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PONTOS GATILHO

Pontos Gatilho são pontos hipersensíveis e irritados, localizados na fibra


muscular, que causam dor e que se formaram por conta de fatores externos e internos.
Os pontos gatilhos miofasciais (PGMs) são nódulos palpáveis presentes numa
faixa tensa localizada no músculo que, espontaneamente ou à dígito-pressão, produzem
um padrão de dor referida reconhecida pelo paciente.
Isso significa que, o ponto-gatilho em um músculo, pode criar dor em outra área,
como exemplo, quando há um ponto-gatilho na parte superior do (trapézio), a dor referida
será ao lado do pescoço, e na cabeça, podendo causar cefaleia (dor de cabeça).
A fisiopatologia da formação dos PGMs ainda não está bem esclarecida, existindo,
portanto, várias teorias que tentam explicar o processo.
Condições lesivas como macrotraumas, microtraumas, isquemia, inflamação,
sobrecarga funcional, estresse emocional, disfunções endócrinas, deficiências
nutricionais e infecções crônicas são consideradas predisponentes para o aparecimento
dos PGMs.
Os locais mais atingidos são: região cervical, região dorsal alta (trapézio), ombro,
região interescapular (entre as escápulas), lombar e glúteos. Nos outros locais do corpo
não são tão comuns, mas podem aparecer.
O músculo acometido pelos pontos-gatilho apresenta fadiga, tensão, fraqueza e
espasmos (contração muscular involuntária, ocorre geralmente acompanhando a dor,
formando o ciclo dor-espasmo-dor, comum em leões musculares) e contração dolorosa.
Ocorre perda de força, pela diminuição de contratilidade relacionada; perda de
flexibilidade, que vai gerar a diminuição da amplitude de movimento, ou seja,
possibilidade de produzir a angulação máxima de uma articulação relacionada ao músculo
lesionado, o que também afeta a propriocepção, que é a capacidade de orientação espacial
e sensibilidade de cada parte do corpo, nesta região, impedindo que estas informações
sejam obtidas corretamente pelo segmento lesionado, o que pode trazer novas lesões ao
local.
O tensionamento excessivo de um nervo, músculo, fáscia ou outro tecido tem
diversas possibilidades de origem. É importante discutir o histórico, tanto familiar como
individual do paciente, assim como seus hábitos e acometimentos recentes.
Após liberação dos pontos-gatilho

Após a liberação dos pontos-gatilho, deve haver continuidade para a sua eficácia
resolvendo assim a questão da dor. O paciente deve exercitar sua musculatura de maneira
responsável e controlada.
O alongamento também é importante, podendo ser realizada somente após a
liberação dos pontos-gatilho.
São consenso dos especialistas: a reeducação postural pode ser uma ajuda para
evitar novos pontos decorrentes da má postura; exercícios de relaxamento e meditação,
no caso de pontos gerados pelo estresse e acompanhamento profissional, no caso de
treinos inadequados.
O que causa os pontos-gatilhos

• Treinos inadequados: são um dos principais motivos para o surgimento e


ativação de pontos-gatilho. O início de um treinamento sem o auxílio profissional;
o excessivo esforço sobre determinadas áreas; a falta de revezamento entre os
grupos de músculos exercitados a cada dia.
• Sedentarismo: o contrário também é verdadeiro, o corpo não foi feito para ficar
parado por longos períodos. Da mesma forma que músculos, tendões, fáscias e
ligamentos se prejudicam com esforço excessivo, se prejudicam quando não há
esforço algum.
• Postura inadequada: às vezes um ponto-gatilho pode ser ativado pela posição
preferida do paciente ao usar um computador ou a posição errada da TV em
relação ao pescoço. Quando se muda os hábitos após a liberação dos pontos-
gatilhos evita que eles ressurjam.
• Posições de dormir: você pode ativar um ponto-gatilho até dormindo por motivo
de travesseiros demais, colchão muito mole, posições desconfortáveis. Como não
há posição universal para evitar dores ao dormir, indique ao paciente que observe
as noites de sono em que acorda sem dores, assim ele poderá tentar repetir a
mesma posição, número de travesseiros, etc e buscar manter essa nova rotina de
sono.
• Traumas musculares: movimentos repetitivos e bruscos, quedas, batidas,
acidentes e outros fatores além dos treinos causam traumas musculares. No caso
de ocasiões pontuais, como acidente ou batida, o paciente saberá identificar
exatamente o local da lesão, isso pode facilitar a identificação de ponto-gatilho
ativado.
• Estresse: as contrações musculares associadas ao estresse podem gerar pontos-
gatilho. Em situações de tensão psicológica, nosso organismo libera hormônios
como o cortisol, sendo determinante para a recuperação do estresse, porém, em
altas concentrações por períodos prolongado, ele pode alterar as reservas de
proteína nos músculos e tecidos conjuntivos como a fáscia provocando perda de
tecido muscular a longo prazo.
Ponto-gatilho miofascial: Localizado em qualquer região muscular em que exista tensão
associada a fáscia.
Ponto-gatilho central: localizado no centro das fibras musculares, associado as placas
terminais disfuncionais;
Ponto-gatilho de inserção: localizado na junção musculotendínea ou na êntese
muscular;
Ponto-gatilho ativo: provoca dor espontânea e sensação de fraqueza, limita o
alongamento do músculo e ao ser pressionado produz dor na sua zona de referência;
Ponto-gatilho latente: não provoca dor espontânea, mas quando pressionado pode
produzir dor na sua zona de referência ou no local;
Ponto-gatilho primário ou principal: geralmente é ativado de forma direta por
sobrecarga aguda ou crônica ou por uso excessivo ou repetitivo. Ele é responsável pela
ativação dos pontos-satélites.
Pontos-satélites: é ativado pela ação do ponto-gatilho primário por uma ligação
neurogênica, antagonismo a um músculo com tensão aumentada ou sinergismo
sobrecarregado.

Identificando um ponto-gatilho

• “Sinal do pulo do gato”: Quando se realiza a palpação, o músculo apresenta uma elevação
que quando se faz um alisamento sobre o músculo ele salta nos dedos;
• Dor ao realizar um alongamento ou contração do músculo envolvido;
• Hipersensibilidade a palpação ou dígito-pressão;
• Dor referida em torno do músculo ou até uma região mais abrangente.
Tratamentos

O tratamento dos pontos-gatilho pode ser dividido em três fases:

1º. Inativação do ponto-gatilho: é feita por injeção de anestesia ou solução fisiológica


salina, acompanhada de alongamento e calor, ou com terapias manuais, como, pressão
dos pontos-gatilho, fricção profunda e alongamento do músculo.

2º. Reabilitação muscular: recuperação da amplitude de movimento e fortalecimento


muscular, através de alongamentos, analgesia (utilizando aparelhos eletroestimuladores),
reeducação postural, acupuntura, aplicação de calor e cinesioterapia, terapia com
movimentos que vai tornar possível o fortalecimento.

3º. Remoção progressiva de fatores perpetuantes: que nada mais é do que a educação
do paciente sobre a prevenção e como agir caso aconteça novas crises. Atua na parte
psicológica do paciente.

Após liberação dos pontos-gatilho

Após a liberação dos pontos-gatilho, deve haver continuidade para a sua eficácia
resolvendo assim a questão da dor. O paciente deve exercitar sua musculatura de maneira
responsável e controlada.
O alongamento também é importante, podendo ser realizada somente após a
liberação dos pontos-gatilho.
São consenso dos especialistas: a reeducação postural pode ser uma ajuda para
evitar novos pontos decorrentes da má postura; exercícios de relaxamento e meditação,
no caso de pontos gerados pelo estresse e acompanhamento profissional, no caso de
treinos inadequados.
PROCEDIMENTOS

1. Diagnóstico

Observar o ponto por meio de Palpação. Esta se realiza com o dedo polegar,
indicador e medial. Observando a região da dor e localizando o ponto central.
Para observar o ponto gatilho, iremos questionar o cliente da intensidade da dor,
medindo a escala de dor de 1 a 10. Isso definirá também a pressão usada no procedimento.

2. Objetivo

Após observar isso, deve-se promover o relaxamento muscular e fascial, com o


uso de técnicas que visem alongar a fibra muscular. Para fazer isso você deverá utilizar
as massagens, ou outras técnicas que você utiliza nos pontos referenciais da dor.
Isso provocará o alongamento do ponto gatilho e o alongamento da região,
diminuindo a tensão sobre o ponto e tirando a dor acentuada.
É normal que o paciente sinta dor muscular, recorrente do processo. (Aquela dor
de academia, de exercício físico).

3. Procedimentos que podem ser utilizados.

• Massagem Manual
• Ventosaterapia
• Liberação Miofascial Instrumental
• Massagem com Pedras Quentes

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