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Qualidade
Ferramentas básicas da qualidade
SENAI-SP, 2011
Sumário
Página
Introdução 5
Braistorming (Tempestade de ideias) 7
Ciclo P.D.C.A. (Ciclo de aperfeiçoamento contínuo do 9
processo)
Fluxograma 17
Folha de verificação 23
Estratificação 27
Gráfico de Pareto 31
Diagrama de causa e efeito 41
Histograma 45
Histogramas com limites de especificação 55
Gráfico de controle (carta de controle) 57
Metodologia de análise e solução de problemas MASP 61
5S 67
Conclusão 71
Referências 73
Introdução
Nem sempre a tarefa de atingir e manter tais objetivos é simples, devido à variedade e
complexidade dos elementos que estão presentes e devem ser considerados. Exige
um compromisso intenso no sentido do aprimoramento constante da competência
profissional. Torna-se necessário, portanto, sustentar esse esforço com técnicas que
possam facilitar a análise e o processo de tomada de decisão. Neste ambiente se
enquadram as Ferramentas básicas da Qualidade - F.B.Q., como meio de facilitar o
trabalho daqueles que são responsáveis pela condução de um processo de planeja-
mento ou análise e solução de problemas, visando a Qualidade. Esses responsáveis
pela Qualidade, segundo a visão moderna, são todos os integrantes da organização.
5
Neste sentido, vale lembrar que essas técnicas devem ser assimiladas e utilizadas por
todos. Isto significa que seu uso não se restringe apenas à área de produção. Exigem,
portanto, o treinamento do pessoal das áreas de planejamento, engenharia, vendas,
compras, assistência técnica, etc.
6
Brainstorming (Tempestade
de idéias)
Definição
Objetivo
Quando usar
7
Como fazer
Definir o objetivo.
Definir os participantes da reunião;
Informar antecipadamente os objetivos aos participantes;
Definir o Coordenador e o Secretário;
Definir o tempo de duração da reunião;
Iniciar o processo de geração de idéias.
O processo continua até que não haja mais geração de idéias ou se esgote o tempo
previamente definido.
8
Ciclo P.D.C.A. (Ciclo de aper-
feiçoamento contínuo do
processo)
Definição
Objetivo
Descrição
Planejar
9
Definir metas (o que fazer)
A meta deve ser:
Clara - entendida da mesma forma por todos;
Exeqüível - algo cuja execução seja possível;
Mensurável - algo que pode ser medido (mensurado).
Executar
Verificar/Controlar
10
Agir/Aprimorar
Nesta etapa o responsável pelo processo deve cuidar para que haja a consolidação
dos resultados, se estes estiverem conforme o planejado ou propor ações corretivas,
se algum problema foi localizado durante a fase anterior (verificação / controle).
Aplicar os dois ciclos ou não aplicá-los determina os dois tipos básicos de empresas:
As empresas que não aplicam o Ciclo P.D.C.A. apresentam um comportamento
caracterizado popularmente como serrote. Neste caso as melhorias obtidas são
perdidas com o tempo devido à não incorporação das mesmas ao sistema.
11
A figura seguinte ilustra tal comportamento.
12
Fazer sem planejar.
Definir o tipo de bolo (pão-de-ló) e usar o método errado para fazê-lo (liquidificador).
Definir a meta e estabelecer o método, mas não preparar o pessoal que deve executar
a tarefa.
Solicitar à empregada que faça o bolo, dar-lhe a receita, porém, não ensinar-lhe o
funcionamento dos equipamentos (balança, batedeira, forno de microondas, etc.).
Imobilismo no planejamento.
13
Decidir fazer o bolo, mas nunca fazê-lo efetivamente. Fazer e não verificar.
Retirar o bolo do forno sem antes fazer o teste do palito. Fazer, verificar e não consoli-
dar.
Nunca mais fazer o bolo ou não procurar incrementar a receita para melhorar o sabor
do bolo.
14
Os exemplos que foram dados permitem perceber que é extremamente fácil e impor-
tante utilizar-se do ciclo P.D.C.A. em toda e qualquer situação, dentro ou fora da
empresa.
Exercício
Citar pelo menos um exemplo de cada tipo de erro do Ciclo P.D.C.A., relacionado ao
seu trabalho.
3. Definir a meta e estabelecer o método, mas não preparar o pessoal que deve
executar a tarefa.
4. Imobilismo no planejamento.
15
5. Fazer e não verificar.
16
Fluxograma
Definição
Objetivo
Apresentar uma visão global do processo e permitir visualizar como as etapas deste
processo estão relacionadas entre si.
Quando usar
Como fazer
17
Existem vários tipos de símbolos que podem ser adotados na construção dos fluxo-
gramas. Ao escolhê-los devemos considerar:
A experiência dos membros da equipe;
Adequação da linguagem visual para melhor comunicação;
Facilidade de construção em função dos recursos disponíveis.
Início/Fim do processo
Determina o ponto exato em que a descrição do processo teve início e também onde
ela termina.
Operação
Indica a etapa do processo na qual há uma transformação intencional ou quando se
prepara o produto ou o serviço para a operação seguinte.
Inspeção
Indica o exame de um produto ou serviço para identificação, verificação de sua quali-
dade, determinação da quantidade, etc.
18
Armazenagem
Indica a etapa em que um produto ou serviço deve ser guardado e protegido contra
deslocamento não justificado.
Transporte
Indica a etapa em que um produto ou serviço sai de um local para outro, como por
exemplo - enviar uma correspondência, enviar peças para o almoxarifado, etc.
Espera
Indica circunstâncias que não permitem ou não exigem a execução da fase seguinte
do processo; portanto, o produto ou serviço aguarda processamento.
Nota
Dois símbolos podem ser combinados quando as atividades são executadas no
mesmo local de trabalho ou simultaneamente, como atividade única.
19
A simbologia acima não constitui um padrão único. Cabe ao usuário adotar o padrão
que melhor lhe convier.
20
Exemplos
21
Fluxograma matricial usado para caracterizar um processo que possui relação com
diversas áreas, pessoas ou departamentos.
Exercício
22
Folha de verificação
Definição
São formulários elaborados para facilitar o registro e análise de dados obtidos numa
coleta. Também conhecidos por check-list.
Objetivo
Quando usar
As folhas de verificação devem ser usadas em qualquer processo que necessite coleta
de dados.
Como fazer
Determinar o objetivo específico para a coleta dos dados (as questões a serem dirigi-
das).
Elaborar um formulário para registrar dados. Prover espaço para registrar as informa-
ções sobre:
Quem coletou os dados;
Onde, quando e como os dados foram coletados.
23
Analisar criticamente e corrigir o formulário, se necessário.
Precauções
Na elaboração da Folha de verificação devemos:
Elaborar um formulário que além de tudo seja claro, adequado à situação e de fácil
manuseio;
Assegurar que todas as pessoas envolvidas na coleta de dados, interpretem-na da
mesma maneira, usando os critérios estabelecidos, ou seja, todos devem estar ob-
servando a mesma coisa;
Certificar que as medidas sejam confiáveis.
Exemplos
Folha de verificação para coleta de dados num processo da área administrativa (setor
de engenharia).
24
Erros comuns a serem evitados na folha de verificação
Não adequar a Folha de verificação às condições de uso;
Forma complicada, dificultando o uso;
A coleta de dados envolve mais recursos que o próprio processo;
Não definir os padrões de preenchimento;
No caso de amostras, não fazê-la de maneira aleatória.
25
26
Estratificação
Definição
Objetivo
Quando usar
Como fazer
1. Selecione as variáveis.
2. Estabeleça categorias.
27
Por local (sala de treinamento; seção; departamento; cidade; etc.).
Por defeito (bolha; trinca; rebarba; rasura; etc.).
3. Colete os dados.
4. Analise os dados.
Exemplos
Total
Observações:
Como preencher:
1. Marcar um “X” nas disciplinas em que o aluno foi reprovado.
2. Anotar o nome do professor das disciplinas críticas.
Objetivo:
1. Obter dados sobre: (a) disciplinas críticas na reprovação dos alunos e (b) número
de disciplinas onde o aluno foi reprovado.
28
Folha de verificação estratificada por tipo de problema (não conformidade) numa
gráfica.
Folha de verificação estratificada por tipo de defeito num processo do setor de produ-
ção.
Exercício
29
Dica
30
Gráfico de Pareto
Definição
Forma especial do gráfico de barras verticais, que dispõe os itens analisados desde o
mais freqüente, até o menos freqüente.
Objetivo
Princípio de Pareto
Análise de Pareto
A forma gráfica de apresentar os dados estudados por esse método ficou conhecida
como Gráfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto.
Quando usar
O gráfico de Pareto é usado sempre que for preciso ressaltar a importância relativa
31
entre problemas ou condições, no sentido de:
Escolher ponto de partida para a solução de problemas;
Avaliar o progresso de um processo;
Identificar a causa básica de um problema.
Como fazer
1. Defina o objeto da análise (exemplo: índice de rejeições).
2. Estratifique o objeto a analisar.
32
4. Classifique cada item em ordem decrescente e anote sua posição na coluna
Classificação da Folha de verificação.
frequência do item
% individual = x 100
frequência total
Exemplo
No item alinhamento temos:
12
% individual = x 100 6%.
203
33
6. Reorganize os dados em ordem decrescente numa nova Folha de verificação.
Exemplo
Para o item riscos, temos: 14% + 54% = 68%.
34
Componente: Conjunto ABC Seção: Linha de montagem
Processo de trabalho: Montagem Data produção: 31/07/95
Quantidade produzida: 1.000 peças Inspetor: Xxxxxxxx
Tipo de defeito Tabulação Freqüência do Classificação % Individual % Acumulada
item
Alinhamento ///// ///// // 12 6º 34% 34%
Solda ///// ///// ///// ///// 21 4º 20% 54%
/
Parafuso ///// ///// ///// ///// 68 1º 14% 68%
Solto ........
////////// ///
Junção ///// ///// ///// 15 5º 10% 78%
Sujeira ///// ///// ///// ///// 41 2º 07% 85%
///// ///// ////////// /
Riscos ///// ///// ///// ///// 29 3º 06% 91%
///// ////
Trinca ///// ///// 10 7º 05% 96%
Rebarba ///// / 06 8º 03% 99%
Bolha / 01 9º 01% 100%
Total 203 - 100% -
35
9. Construa a curva da % acumulada. Ela oferece uma visão mais clara da relação
entre as contribuições individuais de cada um dos fatores.
Exemplos
1. Comparando um processo antes e depois da implantação de uma melhoria propos-
ta.
36
2. Já que os problemas de Qualidade, na maioria dos casos, aparecem sob a forma
de perdas (itens defeituosos, seus custos, etc.), o gráfico de Pareto é uma ferra-
menta extremamente importante para esclarecer a forma de distribuição das per-
das.
37
Exercício
Construir um gráfico de Pareto a partir da Folha de verificação a seguir.
Resolução
1. Definir objeto da análise.
2. Estratificar.
3. Coletar dados (já coletados na Folha de verificação que segue).
4. Classificar os itens.
5. Calcular a porcentagem individual.
38
Componente: Parafuso nº 123 Produção: 50.000 peças
Processo de trabalho: Forjamento Data produção: 30/07/95
Quantidade produzida: 800 peças Inspetor: xxxxxxxx
Tipo de Freqüên-
Tabulação Classificação % Individual % Acumulada
defeito cia do item
Formato da
///// ///// ///// ///// ///// / 26
cabeça
Tamanho da
///// ///// 10
cabeça
Tipo de rosca ///// ///// // 12
Comprimento ///// ///// //// 14
///// ///// ///// ///// /////
Dureza 32
///// //
Outros ///// ///// ///// / 16
Total de defeitos 110
///// ///// ///// ///// /////
Nº peças
///// ///// ////////// ///// 68
defeituosas
///// ///// ///// ///
39
8. Construir o gráfico.
40
Diagrama de causa e efeito
Definição
Objetivo
Quando usar
Como fazer
1. Identifique e defina o problema ou efeito, tomando cuidado para que esteja clara-
mente entendido por todos.
2. Identifique os principais grupos de possíveis causas.
Nesta fase, caso os fatores não estejam bem claros para toda a equipe, recomenda-se
utilizar os seguintes grupos, bastante abrangentes:
Mão-de-obra;
41
Máquinas;
Matéria-prima;
Meio ambiente;
Método.
Os 5M acima não devem ser fator limitante. Outros grupos de possíveis causas
poderão ser considerados em função da complexidade do processo, como os exem-
plos a seguir.
Clima organizacional;
Gerenciamento;
Manutenção;
Medição; etc.
3. Construa o diagrama.
4. Realize um Brainstorming.
42
Nesta fase identifica-se as causas prováveis relacionadas aos grupos básicos (5M).
Exemplo
43
Exercício
44
Histograma
Definição
Objetivo
Quando usar
Pesquisas sociais
Distribuição da renda da população, evidenciando a situação da maioria das
pessoas;
Distribuição da idade da população do país, para direcionar decisões políticas;
Determinação do padrão de estatura dos habitantes de uma determinada região do
país.
Controle da qualidade
Determinação do número de produtos não-conformes produzidos por dia;
Determinação da dispersão dos valores de dureza medida em peças de aço;
Controle da variação do volume final de óleo lubrificante, no processo de enchi-
mento;
45
Indicação da necessidade de ação corretiva.
Como fazer
Os passos a seguir são apenas uma diretriz e não regras rígidas a serem seguidas na
construção de um histograma.
A folha de verificação a seguir foi construída para investigar a distribuição dos diâme-
tros de eixos de aço produzidos em um processo de usinagem.
Observação
Para que o histograma represente com precisão o comportamento do processo, o
número de dados coletados deve ser maior ou igual a 30 (n 30).
No exemplo:
R = 36,8 - 33,0
R = 3,8mm.
46
4. Defina o número de classes (K).
No entanto, na maioria dos casos, poderemos utilizar a tabela abaixo, que define o
número de classes (K) em função do número total de elementos (n) da amostra.
Onde:
R = amplitude da amostra do processo
K = número de classes
No exemplo:
R = 3,8mm
Então:
3,8
h= h 0,38mm, adotar h 0,4mm.
10
K = 10 (valor obtido na tabela).
Observação
O tamanho das classes (h) deve ter a mesma precisão dos dados coletados, ou seja, o
mesmo número de casas decimais.
47
Uma das formas de determinar os limites das classes é iniciar pelo menor valor da
amostra (Xmín.) como limite inferior da primeira classe. A este, soma-se o tamanho da
classe (h), de forma que teremos o limite superior da primeira classe, que também
será o limite inferior da segunda classe.
No exemplo:
1ª classe
Limite inferior = 33,0mm;
Limite superior = limite inferior + h;
Limite superior = 33,0 + 0,4 limite superior = 33,4mm.
2ª classe
Limite inferior = limite superior da 1ª classe (33,4mm);
Limite superior = limite inferior + h;
Limite superior = 33,4 + 0,4 limite superior = 33,8mm.
Tabela de frequência
Classes Limites das classes Tabulação Freqüência
01 33,0 33,4 ///// ///// / 11
02 33,4 33,8 ///// ///// /// 13
03 33,8 34,2 ///// ///// ///// 15
04 34,2 34,6 ///// ///// ///// /// 18
05 34,6 35,0 ///// ///// ///// 15
06 35,0 35,4 ///// ///// 10
07 35,4 35,8 ///// /// 08
08 35,8 36,2 ///// / 06
09 36,2 36,6 /// 03
10 36,6 37,0 / 01
Total 100
48
Simbologia
Intervalo fechado - o valor limite pertence à classe. Intervalo aberto - o valor limite não
pertence à classe.
8. Desenhe o histograma.
Tipos de histograma
É possível obter informações úteis sobre a população pela análise da forma do histo-
grama. As seguintes formas são típicas, e podemos utilizá-las como modelos para a
análise de um processo.
49
Tipo geral
(Simétrico ou em forma de sino)
Tipo pente
(Multimodal)
Esta forma ocorre quando a quantidade de dados incluídos na classe varia de classe
para classe ou quando existe uma tendência particular no modo como os dados são
arredondados.
50
Tipo assimétrico
Tipo abrupto
Esta é uma forma que ocorre freqüentemente quando é feita uma inspeção separado-
ra 100% por causa da baixa capacidade do processo, e também quando a assimetria
positiva ou negativa se torna ainda mais extrema.
51
Tipo achatado
Esta forma ocorre com a mistura de várias distribuições que têm diferentes médias.
Esta forma ocorre quando duas distribuições, com médias muito diferentes, são
misturadas.
52
Tipo pico isolado
Esta é uma forma que surge quando há uma pequena inclusão de dados provenientes
de uma distribuição diferente, como nos casos de anormalidade de processo, erro de
medição ou inclusão de dados de um processo diferente.
53
54
Histogramas com limites de
especificação
Assim teremos:
Exercício
55
Componente: Inserto do paralama XYZ Seção: Tornearia
Processo de trabalho: Laminação Data da produção: 31/07/95
Quantidade produzida: 1.200 peças Inspetor: Xxxxxxxxxxx
Peso de um produto em N ( Newton )
48,9 49,3 49,5 49,7 49,3 49,8 49,1 49,6
49,6 48,9 49,3 49,6 49,5 48,8 49,7 49,2
49,3 49,1 49,2 49,0 49,7 49,4 49,1 49,9
49,3 48,9 0,1 49,6 49,1 49,3 49,6 49,4
49,8 49,4 49,4 49,4 49,6 48,8 49,1 49,5
Considerando que os limites de especificação estão definidos por 50,0 + 0,2N, avalie o
processo em questão.
Tabela de frequência
Classes Limites das classes Tabulação Frequência
Total
56
Gráfico de controle (carta de
controle)
Definição
É um gráfico de linhas que consiste em uma linha central, limites de controle e pontos
que representam o estado de um processo. Os limites de controle são calculados
estatisticamente e representados por linhas traçadas acima e abaixo da linha central.
Objetivo
Tipos de variação
57
Quebra de ferramenta, material fora do especificado, operador não habilitado, método
de trabalho não correto, etc.
Quando usar
Diagnóstico
Avaliar a estabilidade do processo.
Controle
Determinar quando um processo necessita ser ajustado e quando necessita ser
mantido como está;
Detectar o momento em que ocorre a causa especial.
Confirmação
Confirmar a melhoria de um processo.
Gráfico de variáveis
Variável é qualquer característica da qualidade que pode ser mensurada (medida). Por
exemplo: comprimento, diâmetro, viscosidade, resistência elétrica, etc.
Os gráficos de controle de variáveis são aplicados para características que podem ser
medidas.
58
Podem ser de três tipos:
1. Média ( ~
x ) e Amplitude (R);
2. Mediana ( ~
x ) e Amplitude (R);
3. Individual (x) e Amplitude (R).
Gráfico de atributos
Atributos são dados qualitativos que podem apenas ser contados, para registro ou
análise a partir da comparação com um padrão.
Como fazer
Notas
Os dados devem ser registrados na mesma seqüência em que são coletados, do
contrário aparecerão resultados não confiáveis;
Processo sob controle não significa processo de acordo com as especificações
que são dadas a priori.
59
Exemplo
60
Metodologia de análise e
solução de problemas MASP
Etapas básicas
Atividades básicas
Identificar os problemas que afetam o desempenho ou a satisfação do cliente;
Priorizar os problemas a serem tratados;
Definir medidas de avaliação e desempenho.
Considerações importantes
Só há um problema quando existe uma discrepância entre o que é e o que deveria
ser;
Evite usar os seguintes termos na descrição de um problema: falta de, necessida-
de de, devido a, inadequado;
Use dados mensuráveis para definir o problema;
As prioridades de ação devem ser compatíveis com os objetivos da empresa;
Pense também nas oportunidades de melhoria (o que faria o cliente mais satisfeito
ou o processo mais eficaz?).
Ferramentas e técnicas
Brainstorming;
Diagrama de causa e efeito;
Gráfico de Pareto;
Folha de verificação;
Estratificação;
Fluxograma do processo;
Histograma;
Gráfico de controle;
Diagrama de dispersão.
61
Analisar e identificar as causas (P)
Atividades básicas
Avaliar a situação atual;
Estabelecer ações de contenção, se necessário;
Listar possíveis causas;
Determinar as causas mais prováveis.
Considerações importantes
Ferramentas e técnicas
Brainstorming;
Fluxograma do processo;
Gráfico de Pareto;
Diagrama de causa e efeito;
Histograma;
Folha de verificação;
Gráfico de controle;
Estratificação;
Diagrama de dispersão.
Planejar a solução
Identificar as possíveis soluções;
Selecionar a solução a ser testada;
Identificar como os resultados serão medidos e avaliados;
Identificar os passos, recursos e responsabilidades para testar a solução.
Considerações importantes
Avalie se já houve problema semelhante e como foi solucionado;
62
Sempre que possível, envolva as pessoas direta ou indiretamente relacionadas
com o problema;
Ao selecionar a solução a ser testada, leve em consideração critérios do tipo:
tempo, custo, prazo, benefício e outros;
Considere também o grau de controle da equipe sobre a solução a ser testada,
sem com isso se eximir de tomar as ações necessárias;
Crie a folha de verificação adequada para a coleta de dados;
Providencie treinamento se necessário;
Desenvolva um plano de ação detalhado, respondendo às seguintes perguntas:
quem, o quê, quando, onde, como e por quê.
Ferramentas e técnicas
Brainstorming;
Gráfico de Pareto;
Fluxograma do processo;
Folha de verificação;
Diagrama de causa e efeito;
Estratificação.
Atividades básicas
Executar o plano de ação desenvolvido;
Coletar os dados para testar a solução.
Considerações importantes
Teste a solução em pequena escala;
Observe efeitos colaterais;
Anote as situações atípicas verificadas durante o teste.
Ferramentas e técnicas
Folha de verificação;
Gráfico de controle;
Histograma;
Gráfico de Pareto;
Estratificação.
63
Avaliar os resultados (C)
Atividades básicas
Analisar os dados coletados durante o teste;
Comparar os resultados obtidos com os resultados desejados.
Considerações importantes
Compare o problema antes e depois, usando o mesmo indicador de quando se
definiu o problema;
Procure determinar o motivo das eventuais falhas ocorridas.
Ferramentas e técnicas
Gráfico de controle;
Gráfico de Pareto;
Histograma;
Folha de verificação;
Estratificação.
Atividades básicas
Considerações importantes
Determine os meios e a forma para comunicar as mudanças;
Altere ou crie procedimentos de trabalho;
Providencie treinamento aos envolvidos;
64
A monitorização dos resultados pode ser provisória ou tornar-se parte dos contro-
les diários;
Procure identificar áreas similares que possam aproveitar o trabalho realizado.
Ferramentas e técnicas
Gráfico de controle;
Folha de verificação;
Estratificação;
Fluxograma do processo.
Atividades básicas
Analisar e reavaliar qualquer problema remanescente;
Planejar outras ações, se necessário;
Analisar a experiência adquirida levando em consideração:
Que foi bem-feito;
Que pode ser melhorado;
Que poderia ser feito de outra maneira.
Considerações importantes
Planeje o que fazer com qualquer problema remanescente;
Avalie a efetiva participação e envolvimento de todos no processo e na resolução
do problema.
Ferramentas e técnicas
Ciclo P.D.C.A.
65
66
5S
Introdução
O programa é chamado 5S por causa das iniciais de cinco palavras que começam
com a letra “S”, que significam:
1º S- SEIRI = utilização;
2º S- SEITON = arrumação;
3º S- SEISO = limpeza;
4º S- SEIKETSU = padronização
5º S- SHITSUKE = disciplina
Objetivos/ Metas do 5S
Auto-estima / motivação;
Prevenção de acidentes;
Redução de tempo / custos;
Melhoria da Qualidade:
De vida;
Do produto;
Do ambiente (lar, trabalho, comunidade);
Incentivo à criatividade;
Aumento da produtividade;
Crescimento pessoal.
67
1º S
SEIRI- Utilização
É separar aquilo que é necessário daquilo que não é necessário (ou que esteja
sobrando) e eliminar o desnecessário.
Onde verificar:
Chão do setor;
Corredores;
Estantes, prateleiras, gavetas, armários, mesas, depósitos, áreas do setor.
O que verificar:
Peças quebradas;
Peças defeituosas;
Itens enferrujados;
Objetos fora do uso/vencidos;
Bugigangas;
Ferramentas;
Papéis sem uso – não relacionados ao trabalho.
68
2ºS
SEITON – Arrumação
É arrumar aquilo que é necessário, identificando tudo, de forma que qualquer pessoa
possa localizar facilmente.
Cada coisa deve ter seu nome;
Deve haver um lugar para cada coisa;
Cada coisa tem que estar no seu lugar;
Tudo deve estar de fácil acesso.
Benefícios do SEITON-arrumação
Elimina as causas de acidentes;
Previne o desperdício;
Mantém o estoque no mínimo necessário;
Garante a boa aparência do setor;
Impressiona o cliente;
Bom ambiente de trabalho.
3º S
SEISO – Limpeza
Limpeza significa limpar sempre, deixar sempre limpo e não deixar sujar. A limpeza é
responsabilidade de todos. O desafio é não sujar para não limpar.
4ºS
SEIKETSU – Padronização
É manter organizado, arrumado e limpo sempre. Chegar no 4º S é saber manter o
nível de organização e limpeza atingido.
5ºS
SHITSUKE – Disciplina
É a disciplina consciente, de cada um de nós, sem fiscalização, para mantermos e
praticarmos constantemente aquilo que está determinado. O 5S deve ser um modo de
vida.
69
Reciclagem
Associada a prática do 5S, pode-se aliar a reciclagem de lixo. O trabalho de separação
e reciclagem é de extrema importância para o meio ambiente e para a cultura da
sociedade. Esta atividade pode ter iniciativa da própria organização e pode se auxiliar
em diversas entidades de coleta seletiva de lixo.
70
Conclusão
Ao fazer isso, compreenderão porque a Qualidade só pode ser definida pelos clientes.
Essas ferramentas podem nos ajudar na obtenção de sistemas que assegurem uma
melhoria contínua da Qualidade e da produtividade ao mesmo tempo.
71
72
Referências
TQC - Controle da Qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte, Fundação
Cristiano Ottoni - UFMG, 1992. 229p.
KUME, Hitoshi. Métodos estatísticos para melhoria da Qualidade. São Paulo, Ed.
Gente, 1993. 245p. MICHAEL, Brassard. The memory jogger. Quality Mark Editora.
73