Você está na página 1de 25

1

SUMÁRIO

CIÊNCIAS

Planejamento 1: Reino Plantae................................................................. pág 01


Planejamento 2: Reino Animalia ............................................................... pág 12
Planejamento 3: Reprodução Humana e ISTs ............................................ pág 18

2
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2023

UNIDADE TEMÁTICA:
Vida e Evolução.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Reino Plantae. (EF08CI46MG) Identificar os principais representantes do reino Plantae e


compreender suas características gerais.
(EF08CI07X) Reconhecer e comparar diferentes processos reprodutivos em
plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e evolutivos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Reino Plantae – características, formas de reprodução e diversidade.
DURAÇÃO: 8 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O novo CRMG para o Ensino Fundamental trouxe grandes mudanças para a distribuição dos
conteúdos de ciências ao longo dos 4 anos, além de reduzir certos temas e implementar maior
enfoque em outros. Essas mudanças acarretaram uma questão importante no fluxo de conteúdos
que é trabalhado, ocorrendo uma alteração do ensino de unidades temáticas, por vezes, repentina
para o discente. É o caso desse momento de planejamento para o professor do 8º ano que iniciou
o ano letivo com temas voltados para a eletricidade e circuitos elétricos e passará a trabalhar com
o Reino Plantae e suas características. Para que a alteração de conteúdo se torne mais sutil, uma
prática pedagógica simples e efetiva é a revisão de um conteúdo já desenvolvido em anos
anteriores e que está relacionado às habilidades previstas para o momento. Desse modo, os
estudantes estarão familiarizados e terão melhores condições de participar ativamente do processo
de ensino-aprendizagem desde o início da abordagem.
O bimestre terá como foco o estudo dos Reinos Plantae, Animalia e será finalizado com reprodução
humana, métodos contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis. Desse modo, uma breve
revisão das habilidades relacionadas aos 5 reinos dos seres vivos e seus modos de vida e
reprodução é bastante interessante de ser realizada antes de aprofundar diretamente no Reino
Plantae. As habilidades sugeridas para essa revisão são:
EF07CI38MG: identificar as principais características dos reinos Monera, Protista, Fungi,
Plantae e Animalia e dos Vírus.
EF07CI37MG: utilizar como características para agrupamento dos seres vivos os seguintes
critérios: modo de nutrição, modo de obtenção de oxigênio, modo de reprodução e tipo de
sustentação do corpo.
1
Durante a revisão focada nessas habilidades, o professor deve apresentar as formas de
reprodução sexuada e assexuada, correlacionando-as com as diferentes formas de vida já
conhecidas pelos estudantes. Após esse momento inicial de desenvolvimento da habilidade
EF08CI07X, o conteúdo abordado passa a ter como objetivo direto o Reino Plantae,
permitindo o reconhecimento dos diferentes grupos desses organismos e suas formas de
reprodução.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Sugere-se o uso de projetor de multimídia ou imagens impressas para iniciar a aula com um
questionamento. O docente pode separar imagens que sejam de sua preferência e
representem: um vírus, uma bactéria, um protozoário, um fungo, uma planta e um animal. É
importante que a imagem traga a escala de tamanho e essa seja informada aos estudantes
logo que as imagens forem apresentadas. Após todos verem claramente o que é apresentado,
é realizada a pergunta: quais dessas figuras tem um ser vivo? O docente pode enumerar as
imagens e fazer uma espécie de votação sobre a opinião dos estudantes a respeito do
questionamento e deve descrever qual organismo está na imagem à medida que os
estudantes questionarem. Com uso do quadro e pincel, as opiniões podem ser registradas e
depois o professor relembra o conceito de ser vivo, explica por qual motivo os vírus não fazem
parte dessa classificação.
Usando a própria projeção em projetor de multimídia ou as imagens impressas, é hora de
montar uma árvore filogenética agregando cada organismo que pertence ao reino dos seres
vivos em seu devido lugar. Um modelo interessante a ser utilizado é a árvore filogenética
proposta por Margulis e Schwartz (LOPES et al., 2014), simplificada na figura 1. As imagens
usadas para nortear a pergunta devem ser alocadas em seus sítios correspondentes na árvore
filogenética.
Figura 1: Filogenia simplificada dos 5 reinos de seres vivos.

Fonte: [BENTO [2008])

2
Finalizada a alocação das imagens, chega o momento oportuno do professor questionar aos
estudantes a respeito das diferenças nítidas da estrutura corpórea dos organismos
observados. A diferenciação inicial dos grupos em protistas e eucariontes é primordial, seguida
da constatação da unicelularidade e pluricelularidade. Aqui o docente deve utilizar com ênfase
às imagens que preparou, pois a visualização do organismo e a noção da proporção de seu
tamanho auxiliam a compreensão desses termos.
Para finalizar a primeira aula com uma atividade, sugere-se manter o desenho (ou projeção)
no quadro e pedir aos estudantes para completarem a seguinte quadro:

Quadro 1: exercício de classificação dos 5 reinos de seres vivos quanto à estrutura celular.
Reino Possui núcleo celular? Organismos Unicelulares ou Pluricelulares?
Ex.: Monera Não Unicelulares

Obs.: utilizar 5 linhas.


Fonte: (Morais, M [2023]).

Como atividade extraclasse, agora que o estudante fez a revisão a respeito dos 5 reinos dos
seres vivos e sua estrutura celular, será necessário aprofundar nas formas de reprodução e
sobrevivência. O professor pode repassar para que o estudante realize em casa o
preenchimento do Quadro 2 e leve respondido no caderno para a próxima aula. O importante
nesse ponto é criar um ambiente que os estudantes busquem as informações de forma
autônoma.
Quadro 2: caracterização da nutrição e reprodução dos 5 reinos de seres vivos.

Reino Como se alimentam? Como se reproduzem?

Fonte: (Morais, M [2023]).

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, projetor de multimídia (substituível
por desenho no quadro).

AULA 2
Nessa aula, é o momento de construir o aprofundamento nas variações de tipos de
reprodução e conceituar “reprodução assexuada” e reprodução “sexuada” a partir de
exemplos práticos que os estudantes possam identificar. A habilidade EF09CI08, a respeito de
hereditariedade, ainda será desenvolvida no 9º ano, mas os estudantes já iniciarão as
primeiras noções a respeito de reprodução sexuada e assexuada nesse momento, sendo
importante que compreendam as células gaméticas. Uma prática muito simples proposta em
detalhes nessa sequência didática pode auxiliar o professor a construir a percepção sobre a
divisão do material genético. Se for do interesse do docente, é possível desenvolver atividades
com mais detalhes seguindo, por exemplo, a proposta de Ortega et al. (2017).

3
Para iniciar essa aula, é interessante a formação de grupos de acordo com o tamanho da
turma, não excedendo 4 estudantes por grupo. Cada grupo deve receber papel (pode ser
cartolina ou folha comum de A4), e material representativo para os cromossomos, como
pedaços de lã ou barbante colorido, havendo sempre 2 cores diferentes disponíveis. No papel
recebido, os estudantes devem desenhar e recortar 7 círculos (Figura 2 - A) e 4 formas, como
as da figura 2-B, o professor pode fazer no quadro uma explicação do formato a ser
desenhado e quantos deles devem ser feitos. É importante dimensionar o tamanho dessas
formas de acordo com os fragmentos de material escolhido para ser a representação dos
cromossomos.
Figura 2: Formas que devem ser elaboradas para representação de mitose e meiose.

Fonte: (Morais, M [2023]).

Após distribuir o material, o professor deve informar aos estudantes que cada forma
representa a estrutura de uma célula, sendo a forma da figura 2-A a célula que não está em
divisão, e a figura 2-B, a célula que aumentou de tamanho e duplicou o material genético para
dividir em 2 novas células e que essa representação é um modelo do que ocorre com a célula
antes dela se dividir. Os fragmentos de lã ou massinha devem ser apresentados como material
genético, o DNA das células do modelo.
Quando todos os grupos estiverem com as formas recortadas, é o momento de abordar como
é a célula haplóide e a célula diplóide. Importante: o professor pode usar como exemplo o
cariótipo humano com seus 46 cromossomos e as células reprodutivas humanas com 23
cromossomos. Com o material disponível, os estudantes podem fazer a representação da
célula diplóide de um organismo hipotético que tenha 2 cromossomos, isso facilitará o
entendimento dos conceitos.
Agora os conceitos de meiose e mitose devem ser apresentados, podendo ser descritos no
quadro para anotações dos estudantes, mas com foco sempre na utilização do modelo prático
para abordagem. Os estudantes devem escrever “MEIOSE” e “MITOSE” no papel e recortar,
posicionando um círculo, que o professor deve ressaltar que é a representação de uma célula,
abaixo de cada termo. Dentro dessa célula, os estudantes devem dispor os dois cromossomos
(filamentos do material), sendo um de cada cor. Nesse ponto, o professor explica que o
filamento sozinho é o que ocorre numa célula que não está em divisão, mas a célula que vai
se dividir produz uma cópia idêntica de cada filamento, que passa a ter esse formato que
lembra um “X”. Dentro do recorte da célula os estudantes devem escrever “célula diplóide” e o
conceito deve ser explicado.
No passo seguinte, abaixo da 1ª célula representante da meiose, os estudantes devem colocar
a forma da figura 2-B, representando uma célula pronta para se dividir. Nela, os estudantes
representarão a duplicação do material genético, colocando filamentos novos juntos aos
anteriores (figura 3-A). Com os filamentos unidos, o professor indica que as cópias desses
filamentos idênticos sempre vão se separar nas células filhas no processo da mitose (figura 3-
4
B), originando células filhas idênticas, enquanto na meiose a separação será do material
genético todo (figura 3-C), não da cópia, originando células filhas que são geneticamente
diferentes. A montagem referente à figura 3-B deve ser colocada abaixo da 1ª célula do
esquema de mitose e a montagem da figura 3C abaixo da 1ª célula do esquema de meiose
(figura 4). Na 3ª linha de representação, os estudantes podem colocar os círculos já
individualizados, cada um contendo o material genético proposto na representação da 2ª
linha. No interior do círculo das 2 células filhas da representação da mitose (nessa 3ª linha) o
estudante deve escrever “célula diplóide”. Nas 2 células filhas da representação da meiose, o
estudante deve escrever “célula haplóide” e o professor ressalta novamente esses conceitos,
relembrando que o material genético é sempre reduzido a cópias diferentes nas células filhas.

Figura 3: Demonstração da distribuição dos filamentos de DNA que deve ser adotada nos modelos .

Fonte: (Morais, M [2023]).

Para finalizar, os estudantes colocam os 2 últimos recortes da figura 2-B abaixo das 2 células
filhas do processo de meiose, alocando os cromossomos com as cromátides irmãs e,
posteriormente, colocam na última linha de representação as 4 células filhas, cada uma
contendo 1 cromátide. Ao finalizarem a montagem, a visão do material pronto deve ser
parecida com a figura 4. A partir dela, os estudantes devem compreender a função da mitose
e da meiose. O professor, agora com o aparato visual que demonstra claramente o que é uma
célula haplóide e uma célula diplóide, poderá consolidar a aula com exemplos como os
gametas, que são células haplóides reprodutivas, com organismos vivos, inclusive
pluricelulares, constituídos apenas por células haplóides.

Figura 4: resultado esperado para a montagem de esquema representando a formação das células haplóides na meiose e
diplóides na mitose.

Fonte: (Morais, M [2023]).

5
RECURSOS:
Quadro branco, pincel para quadro branco, papel A4 ou cartolina, tesoura, lã ou barbante
colorido, cola branca.

AULA 3
É interessante iniciar essa aula fazendo o desenho do esquema prático de mitose e meiose
representado pelos estudantes na aula anterior, relembrando os conceitos e suas aplicações.
O professor iniciará o conteúdo do Reino Plantae, então abordará novamente os conceitos já
aplicados a seres vivos desse grupo.
Para essa aula, sugere-se levar em sala vasos de plantas com diferentes exemplos, contendo
os 4 grupos principais de forma a permitir que os estudantes identifiquem as principais
características deles. Para direcionar os objetivos da aula, o professor deve dividir a turma em
4 grupos e fornecer uma planta que é exemplo de um grupo a ser abordado (ou todas as
plantas de mesma classificação) para cada grupo. No quadro branco, o professor constrói a
seguinte tabela (Quadro 3) que será o objetivo da observação dos estudantes:

Quadro 3: tabela de caracterização a respeito dos grupos de plantas observados pelos estudantes

Características Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas


Produz frutos?
Produz sementes?
Tem folhas?
Tem caule?
Tem raiz?
Fonte: (Morais, M [2023]).

A construção das respostas deve ser elaborada com a participação dos grupos e do professor,
com os estudantes e o professor sempre indicando no exemplar aquilo que está sendo
observado (ou não) para que as conclusões sejam compartilhadas entre todos os presentes
em sala. O livro didático pode ser consultado.
Terminada essa primeira atividade, o professor pode levar os estudantes para o pátio/jardim
da escola ou optar por usar imagens projetadas com um projetor de multimídia, imagens
impressas ou de revistas. O importante é que existam diferentes organismos do Reino Plantae
e os próprios estudantes sejam estimulados a identificar o grupo ao qual pertencem de acordo
com o que observam de suas características.
Para encerramento dessa aula, o professor deve questionar aos estudantes os locais que eles
estão habituados a verem representantes do grupo das Briófitas e das Pteridófitas, ressaltando
a necessidade desses organismos de viver em proximidade com a água, em ambientes mais
úmidos. A partir dessa conclusão conjunta, apresenta-se a dependência da água para
reprodução desses organismos e o professor apresenta os conceitos de gametófito e
esporófito, utilizando a proposta já realizada em sala que explica o que é uma célula haplóide
e o que é uma célula diplóide. Esses conceitos têm nomes complexos, que podem gerar certa
confusão no estudante, então cabe aqui muito cuidado para não criar uma incapacidade
pontual do estudante com o tema em função das nomenclaturas diferentes, incomuns ao seu
cotidiano. A informação da existência desses organismos numa forma de vida com metade do
material genético (gametófito) é uma forma de vida com o material genético completo
(esporófito) em alternância (metagênese) pode ser apresentada de forma curiosa, enigmática
6
e, assim, captar o interesse e atenção dos estudantes, facilitando a assimilação desses termos
novos.

RECURSOS:
Livro didático, projetor de multimídia, quadro branco, pincel para quadro branco, material
produzido na aula anterior.

AULA 4
Um desafio corriqueiro no ensino de ciências relacionado ao ciclo reprodutivo de briófitas e
pteridófitas é exatamente a dificuldade do estudante em empregar o ciclo convencionalmente
desenhado no quadro ou mostrado em um livro em relação aos espécimes que conhece de
cada um desses grupos. As aulas práticas são uma forma de aguçar a curiosidade e permitirão
a visualização das estruturas dessas plantas, bem como da sua reprodução.
Antes da realização dessa aula, o professor deve pedir aos estudantes para levarem amostras
de musgo e de samambaia ou avenca para a aula seguinte. Como muitos esquecem, o
professor deve providenciar várias amostras para que não falte ao estudante. Além disso,
deve-se providenciar uma folha de papel A4, durex de largura 48mm e palitos de dente.
A abordagem prática dependerá dos tipos de materiais que a escola tiver disponível, como
microscópios, lupas, projetor de multimídias. Na ausência de lupas e microscópios, a utilização
de imagens projetadas com projetor de multimídia pode ser muito úteis e didáticas para
visualizar as estruturas menores. Ainda que nenhum desses recursos possa ser utilizado, os
soros presentes nas folhas das samambaias e avencas podem ser explorados pelos estudantes
com a ponta do palito de dente, identificando os gametófitos. Nos musgos, os estudantes
podem verificar se existe a presença de gametófitos e esporófitos simultaneamente na
amostra ou apenas gametófito. Se houver microscópio e lâminas disponíveis, o conteúdo dos
soros pode ser disposto em uma gota de água na lâmina, coberto com lamínula e observado
ao microscópio. As estruturas das Briófitas podem ser observadas com o auxílio de lupa e,
havendo condições, pode-se preparar lâminas frescas com esse material.
Após a identificação das estruturas, o estudante deve dispor as amostras das plantas sobre a
folha de papel A4, de forma que seja possível identificar as estruturas, e depois colar as
plantas com o durex, mantendo-as totalmente cobertas para sua conservação. Esse material
deve ser colado no caderno do estudante para posteriores consultas.
Os ciclos reprodutivos de Briófitas e Pteridófitas devem ser desenhados no caderno pelo
estudante, indicando detalhadamente cada fase. Ao final da aula, o professor questiona: qual
dessas fases é composta por células haplóides e qual dessas fases é composta por células
diplóides? Essa informação deve ser discutida em sala e incluída no esquema dos ciclos
reprodutivos elaborados no caderno pelos estudantes.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, folha de papel A4, durex de largura
48mm, palitos de dente, lâminas novas, lamínulas, microscópio óptico, lupa.

7
AULA 5
Até esse momento da sequência didática, os estudantes foram Figura 5: QR code de acesso à aula
apresentados aos conceitos de células haplóides e diplóides, mas ainda prática de reprodução assexuada de
plantas
não os empregaram na compreensão da reprodução sexuada e
assexuada. O uso de práticas simples do nosso cotidiano pode facilitar a
compreensão a respeito desses termos, a partir da constatação da
necessidade de gametas para a reprodução sexuada. Várias
metodologias que utilizamos para plantio incluem formas de reprodução
assexuada, como a retirada de fragmentos das plantas para fazer
“mudas” das mesmas, um processo de clonagem desses organismos e,
portanto, reprodução assexuada. Há várias formas de abordar as formas
assexuadas de reprodução, relembrando aquilo já assimilado com o
Fonte: (UFJF, [2018]).
conteúdo de briófitas e pteridófitas, mas a importância desses métodos
para a agricultura traz a necessidade de abordarmos a respeito deles.

Em uma sugestão prática da UFJF (2018), é possível extrair várias ideias para essa aula. É possível
acessar o documento pelo QR code ao lado (fig 5) ou nas referências ao final dessa sequência didática.
Após a produção das mudas de plantas, o professor pode separar um local seguro e adequado onde elas
possam ser cuidadas e os estudantes acompanhem o seu desenvolvimento.

AULAS 6 e 7
As formas de vida das Gimnospermas e das Angiospermas foram trabalhadas após a
reprodução de Briófitas e Pteridófitas para que a distinção da ploidia e das formas de
reprodução fossem alcançadas antes de adentrar novos conceitos, como a polinização e a
dispersão de sementes. No entanto, o professor não deve deixar de apontar as diferenças
estruturais dos 4 grupos de plantas ainda nessa sequência didática. Deve-se discutir as razões
pelas quais as angiospermas alcançaram uma biomassa extraordinária e uma grande
diversidade de formas de vida e reprodução na superfície da terra, comparando suas estruturas
derivadas ao restante dos organismos vegetais.
Para abordar as formas de vida, especificamente, com foco nas estruturas biológicas dos 4
grupos do Reino Plantae, sugere-se dar segmento à prática proposta por Araújo M.M. (2019,
p.103), com a pasta catálogo descrevendo anatomicamente as Briófitas, Pteridófitas,
Gimnospermas e Angiospermas. O trabalho desenvolvido em grupos pode ser mais produtivo
para os estudantes, mas deve-se evitar grupos com mais de 4 pessoas para que as atividades
sejam realizadas por todos eles. O professor deve adaptar a atividade sugerida, considerando
que a abordagem foi desenvolvida, originalmente, para os estudantes de EM e o objetivo aqui é
desenvolver habilidades dos estudantes de EF II.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, impressões com figuras das
estruturas dos 4 grupos do Reino Plantae para os estudantes usarem de referência, durex
transparente de largura 48mm, tesoura, linha, cola branca e 1 pasta catálogo para retirada dos
plásticos que serão usados para guardar o material catalogado.

8
AULA 8
A diversidade das Angiospermas e seu sucesso adaptativo na Terra estão muito relacionados à
sua reprodução. Essa aula de finalização do conteúdo é uma oportunidade para desenvolver a
comparação entre reprodução assexuada e sexuada, focando em como flores e frutos estão
relacionados à reprodução sexuada, à variabilidade genética das plantas Angiospermas.
Para abordar de forma prática esse conteúdo, o professor pode solicitar aos estudantes que
levem flores para a aula ou ele mesmo providencie uma quantidade de flores que toda a turma
possa utilizar. Essa será uma aula para dissecação da flor e visualização de suas estruturas,
sugere-se o uso da prática nº 13 realizada por Empinotti et al. (2014), colocando os estudantes
em duplas para a dissecação da flor. Para que eles possam acompanhar adequadamente quais
as estruturas que têm flor, o professor deve realizar uma dissecação passo a passo, abordando
com desenho no quadro a identificação da morfologia e a função de cada parte a ser apontada
pelos estudantes. Ao finalizar a dissecação, o professor deve questionar aos estudantes onde
estão os zigotos e identificá-los de forma clara. Além disso, deve-se abordar a polinização,
questionando qual ou quais poderiam ser os polinizadores da flor utilizada nesse experimento e
quais as vantagens da polinização para o sucesso reprodutivo das plantas. Se disponíveis, lupas
para observação podem ser utilizadas.
Como trabalho extraclasse, sugere-se o estudante elaborar novamente a dissecação, mas dessa
vez com o foco em frutos e sementes. É fundamental que o estudante consiga identificar as
estruturas dos frutos que são originadas a partir das flores e que identifique claramente que o
embrião estará na semente. Além disso, os estudantes devem ser capazes de responder
claramente o questionamento “qual a função dos frutos?”.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, papel A4, durex transparente largura
48mm, cola branca, tesoura.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliar o processo de ensino-aprendizagem é um procedimento de autorregulação do(a)
professor(a) e dos estudantes e, quanto mais contínuo for e quanto maior sua frequência,
maiores serão as oportunidades de coletar dados para avaliar o processo e redimensionar a
ação pedagógica. Deve visar não só à aprendizagem, mas também às competências
socioemocionais. Com a variedade de atividades práticas em grupo, o processo de avaliação
pode ser feito com frequência, considerando manifestação de ações de escuta ativa,
comunicação clara e cooperação com os colegas. A elaboração das práticas pode ser avaliada
de forma quantitativa e qualitativa pelo docente ao longo das aulas, incluindo o trabalho
extraclasse de encerramento do conteúdo. Professor, lembre-se: o estudante deve saber
quando está sendo avaliado e ter os objetivos de sua avaliação claramente informados.

9
ATIVIDADES
1 – Qual o principal fator limita a expansão e ocupação de ambientes terrestres quentes e secos para
as plantas Briófitas e Pteridófitas? Explique.

2 – Qual parte da flor origina o fruto? E qual parte origina a semente?

3 – Qual a função da polinização? Cite exemplos de organismos polinizadores.

4 – Cite 2 formas de reprodução assexuada das plantas que usamos em nosso cotidiano.

5 – Por que as Gimnospermas são chamadas de plantas de “frutos secos”?

10
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, M. M. Diversidade arbórea: uma prática investigativa na área verde urbana como
ferramenta para o aprendizado de Botânica no ensino médio. Dissertação (mestrado) –
Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas. PROFBIO - Mestrado
Profissional em Ensino de Biologia. Belo Horizonte, 133p. 2019. Disponível em:
https://www.profbio.ufmg.br/wp-content/uploads/2021/01/Marisa-M-Araujo-TCM-Final-
11out2019.pdf Acesso em 13 mar. 2023.
BENTO, Luis. Os clássicos cinco reinos, [2008]. UNICAMP. Disponível em:
https://www.blogs.unicamp.br/discutindoecologia/2008/10/i-carnaval-cientifico-o-terceiro-
dominio-da-vida/. Acesso em 13 mar. 2023.
EMPINOTTI, Alexandre et al. Botânica em prática: atividades práticas e experimentos para
o ensino fundamental. Ensino & Pesquisa, 2014. Disponível em:
https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/ensinoepesquisa/article/view/411 Acesso em 13
mar. 2023.
GEWANDSZNAJDER, Fernando - Teláris ciências, 8º ano : ensino fundamental, anos finais /
Fernando Gewandsznajder, Helena Pacca. -- 3. ed.- São Paulo : Ática, 2018.
LOPES, S. G. B. C. et al. Panorama histórico da classificação dos seres vivos e os
grandes grupos dentro da proposta atual de classificação. Diversidade biológica,
História da vida na Terra e Bioenergética. São Paulo: USP/Univesp/Edusp, 2014. Disponível
em: https://repositorio.usp.br/item/002680854 . Acesso em: 17 mar. 2023.
LOPES, Sônia - INOVAR Ciências da Natureza, 8º ano: ensino fundamental, anos finais /
LOPES, Sônia; AUDINO, Jorge. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para
aprendizagens. 8º ano EF Anos Finais. v.1. Escola de Formação e Desenvolvimento
Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em:
<https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022> . Acesso
em: 03 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
educação infantil e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
05 fev. 2023.
MORAIS, Maira. Divisão celular, Belo Horizonte 2023. Acervo pessoal.
ORTEGA, N. et al. Práticas com cromossomos auxiliam na compreensão dos processos de
mitose e meiose. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e
Educação em Saúde, v. 1, p. 24-29, 2017.
SILVA, J. J. L. et al. Produção de exsicatas como auxílio para o ensino de botânica na
escola. Conexões-Ciência e Tecnologia, v. 13, n. 1, p. 30-37, 2019. Disponível em:
http://www.conexoes.ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/view/1488 Acesso em: 13 mar. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). Instituto de Ciências Biológicas –
Departamento de Botânica. Prática nº7.13, Reprodução Assexuada e Clonagem Vegetal.
2018. Disponível em: https://www.ufjf.br/fisiologiavegetal/files/2018/07/7_13-
Reprodu%C3%A7%C3%A3o-Assexuada-e-Clonagem-Vegetal1.pdf. Acesso em 13 mar. 2023.

11
UNIDADE TEMÁTICA:

Vida e Evolução.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Reino Animalia. (EF08CI47MG) Identificar os principais representantes do reino
Animalia e compreender suas características gerais.
(EF08CI07X) Reconhecer e comparar diferentes processos
reprodutivos em plantas e animais em relação aos mecanismos
adaptativos e evolutivos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Reino Animalia – características, formas de reprodução e diversidade.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Os estudantes desenvolveram, até aqui, habilidades importantes para a compreensão dos
tipos de reprodução e sua relevância para o sucesso adaptativo dos organismos do Reino
Plantae. Agora eles irão aplicar essas habilidades ao Reino Animalia. Mas, apenas abordar a
reprodução dos animais não é suficiente para que o estudante compreenda as variações que
cada grupo animal possui, ainda não tem ferramentas suficientes para distinguir esses grupos.
É fundamental que a parte inicial desta proposta didática seja construída em torno dessa
diferenciação, para depois ser iniciada a abordagem direcionada às formas de reprodução .

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
O que caracteriza um organismo como animal? Essa é a pergunta central deste início de
sequência didática. O professor pode escrever no quadro, num local que não atrapalhe o uso
dele em sequência. Em seguida, o professor deve questionar os estudantes a respeito de
quais organismos vem em mente quando pensam em um animal. Esse momento da aula deve
ser construído como uma brainstorm, listando no quadro (use apenas metade do quadro)
todos os animais que foram mencionados.
Finalizada a brainstorm, o professor agora pode utilizar os animais citados para pensar uma
organização inicial com base nas características que apresentam. Junto aos estudantes, pode-
se propor a caracterização por ambientes que habitam, por exemplo, mas esse momento deve
ser de direcionamento para que os estudantes conheçam características que realmente
definam o Reino Animalia. A diferenciação de “animais vertebrados” (Chordata), dos
invertebrados, é fundamental nesse ponto.
Agora que foi proposta a discussão sobre organização, pode-se abordar, brevemente, as
tentativas passadas da história da ciência em organizar as formas de vida, encerrando com a
apresentação das propostas atuais, baseadas na filogenética. Nesse ponto, construir o
cladograma do Reino Animalia é fundamental para permitir que o estudante compreenda a
organização desse grupo. No livro digital “Manual didático para elaboração de cladograma”

12
(RIBEIRO et al., 2020) temos um excelente exemplo de como construir um cladograma claro e
objetivo do Reino Animalia, na figura 7. Os estudantes devem construir o cladograma junto,
no caderno, e deve estar nítido e com todas as informações que o professor trabalhar no
quadro.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco.

AULAS 2 e 3
Essa aula será dedicada à construção dos quadros comparativos dos grupos de animais
invertebrados e vertebrados. Para que seja algo mais dinâmico, o professor deve levar, na
aula anterior, uma figura que represente cada grupo do Reino Animalia e dividir a sala em um
mesmo número de grupos de estudantes, entregando a imagem com a classificação do animal
escrita. Cada estudante deve receber os dois quadros (Quadros 1 e 2). Como atividade
extraclasse, os estudantes devem pesquisar as características dos animais que pertencem ao
grupo indicado para eles e levar para a próxima aula, sendo que TODOS os estudantes devem
preencher seu próprio quadro. Em sala, o professor fará o esboço no quadro branco para
preencher ao mesmo tempo que os estudantes. Cada grupo deve falar as informações que
obteve com a pesquisa extraclasse para o preenchimento do quadro do professor, e os demais
estudantes vão preenchendo as informações dos outros grupos. Ao longo do preenchimento,
termos como “sistema circulatório aberto”, “sistema nervoso difuso”, “fecundação interna e
externa” devem ser explicados pelo professor. No campo “exemplo”, deve ser colada a
imagem do organismo recebida por cada grupo de estudantes, ilustrando o que é
apresentado.
Quadro 1: caracterização dos grupos de animais invertebrados.

Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Tipo de


Exemplo
Circulatório Digestório Respiratório Nervoso Excretor reprodução

Poríferos

Cnidários

Platelmintos

Nematelmintos

Asquelmintos

Moluscos

Anelídeos

Artrópodes

Equinodermas

Fonte: (Morais, M [2023]).

13
Quadro 2: caracterização dos grupos de animais vertebrados.

Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Tipo de


Exemplo
Circulatório Digestório Respiratório Nervoso Excretor reprodução
Ciclóstomos e
peixes

Anfíbios

Répteis

Aves

Mamíferos

Fonte: (Morais, M [2023]).

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, folhas de papel A4 com a impressão
dos Quadros 1 e 2 e do exemplo de animal.

AULA 4
Essa aula será para a realização de uma dinâmica (um bingo de zoologia) que facilitará a
associação dos conceitos apresentados nos Quadros 1 e 2, e a percepção dos estudantes a
respeito da importância das características dos animais para sua classificação no Reino
Animalia. A sala deve ser dividida em grupos de 3 ou 4 estudantes e cada grupo receberá uma
cartela (ex. Quadro 3) contendo características diferentes que foram listadas nos Quadro 1 e
2. A quantidade de cartelas diferentes vai variar com o número de estudantes em cada turma,
mas ao construir essas cartelas, o docente deve lembrar sempre que a junção dessas
características tem que formar um conjunto que identifique um dos grupos animais.
No exemplo do Quadro 3, ficará mais claro o que é pretendido com essa dinâmica. O
professor deve ter fichas de sorteio com todas as possíveis características do Reino Animalia e,
à medida que as sortear, os estudantes conferem se estão presentes em suas cartelas.
Quando forem sorteadas 3 características que descrevem um dos grupos de organismos, os
estudantes devem se manifestar. Por exemplo, Platelmintos possuem 3 características que
estão listadas nessa tabela, então os estudantes podem apontar que concluíram o sorteio ao
juntar todas elas para descrever esse grupo. Uma outra sugestão é premiar os estudantes
com alguma prenda durante o sorteio, estimulando a participação. Além disso, o professor
pode pedir que, após descreverem o grupo, antes de receberem a premiação, os estudantes
têm que dizer se aqueles organismos são vertebrados ou invertebrados.

14
Quadro 3: exemplo de cartela para o bingo de zoologia.

1 2 3 4
Reprodução Sistema nervoso com
A Respiração cutânea Excreção por rins
assexuada gânglios difusos

Sistema nervoso
B Circulação aberta Reprodução sexuada Respiração pulmonar
completo

Sistema digestório Excreção por células


C Circulação fechada Respiração traqueal
completo flama

Respiração difusão Sistema digestório


D Excreção por nefrídios Circulação aberta
simples incompleto

Fonte: (Morais, M [2023]).

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, papel cartão para confecção das
cartelas de bingo e as fichas para sorteio.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Por ser um conteúdo muito extenso trabalhado em um tempo relativamente curto, é
interessante que o processo de avaliação contemple, também, uma abordagem de
continuidade da aprendizagem. O professor pode utilizar os quadros 1 e 2 para construir
questionários, quiz, atividades desafiadoras que o estudante precise encontrar as informações
de cada grupo animal para conseguir responder. Essas atividades devem ser feitas,
preferencialmente, extraclasse para não comprometer o tempo de aula, que já é reduzido para
esse momento. E, claro, a avaliação da participação dos estudantes nas 4 aulas é
imprescindível.

15
ATIVIDADES
1 – (UNIFESP-SP adaptada) Na turma do desenho Bob Esponja há diferentes personagens:
Lula Molusco é supostamente uma lula; Patric, uma estrela-do-mar; o Sr. Siriguejo, um
caranguejo; e Bob é supostamente uma esponja-do-mar. Cada um, portanto, pertence a um
grupo animal diferente. Se eles forem colocados segundo a ordem evolutiva de surgimento
dos grupos animais a que pertencem, teremos respectivamente:
a) esponja-do-mar, estrela-do-mar, lula e caranguejo.
b) esponja-do-mar, lula, caranguejo e estrela-do-mar.
c) estrela-do-mar, esponja-do-mar, caranguejo e lula.
d) estrela-do-mar, lula, caranguejo e esponja-do-mar.
e) lula, esponja-do-mar, estrela-do-mar e caranguejo.

2 – Diferencie fecundação interna e fecundação externa.

3 – Quais os grupos animais que conseguem realizar a reprodução assexuada?

4 – Ovos com casca surgiram a partir da evolução dos organismos do ambiente terrestre. Qual
o primeiro grupo animal a possuir ovos com casca? Qual a vantagem disso?

5 – Quais as vantagens da reprodução sexuada? Por que ainda existem organismos que fazem
a reprodução assexuada?

16
REFERÊNCIAS
GEWANDSZNAJDER, Fernando - Teláris ciências, 8º ano : ensino fundamental, anos finais /
Fernando Gewandsznajder, Helena Pacca. -- 3. ed.- São Paulo : Ática, 2018.
LOPES, S. G. B. C. et al. Panorama histórico da classificação dos seres vivos e os
grandes grupos entro da proposta atual de classificação. Diversidade biológica, História
da vida na Terra e Bioenergética. São Paulo: USP/Univesp/Edusp, 2014. Disponível em:
https://repositorio.usp.br/item/002680854 . Acesso em: 17 mar. 2023.
LOPES, Sônia - INOVAR Ciências da Natureza, 8º ano: ensino fundamental, anos finais /
LOPES, Sônia; AUDINO, Jorge. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para


aprendizagens. 8º ano EF Anos Finais. v.1. Belo Horizonte: SEE, 2022. Disponível em:
<https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022> . Acesso
em: 03 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:


educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -


anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso
em:05 fev. 2023.

MORAIS, Maira. 2023. Acervo pessoal.

RIBEIRO, E. et al. Manual didático para elaboração de cladograma (livro digital).


Educapes, 2020. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/581775 Acesso
em 13 mar. 2023.

17
UNIDADE TEMÁTICA:
Vida e Evolução.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Sistema Endócrino. (EF08CI08) Analisar e explicar as transformações que ocorrem na
puberdade, considerando a atuação dos hormônios sexuais e do
Sistema Reprodutor
sistema nervoso.
Humano.
(EF08CI11X) Selecionar argumentos com bases científicas que
Sexualidade e Infecções
evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana
Sexualmente transmis-
(biológica, sociocultural, afetiva e ética) com intuito de promover
síveis - ISTs.
a inclusão e combater preconceitos.
(EF08CI09X) Comparar o modo de ação e a eficácia dos diversos
métodos contraceptivos e justificar a necessidade de compartilhar
a responsabilidade na escolha e na utilização do método mais
adequado à prevenção da gravidez precoce e indesejada e de
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
(EF08CI10X) Identificar os principais sintomas, modos de
transmissão e tratamento de algumas IST (com ênfase na AIDS),
e discutir estratégias e métodos de prevenção.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Reprodução humana e ISTs.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Embora os estudantes de 8º ano do EF II estejam, em média, com 13 anos de idade e para
muitas pessoas essa faixa etária ainda é considerada jovem para abordagens sobre
sexualidade e reprodução humana, precisamos estar conscientes que esse é um momento
extremamente oportuno para o assunto. No Brasil, em 2020, foram registrados 17.500 filhos
nascidos vivos de mães entre 10 e 14 anos de idade e 363.252 de mães entre 15 e 19 anos
(Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, 2020). Os riscos de uma gestação na
adolescência são grandes, além do impacto da maternidade ocorrendo tão cedo na vida das
jovens que lidam com essa situação. Na maioria dos casos, são provenientes de famílias em
grande vulnerabilidade social e não terão estrutura adequada para criarem seus filhos com
qualidade de vida, educação e saúde, perpetuando um ciclo que precisa ser interrompido por
políticas públicas adequadas.
Além da gestação muito cedo, a faixa etária adolescente está mais exposta ao risco de
contrair ISTs, muitas vezes desconhecidas por eles exatamente pela falta de informações
recebidas em seu cotidiano. Desse modo, trabalhar essa temática em sala de aula pode
oferecer aos jovens o conhecimento sobre métodos contraceptivos e a prevenção de ISTs
através de um diálogo com o professor, situação essa que, muitas vezes, não existe no
ambiente do jovem em casa, com a família. A BNCC prevê o trabalho voltado a essa temática,
assim como o CRMG, cabe ao professor construir um ambiente favorável para o debate desse
assunto tão delicado. Nesse MAPA, tentamos construir uma sequência didática facilitadora
para essa abordagem.

18
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
A adolescência e as mudanças físicas já iniciadas nos estudantes dessa faixa etária favorecem
o início dessa sequência didática por oferecerem o tema para discussão. Os estudantes com
certeza já perceberam as primeiras alterações físicas referentes à puberdade, já estão
vivenciando aumento de pelos pelo corpo, alterações na voz, estirões de crescimento,
espinhas e maior oleosidade na pele... São mudanças que todos passarão, mas cabe aqui
ressaltarmos que nem todos os estudantes estarão vivenciando as mesmas mudanças físicas,
sempre há aqueles com a puberdade mais avançada e outros que passam pelo processo mais
tardiamente. É fundamental que o professor ressalte que cada um tem um processo,
dependente de questões fisiológicas, da liberação dos hormônios.
Para uma aula inicial, o ideal seria o formato de diálogo, a sala alocada em círculo e o
professor mediando as modificações vivenciadas pelos estudantes. Esse momento é oportuno
para falar a respeito de higiene pessoal, um problema que acompanha essa faixa etária
jovem. A alteração hormonal, surgimento de pelos, aumento das secreções pelo corpo pode
não ser percebida pelo estudante e levar a transtornos na relação cotidiana, ao bullying.
Tratar o assunto de maneira direta é importante, assim como a questão da menstruação e o
uso de absorventes. Muitas meninas não receberão esse apoio em casa e precisam ter essas
informações por parte do ambiente escolar para saberem como lidar.
O professor pode abordar o assunto da maneira que for mais confortável, mas a sugestão
mais importante para essa 1ª aula é que exista o estímulo para as dúvidas dos estudantes
serem apresentadas. Com uma caixa de sapatos, pode-se fazer uma urna de dúvidas
anônimas para construir as aulas seguintes. O professor deve levar pedaços de papel para os
estudantes escreverem suas dúvidas e é importante organizar a turma de maneira que um
não consiga visualizar a pergunta feita pelo outro, evitando situações vexatórias. As perguntas
devem ser lidas pelo professor posteriormente, sem divulgação para toda a turma, para
construção das aulas seguintes. Muitas perguntas podem ter conteúdo que não é interessante
a divulgação em sala, portanto, o ideal é que sejam lidas apenas pelo professor.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, caixa de sapato (para fazer a urna)
e pedaços de folha de papel para elaboração das perguntas pelos estudantes.

AULA 2
A partir das dúvidas dispostas na urna, o professor tem uma base de questionamentos para
responder com essa aula. A anatomia dos sistemas reprodutores masculino e feminino
precisam ser apresentados e é interessante que sejam usados recursos visuais. Se a escola
não possuir modelos anatômicos, o professor pode utilizar o projetor de multimídia ou
imagens do livro didático, sempre lembrando de verificar se existem questionamentos dos
estudantes na urna de dúvidas em relação ao que planejar apresentar.
Como atividade extraclasse, a elaboração de modelos didáticos do sistema reprodutor é
bastante interessante e deve ser pedida com a entrega para a aula seguinte. Pode-se dividir a
turma em grupos, metade da turma faz modelos do sistema reprodutor masculino e metade
faz do sistema reprodutor feminino. Os modelos elaborados devem ser armazenados pelo

19
professor para uso posterior nas outras duas aulas.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco.

AULAS 3 e 4
Chegamos ao momento de trabalhar com prevenção de gravidez, abordando a diversidade e
eficácia dos métodos anticoncepcionais. Para os estudantes compreenderem os métodos, eles
precisam, antes, compreender o funcionamento do organismo feminino, a flutuação hormonal
que ocorre ao longo do ciclo menstrual. O uso do gráfico do ciclo menstrual é importante, mas
também é cansativo e pouco atraente para os estudantes em aulas expositivas. Nesse
contexto, a construção prática do gráfico pode agregar maior interesse dos estudantes no
desenvolvimento das competências esperadas. Para tal, sugere-se imprimir em folha A4 o
gráfico da flutuação hormonal no ciclo menstrual como na figura 1-A. Separe 4 novelos de
linha de lã (ou barbante colorido) para que os estudantes possam fazer as linhas de flutuação
dos 4 hormônios do ciclo menstrual (como na figura 1-B). Eles devem colar seguindo as
imagens disponíveis no livro didático ou outro material de referência que o professor preferir
utilizar. Após a montagem do gráfico, devem ser nomeados: folículo ovariano, corpo lúteo,
ponto que ocorrerá a menstruação, intervalo de dias férteis. Essa atividade pode ser realizada
em dupla ou individualmente, com o professor acompanhando o desenvolvimento e,
posteriormente, explicando no quadro ou com uso de projetor a representação que os
estudantes fizeram.

Figura 1: flutuação hormonal ao longo do ciclo menstrual, com gráfico modelo para atividade prática.

Fonte: adaptado de SANTOS, V. S, [2016].

Finalizada essa atividade, o professor conclui junto aos estudantes que o processo da ovulação
é um ciclo contínuo e varia de duração entre as mulheres. Alterações pequenas nos hormônios
podem alterar a duração do ciclo e, por esse motivo, métodos baseados na “tabelinha” já

20
devem ser abordados aqui pelo professor e definidos como ineficientes, principalmente para
adolescentes, que ainda estão com o corpo em desenvolvimento.
Os modelos anatômicos preparados pelos estudantes devem ser distribuídos novamente,
devolvidos para os grupos que os produziram. O professor vai repassar a cada um deles um
tipo de método anticoncepcional existente e os estudantes deverão pesquisar extraclasse e, na
aula seguinte, utilizar o modelo para descrever como ocorre o funcionamento desse método.
Camisinha masculina e feminina, anticoncepcionais orais são mais fáceis de obter, os demais
métodos podem ser representados por imagens. É importante o professor observar o modelo
e adequar o máximo possível o método anticoncepcional ao tipo de modelo feito pelos
estudantes. Por exemplo, um modelo que o útero tem um tamanho razoável, é possível inserir
um DIU (ou protótipo de DIU) mais facilmente. Os estudantes devem apresentar os métodos
anticoncepcionais oralmente na aula, usando os modelos (e o gráfico hormonal quando
necessário) para amparar a explicação.
Para o ensino das ISTs, sugere-se o uso de trabalhos extraclasse, com pesquisa
semiestruturada feita pelo professor de acordo com o perfil da turma e o acesso dos
estudantes às informações. Se os estudantes tem acesso à internet, por exemplo, é possível
fazer uma pesquisa mais extensa e ilustrada. É possível realizar um trabalho interdisciplinar
com língua portuguesa, com textos atuais abordando estatísticas sobre ISTs mais graves,
transmissão na faixa etária adolescente, etc.

RECURSOS:
Livro didático, quadro branco, pincel para quadro branco, folhas de papel A4 com o ciclo
incompleto da figura 1-A impresso, 4 novelos de lã ou barbante de cores diferentes, cola
branca e os modelos anatômicos produzidos pelos estudantes na atividade extraclasse.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
As habilidades desenvolvidas nessa sequência didática são fundamentais para o
autoconhecimento, para o estudante compreender as mudanças que seu organismo vivencia
durante a puberdade e se proteger da ISTs e de uma gestação indesejada. Esse conjunto de
informações não pode ser apenas apresentado de forma expositiva, precisa da interação dos
estudantes no processo, construindo, inclusive, os questionamentos norteadores para o
professor construir as aula 2, 3 e 4. Sendo assim, a avaliação precisa ter uma parte
qualitativa, baseada na participação dos estudantes com a construção dos materiais práticos.
Para avaliações qualitativas, sugere-se o uso dos trabalhos extraclasse e questionários com
consulta.

21
ATIVIDADES
1 – Quando um homem faz vasectomia ou uma mulher faz laqueadura (ligadura das tubas
uterinas) estão fazendo cirurgias consideradas métodos anticoncepcionais eficientes e que tem
o mesmo princípio. Na mulher, as tubas uterinas ao serem ligadas ou cortadas cirurgicamente,
impedem a fecundação do óvulo e posterior chegada no útero para implantação do embrião.
No caso da vasectomia, qual estrutura é ligada ou cortada para impedir a passagem do
espermatozoide?

2 – Elabore uma tabela listando 5 ISTs, os modos de transmissão, sintomas e o tratamento


utilizado.

3 – A utilização de um método anticoncepcional chamado coito interrompido não é


recomendada por ser considerada ineficiente, além de não prevenir a transmissão de ISTs. Por
que o coito interrompido é considerado um método ineficiente?

4 – Por que mulheres grávidas não menstruam (embora possam ter algum sangramento
eventual)?

5 – Quais métodos anticoncepcionais utilizam hormônios?

22
REFERÊNCIAS
GEWANDSZNAJDER, Fernando - Teláris ciências, 8º ano : ensino fundamental, anos finais /
Fernando Gewandsznajder, Helena Pacca. -- 3. ed.- São Paulo : Ática, 2018.
LOPES, S. G. B. C. et al. Panorama histórico da classificação dos seres vivos e os
grandes grupos entro da proposta atual de classificação. Diversidade biológica, História
da vida na Terra e Bioenergética. São Paulo: USP/Univesp/Edusp, 2014. Disponível em:
https://repositorio.usp.br/item/002680854 . Acesso em: 17 mar. 2023.
LOPES, Sônia - INOVAR Ciências da Natureza, 8º ano: ensino fundamental, anos finais /
LOPES, Sônia; AUDINO, Jorge. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para


aprendizagens. 8º ano EF Anos Finais. v.1. Belo Horizonte: SEE, 2022. Disponível em:
<https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022> . Acesso
em: 03 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:


educação infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional
de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento
_curricular_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -


anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso
em:05 fev. 2023.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos – Sinasc - 1996 a


2020. DataSUS, [s. l.], 2023. Disponível em:
https://opendatasus.saude.gov.br/dataset/sistema-de-informacao-sobre-nascidos-vivos-sinasc-
1996-a-2020 Acesso em 13 mar. 2023.
ROCHA, D. R.; DA SILVA, G. M.. Vulnerabilidade na adolescência com enfoque em
Infecções Sexualmente Transmissíveis e os desafios dos professores no processo
de orientação. Educação & Linguagem, v. 22, n. 2, p. 43-59, 2019. Disponível em:
https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/article/view/9840 Acesso em 13
mar. 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. O que é o ciclo menstrual?, [2023]. Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-ciclo-menstrual.htm.
Acesso em 25 de março de 2023.

23

Você também pode gostar