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Ferramentas básicas da
Qualidade
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Ferramentas básicas da Qualidade
SENAI 3
Ferramentas básicas da Qualidade
SENAI 4
Ferramentas básicas da Qualidade
Sumário
Introdução ..................................................................................................................... 07
Fluxograma .................................................................................................................. 19
Estratificação ................................................................................................................ 31
Histograma.................................................................................................................... 55
Conclusão ..................................................................................................................... 79
Bibliografia ................................................................................................................... 81
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Ferramentas básicas da Qualidade
Introdução
Nem sempre a tarefa de atingir e manter tais objetivos é simples, devido à variedade e
complexidade dos elementos que estão presentes e devem ser considerados. Exige
um compromisso intenso no sentido do aprimoramento constante da competência
profissional. Torna-se necessário, portanto, sustentar esse esforço com técnicas que
possam facilitar a análise e o processo de tomada de decisão. Neste ambiente se
enquadram as Ferramentas básicas da Qualidade - F.B.Q., como meio de facilitar o
trabalho daqueles que são responsáveis pela condução de um processo de
planejamento ou análise e solução de problemas, visando a Qualidade. Esses
responsáveis pela Qualidade, segundo a visão moderna, são todos os integrantes da
organização.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Neste sentido, vale lembrar que essas técnicas devem ser assimiladas e utilizadas por
todos. Isto significa que seu uso não se restringe apenas à área de produção. Exigem,
portanto, o treinamento do pessoal das áreas de planejamento, engenharia, vendas,
compras, assistência técnica, etc.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Brainstorming
Definição
É uma técnica de estimulação da criatividade de uma equipe, para gerar e esclarecer
uma série de idéias, problemas ou questões.
Objetivo
É usada para identificar possíveis soluções para problemas e oportunidades em
potencial para a melhoria da qualidade.
Quando usar
O brainstorming (tempestade de idéias) é uma técnica muito flexível em termos de
possibilidades de aplicação. Dentre as muitas situações nas quais pode ser aplicada,
podemos citar:
• Solucionando problemas
- Listagem das causas prováveis do problema;
- Listagem das possíveis soluções.
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Como fazer
• Definir o objetivo.
• Definir os participantes da reunião.
• Informar antecipadamente os objetivos aos participantes.
• Definir o Coordenador e o Secretário.
• Definir o tempo de duração da reunião.
• Iniciar o processo de geração de idéias.
O processo continua até que não haja mais geração de idéias ou se esgote o tempo
previamente definido.
Estruturada
Neste método, cada membro do grupo pode contribuir com uma idéia, quando chegar
a sua vez no rodízio, ou deixar passar até a próxima rodada.
Não-estruturada
Neste método, os membros do grupo simplesmente apresentam a idéia à medida que
elas ocorrem.
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Ciclo P.D.C.A.
Definição
É um método de gestão que propõe abordagem organizada para a solução de
problemas ou acompanhamento de um processo.
Objetivo
Orientar de forma simples e segura as etapas de preparação e execução de atividades
pré-determinadas, para atingir o sucesso no aprimoramento ou implantação de um
processo qualquer.
Descrição
O ciclo de aperfeiçoamento contínuo do processo pressupõe quatro etapas cíclicas e
contínuas. A sigla P.D.C.A. vem do inglês:
• P (Plan) ⇒ Planejar;
• D (Do) ⇒ Executar;
• C (Check) ⇒ Verificar/Controlar;
• A (Act) ⇒ Agir/Aprimorar.
Planejar
Consiste em estabelecer um plano, que pode ser um cronograma, um gráfico ou um
conjunto de padrões. Esta etapa subdivide-se em:
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Executar
Executar tarefas exatamente como previstas na fase anterior (planejamento) e coleta
de dados para verificação do processo.
Verificar/Controlar
Comparar dados coletados na fase anterior (execução) com os resultados obtidos a
partir da meta planejada.
Agir/Aprimorar
Nesta etapa o responsável pelo processo deve cuidar para que haja a consolidação
dos resultados, se estes estiverem conforme o planejado ou propor ações corretivas,
se algum problema foi localizado durante a fase anterior (verificação / controle).
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Aplicar os dois ciclos ou não aplicá-los determina os dois tipos básicos de empresas:
As empresas que não aplicam o Ciclo P.D.C.A. apresentam um comportamento
caracterizado popularmente como serrote. Neste caso as melhorias obtidas são
perdidas com o tempo devido à não incorporação das mesmas ao sistema. A figura
seguinte ilustra tal comportamento.
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O Ciclo P.D.C.A., como toda e qualquer ferramenta, só será eficaz se aplicado de forma
correta. Portanto, convém estar atento para os erros mais comuns quando de sua
utilização. Para exemplificar, usaremos a situação de uma dona-de-casa que quer fazer
um bolo.
Definir o tipo de bolo (pão-de-ló) e usar o método errado para fazê-lo (liquidificador).
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Solicitar à empregada que faça o bolo, dar-lhe a receita, porém, não ensinar-lhe o
funcionamento dos equipamentos (balança, batedeira, forno de microondas, etc.).
4. Imobilismo no planejamento.
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Nunca mais fazer o bolo ou não procurar incrementar a receita para melhorar o
sabor do bolo.
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Exercício:
Citar pelo menos um exemplo de cada tipo de erro do Ciclo P.D.C.A., relacionado ao
seu trabalho.
4. Imobilismo no planejamento.
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Fluxograma
Definição
Representação gráfica das diversas etapas que constituem um determinado processo.
Objetivo
Apresentar uma visão global do processo e permitir visualizar como as várias etapas
deste processo estão relacionadas entre si.
Quando usar
O fluxograma é usado quando se deseja:
• Descrever um processo existente;
• Projetar um novo processo;
• Ajudar a identificar desvios nos processos;
• Oferecer aos membros da equipe pontos de referência comuns, padronizando a
interpretação do processo ou projeto;
• Permitir aos funcionários, perceber melhor a importância de seu papel,
evidenciando as relações clientes-fornecedores e como o seu trabalho influi no
resultado final;
• Mostrar todas ou a maior parte das etapas de um processo ou projeto, incluindo os
ciclos causados por retrabalho (desvios no processo);
• Auxiliar no treinamento de novos funcionários.
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Como fazer
Operação
Inspeção
Armazenagem
Transporte
Espera
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Início/Fim do processo
Determina o ponto exato em que a descrição do processo teve início e também onde
ela termina.
Operação
Indica a etapa do processo na qual há uma transformação intencional ou quando se
prepara o produto ou o serviço para a operação seguinte.
Inspeção
Indica o exame de um produto ou serviço para identificação, verificação de sua
qualidade, determinação da quantidade, etc.
Armazenagem
Indica a etapa em que um produto ou serviço deve ser guardado e protegido contra
deslocamento não justificado.
Transporte
Indica a etapa em que um produto ou serviço sai de um local para outro, como por
exemplo - enviar uma correspondência, enviar peças para o almoxarifado, etc. .
Espera
Indica circunstâncias que não permitem ou não exigem a execução da fase seguinte
do processo; portanto, o produto ou serviço aguarda processamento.
Nota
Dois símbolos podem ser combinados quando as atividades são executadas no
mesmo local de trabalho ou simultaneamente, como atividade única.
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Ação
Decisão
Conector
A simbologia acima não constitui um padrão único. Cabe ao usuário adotar o padrão
que melhor lhe convier.
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Exemplos:
Fluxograma padrão ou básico.
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Fluxograma matricial usado para caracterizar um processo que possui relação com
diversas áreas, pessoas ou departamentos.
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Exercício:
Construir o fluxograma de um processo qualquer.
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Folha de verificação
Definição
São formulários elaborados para facilitar o registro e análise de dados obtidos numa
coleta. Também conhecidos por check-list.
Objetivo
Sistematizar a forma de fazer observações, visando obter um quadro claro e preciso
dos fatos.
Quando usar
As folhas de verificação devem ser usadas em qualquer processo que necessite coleta
de dados.
Como fazer
1. Determinar o objetivo específico para a coleta dos dados (as questões a serem
dirigidas).
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Precauções
Exemplos:
a - Folha de verificação para coleta de dados num processo da área de produção.
Capa OK
Lista de material OK
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Estratificação
Definição
Técnica utilizada para separar criteriosamente um conjunto de dados em grupos ou
categorias.
Objetivo
Facilitar a identificação e análise dos dados, possibilitando o estudo pormenorizado
dos seus efeitos.
Quando usar
A estratificação deve ser usada sempre que se deseja:
• Verificar o impacto de uma determinada causa sobre o efeito estudado;
• Detectar um problema, quando os dados provêm de fontes distintas, deixando claro
onde ele ocorre e onde não ocorre;
• Separar os dados conforme características distintas pré-definidas.
Como fazer
1. Selecione as variáveis.
A partir do conhecimento das pessoas que se relacionam com o processo em
questão, escolha as variáveis que provavelmente sejam vitais para a análise do
mesmo.
2. Estabeleça categorias.
As categorias são definidas como combinações específicas das variáveis
selecionadas. Por exemplo:
• Por tempo (hora; turno; dia da semana, do mês ou do ano; etc.).
• Por local (sala de treinamento; seção; departamento; cidade; etc.).
• Por defeito (bolha; trinca; rebarba; rasura; etc.).
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3. Colete os dados.
4. Analise os dados.
Exemplos:
a - Folha de verificação estratificada por disciplinas e por alunos numa escola.
Total
Observações:
Como preencher:
1. Marcar um “X” nas disciplinas em que o aluno foi reprovado.
2. Anotar o nome do professor das disciplinas críticas.
Objetivo:
1. Obter dados sobre: (a) disciplinas críticas na reprovação dos alunos e (b)
número de disciplinas onde o aluno foi reprovado.
2. Traçar o perfil da problemática de repetência por série/turma/período, visando
subsidiar o processo de solução do problema de alto índice de repetência.
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Páginas em branco / 01
Total ⇒ 61
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Deformação /// 03
Outros ///// 05
Total ⇒ 62
Total rejeitado ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// // 42
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Exercício:
Identifique pelo menos cinco tipos possíveis de estratificação do seguinte problema:
Dica:
Faça a seguinte pergunta - Por que isto está ocorrendo?
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Gráfico de Pareto
Definição
Forma especial do gráfico de barras verticais, que dispõe os itens analisados desde o
mais freqüente, até o menos freqüente.
Objetivo
Estabelecer prioridades na tomada de decisão, a partir de uma abordagem estatística.
Princípio de Pareto
Analisando a distribuição da renda entre os cidadãos, o economista italiano V. Pareto
concluiu que a maior parte da riqueza pertence a poucas pessoas. Essa mesma
conclusão foi depois constatada em outras situações, sendo estabelecida a relação
que ficou conhecida como Princípio de Pareto ou relação 20-80. Segundo esse
princípio, 20 por cento das causas são responsáveis por 80 por cento dos efeitos.
Análise de Pareto
No campo da Qualidade, o Dr. J. M. Juran aplicou esse princípio demonstrando que
alguns poucos fatores são responsáveis pela maioria dos efeitos observados.
Estabeleceu, assim, um método que permite classificar os problemas da qualidade,
identificando os poucos problemas que são vitais e diferenciando-os dos muitos, que
são triviais. Esse método foi por ele denominado Análise de Pareto.
A forma gráfica de apresentar os dados estudados por esse método ficou conhecida
como Gráfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto.
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Quando usar
O gráfico de Pareto é usado sempre que for preciso ressaltar a importância relativa
entre problemas ou condições, no sentido de:
• Escolher ponto de partida para a solução de problemas;
• Avaliar o progresso de um processo;
• Identificar a causa básica de um problema.
Como fazer
1. Defina o objeto da análise (por exemplo: índice de rejeições).
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Rebarba ///// / 06
Bolha / 01
Total ⇒ 202
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Rebarba ///// / 06 8º
Bolha / 01 9º
Total ⇒ 202 -
freqüênca do item
% individual = x 100
freqüênciatotal
Exemplo:
No item alinhamento temos:
12
% individual = x 100 = 6%.
202
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Parafuso Solto ///// ///// ///// ///// . . . . . . . . ///// ///// /// 68 1º 14%
Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// / 41 2º 07%
Bolha / 01 9º 01%
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Ferramentas básicas da Qualidade
Exemplo:
Para o item riscos, temos: 14% + 54% = 68%.
%
Freqüência do Classific %
Tipo de defeito Tabulação Acumula
item ação Individual
da
Parafuso Solto ///// ///// ///// ///// . . . . . . . . ///// ///// /// 68 1º 14% 68%
Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// / 41 2º 07% 85%
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Ferramentas básicas da Qualidade
9. Construa a curva da % acumulada. Ela oferece uma visão mais clara da relação
entre as contribuições individuais de cada um dos fatores.
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Exemplos de aplicação:
1. Comparando um processo antes e depois da implantação de uma melhoria
proposta.
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o
Produto N defeito Quant. produz. % Defeitos Custo/ Defeito Custo total
A 98 10.000 1% $ 2,50 $ 245,00
B 20 2.010 1% $ 4,50 $ 90,00
C 15 20 75% $ 7,00 $ 105,00
D 35 200 18% $ 11,00 $ 385,00
E 60 600 10% $ 5,00 $ 300,00
F 05 6 83% $ 3,00 $ 15,00
Número
Defeitos
%
Defeitos
Custo
total
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Exercício:
Construir um gráfico de Pareto a partir da Folha de verificação, que segue.
o
Componente: Parafuso N 123 Produção: 50.000 peças
o
Tipos de defeitos Tabulação N de defeitos
///// ///
Resolução
2. Estratificar.
4. Classificar os itens.
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Ferramentas básicas da Qualidade
o
Componente: Parafuso n 123 Produção: 50.000 peças
% %
Freqüência Classific
Tipo de defeito Tabulação Individua Acumula
do item ação
l da
Formato da
///// ///// ///// ///// ///// / 26
cabeça
Tamanho da
///// ///// 10
cabeça
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o
Componente: Parafuso n 123 Produção: 50.000 peças
o
N peças ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// 68
defeituosas
///// ///// ///// ///// ///// ///
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Ferramentas básicas da Qualidade
8. Construir o gráfico.
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Definição
Estrutura que permite de dados ou informações possibilitando a identificação das
possíveis causas de um problema ou efeito.
Objetivo
Analisar criteriosamente e expor as relações entre um determinado efeito (como por
exemplo a variação de uma característica da qualidade) e suas causas potenciais.
Quando usar
Embora possa ser utilizado individualmente, a principal qualidade do diagrama de
Ishikawa é sua capacidade de focalizar a discussão em grupo, estimulando a
participação de todos e aproveitando ao máximo o conhecimento de cada pessoa.
Permite, assim, a organização das idéias e sua visualização agrupada, destacando os
grupos de possíveis causas mais significativas.
Como fazer
1. Identifique e defina o problema ou efeito, tomando cuidado para que esteja
claramente entendido por todos.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Os 5M acima não devem ser fator limitante. Outros grupos de possíveis causas
poderão ser considerados em função da complexidade do processo, como os
exemplos que seguem.
• Clima organizacional;
• Gerenciamento;
• Manutenção;
• Medição;
• etc.
3. Construa o diagrama.
Para a construção do diagrama sugere-se a seguinte seqüência:
Escreva o problema ou efeito definido no lado direito e desenhe uma longa flecha
apontada para ele.
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4. Realize um Brainstorming.
Nesta fase identifica-se as causas prováveis relacionadas aos grupos básicos (5M).
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Exemplo:
Exercício:
Construa um diagrama de causa e efeito para identificar as prováveis causas do alto
índice de reprovação numa determinada disciplina.
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Histograma
Definição
É um gráfico de colunas que representa a forma como se distribui um conjunto
numérico obtido numa coleta.
Objetivo
Os principais objetivos da utilização do histograma são:
• Apresentar o padrão de variação do processo;
• Possibilitar a visualização do comportamento do processo;
• Comparar os resultados com as especificações ou padrões;
• Decidir sobre onde devem ser concentrados esforços para a melhoria.
Quando usar
Os histogramas são usados quando se deseja representar os dados coletados de
forma clara e precisa. Dentre as muitas aplicações que possui, podemos citar:
Pesquisas sociais
• Distribuição da renda da população, evidenciando a situação da maioria das
pessoas;
• Distribuição da idade da população do país, para direcionar decisões políticas;
• Determinação do padrão de estatura dos habitantes de uma determinada região
do país.
Controle da qualidade
• Determinação do número de produtos não-conformes produzidos por dia;
• Determinação da dispersão dos valores de dureza medida em peças de aço;
• Controle da variação do volume final de óleo lubrificante, no processo de
enchimento;
• Indicação da necessidade de ação corretiva.
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Como fazer
Os passos a seguir são apenas uma diretriz e não regras rígidas a serem seguidas na
construção de um histograma.
34,0 34,2 34,5 33,6 33,3 35,3 35,7 36,2 34,9 33,6 36,2 33,3
34,3 34,9 36,0 35,6 33,9 33,5 34,8 35,0 35,2 34,1 36,0 33,5
34,6 34,2 33,8 33,4 34,5 33,9 34,1 34,7 34,2 34,7 34,7 33,4
36,8 36,3 35,9 35,4 33,3 33,7 34,7 34,4 34,8 36,4 36,8 33,3
35,9 35,6 35,1 33,2 33,8 34,7 34,5 34,3 33,9 33,5 35,9 33,2
34,5 34,9 36,1 35,6 35,2 33,0 33,4 34,4 34,6 34,4 36,1 33,0
33,3 33,2 34,2 34,3 34,6 33,6 35,8 34,6 34,8 34,0 35,8 33,2
33,1 33,2 33,9 33,7 34,2 34,3 34,9 33,6 33,4 33,1 34,9 33,1
35,0 35,2 35,4 36,0 35,3 33,4 34,1 35,1 34,0 33,8 36,0 33,4
33,3 34,8 34,5 34,3 35,5 35,1 35,4 34,1 33,0 33,7 35,5 33,0
Observação
Para que o histograma represente com precisão o comportamento do processo, o
número de dados coletados deve ser maior ou igual a 30 (n ≥30).
No exemplo:
• O maior valor (Xmáx.) = 36,8 mm;
• O menor valor (Xmín.) = 33,0 mm.
SENAI 56
Ferramentas básicas da Qualidade
R = Xmáx. - Xmín.
No exemplo:
• R = 36,8 - 33,0
• R = 3,8 mm.
No entanto, na maioria dos casos, poderemos utilizar a tabela abaixo, que define o
número de classes (K) em função do número total de elementos (n) da amostra.
30 a 50 5 a 7
51 a 100 6 a 10
101 a 200 7 a 12
mais de 250 10 a 20
No exemplo:
3,8
R = 3,8 mm então: h = ⇒ h = 0,38mm , adotar h = 0,4mm.
10
Observação:
O tamanho das classes (h) deve ter a mesma precisão dos dados coletados, ou
seja, o mesmo número de casas decimais.
Uma das formas de determinar os limites das classes é iniciar pelo menor valor da
amostra (Xmín.) como limite inferior da primeira classe. A este, soma-se o tamanho
da classe (h), de forma que teremos o limite superior da primeira classe, que
também será o limite inferior da segunda classe.
No exemplo:
1a classe:
• Limite inferior = 33,0 mm;
• Limite superior = limite inferior + h;
• Limite superior = 33,0 + 0,4 => limite superior = 33,4 mm.
2a classe:
• Limite inferior = limite superior da 1ª classe (33,4 mm);
• Limite superior = limite inferior + h;
• Limite superior = 33,4 + 0,4 => limite superior = 33,8 mm.
SENAI 58
Ferramentas básicas da Qualidade
Tabela de freqüência
Classes Limites das classes Tabulação Freqüência
01 33,0 ! 33,4 ///// ///// / 11
02 33,4 ! 33,8 ///// ///// /// 13
03 33,8 ! 34,2 ///// ///// ///// 15
04 34,2 ! 34,6 ///// ///// ///// /// 18
05 34,6 ! 35,0 ///// ///// ///// 15
06 35,0 ! 35,4 ///// ///// 10
07 35,4 ! 35,8 ///// /// 08
08 35,8 ! 36,2 ///// / 06
09 36,2 ! 36,6 /// 03
10 36,6 ! 37,0 / 01
Total ⇒ 100
Simbologia
Intervalo
Fechado Aberto
8. Desenhe o histograma.
SENAI 59
Ferramentas básicas da Qualidade
Tipos de histograma
SENAI 60
Ferramentas básicas da Qualidade
c - Tipo assimétrico.
À direita À esquerda
SENAI 61
Ferramentas básicas da Qualidade
d - Tipo abrupto.
À esquerda À direita
Esta é uma forma que ocorre freqüentemente quando é feita uma inspeção
separadora 100% por causa da baixa capacidade do processo, e também quando a
assimetria positiva ou negativa se torna ainda mais extrema.
e - Tipo achatado.
Esta forma ocorre com a mistura de várias distribuições que têm diferentes médias.
SENAI 62
Ferramentas básicas da Qualidade
Esta forma ocorre quando duas distribuições, com médias muito diferentes, são
misturadas.
Esta é uma forma que surge quando há uma pequena inclusão de dados provenientes
de uma distribuição diferente, como nos casos de anormalidade de processo, erro de
medição ou inclusão de dados de um processo diferente.
SENAI 63
Ferramentas básicas da Qualidade
Assim teremos:
SENAI 65
Ferramentas básicas da Qualidade
Exercício:
Construir um histograma a partir do seguinte conjunto de dados:
SENAI 66
Ferramentas básicas da Qualidade
Considerando que os limites de especificação estão definidos por 50,0 + 0,2N avalie o
processo em questão.
Tabela de freqüência
Classes Limites das classes Tabulação Freqüência
Total ⇒
SENAI 67
Ferramentas básicas da Qualidade
Gráfico de controle
Definição
É um gráfico de linhas que consiste em uma linha central, limites de controle e pontos
que representam o estado de um processo. Os limites de controle são calculados
estatisticamente e representados por linhas traçadas acima e abaixo da linha central.
Objetivo
Permitir o acompanhamento do processo ao longo o tempo, distinguindo as variações
especiais das variações comuns.
Tipos de variação
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Ferramentas básicas da Qualidade
Quando usar
O gráfico de controle é usado para os seguintes propósitos:
Diagnóstico:
• Avaliar a estabilidade do processo.
Controle:
• Determinar quando um processo necessita ser ajustado e quando necessita ser
antido como está;
• Detectar o momento em que ocorre a causa especial.
Confirmação:
• Confirmar a melhoria de um processo.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Gráfico de variáveis
Variável é qualquer característica da qualidade que pode ser mensurada (medida). Por
exemplo: comprimento, diâmetro, viscosidade, resistência elétrica, etc.
Os gráficos de controle de variáveis são aplicados para características que podem ser
medidas.
Gráfico de atributos
Atributos são dados qualitativos que podem apenas ser contados, para registro ou
análise a partir da comparação com um padrão.
Como fazer
SENAI 71
Ferramentas básicas da Qualidade
2. Examinar o gráfico para identificar pontos fora dos limites de controle e padrões
que identifiquem a presença de causas especiais.
Notas
• Os dados devem ser registrados na mesma seqüência em que são coletados,
do contrário aparecerão resultados não confiáveis;
• Processo sob controle não significa processo de acordo com as especificações
que são dadas a priori.
Exemplo:
SENAI 72
Ferramentas básicas da Qualidade
MASP
Etapas básicas
Atividades básicas:
• Identificar os problemas que afetam o desempenho ou a satisfação do cliente;
• Priorizar os problemas a serem tratados;
• Definir medidas de avaliação e desempenho.
Considerações importantes:
• Só há um problema quando existe uma discrepância entre o que é e o que
deveria ser;
• Evite usar os seguintes termos na descrição de um problema: falta de,
necessidade de, devido a, inadequado, etc;
• Use dados mensuráveis para definir o problema;
• As prioridades de ação devem ser compatíveis com os objetivos da
empresa;
• Pense também nas oportunidades de melhoria (o que faria o cliente mais
satisfeito ou o processo mais eficaz ?).
Ferramentas e técnicas:
• Brainstorming;
• Diagrama de causa e efeito;
• Gráfico de Pareto;
• Folha de verificação;
• Estratificação;
• Fluxograma do processo;
• Histograma;
• Gráfico de controle;
• Diagrama de dispersão.
SENAI 73
Ferramentas básicas da Qualidade
Atividades básicas:
• Avaliar a situação atual;
• Estabelecer ações de contenção, se necessário;
• Listar possíveis causas;
• Determinar as causas mais prováveis.
Considerações importantes:
• Analise o processo envolvido com o problema;
• Corrija os problemas identificados;
• Avalie sempre os tipos de variação (comum ou especial);
• Estratifique os dados;
• Não deixe de levar em consideração a experiência das pessoas envolvidas.
Ferramentas e técnicas:
• Brainstorming;
• Fluxograma do processo;
• Gráfico de Pareto;
• Diagrama de causa e efeito;
• Histograma;
• Folha de verificação;
• Gráfico de controle;
• Estratificação;
• Diagrama de dispersão.
Planejar a solução ( P )
Planejar a solução:
• Identificar as possíveis soluções;
• Selecionar a solução a ser testada;
• Identificar como os resultados serão medidos e avaliados;
• Identificar os passos, recursos e responsabilidades para testar a solução.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Considerações importantes:
• Avalie se já houve problema semelhante e como foi solucionado;
• Sempre que possível, envolva as pessoas direta ou indiretamente
relacionadas com o problema;
• Ao selecionar a solução a ser testada, leve em consideração critérios do tipo:
tempo, custo, prazo, benefício e outros;
• Considere também o grau de controle da equipe sobre a solução a ser
testada, sem com isso se eximir de tomar as ações necessárias;
• Crie a folha de verificação adequada para a coleta de dados;
• Providencie treinamento se necessário;
• Desenvolva um plano de ação detalhado, respondendo às seguintes
perguntas: quem?, o que?, quando?, onde?, como? e por que? .
Ferramentas e técnicas:
• Brainstorming;
• Gráfico de Pareto;
• Fluxograma do processo;
• Folha de verificação;
• Diagrama de causa e efeito;
• Estratificação.
Executar a solução ( D )
Atividades básicas:
• Executar o plano de ação desenvolvido;
• Coletar os dados para testar a solução.
Considerações importantes:
• Testar a solução em pequena escala;
• Observe efeitos colaterais;
• Anote as situações atípicas verificadas durante o teste.
Ferramentas e técnicas:
• Folha de verificação;
• Gráfico de controle;
• Histograma;
• Gráfico de Pareto;
• Estratificação.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Avaliar os resultados ( C )
Atividades básicas:
• Analisar os dados coletados durante o teste;
• Compare os resultados obtidos com os resultados desejados.
Considerações importantes:
• Compare o problema antes e depois, usando o mesmo indicador de quando se
definiu o problema;
• Procure determinar o motivo das eventuais falhas ocorridas.
Ferramentas e técnicas:
• Gráfico de controle;
• Gráfico de Pareto;
• Histograma;
• Folha de verificação;
• Estratificação.
Atividades básicas
Não:
• Rediscutir o problema;
• Volte a identificar e analisar as causas.
Sim:
• Implementar as soluções que atingiram ou superaram as expectativas;
• Documentar o estudo;
• Listar as lições aprendidas;
• Divulgar e comemorar os resultados;
• Continuar a controlar o processo para consolidar os resultados.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Considerações importantes:
• Determine os meios e a forma para comunicar as mudanças;
• Altere ou crie procedimentos de trabalho;
• Providencie treinamento aos envolvidos;
• A monitorização dos resultados pode ser provisória ou tornar-se parte dos
controles diários;
• Procure identificar áreas similares que possam aproveitar o trabalho
realizado.
Ferramentas e técnicas:
• Gráfico de controle;
• Folha de verificação;
• Estratificação;
• Fluxograma do processo.
Planejar o futuro ( P )
Atividades básicas:
• Analisar e reavaliar qualquer problema remanescente;
• Planejar outras ações, se necessário;
• Analisar a experiência adquirida levando em consideração:
- o que foi bem feito;
- o que pode ser melhorado;
- o que poderia ser feito de outra maneira.
Considerações importantes:
• Planejar o que fazer com qualquer problema remanescente;
• Avaliar a efetiva participação e envolvimento de todos no processo e na
resolução do problema.
Ferramentas e técnicas:
• Ciclo P.D.C.A.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Conclusão
Ao fazer isso, compreenderão porque a Qualidade só pode ser definida pelos clientes.
As equipes devem começar a aprender onde procurar os problemas em um processo,
e que problemas eles têm condições de mudar.
Essas ferramentas podem nos ajudar na obtenção de sistemas que assegurem uma
melhoria contínua da Qualidade e da produtividade ao mesmo tempo.
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Ferramentas básicas da Qualidade
Bibliografia
TQC - Controle da Qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte, Fundação
Cristiano Ottoni - UFMG, 1992. 229p.
Kume, Hitoshi - Métodos estatísticos para melhoria da Qualidade. São Paulo, Ed.
Gente, 1993. 245p.
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