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DEFINIÇÃO
Os Direitos Reais consistem num ramo do Direito Civil, sendo este Direito Privado Comum, a par do
Direito das Obrigações, Direito da Família e Direito das Sucessões. Os direitos reais são aqueles que
incidem sobre coisas, ao contrário dos direitos de crédito que incidem sobre as pessoas. A sua
caracterização unitária corresponde à denominada eficácia real, que diz respeito à eficácia do direito
contra qualquer pessoa. Esta caracterização atribui ao direito real um caráter absoluto.
O Direito das Coisas consiste assim no direito que regula a atribuição das coisas corpóreas com
eficácia real, ou seja com eficácia absoluta perante terceiros.
No âmbito do direito Civil, o Direito das Coisas caracteriza-se por ter natureza patrimonial, ou seja,
diz respeito a situações jurídicas avaliáveis em dinheiro.
Nos Direitos Reais não é possível estabelecer uma teoria geral porque, ao contrário dos direitos de
crédito onde todas as obrigações conduzem a uma teoria geral, não existem dois direitos reais iguais.
Os Direitos Reais vêm-se tutelados constitucionalmente no artigo 62º nº1 e 2 da CRP. O artigo 62º
deve ser considerado extensivo a todos os direitos reais. Esta proteção não é, porém, absoluta.
A proteção da propriedade envolve uma componente estática, no âmbito do qual é permitido aos
cidadãos a titularidade dos bens e uma componente dinâmica, no âmbito da qual se permite aos
cidadãos o seu pleno aproveitamento,designadamente através do uso, fruição, transformação e
alienação do bem.
O 3º livro do Código civil não regula todo o sistema de direitos reais, uma vez que se limita, além da
posse, a referir vários direitos reais de gozo. A posse encontra-se entre os artigos 1251º e 1301º do
cc, a propriedade entre os artigos 1302º e 1438º, o usufruto entre os arts1439º e 1483º, o uso e
habitação entre os arts 1484º e 1490º, a superfície entre os arts 1524º e 1542º e as servidões
prediais entre os arts 1543º e 1575º.
Os direitos reais de garantia, uma vez que se encontram intimamente ligados com a função de
garantia das obrigações são incluídos no livro II do CC (direito das Obrigações): Penhor (arts. 666º-
685º), hipoteca (arts.686º-732º), direito de retenção (arts. 754º-761º).
Por fim, os direitos reais de aquisição encontram-se dispersos pelos dois livros: art 413º, 421º, 1409º
e 1535º).
Os direitos reais são absolutos, ficando todas as pessoas vinculadas a não perturbar o exercício do
direito. Os direitos de crédito são possuem caráter relativo, vinculam somente as partes.
Conferem ao seu titular um poder direto e imediato sobre a coisa, ao passo que os direitos de crédito
tem que haver cooperação das partes.
Os direitos reais conferem o direito a uma coisa, ao contrário dos direitos de crédito que conferem o
direito a uma prestação.
Os direitos reais são absolutos na medida em que as faculdades que são conferidas pelo direito ao
titular são oponíveis a terceiros (oponibilidade erga omnes). Se não fosse assim, a segurança jurídica
do comércio imobiliário e mobiliário sujeito a registo seria posta em causa.
Os direitos reais de gozo conferem ao titular o aproveitamento direto das utilidades de uma coisa
móvel ou imóvel seja pelo uso, fruição ou disposição. Encontram-se todos no livro III do CC, com
exceção dos últimos dois, que se encontram em legislação avulsa.
São direitos reais de gozo o direito de propriedade, o direito de usufruto, o direito de uso e habitação,
o direito de superfície, as servidões prediais, a posse, o direito real de habitação periódica e o direito
real de habitação duradoura.
Os direitos reais de garantia conferem ao titular a possibilidade de cumprimento de uma obrigação
com preferência sobre os demais credores. Encontram-se todos no Livro II do CCe são estes a
consignação de rendimentos, a hipoteca, o penhor, os privilégios creditórios e o direito de retenção.
2. Publicidade
Qualquer facto jurídico relativo aos Direitos Reais deve ser dado a conhecer ao público em geral, por
razões de segurança jurídica.
Dessa forma, é necessário dar a conhecer esses factos de forma ordenada e organizada.
Definindo, a publicidade é a atividade intencional, organizada e ordenada destinada a dar a conhecer
a terceiros uma certa situação jurídica, para dela terem conhecimento.
A sua principal função é o conhecimento por terceiros de factos relativos aos direitos reais permitindo
que todos respeitem o Direito real em questão. Só este conhecimento por parte de terceiros vai
permitir a segurança do comércio jurídico imobiliário ou mobiliário sujeito a registo.
4. Inerência
O direito real está inerente à coisa que é o seu objeto.
Os direitos reais têm por objeto coisas corpóreas, móveis ou imóveis. O interesse do titular do direito
real é realizado por ele, mediante o aproveitamento imediato das utilidades da coisa (usar, fruir e
dispor).
5. Sequela
A sequela permite que o direito real de que o titular dispõe persiga a coisa, onde quer que ela se
encontre, mesmo que esta tenha sido transmitida para outra pessoa.
Isto significa que, se um bem, de minha propriedade me for furtado ou roubado se encontrar na
posse ou detenção de outra pessoa, eu posso persegui-lo (reivindicá-lo) onde quer que esteja,
através do recurso à ação de reivindicação, que se encontra consagrada no artigo 1311º do CC. a
sequela exprime-se essencialmente na ação de reivindicação.
6. Prevalência
A prevalência, como o nome indica, prioriza os direitos reais sobre todos os direitos de crédito, e
sobre os direitos reais de constituição ou registo posterior.
O direito real que se constituir em primeiro lugar tem prioridade sobre todos os outros direitos reais
de constituição posterior, à exceção dos privilégios creditórios que são a favor do Estado. Deste
modo, se uma hipoteca por exemplo for constituída em primeiro lugar relativamente a um privilégio
creditório, o privilégio creditório mantém-se com prioridade, mesmo tendo sido constituído em
momento posterior.
DIREITO DE PROPRIEDADE
Podemos encontrar a noção de direito de propriedade, ainda que subentendidamente, no artigo
1305º do CC, que afirma que o proprietário goza de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso,
fruição e disposição das coisas que lhe pertencem. Deste artigo podemos identificar o cariz de gozo
máximo que o direito de propriedade confere ao seu titular, tendo este o poder máximo de usar, fruir
e dispor da sua propriedade, ou seja, é assegurada ao titular do direito, com exclusividade, a
generalidade dos poderes de aproveitamento global das utilidades de certa coisa.
2. Elasticidade
O direito de propriedade tende a expandir-se até ao máximo das faculdades que pode comportar.
3. Perpetuidade
O direito de propriedade é perpétuo, não tem prazo, não cessa pelo decurso do tempo.
O artigo 298º nº3 diz que “os direitos de propriedade, usufruto, uso, habitação, superfície e servidão
não prescrevem, mas podem extinguir-se pelo não uso nos casos especialmente previstos na lei”.
4. Transmissibilidade
A transmissão abrange a generalidade dos direitos privados patrimoniais, no entanto há direitos reais
que são intransmissíveis , como é o caso do direito de uso e habitação (artigo 1488º).
COMPROPRIEDADE
O artigo 1403º começa por afirmar que existe compropriedade, ou propriedade comum, quando duas
ou mais pessoas detêm simultaneamente direito de propriedade sobre uma mesma coisa.
No que diz respeito à natureza jurídica da compropriedade verificam-se algumas teses em confronto,
sendo a dominante na doutrina portuguesa a que vê na compropriedade um conjunto de direitos,
coexistindo sobre toda a coisa e não sobre qualquer realidade ideal ou imaterial, como seria a quota,
ou nem sequer sobre uma parte da coisa.
A lei reconhece aos comproprietários legitimidade para praticarem, cada um por si, certos atos que
integram o conteúdo do direito de propriedade, sendo os mais relevantes o uso da coisa (artigo
1406º), a disposição e oneração de quota (1408º) e a reivindicação da coisa comum (artigo 1405º
nº2).
No entanto, muitos poderes encontram-se subordinados à vontade da maioria dos consortes, como
as coisas que respeitam à administração comum.
Os consortes podem, por vontade concordante de todos, exercer todas as faculdades que integram
os seus direitos de propriedade, mas nem sempre a unanimidade é exigida. São poderes de
necessário exercício unânime os de disposição e de oneração da coisa comum ou, mesmo, de parte
específica dela.
Decorre do artigo 1408º nº2 que só com o consentimento dos restantes comproprietários pode
qualquer consort praticar estes atos.
No que toca aos encargos, estes são suportados, de acordo com o artigo 1405º nº1, por todos os
comproprietários na proporção das suas quotas.
POSSE
O artigo 1251º do CC define a posse como “o poder que se manifesta quando alguém atua por forma
correspondente ao exercício do direito de propriedade ou de outro direito real. A posse diz assim
respeito à situação em que ocorre o exercício fáctico de poderes sobre as coisas, o qual é objeto de
proteção pelo Direito, independentemente da averiguação da efetiva titularidade do direito sobre essa
coisa.
As razões da proteção da posse por parte do Direito prendem-se essencialmente, segundo o
Professor Menezes Leitão, com a paz pública e da continuidade do exercício das posições jurídicas.
Efetivamente, se alguém, pela violência, resolve perturbar a utilização duradoura de uma coisa por
outrem ou mesmo subtrair-lhe essa coisa, o Direito, para reprimir essa situação, não necessita da
efetiva demonstração de que o lesado é titular de direitos reais sobre a coisa. O simples facto de
exercer poderes sobre ela é suficiente para que a ordem jurídica lhe permita exigir a manutenção ou
restituição da coisa, independentemente da discussão sobre a efetiva titularidade do direito.
Distinguindo a posse formar de casual, a posse formal verifica-se quando o exercício fáctico de
poderes sobre a coisa não é acompanhado da titularidade do direito, e a posse casual, em que esse
exercício se encontra a ser realizado pelo titular do direito.
A posse pode ter diversas classificações, tais como posse efetiva e não efetiva, posse titulada e não
titulada, posse de boa fé e posse de má fé, posse violenta e posse pacífica, entre outras.
A posse efetiva traduz-se naquela em que existe um controlo material sobre a coisa, já a não efetiva
é aquela em que a situação possessória resulta apenas da lei.
A posse titulada é aquela que se funda num modo legítimo de adquirir, independentemente do direito
do transmitente ou da validade substancial do negócio jurídico. É aquela que quando a sua aplicação
se funde num ato jurídico, translativo, ou constitutivo de um direito real que, a ser válido, seria a
causa dessa posse.A posse não titulada é aquela que não deriva desse modo legítimo de adquirir.
A posse de boa fé é aquela em que o possuidor ignorava, ao adquiri-la, que lesava o direito de
outrem (art 1260º nº1). Posse de má fé é aquela em que não se verificava essa ignorância, no
momento de aquisição da posse.
A posse violenta é aquela em que, para adquiri-la, o possuidor usou de coacção física ou de coação
moral (1261º nº2). Pelo contrário, a posse pacífica é aquela que foi adquirida sem violência (1261º
nº1).
A violência na aquisição da posse permite ao possuidor requerer o procedimento cautelar de
restituição provisória da posse (1279º).
Por fim, a posse pública é aquela que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos interessados,
de acordo com o artigo 1262º.
DIREITO DE SUPERFÍCIE
O artigo 1524º do Código Civil define o direito de superfície como a faculdade de construir ou manter,
perpétua ou temporariamente, uma obra em terreno alheio, ou de nele fazer ou manter plantações.
O direito de superfície pode constituir-se através de contrato, testamento e usucapião.
Os direitos do superficiário prendem-se com a faculdade de construir ou plantar e de manter a obra
ou plantação. Já as suas obrigações prendem-se, principalmente com, fazer, no prazo fixado ou, na
ausência de fixação, no prazo de 10 anos, a obra ou plantação, bem como refazê-los, em caso de
destruição, dentro dos mesmos prazos, a contar desta (destruição); pagar o preço, que pode consistir
numa prestação única ou numa prestação anual, sempre pecuniária, estando a determinação do
preço e a forma de pagamento adstritas ao ato de constituição da superfície (artigo 1530º); consentir
no uso e fruição do solo pelo fundeiro (dono do terreno) até ao início da plantação (artigo 1532º) e
por fim, dar preferência ao fundeiro na alienação da superfície, gozando este de direito de eficácia
real (artigo 1535º).
São factos extintivos do direito de superfície o decurso do seu prazo, no caso deste ser temporário; a
reunião na mesma pessoa do direito de superfície e direito de propriedade; sanção pelo
incumprimento da obrigação de fazer ou refazer a obra ou plantação, no prazo aplicável;
desaparecimento ou inutilização do solo; expropriação por utilidade pública e por fim a ocorrência de
outro facto a que o título constitutivo ligue tal efeito.
DIREITO DE USUFRUTO
A sua definição encontra-se no artigo 1439º do Código Civil, que define o usufruto como o direito de
gozar temporariamente e plenamente sobre uma coisa ou direito, sem alterar a sua forma ou
substância.
Verifica-se uma coexistência com o direito de propriedade.
O usufruto pode ter como objeto não só coisas corpóreas como direitos, como afirma o artigo 1439º
na sua definição.
Além de ser um direito apenas temporário, este só permite ao usufrutuário gozar plenamente a coisa
ou direito a que este incide. Compreende as faculdades do uso e fruição (artigo 1446º).
Verifica-se também uma transmissibilidade limitada, na medida em que a lei atribui a possibilidade da
transmissibilidade do usufruto inter vivos (artigo 1444º), afirmando que o usufrutuário pode
trespassar, definitiva ou temporariamente, bem como onerar, salvas as restrições. No entanto, a
transmissão mortis causa não se verifica, uma vez que este se extingue por morte do usufrutuário de
acordo com o artigo 1476º nº1 alínea a).
O usufruto pode ser constituído por contrato, testamento, usucapião ou disposição da lei, sendo os
mais relevantes o contrato e testamento (negócio jurídico).
O usufruto constituído por usucapião é uma situação meramente académica, uma vez que é muito
raro que se gere uma situação de posse com base no usufruto.
A lei atribui um regime especial a algumas formas de usufruto devido à particularidade do seu objeto
(ver artigos 1451º e seguintes).
São direitos do usufrutuário o gozo pleno da coisa ou direito (1439º e 1446º); incluir no objeto do
usufruto certos acréscimos ao mesmo (artigo 1449º); transferir os seus poderes para as
indemnizações devidas em caso de deterioração ou perda (1480º); ser indemnizado no momento de
cessação por despesas de produção em curso (artigo 1447º); ser indemnizado pelo valor das
reparações extraordinárias a que proceda licitamente (artigo 1473º).
Por outro lado, a lei impõe inúmeras obrigações ao usufrutuário para com o proprietário de raiz, que
se dividem em obrigações anteriores à tomada de conta dos bens, sendo estas fazer uma relação
dos bens e prestar caução; e obrigações subsequentes à tomada de conta dos bens, sendo elas
fazer um bom uso da coisa ou direito; suportar as despesas de administração; fazer reparações
ordinárias; consentir a realização pelo proprietário de obras, melhoramentos e novas plantações;
informar o proprietário de raiz da necessidade de reparações extraordinárias e de quaisquer factos
de terceiros de que possam resultar danos para o proprietário; suportar impostos e outros encargos
anuais sobre os rendimentos e por fim restituir a coisa, findo o usufruto.
No que diz respeito à forma de extinção, o usufruto vitalício extingue-se pela morte do usufrutuário e
o usufruto não vitalício pelo decurso do prazo. O usufruto pode ser também renunciável.
A lei menciona outras causas de extinção (artigo 1476º), sendo elas a reunião do usufruto e direito de
propriedade na mesma pessoa; o não exercício do usufruto durante 20 anos e por fim a perda total
da coisa usufruída.
SERVIDÕES PREDIAIS
A sua definição encontra-se no artigo 1543°
Trata-se de um direito incidente sobre coisa alheia. O lado passivo diz respeito ao prédio
serviente, e o ativo ao prédio dominante.
Podemos distinguir algumas características das servidões prediais, tais como a ligação
necessária a um prédio (atribuição da servidão é sempre em função da titularidade de um
prédio dominante, não sendo admitidas servidões pessoais). Esta ligação é imprescindível,
uma vez que apenas as utilidades que possam ser susceptíveis de ser gozadas por
intermediário do prédio dominante é que podem ser objeto de servidões (1544°).
Outra característica que se pode destacar é a inseparabilidade (1545°) em relação ao
prédio sobre que incide, sendo corolário da regra de que as utilidades do prédio serviente
devem ser gozadas através do prédio dominante.
A servidão é intransmissível e não pode, por si, ser objeto de alienação ou oneração, uma
vez que não pode ser destacada de um prédio. Se o prédio for onerado ou alienado a
servidão acompanha-o.
Por fim, podemos referir a indivisibilidade como característica das servidões, uma vez que
estas não são suscetíveis de serem repartidas por partes, incidindo sobre a totalidade do
prédio serviente e não sobre apenas uma parte deste. Mesmo que seja limitado por local,
dias ou horas, há sempre uma utilidade total da servidão. Vale a pena reforçar que a divisão
dos prédios não implica a multiplicação das servidões.
O artigo 1547° estabelece como podem ser constituídas servidões prediais, sendo através
de contrato (por escritura pública e sujeito a registo (artigo 2° n°1 alínea a do código do RP);
de testamento; usucapião ( apenas no caso de servidões aparentes - artigo 1548°/1 +
1293°/a); destinação do pai de família que ocorre sempre que em dois prédios com o
mesmo dono, ou em duas frações de um só prédio, houver sinais visíveis e permanentes,
postos em um ou em ambos, que revelem serventia de um para o outro (1549°) e por fim
através de sentença judicial ou decisão administrativa em que a sentença judicial se verifica
sempre que o proprietário do prédio sujeito à servidão legal não decida voluntariamente
constituí-la e a decisão administrativa que se verifica por e duplo no caso das águas,
ligadas a concessões de águas públicas.
Após a sua constituição, as servidões são exercidas, atendendo ao seu conteúdo, nos
termos do artigo 1564° e seguintes.
Modalidades de servidões
Positivas- atribuem ao titular do prédio dominante o poder de praticar certos atos sobre o
prédio serviente. (Exemplo- passagem, apascentamento);
Negativas- o titular do prédio serviente fica obrigado a abster-se da prática de certos atos
(exemplo- não edificação, não edificação em altura);
Desvinculativas- aquelas em que ocorre a libertação do prédio de uma restrição legal
imposta em benefício de prédio serviente. (Exemplo- Estilicídio);
Aparentes e não aparentes- as aparentes revelam sinais visíveis e permanentes relativos
à existência de uma servidão. Já as não aparentes não se revelam por sinais visíveis e
aparentes. Estas últimas não podem ser constituídas por usucapião, conforme afirma o
artigo 1548° n°1.
4. De escoamento (1563°)
Faculdade de fazer escoar sobre prédio vizinho as águas que existem em excesso em
determinado prédio.
Por fim, falando da sua natureza, ML fala-nos da teoria do direito real menor, sendo a
servidão um direito real de gozo incidente sobre coisa alheia, ainda que o gozo que esta
proporciona indicando de coisa diferente daquela que constitui o seu objeto.