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Projetos de Melhoria com Excel

Lean Six Sigma


O que você vai ver no curso
▪ Uma breve revisão sobre o Seis Sigma

▪ Uma breve revisão sobre projetos de


melhoria

▪ Como usar boa parte das ferramentas


da metodologia no Excel

▪ Uma planilha para te ajudar a estruturar


os seus projetos

▪ Exemplos, cases e exercícios


O que você não vai ver no curso

▪ Detalhes sobre a implementação


da ferramenta – o objetivo é você
saber usar as ferramentas, não
implementá-las.

▪ Detalhes teóricos sobre as


ferramentas e os roteiros de
melhoria – Isso é assunto dos
cursos de White, Yellow, Green e
Black Belt.
O que é o Lean Six
Sigma?
O que é o Lean Seis Sigma?

A Metodologia:
Uma abordagem baseada em dados para reduzir variação e melhorar processos.
O que é o Lean Seis Sigma?
Área de Melhorias
Análise de causa e efeito
Análise de processos
Lições aprendidas
Testes de mudanças
Gestão da Mudança
Característica
de interesse
(indicador:
defeitos, tempo Desempenho anterior Desempenho Melhorado
de ciclo, etc.)

Tempo

O velho e clássico exemplo


O que se tornou Lean Seis Sigma?

Hoje nós temos várias coisas interessantes:

Uma série de ferramentas para Uma série de ferramentas para Uma série de roteiros para se
lidar com dados lidar com processos colocar em prática
• Análises estatísticas (modelos, • Fluxogramas; • Quase todas as iniciativas de
probabilidades, regressão, etc.) • SIPOC; melhoria usando Lean Seis Sigma
• Planejamento de experimentos • Mapeamento de processos & são estruturados em projetos de
• Etc. análise de desconexões; melhoria;
• Etc. • Há uma série de templates que nos
ajudam a melhorar estes projetos
O Lean Six Sigma
nos dias atuais
O que temos hoje?

Temos que saber diferenciar:

PROCESSOS PROJETOS DE MELHORIA PROGRAMAS DE MELHORIA


Processos de negócio

▪ São as atividades rotineiras que


visam transformar entradas de
fornecedores em saídas para
atender às necessidades dos
clientes.
▪ Uma empresa é composta por
vários processos (como vamos
ver mais adiante)
Entradas Saídas
▪ Os processos são tocados por
pessoas, trabalhando em
equipes
▪ Todos os dias produzimos
saídas parecidas, em um
processo
Projetos de melhoria

▪ São iniciativas únicas que visam


entender, analisar e melhorar um
processo de rotina.
▪ Essa melhoria é geralmente o impacto
em um indicador de interesse da
organização (como vamos ver mais
adiante)
Entradas Saídas
▪ A equipe do projeto não
necessariamente é a equipe do
processo
Realizar mudanças
▪ É preciso que a organização dê tempo que vão gerar
para que as pessoas possam trabalhar melhorias nos
estas iniciativas processos

▪ É justamente nestes projetos que Entender, Indicador de


atuam os “Belts” e a nossa planilha! analisar, desempenho
melhorar!
▪ Diferentes técnicas são usadas
nessa análise e melhoria
Programas de melhoria

▪ Programas de melhoria são


uma série de projetos de
melhoria tocados em
conjunto, de maneira a
impactar simultaneamente
Entradas Saídas
vários indicadores da
organização. Entradas Saídas
▪ A equipe, ou área, de
melhoria geralmente faz a Entradas Saídas

gestão dessa série de


Entradas Saídas
projetos
▪ Costumam ter um impacto Entradas Saídas
significativo no
desempenho da Gestão das Iniciativas
organização
Projetos
de Melhoria
Projetos de Melhoria
• Um projeto de melhoria é uma
sequência de atividades realizadas de
maneira a entregar uma melhoria em
um processo.

• As soluções para gerar essas


melhorias são desconhecidas.
Descobri-las faz parte do escopo do
projeto.

• Ele normalmente é organizado a partir


de um roteiro (como o roteiro DMAIC).

• Pode ser feito em várias organizações.

• Pode ser simples ou complexo,


dependendo do número de pessoas
A entrega de um projeto é um pré-requisito para a
envolvidas. certificação em Black Belt pela FM2S
Projetos de Melhoria

Um bom projeto: Sempre pergunte:


▪ Começa com um problema ou ▪ Esse é o projeto certo?
oportunidade; ▪ Com as pessoas certas (na equipe e no
▪ É percebido por muitos, inclusive pela suporte)?
direção; ▪ Pode ser cumprido dentro do tempo? (até 9
▪ É recorrente; meses)
▪ Não tem uma solução clara.
Como estruturar o projeto?
Sugestão: use o roteiro DMAIC.
Vamos aprender várias ferramentas e técnicas no curso, nem todas precisam
ser usadas para o seu projeto. O esperado é que possamos ver que:

1 2 3 4 5

Você definiu bem o Você entendeu bem o Você desenvolveu Você testou essas Você implementou e
problema a ser que estava acontecendo, mudanças com base nas mudanças de maneira estabilizou o seu
abordado (Define) através da análise dos análises causais dos estruturada (Improve) processo (Control)
dados e dos processos dados coletados
(Measure) (Analyze)

A apresentação do seu projeto deve deixar claro para nós tudo o que você fez nestas fases.
O DMAIC e suas ferramentas

1 2 3 4 5

Define Measure Analyze Improve •Control


•Definir o problema, os •Fazer o mapa detalhado do •Criticar o processo atual •Desenvolver mudanças •Desenvolver um plano de
objetivos e os benefícios Processo (Fluxograma) •Determinar relações •Testar as mudanças em implementação
•Determinar os requisitos •Determinar os X’s e os Y’s causais baseado em dados pequena escala •Determinar necessidades
dos clientes e as CTQ’s críticos •Identificar os maus •Avaliar os riscos e de comunicação e
•Identificar o proprietário do •Validar o Sistema de conceitos presentes benefícios das mudanças treinamento
projeto, champion e o time Medição processo •Implementar as mudanças •Estabelecer um plano de
•Fazer o SIPOC do processo •Desenvolver plano para •Buscar explicações para o que resultem em melhoria controle do novo processo
•Definir os recursos, coletar dados desempenho atual •Fechar o projeto e
fronteiras e restrições •Avaliar o desempenho •Identificar mudanças comunicar os resultados
•Fazer o contrato com a atual:estabilidade e •Celebrar os resultados
equipe capabilidade alcançados com todos
•Ajustar o foco do projeto
A Planilha FM2S
Vamos dar uma olhada na planilha?
Define
▪ No Define, conversamos com as partes
interessadas para modelar o processo.

▪ Sabemos que a fase Define chegou ao fim, quando


identificamos os indicadores que queremos
impactar.

▪ Com base nesses indicadores, definimos um


objetivo para o projeto.

▪ Para identificar quais os indicadores, usamos as


ferramentas da árvore CTC e o SIPOC macro do
processo.

▪ Formalizamos os objetivos em um contrato de


melhoria.

▪ Devemos também analisar se o objetivo do projeto


está alinhado com os objetivos da organização
(checklist de inicialização).
Inicie o Defina o Entenda Defina as
os Formalize
projeto processo variáveis
requerimentos

Conversas com Desdobrar os


o patrocinador Entender as problemas em
e equipe; fronteiras, indicadores Definir os Registrar as
Atividades Entender a envolvidos e mensuráveis e objetivos e definições do
necessidade entregáveis do identificar as metas. Define.
para a processo. necessidades
organização dos clientes.
Contrato de
Diagrama de SIPOC Macro; Brainstorming; Árvore CTC,
melhoria,
Ferramentas afinidades; Matriz de VOC, árvore definição de
Checklist do
Steakholders CTC, objetivos.
contrato.
Indicadores; Resposta:
Resposta para: SIPOC
Expectativas “Como
O que preenchido; Contrato
Saídas claras de saberemos que
queremos Identificação preenchido.
qualidade do as mudanças
realizar? dos envolvidos
cliente são melhorias?

Mapa do Define
O SIPOC
Uma ótima ferramenta para
desenvolver a visão sistêmica!
Passos do Processo

O SIPOC
A visão sistêmica e as empresas

Direcionamento

Produção

Fornecedores Entradas Saídas Clientes


Suporte
Por que usar o SIPOC no Define?

▪ Entendimento macro do processo

▪ Alinhamento das discussões

▪ Busca por indicadores através da


visão sistêmica

▪ Divide o processo em etapas, o que


ajuda no desenvolvimento de
mudanças
O VOC
(Voice of Customer)
Hora de ouvir e entender o seu cliente
(interno ou externo)
Coletando informações dos clientes (internos e externos)

Para coletar, temos duas maneiras:

FONTES REATIVAS FONTES ATIVAS


Coletando informações dos clientes

1 Os clientes podem ser vagos em sua explicação

2 Seja específico

3 Considere um fator por vez

4 Busque a necessidade do cliente, não a sua solução favorita.

5 Expresse os requerimentos em fatores mensuráveis

6 Identifique o que é “aceitável” ou “inaceitável”


A árvore CTC

Necessidade Direcionadores Variáveis Indicadores

Variável (Y2)
Direcionador 1 Definição/forma de medir
Especificação (*)

Produto/Serviço Variável (Y2)


Direcionador 2 Definição/forma de medir
com Qualidade
Especificação (*)

Variável (Y2)
Direcionador 3 Definição/forma de medir
Especificação (*)
(*) quando existir
Geral Específico

Difícil de medir Fácil de medir


O Contrato de
Melhoria
A ferramenta final da
fase Define
O contrato de melhoria

O contrato de melhoria é um acordo entre o patrocinador


do projeto e a equipe de melhoria sobre o que é esperado
do projeto

Ele contém uma descrição clara do incômodo que se


pretende aliviar, bem como os objetivos e indicadores do
projeto

Ele nos ajuda:

▪ Esclarecer papéis e responsabilidade


▪ Focar a equipe
▪ Levantar problemas e oportunidades
▪ Definir pontos de interação
▪ Definir pontos de comunicação entre a equipe e o
patrocinador
O contrato de melhoria

Renegociações são possíveis no


contrato, poucos projetos
terminam sem reformulações
em seu contrato:

▪ O escopo muda;
▪ A equipe muda;
▪ Os recursos mudam;
▪ Eventos externos “acontecem”.
Os elementos do contrato

Nome do projeto:

Integrantes:

Patrocinador:

1. O que queremos realizar?


(objetivo, importância, incômodo)

2. Como saberemos que uma mudança é uma melhoria?


(indicadores, contra indicadores, meta)

3. Restrições

4. Cronograma
Atribuição de metas

▪ Cuidado com os abusos e distorções que


aparecem junto das metas numéricas

▪ Frente a uma meta não batida, as pessoas


podem distorcer o sistema para batê-la.

▪ Entenda a variação para atribuir uma meta

▪ Coloque metas SMART (Specific, Measurable,


Achievable, Relevant e Time-bound)

Meta, sem método é uma crueldade


Seja flexível
Abuse de benchmarking
2

Measure
Measure
▪ No Measure, você irá entender a situação atual.

▪ Esse entendimento passa por duas portas: a porta


de processos e a porta de dados.

▪ Na porta de processos, você vai mapear os fluxos


(de informações, materiais, etc.) e entender os
procedimentos.

▪ Na porta de dados, serão coletados e analisados


os dados.

▪ Os dados podem ser analisados estaticamente


(quanto à frequência), dinamicamente (com
gráficos de controle) e comparados com os
requisitos dos clientes (capabilidade).

▪ Ao final do Measure, deve ser exposta a situação


atual para todos os envolvidos.
Mapeie Analise os Colete Veja a
Estabilidade Capabilidade Divulgue
o processo procedimentos dados distribuição

Analisar os dados
Coletar dados Analisar se o
estaticamente e
Observar como sobre o Analisar a processo está
Entender o fluxo dinamicamente.
são realizadas as desempenho do presença de entregando o Apresentar os
de materiais e As estratificações
Atividades atividades. Há processo. causas comuns necessário e resultados para
informações do fazem sentido?
padrão? É a (Qualidade das ou especiais no quantificar os os envolvidos.
processo. Há indicativo de
melhor maneira? saídas, tempos, processo. custos da
má qualidade na
etc.) qualidade
coleta?

Estatísticas
Formulário de descritivas, Análise de
Formulário de Gráficos de
SIPOC, VSM, coleta de dados, gráfico de Capabilidade (cp,
Trabalho Padrão; Controle; Relatório de
Ferramentas Fluxograma estratificação, tendência, cpk, ppm, etc.);
Tempos e Transformação apresentação.
folha de gráficos de “Capability
métodos de variáveis
verificação frequência; Sixpack”
Gráfico de Pareto

Mapa do Localização das Conhecimento do


Trabalho padrão,
processo e Detalhamento do instabilidades; desempenho em Nivelamento do
conhecimento da Banco de dados
Saídas identificação de comportamento detalhamento do relação às conhecimento da
execução das do projeto.
desconexões do processo. comportamento necessidades do equipe.
atividades.
(quick wins) do processo. cliente.

Mapa do Measure
A porta de
processos
Mapeando processos e construindo
fluxogramas
As organizações

Sistema

Detalhamento
Complexidade

Processos

Atividades/ procedimentos
O Fluxograma

Fluxogramas são
representações gráficas dos
nossos processos.

Quando bem feitos, eles nos


ajudam a disseminar os
conhecimentos obtidos na
etapa de mapeamento.

Existem vários tipos de


fluxogramas.
Vantagens de se fazer um fluxograma

▪ Facilita o aprendizado da equipe


sobre o processo;

▪ Torna o que está acontecendo


visível;

▪ Demonstra papéis e relações entre


os envolvidos no processo;

▪ Identifica gargalos, desconexões,


etapas desnecessárias, etc.

▪ Permite medir o tempo das


atividades;

▪ Identifica “quick wins” do projeto.


Erros ao se elaborar um fluxograma

O que o gerente pensa que é

Foque aqui durante


O que realmente é a fase Analyze

O que deveria ser


Foque aqui durante
a fase Improve

O que poderia ser


A Porta dos Dados
Entendendo seus processos
pelos seus dados
A natureza e os dados

CTC

Sistema de
Características Definições Registro
medição
Modelagem e análise de dados

Após identificadas as características que


serão medidas, pode ser necessário:

▪ Fazer a Definição Operacional da variável;


▪ Coletar dados com um bom sistema de medição

O passo seguinte é avaliar


▪ Frequência (Pareto e Histograma)
▪ Estabilidade
▪ Capabilidade
Variáveis de estratificação

Atentem-se muito bem para


identificá-las e definí-las antes
de começar a coleta de dados!
Formulários para coleta de dados

Existem vários tipos de formulários (em nosso material


adicional, disponibilizamos alguns);

Um dos mais interessantes é a folha de verificação:


Análise de dados
O que significa analisar dados?
As estratégias

ANÁLISE DE FREQUÊNCIA ANÁLISE DE TENDÊNCIA ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS


Histograma Gráfico de tendência Medidas de centralidade
Pareto Gráfico de controle (média e mediana)
Medidas de variação
Gráficos de
Frequência
Para variáveis contínuas
Histograma

Representa graficamente a Frequência - Restaurante


distribuição dos dados contínuos

Características a serem
observadas:
▪ Simetria
▪ Pontos extremos
▪ Centro
▪ Quantidade de variação
▪ Mínimo
▪ Máximo
Gráficos de Pareto
Gráficos de Pareto

Número de Porcentagem
Tipo de defeito Porcentagem
peças Acumulada
A: não selagem no topo 55 0,4 0,4

B: não selagem no fundo 38 0,28 0,68

C: não selagem lateral 22 0,16 0,84

D: impressão borrada 8 0,06 0,9

E: caixa amassada 7 0,05 0,95

F: cor da impressão 4 0,03 0,98

G: caixa rasurada 2 0,02 1


O Princípio de Pareto

Se aplica Não se aplica


Estratificação

Erros em relatório de despesas


Tipo de erro Vendas RH Manuf. Eng. Finan. Trein. Total

Funcionário 2 3 3 2 10
Falta
Gerente 25 1 40 1 2 1 70
assinatura
V.P. 2 2 2 6
Taxi 3 1 3 1 8
Refeição 3 3 6
Falta recibo
Estacion. 33 26 1 60
Comb. 2 2 1 5
Total de erros 68 3 76 9 6 3 165
Estratificação

Tipo de erro Departamento


Estratificação

Tipo: vendas e manufatura Tipo: demais


O Gráfico de
Controle
A primeira ferramenta
da análise de variação
Capabilidade
Comparando o que quer o cliente com a
nossa variação natural
3
Analyse
Analyze
▪ No Analyze iremos desenvolver as mudanças de
segunda ordem que vão gerar as melhorias.

▪ 4 estratégias: Análise Crítica, Uso da Tecnologia, Uso da


Criatividade, Conteitos de Mudança

▪ Como no Measure, podemos usar técnicas para propor as


mudanças baseados nos dados e nos processos.

▪ As técnicas de processos, visam melhorar os


procedimentos e suas sequencias. Exemplo: Poka-Yokes,
Análise de Valor, eliminação de desperdícios, etc.

▪ As técnicas de dados visam estabelecer um pensamento


matemático de causalidade: Y = f(x). Exemplos: análise do
banco de dados (regressão, etc.) e planejamento de
experimentos.

▪ Ao final do Analyze, vamos ter várias mudanças que


podem gerar melhorias.
Analise Analise os Analise seu Investigue os Formate suas
os processos procedimentos banco de dados experimentos mudanças

Buscar no banco de
dados correlações
Entender o que se Aprenda mais sobre as
Entender o que se entre variáveis para Priorizar as mudanças
pode mudar nas correlações de
pode mudar no fluxo entender o que se propostas para a
Atividades atividades para deixá- variáveis com
de maneira a gerar pode variar no realização de testes
las melhores e mais experimentos
melhorias processo de maneira a de mudança
rápidas. planejados
gerar um resultado
melhor.

Gráficos de dispersão, Planejamento de


Desconexões, análise Poka-Yokes, Diagrama
Análises de experimentos;
de valor, ECRS, de Ishikawa, Análise
Regressão, Testes de Experimentos Ciclo PDSA; Matriz de
Ferramentas Criatividade, Conceitos de Tempo, Tecnologia,
hipóteses, Tabelas de Fatoriais; Impacto Esforço.
de Mudança Benchmarking,
contingência, Gráficos Experimentos
Criatividade
de Barras Dicotômicos; etc.

Alterações nos Alterações nos


Plano de testes das
Mudanças para Mudanças para parâmetros de entrada parâmetros de entrada
Saídas mudanças
melhorar o fluxo melhorar as atividades que vão gerar que vão gerar
desenvolvidas.
melhoria melhoria

Mapa do Analyze
Mudanças

Como desenvolver
mudanças que
resultem em
melhoria?
Mudanças

E quais são as
categorias de
mudança?
Categorias

1ª Ordem 2ª Ordem

Sistema Não é alterado É alterado

Percepção do cliente Solução do problema Melhoria

Prazo Imediato, curto Médio, longo

Mudanças
Desenvolvimento de Mudanças

Entender e analisar criticamente o processo atual

Usar Tecnologia

Usar Criatividade

Usar os Conceitos de Mudança


Desconexões
Como encontrar os fios desligados do seu processo?
O que é uma desconexão?

O problema é:
como saber se
existem e como
encontrá-las!
E como encontrar as desconexões?

Saídas Entradas Atividades

▪ Está produzindo alguma ▪ Está deixando de receber ▪ Estão sendo realizadas na


saída desnecessária? alguma entrada hora certa no processo?
▪ Está deixando de produzir necessária? ▪ Estão sendo realizadas
saídas para os clientes ▪ Está recebendo alguma pelas áreas/pessoas
adequados? entrada desnecessária? certas?
▪ Está deixando de atender ▪ Existem entradas ▪ Estão criando gargalo?
expectativas de qualidade chegando de fornecedores ▪ Agregam valor para o
dos clientes? de prazo? errados? cliente?
▪ Está deixando de atender ▪ Existem entradas deixando ▪ Apresentam redundância?
expectativas internas de de atender expectativas ▪ É um ponto de inspeção
produtividade? de custos? de qualidade, prazo, custo ou de decisão?
ou produtividade?
▪ Apresentam ciclos de
retrabalho?
▪ Estão sendo executados
no tempo programado?
Depois de encontrá-las, como tratá-las?

Plano de ataque às desconexões


Desconexão Sugestão
Análise de
Valor e ECRS
Diagrama
Causa Efeito
Como organizar suas hipóteses para
entender as causas de um problema
Como organizar as hipóteses para as causas?
O que você ganha com o Ishikawa?

▪ Muito de seu valor está em


sua elaboração: partes
interessadas se reúnem e
organizam conhecimentos

▪ Redução da tendência de
achar uma “verdadeira” causa

▪ Meio efetivo para


compartilhar conhecimento
Exemplo: Hotel
Cuidados

As causas nem sempre são reais


(precisa ser testadas);

Podemos focar em soluções não tão


práticas;

Use-o para desenvolver mudanças


no processo (as sub-causas devem
ser “palpáveis” na hora de
desenvolver a mudança).
Os 5 porquês
Aprofundando-se nas causas
E como se aprofundar nas causas?

Por que o computador não está funcionando?

▪ Porque não está na tomada

Por que não está?

▪ Porque o cabo foi puxado da tomada

Por que foi puxado?

▪ Porque o cabo está no meio da passagem das pessoas

Por que o cabo está no chão?

▪ Porque é muito longo

Por que é muito longo?

▪ Não sei..

Soluções

▪ Reduzir o comprimento do cabo


▪ Fixar o cabo na tomada melhor
▪ Colocar o computador perto da parede
Cuidados Extras

Ao usar o “Por que?” atente para o


fato de que a resposta em cada
estágio corresponde a um
determinado nível de entendimento
do problema. E, para aumentar o
entendimento, são necessários
investigações e testes. Não é um
exercícios de chutes numa sala
fechada feito em 30 minutos

Para cada nível de entendimento


do problema há uma mudança
correspondente
Exemplo 1

Nível de entendimento de um problema Nível da mudança correspondente


Há uma poça de óleo no chão. Limpe o óleo.
Por quê há uma poça de óleo no chão?
Porque está vazando óleo da máquina.
Por quê está vazando óleo da máquina?
Porque a junta se estraga fácil. Troque a junta (temos várias em estoque)
Por quê a junta se estraga fácil?
Porque é a pior do mercado. Compre melhores (e jogue fora as outras)
Por que adquirimos a pior?
Porque fizemos um bom negócio com elas.
Por que é considerado um bom negócio a
compra de um item que dá problema no uso?
Porque o setor de Compras é avaliado pela
Mude a política.
economia feita no momento da compra.
Cuidados! Você já viu RNC?

É muito comum encontrarmos os famosos Relatório


de Não Conformidade (RNCs) em empresas
auditadas pela ISO.

E, neste relatório há um Ishikawa e uma análise dos


5 porquês para ser preenchida sobre a não
conformidade encontrada.

Problema: muitas vezes, por motivo de prazo ou


desinformação, as pessoas preenchem este relatório
com teorias não testadas sobre o que eles acham
serem as causas. Isto é errado. Uma investigação de
causas como vimos, envolve testes, definição de
hipóteses e muita investigação antes de
preenchermos o RNC. Preenchê-lo em “30 minutos”
causará um aumento de custos e perda de validade na
análise.
Correlação: associação entre variáveis

Como correlacionar variáveis de entrada com as de saída


Correlação: associação
entre variáveis
Como correlacionar variáveis de
entrada com as de saída
Sistema de causas
E como fazer?

Para começar as análises, classifique as


variáveis sob dois aspectos:
X Y ▪ A variável é Y ou X?
▪ Y: Variáveis de saída do processo cujo
comportamento você quer explicar e obter um
modelo. Nomenclatura: variáveis resposta,
variáveis dependentes ou itens de controle
▪ X: 1) Variáveis de processo ou de entrada,
candidatas a explicar o comportamento das
variáveis resposta. Nomenclatura: variáveis
1, 2, 3... explicativas, variáveis independentes, fatores,
itens de verificação; 2) Variáveis de estratificação
▪ A variável é numérica ou categórica?
E como fazer?

Em seguida: Identifique a técnica a ser utilizada na tabela abaixo:

Y numérica Y categórica
▪ Gráfico de dispersão
▪ Gráfico de dispersão ▪ Histograma
X numérica estratificado
▪ Análise de regressão
linear

▪ Tabela de
X categórica ▪ Histograma contingência
▪ Gráfico de barras
Experimento Fatorial
O experimento certo para estudar o impacto
de dois ou mais fatores numa variável resposta
Um pouco de história...
O experimento do bolo
Helicóptero de Papel

Uma empresa, fabrica helicópteros


de papel. Seus clientes, desejam
que o helicóptero gire enquanto
caia e permaneça o maior tempo
possível em voo. Atualmente, os
clientes reclamam que o
concorrente fabrica um helicóptero
que voa o dobro do tempo. Seu
desafio é virar este jogo!
Helicóptero de Papel

Fatores (X) (-) (+)


Tipo de Papel (gramatura) 75g 120g
Comprimento da Asa 3cm 6cm
Largura do Corpo 5cm 8cm
Comprimento da perna 4cm 10cm
Largura da perna 2cm 3cm
Estratégia 1

Uma estratégia muito utilizada para


realizar experimentos é variar um fator
de cada vez. Com esta estratégia,
iremos realizar 10 experimentos, para
poder variar todos os fatores possíveis.
Estratégia 1

Plano de Ação da Estratégia 1

1. Fixe o Comp da Asa em 3 e 1. Fixe a Larg do Corpo em 5 e


varie a Larg do Corpo varie o Comp da Asa
2. O melhor valor para a larg do 2. O melhor valor para o Comp
corpo é 5 da Asa é 6

Comp Asa Larg do Corp Tempo Comp Asa Larg do Corp Tempo

5 1,7 3 1,7
3 5
8 1,5 6 2,0

Melhor combinação
(6,5)
Estratégia 1

Plano de Ação da Estratégia 1

1. Fixe a Larg do Corpo em 8 e 1. Fixe a Comp da Asa em 3 e


varie o Comp da Asa varie a Larg do Corpo
2. O melhor valor para a Comp 2. O melhor valor para Larg do
da Asa é 3 Corpo 5

Comp Asa Larg do Corp Tempo Comp Asa Larg do Corp Tempo

3 1,5 5 1,7
8 3
6 1,2 8 1,5

Melhor combinação
(3,5)
O perigo da variação de 1 fator por vez

Problemas com essa estratégia


▪ Para que essa estratégia funcione
(encontrar a melhor combinação dos
níveis dos fatores) é necessário que os
efeitos dos fatores sejam aditivos
▪ Mesmo que os efeitos sejam aditivos,
essa estratégia é ineficiente
▪ Caso haja interações entre os fatores,
essa estratégia não consegue
identificá-las e estimá-las

A melhor forma de conduzir


experimentos é por meio da técnica
de Experimentos Fatoriais
Introdução aos experimentos fatoriais

Determinar quais serão os fatores a serem estudados e seus


respectivos níveis e a variável resposta

Um experimento fatorial é completo quando todas as combinações dos


níveis dos fatores estão presentes no experimento

Vamos estudar somente experimentos fatoriais com n fatores e cada


fator com apenas dois níveis

2n Essa classe de experimentos é denotada por 2n e é chamada de fatoriais 2n


Notação

X1; X2; X3; X4; ...Y


Identificar os fatores, X1 = a1; b 1
os níveis e a variável
resposta X2 = a2; b2
...

Dois níveis
a=(+) Ex: Fatorial 22
b=(-)
Trat A B Resposta

1 -1 -1 y1

2 n Número de 2 1 -1 y2
Número fatores
3 -1 1 y3
de níveis
4 1 1 y4
Análise

Nos experimentos fatoriais, precisamos analisar:

Efeitos principais Efeitos da interações


Análise efeitos principais: Helicóptero

Calculo do efeito do fator A


▪ YA(+)= (1.6 + 1.8)/2 = 1.7
▪ YA(-) = (1.2 +1.2)/2 = 1.2
▪ Efeito de A = [1.7 – 1.2] = 0.5
O efeito do fator A pode ser
mostrado graficamente

Trat Comp Asa (A) Larg do Corp (B) Tempo


1 - - 1.2
2 + - 1.6
3 - + 1.2
4 + + 1.8
Análise efeitos principais: Helicóptero

Calculo do efeito do fator B


▪ YB(+)= (1.2 + 1.8)/2 = 1.5
▪ YB(-) = (1.6 +1.2)/2 = 1.4
▪ Efeito de A = [1.5 – 1.4] = 0.1
O efeito do fator B pode ser
mostrado graficamente

Trat Comp Asa (A) Larg do Corp (B) Tempo


1 - - 1.2
2 + - 1.6
3 - + 1.2
4 + + 1.8
Análise dos efeitos da interação: Helicóptero

Considere novamente o exemplo Trat Comp Asa (A) Larg do Corp (B) Tempo
▪ Efeito de A para B=(+)
1 - - 1.2
▪ AB=(+) = 1.8 – 1.2 = 0.6
2 + - 1.6
▪ Efeito de A para B=(-)
3 - + 1.2
▪ AB=(-) = 1.6 – 1.2 = 0.4
▪ Interação de A com B 4 + + 1.8
▪ AB = (AB=(+) - AB=(-))/2 = (0.6 – 0.4)/2 = 0.1
Análise gráfica das interações
4

Improve
Improve
▪ No Improve, escolhemos quais mudanças são
mais promissoras e realizamos os testes para saber
quais de fato vão gerar as melhorias.

▪ Temos que priorizar as mudanças e estruturar


nossos testes.

▪ A partir dos testes, usando o ciclo PDSA, podemos


entender melhor os detalhes e falhas em nossas
hipóteses e predições.

▪ Aqui também devemos ir aumentando


gradualmente a escala e o escopo dos testes.

▪ Ao final, teremos uma boa convicção de quais


mudanças vão de fato ser melhorias. As vezes já
até as implementamos durante a fase de testes
(um ciclo para implementar).
Testar, aprendendo
e aumentando Compilar o Preparar a
a escala e o escopo aprendido implementação

Realizar os testes para Uma vez que o grau de


confirmar suas hipóteses, confiança é suficiente, resumir
Planejar as etapas de
Atividades verificando se as suas os aprendizados da etapa de
implementação.
mudanças se transformaram testes e compartilhar com o
de fato em melhorias. grupo.

Ciclo PDSA, Planejamento de


Ciclos PDSA, Apresentação do
Ferramentas Experimentos, Treinamentos Plano de implementação
projeto de Melhoria
Iniciais, Matriz de Habilidades

Aumento do Grau de Nivelamento do conhecimento Plano de implementação


Saídas
Convicção das suas mudanças da etapa de testes. preenchido.

Mapa do Improve
Control
▪ Na fase do Control, nós vamos implementar as
mudanças, finalizar o projeto e estabilizar os
processos.

▪ É a hora onde mais se usa a Psicologia e se realiza


a Gestão da Mudança

▪ Devemos preparar as mudanças para serem


lógicas e alinhadas com a cultura da empresa,
trabalhando o racional e o emocional das pessoas
envolvidas no processo.

▪ Também estruturamos o plano de implementação


com base nas etapas: 1. Padronização, 2.
Documentação, 3. Treinamento e 4.
Implementação.

▪ Por fim, compilamos os ganhos, apresentamos os


resultados e celebramos ☺
O ciclo PDSA
A construção da melhoria
O método científico

1. Tudo começa quando observamos um fato ou


fenômeno
O método científico

2. Após a observação, fazemos uma análise para


entender o fenômeno. O entendimento ao final
da análise aparece na forma de uma hipótese,
ou teoria, que explica o fenômeno observado.
O método científico

3. Com base na hipótese, elaboramos uma


predição: por exemplo, como o processo vai se
comportar após a mudança.
O método científico

4. Com base nas predições, realizamos um


experimento para observar os fatos reais. Será
que eles são iguais às predições?
O método científico

Após realizado o experimento, observamos os


fatos reais e elaboramos uma segunda versão de
nossa hipótese.
O método científico

Para completar o método, repetimos este ciclo


até termos uma hipótese sólida. Lembrem-se:
nenhuma hipótese explica tudo, mas algumas
hipóteses são úteis.
O ciclo PDSA
O ciclo PDSA
5

Control
Desenvolvendo um
plano de implementação
Para evitar problemas no final do projeto
Plano de Implementação

▪ Ao iniciar a fase de implementação, é importante


identificar quem e o quê será afetado pelas mudanças,
bem como onde e quando serão afetados.

▪ O Checklist de implementação pode ser útil na


identificação das áreas que precisam ser abordadas.

▪ A complexidade do seu plano depende, em parte, da


extensão das mudanças que estão sendo implementadas.

▪ É necessário um plano para implementar até mesmo uma


pequena mudança. Caso contrário, você poderá omitir
detalhes importantes e colocar em risco o sucesso da
iniciativa de melhoria

▪ O 5W2H é uma técnica a ser considerada para gerenciar


atividade necessárias para a implementação de mudanças
5W2H

O que Quem Quando Onde Porque Como Por quanto


(What) (Who) (When) (Where) (Why) (How) (How much)
Etapas da implementação

1 Padronize
2 Documente
3 Treine
4 Meça

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