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Fáscia

Documentário: “Fáscia Fascinante“


(5) Documentário "Fáscia Fascinante" (Alemão - L
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• Segundo o dicionário médico Blakiston, a palavra fáscia significa
camada de tecido conjuntivo areolar sob a pele (fáscia superficial);
tecido fibroso situado entre os músculos e que constitui as bainhas
musculares ou então reveste outras estruturas profundas, como nervos
e vasos sanguíneos (fáscia profunda).
• A fáscia foi vista como uma peça única primeiramente pelos osteopatas
que também trouxeram a noção de globalidade. Para eles “fáscia”
significa um conjunto membranoso muito extenso, onipresente e tenaz
no qual todos os processos fundamentais da estrutura estão ligados em
continuidade, e quando uma parte se movimenta, o corpo responde
como um todo (CHAITOW, 2001)
• A fáscia superficial é um tecido de trama frouxa, fibroelástico e
areolar que compreende a pele, estruturas vasculares (inclusive redes
capilares e canais linfáticos) e tecidos nervosos, particularmente os
corpúsculos de Paccine, conhecidos como receptores da pele. A fáscia
superficial apresenta a capacidade de esticar-se em qualquer direção
e ajustar-se rapidamente a tensões de todos os tipos tendo espaço
para o acúmulo de fluído e metabólitos (ROLF, 1990;
A fáscia profunda tem espessura variável, é firme, retesada e compacta, envolve e
separa músculos, circunda e separa órgãos viscerais internos (fáscia subserosa) e
contribui intensamente para o contorno e função do corpo, fazendo com que a pele
seja somente um envelope flexível que a recobre.
Ela é o conjunto de todas as aponeuroses e é constituída de tecido subcutâneo no qual
estão inseridos os vasos, nervos e suas ramificações. No corpo saudável, sua cobertura
lisa permite que as estruturas vizinhas deslizem umas sobre as outras.
O colágeno da fáscia profunda forma feixes de fibras paralelas para resistir as tensões.
A fáscia é frequentemente confundida com músculo, contudo o músculo está dentro da
fáscia

(GREENMAN, 1996; BIENFAIT, 1999).


Essa grande fáscia profunda de formação
sólida e quase não extensível apresenta-se
como duas aponeuroses simétricas, que
cobrem paralelamente cada metade do
corpo, se insere atrás, ao longo da coluna e,
na frente, sobre o esterno e a linha alba.
Pelas suas expansões, a fáscia profunda
envolve todo o sistema contrátil muscular
sendo um envoltório funcional separando a
musculatura da região dos músculos flexores
e região dos músculos extensores (BIENFAIT,
1999).
Miofascial
• A palavra miofáscia significa enfeixados juntos, a constituição
inseparável do tecido muscular (mio) e sua trama de tecido
conjuntivo (fáscia).
Objetivos da liberação miofascial
• Remover restrições fasciais;

• Restabelecer o “equilíbrio do corpo”;

• Readquirir o movimento normal entre as estruturas miofasciais.


Fáscia

Tecido embrionário que se organiza ao longo


das linhas de tensão impostas pelo corpo,
acrescentando sustentação ao
desalinhamento e contraindo-se para
proteger o indivíduo de trauma adicional.
Fáscia

Tecido conjuntivo resistente que se distribui


por todo o corpo, formando uma rede
funcional tridimensional da cabeça aos pés
sem interrupções.
Fáscia

As tensões faciais podem aumentar


lentamente, fazendo com que o corpo
perca sua capacidade de adaptação
fisiológica.
Classificação geral
Superficial – Sob a derme;

Profunda – Circundando os
músculos, ossos, nervos, vasos e a
dura-máter no sistema nervoso.
Função geral
• Sustentação;

• Proteção;

• Coesão das estruturas do corpo.


Síndrome dolorosa miofascial (SDM)

• Caracterizada pela presença de sintomas


sensitivos, motores e autonômicos causados por
pontos gatilho (PG).
Pontos gatilho (PG)

 Ponto palpável, hiper-irritável na


musculatura esquelética.
 Caracterizado por um nódulo doloroso a
compressão, com dor e sensibilidade
referida.
 Podem haver disfunções motoras e
autonômicas associadas.
Classificação dos Pontos-
Gatilho Miofasciais
Ponto-Gatilho Ativo

Um ponto-gatilho miofascial ativo produz dor sem compressão digital. É


muito sensível à palpação, produz o padrão de dor referida
característico do músculo, compressão isquêmica ou sem ela, limita a
flexibilidade do músculo, produz fraqueza muscular e provoca uma
reação de espasmo à compressão ou à estimulação com agulha
(SIMONS e TRAVELL).
Ponto-Gatilho Latente

• Este é em geral assintomático – não causa dor espontânea. Entretanto, é


sensível à palpação, pode produzir um padrão de dor referida somente
com a aplicação de compressão isquêmica, limita a flexibilidade do
musculo, produz fraqueza muscular e pode provocar uma reação de
espasmo à compressão ou à estimulação com agulha. Pontos-gatilho
latentes podem existir em músculos durante anos após a recuperação de
uma lesão. Um ponto-gatilho ativo que nunca foi tratado, ou que foi
tratado de maneira inadequada, pode se tornar latente em uma fase
crônica. Pontos-gatilho latentes podem ser reativados por
microtraumatismos ou por macrotraumatismos (SIMONS e TRAVELL).
• 
Ponto-Gatilho Satélite

• Pontos-gatilho satélite podem se desenvolver no mesmo músculo do


ponto-gatilho primário (principal), em outros músculos em padrão de
dor referida do ponto-gatilho primário ou em músculos sinérgicos. O
ponto-gatilho satélite em geral se resolve com a resolução do ponto-
gatilho principal, sem qualquer intervenção adicional (SIMONS e
TRAVELL).
Ponto-Gatilho Central

Um ponto-gatilho miofascial central tem relação estreita com os botões


terminais disfuncionais, e localiza-se próximo do centro das fibras
musculares (SIMONS e TRAVELL).
Ponto-Gatilho de Junção

Este é um ponto-gatilho na junção musculotendinosa e/ou na inserção


óssea do músculo, identificando a entesopatia causada por tensão
continuada característica da faixa tensa produzida por um ponto-
gatilho central (SIMONS e TRAVELL).
Diagnostico Miofascial

No diagnóstico miofascial podem ser adotados os seguintes passos:


• Obtenha uma história. Pesquise se houver um início súbito após uma
lesão, um traumatismo ou uma sobrecarga, ou um inicio gradual com
sobrecarga crônica, microlesões, microtraumatismos ou traumatismo
repetitivo.
• Identifique objetivamente os problemas da vida do paciente do ponto
de vista dele, e compreenda seu trabalho, suas relações pessoais e
outros de tensão na vida diária (TRAVELL J, 1990).
• -Estabeleça a biomecânica da lesão com base na história e em perguntas
e respostas;

• -Pesquise uma faixa tensa por palpação. Se o músculo estiver acessível,


palpe pesquisando uma faixa tensa, que pode incluir um nódulo sensível.

• - Identifique o reconhecimento da dor pelo paciente: o reconhecimento


da dor pelo paciente não precisa se estender por todo o padrão de dor
referida. O paciente pode identificar o sinal de reconhecimento da dor
somente em uma parte do padrão de dor referida esperado.
• O diagnóstico diferencial entre um ponto-gatilho latente pode ser feito pelo reconhecimento
da dor pelo paciente.
• Dor no final da faixa de amplitude de movimentos. Pode ocorrer dor nas junções musculares
e/ou no ventre, ao final da amplitude de movimentos.

• Identifique a resposta do espasmo local. A resposta de espasmo local pode ser provocada
por palpação em pinça ao longo da faixa tensa. Em casos de atividade intensa do ponto-
gatilho, a simples compressão do ponto-gatilho pode provocar uma resposta de espasmo
local.
• Determine o padrão de dor referida. Um padrão de dor referida característico do músculo
específico pode ser provocado durante a compressão digital da área do ponto-gatilho ativo.
O padrão de dor referida pode ser diferente do reconhecimento da dor pelo paciente.
• Identifique uma possível fraqueza do músculo envolvido. Ás vezes, o teste manual muscular
mostra fraqueza do músculo que tem envolvimento miofascial.
• Faça a correlação com outros testes ortopédicos ou neurológicos, incluindo testes especiais
e testes de diagnóstico diferencial.
• Estabeleça um diagnóstico em termos miofasciais.
Sinais Clínicos
• Dor Local Com maior frequência o paciente se queixa de dor referida,
e ocasionalmente de dor, sensação de queimação ou sensibilidade no
músculo envolvido. Diversas substâncias ativadoras de nociceptores
foram identificadas próximo a pontos-gatilho miofasciais
(KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

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