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Tabela de conteúdos

Introdução.........................................................................................................................2
1. Conceitos de tomada de nota....................................................................................3
2. Finalidades da tomada de notas................................................................................3
3. Procedimentos...........................................................................................................4
3.1. Tomada de notas a partir do material escrito....................................................4
3.2. Tomada de notas a partir de discursos orais......................................................5
3.2.1. Constrangimentos na tomada de notas a partir de textos orais....................5
3.2.2. Técnicas de escrita acelerada.........................................................................6
3.2.3 Sem uma leitura imediata das notas, perde-se o sentido do que se disse..........7
4. Conclusão...................................................................................................................9
5. Referência bibliográfica...........................................................................................10
Introdução
O presente trabalho, aborda acerca da Totamda de nota, a que pode ser defenida como
redução do texto selecionando determinadas informações de um texto básico e
mantendo o seu sentido inicial. Forma de retenção das informações para seu
reaproveitamento posterior. A uma diferenca entre Tomada de nota e resumo, resumo
aponta somente as ideias principais de um texto fonte, de forma que é produzido um
novo texto, no entanto, de maneira resumida, abreviada ou sintetizada. Enquanto
Tomada de nota mantém somente o sentido incial do texto.

Éis os pormenores no corpo do presente trabalho.


A tomada de notas assenta em duas dimensões de comunicação linguística: a dimensão
receptivo (ouvir e/ou ler) e a produtiva (escrever). Há que tomar nota do que lemos e do
que ouvimos em exposições, entrevistas, aulas, debates, para delas nos servirmos
posteriormente.

1. Conceitos de tomada de nota

 "A tomada de notas é uma forma particular de escrita, na qual não se põe tudo, e sim se
destacam algumas palavras que aludem a ideias ou conceitos",

São inúmeras as concepções sobre a tomada de notas:

 Modo particularmente fiável de arquivo das informações ;


 Prolongamento da memória ao mundo visual;
 Exercício mental extremamente formador: é indispensável um esforço
intelectual;
 Redução do texto, seleccionando, de forma sintética, determinadas informações
de um texto (oral ou escrito), mantendo o seu sentido inicial;
 Treino para reconhecer as ideias – força do pensamento de outrem.

Destes conceitos, destaca-se a necessidade de raciocínio/reflexão (para compreender

as ideais veiculadas pelo enunciador) e de arquivo de informações num suporte

material (o escrito).

2. Finalidades da tomada de notas

De acordo com o objectivo do que se anota e de quem faz as anotações, a tomada de

notas pode ter uma das seguintes finalidades:

 Reunir uma documentação sólida sobre um determinado assunto a partir dos

registos dos assuntos mais relevantes em determinados documentos;

 Remediar os lapsos da memória, fixando as informações essenciais dos textos


que

lemos ou ouvimos;
 Seleccionar e arquivar as informações de um texto básico;
 Retransmitir o conteúdo de um texto de maneira tão completa e fiel quanto

possível;

 Transmitir um conjunto de informações, preservando integralmente o sentido da

mensagem original, numa formulação mais económica;

 Base para a redacção de resumo (entendido como a reescrita de um texto, usando

construção sintáctica e vocábulos novos e uma estrutura menos complexa que a do texto

original, de tal modo que se possa captar a essência do texto original), relatórios…

3. Procedimentos

A tomada de notas é precedida de uma percepção da coerência semântica e sintáctica do

conjunto de palavras. Os conectivos ajudam o leitor/ouvinte a seguir o fio do discurso.

Esses conectivos podem ser lógicos, pronomes (com função anafórica), repetição de

palavras, nominalizações e expressões de transição (exemplificação, contraste,

conclusão, etc.).

3.1. Tomada de notas a partir do material escrito

Existem alguns procedimentos que podem ser úteis para anotações a partir do

suporte escrito:

• (Re) ler o texto, sublinhar e escrever à margem as siglas correspondentes: usar

siglas para sublinhar a importância das informações (p. ex.: IMP (importante); CIT

(citar); R (rever/reler); CF (confrontar.) e sublinhar de forma criteriosa (diferenciar os

sublinhados, as cores. Esta prática serve para assinalar as pistas do que é interessante e

permite a detecção dos aspectos importantes, volvido muito tempo. No entanto, nem

sempre é possível ou aconselhável sublinhar o escrito: o livro não é da nossa


propriedade;
a obra é uma preciosidade; o livro poderá ser emprestado a colegas…

 Produzir fichas (de leitura, de citação…);


 Fazer pequenos resumos: frases, com sujeito, verbo e complementos;
 Recorrer a palavras-chave: as ideias aparecem de modo esquemático, usando-se

setas ou outros sinais;

 Produzir mapas de ideias: demonstração gráfica das correspondências e

hierarquias entre as palavras. Usam-se esquemas e/ou palavras-chave.

3.2. Tomada de notas a partir de discursos orais

A mensagem do discurso oral passa rapidamente é não se deve interromper o orador.

Esta situação exige do receptor a assunção de determinadas habilidades e procedimentos

diversos. Eis alguns exemplos:

 Apontar o maior número de coisas possíveis no mínimo espaço de tempo, o que

requer não anotar frases inteiras ou frases textuais;

 Assentar o que é útil ou necessário reter: palavras-chave, conclusões parciais e

gerais;

 Anotar as informações com exactidão, respeitando o que se diz, com recurso ao

estilo telegráfico (frases curtas e sem verbos, abreviaturas, símbolos e

esquematizações).

3.2.1. Constrangimentos na tomada de notas a partir de textos orais

Como se pode depreender, a tomada de notas não é tarefa fácil.

 Para uns, custa escutar e/ou ler (em caso de data show) e escrever ao mesmo

tempo.

 Há os que nem chegam a tomar notas (se o fazem, são poucas notas), porque não
conseguem acompanhar a exposição.

 Outros ainda querem anotar tudo e falham, perdem-se.


 Há quem apenas anota as informações com que está de acordo.

O que anotar depende, muitas vezes, de factores como:

 Assunto: o desconhecimento/conhecimento do assunto concorre para a

quantidade de anotações;

 Orador: o estilo do orador, a velocidade do discurso pode ou não facilitar o

acompanhamento da exposição;

 Receptor: a disposição mental, a atenção e a capacidade de análise e síntese

influenciam na tomada de notas;

 Objectivo: a quantidade de notas depende do que se pretende com essas notas

(compare as notas tomadas na sala de aula com as que obteve num debate…).

3.2.2. Técnicas de escrita acelerada

Perante a dificuldade/impossibilidade de anotar tudo o que é dito, há que ter atenção nos

seguintes aspectos:

 Tom de voz;
 Palavras/frases que chamem atenção;
 Repetição de ideias;
 Tempo dedicado a cada assunto;
 Registos feitos no quadro;
 Indicações expressas pelo orador.

No acto de registo, é conveniente observar as seguintes práticas:

- Supressão de palavras (p.e. artigos, preposições, verbos: ser, dever, ter, estar…)
(Ex.: As línguas bantu são aglutinantes: LB = aglutinantes);

- Supressão por nominalização de expressões (ex.: falha de memória = esquecimento),


de

verbos ( ex.: O Carlos adquiriu um propriedade: aquisição propriedade);

- Codificação de palavras, com recurso a símbolos, Sinais…

(Ex.: homem: ♂ ; trabalho: w ; muito: x;)

- Generalização: com recurso a hiperónimos.

(Ex.: comprei livros, cadernos, sebentas, esferográficas = compra de material escolar);

- Ordenação de diferentes partes do discurso, atribuindo um número (Ex.: para começar

(1), segue-se (2), finalmente (3));

- Abreviaturas: reduções, consagradas pelo uso, de palavras ou grupo de palavras,


embora

possamos criar as nossas abreviaturas. (Ex.: páginas: pp., problemas = prbls,

desenvolvimento = dsv.)

Uma vez que as notas são de carácter pessoal, cabe ao receptor seleccionar estratégia (s)

de tomada de nota, tais como:

• Estilo telegráfico: desaparecem as relações de significação entre as palavras,

recorrendo-se a travessões, letras, palavras, números…)

(Ex.: crítica histórica: literatura e correntes literárias ↔ obra; Registou-se acidente de

viação hoje: acidente viação hoje).

3.2.3 Sem uma leitura imediata das notas, perde-se o sentido do que se disse.
 Estilo de frases completas: conserva o sentido do texto, mas requer muito

tempo. Um dos riscos é a escrita ilegível ou perda de partes significativas do

discurso, na angústia de anotar tudo;

 Estilo de sinais simbólicos: recorre-se aos nexos entre as partes que constituem o
sentido do discurso (relações de implicação, de oposição, de causa-efeito, de

conclusão …)

Ex.: A mortalidade infantil deve-se à miséria de muitas famílias e à falta de cuidados de

saúde.

Mortalidade infantil → miséria + – cuidados de saúde).


4. Conclusão

Na tomada de notas é possível combinarem-se vários estilos.

Uma tomada de notas eficiente adquire-se com a prática: deve-se exercitar estas práticas

não só na aula mas ainda nos debates e nas exposições…

- Depois de anotações, devemos passar os apontamentos a limpo num curto espaço de

tempo. A produção de um resumo depende da qualidade e quantidade das notas


tomadas.

A simples posse das fotocópias não substitui a leitura, por isso deve-se fazer anotações

sobre ou nesse material.


5. Referência bibliográfica

1. https://fenix.isutc.ac.mz/isutc/downloadFile/849230998537040/
Tomada_notas_Baule.pdf
2. https://novaescola.org.br/conteudo/8321/a-turma-vai-saber-como-tomar-notas

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