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Tabela 3 - Relação de materiais que poderão ser identificados pelos testes magnético
e por pontos.
INTRODUÇÃO
TESTE MAGNÉTICO
É o teste que se realiza nos materiais a serem examinados, pela
verificação do magnetismo destes. Este teste é feito com o auxílio
de um imã, que os classifica em:
magnéticos, levemente magnéticos e não-magnéticos.
TESTE POR PONTOS
É o teste que é feito no material, a fim de observar sua
capacidade de reação espontânea ou forçada por eletrólise, na
presença de determinadas soluções, são aplicadas numa
quantidade prevista no procedimento qualificado. Este teste se
realiza em zona preparada superficialmente (ponto), e o
reconhecimento do material é feito observando-se o modo e a
velocidade da reação, e, ainda, a coloração dos resíduos da reação
química na superfície do material.
1. Método de Ensaios
Existem diversos métodos desenvolvidos para este fim. Para
exemplificar, serão descritos os métodos (Q.S. e P.E.).
• Método Q.S. - Identificação por ataque químico simples.
É um método pelo qual se identifica o material através da
reação espontânea entre o material e a solução, após classificá-lo
em relação a seu magnetismo.
TESTE POR PONTOS
• Método P.E. - Identificação por polarização eletroquímica.
É o método pelo qual se identifica o material através de reações
químicas forçadas por eletrólise entre o material e o reagente. O
dispositivo para forçar a eletrólise está mostrado na Figura 5.
(*) Bloco de calibração válido para superfícies planas ou com curvaturas maiores que
20 polegadas de diâmetro.
SEQUÊNCIA DE ENSAIO
1. Medição de Espessura
SEQUÊNCIA DE ENSAIO
2. Detecção de Dupla-Laminação
SEQUÊNCIA DE ENSAIO
3. Inspeção de Solda
VANTAGENS
• Pode ser executado em materiais metálicos e não-metálicos.
• Não necessita, para inspeção, do acesso por ambas as
superfícies da peça.
• Permite localizar e dimensionar com precisão as
descontinuidades.
• É um ensaio mais rápido do que a radiografia.
• Pode ser executado em juntas de geometria complexa, como
nós de estruturas tubulares.
• Não requer paralisação de outros serviços durante a sua
execução, e não requer requisitos rígidos de segurança, tais
como os requeridos para o ensaio radiográfico.
LIMITAÇÕES E DESVANTAGENS
• Não se aplica em peças cuja forma, geometria e rugosidade
superficial impeçam o perfeito acoplamento do cabeçote à peça.
• O grão grosseiro de certos metais de base e de solda
(particularmente ligas de níquel e aço inoxidável austenítico) pode
dispersar o som, e causar sinais que perturbem ou impeçam o
ensaio.
• Materiais com alta atenuação acústica (madeira, concreto, certos
fundidos), ou em alta temperatura, são ensaios de difícil realização;
• O reforço da raiz, cobre-juntas e outras condições aceitáveis podem
causar indicações falsas.
• Peças pequenas ou pouco espessas são difíceis de inspecionar.
• O equipamento de ultrassom é caro.
• Os inspetores de ultrassom requerem, para sua qualificação, maior
treinamento e experiência do que para os outros ensaios não-
destrutivos.
• A melhor detecção da descontinuidade depende da orientação do
defeito na solda.
• A identificação do tipo de descontinuidade requer grande
treinamento e experiência; porém, mesmo assim, não é totalmente
segura.
5 - RADIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
Este método de END é baseado em variações da absorção de
radiação eletromagnética penetrante (raios X e gama) devidas a
alterações de densidade, composição e espessura da peça sob
inspeção (ver Figura 20).
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(*) As áreas escuras observadas num filme radiográfico indicam que uma maior
quantidade de radiação passou por aquela região correspondente na peça ensaiada.
INTRODUÇÃO
- Fornecimento de elétrons;
- Movimento dos elétrons (acelerador);
- Bombardeamento de elétrons em um alvo.
FONTES DE RADIAÇÃO
• Componentes e propriedades de um tubo de Raios-X
Figura 33 - Negatoscópio
INDICADORES DE QUALIDADE DE
IMAGEM (IQI)
Para que possamos julgar a qualidade da imagem de certa
radiografia (sensibilidade), são empregadas pequenas peças
chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI), e que são
colocadas sobre o objeto radiografado. Os IQIs são também
chamados como “penetrômetros”.
O IQI é uma pequena peça construída com um material
radiograficamente similar ao material da peça ensaiada, com uma
forma geometricamente simples, e contendo algumas variações de
forma bem definidas, tais como furos ou entalhes.
Os IQIs americanos mais comuns consistem em uma fina placa
de metal contendo três furos com diâmetros calibrados. Os IQIs
adotados pela Normas ASME, Sec. V e ASTM E-142, possuem três
furos, cujos diâmetros são 4T, 2T, e 1T, onde “T” corresponde à
espessura do IQI. Nesses IQIs, a espessura é igual a 2 % da
espessura da peça a ser radiografada.
INDICADORES DE QUALIDADE DE
IMAGEM (IQI)
Para avaliar a técnica radiográfica empregada, faz-se a leitura do
menor furo, que é visto na radiografia. As classes de inspeção mais
rigorosas são aquelas que requerem a visualização do menor furo
do IQI. Dessa forma, é possível determinar o nível de inspeção, ou
seja, o nível mínimo de qualidade especificado para o ensaio. O
nível de inspeção é indicado por dois números, onde o primeiro
representa a espessura percentual do IQI e, o segundo, o diâmetro
do furo que deverá ser visível na radiografia.
Esses IQIs devem ser colocados sobre a peça ensaiada, com a
face voltada para a fonte, de modo que o plano do mesmo seja
normal ao feixe de radiação.
Quando a inspeção for feita em soldas, o IQI será colocado no
metal de base, paralelo à solda, e a uma distância de 3 mm no
mínimo. É importante lembrar, nesses casos, que a seleção do IQI
inclui o reforço de ambos os lados da chapa. Portanto, para igualar
a espessura sob o IQI à espessura da solda, deverão ser colocados
calços sob o IQI, feitos de material radiograficamente similar ao
material inspecionado.
INDICADORES DE QUALIDADE DE
IMAGEM (IQI)
O IQI não é usado para julgar o tamanho das descontinuidades
ou estabelecer limites de aceitação das mesmas. O IQI padrão
adotado pelo código ASME (“American Society of Mechanical
Engineers”) é um prisma retangular de metal com três furos de
determinados diâmetros, e a sensibilidade radiográfica é definida
em função do menor furo visível na radiografia, conforme
apresentado na Figura 34.
- Revelação;
- Banho de parada;
- Lavagem intermediária;
- Fixação;
- Lavagem final;
- Banho umectante;
- Secagem.
PROTEÇÃO
As radiações ionizantes dos tipos X ou d produzem uma ação
nociva sobre o organismo humano. Os efeitos dependem da
quantidade de raios que o corpo recebe. Os sintomas observados,
na ordem de doses crescentes, são dores de cabeça, falta de
apetite, diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue, esterilidade
e destruição de tecidos. Um excesso de radiação pode provocar a
morte de uma pessoa.
Para se evitar qualquer problema, deve ser rigorosamente
seguido o Plano de Radio proteção da empresa executante do
serviço, e previamente aprovado pela Comissão Nacional de
Energia Nuclear - CNEN, que prevê as áreas a serem isoladas e os
controles a serem efetuados. Desta maneira, os trabalhos podem
ser desenvolvidos, preservando-se a saúde dos que trabalham nos
serviços de radiografia e nas imediações dos locais do ensaio.
SEQUÊNCIA DO ENSAIO
DESCONTINUIDADES INTERNAS EM
JUNTAS SOLDADAS
Conforme mencionado anteriormente, são diversas as
descontinuidades que poderão permanecer internas à solda ou
não, durante a soldagem por fusão, estando cada uma associada a
determinada(s) causa(s).
As descontinuidades internas, na sua maioria, são detectáveis
pelo ensaio radiográfico (Raios-X ou Raios-γ). Para ilustrar, na Figura
36, estão sendo apresentadas algumas das mais frequentes.
Forma a – pó seco
Forma b – solúvel em água
Forma c – suspenso em água
Forma d – não-aquoso
Forma e – aplicação específica
SEQUÊNCIA DO ENSAIO
Neste método, que pode ser tanto por indução quanto por
passagem de corrente elétrica através da peça, as linhas de força
que formam o campo magnético circulam através da peça em
circuito fechado, não fazendo uma “ponte” através do ar. É usada
para a detecção de descontinuidades longitudinais.
A intensidade de corrente de magnetização deve observar os
valores mostrados na Tabela 9.
Tabela 9 - Limites para corrente de magnetização, técnica de contato direto.
TÉCNICAS DO ENSAIO
Durante a inspeção, as descontinuidades são detectadas
simultaneamente em toda a peça numa direção aproximadamente
perpendicular às linhas de força do campo magnético formado,
conforme apresentado na Figura 48.