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1- RELATÓRIO
técnica específico para roçada urbana; ii) a não exigência de Certificado de Registro
e Regularidade da empresa junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
– CREA; iii) restrição a ajuste de planilha na fase de proposta; iv) restrição à
participação de empresa do mesmo grupo econômico; e, v) não fracionamento dos
serviços a serem contratados.
com o mesmo objeto não houve qualquer insurgência a respeito, sendo que tiveram
ampla concorrência; iii) sobre o registro perante o CREA, aduz que a decisão liminar
desconsiderou as modificações que foram realizadas no edital, que passou a exigir a
apresentação de registro no respectivo Conselho para os serviços de coleta e
transporte de resíduos, exatamente nos termos que foi solicitado pelo Tribunal na
decisão homologatória; e, iv) que realizou consulta junto ao CREA-PR, sendo que a
própria entidade ratificou o entendimento de que os serviços de roçada, varrição e
limpeza de sarjetas não configuram exercício de Engenharia, ou seja, não são
atividades técnicas.
1
Em que pese a tenha desenvolvido raciocínio adequado, acredita-se que a CGM incorreu em erro meramente formal, uma
vez que defende a possibilidade de participação de empresas do mesmo grupo econômico e, na contramão, acaba opinando
pela improcedência da representação nesse item.
É o relatório.
2- FUNDAMENTAÇÃO
resíduos, no prazo de 01 (um) dia útil após a data constante para início da
execução dos serviços apresentada na Ordem de Serviço.
2
Grifos não constam do original.
o
Art. 9 Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração
do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente,
gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital
com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável
pela licitação.
o
§ 1 É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa a que se
refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço, ou na
execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização,
supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração
interessada.
o
§ 2 O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra
ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do
contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração.
o
§ 3 Considera-se participação indireta, para fins do disposto neste artigo, a
existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica,
financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e
o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-
se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.
o
§ 4 O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos membros da comissão
de licitação
Hoje, diante do texto legal, tal como se encontra redigido há mais de vinte
anos, uma mesma empresa não pode apresentar duas propostas, mas nada
impede que empresas distintas, embora vinculadas a um mesmo grupo
econômico, apresentem diferentes propostas.
À luz do quanto foi acima exposto, pode-se afirmar, com segurança, que a
simples participação, nos mesmos procedimentos licitatórios, de duas
empresas cujas ações ou cotas pertencem ao mesmo grupo de pessoas,
não configura violação ao sigilo da licitação nem fraude comprometedora da
competitividade do certame. (Acórdão n. 297/09 - TCU)
o
§ 1 As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão
divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade sem perda da economia de escala.
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JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 2.ed. São Paulo: Editoria Revista dos
Tribunais, 2016.
3- VOTO
ACORDAM