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Aluno: Carlos André da Silva Cavalcante -115211443

ATIVIDADE - 2T1

ADEQUAÇÃO / INADEQUAÇÃO DE JUNTAS SOLDADAS

1- Junta
É a região da peça onde será realizada a soldagem, isto é, a região de união das
partes de um conjunto. As juntas mais usuais são classificadas como: topo, ângulo,
sobreposta e canto. Dependendo da espessura do material a ser soldado, as bordas
podem ser preparadas com diversos processos, sejam a quente (oxicorte e plasma) ou a
frio (jato de água), e na maioria dos casos por processos de usinagem.
É muito importante estabelecer claramente a situação em que a soldagem será feita,
pois a escolha de tal situação tem influência imediata na seleção do processo de
soldagem, na sua qualidade e economia.

2- Adequações de juntas

Os parâmetros de soldagem devem ser bem especificados e controlados de forma a


obter uma junta soldada adequada. Uma solda contínua melhora o aspecto do cordão
como também pode apresentar se aquela solda é de responsabilidade ou não. Pode-se
dizer que uma operação de soldagem é conseguida pela: (a) – interposição de material
adicional na junta; (b) – aplicação de energia, de modo a produzir a solubilização do
material de adição e do material de base. Desta forma a adequação de um junta soldada
vai de encontro a continuidade das propriedades do material de base e para isso o
material de adicional deve ser de mesma natureza das partes.

A inspeção de soldagem é fundamental para garantir a qualidade da junta, esta, é


realizado pelo Inspetor de Soldagem que constata a da qualidade da soldagem
(processo de fabricação) e da solda (produto). Neste contexto temos as principais
conformidades observadas pelos inspetores de soldagem:

Verificação de soldadores/operadores de soldagem – verificar se somente soldadores ou


operadores de soldagem qualificados e certificados estão sendo utilizados, se a
qualificação desses os autoriza a executar o serviço e se não expirou o prazo de validade
da qualificação, de acordo com instruções ou documentos de registro.

Verificação dos materiais a serem soldados (materiais de base) - verificar, por


comparação entre marcações no material e documentos aplicáveis, se o material de base
é o especificado.

Verificação dos consumíveis - verificar se o consumível é o especificado e encontra-se


em condições de uso, verificar também se o armazenamento, manuseio e ressecagem do
consumível estão corretos, de acordo com as instruções do fabricante do consumível ou
outros documentos aplicáveis.

Verificação dos equipamentos - verificar se os equipamentos de soldagem a serem


utilizados no serviço estão de acordo com o especificado e se estão em condições
adequadas de utilização quanto aos aspectos de segurança e de preservação.
b) Verificar se a calibração dos instrumentos de medição, quando exigida, está dentro
dos prazos de validade.

Verificar procedimentos - Verificar se os procedimentos e as instruções estão


disponíveis aos soldadores/operadores de soldagem para referência, se estão sendo
empregados na soldagem e se somente procedimentos especificados e qualificados,
quando necessários, são usados para cada serviço.Verificar se as dimensões, ajustagem
e preparação das juntas estão de acordo os procedimentos de soldagem, as instruções de
fabricação e/ou execução e os desenhos.

Inspeção após soldagem - verificar se o pós-aquecimento, quando necessário, está sendo


efetuado e se está de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução.
d) Executar ensaio visual e controle dimensional da solda completa, de acordo as
instruções de fabricação e/ou execução e os desenhos.

Ensaios não-destrutivos - verificar, por meio de relatórios, os resultados dos ensaios não-
destrutivos dos serviços de soldagem sob sua responsabilidade, com o objetivo de
retroalimentar as operações de soldagem para evitar a reocorrência das descontinuidades
detectadas pelos ensaios não-destrutivos.

3- Inadequação de Juntas

Inclui a falha em produzir uma junta soldada com as dimensões ou forma não
especificadas. Uma junta soldada de forma inadequada aumentar a tendência para a
formação de descontinuidades estruturais na peça, necessitando, de correção antes da
soldagem. Uma junta que não atenda a exigência preestabelecida, pode ser considerada
defeituosa, sendo necessário a sua correção antes da aceitação final da estrutura. As
principais descontinuidades estruturais de uma junta são geradas por:
• Natureza do material: Quando se fala na escolha do processo baseado no tipo de
material deve-se ter em mente as seguintes características: propriedades físicas
(condutividade térmica, coeficiente de expansão térmica linear, etc.); ponto de fusão
(temperatura liquidus); no caso dos aços deve-se conhecer o teor de carbono ou
identificar se o aço é de alta liga, temperável ou não.

• Distorção: É a mudança de forma da peça soldada devido às deformações térmicas do


material durante a soldagem

• Preparação Incorreta da Junta: Inclui a falha em produzir um chanfro com as


dimensões ou forma especificadas. Uma falha deste tipo pode aumentar a tendência para
a formação de descontinuidades estruturais na solda como uma penetração da solda
baixa, necessitando de correção antes da soldagem.

• Dimensão Incorreta da Solda: As dimensões de uma solda são especificadas para


atender algum requisito como um nível de resistência mecânica adequado. Soldas com
dimensões fora do especificado podem ser consideradas como defeituosas uma vez que
deixam de atender a estes requisitos ou, no caso de soldas, cujas dimensões ficam
maiores que as especificadas, levam ao desperdício de material

• Perfil Incorreto da Solda: O perfil de uma solda é importante pois variações


geométricas bruscas agem como concentradores de tensão, facilitando o aparecimento
de trincas, aprisionamento escória entre passes de soldagem ou levando ao acúmulo de
resíduos e, assim, prejudicar a resistência à corrosão da estrutura ou fazer com que a
solda tenha, em alguns locais, dimensões incorretas.

. • Formato Incorreto da Junta: O posicionamento ou o dimensionamento inadequado


das peças pode levar a problemas como o desalinhamento em juntas de topo (figura 3).
Problemas de distorção podem também ser um importante fator para a obtenção de
juntas soldas com um formato incorreto.

• Processo de soldagem inadequado: Parâmetros inadequados de soldagem como


corrente excessiva e um arco muito longo podem, também, causar a formação de
porosidade, concentração de escorias e a formação de um cordão irregular.

•Respingos na Solda: Esse problema é de ocorrência muito comum entre soldadores


iniciantes, pois ainda não dominam a sensibilidade da corrente (amperagem) da
máquina de solda. Se a amperagem estiver muito alta, podem aparecer pequenas esferas
chamadas respingos. A solução para esses casos então é abaixar a corrente até que se
atinja o ponto ideal de fusão do metal sem gerar respingos.

• Erros operacionais: Uma boa junta soldada passa por várias etapas, porém todas elas
irão depender da habilidade e experiência de um bom soldador, isso quando o processo
de soldagem for manual. Nesta etapa a velocidade de soldagem e a intensidade de
corrente dependem do conhecimento de um bom soldador. Também a escolha do
consumível de soldagem depende do conhecimento deste profissional de soldagem.

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