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GINÁSTICA ARTÍSTICA

Professor (a) :

Dr. Antonio Carlos Monteiro de Miranda

Objetivos de aprendizagem
•Conhecer a origem e as características da Ginástica Artística.

•Identificar os elementos corporais básicos da Ginástica Artística.

•Problematizar a presença/ausência da Ginástica Artística no contexto escolar.


Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

•Aspectos Históricos e característica da Ginástica Artística

•Elementos corporais básicos da Ginástica Artística

•Ausência/presença da Ginástica Artística na escola

Introdução
Olá, prezado(a) aluno(a)! Sejam muito bem-vindos(as) às nossas aulas sobre a ginástica e suas possibilidades de atuação no
contexto escolar. A proposta de nossos encontros é que você relembre os conteúdos aprendidos lá na graduação e consiga
aprender novidades que contribuirão para sua ação docente no dia a dia da escola. A ideia aqui não é que você siga à risca os
pontos apresentados, mas que se aproprie daquilo que for essencial para seus encontros e melhor trabalho junto a seus
educandos.

Trabalharemos com o conteúdo da Ginástica Artística (GA), tema desse estudo, resgatando seu contexto histórico de maneira
sucinta, para que possamos relembrar como essa modalidade surgiu e foi sistematizada até os dias de hoje.

Iremos enfatizar a importância de que nossos educandos tenham acesso à história das modalidades, para compreender como elas
se tornaram o que é hoje.

Posteriormente, identificaremos quais são os elementos corporais básicos dessa modalidade que chama tanto a atenção por
colocar corpos em voo e em situações que nos encantam em cada movimento. A proposta dessa aula é conseguir identificar em
uma coreografia de ginástica artística os diferentes movimentos realizados, além de poder contar com essa estrutura para se
ensinar a ginástica na escola.

Por fim, em nossa última aula, vamos refletir um pouco se a ginástica artística está ou não na escola e, se ela estiver, como tem sido
trabalhada - será que todos os professores de educação física conseguem trabalhar com essa modalidade na escola? Quais são as
dificuldades encontradas pelos docentes no cotidiano escolar que os impedem de trabalhar com a ginástica artística na escola?
Essas e outras perguntas serão problematizadas e respondidas nesta aula, visando, assim, levar a ginástica artística até a escola.

Um grande abraço e bons estudos!


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ASPECTOS HISTÓRICOS E
CARACTERÍSTICA DA Ginástica Artística
Olá, é com grande satisfação que damos início ao nosso encontro sobre a Ginástica Artística (G.A) no contexto escolar. Não
sabemos como foi seu processo de formação inicial (graduação) com esse conteúdo, mas esperamos que você tenha aprendido e se
envolvido ao máximo com ele, pois a partir de agora, vamos retomar alguns assuntos e aprender outros que são importantes para
que a ginástica chegue até o contexto escolar de maneira segura e envolvente.

Como sabemos, a ginástica artística chama a atenção pela beleza que possui e pela possibilidade de colocar os corpos em situações
que não estamos acostumados a ver a todo momento. Devido a essa característica, muitas vezes acaba sendo evitada por alguns
professores no contexto escolar, seja pela falta de experiência, seja pela ausência de materiais.

Foi pensando nisso que nos propomos, a partir dessa aula, refletir sobre como a ginástica artística pode e deve fazer parte do
contexto escolar, uma vez que como nos alerta Ayoub (2011), a ginástica na escola brasileira na atualidade é quase nula; por isso a
importância de que nós, professores, encontremos formas e realizemos ações para que a prática ginástica passe a fazer parte dos
conteúdos trabalhados nas aulas de educação física. Diante disso, mesmo que você já tenha tido acesso ao processo histórico, é
importante lembrarmos como surgiu e como foi o desenvolvimento dessa modalidade, para que ela se tornasse o que é hoje.

A ginástica artística surgiu a partir da batalha de Jena (1806), situação em que Prússia e França entraram em conflito. Os
prussianos não acreditavam que os franceses pudessem vencer, entretanto, com um planejamento inadequado por parte da
Prússia, a França acabou saindo como vitoriosa. Para tentar suprir essa derrota vergonhosa e inesperada, Johann Friedrich
Ludwing Cristoph Jahn decidiu desenvolver um trabalho com os jovens, visando prepará-los para expulsar o exército invasor e
reerguer a moral do povo (PUBLIO, 2008).

Figura 1 - Barras paralelas (masculino)


Jahn buscava por meio das práticas ginásticas desenvolver força, agilidade, respeito, autoconfiança, autodisciplina, lealdade,
obediência e principalmente amor à pátria, uma vez que a proposta tinha como foco suprir a derrota vergonhosa da batalha de
Jena. Segundo Publio (2008, p. 16),

Em 19 de junho de 1811, Friedrich Ludwig Jahn inaugura, na floresta de Hasenheide (Paradeiro das lebres),
perto do Berlim, o primeiro local para a prática da Ginástica alemã ao ar livre, hoje denominado Volkspark
Hasenheide (parque do povo).

Foi nesse local que Jahn deu início às práticas ginásticas, fazendo uso de aparelhos de grande porte, de árvores e até mesmo de
batalhas simuladas, como forma de preparação dos atletas. O trabalho de Jahn fez muito sucesso e passou a ser praticado por
muitos jovens; entretanto, mesmo depois de todo o desenvolvimento dessa prática, houve sua proibição em 1818, pois o cenário
produzido por Jahn foi considerado revolucionário e demagógico, conforme pontua Publio (2008, p. 19):

Em 1818, o Turnen (praticar ginástica) foi considerado revolucionário e demagógico: tratava-se de um


“abcesso” maligno que era preciso extirpar. Outubro de 1818 foi o último mês em que foi permitido praticar
Ginástica, tendo seu reinício, em 1819, sido proibido pelo governo prussiano (bloqueio ginástico).

Podemos observar que a perseguição foi bastante intensa e visava realmente estancar a prática a ginástica; vários foram os
ginastas e instrutores que foram perseguidos. Jahn foi preso e detido por cinco anos, situação essa que fez com que os ginastas
fossem para diferentes partes do mundo espalhando a ginástica em diferentes nações, ou seja, algo que era para controlar e conter
a prática ginástica acabou dando errado e levando a modalidade para o mundo inteiro. Foi apenas em 1842 que, com o fim do
bloqueio ginástico, a Educação Física na Alemanha começou a ser realizada em recinto fechado, hábito que se mantém até a
atualidade (PUBLIO, 2008).

A ginástica chegou em nosso país durante o bloqueio ginástico (1820-1842), por meio da colonização alemã no Rio Grande do Sul,
em 1824. Com o decorrer dos anos, acabou ganhando espaço a partir dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, e,
posteriormente, com a criação da Confederação Brasileira de Ginástica, em 1978, órgão até hoje responsável pela organização da
ginástica nacional.
A proposta de retomar esse processo histórico da ginástica vem no sentido de nos aproximarmos de como a ginástica artística
surgiu e se desenvolveu para que chegasse ao que vemos hoje nas competições. Você possivelmente já teve contato com esse
assunto na graduação, porém, queremos reforçar a importância de se trabalhar esse conteúdo junto aos estudantes, uma vez que
será a partir da compreensão de como a modalidade surgiu que eles poderão entender por que a ginástica artística é feita em
aparelhos de grande porte e os motivos pelos quais os atletas tenham estrutura corporal tão diferente se comparadas a de atletas
da ginástica rítmica.

Compreender a evolução da modalidade é um primeiro passo para nos aproximarmos de como ela se apresenta na atualidade,
visando, assim, compartilhar junto aos nossos estudantes essa modalidade, a qual, mesmo tendo caráter competitivo, exige um
nível técnico impecável. Ela deve sim fazer parte da escola, para que nossos estudantes possam vivenciar e, acima de tudo,
conhecer essa modalidade, que talvez ficaria apenas conhecidas pela televisão.

Visando uma reaproximação com a modalidade, precisamos recordar que ela é competitiva, reconhecida pela FIG (Federação
Internacional de Ginástica) e possui competição tanto masculina quanto feminina, isto é, há a Ginástica Artística Masculina (GAM)
e a Ginástica Artística Feminina (GAF). Cada uma possui aparelhos específicos e comuns para ambas. Normalmente os(as) atletas
possuem um biótipo corporal bem característico, sendo mais fortes que outras modalidades ginásticas, como a ginástica rítmica ou
de trampolim. Essa força advém dos treinamentos e exercícios exigidos na modalidades, como suspensões, rotação em aparelhos e
sobre aparelhos, sem contar a alta carga horária de treinamento exigida.

Lembre-se de que, ao trabalhar os conteúdos históricos, você deve priorizar um acesso lúdico e prazeroso,
para que os estudantes compreendam o que aconteceu de uma maneira mais próxima à realidade deles, seja
com uso de imagens, figuras ou peça de teatro.

Fonte: os autores.

Em relação aos aparelhos usados na modalidade, a GAM possui provas de: cavalo com alças, argolas, salto sobre a mesa, solo, barra
fixa e barras paralelas. Em cada aparelho o atleta precisa executar uma série que será avaliada por uma banca de arbitragem que
avalia a execução e as dificuldades.

Figura 2 - Cavalo com alças (masculino)

Figura 3 - Paralelas (masculino)


Figura 4 - Solo (masculino)

Figura 5 - Argolas (masculino)


Figura 6 - Barra fixa (masculino)

Figura 7 - Salto sobre a mesa (masculino)


Já a GAF possui provas como a trave de equilíbrio, barras paralelas assimétricas, mesa de salto e solo com acompanhamento
musical. Por mais que possuam aparelhos semelhantes entre ambos, como o solo e a mesa de salto, elas são modalidades distintas
que possuem características próprias.

Figura 8 - Salto sobre a mesa (feminino)

Figura 9 - Solo (feminino)


Figura 10 - Barras assimétricas

Figura 11 - Trave de equilíbrio (feminino)


Nunomura et al. (2009) nos trazem que, embora no Brasil se tenha mais mulheres que homens praticantes, a GA masculina vem se
destacando no cenário internacional, isso em decorrência dos diferentes resultados e medalhas olímpicas que foram conquistadas
pelos homens nos últimos anos, a exemplo de Diego Hypólito e Arthur Zanetti. Essa realidade contribui para que a modalidade seja
mais divulgada e desperte o interesse nos mais diferentes grupos sociais. Além disso, é importante que se identifique quais os
benefícios dessa prática no contexto escolar, tanto para o desenvolvimento social quanto pessoal dos estudantes.

Você pode recorrer a imagens e vídeos para ilustrar aos estudantes essas diferenças que existem dentro da
modalidade, fazendo com que eles as identifiquem e aprendam a reconhecê-las.

Fonte: o autor

Como destacam os autores,

A criança e o jovem estão em processo de evolução e aprendizado constante. Assim, o papel dos educadores
é o de proporcionar a maior gama de experiências motoras possíveis para que cada um atinja seu potencial
máximo de desenvolvimento. A criança ou o jovem que não vivenciou uma diversidade de práticas
corporais, encontrará a medida que ela se torna mais velha, grandes dificuldades em sentir e conhecer seu
corpo, as posições, formas que ele pode assumir, como interagir com o meio e com outros corpos que
dividem o mesmo ambiente (NUNOMURA et al. 2009, p. 202).

Diante disso, fica a necessidade e a importância de que nós, professores, levamos o conteúdo de ginástica artística à escola, para
que nossos alunos tenham as mais diversas vivências e, assim, possam se desenvolver não apenas de forma motora, mas também
social e afetiva, aspectos que surgem como algo a mais com a prática da ginástica no contexto escolar.
ELEMENTOS CORPORAIS BÁSICOS da
Ginástica Artística
Olá, prezado(a) aluno(a)! Nesta aula, vamos nos aproximar dos elementos básicos necessários para que a modalidade aconteça,
uma vez que a ginástica artística consiste na junção dos elementos corporais com os aparelhos de grande porte e solo. Ou seja, se
tivermos apenas o ginasta sem executar os movimentos corporais, não teremos ginástica artística, e se tivermos apenas os
aparelhos de grande porte sem o ginasta, também não haverá, pois a junção dos dois é o que faz a modalidade acontecer.

Diante disso, talvez você até pense: “ah, então se eu não tenho aparelhos na escola, não terei ginástica artística”. Nesse caso, é
preciso que você entenda que estamos falando da modalidade competitiva, sistematizada e organizada para esse fim. No contexto
escolar, mesmo com a ausência de aparelhos oficiais, podemos sim trabalhar com a ginástica artística, de acordo com o cenário que
se tem, claro, desde que se tome os devidos cuidados e proporcione uma aproximação lúdica dos estudantes, seja pela GA ou outra
prática corporal, como nos sinalizam Nunomura et al. (2009, p. 202)

as práticas corporais podem ser vivenciadas em todas as modalidades esportivas, individuais e coletivas,
[...]

através dos jogos, brincadeiras e outras atividades que envolvam o movimento. A GA inclui uma variedade
de aparelhos, cada um com suas particularidades, que proporcionam ao praticante um amplo conhecimento
e desenvolvimento de práticas corporais.

Ao trabalhar com a ginástica artística, a criança poderá conhecer seu próprio corpo e desenvolver diferentes habilidades
necessárias para o seu desenvolvimento; por isso a importância de que o professor estimule e crie situações que despertem o
interesse e a vontade em aprender cada vez mais fazer coisas novas com o corpo, uma vez que, como nos auxilia Nista-Piccolo
(2008, p. 32).

A GA é composta de elementos considerados fundamentais para o desenvolvimento motor do ser humano,


tais como rolar, equilibrar-se, o saltar, o girar, entre muitos outros. Aprender a executá-los, combinando-os
em sequência de movimentos, facilita o aprimoramento das capacidades físicas mais complexas e amplia as
possibilidades de desempenho de habilidades motoras.
Figura 12 - Crianças fazendo ginástica

Por isso, além de desenvolver as diferentes habilidades motoras comuns nas diversas práticas corporais existentes, a ginástica
artística possui os elementos corporais que a compõe, ou seja, os movimentos executados por todos os atletas nos diferentes
aparelhos da modalidade, cabendo então ao professor de educação física trabalhar esses elementos junto aos estudantes lá na
escola.

Os elementos corporais presentes na modalidade são: os passos de dança que englobam os saltos e os pivots e os elementos
dançantes que normalmente são feitos pelas atletas do feminino sobre a trave ou solo. Os pré-acrobáticos que, como o próprio
,

nome diz, antecedem as acrobacias, podendo servir como exemplos as rodas, rolamentos, rodantes e pontes. Os movimentos
acrobáticos que se caracterizam também com inversão de eixo e apresentam um nível de dificuldade maior que os pré-
,

acrobáticos, como os mortais, reversões, flic-flac, entre outros. E, por fim, os elementos não acrobáticos que se caracterizam
,

pelos exercícios de força e flexibilidade, como as paradas de mãos, pranchas e oitavas (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016).

Talvez, ao ler rapidamente esses exemplos, você não se lembre de alguns ou não conheça outros; pensando nisso, decidimos
retomá-los para que você se lembre ou aprenda quais são os elementos corporais básicos da modalidade. Além disso, traremos
algumas sugestões de como você pode trabalhar com esses elementos em suas aulas.

Os passos de dança são executados em séries do solo e da trave de equilíbrio, requerem controle corporal, expressividade e, no
caso do solo, ter relação com a música usada na série. No entanto, os elementos que mais caracterizam essa prática são os saltos e
os pivots. Lembrando que os saltos precisam ter boa altura, forma definida e ser realizado a partir das três fases de execução,
preparação, fase de voo e aterrissagem.

Como exemplo, temos os saltos grupado, carpado, afastado, cossaco, corsa, vertical, tesoura, entre outros. Inicialmente, é
:

importante que você, professor, realize atividades lúdicas junto aos alunos, como saltar obstáculos, cordas e arcos e, depois,
sugerir que saltem de formas diferentes, sendo esse o momento de incluir as diferentes formas de salto ginásticos. Além disso,
você pode pedir para que fiquem em trios, em que o aluno do meio irá apoiar nos ombros dos colegas e saltar algumas vezes até
que todos passem pelas diferentes posições. Outra opção é levar imagens com os saltos para que eles reproduzam o mais próximo
possível da imagem.

Os pivots são as rotações realizadas sobre um dos pés; é importante lembrar que é preciso ter equilíbrio e manter a posição
correta do corpo. Todas as formas de equilíbrio podem ser feitas pivots como passet perna 90º graus a frente ou ao lado, atittude
, , ,

arabesque, avião, cossaco, entre outros. Para o desenvolvimento dessa prática, você pode primeiro ensinar meio giro para depois
realizar o giro completo. O uso de arcos no chão e uma barra de ferro ajudam a melhorar a aprendizagem dos pivots. (MIRANDA;
NAKASHIMA, 2016).
Você sabia que a ginástica artística é uma das modalidades esportivas mais completas que existe? Isso pela
exigência que ela possui do atleta conseguir ter força, flexibilidade, equilíbrio e coordenaçao, tudo sendo
feito com muita limpeza de movimentos e cuidado estético.

Fonte: o autor.

Aprecie essa leitura disponível abaixo, para aprofundar seus conhecimentos: FERREIRA, Letícia Pimenta et
al. O volume de prática em ginástica artística influencia o desempenho das habilidades motoras
fundamentais Pensar a Prática, v. 24, 2021.
.

Os movimentos pré-acrobáticos são aqueles realizados com inversão de eixo corporal; eles normalmente são as primeiras
acrobacias ensinadas/aprendidas por antecederem os elementos mais complexos. Como exemplo, temos a roda (estrelinha),
rodante/rondada, os rolamentos e suas variações – para frente e trás, grupado, carpado e afastado e a ponte.

Ao ensinar, é importante respeitar o processo pedagógico de cada etapa; por exemplo, não podemos ensinar um rolamento para
trás carpado se o aluno não tem domínio sobre o rolamento para trás grupado. Além disso, devemos lembrar dos princípios
básicos, como braço sempre estendido durante roda, rodante e elementos que exigem apoio dos braços, além de aspectos básicos,
como contração, encaixe do quadril e, no caso dos rolamentos, sempre manter o queixo em contato com o peito (externo). O bom
desenvolvimento desses fundamentos é o que dará base para a aprendizagem de novas habilidades, sem contar que, paralelo a
isso, é importante que você desenvolva atividades que despertem força, como jogos com carriola, em que a criança precisa
sustentar seu peso apenas com os braços. (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016).

Figura 13 - Elemento corporal - ponte

Os movimentos acrobáticos são movimentos com um nível de dificuldade um pouco maior que os pré-acrobáticos e como dito
anteriormente para ensiná-los é importante que os estudantes já tenham domínio dos elementos básicos. É evidente que você,
professor, saberá o nível em que seus alunos e turma estão, cabendo a você conduzir o trabalho de forma que eles se desenvolvam
e não pulem etapas dos movimentos que estão sendo trabalhados. Para o desenvolvimento dos elementos acrobáticos, é
importante que os estudantes já tenham domínio principalmente da parada de mãos, um dos exercícios mais importantes para a
aprendizagem dos exercícios acrobáticos.

Como exemplos temos as reversões, tanto para frente quanto para trás, os flic-flacs e os mortais com sua variações – grupado,
carpada e estendido. Esses movimentos exigem uma boa preparação corporal e algum tempo de prática, o que, normalmente, só é
possível com um treinamento sistematizado. Por isso, caso seus alunos já tenham algum tipo de habilidade corporal, você até pode
se arriscar ensinando alguns deles, como os mais simples reversões e flics ou, em outros casos, nada impede de você apresentar
vídeos com os movimentos, explicando a eles como é feito ou até mesmo convidar um atleta para que demonstre o movimento.
Figura 14 - Parada de mãos

Por fim, os elementos não acrobáticos caracterizam-se pelos movimentos que exigem força e consciência corporal do executante,
elementos básicos como vela, parada de mãos, parada de cabeça, esquadros, devem ser trabalhados dentro desse grupo. Sempre
que possível, o professor deve retomar esses elementos, pois eles, além de darem força para os executantes, contribuem para a
aprendizagem de outros elementos. Por isso, lembre-se sempre de trabalhar exercícios de fortalecimento abdominal, como
pranchas, ajudar os alunos a aprenderem a parada de mãos usando a parede e até mesmo ensinar uns aos outros a ajudar o amigo
segurando no quadril para dar estabilidade. (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016).

Figura 15 - Elemento corporal - mortal para trás


Figura 16 - Elemento corporal (parada de cabeça)
Professor, aqui foram trazidas algumas possibilidades de trabalho com a ginástica artística na escola. O modelo apresentado aqui
não busca ser o melhor nem o ideal, mas sim que ele sirva como uma proposta para que você leve a ginástica artística até a escola e
veja que, para trabalhar os elementos corporais básicos, não precisamos de aparelhos, apenas uma sala grande e colchões,
cabendo apenas ao professor cuidar dos aspectos básicos para o desenvolvimento da aula, como vestimentas adequadas, respeito
ao processo pedagógico e, sempre que necessário, avançar para um próximo elemento apenas com a aprendizagem correta do
anterior.

Outra opção é fazer visitas a competições e apresentações de ginástica, para que estimulem nossos estudantes a aprenderem mais
sobre essa modalidade tão rica e que chama tanto a atenção pelo que é feito com o corpo.

AUSÊNCIA/PRESENÇA DA GINÁSTICA
ARTÍSTICA na escola
Olá, você talvez tenha sido aquele estudante que não teve nenhuma aula de ginástica na escola. Acredite, você não é o único.
Talvez você até pense: “ah, mas essas discussões já foram vencidas quando eu fiz graduação, pois o que era mais dito era para
romper com a hegemonia de bola de futebol para os meninos e de vôlei para as meninas”. É pensando nisso que perguntamos a
você: hoje, depois de formado, você trabalha com as modalidades ginástica na escola ou normalmente trabalha com aquilo com o
que você mais se identifica? O objetivo de nossa aula é justamente problematizar a ausência/presença da ginástica na escola e
como podemos contribuir para que esse cenário acabe mudando.

Ayoub (2011, p. 84) nos traz que

[...] ginástica como parte integrante do conjunto dos conteúdos que devem compor a disciplina educação
a
física – caracteriza-se como um conhecimento de importância indiscutível e que não pode ser simplesmente
abandonado ou colocado em segundo plano na instituição escolar.

Figura 17 - Aula de ginástica (parada de mãos)


A autora faz esse destaque na busca de romper com uma visão que faz uso da ginástica apenas no início das aulas para o
aquecimento/alongamento dos estudantes antes das aulas de educação física, e ela ainda complementa ao dizer que:

não podemos negar que o processo de limitação que vem ocorrendo na educação física escolar
[...]

brasileira, restringindo seu conteúdo ao esporte e deixando de lado a ginástica (entre outros temas da
cultura corporal), é muito sério e preocupante. (AYOUB, 2011, p. 84).

A proposta é que os professores da escola compartilhem com os alunos os diferentes conteúdos que tiveram no processo de
formação acadêmica, e não apenas aqueles que são veiculados pela mídia, que o professor tenha mais domínio ou que agrade mais
os estudantes. O professor deve se lembrar de trabalhar com profundidade todos os temas da cultura corporal de movimento,
sejam as danças, as lutas, os esportes, os jogos ou as ginásticas.

Com relação à ginástica artística, muitas vezes, o professor não trabalha com a modalidade pelo fato de dizer que não tem
experiência ou não possui materiais. A experiência só será possível tendo contato com a modalidade e acredito que todo professor
formado em educação física pelo menos a base possui para poder começar a trabalhar com a modalidade e, assim, conquistar a
experiência. Isso talvez se dê pelo professor tomar como referência o alto nível, como nos alerta Nista-Piccolo (2008, p. 28):

Ensinar GA pode parecer difícil quando se analisa a complexidade dos movimentos acrobáticos que fazem
parte dessa modalidade. E muitos se baseiam nas demonstrações de ginástica de alto nível, às que se
assistem através da mídia em torneios mundiais e olimpíadas, não conseguindo analisar quais as
possibilidades de se começar a ensinar GA e nem mesmo porque fazê-lo.

Tal cenário faz com que o professor tenha receio de trabalhar com a modalidade, evitando-a, pois em sua percepção, se os alunos
não conseguirem executar os movimentos como apresentados na televisão, não tem porque trabalhar.

Além disso, outra problemática que contribui para o não desenvolvimento da GA na escola apontada por Nunomura (2001) é de
que os cursos de graduação em educação física, em sua maioria, não oferecem subsídios suficientes para que os profissionais
possam desenvolver essa modalidade em seu ambiente de ensino, o que só acontece se esses profissionais tiveram ginástica antes
de cursar educação física, algo que ainda é difícil de encontrar.

Por isso, o professor deve estimular ao máximo os estudantes no contexto escolar para que possam motivar-se com a prática
ginástica, uma vez que ela pode ter dois lados, ou que aproxima ou que repele os interessados, como nos auxilia Nista-Piccolo
(2008, p. 29):

A beleza dos movimentos executados com precisão encanta a quem assiste e oferece uma sensação de
prazer ao ver um corpo rodopiando no ar. Mas, muitas vezes, são essas acrobacias mirabolantes que
afastam admiradores da ginástica, deixando-os muito distantes daquela prática. É assim que acontece com
os apreciadores de um espetáculo de ginástica: apaixonam-se pela leveza dos movimentos, pela sincronia da
performance e pela magia com que as combinações dos exercícios apresentados são executadas. Em
algumas vezes, o que eles veem estimula-os à prática; em outras vezes, desencoraja-os até uma simples
tentativa de iniciar tal execução.

Por isso, o professor deve sempre incluir em seus encontros atividades lúdicas para que os alunos façam ginástica de forma
prazerosa, sem tentar alcançar os padrões determinados pelas competições de alto nível.

Como dito no início desse nosso encontro, outro aspecto que contribui para que o professor não trabalhe com a ginástica na escola
é o fato de ele julgar a ginástica artística como uma atividade perigosa. Nunomura (2008, p. 59) destaca que “os profissionais que
não desenvolvem a GA por julgarem ser uma atividade perigosa e de alto risco deveriam atentar para o fato de que o risco de
lesões e acidentes existe tanto na atividade física como no esporte, e até mesmo no dia a dia”. Ou seja, da mesma forma que um
aluno pode se machucar fazendo ginástica artística ele pode se machucar indo pra escola, subindo uma escada ou realizando
qualquer outro tipo de atividade.

O que a autora quer nos mostrar é que devemos encontrar meios para trabalhar a modalidade e não desculpas. Para ela,

[...] única proteção contra tais eventualidades seria prever os possíveis acidentes e estabelecer
a
procedimentos para preveni-los. Ter sempre em mente as possibilidades de acidentes ajuda o profissional a
criar um ambiente prático mais seguro. Mas, em relação aos acidentes que não podem ser previstos, não
seria possível agir. Entretanto, aqueles que são previsíveis deveriam receber a devida atenção e as
precauções necessárias deveriam ser tomadas. (NUNOMURA, 2008, p. 59)

Para facilitar a prevenção de acidentes, Nunomura (2008, p. 61) nos apresenta alguns fatores de segurança, em que o professor
deve prever possíveis acidentes, a exemplo do local em que a aula irá acontecer, verificar se o piso é adequado, se tem espaço
suficiente, se é bem iluminado, se não possui buracos ou objetos que podem atrapalhar o bom andamento da aula e até a
temperatura do local.

Deve verificar também os equipamentos que serão usados na aula, como os aparelhos, os ajustes de altura, uso de colchões. A
vestimenta dos alunos como o uso de brincos, pulseiras e relógios tanto por parte dos alunos quanto do professor, e os cuidados
,

que o professor deve ter, respeitando sempre as individualidades dos alunos, além de todo cuidado com a preparação física e
ajudas que o professor pode dar para que um exercício não seja executado da maneira errada.

Figura 18 - Exemplo de uma vestimenta para aulas práticas


Por fim, uma última “desculpa” dada pelos professores para não trabalharem com a ginástica artística na escola é a ausência de
materiais (aparelhos) da modalidade. É evidente que os aparelhos de GA, por serem de grande porte, possuem um alto valor e, às
vezes, nem estrutura a escola possui para recebê-los. No entanto, como vimos anteriormente, só com a parte de solo já
conseguimos trabalhar muitos elementos com nossos alunos, porém, é muito importante que eles vivenciem, se possível, os
diferentes aparelhos da modalidade. Schiavon (2008, p. 169) traz uma proposta de materiais alternativos para a ginástica artística.
Segundo a autora, esses materiais

Em sua maioria, são elaborados e desenvolvidos por profissionais criativos que, devido à necessidade de
adaptação de um material oficial, ou ainda pela inexistência do mesmo no seu local de trabalho, utilizam
outras possibilidades não convencionais de ensino para determinado movimento ou modalidade.

esses materiais são elaborados de acordo com a especificidade e a necessidade da atividade ou de cada
[...]

profissional na sua rotina diária, com suas dificuldades vividas no ambiente de trabalho, seja na escola ou no
clube.

Com isso, podemos observar que é possível adaptar os materiais de acordo com a realidade de cada escola. Os exemplos trazidos
pela pesquisadora abrangem a construção de plintos de madeira, que podem ser feitos por um marceneiro da escola ou um(a)
pai/mãe ou profissional da comunidade, a adaptação de colchões (que não são mais usados), que podem ser doados pelos pais e
encapados com lona para que tenham maior durabilidade.

A construção da trave de equilíbrio pode ser feita com dois cavaletes de madeira e um caibro de 5 m, no meio revestido de espuma
e couro para dar segurança ao aluno. O uso do cavalete permite ter duas alturas: uma mais alta e outra mais baixa. Além disso,
pode se usar o banco de madeira (banco sueco) que se assemelha à trave de equilíbrio.

Figura 19 - Exemplos de cavaletes para a construção da trave de equilíbrio


Já para a barra fixa pode-se usar uma estrutura de balanço sem os ganchos, de forma que o aluno possa se pendurar, balancear e
,

girar. Lembre-se de colocar um colchão embaixo. Outra opção é usar a barra fixa e as argolas que existem em alguns parquinhos
,

infantis. (MIRANDA; NAKASHIMA, 2016).

Figura 20 - Argolas em parque infantil

O trampolim é usado para dar impulsão e ajudar os alunos/atletas a pegar impulso para saltar ou entrar em um aparelho. A forma
adaptada pode ser feita com um pneu de caminhão usado e quatro câmaras de pneu de carro. Segundo Schiavon (2008), as
câmaras devem sercortadas de maneira que continuem em círculos (longitudinalmente), apenas retirando o círculo interno (onde
se localiza o bico). Depois, essas câmaras são dispostas ao redor do pneu de caminhão, formando uma tela elástica para impulsão.
(MIRANDA; NAKASHIMA, 2016).

Diante desses exemplos, vimos que é possível trabalhar com a ginástica artística na escola, desde que tenhamos vontade de
compartilhar com nossos estudantes essa linda modalidade que é GA.

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ATIVIDADES
1.Aprendemos que a história da Ginástica Artística foi marcada por um momento de batalha e investimento nos jovens para
reerguer uma nação. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta .

a) A batalha de Jena foi um duelo que ocorreu em Paris no século XVIII e a França foi derrotada pela Prússia, uma vez que o
exército Francês possuía muitos jovens despreparados para a guerra.

b)A ginástica artística foi criada por Jahn a partir da derrota sofrida pela Suécia de forma vergonhosa e, com isso, os jovens foram
preparados a defender a pátria.

c)A batalha de Jena foi o duelo entre a França e a Prússia, em que a Prússia foi derrotada e Jahn foi quem treinou os jovens para a
revanche, fazendo uso de aparelhos de grande porte e, com isso, a ginástica artística foi criada.

d) O duelo entre a França e a Prússia durou muitos anos e isso fez com que a Prussia tivesse tempo de preparar seus jovens por
meio da ginástica e vencer a França, de forma que a Prússia nunca sofreu uma derrota.

e) O Parque do Povo era o local usado por Jahn para se reunir com os jovens para conversar sobre a guerra e decidir como eles
iriam invadir a França.

2.Aprendemos que, para se ter ginástica artística, precisamos ter elementos corporais e aparelhos. Com relação aos elementos
corporais básicos da Ginástica Artística, assinale o que for correto:

a) Os elementos corporais básicos da GA incluem formas de andar, correr, voar, e devem ser executados apenas por atletas de alto
nível.

b) Os saltos e saltitos fazem parte dos elementos corporais básicos chamados de pré-acrobáticos.

c) Os elementos pré-acrobáticos englobam os exercícios de maior dificuldade como parada de mãos, mortais e flics.

d)Os elementos não acrobáticos caracterizam-se pelos movimentos que exigem força e consciência corporal do executante,
elementos básicos como vela, parada de mãos, parada de cabeça, esquadros.

e) Os elementos acrobáticos são os elementos de preparação para outras acrobacias e como exemplo podemos citar os rolamentos
e saltos.

3.Vimos que, muitas vezes, os professores de educação física não trabalham com os conteúdos de ginástica artística na escola, em
decorrência de alguns motivos. Sobre esse assunto, assinale o que for correto:

a)Os professores de educação física até gostam da modalidade ginástica artística, mas sentem-se desmotivados por não terem
aparelhos, técnicos e atletas dentro da escola que possam ajudar.

b) A ginástica artística é uma modalidade extremamente arriscada e que não deve ser trabalhada na escola, apenas nos centros de
treinamento.

c)A ginástica artística chama muito a atenção pela forma com que ela acontece, entretanto, o professor de educação física não tem
preparação suficiente para trabalhar com ela e, por isso, deve evitar essa modalidade.

d) Os professores não trabalham com a ginástica na escola muitas vezes pela ausência de material e falta de segurança, no entanto,
é possível trabalhar desde que tomem os devidos cuidados e confeccione materiais alternativos.

e) Nenhuma das alternativas anteriores.

Resolução das atividades

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RESUMO
Durante nossos encontros, foi possível retomar alguns assuntos que talvez você até já tivesse esquecido, dependendo, claro, de
quando você tenha finalizado a sua graduação. No entanto, o ponto mais importante aqui é que precisamos levar a ginástica para o
contexto escolar, de forma que nossos estudantes tenham acesso a esse conteúdo, o qual irá contribuir não apenas com sua
formação motora, mas para as suas relações afetivas e sociais dentro e fora da escola.

Tomamos essa premissa como foco, pois não pretendemos, ao trabalhar com a ginástica artística na escola, formar atletas ou
ganhar medalhas, mas sim contribuir com a formação de nossos educandos. É evidente que, se você identificar um talento em sua
turma que tem interesse em aprender mais e os pais apoiam a inserção da criança na modalidade esportiva, você pode ajudar para
que ela ou ele trilhe o melhor caminho para o esporte, pois, como sabemos, também tem o seu lado positivo.

Como vimos, em decorrência de uma derrota, um homem organizou toda uma forma de preparação corporal, a qual hoje se tornou
uma modalidade olímpica que chama a atenção por sua beleza e originalidade, sendo que tudo começou com aqueles jovens que se
preparavam para as batalhas.

Depois, conseguimos identificar quais são os elementos corporais básicos da ginástica artística, os quais são executados pelos
atletas nos diferentes aparelhos da modalidade, tanto na Ginástica Artística Feminina (GAF) quanto na Ginástica Artística
Masculina (GAM). Aprendemos que os elementos corporais básicos são compostos de: passos de dança, elementos pré-
acrobáticos, acrobáticos e os não acrobáticos, cada um com uma especificidade e que, no todo, acabam resultando na ginástica
artística.

Por fim, discutimos sobre a presença/ausência da ginástica artística na escola e levantamos alguns temas que, muitas vezes,
impedem de trabalhar com essa modalidade; a exemplo da ideia de que a GA ser uma modalidade perigosa e a ausência de
materiais oficiais na escola. A partir das discussões e referenciais teóricos da área, vimos que qualquer tipo de atividade pode ser
perigosa e que devemos buscar os meios para que se evite acidentes, e não desculpas para não trabalhar com a modalidade, além
de conhecermos algumas possibilidades de materiais alternativos na ginástica artística.

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Material Complementar

Leitura
Compreendendo a Ginástica Artística

Autor: Myrian Nunomura, Vilma Leni Nista-Piccolo

Editora: Phorte

Sinopse: O livro aborda a origem da Ginástica Olímpica, a pedagogia e os


fundamentos da Ginástica Artística, a segurança dos atletas, a
aprendizagem de habilidades motoras, os aspectos psicológicos e muito
mais.

A obra vem contribuir para o aprimoramento de profissionais e


crescimento de conhecimento de todos os interessados na Ginástica
Artística.

Leitura
Ginástica na escola: a teoria na prática

Autor: GAIO, Roberta; BOAS, João Paulo V. (org.)

Editora: Appris

Sinopse: O trato com a ginástica no contexto escolar é um desafio que


somente poderia ser assumido por um grupo com muita experiência na
área. O universo gímnico é vasto, há uma diversidade de movimento e
vários são objetivos que podem ser almejados, por profissionais de
Educação Física e estudantes da área. São ginásticas com e sem
aparelhos, em duplas ou grupo, para estudar, refletir, experimentar e
apreender. Em cada possiblidade gímnica há uma infinidade de
viabilidade.

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REFERÊNCIAS
AYOUB, E. Ginástica Geral e educação física escolar. 2. ed. Ed. Unicamp. Campinas-SP, 2011.

FERREIRA, Letícia Pimenta et al. O volume de prática em ginástica artística influencia o desempenho das habilidades motoras
fundamentais. Pensar a Prática, v. 24, 2021. Disponível em: < https://www.researchgate.net/profile/Patrick-Ribeiro-
Silva/publication
/353922134_O_volume_de_pratica_em_ginastica_artistica_influencia_o_desempenho_das_habilidades_motoras_fundamentais
/links/6119ccaf169a1a0103039145/O-volume-de-pratica-em-ginastica-artistica-influencia-o-desempenho-das-habilidades-
motoras-fundamentais.pdf > Acesso em: 21 ago. 2023.

GAIO, Roberta; BOAS, João Paulo V. (org.). Ginástica na escola: a teoria na prática. Curitiba: Appris,2021. Disponível em:
< https://www.google.com.br/books/edition/Gin%C3%A1stica_na_Escola_A_Teoria_na_Pr%C3%A1tic/7WVMEAAAQBAJ?hl=pt-
BR&gbpv=1&dq=ginastica+na+escola&pg=PT195&printsec=frontcover > Acesso em: 21 ago. 2023.

MIRANDA, A. C. M. de, NAKASHIMA. F. S., Ginástica Escolar. Centro Universítário de Maringá, Núcleo de Educação a Distância;
Maringá - PR.: UniCesumar, 2016. 250 p.

NISTA-PICCOLO, V. L. Pedagogia da Ginástica Artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). Compreendendo a
ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2008.

NUNOMURA, M. Segurança na Ginástica Artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). Compreendendo a
ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2008.

______. Técnico de Ginástica Artística: uma proposta para a formação profissional.181f. Tese de doutorado. Universidade Estadual
de Campinas. Faculdade de Educação Física, Campinas, SP: 2001.

NUNOMURA, M.; FILHO, R. A. F.; DUARTE, L. H.; TANABE, A. M.; Os fundamentos da Ginástica Artística. In: NUNOMURA, M.
TSUKAMOTO, M. H. C. (Orgs.). Fundamentos das Ginásticas. São Paulo: Fontoura, 2009.

PUBLIO, N. S. Origem da ginástica artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). Compreendendo a ginástica
artística. São Paulo: Phorte, 2008.

SCHIAVON, L. M. Materiais alternativos para a ginástica artística. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.).
Compreendendo a ginástica artística São Paulo: Phorte, 2008, p. 169-181.
.

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APROFUNDANDO

Fatores que afetam a força no momento da assistência física

Aprendemos em nossas aulas os diferentes tipos de movimentos executados sobre o solo ou nos aparelhos de grande porte da
Ginástica Artística. No processo de iniciação de qualquer modalidade ginástica, é importante que o professor esteja sempre
próximo dos estudantes observando suas reações, expressões e evolução de movimentos aprendidos. É válido que o professor, no
processo de iniciação, ajude os alunos fazendo o que chamamos de ajuda manual, ou seja, a assistência física direta prestada ao
praticante durante a execução. Foi pensando nisso que recorremos aos fatores trazidos por Nunomura et. al. (2009, p.210-211)
baseados em George (1980), os quais determinam os fatores que afetam a força no momento da ajuda, sendo eles:

A) A quantidade de força: é o efeito de puxar e empurrar que um corpo exerce sobre o outro. Para os iniciantes, é melhor pecar
pelo excesso do que pela falta. A quantidade de força empregada na ajuda deve diminuir à medida que a performance for
melhorando. O ajudante deve, a princípio, utilizar mais os músculos das pernas que dos ombros para realizar a ajuda. Apoiar-se
bem sobre os pés, flexionar os quadris e joelhos e manter contato físico próximo ao praticante durante todo o movimento
melhoram, significativamente, a quantidade de força que o ajudante pode empregar.

B) A direção da força: serve tanto para produzir quanto para alterar ou influenciar a tendência do corpo ao movimento. É
fundamental compreender o padrão de movimento das habilidades para aplicar a força, com eficiência, no momento da ajuda.
Deve-se iniciar a aplicação da força em algum ponto abaixo da maior parte do corpo do ginasta, não importando se o objetivo da
ajuda é elevar, abaixar, estabilizar, girar ou alguma combinação dessas ações. Assim, o ajudante é capaz de controlar a ação da
força da gravidade. Outra regra importante é que essa força seja aplicada num ângulo de 90 graus em relação ao plano do corpo do
ginasta.

C) O ponto de aplicação da força: é preciso compreender como os pontos diferentes de aplicação da força afetam a ação do corpo
e a forma assumida por este para que as técnicas mais apropriadas possam ser selecionadas. Qualquer aplicação de força externa
em alguma parte do corpo sempre afeta a ação giratória.

D) A sequência de aplicação de força: segue uma ordem lógica e cada habilidade segue um mesmo padrão de início-execução-
finalização. A assistência não é necessária durante todo o movimento, pois depende da natureza do mesmo e da necessidade de
cada ginasta. A sequência correta de aplicação de força é sempre determinada pelas características mecânicas da habilidade.

E) O tempo de aplicação da força: a capacidade de avaliar quando a ajuda necessária é determinada pelo grau de compreensão da
força produzida pelo ginasta para iniciar, controlar e finalizar a habilidade. O ajudante deve procurar antecipar-se a cada
movimento para obter o máximo de vantagem sobre a situação.
Esses fatores apresentados pela autora nos levam a compreender que a ação de ajudar durante a execução do movimento envolve
vários fatores que nós, professores, devemos ficar atentos para que os resultados comecem a surgir. Além disso, é importante
destacar que somente com a experiência é que a ajuda ficará mais automática e eficiente, pois só de tocar ou segurar o aluno você
já saberá em que nível técnico ele estará, se básico (ainda precisa muito do seu apoio) intermediário (precisa um pouco da sua
ajuda, mas logo se estabiliza) e avançado, que você só precisa estar ali pela segurança dele, mas ele já aprendeu bem o movimento.

Por isso, a necessidade de sempre acompanhar os estudantes de perto para observar como estão evoluindo dentro da prática
ginástica, evitando pular etapas, pois não adianta querer que o aluno consiga fazer logo um movimento que ele ainda não esteja
preparado para realizá-lo.

Lembre-se: é melhor esperar para que ele execute com segurança e domínio que queimar etapas e ele executar, mas com o corpo
todo desencaixado, sem força e sempre com risco de perder o equilíbrio e se machucar.

Reconhecemos também a dificuldade da realidade escolar, em que, na maioria das vezes, temos apenas um professor para 40
alunos. Por isso, o professor deve encontrar algumas saídas, como ensinar a ajuda para os alunos maiores e responsáveis ou
separar um grupo fazendo uma atividade que os alunos podem realizar sozinhos, enquanto o outro grupo fica com o professor
fazendo auxílio.

Diante disso, o que fica é a necessidade de que nossos estudantes aprendam a fazer ginástica e desenvolvam todas as habilidades
que possuem.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

REFERÊNCIAS

NUNOMURA, M.; FILHO, R. A. F.; DUARTE, L. H.; TANABE, A. M.; Os fundamentos da Ginástica Artística. In. NUNOMURA, M.;
TSUKAMOTO, M. H. C. (Orgs.). Fundamentos das Ginásticas São Paulo: Fontoura, 2009.
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GEORGE, S. G. Biomechanics of Women’s Gymnastics New Jersey: Prentice Hall. 1980.


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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância; MIRANDA ,

Antonio Carlos Monteiro de; NAKASHIMA Fernanda Soares. ,

Ginástica na Escola. Antonio Carlos Monteiro de Miranda; Fernanda Soares Nakashima

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimp. 2023.

34 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Ginástica. 2. Contexto Escolar. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 769

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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GINÁSTICA RÍTMICA

Professor (a) :

Me. Fernanda Soares Nakashima

Objetivos de aprendizagem
• Conhecer a origem histórica da Ginástica Rítmica e identificar as características da modalidade.

• Identificar os elementos corporais básicos da Ginástica Rítmica.

•Conhecer as possibilidades de manuseio dos aparelhos e exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade.


Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• A origem da Ginástica Rítmica e suas características

• Elementos corporais básicos da GR

• Possibilidades de manuseio dos aparelhos e exercícios de flexibilidade

Introdução
Olá, seja bem-vindo(a), caro(a) aluno(a)! Iniciamos agora um novo estudo, com mais um conteúdo a ser explorado! Enquanto
profissional de Educação Física, imagino que você já saiba que o campo da Ginástica se divide em diferentes práticas e
modalidades com diferentes focos. Existem aquelas que são competitivas, as que possuem objetivo de condicionamento físico, de
conscientização corporal, fisioterápico ou demonstrativo. O importante é ser capaz de identificar essas manifestações gímnicas
distintas e caracterizá-las.

Aqui trataremos da Ginástica Rítmica (GR) e o que gostaria de propor a você é que faça brevemente a seguinte reflexão: Se alguém
lhe pedisse para explicar o que é a Ginástica Rítmica, como você a descreveria? Com qual(is) categoria(s) das citadas acima a GR
poderia ser relacionada? E, mais do que isso, como você a diferenciaria das demais modalidades?

A partir desta reflexão, é possível perceber o quanto é relevante conhecer, enquanto professor de Educação Física, as diferenças
entre as modalidades ginásticas, para ser capaz de passar este conhecimento aos seus alunos na escola.

Quando o professor consegue contextualizar, caracterizar e mostrar as diferenças com outras práticas, ele chama a atenção dos
alunos para o novo conteúdo que será aprendido, tornando-os curiosos e motivados às vivências e conhecimentos que estão para
adquirir.

Pensando assim, a GR será tratada nas próximas 3 aulas, trazendo bases teóricas e pedagógicas que contribuam no trato desse
conteúdo em suas aulas na escola. Em um primeiro momento, exploraremos a GR partindo da sua origem e os motivos que
contribuíram com o seu surgimento, além de apresentar suas características. Em um segundo momento, serão apresentados os
movimentos corporais básicos e os elementos de manejo dos aparelhos. Por fim, exploraremos algumas atividades que podem ser
realizadas no ambiente escolar.

Desejo a você um ótimo estudo!


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O SURGIMENTO DA Ginástica Rítmica


A Ginástica Rítmica (GR) se desenvolveu a partir de um processo de inserção das artes (dança, música e artes cênicas) e da
pedagogia no campo da Educação Física. Nascida como uma atividade esportiva voltada para as mulheres, consolidou-se como
uma modalidade em que a elegância vista no ballet e a expressividade do teatro se aliam à movimentos de agilidade e flexibilidade,
ao manuseio de aparelhos, sempre com acompanhamento de música (FIG, on-line). ¹

Para compreender em que momento a GR começou a se desenvolver, é preciso que retornemos ao século XIX. Neste período,
tivemos a consolidação do chamado Movimento Ginástico Europeu, pelo qual o campo da ginástica (que neste período era
considerada o mesmo que educação física) passou por um processo de sistematização, com objetivo de romper seus vínculos com
práticas populares, além de servir como forma de disciplinar a população moral e fisicamente. Conforme afirma Soares (2002),
este movimento contribuiu para que a ginástica se afirmasse como parte da educação dos indivíduos, tendo bases na ciência, na
técnica e nas condições políticas da época.

O Movimento Ginástico Europeu era composto por quatro principais escolas: a escola alemã, de caráter essencialmente
nacionalista e com objetivos de preparação dos cidadão para a defesa da pátria; a escola nórdica ou sueca, também impregnada de
nacionalismo mas com caráter pedagógico e social, destinada a regenerar o povo, extirpando seus vícios; a escola francesa, de
caráter moral e patriótico, com preocupação voltada para o desenvolvimento social, por meio da formação do “homem completo e
universal”; e a escola inglesa, também chamada de método esportivo inglês, mas ao qual não nos atemos, pois teve como foco os
jogos esportivos, com pouca contribuição no que diz respeito ao desenvolvimento da ginástica que conhecemos hoje, mas com
grande importância mundial no campo do Esporte (LANGLADE; LANGLADE, 1970; RAMOS, 1982; SOARES, 2002). Portanto, é a
estas três escolas (alemã, sueca ou nórdica e francesa) que podemos relacionar o ponta pé inicial para o surgimento da ginástica
com o formato que encontramos atualmente.

Do século XIX já damos um salto ao século XX em que, após um século de Movimento Ginástico Europeu, surgiu a necessidade de
uma reformulação e atualização deste métodos. Foi a partir daí que emergiram os seguintes movimentos (LANGLADE;
LANGLADE, 1970):

•movimento do centro: que buscou a reformulação da escola alemã e reconfigurou como uma manifestação artístico-rítmico-
pedagógica e técnico-pedagógico;

•movimento do norte: gerou a restauração do movimento sueco ou nórdico, que se consolidou como uma manifestação científico-
técnico-pedagógica;
•movimento do oeste: originou-se da escola francesa, tornando-se uma manifestação científico-técnico-pedagógica, assim como o
movimento do norte.

Esses movimentos foram importantes para a evolução e aparecimento das diferentes práticas gímnicas que conhecemos na
atualidade. No que se trata da Ginástica Rítmica, o movimento do centro foi o motivador para o surgimento desta modalidade, que
veio como uma alternativa de atividade física voltada para as mulheres. A manifestação artístico-rítmico-pedagógica, também
denominada “tendência musical”, é que deu base para a consolidação da GR, integrando as artes na educação física (OLIVEIRA et
al., 1988).

A criação deste método ginástico recebeu contribuições de vários estudiosos de países distintos, que estavam ligados a diferentes
áreas: corrente pedagógica, corrente da arte cênica, corrente da dança e corrente da música (PEUKER, 1974). O quadro abaixo
apresenta um panorama sobre estes pensadores e suas respectivas áreas de influência:

Quadro 1 - Correntes pedagógicas que influenciaram o surgimento da GR e seus respectivos pensadores

Fonte: quadro estruturado pela autora.

Foi a partir da contribuição desses pensadores que algumas manifestações gímnicas se desenvolveram, assim como a Ginástica
Rítmica (PEUKER, 1974). A base para o surgimento da GR está no entendimento do movimento orgânico, princípio este idealizado
por Rudolf Bode, considerado assim, o criador da modalidade. Aliado à ideia de movimento orgânico estão o trabalho de contração
e relaxamento, e o princípio da totalidade considerando indissociáveis corpo e espírito.

Mas o que seria este princípio do “movimento orgânico”? De acordo com Peuker (p. 25, 1974), é um sistema de movimento que dá
ao indivíduo o prazer de se exercitar, que o leva a concentração espontânea e no qual participam conjuntamente o seu corpo, a sua
mente e sua alma: o corpo executa o movimento, a mente se ocupa ao coordená-lo e tudo isto é sentido pela alma e externado
corporalmente. Sendo assim, o indivíduo se ocupa em sua totalidade (outro princípio fundamental da GR).

Figura 1 - Praticantes de Ginástica Moderna


Fonte: Centropa ([2017], on-line). ²

É importante saber que a Ginástica Rítmica não nasceu com esta denominação. O nome da modalidade
passou por alterações ao longo de seu desenvolvimento, sendo que no princípio era Ginástica Moderna
(1963), depois Ginástica Feminina Moderna (1972), posteriormente Ginástica Rítmica Moderna, Ginástica
Rítmica Desportiva (1975). De acordo com Barbosa-Rinaldi (2009), foi a partir de 1997 que a Federação
Internacional de Ginástica (FIG) tornou oficial o nome Ginástica Rítmica, ao considerar desnecessário o
termo desportiva, já que se trata de uma modalidade competitiva de qualquer forma. Além disso, criaria
uma padronização de nomenclatura com as demais modalidades (Ginástica Artística, Ginástica Acrobática,
etc.). Sabendo disso, quando você for pesquisar sobre o assunto, não se surpreenderá em encontrar
diferentes denominações, que se referem a uma mesma manifestação gímnica.

Fonte: a autora.

A Ginástica Rítmica iniciou o seu processo de sistematização e consolidação no ano de 1948, diante da primeira competição na
antiga União Soviética. Deste momento até se estabelecer como modalidade reconhecida pela Federação Internacional de
Ginástica (FIG), foram 14 anos de realização de eventos para difundi-la, realizados junto com competições de Ginástica Artística
(antiga Ginástica Olímpica). Em 1962, portanto, a GR se tornou uma modalidade oficialmente independente (LANGLADE;
LANGLADE, 1970; LLOBET, 1998).

Figura 2 - Ginasta búlgara Bianca Panova - anos 80

Fonte: Sassy Mama (2017, on-line). 4


Figura 3 - Demonstração do grupo da professora Ilona Peuker

Fonte: Ilona Peuker ([2017], on-line). 5

E quando foi que a GR chegou ao Brasil? A difusão desta manifestação gímnica no nosso país teve início com os cursos ministrados
pela austríaca Margareth Frölich, em 1953 e 1954, promovidos pelo Departamento de Esportes do Estado de São Paulo, com
assistência da professora da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), Erica Saur. A maior divulgadora da modalidade foi a húngara
Ilona Peuker, com cursos e demonstrações em diferentes cidades. A partir daí, a então Ginástica Moderna passou a ser
desenvolvida na área estudantil, incentivando a formação de grupos de elite, como o pioneiro Grupo Unido de Ginastas (GUG) e a
realização da primeira competição em 1968 (PUBLIO, 1998).

Figura 4 - Ginasta brasileira Rosane Favilla, 1984.

Fonte: Revista Época ([2017], on-line). 6

A Confederação Brasileira de Ginástica, criada em 1978 para organizar as práticas gímnicas no país, permitiu que a GR evoluísse
até que, em 1984, o Brasil foi representado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, na categoria individual pela
ginasta Rosane Favilla Ferreira.
As características da Ginástica Rítmica

A Ginástica Rítmica, assim como todos os esportes, está sempre evoluindo, passando por mudanças constantes, a fim de atualizar-
se com os níveis técnicos das atletas e aprimorar-se conforme as necessidades percebidas pelos envolvidos. Se analisarmos uma
ginasta dos anos 70, percebemos muitas diferenças com uma atleta da atualidade, no que diz respeito ao nível de flexibilidade, os
estilos musicais, habilidades e até biotipo. Entretanto, o que faz parte da essência da modalidade permanece, caso contrário, esta
se descaracterizaria. Sendo assim, abordaremos aqui os aspectos fundamentais da GR que não mudam e que podem trazer muitas
contribuições para o desenvolvimento dos seus alunos.

Em se tratando de Ginástica Escolar, explorar ao máximo todos os aparelhos, além de utilizar aparelhos não oficiais, é muito
interessante para as aulas de Educação Física.

Como esporte competitivo, a GR segue às determinações do Código de Pontuação da Federação Internacional de Ginástica, que
sofrem alterações de quatro em quatro anos, de acordo com o ciclo olímpico. O código prevê que a ginasta deve demonstrar aos
árbitros e ao público uma série (coreografia) em que executa uma sequência de movimentos corporais que, de acordo com o nível
de dificuldade, valem mais ou menos nota para a sua pontuação final. Junto com a realização dos elementos corporais, ela deve
manusear um dos cinco aparelhos oficiais: corda, arco, bola, maças ou fita. Nas competições internacionais são utilizados quatro: o
arco, a bola, as maças e a fita, pois a corda há algum tempo tornou-se apenas obrigatória às categorias de base. Tudo isso
acompanhado da música escolhida para a sua série. Para as ginastas iniciantes, as séries podem ser a mãos livres, ou seja, sem
utilização de aparelho.

Figura 5 - Série individual de arco - ginasta russa

Ao longo da série competitiva, a ginasta deve executar movimentos de saltos, de rotação e de equilíbrio, e realizar diferentes
formas de manejo do aparelho que estiver utilizando, explorando manipulações originais e realizando lançamentos coordenados
com elementos acrobáticos. A parte artística também deve ser demonstrada por meio da integração entre corpo e música,
expressão corporal e passos de dança (FIG, on-line). 1

Figura 6 - Aparelho corda


Figura 7 - Aparelho arco

Figura 8 - Aparelho bola

Figura 9 - Aparelho maças


Figura 10 - Aparelho fita

As competições oficiais acontecem nas categorias individual e em conjunto (com a participação de cinco ginastas). Dentro do
contexto escolar, não é necessário e nem interessante ficar limitado a estas determinações. O desenvolvimento de atividades
tanto individuais quanto em grupos podem acontecer, mas não precisam ter número determinado de participantes no caso do
conjunto, nem restrições de quantidade e tipo de aparelho.

Em relação à música, partindo do nome que a modalidade recebeu - Rítmica - é preciso dar destaque a sua presença na realização
dos movimentos. De acordo com Peuker (1974), a música estimula e valoriza o movimento quando estes estão em perfeita
harmonia, formando uma unidade. Na GR, a música ajudará a trazer o caráter da série e por meio dela o exercício da
expressividade corporal pode ser explorado.

Enfim; após este estudo, você é capaz de dizer quais são os três principais pilares que caracterizam a GR?

Figura 11 - Conjunto da Ucrânia de 3 bolas e 2 cordas


Figura 12 - Conjunto da Rússia de 5 fitas

A figura 13, a seguir, apresenta os elementos que, em conjunto, tornam a GR uma manifestação única e com diversas
possibilidades, dando espaço à criatividade e à ludicidade que a tornam um conteúdo adequado ao ambiente escolar. De acordo
com Barros e Nedialcova (1999), esta atividade contribui para o desenvolvimento da locomoção, manipulação, tônus corporal,
organização espaço-temporal, coordenação óculo-segmentar, equilíbrio, coordenação da dinâmica geral e ritmo.

Figura 13 - Características da Ginástica Rítmica


Fonte: Barbosa-Rinaldi et al. (2009, p. 25).

Figura 14 - Ginástica Rítmica Masculina - conjunto

Fonte: Men Rhythmic Gymnastics ([2017], on-line). 8

A Ginástica Rítmica é uma modalidade oficialmente feminina e, dessa forma, é mais divulgada e conhecida
com mulheres neste esporte. No entanto, existe a prática da GR masculina, que surgiu no Japão e tem sido
mais difundida nos países orientais. Após a II Guerra Mundial, com o objetivo de ajudar na recuperação do
país por meio da atividade física, a base da modalidade vem do exercícios calistênicos e das artes marciais.
Com seu desenvolvendo, tornou-se um esporte competitivo em 1969, ao ser regulamentado pela
Confederação Japonesa de Ginástica. Os principais espaços de difusão são os clubes e as universidades do
Japão, mas é possível encontrá-la em outros países do Oriente, como a Malásia e a Coreia do Sul. Em 2003,
foi realizado o primeiro campeonato internacional de GR Masculina, no qual também participaram países
como Austrália, Estados Unidos e Canadá. A FIG ainda não reconhece a modalidade, com a justificativa de
que não há um número suficiente de países praticantes. A GR Masculina, assim como a feminina, é praticada
com a utilização de música e a realização de séries individuais e em conjunto de seis ginastas, nas quais os
atletas devem executar elementos corporais manipulando aparelhos de pequeno porte, para as
competições individuais, ou sem aparelhos (mãos livres) para as séries de conjunto.

Fonte: Xavier (2012, on-line). 7


ELEMENTOS Corporais Básicos
Agora que já realizamos um estudo sobre as principais características da Ginástica Rítmica, iniciaremos uma nova aula, na qual
será possível conhecer os elementos corporais que são adequados para o ensino no contexto escolar.

Serão apresentados aqui os elementos corporais que servem de base para o aprendizado da Ginástica Rítmica. Serão abordadas
diferentes formas de equilíbrios, de andar, de correr, saltitar, saltar e girar. Foram incluídos também alguns movimentos
acrobáticos.

Formas de equilibrar-se

Os equilíbrios são movimentos que fazem parte da séries competitivas da GR. Entretanto, em suas formas básicas, são
movimentos que contribuem muito para o desenvolvimento da força, da flexibilidade, da concentração e da propriocepção.

É importante destacar que, na introdução do ensino dos equilíbrios, o professor pode explorar posições variadas que exijam a
capacidade do aluno de equilibrar-se, mas que não são posições específicas da ginástica. Por exemplo: Equilibrar-se em um pé, com
a perna livre em qualquer posição; equilibrar-se sobre as pontas dos pés (meia-ponta); equilibrar-se sobre o apoio de apenas um pé
e uma mão; e outras posições que a criatividade do professor e dos alunos permitir.

A seguir, serão apresentados alguns equilíbrios da GR possíveis de se trabalhar na escola e que podem ser desafiadores aos alunos.

Equilíbrio passé

O equilíbrio em passé é o mais simples de realizar. O aluno deverá se manter apoiado sobre um pé e a perna oposta deve se elevar,
flexionada, de forma que o joelho fique ao nível do quadril e a ponta do pé ao nível do joelho. É preciso evitar que a sola do pé se
apoie na perna de apoio. Em todos as posições de equilíbrio, é importante que os braços, quando não estão segurando nenhum
aparelho, estejam em uma posição fixa e definida, por exemplo: estendidos ao lado do corpo ou com as mãos apoiadas na cintura. O
equilíbrio passé pode assumir dois posicionamentos diferentes da perna elevada: à frente ou ao lado.

Equilíbrio avião

O equilíbrio avião é semelhante ao equilíbrio em arabesque, com a diferença que o tronco inclina-se para frente ao mesmo nível de
altura da perna elevada. O nome sugestivo faz com que os alunos gostem de executar este elemento e é rapidamente memorizado
por eles. É importante que neste equilíbrio – e em todos os outros na posição de pé –, o joelho da perna de base não se flexione,
pois isso dificulta a manutenção da posição estática.

Equilíbrio cossaco

O equilíbrio cossaco tem este nome devido a sua posição semelhante aos movimentos realizados na dança russa. É um equilíbrio
de forma simples, mas que exige bastante força e equilíbrio para sua realização. A posição inicial deve ser a agachada, com apoio
das pontas dos dedos das mãos no solo, ao lado do corpo. Ao estabilizar-se o aluno deve elevar uma das pernas à frente estendida,
até que os joelhos fiquem no mesmo nível de altura. O desafio a partir deste momento é tirar as mãos do chão e posicioná-las ao
lado do corpo em uma posição estática.

Formas de andar

As formas de andar, assim como as de correr, se caracterizam pelas diferentes maneiras existentes para se deslocar de um ponto
ao outro do espaço de forma rápida. Peuker (1973) define o andar como a execução de um deslocamento, no qual ocorre a
transferência do peso do corpo de um pé ao outro, sem que haja um momento de perda total de contato corporal com o solo.
Foram selecionadas algumas formas de andar que podem ser facilmente ensinadas nas aula de educação física escolar.

Andar estendido ou alongado

Durante este andar, a cada passo, a perna que está atrás avança para frente passando ao lado da perna de apoio, arrastando a sola
do pé no solo e se estende à frente na passada no ar, com a ponta do pé estendida. Ao apoiar no chão, o primeiro contato é da ponta
do pé e depois do calcanhar. Neste momento acontece a transferência do peso para a perna da frente, enquanto a perna de trás se
desloca para frente, também arrastando a sola do pé para dar a passada, até ficar livre e estendida no ar para avançar e dar o
próximo passo, e assim por diante. Os braços podem estar apoiados, com as mãos na cintura, estendidos ao lado do corpo ou
balanceando livremente de forma estendida e alternada com as passadas.

Andar ponta-calcanhar

O andar ponta-calcanhar acrescenta um movimento a mais no andar ponteado: após o momento em que a ponta toca o solo, o pé
faz a posição de flex (dorsiflexão) e toca-se o calcanhar no solo, para depois dar o passo. Os braços ficam melhor posicionados com
as mãos na cintura ou estendidos ao lado do corpo.
Andar em meia-ponta

Este andar acontece com os joelhos sempre estendido, com os pés mantidos em meia-ponta (somente os dedos tocam o solo e o
calcanhar fica elevado). Os braços ficam melhor posicionados com as mãos na cintura ou estendidos ao lado do corpo.

Formas de saltitar

Os saltitos são pequenos saltos em que a fase de permanência do corpo no ar é curta. Para Peuker (1970, p. 51) “a primeira fase, a
saída do chão, recebe menos impulso; e a chegada, o molejo, também é mais suave”. A seguir serão apresentadas as formas básicas
dos saltitos, que ajudam na preparação ao aprendizado dos saltos.

Saltito galope

Para realizar este movimento, deve-se elevar a perna direita flexionada à frente do corpo e em seguida elevar a esquerda da
mesma forma, fazendo a troca de pernas no ar. Para iniciar o aprendizado os braços podem permanecer com as mãos apoiadas na
cintura ou estendidos ao lado do corpo. A medida que os alunos passem a dominar o movimento das pernas, pode-se variar a forma
de movimentar os braços.

Primeiro saltito

No primeiro saltito, diferente do galope, apenas uma perna por vez se elevará a frente do corpo flexionada. Quando eleva-se a
perna direita, a esquerda dá o impulso do solo, gerando o movimento de saltitar verticalmente. A posição no ar é semelhante a de
um equilíbrio passé. As pernas vão sendo alternadas em cada saltito realizado.

Saltito chassé

O saltito chassé exige um pouco mais da coordenação motora dos alunos. Com a movimentação semelhante ao andar cruzado, a
perna direita dá um passo à frente e, em um impulso vertical, a perna esquerda une-se à direita no ar. Na retomada do apoio ao
solo, o pé esquerdo chega primeiro no chão, e a perna direita já se apoiará à frente e afastada da esquerda, como num passo. Para
dar continuidade, a perna esquerda, que ficou atrás, avança com uma passada à frente, reiniciando o chassé.

Na iniciação a este movimento, deve-se permitir que os alunos mantenham sempre a mesma perna (por exemplo, a direita) na
frente, iniciando as passadas). Conforme aprendam a movimentação das pernas, é possível pedir que comecem a alterná-las.

O saltito chassé pode ser realizado lateralmente, ou seja, com o corpo se deslocando de lado.

Formas de correr
As corridas são movimentos em que, como as formas de andar, há transferência do peso do corpo de uma perna para outra, porém,
durante a cada passada, acontece uma perda momentânea do apoio do corpo com o solo, ou seja, há uma fase de voo breve.
Veremos agora algumas formas de correr que poderão ser trabalhadas com seus alunos.

Corrida alongada

Na corrida alongada as pernas se estendem durante a fase breve de voo, como se quisessem dar um pequeno salto. As passadas,
dessa forma, são alongadas e alcançam grande distância.

Corrida flexionando os joelhos para trás

Nesta corrida a perna de trás flexiona na intenção de levar o pé em direção às nádegas.

Corrida elevando os joelhos à frente

Durante esta corrida, a perna da frente deve se elevar flexionada à frente do quadril.

Formas de saltar

Salto tesoura

No salto tesoura uma perna se eleva à frente, estendida. Em seguida, a outra também se eleva e esta troca de pernas acontece na
fase de voo do salto, fazendo um movimento de tesoura.

Passo-pulo

O passo pulo é um salto que exige o afastamento ântero-posterior de pernas. Dá-se um passo e, em seguida, a perna de trás deve
ser lançada para frente o mais alongada possível e a outra perna se eleva para trás, estendida. Pode-se dizer ao aluno que ele está
saltando sobre um rio, de uma borda à outra.

Salto vertical com giro


O salto vertical é simples e realiza-se com os dois pés juntos impulsionando o corpo para cima. O corpo assume uma posição
estendida durante o voo vertical, com os braços para cima. Para realizar este salto com giro, durante o voo o aluno deve rotacionar
o corpo no eixo vertical, fazendo um movimento de parafuso.

Formas de girar

Os giros na GR podem acontecer de diferentes formas. É interessante permitir aos alunos explorar formas de girar, no solo, em pé,
em diferentes posições. Especificamente na ginástica, existe a rotação denominada pivot. Essa rotação é realizada sobre o apoio de
um pé em meia-ponta, que serve de ponto de eixo para o giro, enquanto a perna que está livre assume uma posição (por exemplo, a
de passé). Os braços devem assumir uma posição que não atrapalhe a execução da rotação.

Movimentos acrobáticos

Rolamento

Os rolamentos são os acrobáticos mais simples. Podem ser realizados para frente ou para trás. O professor deve auxiliar os alunos
durante a aprendizagem, além de utilizar colchonetes ou colchões para impedir que se machuquem.

Figura 15 - Rolamento para frente

Fonte: Educação Física e Desporto ([2017], on-line). 10

Figura 16 - Rolamento para trás


Fonte: Educação Física e Desporto ([2017], on-line). 10

Roda (estrelinha)

A roda, popularmente conhecida como estrelinha, é um movimento que as crianças gostam de aprender. É interessante que o
professor, inicialmente, faça exercícios que preparem os alunos para se colocar na posição vertical, como a parada de mãos. É
importante realizar o aprendizado da roda de forma progressiva, sem elevar muito as pernas, até ganhar força e confiança.

Figura 17 - Parada de mãos - iniciação aos elementos acrobáticos

Figura 18 - Roda
Reversão

A reversão é um movimento desafiador para os alunos e, por isso, muito estimulante. É preciso, porém, que o professor preste
auxílio e que o aprendizado seja dividido em partes: primeiramente aprender a ponte, depois a parada de mãos, para então unir
estes dois elementos, realizando a reversão. Pode ser realizada para frente e para trás e, em níveis mais avançados, com as pernas
afastadas com abertura.

POSSIBILIDADES DE MANUSEIO DOS


Aparelhos e Exercícios de Flexibilidade

Possibilidades de manuseio dos aparelhos


Conforme visto na Aula 1, oficialmente a Ginástica Rítmica possui 5 aparelhos: a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Em se
tratando do contexto escolar, é interessante explorar ao máximo as diversas possibilidades de manejo que esses aparelhos
proporcionam. Na escola, nem sempre temos este material para trabalhar com os alunos. Neste caso, pode-se utilizar materiais
adaptados, confeccionados pelos próprios alunos, como: cordas feitas de jornal encapados com fita adesiva, arco de PVC, bolas de
papel jornal ou meias, maças feitas de garrafa plásticas com pedaço de madeira, faixas e fitas de tecido e crepom.

O Quadro 2 apresenta as possibilidades de movimentos que os aparelhos oferecem e que podem ser explorados nas aulas, seja
com aparelhos oficiais ou adaptados.

Quadro 2 - Possibilidades de manejo dos aparelhos da GR

Fonte: baseado no Código de Pontuação de GR, versão 2017-2020, da Federação Internacional de Ginástica (FIG, on-line). 1

Figura 19 - Arco
Figura 20 - Bola

Figura 21 - Maças

Figura 22 - Fita
Apesar de já existirem esforços para a difusão da Ginástica Rítmica Masculina, esta modalidade é
originalmente e oficialmente feminina, sendo essencialmente conhecida desta forma. Este fato pode gerar
repulsa com este conteúdo por parte dos meninos nas aulas de Educação Física Escolar.

Pensando que esta modalidade deve ser conhecida e vivenciada por todos os alunos, de que forma você,
enquanto professor, pode apresentar esta manifestação gímnica para a turma de forma a evitar este
estranhamento por parte dos garotos? Quais recursos poderiam auxiliar neste processo?

Fonte: a autora.

Os autores DA SILVA NETO, João; SCHIAVON, Laurita; KIKUTI, Tabata, trazem em seu texto: GINÁSTICA
RÍTMICA MASCULINA: olhares sobre essa prática no Brasil, importantes reflexões acerca da temática.
Confira aqui.

Exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade

Os exercícios apresentados a seguir são adequados para o início de aula, como forma de alongamento após uma atividade de
aquecimento, e têm como objetivo introduzir as posições que desenvolvem a flexibilidade dos alunos, permitindo a realização dos
elementos gímnicos. Além disso, estes exercícios contribuem para que as crianças despertem para a noção proprioceptiva, ao fazer
com que se atentem às formas corretas de posicionarem-se. É importante que o professor ensine estes exercícios de forma
progressiva, estando atento para a execução dos alunos, a fim de evitar que movimentos incorretos causem lesões.

Vamos então aos exercícios!


Borboletinha

A posição de borboletinha é normalmente conhecida pelas crianças e estas gostam de realizá-la por ter este nome divertido e ser
de fácil execução. O importante é que seja realizada com as solas dos pés encostando uma na outra, os pés próximos ao quadril e a
coluna ereta, as mãos devem estar segurando as pontas dos pés ou os tornozelos de forma cruzada (mão direita no tornozelo
esquerdo e vice-versa.

Figura 23 - Posição de borboletinha

O professor pode pedir que os alunos chacoalhem as pernas para cima e para baixo, sem desmontar a posição. A borboletinha é
uma forma de preparação para as posições de abertura, uma vez que desenvolve a flexibilidade da articulação coxo-femoral, bem
como trazem a noção de postura do tronco.

Flexão de quadril segurando os pés

Esta posição permite o aumento da flexibilidade dos músculos posteriores da perna e das costas. É o tipo de flexibilidade avaliada
no testes do Banco de Wells. A posição correta exige que as pernas não se flexionem e o objetivo é que a parte da frente do tronco
(peitoral e abdômen) encostem sobre a perna (quadríceps), segurando com as mãos os pés. Pode ser realizado com os pés em ponta
ou em flexão (o que intensifica o efeito do alongamento).

Figura 24 - Posição para desenvolvimento da flexibilidade


Figura 25 - Variação da posição com dorsi-flexão

Abertura com afastamento lateral de pernas

A posição da abertura com afastamento lateral de pernas deve ser realizada com as pernas estendidas, os calcanhares tocando o
chão, os joelhos apontados para cima e a coluna ereta. Esse posicionamento é difícil de ser alcançado no início, mas com a prática é
possível evoluir, afastando cada vez mais as pernas e melhorando a colocação de cada parte do corpo. Durante a execução da
abertura, que é interessante ser mantida por alguns segundos, os braços podem assumir diferentes posições: podem auxiliar as
pernas a se afastarem mais, apoiando as mãos no solo na frente do quadril, o que permite colocar o quadril cada vez mais pra
frente, sem movimentar as pernas; podem ficar estendidos e imóveis ao lado do corpo ou no solo, fazendo o aluno manter a
posição estática; ou o professor pode criar movimentações com os membros superiores, pedindo que realizem movimentações
variadas.

Figura 26 - Abertura - afastamento lateral


Figura 27 - Variação da posição de abertura

Uma forma de tornar este alongamento ainda mais efetivo é pedir aos alunos que, na posição de abertura, flexionem o tronco a
frente, com a intenção de tocar o peito e a barriga no solo.

Abertura com afastamento ântero-posterior de pernas

Para a realização da abertura ântero-posterior é importante preparar os alunos com alongamentos que ajudem no
desenvolvimento da flexibilidade das musculaturas posterior e anterior de pernas. Para se colocar na posição de abertura a
postura inicial deve ser ajoelhada, para então colocar uma perna à frente apoiando sobre o pé, as mãos apoiam no solo, uma de
cada lado da perna e, a partir daí, pedimos para que o aluno estenda a perna para frente escorregando sobre o calcanhar. A posição
final deve ser com ambas as pernas - a da frente e a de trás - estendidas e encostadas no solo. Quando esta postura final (180 graus
de abertura) não pode ser realizada, o aluno deve permanecer no seu limite de afastamento e extensão de pernas, com as mãos
apoiadas no chão.

Figura 28 - Movimento para desenvolvimento da flexibilidade - abertura ântero-posterior

Figura 29 - Alongamento preparatório para a posição de abertura


Como exercício preparatório para a abertura, você pode pedir ao seu aluno que sente-se estendendo uma perna a frente e
flexionando a perna de trás, de forma a aproximar o pé do quadril. A partir desta posição, o segundo passo é flexionar o tronco à
frente, buscando encostar peito e abdômen sobre a perna, segurando o pé com as mãos. Manter a posição por alguns segundos é
importante para dar tempo para a musculatura se alongar.

Pés à cabeça

Esta posição é preparatória para movimentos que exijam ampla flexão do tronco para trás. Com início na posição deitada, em
decúbito ventral, o professor deve pedir para que os alunos apoiem as mãos no solo ao lado do ombro e, em seguida, empurrar o
chão estendendo os braços e elevando o tronco. É importante não deixar o quadril desencostar do solo. A partir daí, as pernas
flexionam, levando os pés em direção à cabeça, sem elevar o quadríceps no chão. É possível realizar esta posição sem flexionar as
pernas, mantendo-as estendidas no solo.

Figura 30 - Pés à cabeça

É possível perceber por estes posicionamentos que algumas crianças têm grande facilidade em flexionar o tronco para trás,
chegando até a encostar o topo da cabeça nas nádegas, já outras, não. O importante é estimulá-las a alcançarem o mais longe que
puder, respeitando seus limites.

Ponte
A ponte também contribui para o desenvolvimento da flexibilidade da coluna, mas também exige dos ombros, tanto em
alongamento, quanto em força. Esta posição é preparatória para os elementos acrobáticos de reversão. A posição inicial é deitada,
em decúbito dorsal. Em seguida o aluno deve apoiar as palmas das mãos no solo, acima dos ombros (ao lado da cabeça) e flexionar
as pernas, apoiando a sola dos pés no chão. A partir daí, é necessário empurrar o solo com as mãos, estendendo os braços, ao
mesmo tempo em que eleva-se o quadril, com ajuda do apoio dos pés. O professor pode auxiliar nesta elevação, puxando com as
duas mãos no quadril do aluno.

Figura 31 - Variação da posição de ponte

Variações da posição de ponte podem ser realizadas quando os alunos já se sentirem mais seguros na posição: elevação de uma das
pernas para cima, flexionada ou estendida; apoio sobre os antebraços, ao invés da mãos.

Em níveis mais avançados de execução da ponte, o aluno pode estender os joelhos sem movimentar os pés e as mãos. Isso exigirá
mais do seus alongamento de ombros.

Figura 32 - Ponte
Ao fim desta aula, é importante destacar que os movimentos que buscam desenvolver a flexibilidade devem ser introduzidos aos
alunos de forma gradativa. Normalmente, estes não estão acostumados a realizar estas posições, podendo sentir desconforto e
dor. Sendo assim, é essencial iniciar com elementos mais simples, que exigem menos das articulações para que os alunos não se
intimidem, perdendo a motivação de aprender estes exercícios. Além disso, a forma do professor tratar este momento de
alongamento pode interferir no interesse da turma em realizá-los, sendo interessante assumir uma postura leve, sem altas
exigências de performance.

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ATIVIDADES
1. Quais foram as correntes que influenciaram o surgimento da Ginástica Rítmica?

a) Correntes da arte, da música, do esporte e da saúde;

b) Correntes da dança, da música, da arte cênica e da ciência;

c) Correntes da música, da dança, da arte cênica e do esporte;

d) Correntes pedagógica, da dança, da arte cênica e da música;

e) Correntes da arte cênica, da música, pedagógica e da ciência.

2. Assinale a resposta correta acerca dos elementos corporais abaixo.

I) Avião

II) Galope

III) Roda

IV) Passé

V) Chassé

a) I e III são formas de correr.

b) II e IV são formas de saltitar.

c) II e V são formas de saltitar.

d) III e V são movimentos acrobáticos.

e) IV e V são formas de andar.

3. Qual afirmação sobre a Ginástica Rítmica é incorreta?

a) As séries de GR podem ser realizadas individualmente ou em conjunto.

b) Os saltos mortais realizados pelas ginastas no solo são elementos próprios da GR.

c) Na GR existem 5 aparelhos considerados oficiais: a corda, o arco, a bola, as maças e a fita.

d) A música é fundamental nas séries, favorecendo a expressividade e o caráter da mesma.

e) A competição de GR masculina já acontece em alguns países orientais.

Resolução das atividades

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RESUMO
Caro(a) aluno(a), neste estudo pudemos nos envolver com o universo da Ginástica Rítmica e conhecer mais sobre esta modalidade,
que, muitas vezes, é esquecida no contexto escolar. O início do nosso encontro, tratando da origem e das características da GR,
teve como objetivo contextualizar e apresentar este esporte para que você, em suas aulas, possa trazer este tipo de
aprofundamento para os seus alunos, de forma que desperte neles maior interesse sobre o conteúdo.

As informações acerca das características da GR são importantes para que se reconheça nesta as peculiaridades que a torna
diferente de outras práticas ginásticas, muitas vezes confundidas entre si.

Em um segundo momento, foram apresentados alguns elementos básicos que permitem introduzir a prática desta modalidade, de
forma acessível às capacidades dos alunos, demonstrando que é possível vivenciar a ginástica na escola, contrariando a ideia de
que seja um esporte difícil de trabalhar na escola, ao ser considerada difícil de aprender. Por meio destes elementos corporais, já se
torna possível a construção de coreografias com os alunos, desafiando-os a executar de forma integrada as diferentes
possibilidade de movimento gímnico.

Por fim, vimos as possibilidades de manipulação que os diferente aparelhos oferecem, bem como exercícios possíveis de serem
aplicados nas aulas e que permitem a desenvolvimento da flexibilidade dos alunos.

Espero que, ao fim de nosso encontro com a GR, você possa ter percebido as contribuições que esta modalidade pode trazer para a
Educação Física Escolar e, além disso, que possa ter visualizado como desenvolver este conteúdo em suas aulas. Nós, professores,
somos responsáveis por levar estes conhecimentos aos nossos alunos, os quais têm o direito de conhecer as modalidade ginásticas
ao invés de ficarem limitados aos poucos esportes que fazem parte da EFE atual.

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Material Complementar

Leitura
Possibilidades da Ginástica Rítmica

Autor: Elizabeth Paoliello e Eliana de Toledo (Organizadoras)

Editora: Phorte editora

Sinopse: Este livro tem o grande mérito de reunir expoentes da Ginástica


Rítmica Brasileira que, ao longo de muitos anos de atividades, como
técnicas, árbitras, professoras universitárias e pesquisadoras, têm
contribuído para desenvolver esse esporte, ampliando o número de
adeptos à prática e a quantidade e a qualidade das ginastas e das
publicações. Com diferentes formas de linguagem e narrativas, as autoras
retratam aspectos da Ginástica Rítmica numa perspectiva informativa,
reflexiva e/ou propositiva. Apresentam algumas das inúmeras
possibilidades de vivência, prática e treinamento em diferentes contextos
de intervenção. Assim, esta obra pretende preencher uma lacuna
existente na área de conhecimento da Ginástica, oferecendo uma
publicação específica de Ginástica Rítmica, que possa subsidiar
diferentes pesquisas, trabalhos e saberes, contribuindo, dessa forma,
para a formação do graduando e do profissional da área da Ginástica, da
Ginástica Rítmica e de outras áreas afins.

Na Web
Inserção dos meninos no universo cultural da ginástica rítmica: pesquisa-
ação na Federação Riograndense de Ginástica.

Tese que tem como objetivo descrever e analisar o movimento de


inserção dos meninos no universo cultural da Ginástica Rítmica (GR) a
partir das iniciativas da Federação Riograndense de Ginástica (FRG).

Amplie seu conhecimento acerca do assunto com a Web: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/138237


leitura do artigo: Oliveira, Laura de Métodos de
. /000987577.pdf?sequence=1 >
ensino para a iniciação esportiva na Ginástica
Rítmica 2022.
,

Assista ao vídeo: Conjunto de Ginástica Rítmica Masculina - Japão.

Web:< https://youtu.be/VoOw5KgWOUs >

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REFERÊNCIAS
BARBOSA-RINALDI et al. Ginástica Rítmica: aspectos históricos-culturais e técnico-metodológicos dos aparelhos. Maringá:
Eduem, 2009.

BARBOSA-RINALD, I. P.; LARA, L. M.; OLIVEIRA, A. Ap. B.; Contribuições ao processo de (re)significação da Educação Física
escolar: dimensões das brincadeiras populares, da dança, da expressão corporal e da ginástica. Revista Movimento Porto Alegre, .

v. 15, n. 04, p. 217-242, out./dez. 2009.

LANGLADE, A.; LANGLADE, N. R de. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires: Stadium, 1970.

OLIVEIRA, J. G. M.; BETTI, M.; OLIVEIRA, W. M. Educação física e o ensino de 1º grau: uma abordagem crítica. São Paulo: EPU,
1988.

PEUKER, I. Ginástica Moderna sem Aparelhos Rio de Janeiro: Fórum Editora, 1974.
.

PUBLIO, N. S. Evolução histórica da Ginástica Olímpica São Paulo: Phorte, 1998.


.

RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte. 1. ed. São Paulo: Ibrasa, 1982.

SOARES, C. L. Imagens da Educação no Corpo: Estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. 2.ed. Campinas: Autores
Associados, 2002.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em: < http://fig-gymnastics.com/site/ >. Acesso em: 22 ago. 2023.

2 Em: <https://commons.wikimedia.org/w/index.php?fulltext=1&profile=default&search=ball+gymnastics&title=Special:Search&
ns0=1&ns6=1&ns12=1&ns14=1&ns100=1&ns106=1 >. Acesso em: 22 ago. 2023.

3 Em: <https://www.centropa.org/en/photos >. Acesso em: 22 ago. 2023.

4 Em: < https://www.sassymamasg.com/play-gymnastics-bianka-panova/ >. Acesso em: 22 ago. 2023.

5 Em: < http://www.ilonapeuker.com.br/ilona%20peuker/imagens/1952_baixa_austria.jpg >. Acesso em: 22 ago. 2023.

6 Em: <https://www.google.com/search?sca_esv=559161978&sxsrf=AB5stBiypkSbuEXMaaEFVl4UosWhgHXF-
g:1692729891282&q=colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/08/10/olimpiada-a-emocao--de-uma-pioneira&
tbm=isch&source=univ&fir=67>. Acesso em: 22 ago. 2023.

7 Em: < http://ginasticageral.blogspot.com.br/2012/11/conhecendo-ginastica-ritmica-masculina html> Acesso em: 22 ago. 2023. .

8 Em: < http://www.menrg.com/mangrp.jpg >. Acesso em: 22 ago. 2023.

9 Em: < http://media.istockphoto.com/photos/beautiful-little-girl-doing-gymnastics-with-ball-isolated-on-white-picture-


id491075578?k=6&m=491075578&s=612x612&w=0&h=6lVQMg_FRa99mAkvg5TLgZg1cDREdsK02fyskmo_QIc= >. Acesso
em: 22 ago. 2023.

10 Em: < http://carla-amaral.blogspot.com.br/p/ginastica.html >. Acesso em: 22 ago. 2023.

11 DA SILVA NETO, João; SCHIAVON, Laurita; KIKUTI, Tabata. GINÁSTICA RÍTMICA MASCULINA: olhares sobre essa prática no
Brasil. Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, n. 27, p. 1-1, 2019. Disponível em: <chrome-
extension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/ https://web.archive.org/web/20210427151059id_/https:
//econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/pibic/article/download/1660/1740 > Acesso em: 22 ago. 2023.

12OLIVEIRA, Laura de. Métodos de ensino para a iniciação esportiva na ginástica rítmica. 2022. Tese de Doutorado. Universidade
de São Paulo. Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-02082022-143948/publico
/CORRIGIDA.pdf > Acesso em: 22 ago. 2023.

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APROFUNDANDO

Sugestões de Atividades de Ginástica Rítmica

Sugestões de atividades para as aulas de GR na Educação Física Escolar:

1) Apresentação da modalidade aos alunos

Ao iniciar o conteúdo na escola, é importante que o professor faça uma introdução contextualizando e caracterizando a
modalidade aos alunos. Para tanto, podem ser utilizados vídeos, imagens, revistas e livros. Dessa forma, o aluno já entra no
universo da ginástica com outro olhar, mais motivado a vivenciar na prática. Os alunos podem registrar o que assimilaram em
cartazes com desenhos, colagens e apresentarem aos colegas.

2) Explorar possibilidade motoras variadas por meio de brincadeiras

É possível fazer com que os alunos explorem diferentes formas de movimentarem-se, por meio de brincadeiras. A imitação de
animais pode ser interessante, ao fazer com que assumam posturas as quais não estão acostumados.

3) Confecção e exploração de aparelhos alternativos

O professor pode planejar uma aula apenas para a confecção de materiais alternativos (corda de jornal enrolado, bola de meia,
maças com cabos de vassoura e garrafas, fita de papel crepon, entre outras possibilidades). Além de envolver os alunos em uma
atividade criativa, permitimos que tenham materiais para explorar os movimentos dos aparelhos. Em seguida, a exploração e
apresentação dos materiais confeccionados pode se configurar como uma nova aula.

4) Explorar possibilidades de materiais não-oficiais ou convencionais

Não é necessário ficar preso aos aparelhos oficiais da GR, sejam eles confeccionados ou não. É possível fazer os alunos explorarem
outros materiais, que possam ser manipulados, assim como os aparelhos gímnicos: por exemplo, o cone, que, normalmente,
encontramos nas escolas; cabo de vassoura, facilmente encontrado na casa deles, entre outras possibilidades.

5) Explorar diferentes formas de movimento com e sem deslocamento

Explorar as diferentes formas de andar, correr, saltar, saltitar, girar, equilibrar-se de forma livre e, mais tarde, nas suas formas
gímnicas, pode render muitas aulas. Estes movimentos são interessantes para ampliar o repertório motor do aluno. O professor
pode utilizar nomenclaturas que sejam de fácil assimilação aos alunos (ex: equilíbrio avião).

6) Vivenciar possibilidades de movimentos acrobáticos


Planejar aulas com elementos acrobáticos pode ser muito estimulante aos alunos. Por serem movimentos desafiadores, eles se
sentirão motivados a aprender. Para isso, o professor deve estar preparado, com colchões ou colchonetes, pronto e seguro para
realizar o auxílio a cada aluno. O aprendizado dos elementos acrobáticos deve ser progressivo, indo de formas simplificadas dos
movimentos para a sua forma mais avançada.

7) Identificação de ritmos

A GR tem como essência a ritmicidade, sendo um ótimo conteúdo para desenvolver nos alunos a capacidade de identificar sons,
tempos e estilos musicais. Uma forma possível de iniciar este trabalho é por meio da identificação dos sons locais, de objetos,
instrumentos musicais e até do próprio corpo. Utilizar músicas de ritmos diversos também pode ser interessante.

8) Desenvolvimento da expressão corporal

Outro aspecto importante na GR é a expressão corporal. É possível explorar esta capacidade em atividades teatrais, de imitação,
de representação de ações cotidianas e de temas propostos. Tentar aliar essa expressividade com a música também pode ajudar a
despertar nos alunos a demonstração de sentimentos e expressões.

9) Aprendizagem e montagem de coreografias

As aulas podem ter o aprendizado de pequenas coreografias criadas pelo professor, com música, exercitando nos alunos a
capacidade de memorização e de execução de movimentos gímnicos em série. Outra forma interessante é deixá-los livres para
individualmente, em duplas ou grupos, criarem suas próprias coreografias com ou sem aparelhos. É possível até planejar uma
apresentação entre os alunos da mesma turma ou para outras turmas e, se possível, a realização de um festival para a escola.

PARABÉNS!

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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

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Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

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Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância; MIRANDA ,

Antonio Carlos Monteiro de; NAKASHIMA Fernanda Soares. ,

Ginástica na Escola Antonio Carlos Monteiro de Miranda; Fernanda Soares Nakashima


.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.Reimp. 2023.

42 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Ginástica. 2. Contexto Escolar. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 769

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GINÁSTICA
ACROBÁTICA
Professor (a) :

Me. Fernanda Soares Nakashima

Objetivos de aprendizagem
•Conhecer a evolução histórica e o desenvolvimento da Ginástica Acrobática.

•Identificar as características da Ginástica Acrobática.

•Explorar exercícios preparatórios e posições básicas para a formação de figuras acrobáticas.


Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

•A evolução histórica e o desenvolvimento da Ginástica Acrobática

•Características da Ginástica Acrobática

•Exercícios preparatórios e posições básicas para a formação de figuras

Introdução
Seja bem-vindo(a) ao próximo estudo sobre a Ginástica na escola! Neste novo encontro, abordaremos a desafiadora e coletiva
Ginástica Acrobática (GACRO)!

Esta modalidade pode ser facilmente aplicada nas aulas de Educação Física, uma vez que não necessita de aparelhos. Além desta
característica, a GACRO incentiva a cooperação entre os alunos por ser realizada exclusivamente em duplas ou grupos de números
variados. Aliás, esta é a essência desta prática, que se manifesta por meio de figuras formadas pela reunião dos corpos de duas ou
mais pessoas, as quais se apoiam e se equilibram umas nas outras, buscando configurar desenhos variados e desenvolvendo a
confiança mútua. Outro aspecto interessante da GACRO é a exploração da criatividade dos alunos, que podem criar inúmeras
figuras diferentes a partir das mesmas posições.

Para que você conheça mais sobre esta prática gímnica encantadora, este estudo foi organizado em três momentos: a primeira aula
abordará as origens da Ginástica Acrobática, buscando contextualizá-la acerca do surgimento e do desenvolvimento desta
modalidade; a segunda aula terá como foco apresentar as características da GACRO, a fim de permitir que você a conheça mais
profundamente e a reconheça dentre as diferentes modalidades ginásticas da atualidade; e, por fim, na terceira aula, serão
exploradas diferentes posições corporais possíveis de serem ensinadas aos alunos e que podem nortear o início do
desenvolvimento do conteúdo no contexto escolar.

Esperamos que, por meio deste estudo, você possa perceber as inúmeras contribuições que a Ginástica Acrobática é capaz de
oferecer aos seus alunos.

Além disso, que as informações aqui contidas lhe permita visualizar as possibilidades de aplicação deste conteúdo na Educação
Física escolar, tornando-o(a) motivado(a) a inserir a GACRO em seu planejamento.

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A EVOLUÇÃO HISTÓRICA e o
Desenvolvimento da Ginástica Acrobática
Os exercícios acrobáticos, que exigem um domínio perfeito do corpo humano, foram conhecidos nos tempos antigos e remontam a
culturas como: etruscos, mexicanos, chineses, cretenses e egípcios. A informação de que os exercícios acrobáticos foram
realizados em tempos remotos é fornecida por obras literárias antigas como A Ilíada de Homero (FIG, on-line). 1

Segundo Gallardo e Azevedo (2007), o surgimento destas manifestações corporais está relacionado à China e à Grécia Antiga. Na
China, as atividades acrobáticas têm grande tradição, sendo desenvolvida há mais de dois mil anos em diversas regiões, tendo
grupos apresentando pelo mundo todo.

Figura 1 - Acrobatas chineses


Na Idade Média, diversos grupos de acrobatas ambulantes começaram a se apresentar pela Europa. Com a vantagem de não
requerer equipamentos especiais, apenas o corpo humano, no século XIX, as atividades acrobáticas foram ganhando mais adeptos
(FIG, on-line)1. O continente americano também parece ter contribuído para a acrobacia: historiadores europeus contam que, em
1519, na cidade do México, Fernão Cortez assistiu à demonstração de um funâmbulo nativo, o qual impressionou os espanhóis
com sua habilidade (MERIDA; NISTA-PICOLLO, 2008).

Mais tarde, no século XX, novas vertentes dos exercícios acrobáticos se desenvolveram: as acrobacias em aparelhos (trapézio,
corda, mastros, entre outros), mais comumente vista nos circos, as acrobacias de formação de pirâmides e o tumbling. Estas
últimas evoluíram para esportes competitivos, sendo as pirâmides a forma inicial da Ginástica Acrobática (FIG, on-line). 1

Figura 2 - Pirâmide acrobática

Figura 3 - Acrobata no trapézio

Figura 4 - Acrobata na corda bamba


Figura 5 - Acrobatas no mastro chinês

Segundo Langlade e Langlade (1970), a configuração das modalidades ginásticas nos moldes que a conhecemos hoje iniciou entre
1800 e 1900, com as Escolas Ginásticas: a Escola inglesa (voltada para os jogos, atividades atléticas e esportivas); a Escola alemã
(pregava a prática da Ginástica de caráter militar e foi a precursora da ginástica artística); a Escola sueca (vista como eliminadora
de vícios posturais e da sociedade, possuía caráter pedagógico e social e foi adotada por diversos estabelecimentos de ensino); e a
Escola francesa (apresentada a intenção de formar o homem universal, voltada para a educação e o desenvolvimento social).

Em seguida, passaram a existir os Movimentos Ginásticos: o do Centro, o do Norte e o do Oeste, que promoveram alterações nos
métodos desenvolvidos pelas Escolas Ginásticas, perdurando até 1939, como afirmam os mesmos autores. A partir daí, iniciou-se
um período de influências recíprocas e universalização dos sistemas ginásticos.

A antiga União Soviética foi o primeiro país onde a acrobacia tornou-se um esporte independente. As primeiras regras
competitivas foram formuladas lá e os campeonatos foram realizados pela primeira vez em 1939.

Figura 6 - Série de GACRO masculina


Fonte: Gym Media ([2017], on-line). 3

Após uma pausa devido à Segunda Guerra Mundial, outros países reconheceram a acrobacia como uma disciplina independente e
formaram suas federações esportivas nacionais. Foram: Hungria (1949), Alemanha Oriental (1951), Bulgária (1951), Polônia
(1953) e China (1956). A estreia do Torneio Internacional em Acrobacias Esportivas foi realizada em Varsóvia (Polônia) em 1957.
Equipes de quatro países participaram do torneio: URSS, Polônia, Bulgária e República Democrática Alemã (RDA) (FIG, on-line). 1

O torneio realizou uma série de competições femininas, masculinas e mistas, com grupos de três ou quatro mulheres, e grupos
masculinos de três, quatro ou cinco integrantes. Os acrobatas russos apresentaram rotinas de nível técnico muito alto de pares
mistos e grupo masculino. A equipe polonesa mostrou uma forma interessante de rotinas no trio feminino. Os acrobatas da
Bulgária realizaram suas rotinas, combinados com alguns elementos de coreografia e acompanhamento de música (FIG, on-line). 1

Figura 7 - Série feminina de GACRO

Fonte: Pinterest ([2017], on-line). 4


A Ginástica Acrobática fazia parte das modalidades organizadas pela Federação Internacional de Esportes Acrobáticos (IFSA) e é
uma modalidade considerada recente, uma vez que as primeiras competições da IFSA aconteceram a partir de 1973. Hoje em dia, a
Federação Internacional de Ginástica é responsável pela organização deste esporte, que busca a sua introdução como modalidade
olímpica.

Quadro 1- Principais dados históricos dos Esportes Acrobáticos

Fonte: Federação Internacional de Ginástica (FIG, on-line). 1

No Brasil, o surgimento das acrobacias está ligado ao campo das artes, as quais, no início, recebiam o nome de Exercícios de Força
Combinados. Segundo Gallardo e Azevedo (2007), entre 1940 e 1960, a Escola de Aeronáutica do Rio de Janeiro começou a tornar
popular este esporte e a introduzi-lo no ensino da Ginástica Artística, sendo que o principal responsável pela divulgação e projeção
da modalidade foi o professor, escritor, acrobata e paraquedista Charles Astor, o qual realizava cursos.

A Associação de Professores de Educação Física de São Paulo e Região (SINPEFESP) promoveu cursos de capacitação para os
professores e, em seu currículo, havia a presença da Ginástica Acrobática em duplas e pequenos grupos. A Escola de Educação
Física Militar de São Paulo também foi um grande divulgador desta modalidade que, até meados de 1980, tinha caráter
exclusivamente demonstrativo em apresentação de Ginástica Geral (GALLARDO; AZEVEDO, 2007).

O professor Ricieri Pastori foi quem iniciou o desenvolvimento da GACRO em nosso país, por meio de grupos de acrobacias em
instituições militares e clubes, depois trabalhando em circos nacionais e internacionais. Em 1989, com a criação da Federação de
Trampolim e Ginástica Acrobática do Estado do Rio de Janeiro (RIOTRAMP), inicia-se o reconhecimento das regras e
regulamentos técnicos da modalidade. No entanto, após problemas como falta de apoio de federações e confederações nacionais e
o fato de não ser uma modalidade olímpica, Ricieri e alguns colegas fundaram, no ano 2000, a Liga Nacional de Desportos
Acrobáticos e Ginástica Geral (LINDAGG), a fim de contribuir para o crescimento da modalidade no país.

CARACTERÍSTICAS DA Ginástica
Acrobática
A Ginástica Acrobática, em sua forma regulamentada pela FIG, possui características que a torna uma modalidade única no
universo da Ginástica. Trata-se de uma prática gímnica menos conhecida em relação à Ginástica Artística e à Ginástica Rítmica,
possivelmente por não fazer parte dos esportes contemplados nos Jogos Olímpicos.

Entretanto, a GACRO em seus parâmetros regulamentados ou não pode ser um conteúdo muito acessível e enriquecedor às aulas
de Educação Física Escolar.

A GACRO tem como principais características a formação de figuras acrobáticas (poses), como pirâmides, em que um ginasta se
equilibra sobre o outro em diferentes posições. Estas figuras podem ser formadas por 2 ou mais integrantes, permitindo grande
variedade de formas. Além deste aspecto, considerado como o seu diferencial, a GACRO, como as demais modalidade gímnicas,
possui na composição de suas séries a execução de saltos, giros ou rotações, equilíbrios, movimentos acrobáticos de solo e
elementos artísticos. Tudo isso com utilização de música, que contribui na definição do estilo da série.

Quadro 2 - As composições das equipes na GACRO competitiva


Fonte: elaborado pela autora. 5

As figuras são formadas por ginastas que recebem um nome de acordo com as funções específicas que executam. O base é quem
suporta e projeta seus companheiros. O intermediário ajuda a suportar e projetar ou que executa posições intermediárias. O
volante (ou top) é o ginasta que é suportado e projetado pelos demais e frequentemente está no topo das pirâmides.

Cada pirâmide pode conter um ou mais ginastas de cada função, de acordo com o número de participantes e com o desenho que
pretendem formar no espaço. As funções desempenhadas pelos ginastas são definidas de acordo com a sua estrutura e
capacidades físicas, prioritariamente, além do fator idade, que também pode interferir na escolha da função específica. Nas
competições oficiais, existem regras que relacionam a altura e a idade dos ginastas para definir as funções específicas e categorias
de cada um (MERIDA et al., 2008; FIG, on-line). 1

Quadro 3 - As diferentes funções presentes nas figuras acrobáticas


Fonte: elaborado pela autora.

Nas séries de competição de GACRO, as figuras acrobáticas são divididas em três tipos de exercícios: Rotina estática (ou Balance)
- série composta por pirâmides estáticas, cujos ginastas permanecem em contato durante todo o tempo de execução da figura (o

tempo de permanência nas figuras estáticas varia de dois a quatro segundos); a Rotina dinâmica (ou Tempo) - série composta por
elementos dinâmicos que têm que demonstrar fases de voo, lançamentos e recepções e são definidos por cinco categorias de
elementos: a) De parceiro para parceiro; b) Do chão para o parceiro; c) Do parceiro para o chão; d) Do parceiro para o chão, após
um breve contato com o parceiro; e) Do chão, com uma breve assistência do parceiro, para o chão outra vez (elemento dinâmico
“puro”); e a Rotina combinada - série composta por elementos individuais, estáticos e dinâmicos combinados (MERIDA et al.,
2008).

Figura 8 - Elementos estáticos da GACRO

Além disso, existem quatro grupos de elementos: os Montes (quando há a movimentação do volante ou intermediário do solo para
o base, “montando” a figura sobre seus ombros ou mãos; os Desmontes justamente o movimento contrário, em que volante e/ou
,

intermediário descem do apoio da base para o solo; os Apanhados em fase de voo (“catch”), que é o movimento da base ao lançar e
apanhar o volante novamente; os Elementos com fase de voo mais incomuns, que engloba os elementos (dinâmicos) que têm
,

início no solo e nos quais o volante sofre uma projeção que o fará descrever uma trajetória aérea, efetuando a recepção de
regresso sobre o solo. Estas duas últimas categorias são importantes na competição de Desportos Acrobáticos, mas de alguma
dificuldade de aprendizagem na Escola (FRANÇA, 2003; FIG, on-line). 1

Ainda das séries de GACRO fazem parte os Elementos Individuais que como o nome diz, referem-se aos exercícios realizados pelo
,

ginasta individualmente, mas com realização simultânea entre os colegas da equipe. São estes: os elementos de equilíbrio (ex:
avião); os elementos de flexibilidade (ex: abertura em espacato); elementos acrobáticos (ex: salto mortal ou flick-flack); e os
elementos individuais coreográficos (ex: salto corsa) (FRANÇA, 2003; FIG, on-line). 1

Após estas informações, é importante destacar que o conhecimento da GACRO em seu molde competitivo é importante para que
o professor esteja atualizado em relação ao contexto vigente da modalidade, uma vez que somente desta forma é possível situar os
alunos no que diz respeito a esta prática enquanto esporte. Entretanto, é preciso olhar para esta manifestação observando a
grande variedade de possibilidades que oferece e apropriar-se deste conteúdo, utilizando-o de forma consciente, livre e criativa.
As diferentes figuras que podem ser formadas na GACRO possuem diferentes “pegas ou pegadas” que são
as maneiras como as mãos são posicionadas no parceiro para facilitar a subida (monte), a execução
manutenção) e a descida (desmonte) das pirâmides.

Fonte: a autora.

Como o assunto que abordamos é muito interessante, saiba mais no artigo: Ginástica acrobática e
acrobacias circenses concepções dos movimentos corporais e suas práticas pedagógicas na Educação Física
:

escolar, de AMORIM, José Henrique de França.

Com relação às pegas, é interessante que o professor seja capaz de identificar a melhor para cada ocasião para auxiliar os seus
alunos. A seguir, alguns exemplos de pegas, conforme Merida et al. (2008):

A GACRO se mostra como uma modalidade possível de se adequar brilhantemente ao contexto escolar. A sua essência no trabalho
em grupo, por si só, já é um motivo para torná-la imprescindível nas aulas de EF, desenvolvendo a cooperatividade. No entanto, não
é só esta vantagem que a GACRO oferece! A possibilidade de integrar os alunos com perfis diferentes de altura, força e
características, impede a exclusão dos considerados menos habilidosos, mas sim, valoriza cada um em sua particularidade; a
possibilidade de, por meio de posições individuais simples formar uma figura em grupo interessante, motiva os alunos a explorar as
diversas possibilidades sem se frustrarem por não conseguirem executar; o número ilimitado de participantes, que permite o
envolvimento de todos os alunos; e o fato de não necessitar de aparelhos, o que faz desta prática muito acessível a qualquer tipo
de escola.

Quanto aos seus benefícios, os praticantes desta modalidade podem ser favorecidos pela aquisição de noções espaço-temporais,
da esquematização corporal, do controle motor, da flexibilidade, da coordenação estática, da coordenação coletiva, do equilíbrio,
da força e da resistência muscular localizada, da cooperação, da autonomia, do prazer e da autoconfiança (MERIDA et al., 2008).

Após esta aula, espero que você tenha despertado para esta modalidade incrível que é a Ginástica Acrobática! Aqui, a justificativa
de não ter material suficiente para incluir esta modalidade nas suas aulas não cabe! Então, que tal inclui-la em seu planejamento?
EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS E POSES
BÁSICAS PARA A Formação de Figuras
Pronto para mais uma aula para tratar da Ginástica Acrobática? Depois de ter conhecido o seu desenvolvimento como esporte e de
compreender um pouco mais acerca das características que a definem como uma modalidade única e de inúmeras possibilidades,
vamos agora explorar alguns exercícios que são importantes para que os alunos aprendam a se colocarem nas figuras de forma
segura, bem como algumas posições básicas que permitem formar diversas formas interessantes ao serem combinadas entre si ou
com outras poses.

Ao iniciar a prática deste conteúdo com os seus alunos, é importante a familiarização com alguns princípios que norteiam a
GACRO. Sendo assim, será necessário focar em aspectos relativos ao equilíbrio e à noção mais rudimentar de “contra-peso”.

É fundamental que os alunos percebam o companheiro quando realizam as poses e, assim, a noção de equilíbrio-desequilíbrio é
básica para uma primeira abordagem na escola (MERIDA et al., 2008). Para isto, são interessantes os exercícios em que o aluno se
sinta responsável pelo equilíbrio do colega, ao mesmo tempo em que depende dele.

Abaixo são apresentadas alguns exemplos de poses que você pode solicitar para que realizem em dupla para entender o princípio
do contra-peso. Estas posições (Figura 9) não precisam ser realizadas de forma estáticas. Pode-se se movimentar sentando e
levantando ou se aproximando e se afastando.

Figura 9 - Exercícios de contra-peso


Fonte: Merida et al. (2008).

Poses básicas para a formação de figuras

Ensinar posições individuais que podem ser integradas a figuras com diferentes números de integrantes é o primeiro passo para
habilitar o aluno para, em um segundo momento, utilizá-las junto com os colegas para criarem as suas pirâmides. A própria prática
de se colocar e se manter nestas posições já ajuda o aluno a desenvolver e testar sua força e estabilidade, capacidades que serão
exigidas nas figuras. Algumas exigirão tempo para o aprendizado, podendo lhe render algumas aulas e exercícios pedagógicos para
ensiná-las, o que faz parte do processo de qualquer modalidade, principalmente as gímnicas. Seguem as poses abaixo.

Poses no solo

As poses a seguir são posições no solo fáceis de serem aprendidas. Para a aprendizagem de algumas delas, é importante a
utilização de equipamentos de segurança, ou seja, colchonetes ou colchões, para evitar que possíveis quedas machuquem os
alunos.

Figura 10 - Pose no solo

Figura 11 - Pose no solo

Figura 12 - Pose no solo - pés à cabeça


Figura 13 - Pose no solo - flexão de coluna em posição ajoelhada

As poses das figuras 10, 11, 12 e 13 são simples de executar e o aluno pode se conectar à figura acrobática a ser formada pelo
grupo tocando a mão no companheiro, por exemplo, ou servindo de apoio para um postura de equilíbrio do colega.

A pose representada pela Figura 14 é uma das mais utilizadas na iniciação à GACRO, pois permite muitas combinações, servindo
de base ou podendo ser realizada sobre uma base, fazendo papel de intermediário ou volante. O importante nesta posição,
principalmente quando utilizada como base, é que o aluno mantenha os braços firmes e estendidos e o abdômen contraído para
oferecer estabilidade ao volante/intermediário e evitar lesões na coluna.

Figura 14 - Pose no solo - quatro apoios

As figuras 15, 16, 17, 18 e 19 são posições em pranchas que exigem força e é necessário que o aluno mantenha o abdômen
contraído. São poses interessantes para ensinar a importância da contração isométrica que é necessária durante as poses. Ao
praticá-las o aluno pode desenvolver força e estabilidade. Estas posições não precisam ser realizadas exclusivamente no solo,
como base, mas também podem ser de intermediários e volante.
Figura 15 - Pose no solo - prancha facial

Figura 16 - Pose no solo - “caranguejo”

Figura 17 - Pose no solo - prancha dorsal

Figura 18 - Pose no solo - prancha dorsal com uma perna elevada


Figura 19 - Pose no solo - prancha lateral

As poses das figuras 20 e 21 também desenvolvem a força muscular e podem ser realizadas sobre o colega, como volante.

Figura 20 - Pose no solo - esquadro

Figura 21 - Pose no solo - esquadro afastado


As poses das figuras 22, 23 e 24 exigem flexibilidade e são elementos interessantes para desenvolvimento da mobilidade articular
de ombros e da própria coluna. Estas posições podem estar ligadas à figura, encostando de alguma forma em um colega, servir
como base, mas também podem ser de volante, porém é importante que o aluno tenha domínio na execução e se sinta seguro para
tal.

Figura 22 - Pose no solo - ponte

Figura 23 - Pose no solo - ponte com perna elevada em passé


Figura 24 - Pose no solo - ponte com perna elevada estendida

As posições invertidas das figuras 25, 26 e 27 exigem força e equilíbrio e devem ser ensinadas (principalmente figuras 26 e 27) com
auxílio do professor, colchões/colchonetes, utilizando exercícios de progressão pedagógica. Na realização da parada de cabeça ou
de mãos, um colega pode oferecer apoio, segurando com as mãos nas pernas do aluno que executa a parada, fazendo com que isso
seja parte da figura.

Figura 25 - Pose no solo - vela


Figura 26 - Pose no solo - parada de cabeça

Figura 27 - Parada de mãos


Poses em duplas

A fim de introduzir aos alunos a noção de formação de figuras acrobáticas, sugere-se que o professor inicie pelo trabalho em
duplas. Dessa forma, é possível explorar as poses aprendidas individualmente em conjunto, explorar as suas possibilidades e criar
novas formas junto ao colega. A seguir, serão apresentadas algumas possibilidades de figuras em duplas para serem exploradas em
aula.

Figura 28 - Possibilidades de figuras em dupla

Fonte: França (2003).

Poses em dupla em pé

As figuras abaixo apresentam sugestões de poses de duplas em pé. A partir destas ideias, espera-se que o professor permita aos
alunos aprenderem a compor figuras e descobrirem novas, explorando a sua criatividade e desenvolvendo a confiança no colega.
Figura 29 - Pose em dupla em pé

Figura 30 - Pose em dupla em pé

Figura 31 - Pose em dupla em pé


Figura 32 - Pose em dupla em pé

Figura 33 - Pose em dupla em pé - parada de mãos


Figura 34 - Pose em dupla em pé - penché

Poses em dupla no solo

A seguir, são apresentadas sugestões de figuras em duplas no solo. Para a exploração destas posições, pode ser necessário o uso de
colchonetes para dar mais confiança aos alunos e evitar lesões.

A segurança deverá ser o aspecto mais importante a ter em consideração quando da aprendizagem da
Ginástica Acrobática. Apesar de não ser uma modalidade com um risco tão elevado, qualquer queda para
uma zona desprovida de colchões partindo de uma altura correspondente à estatura de um indivíduo
poderá ser causadora de lesões graves ou mesmo infligir no aluno sentimentos negativos de medo e recusa
para execuções futuras.

Insistindo ainda nas questões da segurança na prática, a diferença de pesos que deve existir entre os(as)
alunos(as) deverá ser um aspecto relevante a considerar sempre que pretendemos abordar a GACRO na
nossa Escola. Será pouco aconselhável (senão mesmo totalmente impensável) colocar alunos com 60 Kg a
levantar e sustentar à altura dos seus ombros outros alunos com o mesmo peso! Se tem algumas dúvidas
disso, experimente pegar ou aguentar em cima dos seus ombros alguém com um peso semelhante ao seu!!
Se o fizer não se esqueça de se rodear de colchões...

Fonte: França (2003).

Figura 35 - Pose em dupla no solo - “W”


Figura 36 - Pose em dupla no solo

Figura 37 - Pose em dupla no solo

Figura 38 - Pose em dupla no solo


Figura 39 - Pose em dupla no solo

Figura 40 - Pose em dupla no solo


Figura 41 - Pose em dupla no solo - “aviãozinho”

Figura 42 - Pose em dupla no solo - “aviãozinho” sem as mão

Figura 43 - Pose em dupla no solo - “beliche”

Figura 44 - Pose em dupla no solo - “quadrado”


Figura 45 - Pose em dupla no solo

Figura 46 - Pose em dupla no solo

A partir destas figuras, esperamos que você possa aumentar a sua capacidade de imaginar novas possibilidades na Ginástica
Acrobática, bem como incentivar os seus alunos a usarem a sua criatividade.

Progressões metodológicas para aprendizagem de poses


Na Ginástica Acrobática, assim como nos demais esportes, a aprendizagem deve acontecer de forma gradativa, preparando o
aluno aos poucos para realizar os movimentos com a técnica correta. No caso da GACRO, as etapas são importantes para que o
aluno ganhe confiança para executar posições e figuras, para vivenciar a prática sem medo e de forma prazerosa.

Para cada tipo de figura, é necessário encontrar uma forma de facilitar a montagem para ser possível exercitar as posições e,
conforme acontece a adaptação e a aprendizagem da técnica correta, evoluir para formas mais diretas e simplificadas de monte e
desmonte. A seguir serão apresentados exemplos de progressões pedagógicas de aprendizagem de figuras em duplas que são
muito utilizadas e que podem ser ensinadas ao alunos no contextos escolar (FRANÇA, 2003).

Figura 47 - Progressão 1 para figura em dupla - volante de costas

Fonte: França (2003).

Figura 48 - Progressão 2 para figura em dupla - volante de costas

Fonte: França (2003).

Figura 49 - Progressão 3 para figura em dupla - volante de costas

Fonte: França (2003).


Figura 50 - Progressão 1 para figura em dupla - volante de frente

Fonte: França (2003).

Figura 51 - Progressão 2 para figura em dupla - volante de frente

Fonte: França (2003).

Figura 52 - Progressão 2 para figura em dupla - aviãozinho

Fonte: França (2003).

Como é possível observar nas imagens há várias formas de alcançar as mesmas posições. O professor e os alunos podem usar da
sua imaginação e criatividade para pensar em alternativas para executar as figuras pretendidas. Isto já é uma atividade
interessante de cooperação. A partir desses exercícios e exemplos em duplas, é possível iniciar o trabalho de formação de figuras e,
posteriormente, ir explorando variações de pirâmides com três, quatro, cinco ou mais integrantes.

Ao fim deste estudo, esperamos que você, professor, tenha percebido as possibilidades da GACRO na escola como um conteúdo
interessante para exercitar não somente as valências físicas dos alunos, mas também os aspectos sociais e emocionais por meio da
colaboração com os colegas, vivência de desafios que a modalidade oferece e desenvolvimento da criatividade e confiança em si e
no outro.

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ATIVIDADES
1. Em relação às funções que podem ser desempenhadas na formação de figuras, relacione as lacunas a e b .

A)

( 1 ) Volante

( 2 ) Intermediário

( 3 ) Top

( 4 ) Base

( 5 ) Apoio

B)

( ) É preciso ter força, ter noção de responsabilidade, equilíbrio e liderança; sustenta a figura acrobática.

Aparece em figuras com 3 ou mais integrantes;


( ) é preciso ser versátil, ágil, flexível e forte; sustenta e, ao mesmo tempo, é
sustentado.

( ) É preciso ter bom equilíbrio, ser leve, ágil, flexível e corajoso; executa os elementos acrobáticos sobre o base ou intermediário.

( ) Não se refere a uma das posições/funções da GACRO.

( )É o mesmo que volante, que precisa ter bom equilíbrio, ser leve, ágil, flexível e corajoso; executa os elementos acrobáticos sobre
o base ou intermediário.

Assinale a alternativa que corresponda à relação correta entre as lacunas:

a) 4,2,1,5,3.

b) 3,5,1,2,4.

c) 1,3,5,4,2.

d) 2,1,4,3,5.

e) Nenhuma das alternativas está correta.


2. Sobre a Ginástica Acrobática, assinale a alternativa correta :

I)A GACRO necessita de muitos aparelhos para a sua aplicação nas aulas, tornando esta modalidade inacessível ao contexto
escolar.

II) A GACRO iniciou seu desenvolvimento no Brasil entre os anos de 1940 e 1960.

III)A GACRO tem como principais características a formação de figuras acrobáticas (poses), como pirâmides, em que um ginasta se
equilibra sobre o outro em diferentes posições.

IV) A GACRO pode ser realizada nas categorias feminina, masculina e mista, sendo individual, em duplas, em trios ou em quartetos
nas competições.

a) As alternativas II e IV estão corretas.

b) As alternativas II e IV estão incorretas.

c) As alternativas II e III estão corretas.

d) As alternativas I e IV estão corretas.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

3. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações a seguir:

( )Das séries de GACRO fazem parte os elementos Individuais, elementos de equilíbrios, elementos de flexibilidade e os elementos
acrobáticos.

As séries de competição de GACRO podem ser: Duplas femininas, masculinas ou mistas, trios masculinos ou femininos
( ) e
quartetos mistos.

Rotina estática (ou Balance), Rotina dinâmica (ou Tempo)


( ) e Rotina combinada são tipos de figuras que fazem parte das séries de
GACRO.

As séries de competição de GACRO podem ser: Duplas femininas, masculinas ou mistas, trios femininos
( ) e quartetos
mmasculinos.

Fazem parte das séries de GACRO os elementos individuais, em que os ginastas executam os movimentos individualmente,
( )

porém em sincronia com os colegas da equipe.

Assinale a alternativa com a sequência correta :

a) V, V, F, V, V.

b) F, V, F, V, V.

c) V, F, V, V, V.

d) F, F, V, V, V.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

Resolução das atividades

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RESUMO
Caros(as) alunos(as), ao final deste encontro com a Ginástica Acrobática, esperamos que você tenha conhecido mais sobre esta
modalidade encantadora e cheia de possibilidades! Nos estudos que fizemos, pudemos falar sobre as origens dos elementos
acrobáticos, a sua difusão e o desenvolvimento da GACRO, conhecendo como, quando e onde esta manifestação teve início
enquanto prática regulamentada dentro dos chamados esportes acrobáticos.

O conhecimento histórico de uma modalidade é muito importante para que possamos entendê-la na atualidade, bem como para
trazer estas informações ao alunos nas aulas de Educação Física, tornando o conteúdo mais interessantes e contextualizado.

Pudemos conhecer as características da GACRO enquanto esporte, compreendendo como são compostas as séries nas
competições, a formação de equipes, nomenclaturas relacionadas aos exercícios que os ginastas realizam em suas apresentações,
assim como as diferentes funções que são desempenhadas nas figuras.

Por meio dessas informações, buscamos trazer fundamentos que possam habilitá-lo a diferenciar esta modalidade das demais
práticas gímnicas, entendendo as suas peculiaridades e, a partir disso, passar este conhecimento aos seus alunos.

Nos estudos finais deste encontro, o foco foi capacitá-lo a desenvolver nas aulas práticas alguns exercícios e posições que buscam
introduzir o universo da GACRO no contexto das aulas de Educação Física. Esta prática gímnica merece ter seu valor reconhecido
enquanto atividade física, esporte e manifestação da cultura corporal e nada mais adequado que iniciar este processo dentro da
escola.

E aí, o que está esperando para introduzir a GACRO como um conteúdo da Educação Física Escolar?

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Material Complementar

Leitura
Fundamentos básicos da ginástica acrobática competitiva

Autor: Jorge Sergio Perez-Gallardo e Lúcio Henrique Rezende Azevedo

Editora: Autores Associados

Sinopse: A Ginástica Acrobática, derivada de manifestações artísticas de


culturas asiáticas, é uma das mais antigas práticas esportivas, que com o
passar dos anos foi se transformando em uma modalidade esportiva de
grande impacto e aceitação no âmbito mundial. Na obra encontram-se
todas as metodologias para a aquisição das formas básicas da Ginástica
Acrobática, com fundamentos teóricos necessários para iniciar esta
modalidade de forma competitiva ou como base para as modalidades
artísticas que se utilizam de acrobacias, tais como o circo, a ginástica
geral e a dança. Esta obra está destinada a professores de Educação Física
que atuam no âmbito escolar e em academias, interessados no
desenvolvimento da Ginástica Acrobática tanto no meio educativo
quanto na prática esportiva.
Na Web
Esse trabalho aborda a Ginástica Acrobática (GAC) a partir das
perspectivas histórico-cultural, técnica e didático-pedagógica,
reconhecendo-a como um conteúdo a ser tratado na Educação Física
Escolar. Partindo desse pressuposto, esse estudo visa apresentar
estratégias para o ensino e a aprendizagem da GAC na Educação Física
Escolar a partir da utilização de jogos.

O jogo como estratégia metodológica no ensino da Ginástica Acrobática


na escola < /https://core.ac.uk/download/pdf/335054983.pdf#page=43 >

Neste vídeo a autora Suzy Pinto propõe uma aula sobre "Ginástica
acrobática ". Você verá como a ginástica acrobática é praticada e
conhecerá suas categorias Assista o vídeo Educação Física | Ginástica
.

acrobática até o final e veja como é possível praticar alguns movimentos


acrobáticos em casa. < https://www.youtube.com/watch?v=7zc-
JcbCg68 >

A presente pesquisa tem o objetivo de aprofundar os estudos sobre a


Educação Física Escolar, para a busca de elementos teórico-
metodológicos que justifiquem a Ginástica no contexto escolar; bem
como identificar porque esta vem sendo esquecida enquanto conteúdo
pedagógico nas escolas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, utilizando
a abordagem do método qualitativo.

Web: < https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article


/view/8648071/14928 >

Vídeo apresentando a versão competitiva da GACRO no Campeonato


Mundial de Ginástica Acrobática na categoria masculina (4 integrantes),
realizado em Lake Buena VIsta - Estados Unidos em 2012.

Web: < https://www.youtube.com/watch?v=yH4zftEp6tw >

Entrevista gravada com o Prof. Ricieri Pastori no dia 18 de dezembro de


2014, no Centro Esportivo e de Lazer Tietê, São Paulo. O Prof. Ricieri foi
responsável pela iniciação e popularização da Ginástica Acrobática
competitiva no Brasil.

Web: < https://www.youtube.com/watch?v=hTkEpkSFmzI >

Espetáculo de exercícios acrobáticos que possui poses acrobáticas


realizado por um grupo chinês. Este vídeo busca apresentar a ginástica
sendo divulgada em sua forma não competitiva, mas como
entretenimento.

Web: < https://www.youtube.com/watch?v=lAt1h5ftOps >

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REFERÊNCIAS
FRANÇA, L. Em defesa da Ginástica Acrobática na Escola. Revista Horizonte v.18, n.107, p.29-38, mai./jun. 2003.
,

GALLARDO, J. S. P.; AZEVEDO, L. H. R. Fundamentos Básicos da Ginástica Acrobática Competitiva. Campinas-SP: Autores
Associados, 2007.

LANGLADE, A.; LANGLADE, N. R de. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires: Stadium, 1970.

MERIDA, F.; NISTA-PICOLLO, V.L. A Ginástica Acrobática enquanto conteúdo da Educação Física Escolar. In: Fórum Internacional
de Ginástica Geral, 4. ed., 2007, Campinas-SP, Anais do IV Fórum Internacional de Ginástica Geral, Campinas-SP, agosto de 2007,
p. 61-65.

MERIDA, F.; NISTA-PICCOLO, V. L.; MERIDA, M. Redescobrindo a Ginástica Acrobática. Revista Movimento Porto Alegre,
, v. 14, n.
2, p. 155-180, mai./ago. 2008.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em: < http://fig-gymnastics.com/site/ >. Acesso em 24 ago. 2023.

2 Em: < https://www.google.com.br/search?sca_esv=559765737&hl=pt-BR&


sxsrf=AB5stBi2FTr2X3ZfK4w_Lh6_H_1RoVSQSw:1692900269949&q=/new+culture/circus-of-antiquity&spell=1&sa=X&
ved=2ahUKEwjE1uv58PWAAxV_ILkGHTCqBJwQBSgAegQIBxAB&biw=1366&bih=611&dpr=1 >. Acesso em 24 ago. 2023.

3 Em: < http://www.gymmedia.com/sites/default/files/archiv_bilder/AC/gbr_mengroup08.jpg > Acesso em 24 ago. 2023.

4 Em: < https://www.google.com.br/search?sca_esv=559765737&hl=pt-BR&sxsrf=AB5stBh1nVr7Ew5HEe4c7-pcITbHEv-


JrQ:1692900519067&q=acrobatic-gymnastics-gymnastics-training.jpg&tbm=isch&source=univ&
fir=osqEUUTZudramM%252Cj9yUYrgFZqrEEM%252C_%253BcPnS298mijf2MM%252CT6F_RMA8rfhcIM%252C >. Acesso em
24 ago. 2023.

5 Em: <h ttps://www.google.com/search?sca_esv=559765737&


sxsrf=AB5stBhQHTmPC5VkOrxlmpVehpW2hd8_yA:1692900657455&q=images/national/Gymsports/Acrobatic+Gymnastics&
tbm=isch&source=univ&fir=o-I3mVEySnOOOM%252COV- > Acesso em 24 ago. 2023.

6 < https://www.google.com.br/books/edition/Living_the_College_Life/ss8wOdqBMF0C?hl=pt-BR&gbpv=1&
dq=living+the+college+life&pg=PA198&printsec=frontcover >. Acesso em 24 ago. 2023.

7 < https://discocdn.british-gymnastics.org/ >. Acesso em 24 ago. 2023.

8 < https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/41/fd/36/41fd36fbd78da1e770de9dd63f72b92d---acrobatic-gymnastics-
gymnastics-training.jpg >. Acesso em 24 ago. 2023.

9 <https://ueg.eu/>. Acesso em 24 ago. 2023.

10 AMORIM, José Henrique de França. Ginástica acrobática e acrobacias circenses: concepções dos movimentos corporais e suas
práticas pedagógicas na Educação Física escolar 2021. Trabalho de Conclusão de Curso. Disponível em: <
.

https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/50436/1/Amorim%2c%20Jos%c3%a9%20Henrique%20de%20Fran
%c3%a7a.pdf > Acesso em: 24 ago. 2023.

11 KIOURANIS, Taiza Daniela Seron. O jogo como estratégia metodológica no ensino da Ginástica Acrobática na escola.
BIOMOTRIZ, v. 14, n. 1, p. 40-54, 2020. Disponível em: < https://core.ac.uk/download/pdf/335054983.pdf#page=43 > Acesso em:
24 ago. 2023.

12 PINTO, Suzy. Educação Física | Ginástica acrobática. 2021. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=7zc-JcbCg68 >
Acesso em: 24 ago. 2023.

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APROFUNDANDO

Possibilidades de Figuras na Ginástica Acrobática

No estudo acerca da Ginástica Acrobática, pudemos perceber que esta modalidade oferecer uma variedade ilimitada de formação
de figuras, uma vez que diferentes posições podem ser combinadas em duplas, grupos de três, quatro, cinco ou mais integrantes.
Este é o verdadeiro interesse desta modalidade na escola na qual, como já referimos, todos podem participar, sem limitações por
falta de capacidades ou “habilidade para a ginástica”. O papel do professor é separar, agrupando e atribuindo diferentes
competências a indivíduos com diferentes características físicas e estrutura psico-motora.

A seguir, serão apresentadas possibilidades de figuras com três, quatro, cinco, seis, sete, onze e doze participantes, a fim de lhe dar
ideias de diferentes possibilidades que a variação de número de integrantes permite.

Figuras de 3 integrantes

Fonte: França (2003).


Figuras de 4 integrantes

Fonte: França (2003).

Figuras de 5 integrantes

Fonte: França (2003).

Figuras de 6 integrantes

Fonte: França (2003).

Figuras de 7 integrantes
Fonte: França (2003).

Figuras de 11 integrantes

Fonte: França (2003).

Figuras de 12 integrantes

Fonte: França (2003).


PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

REFERÊNCIAS

Fonte: FRANÇA, L. Em defesa da Ginástica Acrobática na Escola. Revista Horizonte v.18, n.107, p.29-38, mai./jun. 2003.
,

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância; MIRANDA ,

Antonio Carlos Monteiro de; NAKASHIMA Fernanda Soares. ,

Ginástica na Escola Antonio Carlos Monteiro de Miranda; Fernanda Soares Nakashima


.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimp. 2023.

42 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Ginástica. 2. Contexto Escolar. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 769

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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GINÁSTICA PARA
TODOS E ATIVIDADES
CIRCENSES
Professor (a) :

Dr. Antonio Carlos Monteiro de Miranda

Objetivos de aprendizagem
•Conhecer os princípios filosóficos e compreender a Ginástica para Todos.

• Identificar os conteúdos presentes no circo para o trabalho no contexto escolar.

•Aproximar-se das diferentes possibilidades de construção de materiais alternativos.


Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

•Caracterização e princípios filosóficos da Ginástica Para Todos

•As atividades circenses no contexto escolar

•A construção de materiais alternativos

Introdução
Olá, prezado(a) aluno(a)! A partir de agora, vamos falar sobre práticas corporais que não visam só resultado final e sim o processo.
Diferente das modalidades ginásticas competitivas, a Ginástica para Todos (GPT), conhecida até 2007 como Ginástica Geral, vem
como uma possibilidade a mais para que nossos estudantes tenham acesso ao conteúdo da ginástica, isso porque, por meio da
Ginástica para Todos, podemos trabalhar todas as outras modalidades ginásticas, competitivas ou não, até mesmo as de
condicionamento físico e conscientização corporal, além de outras manifestações da cultura corporal de movimento, como os
esportes, as danças, as lutas e os jogos e brincadeiras.

Partindo disso, em nossa primeira aula, vamos conhecer como essa modalidade se estrutura e é organizada, compreendendo quais
são os grupos que podem fazer essa prática ginástica e quais são os requisitos mínimos exigidos.

Já adianto: se ela é para todos, ela possivelmente tem uma flexibilidade bem grande, visando, assim, ter mais e mais praticantes
dessa modalidade. Vamos compreender qual a definição dessa modalidade tanto pela FIG - Federação Internacional de Ginástica –
quanto pelo Grupo de pesquisa em Ginástica Geral da Unicamp, e entender que ambos podem nos dar parâmetros iniciais para a
discussão sobre essa modalidade em nosso país.

Na sequência, discutiremos outro tema, que não está especificamente no universo da ginástica, mas por suas origens terem
aproximações e por ser uma manifestação artística cultura milenar, julgamos necessário trazer: o conteúdo de circo. Assim, você
pode também trabalhar com esse conteúdo em suas aulas, entendendo que o circo possui um rol enorme de conteúdos que podem
ser trabalhados na escola. Por isso, vamos tratar um pouco sobre o contexto histórico e os diferentes conteúdos existentes dentro
desse universo.

Por fim, vamos aprender como confeccionar diferentes materiais do circo de forma alternativa, fazendo uso de objetos de baixo
custo que podem ser encontrados com facilidade por todos os estudantes da escola. A ideia é construir esses materiais de forma
coletiva, valorizando todo o processo de montagem, de relação com o outro e de cuidado por aquilo que será feito por eles
mesmos, para depois aprender a jogá-los.
Ainda temos bastante trabalho pela frente. Vamos lá!

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CARACTERIZAÇÃO E PRINCÍPIOS
FILOSÓFICOS da Ginástica para todos
Olá, prezado(a) aluno(a)! A Ginástica para Todos (GPT), antiga Ginástica Geral (GG), é uma modalidade que não visa competição,
sendo essa sua principal característica, visto que, como o próprio nome diz, ela é voltada para todos que desejam praticar ginástica.
Talvez você até se pergunte: “mas se ela é para todos, por que só ficamos sabendo dela na graduação em educação física?” ou “o que
tem faltado para que efetivamente todas as pessoas pratiquem ginástica?”. São vários pontos que podem ser levantados para
problematizarmos essa questão; no entanto, o mais importante é que, muitas vezes, nem na escola nossos estudantes têm acesso a
essa prática.

Ayoub (2011, p. 81) nos traz que “atualmente, a ginástica, como conteúdo de ensino, praticamente não existe mais na escola
brasileira. Aula de educação física na escola tem sido sinônimo de aula de esporte. Mais ainda sinônimo de ‘jogar bola’”. A autora
ainda problematiza que essa ausência não se dá apenas em nosso país, mas até em alguns países europeus, berço dessa prática
corporal. Tocamos nesse assunto pela possibilidade viável de trabalho com a ginástica para todos na escola, haja vista suas
características, seus princípios e a possibilidade de que qualquer pessoa pode fazer.

Parra-Rinaldi e Paoliello (2008), ao refletirem sobre as diferentes abordagens e concepções da GPT, partem de duas perspectivas:
primeiro da FIG – Federação Internacional de Ginástica e, na sequência, a proposta do Grupo de pesquisa em Ginástica Geral da
Unicamp (GGU). Segundo as autoras,

A FIG define Ginástica Geral como parte da ginástica que está orientada para o lazer, que oferece um
programa de exercícios com características especiais, adequadas para todas as idades. Desses exercícios, as
pessoas participam principalmente pelo prazer que sua prática proporciona, a qual: desenvolve a saúde, a
condição física e a interação social, contribuindo também para o bem estar físico e psicológico, possui
caráter social e cultural; e proporciona experiências de movimentos expressivos e com caráter estético para
participantes e espectadores, respeitando as características, interesses e tradições de cada povo,
expressados por meio da variedade e beleza do movimento corporal.
Diante o exposto, observamos que a partir da definição trazida pela FIG, a GPT é uma prática que não visa a competição, serve
para todas as idades e busca, a partir de sua prática, envolver os participantes para que desenvolvam as mais diferentes
habilidades, sejam elas corporais, psicológicas ou sociais. No entanto, essa definição da FIG por ser muito ampla e englobar
inúmeras práticas, como ginástica, dança e exercícios com aparelhos e jogos, acaba não dando conta de definir especificamente o
que é a ginástica para todos e seus princípios.

Foi diante desse cenário que as autoras Parra-Rinaldi e Paoliello (2008) recorreram à definição trazida por Perez-Gallardo e Souza
(1997, p. 35), os quais tratam a GPT como

Uma manifestação da cultura corporal que reúne as diferentes interpretações das Ginásticas (natural,
construída, artística, rítmica, desportiva, aeróbica, etc.), integradas com outras formas de expressão
corporal (dança, folclore, jogos, teatro, mímica etc.) de forma livre e criativa, de acordo com as
características do grupo social, contribuindo para o aumento da interação social entre os participantes.

A partir desta definição dos autores do GGU, conseguimos visualizar uma proposta que define quais são as linguagens que fazem
parte do contexto e do grupo social para qual será aplicado ou desenvolvido o trabalho com ginástica para todos, além de valorizar
muito mais o sujeito e o processo do que os resultados finais da prática.

O objetivo é de que os participantes se desenvolvam de forma ampla, não apenas na perspectiva corporal mas também como
sujeito, como contribui Ayoub (1998, p. 45-46), em que

A proposta de trabalho do Grupo Ginástico Unicamp caracteriza-se como um exemplo significativo de


avanço na área e tem se diferenciado e destacado no cenário da GG, nacional e internacionalmente. Trata-
se de uma proposta que enfatiza o ser humano, o educando, que tem como preocupação a preparação de
indivíduos criadores de suas próprias ações, e não simples reprodutores, e para a qual o papel do professor
é de orientador facilitador.

A perspectiva do educando não ser mero reprodutor surge no sentido de que o professor não deve montar uma coreografia
previamente e simplesmente ensinar, mas deve promover um ambiente criativo em que o aluno seja protagonista do processo,
participando ativamente de todas decisões como escolha da música, confecção de materiais e figurinos e principalmente da
montagem coreográfica, momento em que cada um contribui com as experiências que possui.

O trabalho com GPT na escola ou qualquer outro espaço deve respeitar as opiniões e ponto de vista tanto
na perspectiva individual como coletiva. É evidente que cabe ao professor criar uma atmosfera
democrática, mas sendo ele o mediador/facilitador das decisões.

Fonte: o autor.

Buscando compreender melhor a Ginástica para Todos realize está interessante litura do tema: A Ginástica
para Todos e suas territorialidades DE TOLEDO, Eliana; DA COSTA SILVA, Paula Cristina
.

Toledo et al. (2009) nos trazem que o processo de elaboração coreográfica na GPT deve ser estimulado por meio da criatividade,
participação, formação humana, relações com elementos da cultura corporal, entre outros, tendo esses elementos a mesma
importância que os presentes na apresentação, como o prazer da exposição do trabalho composto, exposição do corpo em
expressão, contato com o público, desenvoltura cênica, ou seja, o processo de montagem é tão importante quanto a apresentação
final, diferente muitas vezes das ginásticas competitivas, em que o que importa são os minutos de apresentação.
Por isso, ao iniciar um trabalho com GPT na escola, o professor deve sempre deixar que os participantes sejam ativos nas decisões
do grupo, claro, observando de fora o que funciona ou não, até mesmo esteticamente, uma vez que a visão de quem está de fora é
bem diferente de quem está dentro da coreografia. Por isso, Toledo et al. (2009, p. 34) nos alertam que:

As composições em GG ocorrem num dado espaço, que é de livre escolha dos participantes, podendo ser
num salão, numa quadra, num pátio ou num campo de futebol. É interessante, porém, não obrigatório, que
os participantes ocupem esse espaço de maneira uniforme e harmoniosa, variando os tipos de figuras
formadas, sejam círculos, retas, etc. Essas figuras são denominadas formações coreográficas. Portanto, na
estrutura, a coreografia é composta por formações que podem ser geométricas ou não, mas que constituem
uma definição de posicionamento dos participantes no espaço, num dado momento da coreografia
relacionados à música.

Deve existir uma variação de formações, como diagonais, círculos, retas, formações em V, W, entre outras possíveis que a
criatividade permitir, e que em cada formação dessa tenha a exploração dos materiais e a execução de movimentos ginásticos,
sejam eles equilíbrios, rotações, saltos, movimentos acrobáticos ou qualquer movimento expressivo que tenha relação com o tema
e a música usada no processo de montagem. Sendo então a criatividade um aspecto necessário para a montagem das coreografias,
uma vez que como nos auxiliam Toledo et al. (2009, p. 37), como a GPT “não tem séries, rotinas, ou elementos obrigatórios a serem
cumpridos o que se destaca é a criatividade e o envolvimento de todos”.

Sborquia (2008, p. 150) sinaliza que

O processo criativo não ocorre isolado em sí mesmo; a criatividade está intrinsecamente relacionada com a
formação simbólica e com os significados presentes em cada cultura, assim como se relaciona com a
capacidade perceptiva do ser humano e com o modo como cada sociedade estimula os órgãos dos sentidos.
A criatividade também se dá individualmente, por meio da sensibilidade própria de cada ser humano.

Por isso, cabe ao professor estimular os educandos ao processo criativo e ainda ser o mediador para que cada um contribua com
suas percepções junto ao coletivo, de forma que a valorização cultural, histórica e social de onde e o que se faz seja reconhecida
também, pois, como dito anteriormente, a GPT valoriza esses conhecimentos até mesmo para que a formação humana dos
envolvidos aconteça de maneira ampliada.

Diante dos inúmeros exemplos trazidos até aqui, conseguimos visualizar como a GPT caracteriza-se como uma possibilidade de
trabalho no contexto escolar e fora também, visto que ela pode ser feita por pessoas de qualquer idade, classe social, condição
física ou técnica, tem número ilimitado de participantes e pode usar materiais oficiais das modalidades competitivas ou materiais
alternativos construídos pelos próprios participantes, sendo todo o processo de construção e montagem tão importantes quanto a
apresentação final. É com esse olhar que devemos levar a GPT para a escola, visando que nossos estudantes tenham acesso a essa
prática de uma maneira lúdica e envolvente.
AS ATIVIDADES CIRCENSES NA
ESCOLA
Olá! Dou início ao nosso encontro perguntando a você: quando foi a última vez que você foi a um circo? Ou, caso nunca tenha ido,
quando foi a última vez que teve em sua cidade?

Talvez, essas duas perguntas o leve a pensar “Nossa, há quanto tempo! Eu nem me lembrava dessa manifestação artística”. É
justamente por isso que reservamos esse encontro para falarmos sobre circo e suas possibilidades na escola. A proposta de
trabalhar com o circo nas aulas de educação física surge principalmente para resgatar essa forma de arte e não deixar que ela caia
no esquecimento ou seja suprida por outras manifestações que acabam surgindo de maneira muito rápida. Às vezes, você até
pense: “Ah, como vou trabalhar circo na escola se não tenho nenhum contato com essa prática?” É justamente para diminuir essa
lacuna que propomos essa aula.

Inicialmente, é importante que se trabalhe os aspectos históricos do circo, uma vez que, a partir disso, os estudantes poderão
entender como foi o processo evolutivo para chegar até o circo de hoje. Bolognesi (2003) destaca que definir a rigor a origem do
circo é um tanto quanto arriscado pois, por se tratar de uma manifestação artística, diferentes povos defendem sua origem, a
exemplo da Grécia, China, Roma, pelas habilidades que já existiam nesses locais há muito tempo e se aproximam do que hoje
conhecemos por circo. O único momento em que temos um período de demarcação da constituição do circo que temos hoje
remete-se ao século XVIII, em que

1758 na Inglaterra, quando já se tinha a presença de apresentações ao ar livre sobre o dorso de um ou


[...]

mais cavalos. Philip Asthley teve a proeza, em 1768, de se apropriar dessas apresentações e incluí-las numa
medida de treze metros de circunferência em recinto fechado, tamanho exato para que a força centrífuga
ajudasse o cavaleiro a ficar de pé sobre o cavalo. (MIRANDA, 2016, p. 29).

Asthley teve a percepção de pegar apresentações que já aconteciam sobre o dorso de cavalos e colocar num recinto fechado e com
isso começou a cobrar ingressos e depois incluiu os diferentes artistas sempre utilizando o cavalo como base. Esse tipo de circo foi
se transformando e, depois da saída dos cavalos, ganhou ainda mais força até que se tornou o circo que conhecemos hoje, com uma
variedade enorme de artistas e números dentro do mesmo espaço. É evidente que a história do circo não foi tão simples assim
como descrita aqui, muita coisa aconteceu para chegar ao circo da atualidade; entretanto, nosso foco é perceber como esse circo
pode ser trabalhado na escola de maneira que nossos estudantes tenham acesso a essa linguagem.

A história do circo é extremamente rica e deve ser trabalhada com os alunos, principalmente para
problematizar os dois tipos de circo que temos hoje: o tradicional, que tenta a cada dia sobreviver, e os
grandes circos, que encantam bela perfeição e beleza de seus números. Cada um com seu valor.

Fonte: o autor.

No texto da autora LEMKE, Cláudia Elizandra et al. é abordado importantes considerações acerca da prática
do Circo na escola do ensino superior a educação básica Confira!
: .

Quadro 1 - Classificação das modalidades circenses de acordo com as ações motoras gerais

Fonte: Duprat e Bortoleto (2007, p. 178).

A partir do quadro apresentado, podemos observar os diferentes conteúdos do circo divididos em ações motoras exigidas,
elencados em acrobacias, manipulações, equilíbrios e encenações, em que cada um possui uma ou mais subdivisões. É válido
destacar que o professor não terá domínio sobre todas essas técnicas e, muito menos, tempo para desenvolver todas elas no
contexto escolar. No entanto, a proposta aqui é que você conheça quais são os conteúdos que fazem parte do universo circense e
quais podem ser trabalhados de acordo com a sua realidade tanto pessoal, de aproximação com o circo, quanto da escola, público e
local em que você atua.

Pensando nisso, e com um intuito de compartilhar um pouco os conhecimentos sobre circo é que, a partir de agora, vamos
conhecer possíveis atividades lúdicas que podem contribuir para sua ação docente no cotidiano da escola. As atividades
apresentadas aqui serão divididas em acrobacias, manipulações, equilíbrios e encenações.

Acrobacias

Como podemos observar, as acrobacias são divididas em aéreas, corpóreas e de trampolim. Para a execução das aéreas e de
trampolim, normalmente precisamos, além dos aparelhos, lira, trapézio, tecido, etc. Ou, no outro caso, o trampolim, precisamos de
experiência e alguém para desenvolver essa atividade.
Caso você tenha alguém na sua cidade que trabalhe com essas modalidades, vale o convite para compartilhar experiências junto
aos alunos. Já com relação às acrobacias de solo, elas são um pouco mais simples de trabalhar, mas também exigem um
conhecimento básico.

Figura 1 - Apresentação de Lira

Figura 2 - Apresentação de tecido

Figura 3 - Acrobacias (contorcionismo)


No entanto, uma atividade que pode ser feita junto aos alunos é a montagem de figuras acrobáticas, por ser uma atividade lúdica,
desafiadora e que não exige uma habilidade prévia para que ela aconteça. A figura acrobática nada mais é do que a formação de
pirâmide corporal, as quais chamamos de figuras. Essa figura pode ser feita em duplas, trios, quartetos e assim por diante. Cada
integrante da figura tem uma função, sendo que:

Base: é aquele que sustenta figura, normalmente o indivíduo mais forte, não muito alto, mas com grande noção de
responsabilidade, equilíbrio, liderança.

Volante: é aquele que fica sobre a base ou intermediário. Deve ter muito equilíbrio, ser leve, bastante flexível, ágil e corajoso.

Intermediário: é aquele que fica no meio da figura, sustentando e sendo sustentado, normalmente está nas figuras com mais de
três pessoas, geralmente são versáteis (base e volante, fortes e flexíveis). Você pode montar figuras acrobáticas com seus alunos
desde que respeitem seus limites, façam tudo com braços e corpo contraído para que consigam manter a figura sustentada de
maneira segura (GALLARDO; AZEVEDO, 2007).

Figura 4 - Figura acrobática (base deitada e volante na parada de mãos)

Figura 5 - figura acrobática (base em pé e volante deitado)


Seguem alguns modelos de figuras que você pode trabalhar junto com seus estudantes.

Figura 6 - Variação de figuras acrobáticas

Fonte: O Sorriso do bem-estar (2014, on-line). 1

Apesar dessas funções também estarem presentes na ginástica acrobática, a proposta desse trabalho no
conteúdo circo vem no sentido de que todos podem participar e não apenas as categorias estabelecidas
pela modalidade.

Manipulações: para se trabalhar com as manipulações de objetos, você pode iniciar com o trabalho de malabares com tules. Cada
estudante deverá receber três tules com cores diferentes cortados previamente em tamanhos de 40x40 cm. As atividades com os
tules podem contemplar jogos, como escravos de jó, atividades em que grupos com quatro pessoas fazendo um quadrado todos
devem lançar o tule e recuperar, depois lançar o tule e trocar de lugar pegando o do colega ou até mesmo fazer uma coluna em que
todos jogam para cima o seu tule e o que estava em primeiro pega o do último da fila, o que estava em segundo pega o de que era
primeiro e assim por diante.
Equilíbrio: nas atividades de equilíbrio, vimos no quadro que elas contemplam de objetos, sobre objetos e acrobáticos. Para
facilitar o trabalho com essa linguagem na escola, um trabalho que pode ser feito é o equilíbrio de bastões em diferentes partes do
corpo, como nas mãos, pés, braços, queixo e testa, além de atividades lúdicas, como pé de lata, andar sobre o meio fio ou mureta
baixa da escola para representar corda bamba. Caso os alunos já tenham, por exemplo, uma vivência com o pé de lata, você pode
incrementar a atividade, pedindo para que andem com o pé de lata com os olhos vendados e você com a ajuda de algum
instrumento musical ou palmas faz sons para que eles sigam o som (BORTOLETO et al. 2011).

Encenação: nas atividades de encenação, temos as artes corporais e o palhaço. Nesta linguagem, você pode tanto trabalhar
atividades expressivas, como estátua, ou atividades em dupla como espelho, em que um faz um movimento e o outro repete na
frente; massa de modelar, em que um será o escultor e outro a massa, ou até mesmo montar um figurino de palhaço, pedindo para
que levem peças de roupas coloridas das mais diversas e montem um figurino de palhaço para que possam fazer um desfile ou um
baile de palhaços. O importante é que os estudantes se aproximem da linguagem do palhaço, de forma que entendam que essa
figura que possui a menor máscara do mundo apenas tenta mostrar nossa condição humana (MIRANDA, 2016; BORTOLETO et al.
2011).

Diante o que foi trazido nesta aula, vimos o quanto podemos desenvolver com as atividades circenses na escola e, como nos
sinaliza Bortoleto et al. (2011),

acreditamos que o jogo como estratégia metodológica para o ensino da arte circense se faz adequado.
[...]

As atividades circenses, como parte das práticas motoras expressivas envolvem criatividade,
expressividade e também um repertório motor que certamente pode ser aprimorado por meio da própria
prática.

Assim, temos a possibilidade de propor aos nossos estudantes cada vez mais jogos e atividades que contemplem não apenas o
circo, mas os diferentes conteúdos artísticos que eles merecem ter acesso no contexto escolar.

CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS
ALTERNATIVOS
Olá! Como vimos, existem inúmeras possibilidades de trabalho com o circo, por toda riqueza e pluralidade que possui e pela
possibilidade que nos permite criar a partir do que temos e do que somos. Foi pensando nisso que vamos aprender como criar
alguns materiais para trabalhar com essas duas manifestações na escola, local esse que, com certa frequência, carece de recursos
para que as aulas aconteçam.

Muitas vezes, o professor evita trabalhar com algum conteúdo na escola porque não possui materiais oficiais, mas ao se trabalhar
com o circo podemos sim construir materiais alternativos para desenvolver esses conteúdos junto aos nossos estudantes.

Bortoleto et al. (2008, p. 243) destacam que

A construção artesanal de objetos malabarísticos e outros artefatos utilizados nas práticas circenses
possibilita-nos trabalhar diversos aspectos associados ao aprendizado das artes do circo, tais como:
habilidades motoras, criatividade, sociabilização, interação, dentre outros. Além disso, a utilização de
materiais alternativos proporciona conscientização, valorização do patrimônio, economia e empenho. O
fato de construir o próprio material permite ainda descobrir diversas possibilidades de variações destes
materiais (estéticas, como cores, e estruturais, como formas e tamanhos) ademais de constituir-se um
momento importantíssimo para a pedagogia uma vez que possibilita conhecer em profundidade as
características dos objetos, suas limitações e possibilidades de ação.

O aluno que tem acesso à construção do material, valoriza-o muito mais do que aquele que o recebe de forma pronta. Ao ter que
aprender a montar o material, o educando precisa lidar com suas dificuldades motoras e até mesmo compartilhar com os amigos
suas descobertas e problemas que surgiram no processo de construção.

Existem inúmeros tipos de malabares, mas grande parte pode ser confeccionados com materiais de fácil acesso e de baixo custo.

Bolinhas

As bolinhas são os malabares mais comuns e mais acessíveis à população, principalmente pela possibilidade de usar esse material
por meio de bolas de tênis, de meia ou até mesmo frutas. Quem nunca ouviu dizer de uma pessoa que faz malabarismos com
limões? As oficiais normalmente são de borracha e com um peso adequado para facilitar sua manipulação.

Aqui, a sugestão será a de fazer bolinhas usando bexigas e painço. Para a confeção nós vamos precisar de:

Materiais:

• Nove bexigas número 7 (três para cada bolinha).

• Painço (comida de passarinho).

• 3 saquinhos plásticos transparente 15x20.

• Tesoura.

Como fazer: Primeiro corte todas as bexigas na altura de seus pescoços, uns 5 cm abaixo de onde se enche. Colocar no saco
plástico o painço (quantidade que dê para fazer uma bolinha que caiba na mão), depois, amarre o saquinho e corte a ponta. É
importe que o saquinho esteja sem ar e que bem firme. Em seguida, coloque o saquinho sobre uma mesa com o nó virado para cima,
pegue uma das bexigas e abra com os dedos de forma que encaixe na bolinha, deixando a abertura do lado contrário do nó. As
outras duas bexigas devem ser colocadas da mesma maneira.

Caso sobre uma ponta, corte as sobras com a tesoura. Tente deixar as três bolinhas com o mesmo tamanho e, se possível, com
cores diferentes para facilitar o aprendizado. Outra opção que ajuda na aprendizagem devido ao tempo de voo e o tipo de material
é tule, que também pode ser substituído por saquinhos de plásticos.
Figura 7 - Bolinhas

Fonte: acervo Unicesumar.

Claves

As claves podem ser feitas de jornal, facilitando a aprendizagem e não oferecendo riscos aos praticantes, ou de madeira e garrafa
pet. A garrafa usada na clave pode ser de 600 ml. Para fazer com jornal, deve-se usar umas 10 folhas de jornal e fita adesiva.

Use cinco folhas e dobre várias vezes, até que fique uma largura aproximada de 4 cm. Depois, acrescente as outras folhas, dando
formato à clave, deixando a parte do corpo mais pesado e fixando tudo com fita adesiva, para não soltar no momento dos giros.

Materiais:

• Duas garrafas pet de refrigerante 600 ml.

• Dois cabos de vassoura com 51cm.

• Fita adesiva.

• Jornal.

Como fazer: Lave as garrafas e tire o rótulo. Coloque em seu interior um pouco de jornal (normalmente umas quatro folhas), para
dar um pouco de peso. Depois, encaixe o cabo de vassoura no bocal da garrafa, colocando uns 6 cm para dentro.

Caso o cabo não entre, você pode lixar, ou caso fique com folga, você pode passar a fita ao redor dele para que fique mais firme.
Depois, é só decorar com fitas adesivas coloridas ou pintura.

Figura 8 - Claves
Fonte: acervo Unicesumar.

Aros

Os aros também são malabares de lançamentos e podem ser confeccionados com papelão.

Materiais:

• Três placas de papelão de 30cm x 30cm.

• Lápis ou caneta.

• Tesoura.

• Fita para decorar.

Como fazer: Desenhar no papelão um círculo com 25cm de diâmetro e outro concêntrico com 28cm de diâmetro. Recortar o aro
descrito pelos círculos e revestir o papelão com fita adesiva, com o objetivo de dar mais firmeza e decorar. A medida pode ser feita
a partir de um prato ou tampa de panela e podem ser colados mais de um papelão para dar firmeza.

Figura 9 - Aros
Fonte: acervo Unicesumar.

Swing

O swing é um malabar que também é conhecido como carioca ou barangandão. Ele se caracteriza como um malabar simples e que
provoca bastante efeito visual. Pode ser feito de crepom ou com fitas de cetim.

Materiais:

• Papel crepom ou fitas de cetim com um metro cada.

• Jornal.

• Barbante ou cordinha de nylon.

Como fazer: Dobre o jornal várias vezes em forma de sanfona, até que tenha cerca de 3 cm. Corte o rolo de crepom com uns três
centímetros, abra as folhas de crepom colocando o meio da fita no meio do jornal, e caso esteja fazendo com a fita, faça o mesmo.
Dobre o jornal mais uma vez para prender a fita ou crepom, fixe o jornal com o barbante ou cordinha de nylon, deixando uma ponta
de 70 cm. Na outra ponta, faça um nó para colocar o dedo e permitir o giro e manuseio. O jornal pode ser substituído por uma
bolinha de tênis ou de painço. Com esse material, as fitas devem ser fixadas com um barbante e o acabamento pode ser feito com
bexiga. Esse tipo de malabar é muito bem aceito e fácil de trabalhar com as crianças mais novas.

Figura 10 - Swing

Fonte: acervo Unicesumar.

Com todos os exemplos trazidos aqui, vimos como existem várias possibilidades de trabalho com os malabares no contexto escolar.
Além disso, podemos transpor essa adaptação para a criação de materiais alternativos na Ginástica para Todos também, como o
uso de bandeiras, baldes e madeiras criados e confeccionados pelos alunos, que também podem fazer parte de uma coreografia de
ginástica para todos. Temos a ciência que os exemplos trazidos aqui são apenas uma das inúmeras possibilidades existentes,
ficando a critério do professor observar qual o melhor caminho junto aos seus estudantes e o cenário de sua escola.
Bom trabalho!

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ATIVIDADES
1. Em nossa primeira aula, vimos que a ginástica, como conteúdo de ensino, praticamente não existe, por inúmeros motivos. Sobre
esse assunto, assinale a alternativa correta .

a)A ausência da ginástica na escola se dá principalmente pelo excesso de conteúdos que a educação física apresenta, não sobrando
espaço para o conteúdo de ginástica.

b)O não trabalho com a ginástica na escola representa uma lacuna na área da educação física, uma vez que os professores
possuem esse conteúdo na graduação, mas como ele não é tão importante, não precisa ser trabalhado.

c)Trabalhar com a ginástica na escola é um desafio para grande parte dos professores, pelo fato de a ginástica não ser como em
outros países; mas, mesmo assim, todas as crianças saem da escola passando por esse conteúdo.

d) As aulas de educação física na escola têm sido sinônimo de aula de esporte. Mais ainda, sinônimo de ‘jogar bola’, sendo comum o
professor que trabalha apenas esportes com bola em suas aulas.

e) Conforme vimos no texto, essa realidade de ausência de ginástica na escola é um problema apenas brasileiro.

2.Aprendemos que o conteúdo de circo pode ser trabalhado nas aulas de educação física por toda sua riqueza histórica e
valorização dessa manifestação artística. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta .

a)O conteúdo de circo deve ser desenvolvido apenas nas escolas que possuem materiais de qualidade e alunos que já tiveram
experiências corporais anteriores.

b) As acrobacias aéreas são aquelas realizadas sem o uso de nenhum material, o artista ao ser lançado pelo outro acaba fazendo
acrobacias no ar.

c) Ao trabalhar a parte histórica do circo, devemos salientar que ele surgiu em Roma, a partir do Circo Máximo e dos diferentes
tipos de apresentações que lá aconteciam.

d) Os conteúdos de circo são divididos em: acrobacias, manipulações e atividades de encenação.

e)Não podemos definir ao certo quando e onde o circo surgiu, temos apenas a referência de que Philip Asthley teve a proeza, em
1768, de se apropriar dessas apresentações e incluí-las num espaço fechado.

3.Em nossa última aula, aprendemos que é possível criar diferentes tipos de materiais alternativos usando objetos de fácil acesso.
Sobre esse assunto, assinale o que for correto .

a)A construção de materiais alternativos junto aos alunos faz com que eles aprendem a como confeccionar e, assim, possam
descartar mais fácil esses materiais, usando-os apenas uma vez.

b) A possibilidade de criar malabares com os estudantes faz com que eles se envolvam na construção destes e possam valorizar
esse momento, além de ter mais cuidado com o que foi produzido por eles.

c) O uso de garrafas pet, bexigas, papelão e painço são os materiais necessários para a construção do malabares bolinha.

d) Pelo fato de ser construído pelos alunos, deve-se ter cuidado ao manejar os aparelhos, pois eles podem ficar fracos e oferecer
riscos aos estudantes.

e) A construção dos malabares de forma coletiva não desenvolve habilidades motoras, criatividade, sociabilização e interação.

Resolução das atividades

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RESUMO
A partir dos nossos encontros, foi possível retomar alguns conceitos da Ginástica para Todos (GPT) e os conteúdos de circo para o
contexto escolar. Inicialmente, nos debruçamos sobre os conceitos de Ginástica para Todos a partir da FIG – Federação
Internacional de Ginástica – e do Grupo de pesquisa em Ginástica Geral da Unicamp. Percebemos que cada um apresenta um
conceito, mas que acabam se complementando, principalmente quando valorizamos a realidade brasileira e os temas da cultura
corporal de movimento que precisam ser trabalhados no contexto escolar.

Aprendemos que a ginástica não está na escola como deveria e que a Ginástica para Todos pode ser um caminho para a inclusão
dessa modalidade dentro do contexto escolar, uma vez que sua característica de não ser competitiva serve para todas as idades,
gêneros e capacidades físicas, colocando-a como uma opção a mais de trabalho com a ginástica na escola. Isso principalmente pela
possibilidade que ela tem de incluir todas as modalidades competitivas ginásticas e também devem fazer parte da formação dos
alunos as outras manifestações gímnicas, como de conscientização corporal e de condicionamento físico, além das linguagens de
dança, teatro, as quais podem e devem fazer parte do trabalho com Ginástica para Todos.

Vimos a importância do educando ser protagonista do processo de montagem e não apenas um reprodutor de movimento, isso
tudo por meio do estímulo à criatividade e do trabalho coletivo.

Na sequência, em nossa segunda aula, adentramos no universo do circo: entendemos como esse conteúdo pode fazer parte das
aulas de educação física e como o professor pode ser um mediador para o desenvolvimento dessa prática no cotidiano da escola,
por meio dos inúmeros conteúdos existentes dentro dessa linguagem.

Pensando em como trabalhar com o circo na escola, mesmo sem materiais, foi que elaboramos a nossa terceira aula, momento em
que tivemos a oportunidade de conhecer os diferentes tipos de malabares alternativos feitos com materiais de baixo custo e de
fácil acesso, mostrando, assim, que é possível fazer muito com pouco. Além disso, também comentamos sobre a possibilidade de
criação de materiais na Ginástica para Todos, algo importante que se dê no contexto da escola.

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Material Complementar

Leitura
Ginástica Geral: experiências e reflexões

Autor: Elizabeth Paoliello (Org.)

Editora: Phorte

Sinopse: Este livro surge como resultado de pesquisas realizadas pelo


Grupo de Pesquisa em Ginástica Geral da Faculdade de Educação Física
da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Criado e cadastrado
no CNPq em 1993, esse grupo de pesquisadores, formado por doutores,
mestres, mestrandos e doutorandos, além de alunos de graduação que
desenvolvem projetos de iniciação científica, tem se dedicado a ampliar o
campo de conhecimento dessa área que, nos últimos anos, encontra-se
em ampla expansão no Brasil. A Ginástica Geral, tema desta obra,
caracteriza-se como uma atividade gímnica inclusiva, da qual as pessoas
podem participar independentemente de idade, gênero, condição física
ou técnica. Engloba as várias manifestações da ginástica, assim como
outras formas de expressão corporal, como o teatro, o circo, a dança etc.
Sua prática, de caráter participativo, livre e criativo, pode ser
desenvolvida tanto na educação formal como na informal, abrindo a
possibilidade de novas e enriquecedoras experiências de movimento e
expressão para aqueles que a ela tem acesso.

Introdução à Pedagogia das Atividades Circenses

Autor: Marco Antonio Coelho Bortoleto (Org.)

Editora: Fontoura
Sinopse: E sta obra pretende apresentar os princípios elementares para o
ensino de diferentes modalidades circenses, independentemente do
âmbito em que eles sejam tratados (educativo, social, recreativo ou
artístico-profissional), assim como discutir os fundamentos necessários
para a otimização do processo de formação corporal do artista circense
(preparação corporal, segurança, etc.)

Lugar de circo é na escola

Autor: LEITE, Emanuel Alves

Editora: Paco e Littera

Sinopse: A obra Lugar de circo é na escola analisa um relato de


experiência educacional sobre a discussão do conteúdo “circo e palhaço”
em sala de aula, a fim de refletir sobre como construir um percurso
artístico/pedagógico sistematizado para os estudos do circo e do palhaço
em séries finais do ensino fundamental. Partindo de questionamentos,
como: por que estudar circo e palhaço na escola? Qual o potencial de uma
ação como essa no contexto escolar? É possível ensinar a ser palhaço?, a
obra busca descrever o percurso pedagógico e metodológico para a
construção de conhecimento acerca circo e da palhaçada, considerando
estudos da história do circo e do palhaço no Brasil e no mundo, bem como
apontar desdobramentos dessa ação dentro e fora do ambiente escolar.

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REFERÊNCIAS
AYOUB, E. A. Ginástica Geral na sociedade contemporânea: perspectivas para a Educação Física Escolar. 187f. Tese de doutorado.
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação Física. Campinas, SP: 1998.

______. Ginástica Geral e educação física escolar. 2. ed. Campinas, SP: Ed. Unicamp 2011.

BOLOGNESI, M. F.; Palhaços. São Paulo: Unesp, 2003.

BORTOLETO, M. A. C.; PINHEIRO, P. H. G. G.; PRODÓCIMO, E. Jogando com o circo. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2011.

BORTOLETO, L. C. et al. Construção de materiais. In: BORTOLETO, M. A. C. (Org). Introdução à pedagogia das atividades
circenses. Jundiaí: Fontoura, 2008.

DUPRAT, R. M.; BORTOLETO, M. A. C. Educação Física Escolar: pedagogia e didática das atividades circenses. Revista Brasileira de
Ciências e Esporte Campinas, v. 28, n. 2, p. 171-189, jan. 2007.
,

GALLARDO, J. S. P.; AZEVEDO, L. H. R. Fundamentos Básicos da Ginástica Acrobática Competitiva. Campinas, SP: Autores
Associados, 2007.

MIRANDA, A. C. M. de. Clown e corpo sensível: diálogos com a educação física. Curitiba, PR: Appris, 2016.

PARRA-RINALDI, I.; PAOLIELLO, E.; A Ginástica Geral nos cursos de formação profissional de licenciatura em Educação Física. In.
PAOLIELLO, E. (Org). Ginástica Geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte 2008.

PEREZ-GALLARDO, J. S.; SOUZA, E. P. M. A proposta de Ginástica Geral do grupo Ginástico Unicamp. In. AYOUB, E. et al. (Orgs.).
Coletânea: textos e sínteses do I e II Encontro de Ginástica Geral. Campinas: Unicamp, 1997.

SBORQUIA, S. P.; Construção Coreográfica: o processo criativo e o saber estético. In. PAOLIELLO, E. (Org). Ginástica Geral:
experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, 2008.

TOLEDO, E. de.; TSUKAMOTO, M. H. C.; GOUVEIA, C. R. Fundamentos da Ginástica Geral. In: NUNOMURA, M.; TSUKAMOTO, M.
H. C. (Orgs.). Fundamentos das Ginásticas. São Paulo: Fontoura, 2009.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em: < http://osorrisodobem-estar.blogspot.com.br/2014/02/figuras.html >. Acesso em: 25 ago. 2023.

2 DE TOLEDO, Eliana; DA COSTA SILVA, Paula Cristina. A Ginástica para Todos e suas territorialidades. Corpoconsciência p. ,

71-82, 2020. Disponível em:< https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/10092/8293 >


Acesso em: 25 ago. 20 23

3 LEITE, Emanuel Alves. Lugar de circo é na escola. Paco e Littera, 2022. Disponível em: < https://www.google.com.br/books
/edition/Lugar_de_circo_%C3%A9_na_escola/gGSFEAAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=circo+ma+escola&printsec=frontcover >
Acesso em: 25 ago. 2023

LEMKE, Cláudia Elizandra et al. Circo na escola: do ensino superior a educação básica. Revista Práxis, v. 14, n. 28, 2022. Disponível
em: < https://revistas.unifoa.edu.br/praxis/article/view/3989/3001 > Acesso em: 25 ago. 2023

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APROFUNDANDO

Ginástica para Todos

A Ginástica para Todos pode ser claramente caracterizada por uma modalidade com um número ilimitado de participantes e que
não tem um caráter competitivo. Um exemplo seriam aquelas apresentações de grande área que às vezes temos nas aberturas de
grandes eventos como Olimpíadas ou Copa do Mundo.

No entanto, temos a necessidade que essas apresentações tenham elementos que a caracterizam como ginástica, a exemplo de
movimentos de braços, pernas e acrobacias de solo. Você percebe que em um grande grupo, às vezes um simples movimento de
braços, mas com todos fazendo ao mesmo tempo causa um efeito muito bonito para quem assiste.

Foi pensando nisso e na possibilidade de um trabalho com vários estudantes que trazemos a vocês alguns pontos que podem ser
pensados ao trabalhar com a Ginástica para Todos, por exemplo, com todos os seus estudantes da escola.

a) Primeiro é importante fazer uma reunião coletiva, junto aos diferentes grupos. Imaginemos que você possui oito turmas na
escola e terá que explicar o processo para cada turma, mostrando vídeos e explicando o que é ginástica para todos. Lembre-se que
nesse meio tempo é importante trabalhar alguns movimentos básicos, como equilíbrios, ondas, rotações e acrobacias que depois
poderão ser usados na coreografia a partir da realidade de cada um e cada grupo.

b) Na sequência, quando todos tiverem concordado em participar e desenvolver a apresentação, é importante decidir o local, de
preferência a quadra da escola ou campo de futebol do bairro ou da escola; quanto maior o espaço melhor para a distribuição dos
estudantes.

c) Depois do local decidido, é chegada a hora da definição de qual material será usado e a música. Essas são decisões feita pelo
coletivo, podendo ter um material para todos os alunos da escola e um material para cada turma, ficando fácil o desenvolvimento
do trabalho durante as aulas.

d) Diríamos que o material escolhido por todos os alunos foi aquele flutuador (espaguete de natação) e cada turma escolheu um
material que será usado no momento de sua apresentação. O momento agora é de explorar esse material (espaguete) e cada turma
montar uma sequência de 4 oitos a partir da música de início.

e)Essa parte que deverá ser montada por cada turma com o espaguete deverá ser compartilhada com todos os outros. Por
exemplo: todos os alunos da turma A deverão aprender a sequência da B, C, D e vice e versa. Ou seja, será montada uma
coreografia geral de início e fim com as partes que foram montadas pelas diferentes turmas.
f) O próximo passo será definir, a partir do que foi montado, qual será a parte inicial, com todas as turmas juntas, e qual será a parte
final, também com todos. Deverá ser ensaiada em todos os encontros ao início da aula a parte inicial e ao fim da aula a parte final.

g) Depois da parte geral pronta, vamos para os ensaios com cada turma. Por exemplo, a turma C escolheu montar uma coreografia
com baldes; eles deverão explorar as diferentes possibilidades ginásticas que podem ser feitas com o balde, como lançar,
recuperar, fazer giros com o balde na mão, rolar o balde sobre partes do corpo, saltar por cima, fazer trocas entre os alunos, entre
outras possibilidades que precisam ser exploradas por eles.

h) Depois de cada turma ter explorado o seu material e montado uma breve coreografia, chegará o momento dos ensaios gerais. Se
possível, é importante que o professor faça pequenas marcas no solo ou no gramado para que todos saibam onde devem ficar,
evitando assim que se percam durante a coreografia.

i)Primeiro, todos devem entrar e o ocupar seus lugares; imagine um grande campo ou quadra com todos os estudantes espalhados
e com o material comum a todos (aqui o espaguete). Eles deverão ensaiar a parte inicial com a participação de todos, passando por
diversas formações, como círculos: podem ser vários círculos com menos pessoas, diagonais, linhas retas, linhas paralelas, entre
outras possibilidades de formação que podemos fazer com um grande grupo.

j)Depois da abertura feita, todos os grupos abrirão espaço e cada grupo irá por vez apresentar a coreografia montada por eles. Por
exemplo, nesse momento entraria a turma que fez a coreografia com o balde, depois a outra turma, e assim por diante, até todos se
apresentar.

k) Por fim, todos voltarão para o local de apresentação, podendo ser o mesmo lugar do início e o mesmo material alternativo do
início ou o material que apresentaram. Farão uma parte final todos juntos e já irão para a pose final.

Esse foi apenas um exemplo de como organizar uma apresentação de grande grupo. Inúmeras possibilidades existem, mas o mais
importante é que nossos estudantes tenham acesso à prática ginástica.

Fonte: o autor.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância; MIRANDA ,

Antonio Carlos Monteiro de; NAKASHIMA Fernanda Soares. ,

Ginástica na Escola Antonio Carlos Monteiro de Miranda; Fernanda Soares Nakashima


.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.Reimp. 2023.

35 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Ginástica. 2. Contexto Escolar. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 769

CIP - NBR 12899 - AACR/2

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