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E
DESENVOLVIMENTO
O PODER DA VERDADE
PARA TRANSFORMAR NAÇÕES
Índice:
03 – O ABC da Cultura 14
07 – Revivendo a Reforma 45
08 – O Poder da História 54
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A MUDANÇA DE MODELO (PARADIGMA)
Introdução:
Mesmo após três anos com Cristo, os discípulos tinham uma perspectiva bem diferente do que o
verdadeiro a respeito de quem Ele era e o que Ele veio para fazer. Os discípulos tinham um modelo
(paradigma) faltoso. Jesus se esforçou para mudar a paradigma deles para que eles pudessem conhecer
a realidade.
C - Escolhe as cinco palavras do item A que você mais usa para descrever seus próprios alvos.
D - Definição de sucesso
Pensando nessas palavras percebe-se que a nossa sociedade define o sucesso em termos de
autoridade, poder e ganhando. Nossa sociedade descreve fracasso em termos de trabalhando,
servindo os outros e sendo subordinado.
Mas os dois conceitos nem sempre estão em choque. Jesus, o Deus-Homem, era Senhor e também
Servo. De fato, a liderança boa lidera através de servir.
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II - Os valores “direito” do Reino
A - Leia Lc. 3:4-6.
Nessa passagem, João Batista prega a mensagem de Isaías sobre a vinda do Reino de Cristo. Neste
reino as coisas estão invertidas (ou melhor, restauradas à ordem certa).
B - Estude Mt. 10:39.
Neste reino “invertido” (direito) como se acha a vida?
C - Valores e ambições
O sistema de valores no Reino está em contraste com os valores do mundo. Por isso, a ambição do
Cristão deve ser diferente da ambição do mundo. A ambição do Cristão é: Ser Servo.
D - Há três palavras gregas principais no NT para “servo:”
a. DOULOS – escravo, sujeito, servo para sempre.
b. DIAKONOS (do diako = atender um serviço) – ajudante,
garçom, servo.
c. THERAPON – um servo que faz os serviços menores; servo
comum.
E - O termo “servo” no NT:
O termo “servo” no NT tem um significado semelhante ao uso atual da palavra. Ela se refere à
pessoa que cuida dos serviços menores.
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D - Complete esta declaração: Jesus mudou minha compreensão de servo
1- de:____________________________________________________________
2- para: ____________________________________________________________
Quem é Cristo
O que/Quando é o
Reino?
Quem são os
discípulos?
C - Para Refletir
1 - De onde vem nossa história “ou expectativa?”.
2 - O que estas “histórias” ou expectativas produzem?
3 - O que acontece quando nossa maneira de compreender a realidade é diferente do que a
maneira (certa) em que Deus a compreende?
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A História que Transforma
Gênesis 1:1 diz: “No princípio Deus . . .” Este é o começo da nossa história. Esta declaração estabelece toda
a trama da nossa história. Que é o homem? O animismo, o teísmo e o secularismo têm respostas diferentes
para esta pergunta. Que é a natureza? Para onde está indo a história? Também para estas perguntas, o
animismo, o teísmo e o secularismo dão respostas diferentes. São histórias muito poderosas que formam o
perfil de nações inteiras. Nós temos uma história incrivelmente poderosa. Uma história capaz de transformar
indivíduos, comunidades e nações.
Pense em nossa história como um livro. A história começa num jardim e termina numa cidade. O primeiro
capítulo do livro é sobre a criação. “No princípio, Deus criou os céus e a terra.” Neste primeiro capítulo, Ele
cria o homem. Põe o homem no meio do jardim e dá ao homem uma tarefa: seja o Meu representante no
jardim; desenvolva a terra. O capítulo dois da nossa história registra a Queda. O homem se rebela contra o
Rei dos Céus. É o começo da morte. É o começo da fome. Você já parou para pensar que a fome não é
natural? A morte não é natural. São produtos da rebelião do homem contra o Deus vivo. Os capítulos dois a
nove da nossa história narram Deus desdobrando a história. Ele trabalha na história para levantar Abraão,
Moisés e os profetas. Tudo isto faz parte da nossa história. O décimo capítulo da nossa história é o
Evangelho—a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Este é o ponto focal da nossa história e de toda
a história humana. É o capítulo principal, mas não é o único capítulo. No capítulo onze, Deus estabelece a
Igreja. A Grande Comissão é a reformulação de Jesus da aliança de Deus com Abraão. O que é a Grande
Comissão? Fazer discípulos. Fazer discípulos de que? Nações! O capítulo doze descreve a volta do Rei. Ele
está voltando com o Seu Reino e esse é o “Fim” da nossa história! O Rei está voltando. E quando Ele voltar,
vai querer alguma coisa pronta para a Sua volta. Ele quer a Sua noiva pronta (Apocalipse 19:7), e Ele
também quer a glória das nações pronta (Apocalipse 21:24-26) para ser levada pelos reis das nações para
dentro da cidade celestial.
Como a glória da Coréia vai estar pronta para a volta de Cristo? Como a glória do Brasil vai estar pronta para
a volta de Cristo? Somente se forem discipuladas. Esta é a nossa história. Mas, o que nós fizemos? Tiramos o
capítulo dez do livro e dissemos que ele é a história toda. Isto é tudo o que temos para contar. E esquecemos
o resto da história. Tiramos o Evangelho do contexto e dizemos: “Muito bem. Aqui está a história secular;
aqui está a história animista. Vamos colocar o Evangelho aqui.”
Usando uma outra analogia, nos esquecemos de estabelecer um alicerce para a vida do povo de Deus. O
Evangelho é a pedra angular do alicerce, mas não é o alicerce todo. O alicerce não pode ficar sem a pedra
angular, mas a pedra angular sozinha não pode suportar o edifício todo.
Qual é o alicerce da destruição de uma comunidade? Qual é o alicerce da destruição de uma nação? Qual é o
alicerce da nossa própria destruição pessoal? Mentiras! Satanás é o pai da mentira. Ele destrói não somente a
pessoa, mas também comunidades e nações, levando-as a acreditar em mentiras.
Qual é o alicerce do desenvolvimento de uma comunidade? A verdade. O conhecimento de Deus. Nós,
cristãos, temos uma história poderosa. Mas, na verdade, a nossa história compete com outras histórias. O
animismo tem uma maneira de ver a realidade, muito diferente do secularismo. Estas duas cosmovisões
possuem uma compreensão da realidade muito diferente do teísmo bíblico.
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Que é o homem?
Homem, a Imagem de Deus
Homem e Mulher
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Mas, tem uma coisa extraordinária a respeito da nossa história. Veja novamente Gênesis 1:27: “Criou, pois,
Deus o homem à Sua imagem . . . homem e mulher os criou.” Você percebe o significado desta declaração.
São somente palavras religiosas? O que dizem estas palavras? Que Deus nos fez como Ele. Quem é como
Ele? Homens e mulheres! Não só os homens. Homens e mulheres! Na história bíblica, homens e mulheres
são iguais diante de Deus em dignidade e valor.
Muitas vezes, nas minhas viagens pelo mundo, eu fico muito aborrecido. Eu vejo a pobreza. Uma das
maiores responsáveis pela pobreza no mundo é uma mentira! A mentira de que os homens são melhores do
que as mulheres. Viajo pelo mundo e ouço as histórias culturais que dizem que os homens são melhores do
que as mulheres. Na América do Sul chamam a isto de machismo: “Os homens são melhores do que as
mulheres!” E as mulheres são tratadas como empregadas. Em algumas culturas elas são tratadas como
escravas. Em outras, são tratadas como brinquedos, como objetos sexuais. Os homens abandonam as suas
mulheres quando elas ficam grávidas. Então, elas são obrigadas a cuidar dos filhos sozinhas e sem nenhum
recurso. Algumas culturas acreditam que as mulheres não têm mentes, portanto não vale a pena dar-lhes
educação escolar. A pobreza que vem desta mentira é impressionante. É óbvio que homens e mulheres são
diferentes. Mas é mentira dizer que, porque são diferentes, um é melhor do que o outro.
Veja o que mais a Bíblia diz: “Homem e mulher os criou.” O que isto quer dizer? Ao criar o homem, Deus
quis expressar a Si mesmo plenamente. Ele não conseguiria expressar tudo o que Ele é fazendo dois homens.
Ele não conseguiria expressar o Seu coração de mãe criando dois homens. Para criar uma imagem que
expressasse plenamente quem Deus é, Ele tinha de criá-los homem e mulher. Além das diferenças físicas
visíveis, eles também diferem em papel e função. Estas diferenças são para ser celebradas e gozadas. Há uma
reação ao machismo acontecendo no mundo—o feminismo radical. O feminismo diz que homens e mulheres
são iguais e, portanto, são o mesmo. As pessoas falam em liberar as mulheres. Liberar as mulheres para
serem o que? Como os homens. A o agir desta forma, elas mantiveram o mesmo e velho paradigma. O que
precisamos orar e advogar é que os homens sejam homens, não somente “animais machos”. Cristo mostrou o
que significa ser um homem no Seu relacionamento com a Sua noiva—mulher—a Igreja. Ele é a cabeça da
Igreja. Como Ele lidera a Igreja? Da cruz. Cristo é a cabeça da Igreja a partir da cruz! O que Ele fez? Ele
morreu por Sua noiva. Cristo foi um líder-servo. Esta é a nossa história. É uma história radical.
Dando Nomes aos Animais
Vejamos o último exemplo de como o homem foi feito à imagem de Deus. Gênesis 2:19 diz: “Havendo, pois,
o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, trouxe-os ao homem,
para ver como este lhes chamaria; e o nome que homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome
deles.” O homem está no jardim e Deus lhe traz os animais. Por que Ele traz os animais para o homem? Para
dar nomes a eles. É o que a Bíblia diz. Mas, você sabe o que Deus poderia ter feito? Ele poderia ter dito:
“Adão, Eu sou Deus. Eu fiz os animais. Eu dei nomes a eles. Eu quero que você memorize os nomes deles.
Eu quero que você os chame pelos nomes que Eu dei a eles.” Ele poderia ter feito isto? Sim! Porque Ele é
Deus! Foi o que Ele fez? Não! Ele trouxe os animais para Adão e disse: “Adão, eu fiz você semelhante a
Mim. Eu poderia dar os nomes aos animais. Você também pode. Eu quero que você dê nomes aos animais e
Eu vou chamá-los pelos nomes que você der a eles.” Que Deus é este? Que Deus diria a Adão: “Eu criei os
animais, mas você pode dar os nomes deles, e Eu vou chamá-los pelos nomes que você der a eles.”? Que
homem é este? Esta é uma história incrível!
Antes do nascimento do meu filho mais velho na Suíça, minha esposa e eu conversamos sobre que nome dar
ao bebê. De repente, senti um calafrio na espinha, e estou sentindo-o novamente, só de pensar nisto. Nós
íamos dar um nome a esta criança e o Deus do universo ia chamar a criança pelo nome que nós íamos dar a
ela. Por toda a eternidade este ia ser o nome da criança. O nome do meu filho é Nathan e é assim que Deus o
chama! E onde ele ganhou esse nome? Nós lhe demos. Que Deus é esse? Que espécie de homem Ele criou?
Esta é a nossa história.
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Para Onde Vai a História?
Como é que nós, que estamos envolvidos com desenvolvimento, vamos trabalhar com as pessoas das
comunidades para ajudá-las a começar a enxergar a visão de Deus para a terra? Não a nossa visão, não a
visão das pessoas. A visão delas é o que pode estar segurando-as na pobreza. Como vamos ajudá-las a ver
com os olhos de Deus? Quais são os Seus bons propósitos para a comunidade, para a terra? E como vamos
incentivá-los a buscar os propósitos de Deus? É aqui que o desenvolvimento se inicia: com a Visão de Deus
de uma Comunidade. É mais do que elaborar projetos—é apresentar as pessoas ao Deus do universo, não
somente para que as suas almas sejam salvas, mas para que também possam começar a ouvir a História de
Deus e ter os corações, mentes e vidas transformadas. Desenvolvimento começa com conhecer Deus,
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entender e aplicar as Suas leis e princípios, ouvir a Sua História e ter as vidas ligadas ao desdobrar da
História de Deus. Desenvolvimento começa com uma visão, e “sem visão o povo perece”.
É imperativo que leiamos Apocalipse 21, porque é o fim da nossa história. Quando Cristo voltar, Ele vai
voltar com a Sua cidade, a cidade de Deus. E os reis da terra vão trazer o esplendor das nações para dentro
dela. Como o esplendor das nações vai ser preparado para a segunda vinda de Cristo? Somente se as nações
forem discipuladas. E é por isso que Ele nos fala, que Ele nos ordena, a discipular as nações. Jesus tem uma
tarefa—voltar com o Reino. E Ele nos encarregou de uma tarefa—discipular as nações. Temos que preparar
as nações para a volta do Rei, para que a glória das nações esteja pronta para Ele. Daí porque a Grande
Comissão é não somente possível, mas vai acontecer antes da Sua volta, porque esse é o Seu propósito.
Precisamos discipular as nações!
Qual é a Natureza do Universo?
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A última história, a minha preferida. Eu não sei se você já teve a oportunidade de ver uma foto ou mesmo a
própria estátua Davi de Michelangelo. É a estátua do Rei Davi no exato momento em que ele tinha acabado
de matar Golias. Ele era um jovem, em toda a glória da sua juventude, e tinha acabado de defender o nome
do Deus vivo. Ele estava disposto a morrer pelo nome do Deus vivo. Foi nesse momento que o artista
Michelangelo conseguiu capturar Davi. É uma obra de arte. Quanto ela vale? Não tem preço. Não é somente
um tesouro nacional, é um tesouro do mundo. O que ela foi um dia? Um pedaço de pedra numa montanha.
Não tinha nenhum valor. Então, um dia, um homem saiu e trabalhou duro para arrancar aquele bloco de
mármore da montanha. Provavelmente, ele trabalhou meses para tirar aquele bloco da montanha. E o bloco
passou a valer um pouco mais; valeu o trabalho de um homem. Depois, um outro homem veio com um
cavalo cansado e pôs o bloco de mármore numa carroça. O cavalo cansado puxou o bloco até Florença, na
Itália, deixando-o no estúdio de Michelangelo. O bloco de pedra foi colocado sobre um pedestal, onde
Michelangelo o estudou por alguns instantes. Certo dia, ele estava num canto do seu estúdio trabalhando
numa outra escultura e olhou para o bloco. Em seguida, mudou para um quadro que estava pintando e deu
algumas pinceladas. E, aí, olhou de novo para o mármore. O que ele estava procurando? Ele procurava o que
estava dentro do mármore. E um dia ele o viu; ele viu Davi. Tomou o cinzel e o martelo e começou a revelar
o que ele viu dentro da pedra. Não sei quanto tempo levou, mas um dia a obra estava acabada. E agora,
quanto ela valia? Não tinha preço. O que a fazia ser tão valiosa? O que fez que algo que não tinha valor se
transformasse num tesouro de valor incalculável? Um artista que foi feito à imagem de Deus.
Mas, esse não é o fim da história. Quando ouvi esta história, fiquei sabendo que aquele bloco tinha uma
grande falha. Era uma trinca que ia até à base da pedra e Michelangelo tinha que trabalhar em torno dessa
falha. Ele sabia com o que estava lidando e trabalhou contornando aquele defeito para dar forma à glória de
Davi. Ele pegou uma pedra que tinha uma falha e a transformou numa obra de arte. Ele pôde fazer isto
porque era feito à imagem de Deus.
Você tem consciência de que é isto que está acontecendo nas nossas vidas? Você tem consciência de que é
isto que Deus está fazendo na sua vida? Somos como aquela pedra fria e defeituosa. E o Deus do universo
vem até à pedra fria e com falhas, e olha para ela. O que Ele procura? A glória que está “lá dentro”! Deus vê
toda a maravilha e beleza que há dentro de nós e quer revelá-la ao mundo. E Ele toma o Seu cinzel e o Seu
martelo e começa a revelar a glória.
Sabe aqueles dias da sua vida? Os dias difíceis? Os dias de dor e talvez até dias em que você desejou morrer?
Você vê o golpe se aproximando e pede: ‘Deus, não! Segure o golpe. De novo não! Não agüento mais!’
Você está nas mãos do Escultor do universo. Se Ele retivesse o golpe, a glória não poderia ser revelada.
Temos um Deus maravilhoso e Ele nos fez à Sua imagem. Esta é a nossa história. Esta história vai
transformar nações.
A História que Transforma
Guia de Estudo
1. Qual o significado do fato de que somos feitos à imagem de Deus (Gênesis 1:27)?
2. Qual é uma das causas gerais da pobreza no mundo?
3. Quais os dois princípios sobre os homens e as mulheres que são derivados do homem ser criado à
imagem de Deus (Gênesis 1:27)?
4. Qual o significado desses dois princípios para a sociedade?
5. O que você sente ao saber que Deus fez o homem para dar nomes aos animais?
6. Descreva os três diferentes conceitos da história e seu significado para a humanidade.
7. De acordo com cada um dos seguintes, qual é a fonte dos recursos?
Secularismo:
Teísmo Bíblico:
8. Como o conceito bíblico de recursos impactou o seu pensamento?
9. Qual a moral da História que Transforma?
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ABC da Cultura
A Teia de Mentiras
I. Introdução
No altiplano boliviano, muitos dos índios Aymaras converteram-se a Cristo, mas ainda vivem na
pobreza. Eles ainda reverenciam a divindade local, o Pacha Mama.
Ruanda foi o berço do reavivamento da África oriental. Oitenta por cento dos ruandenses entregaram
as vidas a Cristo. O país foi evangelizado e igrejas foram plantadas. Porém do dia 6 de abril a meados
de julho de 1994, aconteceu um genocídio. De uma nação de 7 milhões de pessoas, um milhão foram
mortos e dois milhões refugiados. O que aconteceu? Não existe uma resposta simples.
A tese deste escritor é que nestes dois exemplos o animismo está no coração das duas culturas. Mesmo
que o Evangelho tenha chegado e que igrejas tenham sido plantadas, houve uma falha no discipulado
das “nações” sobre as “verdades profundas” do pleno conselho de Deus. Não houve uma
transformação das mentes dos indivíduos e dos princípios fundamentais da cultura. Muitas vezes, as
práticas cristãs religiosas cobriram a mente animista.
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III. As Ferramentas da Escravidão
A. Paulo argumenta que Satanás usa duas grandes armas para nos escravizar.
1. A filosofia centrada no homem (Colossenses 2:8), que ele chama de vã, enganosa e baseada
em tradição humana. Com suas próprias palavras descreva:
a) Vã (kenos) :
b) Enganosa (apate) – engano
c) Tradição humana (paradosis) – da palavra “transmissão”
d) Leia 1 Pedro 1:18-19. Como Pedro descreve as conseqüências de seguir a filosofia
centrada no homem, a qual é transmitida de geração a geração?
1
tecido da sociedade. Assim, até instituições cristãs refletem estas influências
demoníacas quando as potestades invadem as instituições humanas.
B. Liberdade da Escravidão
1. Qual o fundamento para a destruição da comunidade (nacional)? *5
2. Qual o fundamento para o desenvolvimento da comunidade (nacional)? *6
3. Se indivíduos e nações vão estar permanentemente (leia “desenvolvimento sustentável” )
libertas do impacto da pobreza, os projetos de desenvolvimento precisam estar situados
dentro de um contexto maior. A pregação de Cristo pode libertar as pessoas do poder de
Satanás. A troca de stoicheion falsos por stoicheion do Reino estabelecem um alicerce de
desenvolvimento permanente.
4. Obreiros compassivos são obreiros de sabedoria.
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BLOCOS CONSTRUTORES DO ENGANO
Sistema fechado
Recursos limitados: “usar & tomar”
A Natureza tem domínio sobre o homem
A Matéria é tudo que importa
O universo é amoral
O homem é bom
Corrupção é normal, todo mundo faz.
O mal triunfa
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O Reino de Deus...
O cristianismo perdeu o Ocidente. O Ocidente vive um estado de decadência moral e cansaço espiritual. A
decadência começou com o abandono da cosmovisão bíblica e continuou com a influência bárbara do
secularismo chegando à sociedade ocidental. A ascensão da cultura pós moderna (neo-animista) dominou a
última década do século 20.
A Igreja da nossa geração abandonou a cultura muito depressa. Está esperando o céu, esquecida de sua
missão. Por que? O que aconteceu? Nos esquecemos do Reino de Deus e de que a nossa tarefa é discipular
nações.
E. Stanley Jones, estadista missionário na Índia declarou: “O Reino é a resposta total de Deus para a
necessidade total do homem.” Muito interessante. Gálatas 3:8 diz que as Escrituras previam que Deus iria
justificar os gentios pela fé e anunciou o Evangelho primeiro a Abraão. Qual foi o Evangelho que Ele
anunciou primeiro a Abraão? Todas as nações serão abençoadas através de você. Esta é a boa notícia. A boa
notícia do Reino de Deus. Jesus ensinou e pregou a boa notícia do Reino de Deus e modelou o Reino de
Deus com a própria vida.
Antes de examinarmos alguns dos elementos críticos do Reino, vamos definir o Reino de Deus. A definição
mais simples é: o Reino de Deus é todo o ambiente onde Cristo, o Rei, reina. Portanto, o Reino de Deus é
qualquer lugar onde Cristo está reinando. Cristo está reinando em sua vida? Então o Reino de Deus está aí.
Cristo está reinando em sua igreja? Então o Reino de Deus está lá. O Reino de Deus pode estar numa igreja
local, numa comunidade, ou numa nação onde Cristo está reinando. Outra maneira de dizer isto é que o
Reino de Deus é o lugar onde é feita a vontade de Deus. O que oramos na Oração do Pai Nosso? “Venha o
Teu Reino, seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu.” Primeiro, oramos pela volta de Cristo com
o Seu Reino. Depois, oramos por nós mesmos, para que o Reino possa ser manifestado hoje em nossas vidas.
Se você está plantando uma igreja, que tipo de igreja vai ser? Mateus 25:31-46 descreve a volta de Cristo
como Rei. Quando Ele voltar, Ele vai separar as ovelhas dos bodes. O fator diferencial entre os dois é o
ministério da compaixão. As ovelhas manifestaram compaixão; os bodes não. Precisamos edificar igrejas do
Reino que sejam sal e luz para as suas comunidades, dispostas a criticar a cultura desses lugares e a se
posicionar ao lado da justiça e da verdade em meio à corrupção. Precisamos criar igrejas que entendam que
precisam santificar todas as áreas da vida. Precisamos construir igrejas que entendam que o caráter de Deus é
compassivo, e que Ele quer manifestar a Sua compaixão através da Igreja. Precisamos discipular cristãos do
Reino e edificar igrejas do Reino se queremos que o Reino venha.
Agora vamos ver os sete elementos que descrevem a natureza do Reino de Deus. Primeiro, o Reino é
revelado na pessoa de Jesus Cristo, o Rei. Colossenses 1:19 diz que em Jesus Cristo habita toda a plenitude
de Deus. O que Jesus revelou na carne? Ele revelou como Deus é. Ele pôde dizer: “Quem me vê, vê o Pai.”
Mas, Ele também revelou na carne como é o Reino de Deus. Alguém afirmou que nós construímos nações de
acordo com o deus que cultuamos. Edificamos instituições baseados no deus que cultuamos. Que tipo de
deus cultuamos? Ao olhar para qualquer instituição ou examinar uma nação, você poderá ter uma idéia. Não
devemos simplesmente viver a vida cristã dentro do contexto da nossa cultura; temos de vivê-la diante da
face de Deus de formas que ajudam a redimir a nossa cultura e edificar a nossa nação. O Reino é revelado na
pessoa de Cristo.
Segundo, o Reino é abrangente. É inteiramente inclusivo. O que Colossenses 1:20, “... e por meio dele
reconciliasse consigo todas as coisas...”, diz que Cristo veio redimir? Todas as coisas. Por que Cristo morreu
na cruz? Para salvar almas? Sim. Mas, isso é tudo? Não! Por que Cristo morreu na cruz? Para salvar o
homem. Sim. Mas, isso é tudo? Não. Por que Ele morreu na cruz? O que diz a Palavra de Deus?
Reconciliasse consigo todas as coisas, não só a alma do homem, não só o homem. Ele quer reconciliar com
Ele todas as coisas. Talvez ainda não acreditemos nisto, por isso Paulo escreve: “... tanto as coisas que estão
1
na terra quanto as que estão no céu.” Por que Cristo morreu? Para restaurar algumas coisas? Poucas coisas?
Não, para restaurar todas as coisas para Ele mesmo.
Vamos verificar Romanos 8:18-23. Na leitura desta passagem, procure ver o que Paulo diz que está
esperando a redenção.
Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós
será revelada. A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam
revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da
vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da
escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas
nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando
ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.
A criação foi sujeitada à queda. O que Paulo está dizendo que está aguardando a redenção? Toda a criação!
Quatro vezes Paulo diz que toda a criação está aguardando a redenção. Depois disso, ele fala dos filhos de
Deus. Quem são os filhos de Deus? Eu sou. Se você é cristão, você é. O que Paulo diz que a criação está
aguardando? Ele diz que a criação está aguardando a revelação dos filhos de Deus. O que isto quer dizer?
Que fomos declarados santos e justos; agora devemos viver vidas santas e justas para os nossos semelhantes
e para a criação. Por meio da justificação fomos declarados filhos de Deus. Quando recebemos a Cristo como
nosso Senhor e Salvador, fomos adotados na família de Deus. Na medida em que crescemos em Cristo,
vamos ficando cada vez mais parecidos com o nosso Pai, revelando o nosso ser como filhos e filhas de Deus.
Expressamos mais a Sua natureza. Expressamos mais o que significa ser um ser humano pleno. Expressamos
mais o que Deus nos criou para sermos.
Leia novamente o versículo 21. O que a criação toda está esperando? “A própria natureza criada será
libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.” Do
que a natureza vai ser redimida? Da escravidão da decadência. Para que ela vai ser redimida? Para a gloriosa
liberdade dos filhos de Deus. A natureza está ansiosamente esperando que estejamos maduros em Cristo para
podermos ser mordomos de tudo o que Deus criou. Ao amadurecermos como cristãos, veremos a
necessidade de nos posicionarmos contra o mal natural no mundo, lutarmos contra a fome e a pobreza,
sermos bons mordomos da natureza. Os cristãos deveriam estar liderando, não seguindo, o movimento
ecológico. Por que deveríamos estar liderando esse movimento? Porque somos filhos de Deus e Deus está
redimindo todas as coisas para Si mesmo. Deus está em ação libertando toda a criação.
A abrangência da Sua ação é a humanidade toda e todos os nossos relacionamentos. Não é só libertar as
almas para o céu. Isto é o que o pietismo diz: “Só precisamos salvar almas para o céu.” O liberalismo diz que
nós não precisamos nos preocupar com a alma; precisamos nos preocupar com o corpo. O que diz o Reino de
Deus? Que tudo precisa ser redimido. O todo precisa ser redimido.
Cosmovisão é a maneira completa de ver, e o Reino é a maneira completa de viver. Se grandes áreas da
nossa vida são “incircuncisas”, então grandes áreas da nossa cultura serão “não-redimidas”. Vamos redimir a
cultura somente até ao nível em que as nossas próprias vidas forem circuncisas. Se somente os nossos
corações forem circuncisos, se somente a nossa parte espiritual for circuncisa, jamais conseguiremos redimir
as nossas culturas.
Terceiro, o Reino de Deus santifica o comum. Isto significa que o Reino de Deus dá dignidade às coisas que
o mundo chama de servis. De acordo com 1 Coríntios 10:31, “Assim, quer vocês comam, quer bebam, ou
façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”, o que é que temos de santificar? O nosso
comer e o nosso beber. As coisas comuns. Zacarias 14:20-21 ilustra isto muito bem.
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Naquele dia será gravado nas campainhas dos cavalos: SANTO AO SENHOR; e as panelas na
casa do Senhor serão como as bacias diante do altar. Sim todas as panelas em Jerusalém e Judá
serão santas ao Senhor dos Exércitos; todos os que oferecerem sacrifícios virão, lançarão mão
delas e nelas cozerão a carne do sacrifício. Naquele dia já não haverá mercador na casa do
Senhor dos Exércitos.
Viu o que diz? Nas panelas vai estar gravado SANTO AO SENHOR. As campainhas dos cavalos vão ter a
inscrição SANTO AO SENHOR. Quando o Reino de Deus chega numa casa, as coisas pequenas e
insignificantes tornam-se santas. Quando tratamos bem as pequenas coisas, estamos gravando nelas “Isto é
santo ao Senhor”.
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Jesus Cristo derrotou Satanás! Na batalha decisiva da guerra, a guerra espiritual nos lugares celestiais, Jesus
venceu. Jesus é vitorioso! E Ele não foi vitorioso só na ressurreição. Ele foi vitorioso na cruz! A cruz foi a
vitória de Cristo sobre Satanás. A arma mais poderosa de Satanás contra nós era o medo da morte. Jesus
enfrentou a morte de frente. Na cruz, Jesus encarou Satanás e não piscou. Foi uma luta. Ele segurou as
lágrimas. Clamou ao Pai. Mas, foi soberano na cruz. Ele escolheu a cruz e a Sua vitória veio na cruz.
O Reino de Deus está na ofensiva. Temos uma mentalidade defensiva? “Não podemos discipular nações, é
impossível.” Não, não somente é possível, mas vai acontecer (se não no nosso turno, vai ser numa futura
geração de cristãos), porque o propósito de Deus na história é que a glória das nações seja revelada quando
Jesus voltar com o Reino. Ele venceu a morte para que você não precise mais temer a morte. Ele morreu não
para nos livrar do sofrimento, mas para nos livrar para o sofrimento. Há uma batalha acontecendo e nós
somos do exército do Rei. Sangue vai ser derramado, mas as portas do inferno não prevalecerão. Celebremos
a vitória que é nossa!
... e o Discipulado das Nações
O que significa discipular nações? Antes de responder a esta pergunta, eu gostaria que déssemos uma olhada
em alguns exemplos onde a Igreja ou os seus representantes missionários podem ter evangelizado indivíduos,
mas falhou em discipular nações.
Quero começar mostrando alguns instantâneos do meu próprio país, os Estados Unidos. Há alguns anos um
pesquisador fez um levantamento sobre a mentalidade religiosa das pessoas nos Estados Unidos. Nessa
pesquisa, ele queria descobrir quantas pessoas acreditavam existir uma verdade absoluta. A pesquisa mostrou
que no limiar do século 21, dezesseis por cento dos americanos acreditam em verdade absoluta. É uma
estatística chocante. Mas, há algo que é ainda mais chocante. Quando a mesma pergunta foi feita aos cristãos
evangélicos, só vinte e cinco por cento disseram acreditar que existe verdade absoluta. Em contraste, no final
do século 18, a maioria dos americanos, inclusive não cristãos, acreditavam na verdade absoluta. Enquanto o
cristianismo evangélico está crescendo no mundo inteiro, ao mesmo tempo não há, usando as palavras de
David Well, “lugar para a verdade” nos segmentos crescentes da Igreja. A razão porque somente 16% dos
americanos modernos acreditam em verdade absoluta é que a grande maioria da Igreja não acredita em
verdade absoluta. O secularismo não tomou posse somente da sociedade americana, mas da Igreja também.
Quando a Igreja não discipula a nação, a nação discipula a Igreja. Como exemplo prático, trinta por cento
das mulheres americanas que praticaram aborto são cristãs evangélicas. Não há lugar para a verdade nos
Estados Unidos da América porque não há lugar para a verdade na Igreja.
No outono de 1997, estive no Brasil ministrando a Cosmovisão e Seminário de Desenvolvimento, do que
esta mensagem é parte. Entre os participantes havia um jovem casal de brasileiros que passou os últimos dez
anos trabalhando com a JOCUM na Amazônia. Quando eu estava compartilhando algumas destas idéias, o
homem falou: “Tenho um exemplo para você, Darrow. Naveguei bastante pelos afluentes do Amazonas e por
lá existem muitas igrejas agora.” (Ele não estava dizendo que ele tinha plantado as igrejas, mas que havia
igrejas lá.) Ele falou de uma tristeza que existe lá. Disse que os padrões da cultura local ainda são muito
fortes na igreja. Naquela cultura, quando uma menina completa dez anos, os pais a vendem e aos seus
serviços por dinheiro. Ele me falou que isto acontece também na Igreja.
Há poucos anos, em Ruanda, houve uma crise. O presidente de Burundi e Ruanda foi morto quando o avião
em que viajava foi derrubado. Imediatamente a guerra civil explodiu no país. Ruanda era uma nação com
sete milhões de habitantes. Após três meses um milhão tinham sido mortos e dois milhões estavam em
campos de refugiados fora do país. De sete milhões, um milhão foram mortos em três meses. É possível fazer
uma idéia de tamanho horror? A missão Alimentando os Famintos participou da ajuda aos que ficaram. Um
dos nossos líderes da Alimentando os Famintos Internacional do Japão descreveu a cena que ele viu. Ele foi
uma das nossas primeiras pessoas em Ruanda. Ele contou que podia caminhar por uma rua e se deparar com
um corpo sem a cabeça. E andar mais um pouco, e encontrar a cabeça; e depois de mais alguns metros
encontraria um chumaço de cabelo. Um genocídio brutal. Um milhão de mortos, um sétimo da população.
2
Durante meses, eu ficava perguntando a pessoas que trabalharam lá: “Conte-me o que aconteceu”, mas não
havia uma resposta agradável. Mas, o mais difícil de lidar como cristão, era que Ruanda tinha sido
evangelizada. Oitenta por cento da população de Ruanda eram cristãos professos. Como podemos entender o
genocídio num país que tinha sido totalmente evangelizado? Não é fácil.
Eu vejo um tema comum nestas três ilustrações. O cristianismo é como um verniz em cima de alguma coisa
diferente. Na superfície você vê o cristianismo, mas por baixo, você encontra uma “infra-estrutura mental”
animista ou secular. Eu penso que o Evangelho chegou em Ruanda. Ruanda foi o lugar do reavivamento
África Ocidental nos anos 30. Mas, a nação de Ruanda não foi discipulada. O cristianismo pode ter sido um
verniz sobre uma mente animista. Nos Estados Unidos, nós deixamos de discipular uma geração de
americanos. Os Estados Unidos são um país muito religioso. Há igrejas em todos os lugares. As igrejas
evangélicas estão sempre cheias nas manhãs de domingo. Evangelizamos, mas deixamos de discipular ao
nível da cultura. A Igreja foi discipulada pelo mundo. Há um exterior evangélico sobre uma mente secular.
Semelhantemente, no vilarejo amazonense, uma fachada cristã cobria um núcleo animista.
Meu bom amigo da Índia, Vishal Mangalwadi, chama a atenção para um modelo de missões que existiu
neste século. Foi modelado, diz ele, pelo individualismo americano. Esse modelo de missões também foi
formado por uma cosmovisão gnóstica. O importante é o espiritual. Assim, se você perguntar aos cristãos,
“O que é a Grande Comissão?” eles respondem de uma perspectiva gnóstica: “Queremos evangelizar e
plantar igrejas e salvar vidas para o céu.” E, se evangelizamos e plantamos igrejas, o trabalho está feito. Uma
porção de cristãos têm um outro ponte de vista. Eles dizem: “Não, evangelizar não é suficiente. Precisamos
discipular.” Mas, como estão pensando de acordo com um paradigma gnóstico, discipular para eles, é levar a
pessoa a ser espiritual. Queremos ensinar as pessoas a adorar, ler a Bíblia e orar; com isto nosso trabalho
estará feito. Nenhum destes modelos está integralizando o discipulado de uma nação. As pessoas que têm
estas perspectivas vão ter um tempo muito difícil pensando e elaborando estratégias em termos de discipular
uma nação, por estarem enraizados numa cosmovisão gnóstica e não bíblica.
A nossa luta não é contra a carne e o sangue. É contra os principados e potestades nas regiões celestiais
(Efésios 5:12). Em João 8:44, somos ensinados que Satanás é o pai da mentira. Quando ele mente, ele está
fazendo o que lhe é natural. Vamos voltar a Apocalipse 20:3. Normalmente pensamos nesta passagem em
termos de debates sobre o fim dos tempos. “Lançou-o (Satanás) no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele,
para assim impedi-lo de enganar as nações...” Por que Satanás foi trancado? Para ser impedido de continuar
mentindo e enganando as nações. Segundo Apocalipse 20:7, “Quando terminarem os mil anos, Satanás será
solto da sua prisão” e vai sair para enganar as nações. Satanás é o pai da mentira, e ele mente para as nações.
É a sua mentira, quando acreditada, que aprisiona as nações. Ou, para usar as palavras de Vishal, são as
mentiras que trazem enfermidades sobre a sociedade.
Volte a Colossenses 2:8. Esta passagem tem um paralelo em Gálatas. Paulo está escrevendo às igrejas de
Colossos e da Galácia porque está preocupado com elas. Lembre-se que a sua audiência são cristãos. Paulo
está preocupado com alguma coisa. “Tomem cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e
enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em
Cristo.” Em Gálatas, ele faz a mesma exortação. Por que, depois de terem sido libertados por Cristo, vocês
estão voltando aos princípios básicos do mundo? Não temos tempo para entrar em detalhes quanto ao
significado de “filosofias vãs e enganosas”, mas tratam-se de filosofias humanistas.
Gostaria de me concentrar, por um momento, na frase “os princípios básicos do mundo”. A estratégia de
Satanás para empobrecer as nações é enredá-las com mentiras. Esta frase, “os princípios básicos do mundo”,
em grego é stoicheion. Significa “os blocos fundamentais de construção” ou “os princípios elementares”.
Cada área da vida possui blocos fundamentais de construção.
Se você vai aprender a ler e escrever, precisa aprender o que primeiro? Quais são os blocos fundamentais de
construção da linguagem? O alfabeto. Você precisa aprender o ABC se quiser aprender a ler e escrever. Se
você quer aprender a tocar um instrumento musical, precisa aprender os princípios fundamentais da música.
2
Quais são os princípios fundamentas da música? Dó, Ré, Mi,... Notas! Se você não aprender as notas, não vai
ser um bom músico. Quais são os blocos fundamentais da matemática? Números. Todas as áreas da vida têm
blocos fundamentais de construção. Em Colossenses e Gálatas, Paulo descreve os blocos fundamentais da
cultura. Isto pode ser ilustrado com blocos de construção para crianças os quais representam a cultura do
Reino. O que Satanás faz? Ele mente. Ele substitui os blocos de construção do Reino por blocos de
construção falsos. Em toda a cultura do mundo há blocos de construção do Reino e blocos falsos de
construção. Algumas culturas possuem mais blocos falsos do que outras. Jamais vai existir a cultura que tem
todos os blocos de construção do Reino até Cristo voltar.
Satanás aprisiona as culturas com mentiras! Quero dar alguns exemplos. O primeiro exemplo é: “Os homens
são melhores do que as mulheres”. Isto é mentira. Olhando para o mundo, vejo que não existe maior causa
para a pobreza do que esta mentira. Para discipular uma nação, precisamos saber distinguir a verdade da
mentira. Para podermos discipular uma nação, para usar um termo de Vishal, precisamos conhecer a “mega-
história”. O que a Bíblia diz? Há um Deus e Ele fez homens e mulheres à Sua imagem. Eles possuem igual
valor e dignidade diante de Deus. A cultura que está baseada nesta idéia será bem diferente da cultura
baseada na mentira. Mas, como pensamos como gnósticos, não achamos que essas coisas sejam importantes.
Contudo, idéias têm conseqüências.
Um segundo exemplo de mentira vem do hinduísmo. A mentira é que a ignorância é uma virtude. E se você
vivesse numa cultura onde a ignorância é uma virtude? Talvez você seja um missionário que quer trabalhar
na Índia. Quer trabalhar entre os pobres da Índia. Talvez você tenha estudado para montar um programa de
alfabetização. É maravilhoso. Talvez, tecnicamente, você tenha habilidade para dar aulas de alfabetização tão
bem quanto qualquer outra pessoa no mundo. Ótimo. Mas, o que você vai pedir que as pessoas façam no seu
programa de alfabetização? Se a ignorância é uma virtude, e você quer ensiná-las a ler e escrever, o que você
vai pedir que elas façam? Que pequem! Você vai estar pedindo que elas pequem, porque a ignorância é uma
virtude. Qual é o princípio fundamental do Reino? Conhecimento de Deus! A verdade é uma virtude. Na
sociedade secular ela não é. No ocidente, até a Igreja foi secularizada, por isso, a verdade não é importante
nem na Igreja. Para uma visão mais aprofundada sobre este assunto, leia o livro de David Well No Place for
Truth [Nenhum Lugar Para a Verdade]. A verdade é uma virtude.
O fatalismo é outra mentira. Ele diz: “Não há nada que eu possa fazer. Não há nada que eu possa fazer
quanto à minha situação. A minha
situação está determinada pelo destino. A
minha pobreza foi provocada pelo
colonialismo e não há nada que eu possa
fazer.” (Não estou dizendo que o
colonialismo não tenha feito coisas que
contribuíram para a pobreza; a questão
aqui não é esta. Essa é uma outra
discussão.) O fatalismo diz: “Nada vai
acontecer. Eu vou continuar sempre
pobre.” Qual é o princípio do Reino? Eu
sou feito à imagem de Deus. Eu posso
criar a história. Eu posso tomar decisões
que vão mudar o curso da minha vida e da
vida da minha família e da vida da minha
comunidade. A história não é algo que
acontece a mim; é algo criado pelas
minhas decisões.
2
Gailyn Van Rheenen, que durante anos serviu como missionário na África Oriental, escreveu uma declaração
muito poderosa. Ele estava falando sobre guerra espiritual. Em Communicating Christ in Animistic Contexts
[Comunicando Cristo em Contextos Animistas], ele escreveu: “... a visão sistêmica [da guerra espiritual] vê
as potestades como seres espirituais pessoais que estão ativamente influenciando as estruturas políticas e
socioeconômicas das sociedades. Essas potestades estabeleceram as suas próprias regras e regulamentos, os
quais afastam as culturas para longe de Deus.” (p. 101) O espiritual manifesta-se no material através do
cultural. Satanás manipula as nações através das suas mentiras no nível cultural. Em todas as culturas há
coisas que são verdades. São os blocos de construção do Reino que você encontra numa cultura. Há coisas na
cultura que são naturais. E também há coisas na cultura que são mentiras. E como Gailyn descreveu muito
bem, devemos afirmar e lançar luz sobre as coisas que são verdades. Devemos celebrar a beleza e a
maravilha do natural. Mas, devemos nos opor às mentiras.
Vamos examinar a palavra “cultura”. O que é
cultura? Literalmente, é o treinamento, o
desenvolvimento e o refinamento da mente. É o
treinamento da mente! Cultura é o desenvolvimento
da cosmovisão de um povo. Cultura é a
manifestação do deus que as pessoas cultuam.
Perceba a relação entre cultura e culto. Cultura é
derivada da palavra culto—cultuar uma divindade.
Construímos sociedades e instituições baseados no
deus que cultuamos. Vou repetir. Construímos
sociedades e instituições baseados no deus que
cultuamos. A palavra cultura está relacionada à
palavra cultivar. Cultura é o fim do processo do
cultivo da alma/mente. Cultivamos o solo para
plantar e cultivamos a mente para que as nações
possam ser discipuladas. Deus fala e cria o
universo. O homem fala e cria a cultura. É a cultura
que dá forma ao que Deus criou, para o bem ou
para o mal, para a vida ou para a morte.
Vou lhes apresentar dois exemplos. Que nome uma
mulher dá ao que ela carrega no ventre quando ela
está grávida? Feto. Bebê. Vida. Se é um bebê, se é vida, que verbo ela usa para se relacionar com ele? Criar.
Nutrir. Cuidar. E se for um feto? E se for um produto da concepção? E se for um tecido? Então alguém pode
parti-lo em pedaços e sugá-lo para fora do corpo da mãe. A cultura da morte está viva e passando bem nos
Estados Unidos, porque a grande maioria das pessoas na nossa cultura não faz distinção entre essas palavras.
Nos Estados Unidos da América, nós matamos um milhão e meio de bebês por ano, antes de eles nascerem.
Hoje, nos Estados Unidos, as jovens estão começando a jogar os seus recém nascidos nas latas de lixo—por
causa da história cultural. Idéias têm conseqüências. A Igreja perdeu os Estados Unidos da América porque
estamos satisfeitos em evangelizar e ganhar almas para o céu, e falhamos na Grande Comissão, discipular as
nações.
Quem é Cristo? Ele é o Rei—o Rei entronizado que venceu a morte! Você percebe o significado destas
palavras? Jesus venceu a morte! Na eterna luta entre o bem e o mal, a vida e a morte, a vida venceu! O
universo agora é diferente. A batalha climática de toda a guerra espiritual foi ganha por Cristo. Ele reúne os
Seus discípulos e vai lhes dar um mandato para o Reino. Vamos voltar a Mateus 28:19,20: “Foi-me dada
toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo quanto Eu lhes ordenei.” Estas
não são apenas palavras religiosas—não são apenas palavras espirituais. O versículo 18 diz: “Então Jesus
2
aproximou-se deles e disse: ‘Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.’” A palavra autoridade
significa “a liberdade de servir”. Toda a autoridade foi dada a Ele no céu e na terra, portanto, vão. A
propósito, a palavra “vão” não é a ordem desta sentença. Literalmente, ela quer dizer “enquanto vocês estão
indo”. A suposição é que se você está cultuando o Rei, você é um embaixador do Rei.
Que devemos fazer ao irmos? Fazer discípulos. A ordem é fazer discípulos. Veja o que diz a seguir. De
indivíduos? Não! De todas nações! A palavra grega neste versículo é ethnos. Está traduzida “grupo de
pessoas” ou “nação”. Mas o interessante aqui é que ela faz parte de uma família de palavras: ethnikos,
significando estrangeiro. Ethnos se refere à natureza moral de algo. Ethic se refere ao princípio dominante, o
princípio fundamental. Esta palavra ethnos está relacionada com o que está na mente. Jesus tem outras
ovelhas além dos judeus, e ele quer que os Seus discípulos vão às outras ovelhas. Há um Rei—Jesus. E há
um Reino—o Reino de Deus, mas há muitas ethnos. E Jesus quer que os Seus discípulos vão e tragam as
muitas ethnos para fazerem parte do Reino. Por isso ele diz: “... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo.” Devemos encaminhá-los à Igreja. Devemos encaminhá-los à família de Deus.
Depois, qual é a próxima palavra? Ensinando! Ensinado-os. A fazer o que? Obedecer. Ensinado-os a
obedecer. Esta é uma palavra tremenda. Significa continuar no caminho de alguma coisa preciosa. Obedecer
—continuar no caminho da coisa preciosa. Que coisa preciosa é essa? Que coisa é essa que devemos ensiná-
los a obedecer? “Tudo o que Eu lhes ordenei.”
Se queremos discipular nações é bom sabermos o que isto significa. A expressão “tudo o que Eu lhes
ordenei”, em grego, é uma palavra fascinante—entelomai. Ela também vem de uma família de palavras. A
raiz telo significa “dirigir-se a um ponto ou meta”. Há uma figura aqui. O Comandante está dando ordens ao
Seu exército. Telo é a meta. Há duas outras palavras relacionadas nesta familia. Telos significa “o fim”. Esta
é a resposta bíblica à pergunta: “Para onde vai a história?” O propósito da história é o telos da história. Deus
está desenvolvendo o Seu propósito na história. Quando a “meta-história”, para usar o termo de Vishal,
estiver terminada e o telos estiver atingido, Cristo vai voltar. Esta palavra também está relacionada com
telios. É um termo antropológico que significa “completo”. Deus quer nos fazer, a você e a mim, perfeitos e
completos. A palavra para “tudo o que Eu lhes ordenei” está relaciona com o principal objetivo de Deus para
toda a criação e para a minha vida. O que isto quer dizer? As sociedades são definidas pelo deus que
cultuam. O espiritual invade o físico através do cultural. A cultura é a cola que mantém a sociedade unida.
Deus construiu três ordens principais no universo. Tudo o que Ele ordenou está relacionado com o que Ele
construiu no universo. Há uma ordem natural, uma ordem moral e uma ordem social. Deus fez o universo
para funcionar de uma certa maneira, e se as pessoas não conhecem a ordem estabelecida por Deus, ou a
conhecem e a transgridem, as coisas deterioram.
Uma parte da ordem natural é a lei da gravidade. É universal e funciona para todo mundo, em todo lugar.
Você pode dizer que não acredita na lei da gravidade. OK. Suba ao topo de um edifício. O que acontece se
você tentar demonstrar a sua crença? A ordem assume o comando. Você dá um passo e... cai para a morte.
Há uma ordem moral. Não adulterarás. Você pode quebrar este mandamento? Claro. Há conseqüências?
Sim. Conseqüências horríveis. Uma das partes da ordem social é que todos os homens foram criados iguais.
E se você disser que um grupo de pessoas é menos que humano? Nós fizemos isso nos Estados Unidos.
Nossos antepassados diziam que os pretos não eram humanos; que eram subumanos. E o que aconteceu?
Acreditamos numa mentira e construímos uma instituição chamada escravidão baseados nessa mentira.
Idéias têm conseqüências. Estamos fazendo o mesmo hoje. Nós definimos que antes de nascer os bebês são
menos que humanos e por causa disto temos o direito de matar 1,5 milhões deles por ano.
Deuteronômio 30:11-12 diz: “Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não é demasiado difícil, nem
está longe de ti. Não está nos céus para dizeres: ‘Quem subirá por nós aos céus...” Os versículos 15 a 18
dizem:
2
Vê que proponho hoje a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento, que hoje te
ordeno, que ames ao Senhor teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e
os seus estatutos, e os seus juízos, então viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará
na terra a qual passas a possuir. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos e
fores seduzido e te inclinares a outros deuses, e os servires, então hoje te declaro que, certamente,
perecerás.
Idéias têm conseqüências. Construímos as nossas sociedades baseados nos deuses que cultuamos.
Isaías 24:5 diz que “a terra está contaminada por causa dos seus moradores”. Discipular uma nação significa
trazer ordem às almas das pessoas para que você possa trazer ordem à sociedade. Em outras palavras, é trazer
civilidade à sociedade. Obedecer a “tudo o que Eu lhes ordenei” é entrar na realidade da maneira como Deus
a criou. É reconhecer e permanecer dentro da ordem, da maneira como Deus fez as coisas serem. A história
bíblica do Gênesis ao Apocalipse é uma história que transforma nações. É a história que estabelece os
alicerces adequados para as nações terem a sua glória produzida. Há duas mentes de missão. A mente que
governou o século 20 e a mente que foi parte da nossa herança—a mente de William Carey e William
Wilberforce. Quando a Igreja entrar no século 21, qual será a mente da missão?
2
AS DUAS MENTES DE MISSÃO
Há dois paradigmas diferentes para missão. O paradigma do século 20 está edificado sobre a suposição de
que a salvação é só justificação e glorificação. Nossa herança espiritual se origina na suposição de Carey e
Wilberforce de que a salvação inclui três elementos: justificação, santificação e glorificação. Estes dois
paradigmas vêem a comissão da Igreja de maneiras diferentes. O cristianismo do século 20 vê a comissão
como a salvação das almas de todas as nações para o céu e o discipulado pessoas para torná-las espirituais.
Nossa herança diz que Deus quer redimir a pessoa integral para o tempo e para a eternidade. O discipulado
começa com o arrependimento do pecado e a conversão a Cristo para a nossa justificação. Prossegue com o
trazer a ordem de Deus para a alma. Ela trata do pleno conselho de Deus, não somente de coisas religiosas e
espirituais. Quando a ordem de Deus vem para a alma, ela começa a vir para a sociedade. As culturas são
redimidas. As nações são edificadas e são preparadas para a volta do Rei.
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Dois Paradigmas Consideram A Grande Comissão
1. Antes de ler a monografia, ore e tome um tempo para refletir sobre as perguntas que provocam o
pensamento a seguir (1.a e b somente).
a. Leia Mateus 16:16-18. O que significa “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”?
b. Quando a Reforma chegou à Holanda, as igrejas da Holanda decidiram fechar as portas todos os
dias, menos aos domingos. Essas igrejas só ficavam abertas aos domingos em vez de todos os dias
da semana. Essa prática era mais ou menos espiritual? Por que?
4. Em Romanos 8:18-32 aprendemos que a criação está aguardando que os filhos de Deus ajam em relação
à criação como filhos de Deus. Cite uma coisa prática que você pode fazer para tratar a natureza mais
gentilmente.
11. O que a declaração “construímos sociedades baseados nos deuses que cultuamos” significa?
12. Se o chamado de Cristo para a Sua Igreja é discipular nações, o que isto significa para você como
cidadão de uma nação? Como você pode começar a agir em sua vida ou vocação para contribuir para a
redenção da sua cultura ou a construção da sua nação? Liste três coisas específicas.
3
3
AS IDÉIAS TEM CONSEQÜÊNCIAS
Um Estudo de Romanos 1:18-31
Trocando a verdade para uma mentira tem conseqüências não só no comportamento, mas também no
tipo de mundo que criamos.
Idéias têm conseqüências! Como um homem pense, assim ele é; sem uma visão, um povo perece!
Estas citações refletem a necessidade de entender a maneira em que as convicções afetam as atitudes
de uma pessoa, como as atitudes afetam o comportamento, e como o comportamento, então, traz
conseqüências.
O apóstolo Paulo entendeu as conseqüências que haveria quando uma pessoa nega Deus. Uma
mudança no sistemas de crenças afeta as atitudes e, afinal, o comportamento e as circunstâncias de
vida.
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2 - O que produziu este comportamento (vs. 24a)?
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3 - O que causou esta mudança de valores (vs. 23)?
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4 - Cuidadosamente faça um resumo do vs. 23.
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________________________________________________________________
D - Qual é o padrão que Paulo está descrevendo?
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E - De onde vem, no analise final, o nosso comportamento?
F - Por que você acha que Paulo traçou este exemplo três vezes?
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________________________________________________________________
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III - Deixando da sabedoria para a vaidade
A - Leia Romanos 1:18-22
1 - No verso 22, como o homem vê a si mesmo?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
2 - Quais são os quatro passos (vs. 21) que produziram esta troca (a mudança de uma posição alta
para uma posição baixa) (vs. 23,25 e 28a)?
a) ____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
b) ____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
c) ____________________________________________________________
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____________________________________________________________
d) ____________________________________________________________
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____________________________________________________________
3 - Quais são as duas maneiras em que Deus tem se revelado a Si mesmo para todos os homens?
(vs. 19-20)
a) ____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
b) ____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
4 - O que o homem pode saber diante desta revelação geral (vs. 21)?
a) ____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
IV - Sumário
A - Paulo está mostrando a relação entre COMPORTAMENTOS, VALORES e CRENÇAS. Tente
compor um princípio que descreva este relacionamento.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
B - Quando uma pessoa suprime ou extingue a verdade de Deus, o que acontece com seu...
a. Pensamento?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
b. Coração?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3
c. Comportamento?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
C - Em que maneira este estudo irá fazer impacto em sua vida? Como você aplicará estes princípios em
sua vida?
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________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
A MENSAGEM
O Novo Testamento em Linguagem Contemporâneo
Eugene H. Peterson, NavPress, páginas 359-360
Romanos 1:18-32
Ignorar Deus resulta numa Escorregadio Para Baixo
Rm. 1:18 “Mas o intenso desgosto de Deus estoura quando os atos humanos de desconfiança, mal e men tira
acumulam, quando as pessoas tentam pôr uma mortalha em cima de verdade. 19 Mas a realidade básica de
Deus é bastante clara. Abra seus olhos e lá está! Dando uma olhada cuidadosa no que Deus criou, 20 as
pessoas sempre puderam ver o que os seus olhos físicos não pode ver: o poder eterno e o mistério do ser
divino de Deus. Assim ninguém tem uma desculpa. 21 O que aconteceu foi isto: As pessoas conheceram
Deus perfeitamente bem, mas quando eles não o trataram como Deus e recusaram a o adorar, eles se
trivializaram em tolice e confusão de forma que não havia nem bom senso nem direção nas suas vidas.
22 Eles fingiam saber de tudo, mas são analfabetos referente à vida. 23 Eles trocaram a glória de Deus que
segura o mundo inteiro nas Suas mãos por estatuetas baratas que se pode comprar em qualquer venda.
Rm. 1:24 “Assim Deus como que disse: “Se é isto que você quer, é isto que você vai ganhar.” Não demorou
até que eles passaram a viver num chiqueiro, coberto com sujeira, imundo por dentro e por fora. E tudo isso
porque eles trocaram o verdadeiro Deus para um deus falso, 25 e adoraram o deus que eles fizeram em vez
de o Deus que os fez – o Deus que nós abençoamos, o Deus que nos abençoa. Oh, sim!
Pior seguiu. Recusando conhecer o Deus verdadeiro, 26,27 logo, também, não souberam ser humanos; as
mulheres não souberam ser mulheres e os homens não souberam ser homens. Sexualmente confusos, eles se
abusaram e se sujaram uns aos outros, mulheres com mulheres, os homens com homens – total luxúria,
nenhum amor. E então eles pagaram por isto – como pagaram – vazios de Deus e do amor, miseráveis,
irreligiosos e sem amor. 28 “Desde que não se preocupavam em reconhecer Deus, Deus deixou de aborrecê-
los e lhes deixou correr solto. E, então, todo o inferno soltou: 29 mal desprendido, agarrando e pegando,
caluniando malignamente. Eles fizeram da vida um inferno com a inveja, matança temerária, brigas, e
engano. Olhe-os: cruéis, venenosos, 30 línguas demoníacas, mal-faladores do próprio Deus. Obreiros de
tirania, se gabando, arruinando vidas. Descartam seus pais quando estes os incomodam. 31 Estúpidos,
enlodados, cruéis, de sangue frio. 32 E não é que eles não sabem melhor. Eles sabem perfeitamente que estão
cuspindo na face de Deus. E eles não se preocupam – pior, eles entregam prêmios àqueles que mais
exageram em fazer as coisas piores!
3
O ABANDONO DA MENTE CRISTÃ
Resumo
Em reação ao secularismo, a igreja evangélica caiu na velha armadilha de Gnosticismo grego, uma
separação do físico e espiritual, avaliando o físico como “profano” e o espiritu al como “sagrado.” O
resultado: a igreja tem se esquivado dos campos de cultura, administração, ciência, política, as artes e
o desenvolvimento social. A Bíblia nos chama a viver Coram Deo, “diante da face de Deus,” para que
a cosmovisão Bíblica atinja todas as facetas da vida.
Este diagnóstico foi feito pelo teólogo britânico, Harry Blamires, em 1963. Poderia concluir que a mesma
condição existe e domina, até de forma mais acentuada, hoje. (Harry Blamires, The Christian Mind (A Mente
Cristã) (Londres: SPCK Holy Trinity Church, 1963, pg. 3.)
O que Blamires quis dizer por “mente Cristã” é a prática de pensar sobre todos os assuntos, quer social, quer
político ou cultural, dentro dos conceitos de Judaísmo Cristão. Trata de alicerçar toda a atividade intelectual
nas doutrinas fundamentais da fé Cristã estabelecidas nas Escrituras. Na opinião de Blamires, em termos de
atividade mental, o Cristão moderno, sem saber, tem abandonado o Cristianismo através de basear-se nos
pontos de referência seculares.
Enquanto existem exemplos deste abandono em todas as áreas de pensamento, nesta dissertação, o foco será
a questão de luta contra a pobreza. A maioria dos cristãos ainda mantém uma compaixão bíblica para o
pobre, mas as teorias de assistência social e a maioria das agências que trabalham neste setor não são cristãs.
As modas e as tendências na indústria moderna de alívio e desenvolvimento, seja “desenvolvimento por
participação”, “desenvolvimento sustentável”, “as mulheres no desenvolvimento” ou “população e
desenvolvimento” geralmente são fundados sob teorias seculares e avançados através de agências seculares.
As mesmas modas e tendências estabelecem os padrões para uma obra “profissional.” Quando as poucas
agências Cristãs ainda envolvidas avaliam as tendências, elas julgam as tentativas pelos resultados práticos:
“será que funciona?” Parece que elas nem tem mais a capacidade ou a disposição de fazer avaliações
baseadas nas doutrinais da fé Cristã; nem fazem as perguntas, “Isto é a verdade?” ou “Isso é certo?” Como
resultado, as modernas agências de compaixão Cristãs ficam semelhantes, em estrutura e prática, às agências
seculares, exceto, talvez, na motivação e um pouco de “enfeite” religioso.
A tendência de seguir o padrão do mundo não é limitada a área de assistência social; obser va-se a mesma
tendência em todas as outras área da vida moderna – seja social, político, cultural, ou acadêmico. Enquanto
cristãos, que freqüentam cultos e conhecem a Bíblia, trabalham em todas estas áreas, geralmente eles
“deixam as suas mentes Cristãs na igreja” quando saiam dos cultos. Muitos têm separado sua fé da sua
vocação.
O que foi que nos levou à situação atual, e quais são as conseqüências? O esboço histórico que se segue,
tirado de um trabalho escrito por Richard Keyes, ajudará a fornecer um contexto para entender como a igreja
veio ter à posição atual. (Richard Keyes, “A Crisis of Meaning,” Finding God at Harvard (Grand Rapids,
MI: Zondervan, 1996, pp. 78-85.)
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Para os homens e mulheres antigos que mantiveram uma cosmovisão influenciada por animismo, o mundo
natural estava cheio de forças espirituais que precisavam ser compradas ou aplacadas. Através de shamans
(orientador espiritual tipo vidente), sacerdotes e magia, é que se participava de um mundo invisível
imaginado que tinha ligamentos misterioso com o mundo visível. Mesmo hoje, um membro voluntário bem-
intencionado do Peace Corps poderia ser impedido de cavar um poço durante uma seca porque ela estaria
“perturbando os espíritos no solo.” Todos os detalhe da vida tinham significado e estavam relacionados, em
alguma maneira misteriosa, com todos os outros detalhes. Nos seus olhos, o mundo inteiro estava carregado
de significado.
Neste mundo animista antigo entrou o pensamento clássico da Grécia e da Roma. Também a tradição bíblica
do VT e o NT os atingiu através da expansão extraordinária da fé Cristã nos primeiros séculos dC. Como na
cosmovisão animista, a fé Cristã também achava significado nas coisas visíveis através do mundo invisível,
mas de modo muito diferente: O Criador pessoal era independente do mundo que ele fez. Ele não era o
universo, e não se identificava com alguma parte dele, como o sol, a terra, ou as forças de fertilidade. Ele era
o que fez o universo todo, e só Ele era divino; o sol ou a terra não eram divinos em si. A criação não tinha
em si a fonte de seu significado; seu significado e seu propósito eram derivados do próprio Deus que os
criou. Não era perigoso investigar o universo; ele não era mágico ou sagrado em si. Não precisava de shaman
(orientadores espirituais) se quisesse cavar um poço. Na realidade, a investigação, a mordomia e o
desenvolvimento do mundo não era apenas permitido, havia sido ordenado por Deus nos primeiros capítulos
3
da Bíblia. O vínculo entre as atividades humanas e o significado delas não vinha através de mágica e
envolvimento com um mundo invisível, mediado por um sacerdote profissional; vinha através do próprio
Deus pessoal que reinava no céu e terra. O mundo e o que os homens e mulheres faziam tinha significado em
termos do seu relacionamento com Ele. E acima de tudo, o ser humano foi feito na imagem e semelhança de
Deus e, assim, as pessoas são co-criadores com Deus. O significado, o propósito e o valor do homem eram
derivado Dele.
Pulando muitos séculos para frente, foi dentro dessa base intelectual que a ciência moderna surgiu. Sir Isaac
Newton observou que muitas ocorrências naturais não foram causadas diretamente pela mão de Deus, mas
através de outras ocorrências naturais. Para ele e muitos da geração dele, isso não apresentou nenhuma
ameaça à fé; ao contrário, aprofundou sua fé. Muitos dos fundadores da Academia Real de Ciência eram
Puritanos que viam a curiosidade científica como uma expressão da sua fé. Para eles a ciência era a
investigação das maravilhas que Deus tinha criado, ordenado e mantido. Nesta visão, a relação com Deus por
Cristo informaria todo aspecto da vida e do conhecimento e ao mesmo tempo produziria sabedoria,
humildade, e honestidade intelectual.
Mas desde o início do décimo sétimo século surgiu tal encantamento com a utilidade prática das descobertas
científicas e com os sucessos na investigação do mundo empírico, que dois rumos de pensamento
caracterizaram o período que chamamos O Iluminismo. Um era a convicção de que tudo no universo poderia
ser simplificado em relacionamentos “causa-e-efeito;” toda a realidade nada é além de uma máquina enorme
– um relógio gigante – do qual o todo era apenas a soma de suas partes. Deus ainda foi retido como o
Criador, a primeira causa, mas foi visto como não-envolvido e distante da criação. Todos os grandes
mistérios iriam desaparecer diante do acúmulo gradativo de informações colecionadas e quantificadas. O
segundo rumo era a convicção de que, para realizar esta examinação, o cientista precisava agir
mecanicamente em suas observações e descrições, livre das distorções de imaginação e subjetividade. A
mente deve se tornar como um (ainda não inventado) filme fotográfico, gravando “fatos” sem emoção,
excluindo o “erro humano” do processo de adquirir conhecimento. No princípio não era previsto que estas
idéias entrariam em conflito com a fé Cristã (os pensadores do Iluminismo, Bacon e Descartes, se
consideravam cristãos), mas na história muitas vezes surgem conseqüências não intencionadas.
Com o desenvolvimento do Iluminismo, a mente européia presumiu ter alcançado a “maior idade” alegando
ter banindo Deus como autoridade imaginária do campo de conhecimento. As pessoas iluminadas tiveram
uma compreensão suficiente do mundo natural e das atividades humanas para se darem bem sem apelar para
tal autoridade. A mente fechada, a intransigência da igreja oficial e seu apelo à autoridade cega, acelerou
uma polarização desnecessária entre a fé e o raciocínio, a revelação e o conhecimento humano.
Veio o declínio do Iluminismo que causou perda de parte da sua confiança anterior na ciência e na
metafísica. Mas, como Deus tinha sido banido; os fatos sobre o mundo físico ficavam, de repente, sem
significado, propósito ou valor. Significado acabou sendo algo arraigado na subjetividade humana. E desde
que surgiram de subjetividade humana, eram, então, “pessoal,” assuntos de opinião particular, não tendo
nenhum valor como conhecimento objetivo.
Para o homem secular moderno, significado, propósito e valor passaram a ser considerados privado, par -
ticular e desligado de qualquer coisa além da subjetividade do indivíduo. O que é realidade objetiva não tem
significado e o que tem significando não é realidade objetiva. Como gostos para comida, são pessoais e,
então, livres do processo de verificação utilizado para conhecimento cientifico; como poderia o significado
ou os valores de uma pessoa ser mais verdadeiros ou mais importantes do que os de outra? O universo não é
mais visto como tendo significado por causa do seu relacionamento com Deus. Existe; é um fato nu e
independente. Se nós quisermos atribuir algum tipo de significado, propósito ou valor ao universo, temos
liberdade neste país; podemos expressar nossa preferência pessoal. Mas devemos sempre reconhecer que
estas atribuições são acrescentadas por causa da nossa natureza sentimental que e inevitavelmente subjetiva.
Estas atribuições não vem do universo em si.
Para ilustrar, pense na atitude moderna para sexualidade. De uma cosmovisão Cristã, sexual idade é visto
como um presente excelente, mas a promiscuidade sexual é moralmente errada, um abuso do presente. Na
medida que o secularismo foi avançando, os princípios bíblicos foram levados com menos seriedade; Deus
foi permitido menos campo nos assuntos e como resultado a sexualidade ficou moralmente ambígua –
desincentivado, mas dignificado por ser considerado um pouco “danado.” Promiscuidade sexual, em seguida,
ficou aprovada para a pessoa iluminada, boa e saudável no sentido psicológico, uma maneira para crescer,
amadurecer e se libertar. O passo final no desenvolvimento da idéia foi a separação por completo do ato com
seu significado. Promiscuidade sexual agora é, para muitos, um ato semelhante ao ato de tomar um
cafezinho, apagar um cigarro, ou cair de um tronco – isto é, um ato sem qualquer significado. Os animais
praticam o sexo; atribuir significado a mais a uma atividades reprodutiva que os animais praticam é só
confundir os fatos através de acrescentar sentimentos humanos.
Os ideais maravilhosos da civilização Ocidental – a justiça, a paz, a liberdade, a honestida de, a integridade e
a compaixão – todos tem sentido perfeito e claro junto ao alicerce de uma cosmovisão Cristã. Mas sem a
base arraigada no transcendental, estes ideais, que compõe as coisas mais preciosas na experiência humana,
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não tem lógica; o alicerce destes ideais é arrancado fora. A nossa cultura secular quer ter as vantagens sem
pagar o preço; quer aproveitar os valores derivado de uma cosmovisão teísta bíblica mas dispensar a fonte.
Mas em vez de produzir uma visão secular coerente, o resultado tem sido a confusão previsível. O sociólogo
Os Guinness falou o seguinte sobre a América moderna: “‘É só dizer Não!’ se tornou o slogan mais urgen te
na América ao mesmo tempo que ‘Por que não?’ se tornou a pergunta mais impossível de se responder.” (Os
Guinness, The American Hour (Free Press, 1993), pg. 29.
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No início do seculo XX a secularização já tinha produzido muita confusão para a igreja Cristã da América. A
filosofia secular, as idéias de Darwin e as novas maneiras de examinar a Bíblia, baseado em análises do
contexto histórico e literário, começaram a ameaçar as convicções Cristãs básicas. A liderança Cristã, na
maior parte, sentiu-se inferior e incapaz de dar conta dos ataques no nível intelectual. O clímax desta
confusão chegou no ano 1925 com o processo “Macaco” de Scopes que tentou derrubar uma lei de
Tennessee que proibia o ensino de evolução em uma escola pública. Embora os cristãos ganhassem o caso no
tribunal, eles perderam a credibilidade pública e foram visto como irracionais e ignorantes. (Linda Smith,
“Recente Historical Perspective of the Evangelical Tradition,” Christian Relief and Development, ed Edgar J.
Elliston (Dallas, TX: Word Inc., 1989, pág. 25.)
Como resultado, os cristãos evangélicos começaram um período de retirada, cada vez se separando mais da
sociedade e da cultura moderna (que passou a ser considerado o equivalente de secularismo e impiedade) a
fim de ficar dentro das paredes seguras da igreja. Como o avestruz diante do leão secular, eles enfiaram as
cabeças na areia da igreja e disseram: “Basta crer!” A fé ficou desligada do raciocínio. Até mesmo uma fé
irracional foi honrada e o raciocínio tornou suspeito. A vida espiritual passou a ser considerado como
sagrado e o resto de vida como profano. A fé, a teologia, a ética, a vida devocional, a adoração e o
evangelismo passaram a ser vistos como existindo em um nível espiritual mais elevado, enquanto o
raciocínio, a ciência, a administração, a economia, o direito, a política, a arte, a música, a assistência social e
outras atividades do mundo cotidiano foram consideradas atividades mais baixas, profanas e seculares.
Essa divisão do mundo em categorias de sagrado ou profano levou a igreja evangélica moderna à armadilha
antiga de Gnosticismo grego. Cristo foi permitido acesso ao setor religioso e espiritual da vida mas excluído
do restante. Os Cristãos deixaram de perguntar: “o que significa ser um cristão em minha disciplina
acadêmica ou em minha vocação?” Abandonando suas mentes Cristãs nas arenas de sociedade e cultura, eles
passaram a escolher uma de duas tendências: ou se retiraram completamente, ou ficaram sincretizado em
uma sociedade secular.
Talvez a conseqüência mais insidiosa foi a perda do conceito de verdade objetiva por cristãos evangélicos. O
secularismo reivindica que a verdade é subjetiva e pessoal. Cristianismo, então passa a ser verdade só porque
seus seguidores acreditam que é (não porque Deus realmente existe). Em 1994 o pesquisador Cristão George
Barna verificou esta tendência em uma das suas pesquisas. O resultado mostra que na resposta para a
declaração “não existe verdade absoluta,” 28% de todos os adultos americanos concordaram fortemente e só
16% discordaram fortemente. Mas a descoberta mais chocante foi esta: entre cristãos evangélicos, os
números eram quase os mesmos: 23% concordaram fortemente, e só 25% discordaram fortemente. Só 25%,
então, acreditavam na existência de verdade absoluta. Barna concluiu que a fé do Cristão comum é pouca
coisa mais do que uma experiência pessoal subjetiva. O Cristão moderno tem abandonado sua mente e
sucumbido ao secularismo.
Na arena da luta contra pobreza e o ministério de assistência social, esta separação resultou em o que alguns
chamam “A Grande Inversão.” Toda a atividade neste campo, privado e político, foi praticamente eliminado
entre cristãos evangélicos até o final dos anos trinta. Muitos estudiosos atribuem este declínio ao estigma
causada pelo Evangelho Social, que foi identificado fortemente com secularismo teológico. O Evangelho
Social enfatizou a obrigação Cristã para atender as necessidades físicas, a ação social e a tarefa de
estabelecer o Reino de Deus aqui na terra por esforços humanos. Esta forma de Cristianismo negligenciou o
pecado, desenfatizou a necessidade para arrependimento e exaltou o papel de boas obras.
Os Cristãos ortodoxos reagiram contra tal teologia secular através de super-enfatizar as necessidades
espirituais, o evangelismo, o céu e os aspectos futuros do Reino de Deus. Em resultado, eles começaram a
fazer uma separação rígida entre o evangelismo e as obras sociais, entre a Palavra e a ação. Abandonaram
sua própria ênfase tradicional sobre a ação social quando rejeitaram os erros teológicos do Evangelho Social.
No sentido histórico a Palavra e ação tinham sido firmemente vinculadas no cristianismo. Mas por causa da
reação negativa contra o Evangelho Social definida de um ponto de vista secular, os fun damentalistas
rejeitaram uma parte integrante da sua própria herança, na tentativa de abafar a ameaça de secularismo.
(Smith, Linda).
O efeito da Grande Inversão afetou a atividade missionária ao redor do mundo. Como parte do ministério
dela, Amy Carmichael (1867-1951) trabalhou com meninas na Índia para protegê-las de serem vendidas
como prostitutas. Colegas missionários dela acharam que o esforço para construiu um orfanato e uma escola
era uma atividade mundana que a impedia de alcançar as almas. A estas acusações, ela simplesmente
respondeu, “almas são mais ou menos firmemente ligadas à corpos.”
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Igualmente, o missionário Hugh Goldie (1806-1881) se ingressou numa missão na costa ocidental da África.
O povo local praticava sacrifícios humanos e infanticida e ele se esforçou para impedir estas práticas
terríveis. Porem, incrivelmente, ele enfrentou oposição – não dos africanos, mas dos missionários que
acharam que suas convicções pró-vida iriam impedir os esforços evangelísticos. (George Grant, The Micah
Mandate Chicago: Moody Press, 1995).
O vazio deixado pela desistência de ação social por evangélicos logo foi preenchido por pes soas com uma
ideologia secular. A pobreza passou a ser compreendida como tendo causas físicas e materiais, não
espirituais. As soluções oferecidas eram também materiais e físicas. A redistribuição da riqueza se tornou um
ingrediente chave, junto com uma mistura de idéias otimistas do Iluminismo e a expectativa que, sob as
circunstâncias certas, o pobre poderia superar sua própria pobreza com a ajuda da ciência e tecnologia
Ocidental. Quando os cristãos começaram a se envolver de novo no campo de assistência social nos anos
1950-1980, a indústria internacional tinha sido secularizada totalmente. Nesta altura os cristãos tinham per-
dido a disposição de pensar em termos “Cristãos” sobre a pobreza e o pobre. Conscientemente ou
inconscientemente, compraram as suposições seculares relativo às causas e as soluções da pobreza e a fome.
Hoje, a maioria das organizações Cristãs de assistência social tem uma motivação de compaixão bíblica, mas
seus padrões e suas metodologias são seculares. Em resultado, parecem idênticos às organizações seculares
em quase todos os aspectos.
De todas as questões que a igreja evangélica enfrenta ao fim do século 20, talvez a maior, porem menos
reconhecida é está: A igreja continuará com o posicionamento intelectual atual, algemada à mentalidade
secular moderna, ou será que ela se livrará e recuperará sua independência mental histórica? O que se precisa
é nada menos de que um segundo renascimento - um despertamento do intelecto. Da mesma maneira que os
reformadores descordaram com as opiniões tradicionais e voltaram às Escrituras como a base para a vida e a
fé, nós também precisamos voltar às Escrituras. Os reformadores entenderam uma verdade importante que
está perdida em nossa geração: os cristãos devem viver, toda hora, em todos os aspectos da vida, diante da
face do Deus Todo-Poderoso. Devemos viver vidas santas, não só na igreja mas no mercado e nas praças
públicas. Devemos nos comportar de tal maneira que as verdades básicas da palavra de Deus penetram toda
parte do nosso pensamento e toda faceta da vida.
Acima de tudo, não podemos deixar de contribuir nossas idéias cristãs à nossa cultura que está morrendo.
Nas palavras eloqüentes de J. I. Packer:
“O crente não tem medo dos fatos científicos, porque ele sabe que toda a ciência é de Deus; nem tem medo
de raciocínio, porque ele sabe que toda a verdade é a verdade de Deus, e que o raciocínio verdadeiro não
tem nenhuma possibilidade de prejudicar a fé.
O crente é chamado para amar a Deus com toda sua mente; e uma parte do significado deste tipo de amor é
que, quando ele enfrenta pessoas que professam base racional para desacreditar na fé Cristã histórica, ele
deve nem apenas desprezar e denunciar essas idéias erradas, mas também raciocinar melhor do que eles.
Não compete ao crente tentar produzir fé pelo raciocínio; isso é impossível.
Mas compete a ele demonstrar a natureza adequada da fé Bíblica e a natureza inadequada dos rivais dela, e
invalidar os críticos trazidos contra ela. Isso ele tenta fazer, não por qualquer motivo de auto vindicação
intelectual, mas para a glória de Deus e do evangelho.
Uma confiança intelectual que demostra uma fé robusta em Deus, cuja Palavra é a verdade, faz parte da
tradição evangélica histórica. Se os evangélicos de hoje em dia deixam de praticar isso, eles estão sendo
falsos para com seus princípios e sua herança.”
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b) Diferenças___________________________________________________________
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4. Quais duas correntes filosóficas caracterizaram o período do Iluminismo?
5. Nos homens, qual foi o impacto principal de secularismo em seus:
a) Pensamentos: __________________________________________________________
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Comportamento: _________________________________________________________
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Como foi que a liderança Cristã reagiu diante do secularismo?
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6. O que significa a “Grande Inversão”?
a) Em que maneira a “Grande Inversão” se manifestou na luta contra a pobreza e as atividades
missionárias das igrejas evangélicas?
8. Até que ponto os seguintes itens têm se manifestados em sua igreja ou em sua própria vida:
a) Anti Intelectualismo: __________________________________________________
b) Gnosticismo Grego____________________________________________________
9. Descreve a atitude da sua igreja à participação nas questões de fome e pobreza.________
10. Compartilhe o parágrafo escrito por J. I. Packer (Setor 1, Sessão 3, P.18) com um grupo de Cristãos.
Anote idéias sobre o significado disso para suas vidas.
11. Qual é o desafio para as Igrejas Evangélicas neste início do século 21?
12. Quais duas ou três coisas você pretende fazer para chamar sua igreja de volta para nossa herança de fé e
ação?
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Revivendo a Reforma
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Eu não tenho dúvida de que podem e deveriam ser revividos. Uma revolução para mudar as estruturas não é
o suficiente para promover liberdade e prosperidade. A simples mudança da proteção ou das estruturas que
elas manipulam não resolve o problema. O problema é mais profundo, está nas mentes e nos corações das
pessoas que constróem e controlam as estruturas. É necessária uma nova reforma. A transformação dos
corações e das mentes das pessoas é fundamental para qualquer mudança duradoura nas áreas práticas da
política e da economia.
Espírito (Teológico)
Democrático Capitalismo
(Político) (Econômico)
* Por capitalismo, eu quero dizer o sistema econômico fundamentado na ética, descrito neste artigo, e não o
consumismo ocidental amoral, que hoje conhecemos.
Em contraste, a dinâmica é removida se os três elementos estiverem separados de modo puramente
materialista ou espiritualista.
O mundo moderno é ateísta e materialista em suas suposições e rouba das esferas políticas e econômicas o
seu fundamento teológico e moral. O resultado é uma tendência para definir problemas em condições
unicamente físicas e soluções em condições meramente materiais.
Democrático Capitalismo
(Político) (Econômico)
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De modo semelhante, a dinâmica está perdida se as coisas são vistas em termos puramente espirituais. Os
gregos dividiram o mundo em elementos físicos e espirituais, considerando o físico profano e o espiritual
sagrado. Muitas igrejas evangélicas e fundamentalistas do Ocidente hoje pensam como os gregos e separam
o espiritual do físico. Concentrar-se somente nas “coisas espirituais” e desprezar a realidade física na qual
vivemos torna a Igreja totalmente irrelevante no mundo de hoje.
Espírito (Teológico)
Como A. James Reichley mostrou em Religion ia American Public Life [Religião na Vida Pública
Americana]:
A única força cultural mais influente atuante na nova nação foi a combinação de convicções
religiosas e atitudes sociais conhecidas como Puritanismo. Na época da Revolução, pelo menos 75
por cento de cidadãos americanos tinham crescido em famílias que abraçavam alguma forma de
Puritanismo. Entre os remanescentes, mais da metade tinham raízes em tradições relacionadas
com o Calvinismo europeu.
O novo sistema político e econômico dos Estados Unidos teve sucesso por causa de uma cosmovisão e
valores judaico-cristãos. A tese de Reichley é que a metafísica humano-ateísta não é suficiente para
estabelecer ou manter o capitalismo democrático. John Adams, um dos fundadores e segundo presidente dos
Estados Unidos, escreveu a respeito da Constituição dos Estados Unidos: “A nossa Constituição foi feita
para um povo moral e religioso. Ela é inteiramente inadequada para o governo de qualquer outro povo.”
O Leste e o Oeste estão numa crise. As atuais metafísicas não são suficientes para apoiar instituições
democráticas, um desenvolvimento econômico ou mesmo a própria vida. O Leste Europeu e a extinta União
Soviética não deveriam olhar para o Oeste, mas para Cristo. Da mesma forma, um mundo faminto não
deveria ficar desejando a opulência e o materialismo do Oeste mas a liberdade e a oportunidade
proporcionadas pelo “espírito do capitalismo democrático”.
LEMA TEOLÓGICO
Solo Christo – Só Cristo
Sola Fide – Só a Fé
Sola Scriptura – Só a Palavra
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LEMA ECONÔMICO
“Trabalhe o mais duro que você puder”
“Economize o máximo que você puder”
“Dê o máximo que você puder”
LEMA POLÍTICO
“Todos os homens são os pecadores”
Lema Teológico
Sola Fide = Só a Fé
Os Reformadores entenderam a mensagem de Efésios 2:8-9: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da
fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (NVI) [grifo meu].
Quando nos aproximamos do trono da graça, chegamos com as “mãos vazias”. Não há nada que podemos
trazer. Nossa salvação está em Cristo e em Sua obra completa e não em nossas obras.
Isto contrasta com os sistemas de crença que dizem que os sacramentos salvam, penitências salvam, boas
intenções salvam, boas obras salvam ou até mesmo aquela “correção teológica” salva.
Da mesma forma, só a fé contrasta com a noção humanista moderna de que “o homem é bom”. A fé otimista
do humanismo é que o saber, a vontade e a tecnologia humanos podem garantir a evolução de um novo
homem e uma sociedade perfeita.
4
Isto contrasta com a autoridade do Papa na Igreja Católica Romana ou do Patriarca na Igreja Ortodoxa
Oriental ou do pastor na Igreja Batista. Quando nos assaltam perguntas sobre a fé e a vida, temos nas
Escrituras a resposta autorizada.
Contrasta também com o relativismo do homem moderno: “o homem é a medida de todas as coisas”. Nas
sociedades comunistas, o estado é a medida de todas as coisas. No Ocidente, os “especialistas” são a
autoridade final para todas as práticas, inclusive na formação das famílias.
A plataforma teológica estabelece um forte fundamento moral, metafísico e espiritual para a vida e as
disciplinas humanas de política e economia.
Lema Econômico
O lema econômico, “trabalhe o mais duro que você puder, economize o quanto você puder, dê o quanto você
puder”, foi articulada por Charles Wesley durante a reforma da Igreja da Inglaterra.
Lema Político
O lema político está fundamentada no entendimento de que todos os homens são pecadores.
O apóstolo Paulo afirmou isto claramente quando disse: “Pois todos pecaram [no passado] e [continua
momento a momento no presente a] estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23 NVI).
Semelhantemente, em Gênesis 6:5-6 está registrado: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia
multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração; então se arrependeu o
Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” [grifo meu].
A profundidade e a extensão da rebelião do homem contra Deus foram entendidas pelos Reformadores como
“depravação total”. O pecado toca todas as áreas de todas as vidas. Isto não implica porém que homem não é
nada ou que ele é sem valor ou insignificante. Pelo contrário, homem ainda é o “príncipe” de toda a criação,
ele ainda leva consigo a imagem de Deus.
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Por causa do entendimento da depravação de homem, os Reformadores viram que era imperativo impedir
que qualquer pessoa pudesse ter a oportunidade de ter poder ilimitado na igreja ou na sociedade. Como o
filósofo e historiador inglês, Lord Acton (1834-1902), resumiu na declaração: “O poder tende a corromper e
o poder absoluto corrompe absolutamente” (Citado em Push, Pull and the Body Politic [Empurre, Puxe e a
Política Corporativa] de Page Smith, L.A. Times Opinion, 24 de dezembro de 1989].
Para se opor a esta tendência, os Reformadores enfatizaram o “sacerdócio dos crentes” na Igreja e
desenvolveram um sistema de “cheques e extratos” na vida política.
Na Igreja, todo membro é um ministro. Duas passagens chaves ilustram a importância da variedade de
indivíduos dentro da unidade maior da Igreja. Pedro fala do templo do qual nós somos individualmente
“pedras vivas”, enquanto que Paulo fala de nós como partes distintas do corpo do qual Cristo é a cabeça.
1 Pedro 2:4-5, 9-10:
À medida que se aproximam dele, a Pedra viva—rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus
e preciosa para ele—vocês também, como pedras vivas, vão sendo edificados como casa
espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por
meio de Jesus Cristo... Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a Sua
maravilhosa luz. (NVI)
Efésios 1:22; 4:11-13:
Deus colocou todas as coisas debaixo dos seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas
para a igreja... e ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do
ministério, para que o corpo de Cristo podem ser edificado, até que todos alcancemos a unidade
da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e nos cheguemos à maturidade, atingindo a medida
da plenitude de Cristo. (NIV)
Com ênfase neste ensino, os Reformadores acentuaram a importância dos “leigos” na Igreja serem um corpo
que ministra. Deveria haver uma liderança plural sob o senhorio ou liderança de Cristo. Os pastores-mestres
são “capacitadores” dos membros para serem uma congregação de ministros.
Na sociedade maior, os reformadores quiseram impedir que um homem pudesse conquistar muito poder
político e, assim, criaram um sistema de cheques e extratos, ou pluralismo democrático. Tipicamente três
braços do governo (o executivo, o legislativo e o judiciário) foram formados: Cada um tinha o seu próprio
papel e cada um deveria agir como uma âncora contra os abusos do outro.
Os suíços estavam tão preocupados com a propensão de homens pecadores para corrupção que colocaram
cada um dos braços do governo em uma cidade diferente, de forma que estes homens não apenas não
pudessem trabalhar juntos, mas também não pudessem confraternizar.
O modelo da Reforma está em oposição ao do humanismo otimista moderno. No humanismo, o homem é
bom e as estruturas são corruptas. O problema do homem está “fora dele”. A utopia se torna possível na
medida em que o homem evolui e cria mais e melhores estruturas humanas. Este é o sonho fracassado do
sistema comunista. Falhou porque era baseado em premissas defeituosas.
Assim, o lema político “todos os homens são pecadores” reconhece a necessidade de proteger o homem dele
mesmo, de maneiras práticas, no governo da igreja e no governo nacional.
Conclusão
O mundo e a Igreja estão em uma encruzilhada.
O mundo está no meio de uma mudança sem precedentes. O Leste Europeu pós-comunista e a União
Soviética dissolvida estão à procura de novos começos e, eu espero, novos fundamentos. A Europa Ocidental
pós-cristã e os Estados Unidos abandonaram a herança judaico-cristã que os fez grandes e está deslizando
para uma cultura de morte, um abismo que as pessoas do Leste Europeu e da antiga União Soviética
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conhecem muito bem. O mundo faminto está à beira da morte, mas com a promessa dos recursos e
metodologias agrícolas que devem pôr fim à fome persistente.
A Igreja tem uma mensagem vital para levar a esse mundo doente. Começa com “Cristo e Ele crucificado”.
Mas não termina aí. Precisamos articular um mundo bíblico e visão de vida para desafiar o animismo antigo
e o ateísmo moderno. Precisamos proclamar os princípios bíblicos vitais que criarão um fundamento sólido
sobre o qual devemos construir sociedades de liberdade e oportunidade sem precedentes.
A Igreja vai desafiar os modelos existentes e pedir a reforma de mentes e corações? Ou vamos sucumbir aos
modelos humanistas que só enxergam os problemas do nosso mundo em termos materiais? Ou ainda pior, a
Igreja vai abandonar o mundo, enfiar a cabeça na areia e viver no mundo grego de uma dicotomia
espiritualizada?
A esperança jorra da transformação do coração e da mente e da correspondente revolução da vida e da
cultura.
O fundamento sobre o qual o novo reformador das Américas, Europa ou o Terceiro Mundo precisa construir
é o modelo triádico do Espírito do Capitalismo Democrático.
A Igreja vai liderar ou acompanhar? A escolha é nossa!
Revivendo a Reforma
PERGUNTAS PARA DEBATE
2. O que significa a frase “a metafísica atual não é suficiente para apoiar as instituições democráticas”?
4. O Humanismo ensina que o homem é basicamente “bom”. Como esta suposição afeta os conceitos
humanistas de governo?
5. Grande parte do mundo deseja a liberdade das instituições democráticas e a riqueza gerada pelos
mercados livres. Isto é possível sem uma base judaico-cristã?
5
5
O Poder da História
Ao nos aproximarmos do século 21, como devemos entender a missão da Igreja? Grande parte da Igreja do
final do século 20 vê a Grande Comissão de Cristo como um chamado para o evangelismo – a salvação dos
perdidos e a implantação de igrejas. Outros cristãos dizem que devemos nos preocupar não somente com
evangelizar, mas também com discipular: “A Grande Comissão tem a ver com discipulado. Precisamos
discipular as pessoas para serem espirituais, se dedicarem à leitura da Bíblia, à oração, à comunhão, irem à
igreja.” Mas é isto o que diz Mateus 28:18-20? Não!
A Grande Comissão é um
chamado a discipular as nações
(ethnos), “ensinando-os a
obedecer a tudo o que lhes
ordenei.” Deus quer redimir todas
as tribos e nações para Si mesmo.
Isto começa, mas não se encerra,
com o evangelismo das pessoas. A
partir das pessoas, precisamos
discipular as nações. Este
discipulado, porém, não pode ser
somente espiritual ou religioso.
As pessoas precisam ser
discipuladas para viverem a vida
em toda a sua plenitude coram
Deo – “diante da face de Deus.”
Por que a Igreja se esqueceu que a
Grande Comissão envolve o
discipulado de nações? Porque ela
esqueceu a cosmovisão bíblica. Se
queremos ser fiéis à missão que
Cristo deu à Igreja do século 21,
precisamos voltar à nossa preciosa
herança de uma cosmovisão
bíblica.
Neste pequeno documento,
examinaremos duas questões
fundamentais de cosmovisão:
primeiro, por que perdemos a
cosmovisão bíblica? Segundo,
quais são alguns dos fundamentos
da cosmovisão – “A História
Transformadora” – que são
críticos para o discipulado de
nações.
A história que vamos narrar estabelece a estrutura das nossas vidas, e deveria também estabelecer a estrutura
das nossas vidas profissionais, como agentes de desenvolvimento. Temos uma história dramática. É uma
história que pode transformar indivíduos, comunidades e até nações. Nossa História começa num jardim e
termina numa cidade. Ela começa em Gênesis 1 e termina no livro de Apocalipse. Ela começa com Deus.
“No princípio, criou Deus o céu e a terra …” Ela começa num jardim, com uma ordem para a humanidade
desenvolver a terra. Esta é uma história sobre Deus, a Sua criação e o lugar do homem na Sua criação. A
nossa História nos mostra como o homem se rebelou contra o Rei dos céus, e como o Rei enviou o Seu
Príncipe à terra para morrer pela raça rebelde. Em seguida, vemos o Príncipe dar uma ordem à Igreja. Ele
está convocando a Igreja para ir e fazer discípulos de todas as nações – não somente evangelizar, não
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somente discipular pessoas para serem religiosas. O objetivo da Comissão é discipular nações, construir
nações, não somente ouvir tudo o que Cristo ensinou, mas considerar como precioso tudo que Ele ensinou.
E então, a nossa História termina com a volta do Príncipe. Jesus vai voltar e, quando Ele voltar, não vai mais
existir fome. Nem pobreza. E quando Ele voltar, a glória das nações será entregue ao Reino de Deus. Esta é a
nossa história. Precisamos olhar para as nossas vidas dentro do contexto desta história. E temos que ver o
nosso trabalho de desenvolvimento, as nossas vidas profissionais, no contexto dessa história. Mas a nossa
geração se esqueceu desta História. O que eu gostaria de fazer em primeiro lugar, é ver porque perdemos a
História, e ver o impacto dessa perda sobre a nossa área de trabalho – o desenvolvimento. Em seguida,
gostaria de examinar alguns dos aspetos chaves desta História, e começar a estabelecer a estrutura mental do
nosso trabalho.
Cada cultura tem a sua história. O que eu procurei fazer, foi olhar de maneira abrangente, extensa, as
histórias culturais do animismo, do secularismo e do teísmo bíblico. Cada uma destas cosmovisões tem um
ponto de partida diferente – e um entendimento bem diferente da natureza do ser humano, da natureza e da
história. Cada uma destas cosmovisões cria uma história diferente. A história do secularismo estabelece a
trama do desenvolvimento moderno; ela cria a estrutura na qual a indústria de desenvolvimento funciona
atualmente. Mas como cristãos, temos uma cosmovisão diferente. Se tivéssemos consciência disto, teríamos
desenvolvido um conceito bastante diferente de desenvolvimento.
A cosmovisão pode ser comparada a um par de
óculos. Ela define o que vemos, não o que há
para ser visto. Entre nós há muitos que usam
óculos. O que aconteça quando você tira os
seus óculos? O mundo pareça diferente.
Cosmovisão é como os óculos da mente. Todo
mundo tem esses óculos em suas mentes, e as
lentes desses óculos foram fabricadas pela
cultura de cada um. Eu fui criado nos Estados
Unidos e os óculos culturais com os quais
cresci são seculares. Tornei-me cristão quando
era adolescente, mas continuei a olhar o
mundo com óculos seculares. Tinha o
“coração circunciso”, mas a “mente não
circuncisa” Como profissional, continuei
olhando o mundo através daquela mente não
circuncisa.
Em contraste com o secularismo, o animismo
tem uma perspectiva bem diferente da
realidade. O animismo também tem uma
história sobre a natureza do ser humano, da
natureza e da história, porém estabelece um
sistema de valores e um estilo de vida muito
diferentes. Muitos dos pobres do mundo usam os óculos do animismo, e esta maneira de enxergar pode
contribuir para as circunstâncias da sua pobreza. O secularismo, o animismo e o teísmo bíblico enxergam o
mundo de uma perspetiva radicalmente diferente. Cada um deles estabelece valores diferentes na cultura e,
assim, formam sociedades e instituições diferentes.
Vamos ilustrar como funcionam estes óculos da mente. O que
você vê nesta ilustração?
Algumas pessoas vêem uma velha, e outras vêem uma jovem
bonita. Estamos todos olhando a mesma coisa, mas vemos
coisas diferentes. Depende da sua percepção. Isto é um
exemplo de como funciona a cosmovisão. A cosmovisão
determina o que você vai ver, e não o que há para ser visto.
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A nossa História começa com estas palavras: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” A Bíblia diz que
antes do universo existir, Deus já existia. Deus está fora da Sua criação e cria um mundo verdadeiro. E em
cada estágio do início da nossa História, Deus diz: “É bom.” Ao encerrar o processo da criação, Ele diz: “É
muito bom!” Imagine um artista pintando um quadro. Ele trabalha um pouco e diz “Ah, isto é bom.” E
trabalha mais um pouco. “Ah, está bom” E quando termina a obra-prima, ele exclama: “Isto é muito bom!”
Deus existe e criou um mundo real, que é bom.
O desenho que você vê representa o fato de que Deus
tem um relacionamento com a Sua criação. Ele está
presente na Sua criação de quatro maneiras. Ele está
presente como pessoa; Ele está aqui, nesta sala, neste
momento. Ele está presente na história. Ele
levantou Moisés para libertar o povo de Israel. Ele
levantou Abraão e disse, “Quero que você seja uma
benção para todas as nações da terra.” Ele levantou
os profetas, levantou organizações. Ele trabalha na
história. Deus trabalhou também na encarnação. O
Deus do universo assumiu a forma humana e habitou
entre nós. Ele viveria nas favelas. Ele viveria nas
comunidades do interior. Deus habitou entre nós.
Finalmente, Ele está presente na pessoa do Espírito
Santo, o qual habita na vida dos crentes. Esta é a
cosmovisão da Bíblia, e era a cosmovisão do mundo
ocidental até 200 anos atrás.
Naquele tempo, aconteceu uma mudança na cosmovisão de teísmo para deísmo.
Esta era a cosmovisão na Europa na época da revolução francesa. Esta era a cosmovisão nos Estados Unidos
quando o país estava sendo formado. Alguns dos fundadores dos Estados Unidos eram teístas, outros eram
deístas. Os deístas crêem que Deus existe e que o mundo existe, e Ele é como um relojoeiro. Deus fez um
relógio, deu corda nele e o deixou trabalhando por conta própria.
Deus lógica é, se nos não podemos ter comunhão com Deus, e se oramos e Ele
não responde, por que precisamos Dele? Por isso, esta cosmovisão durou
somente cem anos.
A cosmovisão predominante transferiu-se imediatamente para o
humanismo moderno. Este ponto de vista começou a influenciar a
Cosmos Europa e a América do Norte há uns 130 anos e é a cosmovisão do
homem moderno. É a cosmovisão de Charles Darwin, da educação
moderna, e da sociedade consumista moderna. Você nota, Deus não
existe. Mas não é só Deus que não existe, não há nada transcendental.
Não há espiritualidade; a única realidade é a matéria. Tudo é definido em termos materiais. Tanto os
problemas quanto as soluções são definidos em termos materiais. Na verdade, nada mais pode haver, porque
por definição, matéria é tudo o que existe. A industria moderna de desenvolvimento nasceu desta
cosmovisão. A educação moderna ocidental nos ensina a pensar desta maneira. E não é diferente para os
Cristãos. A menos que nos conscientizemos de que as cosmovisões existem, e comecemos a analisar a nossa
cosmovisão, a nossa tendência será cair nesta cosmovisão secular moderna.
Este foi o momento em que a Igreja deveria ter-se agarrado com firmeza à cosmovisão bíblica. Mas em vez
de defender esta cosmovisão contra o secularismo, a Igreja da virada do século cometeu um erro muito
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grave. Em vez de serem pró-ativos com a cosmovisão bíblica, os cristãos reagiram à cosmovisão secular.
Eles disseram, “Deixaremos o mundo para os secularistas. A nós interessam somente as coisas espirituais.”
Ou seja, a Igreja aceitou uma cosmovisão “grega” ou dividida. No pensamento grego, o mundo estava
dividido entre o mundo espiritual e o mundo material. “O espiritual é bom e o material é mau. O espiritual é
sagrado e o material é secular.” Então a Igreja da virada do século estava interessada em teologia, ética e
missões, mas não em razão, negócios e política. Estas eram coisas do mundo.
Infelizmente, como esta cosmovisão dividida era ensinada nas escolas bíblicas e nos seminários, ela
estabeleceu a natureza de grande parte da Igreja, e reformulou o conceito da Grande Comissão. Então, os
formados pelas escolas bíblicas e pelos seminários entravam nas igrejas como pastores, ou iam para Ásia,
África ou América Latina como missionários e plantavam Igrejas de mentes gregas. O propósito da Igreja e
da Grande Comissão era pregar o evangelho, salvar almas para a eternidade – o foco era somente o
espiritual. E ponto final. A isto chamo de “paradigma de primeira ordem” da Grande Comissão.
Alguns cristãos dizem que precisamos ir além do evangelismo; temos que discipular. Então, quando uma
pessoa vem a Cristo, ela precisa ser discipulada. Mas esses cristãos, vêem a tarefa somente no sentido
espiritual ou religioso. Eles querem ensinar os novos crentes a orar e a ler a Bíblia e nada mais. Este é o
“paradigma de segunda ordem.” Neste caso, a Grande Comissão foi reduzida a uma atividade espiritual.
Mas, a Grande Comissão diz que devemos fazer discípulos de que? Nações! Não somente indivíduos.
“Ensinando-os (nações) a obedecer tudo o que lhes tenho ordenado”. Deus quer redimir as nações para Si
mesmo. O discipulado das nações começa com indivíduos conhecendo Cristo. Portanto, tem que haver
evangelismo. E também, tem que haver discipulado, mas este tem que ir além de ajudar as pessoas a se
tornarem espirituais. As pessoas precisam ser discipuladas em todas as áreas da vida. Normalmente o que
acontece é irmos à Igreja aos domingos, onde o “espiritual” acontece. E depois, o que acontece de segunda a
sábado? Trabalhamos no mundo e vivemos de acordo com as regras do mundo. E muitas vezes como agentes
de desenvolvimento, fazemos as coisas da igreja no domingo e nos envolvemos com a indústria do
desenvolvimento no restante da semana. Às vezes temos vontade de trazer algo “espiritual” para a nossa
semana, então vamos à igreja ou temos um estudo bíblico durante a semana. Mas, como profissionais,
continuamos a funcionar com uma cosmovisão secular.
A cosmovisão secular não é muito forte. Não é muito atraente. Mas, uma nova cosmovisão esta vindo, por
que vivemos num mundo não somente pós cristão, mas também um mundo pós moderno. O secularismo está
morrendo. Se você olhar para o mundo comunista, você percebe que ele está desmoronando. Por que é que as
estruturas e as instituições do comunismo estão desmoronando? Porque foram edificadas sobre os
fundamentos do secularismo, e estes não são fundamentos fortes. Se você olhar cuidadosamente Europa e
América do Norte, vai observar que eles estão vivendo de lembranças. Do lado de fora, as suas sociedades
parecem boas e saudáveis, mas, se você olhar para o seu núcleo, vai ver que estão apodrecendo. Existe uma
falência moral e espiritual no coração da cultura ocidental de hoje.
Uma nova cosmovisão está surgindo, a cosmovisão pós-moderna – o que muitos estão chamando de Nova
Era. Mas na verdade não é uma era “nova”, mas
uma era velha. É o hinduísmo vestido com uma
linguagem ocidental e está invadindo o que foi o
mundo moderno. Veja, por exemplo, o filme
Guerra nas Estrelas. Um grande filme,
tecnicamente brilhante e avançado para o seu
tempo. Guerra nas Estrelas é um folhetim do
Hinduismo. Muito daquilo que está saindo dos
estúdios Disney tem uma forte influência da Nova
Era. Esta é a cosmovisão que está vindo. Merece
mais atenção do que está recebendo, por que estará
influenciando a formação dos nossos filhos e, quem
sabe, também, a dos filhos deles.
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A cosmovisão afeta todas as áreas da vida. O que está no núcleo é a nossa cosmovisão. A cosmovisão de um
povo estabelece os princípios fundamentais da sua cultura.
Esta, por sua vez, afeta todas as áreas e instituições da vida. Portanto, a cosmovisão afeta os princípios
fundamentais da cultura, e estes afetam educação, política, desenvolvimento e economia.
Vamos tomar como exemplo a área do desenvolvimento. Alguns anos atrás, um amigo meu foi à uma
conferência da USAID (U.S. Agency for International Development – Agência Norte Americana para o
Desenvolvimento Internacional) em Washington, D.C., EUA. A maioria dos participantes esteve envolvida
com desenvolvimento durante 20 ou 25 anos. A pergunta em todos os lábios era: “O que é
desenvolvimento?” Muitas pessoas estavam investindo as suas vidas em algo, sem nunca ter descoberto o
que realmente estavam fazendo. Nós, envolvidos em desenvolvimento, somos na grande maioria ativistas.
Queremos ajudar os pobres a sair da pobreza. Queremos ver as coisas mudarem. Então, nos envolvemos com
agências de desenvolvimento. E queremos fazer projetos. Os projetos tratam de estratégias e métodos, com
pessoal e orçamentos.
A maioria de nós participa de organizações cristãs porque é motivada por Cristo no seu trabalho. Dizemos
que queremos fazer aquilo que fazemos bem. Então, a cada ano, reavaliamos os projetos que estamos
fazendo. Queremos ser profissionais, então avaliamos o nosso trabalho e o comparamos com o que os outros
estão fazendo. Contratamos consultores externos para examinar e avaliar o nosso trabalho, porque queremos
fazer o nosso trabalho profissionalmente. Mas a pergunta é, que tipo de projeto? O tipo de projeto que
fazemos será determinado pela nossa política e o nosso conceito de desenvolvimento. O que é
desenvolvimento? Será que realmente já consideramos esta questão?
Durante as minhas viagens, observei que a maioria das pessoas envolvidas em desenvolvimento são ativistas.
Estamos sempre ocupados cumprindo prazos, concluindo projetos, apresentando relatórios e elaborando
novos projetos. Estamos muito ocupados e quando você pergunta “O que você está fazendo?” estamos
ocupados demais com os projetos para refletir sobre a pergunta, “O que é desenvolvimento?” A pergunta diz
respeito às teorias de desenvolvimento. É aqui que estabelecemos os nossos alvos e objetivos para o projeto.
Mas a maioria, se formos honestos, diremos que temos pouco tempo para isto porque estamos ocupados
demais fazendo projetos.
É razoável, mas a pergunta é: “De onde veio o nosso conceito de desenvolvimento?” Poucos de nós voltam
ao começo. E então começamos a perguntar: “Por que?” Aqui está o seu conceito de desenvolvimento. Por
que? Bom, queremos que você pergunte por que, e volte e comece a expor os valores pessoais e culturais.
Comece a expor os valores da indústria da qual você faz parte – a ética da indústria. Não me refiro à moral;
refiro-me ao ethos da indústria, à cultura. De onde vem a cultura da indústria? Do seu sagrado sistema de
crenças, a cosmovisão. Mas a maioria de nós está tão ocupada que nunca tem tempo para refletir sobre o que
é desenvolvimento, ou mais profundamente, refletir sobre os princípios e paradigmas que estão por trás das
nossas políticas. A sabedoria exige o nosso envolvimento em ação e reflexão. Portanto, temos que nos
envolver com o nosso mundo, mas também precisamos refletir sobre por que estamos fazendo o que
estamos fazendo. E se de fato somos cristãos, com corações circuncisos mas mentes não circuncisas, e se
fazemos parte de uma indústria que foi definida por uma cosmovisão secular, poderemos estar envolvidos
em muitos projetos seculares.
Quando estive na Bolívia há um ano e meio, fiz este apresentação. Depois da apresentação, alguns obreiros
me procuraram e me ajudaram com este diagrama. Eles disseram: “Darrow, entendemos o que queremos
fazer. Queremos fazer o certo porque somos cristãos. E é por esta razão que avaliamos os nossos projetos
todos os anos, porque buscamos a excelência nas coisas que estamos fazendo.” Então, disseram isto: “O que
você está nos dizendo é ‘Não é suficiente fazer as coisas da maneira certa. Precisamos, além disso, fazer as
coisas certas.” O que eles entenderam é que podemos fazer as coisas erradas da maneira mais profissional. Se
tudo o que fazemos é analisar os nossos projetos desta maneira, poderemos fazer todas as coisas erradas com
excelência. Então, não basta ser um ativista. Precisamos parar para refletir. E temos que refletir ao nível da
cosmovisão. Precisamos começar a levar a sério a cosmovisão da Palavra de Deus no contexto do nosso
trabalho, porque não queremos simplesmente fazer as coisas da maneira certa – queremos fazer as coisas
certas. E fazer as coisas certas com excelência. São dois processos diferentes.
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O PODER DA HISTÓRIA
GUIA DE ESTUDO
7. Descreva, com as suas próprias palavras, a relação entre projetos, políticas, princípios e paradigmas no
diagrama “Impacto da Cosmovisão Sobre o Desenvolvimento.”
8. Qual a diferença entre “fazer as coisas da maneira certa” e fazer as coisas certas”?
9. Para um trabalhador compassivo, por que não é suficiente fazer as coisas da maneira certa?