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ESQUEMA
i) Ler o texto para ter uma visão geral de seu objetivo e estrutura. Deve-se prestar atenção especial a todos os títulos
que podem dar a chave da unidade de organização e à abertura de parágrafos;
ii) Estabelecer as divisões principais e numerá-las (com I, II, III, etc.). Caso o texto esteja bem estruturado, cada uma
dessas partes constituirá uma grande unidade de esquema;
iii) Intitular cada divisão. A seguir, deve-se testar os títulos escolhidos, verificando se desenvolvem logicamente o
objetivo geral estabelecido;
iv) Observar, depois desses passos, se os títulos propostos em (c) podem ser subdivididos. Em caso afirmativo,
subdividir cada um deles em suas partes e assinalá-las, utilizando A, B, C, etc. Se posteriores subdivisões forem
necessárias, elas devem ser numeradas com 1, 2, 3, etc.
d) Exemplos de esquemas: São apresentadas três formas comuns de esquematizar textos. Fica a seu critério
escolher uma ou outra. Procure verificar com qual delas você se identifica e utilize-a sempre que se defrontar com
um texto mais complexo, cuja compreensão pode ser facilitada com a utilização desse recurso.
i) Por tópicos: o esquema apresentado anteriormente é um bom exemplo;
ii) Por períodos:
• Devemos preservar o meio ambiente.
• Uma das ações é a economia de água.
• Sem água não há vida.
• Há muitas reservas naturais de água, mas elas são esgotáveis.
iii) Por diagrama:
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
* economizar no consumo * evitar a emissão de poluentes
* não poluir
* não desmatar
* plantar árvores
RESUMO
Resumo é um texto derivado de outro texto, do qual se mantém o conteúdo central, porém em extensão
reduzida. Por isso, o resumo pressupõe também generalização ou globalização dos sentidos expressos no texto-
fonte. Quando se pretende desenvolver essa habilidade, é importante compreender que resumir não é apenas
condensar; é reorganizar o conteúdo do texto, preservando o sentido essencial. Portanto, não basta apagar certas
partes do texto e copiar outras: é preciso recriar o texto, focalizando o conteúdo central.
a) Propósito de comunicação: O principal propósito é o de reduzir as informações contidas num texto, levando em
conta o receptor. Por essa razão, o mesmo texto pode resultar em diferentes resumos. Assim, resumir um artigo
para apresentar um trabalho em sala de aula para os colegas é bem diferente de resumir para publicar no jornal do
curso ou para informar um público leigo e com baixo grau de instrução.
b) Contexto de produção e circulação: Resumos de várias espécies circulam nas instituições educacionais de todos
os níveis, em especial no meio acadêmico, na imprensa, na internet e em setores profissionais.
c) Regras para resumir: Para facilitar a construção do resumo, são conhecidas algumas estratégias para resumir. São
elas:
1ª – primeira leitura para identificar o plano geral do texto e seu desenvolvimento/ obter uma visão de conjunto;
2ª – segunda leitura para identificar o tema e o propósito do texto;
3ª – terceira leitura para identificar as partes principais/ segmentos do texto em unidades de sentido;
4ª – quarta leitura para compreender as partes e anotar as palavras-chave; visa também à análise de estruturas frasais
complexas, de conectores e de itens lexicais desconhecidos – aqui você pode elaborar um esquema do texto-fonte;
5ª – redação do resumo, a partir da ideia central de cada fragmento, encadeando-os e relacionando-os na ordem em que
estão apresentados no texto original e com base no esquema;
6ª – comparação do resumo com o texto original e com o esquema, procedendo à revisão e aperfeiçoamentos, se
necessário.
Para chegar à construção de um bom resumo, é aconselhável ainda observar alguns requisitos:
i) não há necessidade de se fazer um parágrafo introdutório. Você pode numa primeira frase já iniciar a
apresentação das ideias do original;
ii) você deve seguir a ordem original de apresentação das informações contidas no texto-fonte;
iii) não inclua no resumo a sua opinião acerca do que é abordado, apenas mencione, se for o caso, opiniões contidas
no original e consideradas importantes na seleção de informações. Você não deve tampouco incluir em seu resumo
suas apreciações sobre o texto-fonte ou sobre outros aspectos. Para isso existe a resenha crítica, que também se
presta à redução de informação, mas que admite a inserção de opiniões do resenhador;
iv) redija o resumo de forma que pareça que você mesmo elaborou o original, ou seja, não inclua nele verbos de
dizer (o autor afirmou, disse, considera,...) nem expressões que façam remissão ao autor do texto-fonte ou ao
próprio texto (segundo o autor, conforme o texto,...).
A seguir é apresentado um exemplo de resumo e, ao mesmo tempo, a diferença entre ele e a resenha, tendo
como base o mesmo artigo:
Adaptado de: FONTANA, N.M; PAVIAIN, N.M.S.; PRESSANTO, I.M.P. Práticas de linguagem: gêneros discursivos e interação. Caxias do Sul:
EDUCS, 2009.