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O QUE É A COMUNICAÇÃO?
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Fonte de Ruído
Função Informativa
Relaciona-se com o contexto e com o mundo extralinguístico do qual se fala
A linguagem é direta e
objetiva
Exemplo: Linguagem utilizada nos livros científicos e nos artigos de jornais
Função poética
Centra-se na mensagem e no trabalho estético da própria linguagem que se torna
sugestiva e metafórica
Recorre a jogos de palavras; combinações de palavras e sentido figurado
Exemplo: obras literárias; letras de músicas; anúncios publicitários
Função emotiva
Centra-se no emissor, predominando a 1.ª pessoa do singular
Prevalecem as interjeições e exclamações
Exemplo: Bibliografias; memórias e poesia lírica
Função Apelativa
Processo de apelo ao recetor
Exemplo: Publicidade; propaganda; discursos
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Função fática
Centra-se no canal, tendo por objetivo testar a sua eficiência ou assegurar o seu
funcionamento
Exemplo: “Está a ouvir?” ou “Percebeu?”
Função Metalinguística
Incide no código usado para comunicar.
Exemplo:
Dicionários
TIPOS DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAR EM PÚBLICO
1- Preparação do discurso
– estudar e investigar o tema;
– "trabalho de campo" - dominar;
– praticar o discurso (podemos gravar-nos por exemplo)
2- Conhecer a audiência
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3- vencer o medo do palco
– indo até ele;
4- Programação para o sucesso
– acreditar que vai correr bem;
5- Começar e terminar com impacto:
– início, desenvolvimento e conclusão;
– se estivermos no começo, vão ouvir depois;
– acabando bem, vão lembrar-nos
6- ser claro, breve e relevante
– claro para nós perceberem;
– breve porque ninguém mantém atenção durante muito tempo
– relevante porque interessa apenas transmitir o que importa
7- comunicar sem erros
– dá-nos credibilidade
– quando erramos devemos disfarçar
8- colocação da voz
– usar microfone
– "brincar" com a tonalidade da voz
9- ser cativante e inspirador
– inspirador - seguir um exemplo
10- movimentação na medida certa
– olhar para todos os que ouvem
11- vestir adequadamente
– formal
1- capa
Designação da instituição, Logotipo da instituição, Título do trabalho, Nome do autor e Data
(de entrega)
3-folha de rosto
Design da instituição, título do trabalho, nome do autor, data, declaração mencionando a
que título foi efetuado o respectivo trabalho
4- resumo
O resumo é um elemento obrigatório e deverá apresentar, em 150-250 palavras, a
estrutura do trabalho, sintetizando a argumentação que nela irá ser exposta.
Deverá ser acompanhado por, pelo menos, quatro palavras-chave.
O resumo começará em folha própria e será seguido, também em folha própria, por um
abstract em inglês, que respeitará as mesmas instruções.
5- índice
O índice deverá conter todos os elementos que lhe sucedem e não os que lhe antecedem.
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Terá de ter formatação justificada e deverá ser feito de forma automática, para prevenir
erros de
numeração.
A página do próprio índice não aparece listada. As entradas do índice serão compostas
por, no máximo, quatro níveis.
6- lista de abreviaturas
As listas de abreviaturas ou de símbolos são elementos opcionais, dado que só se
justificam se, ao longo do trabalho, forem utilizados abreviaturas ou símbolos.
A lista de abreviaturas inclui também siglas e acrónimos, que deverão ser escritos em
maiúsculas e sem pontuação.
Na primeira vez em que uma abreviatura, uma sigla ou um acrónimo for utilizado no corpo
do texto, terá de ser desenvolvido e seguido pela respetiva abreviatura, sigla ou acrónimo
entre parênteses curvos. Por exemplo: Instituto Superior de Contabilidade e Administração
de Lisboa (ISCAL). Daí em diante, utilizar-se-á sempre a forma abreviada.
PARTE TEXTUAL
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Referências Bibliográficas
Apêndices
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Todas as obras que sejam referenciadas ao longo do texto terão obrigatoriamente de
constar na secção de Referências Bibliográficas e vice- versa, ou seja, todas as obras
incluídas na secção de Referências Bibliográficas terão obrigatoriamente de ser referidas
ao longo do texto.
A lista de referências bibliográficas deverá ser ordenada alfabeticamente, segundo o(s)
apelido(s) dos autores — ou, não existindo nome de autor para uma determinada
referência, segundo o título desse documento.
Não deverá ser feita qualquer distinção entre documentos impressos e fontes eletrónicas,
sendo as fontes eletrónicas obrigatoriamente referenciadas utilizando os mesmos
elementos que são utilizados no caso dos documentos impressos.
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Periódico
Apelido, A. A., Apelido, B. B., & Apelido, C. C. (ano de publicação). Título do artigo. Título
do periódico, volume(número), páginas.
↓
Em itálico
Exemplo
Cordeiro, J. (2009). Componentes da gestão estratégica nas empresas do sector
automóvel. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 8(3), 55-65.
Não-periódico
Apelido, A. A. (ano de publicação). Título da obra (edição). Local: Editora.
↓
Em itálico
Exemplo:
Stewart, T. A. (1999). Capital intelectual: A nova riqueza das organizações (2ª ed.). Lisboa:
Edições Sílabo.
Parte de um não-periódico
Apelido, A. A. (ano de publicação). Título do capítulo. In A.A. Apelido (Ed.). Título da obra
(páginas). Local: Editora.
Exemplo:
Lucas, U., & Mladenovic (2014). Perceptions of accounting. In R. M. S. Wilson (Ed.). The
Routledge companion to accounting education (pp. 125-144). Nova Iorque: Routledge.
Exemplo:
Roberts, R. A. (2015). Goodwill impairment: A study of Australian companies 2007-2013
(Tese de doutoramento, The University of Sydney Business School, Sydney, Austrália).
Disponível em https://ses.library.usyd.edu.au/handle/2123/13748
Legislação
Designação do diploma legal número/ano. Diário da República. Número (data de
publicação) páginas.
Exemplo:
Decreto-lei n.º 74/2006. D.R. I Série-A. 60 (20-03-2006) 2242-2257
APÊNDICES E ANEXOS
Consideram-se apêndices os documentos produzidos pelo(a) autor(a) da dissertação que
não figuram no corpo do mesmo, mas que deverão ser tidos em conta aquando da sua
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análise. Por exemplo: sequências extensas de tabelas, inquéritos, guiões de entrevistas.
Os apêndices serão identificados por letras maiúsculas.
FORMATAÇÃO
Tipo e tamanho de letra
Os trabalhos poderão ser efetuados com os seguintes tipos e tamanhos de letra:
Times New Roman, tamanho 12
Garamond, tamanho 12
Arial, tamanho 11
Hierarquia
Título 1 Título do capítulo Centrado, letra
tamanho 14,
expandido por 1
pto, negrito, 6 pto
antes e 18 pto
depois, início de
página.
Título 2 Secção do Justificado à
capítulo esquerda, letra
tamanho 13,
expandido por 1
pto, negrito, 18 pto
antes e 12 pto
depois.
Título 3 Subsecção do Justificado à
capítulo esquerda, letra
tamanho 12,
6
expandido por 1
pto, negrito, 12 pto
antes e 12 pto
depois.
Título 4 Sub-subsecção Justificado à
do capítulo esquerda, letra
tamanho 12,
expandido por 1
pto, negrito e
itálico, 12 pto antes
e 12 pto depois.
Parágrafos
Os parágrafos deverão ser justificados e não deverão incluir qualquer tabulação na primeira
linha, contendo um espaçamento entre parágrafos de 6 pontos antes e 6 pontos depois. Só
existirão espaçamentos maiores entre parágrafos em caso de ligeira interrupção no
assunto que assim o justifique, sem exigir alteração de secção ou subsecção.
O espaçamento entre linhas deverá ser de 1,5 linha no corpo da dissertação, exceto nos
quadros, nas tabelas e nas notas de rodapé, onde será um espaçamento simples. Os
quadros terão um espaçamento entre parágrafos de 3 pontos antes e 3 pontos depois e as
notas de rodapé terão um espaçamento de 0 ponyos antes e depois.
Margens
As margens deverão ser de 2,5 cm em cima, em baixo e à direita; e de 3 cm à esquerda,
para permitir a encadernação do trabalho.
No caso de existirem muitos quadros, muitas tabelas ou muitas figuras, poderá ser
conveniente remetê-los para um apêndice, fazendo menção ao seu número no corpo do
trabalho, ou destacando, no corpo do trabalho, apenas as células relevantes de uma tabela
ou de um quadro ou as figuras mais importantes numa sequência de figuras.
Notas de rodapé
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As notas de rodapé deverão utilizar o mesmo tipo de letra do corpo do trabalho, mas dois
pontos abaixo do tamanho escolhido para o corpo do trabalho.
É de evitar uma grande proliferação de notas de rodapé, estas só devem ser utilizadas se,
de facto, se justificar.
As notas de rodapé não servem para fazer as referências das citações, essas serão feitas
no corpo do texto, junto à própria citação, exceção feita às citações em segunda mão ou a
trabalhos de natureza jurídica.
Paginação
O conjunto «Capa, Folha em branco e Folha de rosto» não deverá ser numerado, embora
conte para a numeração.
A primeira página em que aparece o número de página será aquela que se segue à folha
de rosto.
O primeiro número de página a aparecer será o «iv», ou seja, numeração romana
minúscula.
A numeração romana continuará até à Introdução, sendo essa necessariamente a página
n.º 1. Começa aqui a numeração árabe, que será continuada, sequencialmente, até ao final
dos apêndices e/ou dos anexos.
Cor
A utilização de cores será permitida apenas nos objetos (tabelas, quadros e figuras), não
sendo permitida no corpo do texto da dissertação, nem nos títulos.
Citações
Citações diretas
As citações diretas deverão reproduzir ipsis verbis o texto original. Apresentarão,
obrigatoriamente, a indicação do autor, da data de publicação da obra e o número de
página. Deverão estar no corpo do texto, e não em nota de rodapé, seguindo o formato
Autor, Ano.
As citações serão obrigatoriamente referidas entre aspas (exceto no caso das citações
longas), utilizando-se as aspas francesas (« »). Se a citação já contiver aspas, estas serão
mantidas no local original com a notação de aspas duplas (“ ”).
Exemplo
Franco (2001, p. 143) define o sector público como o «conjunto das atividades económicas
de qualquer natureza exercidas pelas entidades públicas […] quer assentes na
representatividade e na descentralização democrática, quer resultantes da funcionalidade
tecnocrata e da desconcertação por eficiência».
Citações indiretas
As citações indiretas correspondem a paráfrases, ou seja, são situações em que o autor do
trabalho usa as suas próprias palavras para se referir a uma ideia que viu em um ou mais
autores.
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Não são apresentadas entre aspas e não carecem de número de páginas (sendo este, no
entanto, facultativo). As restantes informações (autor e ano) são obrigatórias.
Exemplo
Craswell (1999) e Gore et al. (2001) referem que a evidência empírica quanto ao facto de
os serviços de não auditoria deteriorarem ou não a independência é inconclusiva. Como
exemplo, Craswell (1999) refere as conclusões contraditórias de estudos australianos sobre
o impacto das retribuições dos honorários dos serviços de não auditoria nas decisões dos
pareceres dos auditores, levados a cabo por Barkess e Simnett (1994) e Wines (1994).
Craswell (1999) refere que enquanto os primeiros autores não conseguiram encontrar
qualquer relação, já Wines (1994) conseguiu fazê-lo.
Citações breves
As citações breves têm até três linhas e deverão vir no corpo do
trabalho, seguidas da indicação da referência.
Exemplo
O estudo de caso que propomos enquadra-se mais nesta última tipologia dado que estes,
visam «estabelecer o diagnóstico de uma organização ou fazer a sua avaliação, seja
porque procuram prescrever uma terapêutica ou mudar uma organização» (Bruyne et al.,
1991, p. 225).
Citações longas
As citações longas têm mais de três linhas e deverão vir em parágrafo à parte, com
espaçamento do lado esquerdo e do lado direito de 1cm e um ponto de letra abaixo do do
corpo do texto.
Este tipo de citação não vem entre aspas. A referência pode encontrar-se antes, no corpo
do texto, ou depois, no final da própria citação.
Exemplo
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O DISCURSO E O ARGUMENTO
- O Caminho da Persuassão
O que é o Discurso?
Sequência expositiva ordenada de ideias e argumentos com vista a um fim
A parte importante do discurso é o fim
O discurso tem de ter um fim
O fim tem de estar para além do discurso
Poesia
Discurso que visa provocar um estado emocional…
Narração de Factos
Não tem um objectivo em si, para além da transmissão de descobertas sobre o nosso
Passado, por exemplo…
Contudo…
O Discurso é diverso porque tem um Fim.
A primeira acção a realizar é definir esse mesmo fim, fim este que se pode traduzir no que
pretendemos alcançar após o discurso.
O Discurso não é um fim em si mesmo, mas sim um meio para
alcançar um fim que se encontra sempre para além do Discurso
Esse fim nunca é o do próprio discurso.
O discurso é uma ferramenta, uma arte para chegarmos onde queremos chegar
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Exemplos de Discurso
O Discurso Político (não a discussão…) tem como fim levar as pessoas, os eleitores, a
votarem num dado projecto político.
O Discurso do Vendedor tem como fim fazer com que os consumidores, os clientes,
passem de potenciais a efectivos compradores
O Discurso Religioso tem como fim mudar a forma de pensar dos crentes, ou dos
potenciais crentes, de molde a que venham a fazer parte da congregação
Validade do Discurso
Nenhum Discurso é “mau”
O discurso e a retórica
Contudo, há uma parte essencial da Vida e sociedade que não é Conhecimento, é sim
decisão, pois temos que decidir, com base no Passado (informação) o que faremos hoje,
no Presente, (acção) de molde a que o ocorra o que desejamos, no Futuro (o fim a
alcançar).
Se não convencermos hoje, com base no passado, não teremos um futuro diferente.
Foi a Filosofia como reflexão que promoveu a Retórica, na altura, ainda na Grécia e,
curiosamente, foram os Sofistas, exactamente, os Anti-Filosofia, que a desenvolveram.
Eram conhecidos por conseguirem defender “que sim” e convencerem a plateia e,
momentos depois, defender “que não” e conseguirem igual feito…
Sócrates abominava os Sofistas e, há que dizê-lo, um deles, foi o único que o enfrentou
com sucesso, diga-se, devido ao domínio da Retórica.
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Os Sofistas e o Fim do Mito
Protágoras é o primeiro dos Sofistas e introduz um conceito que ainda hoje nos persegue,
pois não é simples fugir dele:
“O Homem é a medida de todas as coisas” é a primeira parte da frase, que veio introduzir o
Relativismo no Mundo do Pensamento
A frase toda é:
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são,
enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."
Esta frase implicou a ruptura extraordinária que o Homem realizou, nesta época, deixando
de acreditar nos Mitos como explicações do que se passou, do que ocorria e do que
deveria ocorrer, pois já não eram os Deuses que governavam a Vida nem Deles era a
Verdade.
O Homem tinha de construir a Sua verdade.
Para tal tinha de convencer os demais, porque a verdade não se encontrava na Natureza,
mas sim nas suas decisões, nas que o Homem tomava.
QUESTÃO ESSENCIAL
Pode a Retórica, como a Arte de Construir o Discurso, ser outra que não através do uso da
Palavra?
A Retórica é Rica …
Porque pode ser Poética; Pode expressar-se na Música; Ou na Pintura bem como no
movimento da Dança. Ou seja, em tudo o que implique Comunicar.
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Exemplos
Sabemos sempre, com clareza e concisão, o que queremos convencer o outro?
Estamos apaixonados pelo que queremos convencer o outro? Iremos conseguir despertar
a paixão no outro?
Temos “moral” para falar? Não temos “telhados de vidro”? Temos direito a
falar?
O DISCURSO LEGITIMADOR
A Legitimidade é um Juízo de Conformidade
É legítimo o que é válido, conforme com um qualquer critério culturalmente determinado
(legitimidade moral, social, religiosa, política, jurídica, etc).
Como é que sabemos o que é meu? O que é seu? O que é de todos? E o que não é de
ninguém?
Só reconhecendo o critério podemos legitimar a nossa posição
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Afirmação justificada pode traduzir-se por uma preposição ou premissa (normalmente
duas) que implicam uma conclusão.
Os Cavalos morrem
Sócrates, o Filósofo, morreu
Logo (em conclusão), Sócrates é um Cavalo
Premissa ou preposição maior – Os Cavalos Morrem (= à Lei Geral)
Premissa ou preposição menor – Sócrates morreu (= caso concreto)
Conclusão – Sócrates é um cavalo…
--Em termos de Lógica formal, está correcto. O que não está correcta é a validade das
premissas e para isso é necessária a Lógica Material.
Os Cavalos Morrem
Sócrates morreu
Conclusão – Tantos os Cavalos como Sócrates são mortais…
O cuidado da argumentação consiste na construção da Premissa Maior ou preposição
geral, pois o caso concreto vem da Vida…não se pode alterar…
ARGUMENTOS JURÍDICOS
Então, como é que se criam/estruturam os argumentos em Direito?
↓
A Doutrina e a Jurisprudência, ao longo de mais de 20 Séculos, já estilizaram esses
argumentos, que vamos passar a analisar
↓
A lista não é completa, porque a realidade é sempre mais rica do que podemos pensar e
isso apenas significa uma coisa, que o Direito é vivo e pode enriquecer… quem sabe se
não vão criar um novo?!
Argumento da Identidade
O argumento da identidade assenta na ideia que um objecto é sempre igual a ele próprio,
independentemente da situação ou do tempo que tenha passado
É um argumento, dir-se-ia, natural, pois assenta na essência do objecto ou da pessoa em
si, o que exclui todas as outras opções.
Aqui está a sua utilidade, embora por vezes possa parecer quase pueril na sua utilização,
sendo, contudo, convicente…:
Exemplo: O Arguido comprou uma faca com 27 centímetros de extensão e duas lâminas,
uma de cada lado. Embora o Arguido queira fazer o Tribunal crer que a comprou para
cortar melhor a caça ou até o chouriço que tem em casa, nenhuma faca de cozinha, por
longa que seja, tem duas lâminas. Portanto, o Arguido comprou esta faca, em concreto,
porque queria utilizá-la no homicídio de …, como o fez e nunca em legítima defesa.
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Argumento da Contradição ou A contrario
O princípio lógico que lhe está subjacente assenta na violação do argumento anterior, ou
seja, uma coisa, um dado, não pode ser e não ser ao mesmo tempo.
Ou é ou não é. Se não é, então “é” outra coisa…
Os exemplos podem multiplicar-se, mas a mesma pessoa é rica ou pobre, inquilino ou
senhorio, solteiro, casado, divorciado ou viúvo, etc.
Uma qualidade implica a impossibilidade de assumir outra.
Argumento de Autoridade
O argumento de Autoridade não apresenta uma premissa como base nem sequer a lógica
é o seu esteio.
O argumento assenta na qualidade especial do S. Autor.
Sendo o autor reconhecido como uma eminência no campo
do Conhecimento, então o que ele “afirmar” é a premissa.
Exemplo: Segundo Aristóteles, que afirmou ser a Justiça a firme e permanente virtude
assente na acção de entregar a cada um aquilo que é seu, a sua definição do que é Justo
não tem qualquer cabimento.
Argumento A Simili
O argumento a simili ad simile, na sua versão completa, traduz a ideia de que deve ter
tratamento igual o que é igual.
É este o fundamento da analogia, prevista no artigo 10.º, n.º 2., do Código Civil.
Temos de fazer o caminho lógico inverso ao do argumento a contrario, isto é, este impõe
tratamento diverso e aquele impõe o tratamento igual.
E.g.: Os homens e as mulheres são diferentes, é um facto. Contudo, perante a Lei, e salvo
alguma previsão legal qualificada pelo género (protecção das grávidas, por exemplo), os
homens e as mulheres são sujeitos face ao Direito e, como tal, as razões da aplicação a
um são as mesmas da aplicação da Lei a todos. Daí se designar Princípio da Igualdade
perante da Lei.
Argumento A Fortiori
Este argumento é mais conhecido na sua versão moderna de “por
maioria de razão”.
É sempre por maioria de razão, seja para garantir uma expansão do âmbito da Lei ou dos
Poderes, seja para restringir, proibir, aquela mesma expansão da Lei ou dos Poderes.
Em latim, as duas expressões são:
- Ad maior ad minus – Quem pode o mais pode o menos;
- A minor ad maius – Quem não pode o menos não pode o mais;
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Um exemplo do primeiro caso seria o facto de, no âmbito de uma
procuração outorgada, poderem comprar “o” apartamento por
100.000 Euros mas, por melhor negociação, acabar por comprar por
95.000 Euros. Pode outorgar a escritura? Se pode o mais pode o
menos?
Um exemplo do segundo caso será a casa arrendada para habitação do inquilino não
poder ser utilizada para subarrendamento a outras, embora tenha a casa toda e esta até
tenha quartos a mais!
Argumento Ad Absurdum
Este argumento também é conhecido por “redução ao absurdo” e tem a sua razão de ser.
É uma redução do número de opções até se concluir que os argumentos utilizados contra
nós, ou na interpretação legal, apenas pode conduzir a um resultado indesejado ou
absurdo, no sentido de estranho ao Direito.
Não é fácil encontrar oportunidades para utilizar este argumento, que é sempre de
destruição dos demais, pois depende, em absoluto, do caso concreto.
Exemplo: A sua interpretação leva à conclusão que os filhos têm todos os direitos e os pais
todos os deveres, o que para além de ser uma inversão inaceitável dos papéis, violar a
natureza das coisas, ainda conduzirá a situações, no futuro, para as quais nenhum Tribunal
estará preparado para julgar! Como poderá o Tribunal condenar o pai se o filho para estar
nesse Tribunal terá de ser representado pelo mesmo pai que pretende condenar?! Isso é
um absurdo, como se antevê!
Referência ao EPIQUEREMA
Este é o modelo próprio da argumentação jurídica, concretamente, dos Advogados
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A forma própria de pensar dos juristas é equiperema.
No direito não interessa a verdade, interessa a validade.
O discurso só é bom se for preparado.
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