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As funções executivas direcionam comportamentos para alcançar as metas.

Elas:
◦ Planejam ações.

◦ Elas são as habilidades cognitivas;

◦ Elas nos permitem controlar e regular nossos pensamentos;

◦ Regula nossas emoções e nossas ações diante dos conflitos ou das


distrações;

◦ Resolvem problemas imediatos e de longo

prazo;

◦ Inibe comportamentos não adaptativos;

◦ Alterna comportamentos ou pensamentos de acordo com a exigência


ambiental;

◦ Nos leva para atividades que fogem dos processos automáticos;

◦ Nos auxilia a ter fluência de fala;

◦ Memória de trabalho;
◦ Controle inibitório;

◦ Flexibilidade cognitiva;

◦ Melhora qualidade de vida;


◦ Melhora a leitura;

Elas são como um “sistema de controle de tráfego aéreo” em um aeroporto


movimentado que gerencia as chegadas e partidas de dezenas de aviões em várias
pistas. Sendo assim, são essenciais para controlarmos nosso comportamento e alcançar
nossos objetivos.

Há algumas técnicas de modificação comportamental que auxiliam no


desenvolvimento das funções executivas em pacientes com TAQUIFEMIA. Estas incluem
estratégias de autocontrole como: parar e pensar em alternativas e o treinamento de
resolução de problemas.

As técnicas de modificação de comportamento que têm como objetivo trabalhar as


funções do controle executivo são úteis para a fala rápida, pois, além de serem
direcionadas ao exercício destas funções, ainda desenvolvem o interesse e a motivação
da pessoa no enfrentamento dos problemas. Deste modo a abordagem da terapia
cognitivo-comportamental é fundamental ao enfocar o controle e a inibição da
impulsividade, o falar sem pensar, o tropeçar nas palavras e pensamentos, gerando assim
ajustes dos processos da atenção tanto quanto do seu direcionamento.

Pode ser trabalhado também exercícios para exercitar uma fala mais precisa, com menor

velocidade:

◦ Ler pequenos textos, falando pausadamente.


◦ Aumentar e diminuir a velocidade para encontrar a velocidade adequada ao
falar.
◦ Cantar músicas em diferentes ritmos e observar as variações na velocidade.

◦ Falar em frente a um espelho, utilizando diferentes velocidades de fala.

◦ Fazer vídeos para observar como acontece a movimentação dos órgãos


articulatórios (boca, língua, dentes...), de acordo com o ritmo que está sendo
utilizado.
◦ Melhorar a articulação das palavras, não deixando de pronunciar nenhuma
sílaba.

◦ Ler poesias e letras de músicas articulando todas as palavras.


◦ Treinar a respiração por inspirar nas pausas naturais da fala.

◦ Prestar atenção em que momentos ocorre a aceleração da fala.

◦ Controlar o desejo de querer terminar logo o que tem para dizer.

◦ Ter paciência com o outro (interlocutor),


◦ Procurar articular as palavras, mesmo que tenha alguma dificuldade
articulatória ou de fluência,

◦ Tentar organizar as ideias.

◦ Verificar os diversos domínios que interferem na fluência e trabalhar para


melhorar a fluência.

◦ orientar o paciente quanto ao ambiente que vive e as possibilidades de


mudanças comportamentais.

Sendo assim, a organização linguística e o desenvolvimento das funções executivas


podem contribuir para superar os desafios da TAQUIFEMIA pois, as funções executivas
conforme a psicóloga Valéria Sabater :”… são processos cognitivos complexos. São
aquelas atividades mentais que realizamos para nos relacionar com as pessoas ao nosso
redor, criar, priorizar determinada atividade, controlar o tempo e até mesmo para
automotivação. É como uma sequência automática de processos que executamos
diariamente sem nem perceber.” E conforme Jan E. R. Leite 2010: a fala e escrita são
modalidades que não podem ser consideradas no plano das oposições, mas no plano das
continuidades, uma vez que nenhum usuário da língua, independente de nível de
escolaridade ou do grau de formalidade do uso da língua, usa apenas uma modalidade ou
outra.

Desse modo, ao estudarmos fala e escrita de modo integrado, vimos que são
modalidades funcionais, isto é, que se adequam às variadas situações comunicativas de
uso da língua pelo falante, e que estão em relação de complementaridade, ao invés de
exclusão.”

Portanto quando o paciente com taquifemia compreender melhor as organizações


linguísticas, ao se aprofundar na leitura e escrita consequentemente melhorará suas
faculdades executivas que por fim, fará com que o paciente consiga melhorar suas
habilidades de fala e fluência.

Eu pude vivenciar essa experiência por ter convivência com um amigo (J.A.) que tem
taquifemia e seu pai também o senhor (J.W.) O pai não teve nenhuma melhora em sua
fluência por ter se acomodado em sua fala pouco compreensível e em seu trabalho que
pouco exige de sua comunicação. Ao passo que o filho conseguiu melhorar sua fluência e
fala ao adentrar em um ensino superior e ao trabalhar com o público, ele teve uma
mudança significativa em sua fala. Ainda existe algumas disfluencias que precisam ser
melhoradas, mas com seus esforços e o apoio familiar temos notado muitas melhorias em
sua maneira de articular as palavras. Se J.A. tivesse buscado ajuda profissional de um
fonoaudiólogo, com certeza muitos problemas teriam sido evitados, como não garantir
promoção em seu ambiente de trabalho por não conseguir se expressar adequadamente.
Mas assim como o pai se conformou com sua situação, muitos agem da mesma forma.
Isso traz grandes prejuízos para sua vida e da sociedade como um todo.

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