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A TOMADA DE NOTAS
Na vida estudantil e profissional, somos convocados, muitas vezes a fazer o
registo do que ouvimos (em conferências, seminários, aulas, reuniões) ou lemos
(nos mais diversos tipos de textos). Contudo, numa simples audição ou leitura, há
maior risco de se não poder fazer a retenção de toda a informação, para o
reaproveitamento futuro. Daí temos de recorrer à tomada de notas.
É importante ter a noção de que não é possível fazer o registo de tudo o que
se fala. É preciso ter estratégias para efectuar o registo!
A tomada de notas não é um fim em si, mas sim um meio. Isso significa que
as notas tomadas devem ser exploradas o mais cedo possível (com as ideias ainda
frescas). Para tal convém:
- Reler as notas por nós tomadas. Pode ser necessário reconstituir alguma informação;
- Completar o que não se registou a tempo (preenchimento dos espaços vazios);
- Sublinhar, titular e “colorir” de modo a evidenciar as ideias essenciais;
- Reclassificar as partes;
- Anotar (na margem) as nossas observações e comentários;
- (Re) construir o nosso texto.
Que anotar?
• Anotar a definição de uma palavra, de uma ideia, de um conceito.
personagem ou de uma tese. Aqui as citações podem ser anotadas sem alteração,
entre aspas, o que é mais significativo do pensamento do autor.
d) Tomar notas do próprio texto – neste caso, antes de as registar em folhas ou fichas,
as notas são tomadas no próprio texto, possibilitando a realização de um primeira
triagem directamente na matéria-prima. São evidenciadas as ideias-chave
sublinhando-as, colorindo-as, etc. À margem do texto, podem ser colocadas as
anotações que sejam formulações abreviadas de cada parágrafo. Ao mesmo tempo,
com recurso à setas, são estabelecidas relações de aproximação entre certos
elementos dispersos ao longo do texto.
Como se sabe, na tomada de nota é preciso usar uma escrita rápida. Para tal
se recorre ao uso de símbolos. Contudo, estes símbolos, na sua maioria, são
convencionais, ou seja, representam um código já consagrado.
É preciso realçar que no uso de símbolos e abreviaturas devem ser evitados
os excessos.
Alguns princípios para as abreviaturas:
(a) deve seguir-se um ponto à abreviatura. Exemplo: i.e. (id est)= isto é;
(b) não se abrevia numa vogal, mas sim numa consoante (ex. bol.= boletim), salvo
excepção motivada por uma vulgarização do uso. Exemplo: ex. = exemplo, exo.=
Exercício;
(c) as abreviaturas fazem-se as mais das vezes sem estabelecer distinção entre o
substantivo, o adjectivo, o advérbio, o verbo. Exemplo: an.= ano, anual,
anualmente;
(d) é prático abreviar suprimindo uma parte dos sufixos correntes. Exemplo; formul.,
mús., neolog. ...
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(e) pode-se por vezes dobrar a consoante inicial a fim de marcar o plural. Ex.: p. =
página, pp. = páginas
Deves tirar notas para recordar, para fixar informações na memória, para poder
reler e compreender o sentido do que anotaste. É um modo de sintetizares a
informação criando a tua própria linguagem documental.
BIBLIOGRAFIA
SIMONET, Jean e Renée, Como Tirar Notas de Maneira Prática. Lisboa, Edições Catop,
1988.
SERAFINI, Maria Teresa, Como se Faz um Trabalho Escolar. 3.ª Edição, Lisboa, Editorial
Presença, 1994.
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1. Leia o texto abaixo e exercite a tomada de notas, usando um dos modos acima
referenciados.
2. Perguntas de Compreensão:
a) De que depende a tomada de notas?
b) Por que se toma notas?
c) Quais os mecanismos a serem usados de modo a anotar-se de forma mais rápida?
d) Existe a melhor maneira de tomada de notas, dentre as que aprendeu? Qual é? Justifique a
sua resposta.