no art. 72 da
Constituição.
§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser
atribuídos pela União na forma da lei.
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam
ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado
emitir-lhes os títulos respectivos.
No Estado de São Paulo, por muitos anos não existia a Defensoria Pública.
Então, os procuradores estaduais faziam as vezes dos defensores públicos, tendo em
vista que era necessária a defesa dos necessitados.
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do
Congresso Nacional, em sessão unicameral.
1 – Recepção
Para analisar se uma lei foi ou não recepcionada, importante notar inicialmente
se ele é pré-constitucional, ou seja, se foi uma norma criada antes da Constituição de
1988. Na hipótese de ela ter sido criada após a Constituição, o fenômeno será da
constitucionalidade ou da inconstitucionalidade.
Outro detalhe importante é que a lei só será considerada constitucional se tiver
em vigor no momento da promulgação da nova Constituição, visto que não estamos
falando de repristinação.
Alexandre de Moraes nos fala um pouco mais acerca do instituto da recepção.
Vejamos:
Recepção consiste no acolhimento que uma nova constituição posta em vigor
dá às leis e atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que
compatíveis consigo.9 O fenômeno da recepção, além de receber
materialmente as leis e atos normativos compatíveis com a nova Carta, também
garante a sua adequação à nova sistemática legal.
Outro requisito para a recepção é que o conteúdo da lei seja compatível com o
texto novo da Constituição nova. Ainda, é importante perceber se essa norma foi criada
de forma válida.
2 – Desconstitucionalização
3 - Mutação constitucional
4 - Vacatio constitucional
Art. 1º, LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº
1.991, de 1953) (Vide Lei nº 2.145, de 1953) (Vide Lei nº 2.410, de
1955) (Vide Lei nº 2.770, de 1956) (Vide Lei nº 3.244, de 1957) (Vide
Lei nº 4.966, de 1966) (Vide Decreto-Lei nº 333, de 1967) (Vide Lei nº
2.807, de 1956) (Vide Lei nº 4.820, de 1965)
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores
começará a correr da nova publicação.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Legislação
Jurisprudência
PRECATÓRIO - PAGAMENTO PARCELADO - ADCT, ART. 33 - NATUREZA
JURÍDICA DAS NORMAS INTEGRANTES DO ADCT - RELAÇÕES ENTRE O
ADCT E AS DISPOSIÇÕES PERMANENTES DA CONSTITUIÇÃO -
ANTINOMIA APARENTE - A QUESTÃO DA COERÊNCIA DO
ORDENAMENTO POSITIVO - RECURS O EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO
E PROVIDO . - Os postulados que informam a teoria do ordenamento jurídico e
que lhe dão o necessário substrato doutrinário assentam-se na premissa
fundamental de que o sistema de direito positivo, além de caracterizar uma
unidade institucional, constitui um complexo de normas que devem manter entre
si um vínculo de essencial coerência . - O Ato das Disposições Transitórias,
promulgado em 1988 pelo legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente,
como um estatuto de índole constitucional. A estrutura normativa que nele se
acha consubstanciada ostenta, em conseqüência, a rigidez peculiar às regras
inscritas no texto básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o
reconhecimento de que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e os
preceitos constantes da Carta Política, quaisquer desníveis ou desigualdades
quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua autoridade.
Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se,
no plano do ordenamento estatal, enquanto categorias normativas
JÚNIOR, Paulo Hamilton S. Direito processual constitucional. [Digite o Local da Editora]: Editora
Saraiva, 2023. E-book. ISBN 9786555599626. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555599626/. Acesso em: 23 nov. 2023.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2023. E-book.
ISBN 9786559774944. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559774944/. Acesso em: 23 nov. 2023.
MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 38 ed. Barueri (SP): Atlas, 2022.
LENZA. Pedro. Direito Constitucional. 26 ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2022.
BARCELLOS, Ana Paula de. Curso de Direito Constitucional. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN,
2023. E-book. ISBN 9786559647828. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559647828/. Acesso em: 23 nov. 2023.