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PEDRO PAULO
NOCICEPTORES
A Dor vai ser uma área de atuação da anestesia. Tratam das síndromes
dolorosas. Trata enxaqueca, cefaleia. Mas trata a dor e não a causa, apenas alivia a
dor. Síndrome é o conjunto de sinais e sintomas.
A dor começa com nocicepção, que é o processo que a gente tem estímulos mecânicos
e químicos, que vão chegar no Sistema Nervoso e vamos interpretar como dor. São as
fibras periféricas que vão levar até o córtex cerebral para gente entender que estamos
sentindo dor. Vai para o córtex cerebral, para o sistema límbico, áreas do emocional.
Então a dor vai ser o conjunto completo.
E como é que começa esse caminho da dor? Começa nos nociceptores, a gente
tem terminações nervosas livres, neurônios sensitivos que respondem a estímulos
nocivos. Então nociceptores são terminações nervosas que onde o neurônio acaba,
fazendo que a gente sinta a dor e de lá faz o caminho para chegar até a coluna e subir
para o cérebro. Resumindo, são neurônios sensitivos que respondem a estímulos
nocivos.
E quais são as estruturas dos nocipectores? São terminações nervosas livres que
existem na periferia, pele, músculos, articulações, vísceras, por isso vamos ter vários
tipos de dor, como a dor visceral, dor nociceptiva, dor rápida, dor lenta.
Temos os corpos celulares desses neurônios que vão ficar no gânglio da raiz
dorsal da medula, o corpo celular fica dentro, e temos os axônios e dendritos. E começa
o caminho da periferia, do muscular, até chegar no corno posterior da medula e fazer
sinapse.
Aqui temos os receptores mais importantes (não vai cobrar). Iniciam a passagem do
potencial de ação para chegar no cérebro.
Na transmissão temos a propagação do potencial de ação, altamente ligados aos
canais de Na. Entra Na sai K. são os canais de sódio, que existem de vários tipos.
Existem paciente que tem uma alteração no canal de Na 1.6, aumentando o limiar
de dor e acabam não sentindo tanta dor. Também está ligado aos canais de Cálcio.
A exemplo dos anticonvulsivantes, usados para tratar a dor, interferem nos canais
de cálcio.
Passa apenas rapidamente sobre essa parte da transmissão, pois não é o foco da
aula.
Inclusive, o paciente em morte cerebral não tem cérebro, não tem função cerebral, mas
ele tem função da ponte para baixo, vamos dizer assim, uma função inferior. E ele tem essas
conexões, então a gente tem que anestesiar o paciente morto, que vai lá abrir a barriga para
tirar fígado, rins, etc, a gente tem que anestesiar como se fosse um paciente normal, para
evitar esses efeitos autonômicos e a gente acabar estragando o rim, pq ficou hipertenso,
estragando o fígado, tendo problemas de forma córnea, que é a coisa que se tira até de
morto.
As projeções das fibras A Deltas, I e II são superficiais, a V mais profunda. As projeções
das fibras C, na I e II, superficiais e as projeções A beta a gente também recebe das Lâminas I e
II das Lâminas de Rexed.
Por que eu coloquei isso aí, as lâminas A Beta? Porque elas têm a ver com o tato, a gente
vai ver que com paciente que tem dor crônica, às vezes só de passar a mão ele sente dor, porque
ele confunde, não tem um sistema inibidor (?) para se afirmar “ isso é tato, isso não é dor, tá? ”
Então, a gente tem fibras de tato, principalmente ABeta, também entrando aí no corno
posterior da medula. E o que acontece no Corno de posterior da medula? Primeira Sinapse
sensitiva.
1ºNM que vai do cérebro, faz aquela sinapse lá, cruza, chega e depois faz a sinapse com
o 2ºNM e faz o movimento. Aqui é o movimento errado, ao contrário. Primeira sinapse sensitiva,
a gente está chegando do cérebro. E vamos ter a liberação desses neurotransmissores,
principalmente os neurotransmissores excitatórios, que excitam o nosso sistema nervoso
central. Glutamato, aspartato, Substância P, peptídeo relacionado ao gene da calcitonina. Aqui
se liga aos receptores ligados a proteína AG, receptores ligados ao gene da calcitonina. E esses
são os principais neurotransmissores e receptores do nosso organismo.
E a gente caminha o 2º neurônio, ele ascende por tratos e fascículos para chegar no
tálamo.
Cuza e sobre pelo trato espinotalâmico, da espinha para o tálamo, 75% das fibras, pela
região ventro-lateral oposta, vão se ascender ao tálamo e fazer sinapse com o 3º Neurônio
Sensitivo e a 2ª sinapse e depois sobe para o cérebro.
75% caminha pelo trato espinotalâmico e os outros 25% é espalhado por vários tratos e
fascículos que temos subindo na nossa coluna. Temos o espino-reticular, o espino-
mesoencfálico, que não passam pelo tálamo e vão direto. Tem a ver com a subjetividade e
aspectos autonômicos da dor, aqueles que entram lá pela lâmina X e não cruzam, subindo direto
e não passam pelo tálamo. E temos vários outros que vão dar uma contribuição menor como o
fascículo ventro-medial, espino-cérvico-talâmico, vagais, de cadeia simpática, etc, eles sobrem
e fazem a via ascendente para chegar no cérebro.
Então do tálamo ele joga par ao córtex somato-sensorial, para as áreas de discriminação,
de memória, até para gente aprender a dor, ver se aprende a lidar com a dor.
Então usamos drogas para tratar o paciente da dor. E o paciente da dor a gente usa anti-
inflamatório, analgésico, anestésico local, anticonvulsivante, opióides. E cada uma dessas
drogas vai agir nessa periferia-central- córtex, vai agir num lugar específico.
Por exemplo, quando a gente usa o anti-inflamatório, a gente quer diminuir aquelas
substâncias anti-inflamatórias que despolarizam aquelas terminações nervosas livres, para
diminuir a dor. Se está com uma dor muscular, toma um voltarem, um diclofenaco, para diminuir
a prostraglandina, diminuir a despolarização e não perceber a dor. Se está com uma dor crônica
no braço, vc vai lá e para na transmissão, joga anestésico local, que é um bloqueador do canal
de Sódio, ele bloqueia os canais de sódio e potássio e não despolariza a célula. Age da
transmissão.
Quando a gente usa o anticonvulsivante? Se está agindo na primeira sinapse. O
anticonvulsivante tem a ver com bloqueio de canal de cálcio, diminuir a entrada de cálcio e a
gente diminuir a liberação desse neurotransmissor e parar a cronificação da dor, que é uma dor
que já está cronificando dentro do sistema nervoso central.
Opioides. (???) o que é mais estudado é dentro do SNC, vai diminuir a dor dentro do
SNC. Então, cada tipo de droga vai agir em determinado passo dessa fisiologia da dor.
A gente tem as vias da dor levam o destino, a via ascendente da dor. Ascendendo para
a gente entender que está com dor. O cérebro vai entender e temos uma via descendente da
dor. Temos uma via analgésica descendente. Ou seja, é a nossa via que a gente vai modular o
caminho.
Muito dependente de serotonina, 75%, por isso que se usa muito inibidores de
receptação de serotonina: fluoxetina, sertralina, tricíclicos, amtriptilina. As drogas opioides. São
a base do tratamento.
E essa definição define tudo o que a gente falou na aula hoje. A gente tem uma lesão
tecidual, uma sensação desagradável, que vai por uma experiência emocional, que está
associada a uma sensação desagradável que a gente a dor. A dor não é só sentir dor, tem que
ter todos os componentes emocionais juntos.