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ngua
3
3 Língua
Língua
uesa
Portuguesa
no
3.º ano
Portuguesa
De regresso às aulas
3.º ano
L. Portuguesa
TÍTULO
Língua Portuguesa 3º ano
AUTORES
Maria de Jesus Assunção de Freitas
Pedro dos Santos Silva
REVISÃO GRÁFICA
Edmilson Brito Rosa
ILUSTRAÇÃO
Maria de Lourdes Semedo
COORDENAÇÃO GERAL
Margarida Santos
Diretora Nacional de Educação
EDITOR
Ministério da Educação e Desporto
IMPRESSÃO E ACABAMENTO:
Tipografia Santos
EDIÇÃO: 2014
REIMPRESSÃO E REVISÃO: 2015
2ª REIMPRESSÃO: 2016
3ª REIMPRESSÃO: 2017
© 2014.
Educação
e Desporto
Ministério da Educação e Desporto da República de Cabo Verde
3
3
Língua
Portuguesa
3º ano
Apresentação
Caro (a) Aluno (a)
Este é o teu manual de língua portuguesa do 3.º ano de escolaridade. Agora que estás no 3.º
ano do 1.º ciclo do ensino básico e que já sabes falar, ler e escrever o português, vais continuar
a adquirir e a consolidar conhecimentos, para poder expressar, com clareza e adequação, os
teus sentimentos e conhecimentos, desenvolvendo as tuas competências de comunicação
oral e escrita.
Os textos do teu manual são concebidos para te colocar face a situações práticas do dia a dia
e, por isso, junta atividades de fala, leitura e produção de textos.
Ao fazer a leitura e análise de diversos géneros textuais de diferentes autores, vais ficar a saber
como se organiza um determinado texto e a conhecer a sua gramática, ou as suas caraterísticas
linguísticas específicas.
Assim, o teu manual está organizado em cinco unidades: Unidade 1 (um): «Retrato do meu
país»; Unidade 2 (dois): «A natureza é a minha casa»; Unidade 3 (três): «Construindo a cida-
dania»; Unidade 4 (quatro): «Histórias de encantar».
Terminamos, deixando-te esta frase de Augusto Cury, para a tua reflexão:
Mãos à obra!
Os Autores,
Os Autores
No final do 3º ano do 1.º ciclo do ensino básico, o/a
aluno/a deve ser capaz de, numa situação de
COMPETÊNCIA INTERMÉDIA DE comunicação, apoiando-se em suportes áudio,
INTEGRAÇÃO (CII) audiovisuais, visuais e/ou escritos, produzir, oralmen-
te e por escrito, diálogos, textos do tipo descritivo,
narrativo e informativo (convite,aviso) sobre
assuntos de âmbito local e nacional.
CB1: Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visuais e/ou escritos, o/a aluno/a
produz textos orais significativos, diálogos e textos descritivos sobre assuntos da comunidade local e nacional, res-
peitando as regras da comunicação oral.
CB2: Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visuais e/ou escritos (cartazes,
histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos, diálogos, textos descritivos, narrativos
e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e nacional, respeitando as regras da comunica-
ção escrita.
Índice
RETRATO DO MEU PAÍS - Diálogos
Diálogoseetextos
textosdescritivos
descritivos
1
Texto 1: Diálogo 10
Texto 2: Diálogo
Diálogo 12
10
Texto 3: O céu tem as suas estrelas e o mar suas pérolas 14
Texto 1 10
Texto 4: Cultura de Cabo Verde 17
Texto 5:
Texto 2 Cabo Verde nos inícios do século XXI 12
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UNIDADE 1
Textos6:descritivos
Texto Comidas e bebidas tradicionais de Cabo Verde 14
27
Texto 7:
3: Lulucha
O céu tem as suas estrelas e o mar suas pérolas 14
29
4: Joli
Texto 8: Cultura de Cabo Verde 17
32
Avaliação – Provas
Texto 5: Cabo Verdedenos
integração
inícios do século XXI 34
20
Texto 6: Pratos e bebidas tradicionais de Cabo Verde 27
Texto 7: Lulucha 29
Texto 8: Joli 32
Avaliação - Prova de integração 1 34
Avaliação - Prova de integração 2 36
Avaliação - Prova de integração 3 38
2
A NATUREZA É A MINHA CASA - Diálogos e textos descritivos
Textos narrativos 55
Texto 1: Cidadão pikinoti ou cidadão piknin 55
3
Texto 2: O menino mudo 57
Texto 3: Prevenção rodoviária 60
Texto 4: A princesa azul 62
Texto 5: Tem modos 65
UNIDADE 3
4
HISTÓRIAS DE ENCANTAR – Narrativas
Texto 1: O sorriso 89
UNIDADE 4
9
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
Diálogos
TEXTO 1
A avó conversa com os seus netinhos, Ana Júlia, Clarisse e Rui, sobre o regresso às aulas
A Clarisse riu
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
1 - Quem são as pessoas que conversam neste texto e qual o assunto da conversa?
5 - Mostra, com base numa frase do texto, que a avó e as netas têm a mesma opinião sobre um dos assun-
tos sobre o qual conversam. Diz que assunto é esse.
6 - Agora, junto com os colegas de grupo, organizem um diálogo sobre o que vai ser, para cada um, este
novo ano letivo.
6.1 - Escolham as personagens que vão participar no diálogo. Deem um nome a cada uma.
1 - Peçam ao professor que vos ajude a registar o diálogo que construíram no ponto 6.1.
1.1. Ouve, com atenção, a gravação e, com ajuda do professor, verifica se:
11
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
TEXTO 2
12
RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
5 - Com um colega, leiam o texto em forma de diálogo, ou seja, cada um representará uma das
personagens apresentadas.
6 - Com dois colegas, escolham uma região de que gostam muito e apresentem oralmente à turma a sua loca-
lização geográfica e algumas vantagens de passar as férias neste local.
Para fixar!
Um diálogo informal é uma conversa entre dois ou mais amigos, familiares, jovens, colegas, isto é, entre
pessoas que têm uma relação muito íntima ou próxima. Por isso, usas a forma de tratamento por tu, ou a
2ª pessoa do singular.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
Textos descritivos
TEXTO 3
Chamam-lhe a ilha do monte cara, porque bem ao fundo da baía fica o monte cara.
Em algumas épocas do ano, como por exemplo o carnaval, a cidade fica cheia de gente: emigrantes que
regressam de férias, pessoas de todas as ilhas que participam nos desfiles carnavalescos, turistas de várias
partes do mundo...
Foi num dos meus passeios da tarde, que ouvi uma conversa interessante entre um turista francês, o Jean,
e uma bela turista italiana, a Natalie.
- Vamos sim. A esta hora pode-se ver um bonito pôr do sol e muita gente, com trajes coloridos e variados,
passeando de um lado para outro. Às vezes, fico pensando, como é que as pessoas descobrem este país?
E porque o escolhem para passar as suas férias? – Pensou a Natalie.
- Porque é um arquipélago de ilhas diferentes e os voos demoram pouco tempo para cá chegarem.
Fica no meio do oceano atlântico. O clima é ensolarado e garantido todo o ano. As praias de areia branca e
pura são intermináveis. A população local é muito acolhedora – explicou Jean.
Pois é, tens razão. É um verdadeiro paraíso para os amantes da praia, capaz de fazer frente a qualquer desti-
no de férias do mundo! - Concordou a Natalie.
“Adaptação”
Adaptado
http://www.livingonthebeach.pt/pt/caboverde?gclid
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
1 - Agora, junto com o teu grupo, organizem a vossa leitura. Escolham quem irá representar o Jean e
a Natalie.
2.1. O que achaste do título do texto? Dá a tua opinião sobre ele e justifica-a.
2.4 - Já sabes o que significa ilha «do monte cara»? Investiga e descobre!
3 - Descobre, no texto, uma frase que mostra que o Jean e a Natalie estão de acordo sobre as razões por que
os turistas vêm passar férias em Cabo Verde.
4 - Imagina que tu e o teu colega encontrem dois turistas que visitam a ilha onde vivem.
4.1. Organizem uma pequena conversa, para lhes explicar como é a vossa ilha. Para isso devem:
5 - Neste texto, em que predomina a descrição, vais retirar exemplos de situações descritivas, conforme
o quadro a que se refere.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
ATIVIDADES
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
TEXTO 4
A literatura
A literatura cabo-verdiana é uma das mais ricas dos países da África que falam o português. Podemos en-
contrar obras muito valiosas que retratam novas formas de escrever textos, de representação do mundo e
de vivência. Com efeito, esses fatores podem ajudar a desenvolver o gosto pela leitura, a formar cidadãos
responsáveis, etc.
Poetas
Em Cabo Verde há muitos poetas como: Eugénio Tavares, B. Léza, Jorge Barbosa, Corsino Fortes, Baltasar
Lopes da Silva, Arménio Vieira, Vadinho Velhinho, José Luís Tavares, Vera Duarte, Gabriel Mariano, Amílcar
Cabral, Arthur Vieira, etc.
Escritores
Há também muitos escritores como Manuel Lopes, Germano Almeida, Fátima Bettencourt, Orlanda Amarílis,
Pedro Cardoso, José Lopes, Corsino António Fortes, Henrique Teixeira de Sousa, Osvaldo Osório, Dulce Almada
Duarte, Filinto Elísio, Manuel Veiga, Dina Salústio, etc.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
Música
Na música, há diversos géneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná, o batuque e a
coladeira.
Cesária Évora era a cantora cabo-verdiana mais conhecida no mundo, conhecida como a «diva dos pés descalços»,
pois gostava de se apresentar no palco assim.
O povo cabo-verdiano é conhecido por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como
o Carnaval de Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos festejos como um
«Brazilin» (ou “pequeno Brasil”).
Língua
A língua oficial é o português, usada nas escolas, na administração pública, na imprensa e nas publicações.
A língua nacional de Cabo Verde, a língua do povo, é a língua cabo-verdiana, normalmente (criol, kriolu).
Cabo Verde é formado por dez ilhas (nove habitadas) e cada ilha tem a sua variante.
Religião
Em Cabo Verde existe liberdade de religião, garantida pela Constituição e respeitada pelo governo.
Os cabo-verdianos são na maioria Católicos. Outras denominações cristãs também estão implantadas em
Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo Dia,
assim como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), Assembleia de Deus, e outros
grupos pentecostais e adventista.
Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá’í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem
seguidores em Cabo Verde.
In www.Costasur.com
(adaptado)
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
3 - Descobre, com os colegas e com a ajuda do professor, o que significa «literatura cabo-verdiana». Diz o nome
de um poeta e de um escritor de que tenhas gostado.
4 - Quais são as línguas faladas em Cabo Verde e qual a língua que mais falas? Porquê?
5 - Gostas de música? Escolhe, no texto, o tipo de música de Cabo Verde de que mais gostas.
6 - Com um colega do teu grupo, preparem uma conversa sobre a religião em Cabo Verde. Não se esqueçam
de referir:
• As várias religiões existentes em Cabo Verde;
• A religião da tua família.
1 - Peçam ao professor que vos ajude a registar a vossa conversa sobre a religião em Cabo Verde.
1.1 - Ouve a tua conversa e faz o levantamento das palavras do texto que utilizaste, como por exemplo:
artesanato, tecelagem, cultura e literatura cabo-verdianas, poetas e escritores, músicos e cantores, etc.
2 - Agora, vais treinar a leitura oral do texto. Lembra-te de que, se a leitura não for expressiva, não podes
entender bem o assunto do texto.
2.1 - Com os colegas e professor, definam os critérios para avaliar se a leitura oral expressiva foi boa.
Por exemplo:
• Correção da leitura. Ou seja, as palavras são pronunciadas corretamente, pausadamente e com boa dicção;
• Velocidade da leitura, ou qual o número de palavras lidas por minuto;
• Qualidade da leitura, isto é, a leitura não é segmentada. A leitura é feita em unidades de sentido e as
palavras não são lidas uma a uma; Há respeito pela pontuação/entoação.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
TEXTO 5
Ouve, com atenção, a leitura do texto para poderes encontrar as respostas certas para as questões que te
são propostas.
O que se fica de uma visita a Cabo Verde? Da ilha do Sal guarda-se as belas praias de areias secas e águas
transparentes, autênticos paraísos onde se pode refrescar na refrescante água azul esverdeado; de Santia-
go as imagens das barragens, bem como da ampliação do aeroporto Nelson Mandela, transformado em
aeroporto internacional, dando mais aconchego às viagens tanto dos emigrantes como dos turistas que vi-
sitam a ilha; de S. Vicente o maravilhoso Festival de Música da Baía das Gatas, proporcionando o encontro
de amigos e promovendo a cultura cabo-verdiana, o aeroporto internacional Cesária Évora que eliminou
de certa forma as longas viagens e a espera no aeroporto internacional Amílcar Cabral; a ilha de Santo
Antão, a mais montanhosa de Cabo Verde, tem já o seu túnel a funcionar na estrada Paul/Janela com 330
metros. E tem outro com 230 metros, para além das imponentes montanhas escaladas por um número
bastante considerado de turistas.
O porto do Porto Novo ampliado, dando mais aconchego às centenas de passageiros que circulam, diaria-
mente, entre Santo Antão e S. Vicente; do Fogo destaca-se mais o imponente vulcão em Chã das Caldeiras
com uma beleza rara, o vinho, hoje muito apreciado pelo mundo fora, demonstrando a importância da ilha
na produção industrial e, ainda as festas de nhô S. Filipe.
Cada ilha é um pequeno mundo aberto, um livro a ser lido tanto por nacionais como por internacionais, deslum-
brando os viajantes com as suas fantásticas paisagens, quer naturais quer humanas, para além da morabeza, uma
caraterística do povo cabo-verdiano.
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
1.1 - Depois de uma boa leitura, repete as palavras que o autor utilizou para dizer como são as praias das
ilhas do Sal e São Vicente. Regista-as.
1.2 - Como é que o autor se refere ao Festival da Baía das Gatas? Lê, no texto, as palavras que ele usa.
3 - Se a tua ilha está referida no texto, localiza duas das suas caraterísticas. Se descobriste as caraterísticas, fala
com o professor para saber se acertaste.
3.1 - Mas, se a tua ilha não está referida no texto, escolhe uma das ilhas de que mais gostaste e fala dela.
4 - Pede ao professor que, com base em imagens, histórias, fotografias, desenhos, videos, converse com a
turma e descreva como era Cabo Verde, antes e depois da sua independência.
4.1 - Repete uma das descrições que o professor fez e que mais gostaste.
Para fixar!
As ilhas, os lugares, os objetos, os seres, todos têm nome. As palavras que usas para designar pessoas, ani-
mais, objetos, e todos os seres são nomes ou substantivos.
Os substantivos/nomes podem ser: própias e comuns. Variam em género (feminino e masculino) e número
(singular e plural).
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
ATIVIDADES
Para fixar!
O autor do texto «Cabo Verde nos inícios do século XXI» utiliza palavras como «…as belas praias… », «…
água refrescante e azul esverdeado», «…aeroporto internacional...», «…águas azul esverdeado», para
mostrar como são os lugares e o ambiente.
As palavras que usamos para mostrar as caraterísticas dos espaços e lugares, ou palavras que servem para
tornar os espaços, os lugares, diferentes uns dos outros são chamadas adjetivos.
Os adjetivos servem também para atribuir caraterísticas e qualidades aos nomes (pessoas, animais e a
outros seres), para descrever estados da alma como «estar contente, triste, furioso», etc.
«…Cabo Verde é (ser) terra...», «…a natureza cai (cair) …», «…os turistas visitam (visitar) a ilha...», etc.
As palavras ser, cair, visitar, chamam-se verbos. Os verbos expressam ações que aconteceram no passado,
que acontecem no presente e que vão acontecer no futuro.
Exemplo:
- Neste momento, os turistas visitam a ilha de São Vicente.
- Ontem, os turistas visitaram a ilha do Sal.
- No próximo mês, eles visitarão a ilha do Fogo.
Com ajuda do teu professor, consulta uma gramática e começa a estudar os verbos e a sua flexão. Começa
pelo modo indicativo e os seus tempos: presente, pretérito ou passado e futuro.
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
1 - Consulta a Gramática e estuda o modo indicativo e os seus tempos. Depois de estudar o modo indicativo, já
podes fazer os exercícios seguintes:
1.1 - Analisa, as formas verbais do texto «Cabo Verde nos inícios do século XXI», apresentadas no quadro
seguinte:
Para fixar!
A utilização dos verbos no tempo presente do modo indicativo, como por exemplo, “guarda”, “fica”, etc.,
indicam ações terminadas, reais e concretas.
A utilização dos verbos no modo indicativo no pretérito indica:
Pretérito perfeito – indica uma ação concluída.
Pretérito imperfeito – uma ação habitual, permanente.
A utilização dos verbos no modo indicativo futuro indica:
Uma ação que vai ocorrer depois do momento da fala.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
ATIVIDADES
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1 - Observa, com bastante atenção, as imagens apresentadas.
2 - As imagens representam alguns lugares referidos no texto «Cabo Verde nos inícios do século XXI». Então,
fala com toda a turma e com o professor e descubram:
2.2 - Algumas imagens que representam lugares que já conheces. Diz como são esses lugares.
2.3 - Tens alguma recordação deste (s) lugar (es)? Partilha a tua recordação com os colegas. Cada colega fala
da sua recordação.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
Para fixar!
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
TEXTO 6
Ouve, com atenção, a leitura do texto.
Cabo Verde tem uma variada gastronomia de caráter marítimo e não só.
Escusado será dizer que a nível de peixe e marisco é a mais variada possível: Lagosta, perceves, lapa, búzio,
sem esquecer as famosas «bafas» que fazem as delícias dos apreciadores de marisco.
O atum fresco, cozinhado em caldeirada, cebolada ou simplesmente grelhado é uma excelente alternativa.
A base da cozinha popular cabo-verdiana é o milho que, preparado de diferentes maneiras, acompanha,
normalmente, a carne de porco, o feijão, a mandioca e a batata-doce.
O mais conhecido e apreciado prato é a «katxupa» - a receita nacional, emblemática de Cabo Verde.
Mas, existem outros pratos de grande riqueza gastronómica: o «xerém», o cuscuz, os pastéis de milho,
a «djagacida», o caldo de peixe, etc.
Em relação à bebida: o famoso grogue local é o mais apreciado, mas também existem ainda o vinho do fogo
e o ponche - «pontxi» de vários tipos, etc.
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UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
ATIVIDADES
1.1 - Como se chama o texto, isto é, qual é o seu título? Justifica o título do texto.
Para fixar!
Um texto é formado por um conjunto de parágrafos. Um parágrafo é a parte do texto que começa sempre
com letra maiúscula e termina por um sinal de pontuação que obriga a mudar de linha.
A primeira parte é a introdução. Ela deve ser curta e clara. Esta introdução tem somente uma frase que
forma um parágrafo!
Esta segunda parte chama-se Desenvolvimento. É a parte mais longa, mais importante e com maior número
de parágrafos e linhas. O desenvolvimento tem quatro parágrafos.
A última parte é a Conclusão do texto. Como viste, esta última parte fala das bebidas de Cabo Verde. Tem
apenas um parágrafo.
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
TEXTO 7
Ouve, atentamente, a leitura do texto.
Lulucha
Lulucha era contente. Estava sempre a sorrir. Tinha a boca grande e quando ria os dentes muito brancos
apareciam. Era boa para os meninos. É certo que às vezes aplicava ao Chico algumas sonoras palmadas.
Mas, eram merecidas. Chico era irrequieto e ela não lhe perdoava. Pedrinho era diferente. Pedrinho, sim.
Pedrinho era o seu menino.
Às vezes, Lulucha fazia doces. E, então, era uma festa. Ela gostava de fazer beijos. Batia a clara do ovo até ficar
branquinho como a espuma de sabão. Ajuntava açúcar e levava ao forno. Muitas vezes, Pedrinho pedinchava:
«Lulucha, dá-me um beijo». Ela sorria e aguçava os lábios. Então Pedrinho dizia, amuado: «estes, não quero,
vai dá-los ao Djon de Tita». «Ah, malandro, espera que eu te apanhe» - dizia ela. E o pequeno fugia, rindo.
Lulucha nunca tinha ido a Praia, mas contava coisas maravilhosas da cidade. Havia um sítio chamado Montagarro.
Ali havia uma enorme casa de água. À frente, um jardim com uma estátua de uma menina que tinha caído
no tanque. Na praça, ao entardecer, tocava-se música com cornetas e instrumentos melodiosos. Uma música
maravilhosa, diferente da música de gaitas e ferrinhos. As lojas eram deslumbrantes. Tinham toda a espécie
de brinquedos. Carrinhos de corda, gaitas, bolas, tambores, bicicletas, triciclos, balões. E tudo muito barato.
Quase de graça. Lulucha dizia que, quando fosse a Praia havia de trazer aos meninos muitas coisas. Chico pedia
uma bola de couro, como aquela que Djon de Tita chutava no campo. Pedrinho pedia uma “biscleta”. Lulucha
dizia sempre que ia à Praia. E acabou por ir mesmo.
29
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
ATIVIDADES
2.1 - Descobriram por que motivo o texto se chama Lulucha? Então anotem, no quadro, as respostas que cada um
deu.
2.2 - Leiam cada uma das respostas e façam comentários sobre elas.
2.3 - Com a participação do professor, discutam, em grande grupo, quem se aproximou mais do assunto do
texto e porquê?
3 - Agora, faz mais uma leitura atenta do texto, antes de responder às questões seguintes.
3.1 - Explica aos colegas como era a relação entre a Lulucha e os meninos.
4 - Com base nas informações do texto e com o colega do teu grupo, estabeleçam a diferença entre Lulucha,
Pedrinho e Chico.
4.2 - Quem seria Djon de Tita? Diz qual a frase que orientou a tua resposta.
Nomes Caraterísticas/Como é?
Lulucha
Pedrinho
Chico
Cidade da Praia
Música
Lojas
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
6 - Escolhe uma pessoa da tua família de que gostas muito e diz, oralmente, como ela é.
1 - Lê as frases:
- “«Lulucha, dá-me um beijo.»”
- “Pedrinho pedia uma «biscleta.»”
1.1 - Discute, com os colegas, os significados das palavras sublinhadas.
2.1 - Descobre, com o teu colega, como fazer a associação entre os elementos das duas colunas.
3 - Lê, as seguintes conjugações, no tempo presente do indicativo, dos verbos estudar, aprender e ouvir.
Para fixar!
O verbo exprime a ação realizada pelo sujeito e mostra as suas qualidades. Quando fazemos a descrição de
um ser, objeto, paisagem, usamos o verbo, preferencialmente, no pretérito imperfeito do modo indicativo.
O modo indicativo indica uma ação, uma qualidade ou um estado real e concreto.
31
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
TEXTO 8
Ouve, atentamente, a leitura do texto.
Joli
Na minha rua havia um cão tão magro que parecia um esqueleto andante. Coitado do cão! Toda a gente o
maltratava! Por isso, para além da magreza era triste, andava sujo e cheio de feridas. Eu, que era tão pequenino
como o cão, perguntei, um dia, à minha mãe se podia tratar dele. Ela, que era bondosa, disse que sim, mas que
não havia espaço em casa.
Então, arranjei-lhe uma casota de pedra no quintal e passei a cuidar
das suas feridas. O cão, Joli, nome que lhe dei, transformou-se num
cão alegre, saudável, gordo e brincalhão.
Ninguém mais o incomodava, pois passava os seus dias brincando na
mata que havia atrás da minha casa.
ATIVIDADES
4 - Discute com os colegas e organizem as palavras que caraterizam o cão em dois grupos:
• O grupo de palavras que dizem como era o cão fisicamente;
• O grupo das que falam do seu comportamento.
32
RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
Para fixar!
Já sabes que:
- As palavras que usamos para indicar as pessoas, animais e os seres são nomes;
- As palavras que usamos para caraterizar as pessoas, animais e os seres são adjetivos.
A caraterização pode ser feita de duas formas: uma física e outra psicológica.
A caraterização física, ou o retrato físico, diz respeito a aquilo que podemos observar exteriormente nas pessoas,
animais, lugares, objetos, etc.
A caraterização psicológica, ou o retrato psicológico, refere ao comportamento das pessoas ou dos animais.
Para fixar!
O texto descritivo é um tipo de texto que faz a descrição de um objeto, uma pessoa, um animal, um lugar
ou um acontecimento. O texto descritivo também faz um retrato, ou uma fotografia por meio das palavras.
Caraterísticas do texto discritivo:
• Retrato verbal;
• Uso de substantivos, adjetivos (…);
• Presença de verbos de ligação: Ser, estar, parecer, ficar, continuar, etc.
• Verbos no presente ou no pretérito (passado).
http://www.todamateria.com.br/texto-descritivo/
(adaptado)
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AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
PROVA DE INTEGRAÇÃO 1
Competência visada (CB1): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, vi-
suais e/ou escritos, o/a aluno/a produz textos orais significativos (diálogos, textos descritivos) sobre assuntos
da comunidade local e nacional, respeitando as regras da comunicação oral.
PATAMAR 1: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, e com base em su-
portes audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos orais significativos (diálogos, textos descritivos),
respeitando as regras de construção desses textos e de comunicação oral.
TEMA: NO RESTAURANTE
É teu aniversário e os teus pais convidam-te para irem jantar no restaurante «O Sabor». Tu pedes o menu
para poderem escolher o que querem comer.»
Tua mãe, depois de ver o menu, diz: Eu vou comer peixe, porque faz bem à saúde. Para beber quero um
sumo de manga.
- Eu quero salada de frango e para beber, sumo de tamarindo – diz a aniversariante.
Mas, o pai está indeciso. Ele não quer comer nada daquilo que está no MENU. É melhor chamar a emprega-
da para a ajudar a decidir!»
Restaurante «O Sabor»
MENU
Salada de frango -------------------------------- 350.00
Arroz de peixe ----------------------------------- 250.00
Sopa ----------------------------------------------- 100.00
Sumos: tamarindo e manga ----------------- 70.00
Gelado de manga ------------------------------ 100.00
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
Tina, depois de ver o menu, disse: - Eu vou comer peixe, porque faz bem à saúde. Para beber quero um sumo de manga.
- E eu quero salada de frango e para beber, sumo de tamarindo – diz a aniversariante.
Mas, a Cátia está indecisa. Ela não quer comer nada daquilo que está no MENU. É melhor chamar a empregada
para a ajudar a decidir!
EXPRESSÃO ORAL
Então, chama a empregada do restaurante e conversa com ela. Pergunta-lhe se há outros pratos e outras bebidas
no restaurante. Para isso, deves:
1. Iniciar a conversa com a empregada;
2. Preparar as frases que vais utilizar para lhe perguntar se há outros pratos no restaurante;
3. Imaginar como é que ela te vai responder (só há o que está no MENU);
4. Convencer o teu pai a comer o mesmo que tu e justificar a tua resposta;
5. Terminar a conversa.
35
AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
PROVA DE INTEGRAÇÃO 2
Competência visada (CB1): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visu-
ais e/ou escritos, o/a aluno/a produz textos orais significativos (diálogos, textos descritivos) sobre assuntos da
comunidade local e nacional, respeitando as regras da comunicação oral.
PATAMAR 1: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, e com base em su-
portes audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos orais significativos (diálogos, textos descritivos),
respeitando as regras de construção desses textos e de comunicação oral.
TEMA: FÉRIAS
Pelas ruas da cidade onde vives, encontras o Luís que é um guia turístico. Ele tem alguma dificuldade em
entender as informações que estão no texto «…para umas férias de sonho.». Tu vais ter que o ajudar.
As ilhas de Cabo Verde são um destino único e inesquecível. As ilhas são abençoadas pelo sol durante todo o
ano, a música e a cultura fazem parte do dia a dia dos habitantes que envolvem o visitante na incomparável
mística do arquipélago.
Cabo Verde está a 4 horas de distância da Europa e tem uma localização privilegiada.
Deixe-se envolver pelos sabores da deliciosa gastronomia local e brinde à morabeza e à sensualidade desta
cultura.
Aventure-se na natureza insólita e desfrute da segurança que Cabo Verde tem para lhe oferecer.
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
EXPRESSÃO ORAL
Depois da leitura do texto, em breves palavras, fala com o teu amigo guia turístico para lhe ajudar a:
1. Descobrir no texto, três razões (ordem cultural, de localização geográfica e climática) por que deve
convencer o turista a escolher Cabo Verde para passar férias;
2. Sugerir uma ilha que ele deve visitar, ou um lugar de que mais gostas, fazendo-lhe um retrato muito bem
feito, desta ilha ou deste lugar;
3. Explicar o significado do título do texto.
1. Pede ao teu professor que providencie a gravação dos textos mais interessantes que foram produzidos
na turma,
Ou
2. Faz o registo do teu texto numa folha de papel.
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AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 RETRATO DO MEU PAÍS
PROVA DE INTEGRAÇÃO 3
Competência visada (CB1): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visu-
ais e/ou escritos, o/a aluno/a produz textos orais significativos (diálogos, textos descritivos) sobre assuntos da
comunidade local e nacional, respeitando as regras da comunicação oral.
PATAMAR 1: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos orais significativos (diálogos, textos descritivos), respeitan-
do as regras de construção desses textos e de comunicação oral.
TEMA: NO SHOPING
Todos se preparam para a festa do aniversário da Valéria. A dona Júlia quer oferecer roupas novas e bonitas
aos seus filhos Luís e Valéria e vai ao shoping escolher e comprar roupas de que eles gostem.
Observa as imagens dos manequins com muita atenção! Vais ajudar a dona Júlia a decidir.
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RETRATO DO MEU PAÍS UNIDADE 1
EXPRESSÃO ORAL
1. Escolhe dois manequins com as roupas de que mais gostas. Um manequim é para o Luís e outro para a
Valéria. Põe uma cruz nos manequins que escolheste.
1. Pede ao teu professor que providencie a gravação dos textos mais interessantes que foram produzidos
na turma.
Ou
2. Faz o registo do teu texto numa folha de papel.
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UNIDADE 2 A NATUREZA É A MINHA CASA
Gleidson Melo
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A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
TEXTO 1
Poupar água
O Professor João fala com os alunos sobre o problema de vazamento de água. Ele começou, assim, a aula de
Ciências Integradas:
- O problema do vazamento de água tem de ser resolvido nesta ilha. Este problema está a prejudicar muito a
população, porque o chafariz fica longe e há dias em que quase não há água.
- Professor, podemos ajudar a encontrar soluções! - Vamos fazer um grande debate sobre isso e logo veremos
o que fazer para ajudar a população - sugeriu Ricardo.
- Na minha opinião deveríamos entrar em contacto com o responsável da Electra. (Dirigindo-se ao professor)
O que acha professor? - Perguntou a Joana.
- Julgo que devemos procurar ajuda da comunidade e só depois é que devemos contactar a Electra - afirmou
o professor.
- Eu acho que devemos convidar o responsável da Electra para visitar a nossa escola e informá-lo sobre isso
- retorquiu a Joana.
- A nosso ver, é uma boa ideia. Isto deve ser uma solução neste momento. Se o responsável vier, ele irá saber
qual o problema e indicará o Técnico que deverá tratar deste assunto - exclamou toda a turma em uníssono.
(Dias Depois)
- Sou Jorge Lima, funcionário da Electra e estou cá para vos visitar e ajudar a resolver o problema do vazamento
de água nesta comunidade. Os alunos da 3.ª classe pediram que eu viesse cá.
- Que prazer, senhor Jorge. Ainda bem que cá veio. Vamos ver se nos consegue ajudar - concluiu Lia.
41
UNIDADE 2 A NATUREZA É A MINHA CASA
ATIVIDADES
1.2 - Em trabalho coletivo com todos os colegas, pensem e registem as vossas propostas de utilização da
água de forma racional.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1.2 - Elaborem um painel, com todas as frases que escreveram e façam a eleição de três frases que acham
mais bonitas e significativas.
2 - Os alunos da Escola Roberto Duarte Silva, dias depois, receberam uma visita. Lia fez-lhe uma pergunta.
3 - Como deves ter notado, ao longo do diálogo entre as personagens, algumas deram a sua opinião, outras
exprimiram as suas dúvidas sobre o assunto…
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A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
TEXTO 2
Lê atentamente o texto.
A natureza amiga
Certo dia, sem que dois dos meus alunos dessem conta da minha presença, ouvi um pedacinho da conversa
entre eles. Gostei da atitude do Paulo e da Joana em defender a necessidade de proteger a natureza e garantir
a sobrevivência de gerações futuras.
- De novo, Paulo? Sempre deixas água a escorrer da torneira. Sei que achas que há muita água. Mas, se cada
pessoa que lavar as mãos deixar um bocadinho a escorrer para o esgoto, daqui a alguns anos será muita água
perdida. E eu fico a pensar: - Não fará falta às gerações futuras? Como viverão sem água?
- Claro, Joana. Tens razão. Se todos desperdiçarmos água ela fará falta às futuras gerações. Temos que mudar esta
atitude: - eu e todos os colegas que fazem a mesma coisa. Vou propor ao professor que continuemos a falar deste
problema. Discutiremos, na aula, o tema: «O desperdício da água». No fim, podemos produzir um texto coletivo
com o título «Como conservar a água?»
Depois de os ter escutado a falar, fiquei ansioso à espera que eles me propusessem a conversa em torno desse
assunto. Poucas horas depois, finalmente, falaram comigo a respeito, aceitei obviamente a proposta e o deba-
te foi um sucesso.
43
UNIDADE 2 A NATUREZA É A MINHA CASA
ATIVIDADES
1.4 - Ao escutar a conversa entre os dois alunos, como ficou o professor? Porquê?
2 - Parece que no fim da conversa os dois ficam com a mesma opinião. Que combinaram os dois alunos?
3.2 - Conversa, com a turma, sobre «A importância de se fechar a torneira depois de lavar as mãos».
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Com ajuda do professor, faz uma pequena investigação para saber:
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A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
TEXTO 3
As cidades produzem diariamente uma quantidade imensa de lixo. Esta é uma das mais graves formas de contaminação
do Meio Ambiente e uma séria ameaça à saúde.
Os lixões, por exemplo, são uma forma inadequada de descartar o lixo, porque produzem um odor extremamente
desagradável quando o lixo começa a apodrecer. Além disso, nos lixões proliferam os ratos que transmitem doenças
e as moscas carregam em suas patas milhares de bactérias nocivas.
Os restos de lixo dissolvidos na água da chuva infiltram-se no subsolo e contaminam os lençóis de água, situados
no interior do solo e que alimentam nascentes, envenenando a água que muitos beberão. Quando se trata de
lixo tóxico produzido pelas indústrias químicas, a situação é ainda mais grave.
O lixo industrial não deve ser misturado com o lixo de origem doméstica, porque precisa de receber um trata-
mento especial.
O lixo hospitalar também necessita de um tratamento cuidadoso e especial, pois representa uma grande ameaça
à saúde, já que agulhas e outros materiais podem transmitir SIDA e outras doenças graves. O melhor a fazer com
o lixo hospitalar, é incinerá-lo.
45
UNIDADE 2 A NATUREZA É A MINHA CASA
ATIVIDADES
2 - «Os lixões, por exemplo, são uma forma inadequada de descartar o lixo, porque produzem um odor
extremamente desagradável quando o lixo começa a apodrecer».
3.3 - Além do problema mencionado nesta frase, segundo o texto, que outras consequências resultam do
inadequado tratamento do lixo?
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Pede ao professor para organizar uma aula, com consulta a revistas, livros, manuais, artigos de jornais
sobre o problema do lixo no mundo.
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A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
TEXTO 4
A ÁGUA EM CABO VERDE
Em Cabo Verde a água é escassa e as pessoas nem sempre dispõem dela em quantidade suficiente. E o que faz
o cabo-verdiano para ter água?
Algumas pessoas percorrem grandes distâncias para irem buscar água. Os técnicos fazem furos para extraírem
a água que está no subsolo. Há quem aproveite os telhados das casas para recolher a água das chuvas em bi-
dões e cisternas.
Sabes, naturalmente, que as pessoas, os animais e as plantas precisam de água para viver.
Num país como Cabo Verde onde quase sempre falta a água, não devemos desperdiçá-la.
Por vezes, a água que utilizamos provém do mar. Como há escassez de água, recorremos à dessalinização da
água do mar para obter água potável. Nalgumas ilhas, como Sal, Boa Vista e S. Vicente, e cidades como Porto
Novo e Praia, a maior parte da população só usa água dessalinizada.
ATIVIDADES
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1 - Faz uma leitura atenta do texto. Depois da sua leitura, com os colegas, discutam sobre o que ficaram a saber
a respeito da água em Cabo Verde.
2 - Agora, vais reforçar os conhecimentos adquiridos sobre a importância da água, observando as imagens
abaixo.
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UNIDADE 2 A NATUREZA É A MINHA CASA
2.1 Escolhe a imagem que mais te impressionou e fala dela. Cada colega faz o mesmo.
2.2. Com os colegas, troquem impressões sobre o que acharam dessas imagens. Façam o levantamento de
pontos comuns e diferentes.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Depois de terem lido os textos sobre a água e observado as imagens, agora, os alunos da turma vão es-
colher uma das imagens da figura e fazer um texto que relaciona a imagem com a problemática da água em
Cabo Verde.
Curiosidade:
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A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
TEXTO 5
A Natureza
Há um lugar, não muito longe daqui, onde, em apenas três quilómetros, se “ilustra” a Natureza do nosso plane-
ta. Plantas maravilhosas e únicas cobrem todo o terreno. Nelas crescem flores tão belas, tão belas que parecem
saídas do País das Maravilhas.
Por entre as magníficas flores e as plantas verdejantes, escondem-se animais pequeninos como os caracóis,
minhocas e outros que vivem à sombra dos maiores.
Junto às grandes árvores onde os passarinhos fazem os ninhos, vivem as raposas que se entretêm a apanhar
coelhos.
Na planície, pastam as ovelhas que, de vez em quando, se vão refrescar ao rio dos patos. Sim... lá passa um
lindo rio de águas frias e limpas que leva os patitos a navegar no seu leito. O som dos pássaros, do vento e das
folhagens domina o ar...
São sítios como este que nos levam a pensar: «Como é possível um Planeta tão lindo estar a ser destruído?»
49
UNIDADE 2 A NATUREZA É A MINHA CASA
ATIVIDADES
2 - Organiza uma breve conversa com o teu colega para falarem sobre a forma como o autor termina o texto:
«Como é possível um Planeta tão lindo estar a ser destruído?» Devem referir:
• Por que razão o homem tem comportamentos que destroem a natureza;
• O que se deve fazer para proteger o ambiente;
• Algumas recomendações a levar em conta para proteger o ambiente.
ATIVIDADES DE ESCRITA
50
A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
Para fixar!
Quando produzes um diálogo, deves ter em atenção o recurso a sinais de pontuação como o travessão e
os dois pontos.
Travessão ( - ) marca o início da fala das personagens;
Dois pontos (:) anunciam a fala das personagens. Usa-se também quando fazemos enumerações de seres.
Interjeições são outros recursos a utilizar. Exprimem emoções de dor, de alegria, de surpresa e outros.
Ex: oh! Uf! Ai! Ui!
Para fixar!
Sinais de pontuação
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UNIDADE 2 A NATUREZA ÉAVALIAÇÃO
A MINHA CASA
PROVA DE INTEGRAÇÃO 1
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visu-
ais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos, diálogos,
textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e nacional,
respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 1: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (diálogos, textos descritivos), respei-
tando as regras de construção desses textos e de comunicação oral.
Encontrei esta escrita numa parede no bairro de Chã de Cricket, no Mindelo (Cabo Verde) e achei interes-
sante. Parece que esta pessoa já está frustrada com seus vizinhos que até resolveu arranjar uma câmara de
filmar e fazer uma Novela Crioula.
http://daivarela.blogspot.com/2014/05/cuida-dot-eu-lixo-ou-podes-ser-filmado.html
Imagina que tu e um colega encontraram este texto numa parede nas ruas do Mindelo.
Organiza um pequeno diálogo com ele para falar de:
1. O significado da frase «Um dia vou-te filmar a pôr o teu lixo aqui» que está na imagem;
2. Por que razão é que a palavra «Fiscal...?»tem um ponto de interrogação;
3. Duas medidas para resolver o problema do lixo em Cabo Verde.
Não te esqueças de usar os sinais de pontuação adequados e de dar um título ao teu texto.
52
AVALIAÇÃO
A NATUREZA É A MINHA CASA UNIDADE 2
PROVA DE INTEGRAÇÃO 2
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visu-
ais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos, diálogos,
textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e nacional,
respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 1: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (diálogos, textos descritivos), respei-
tando as regras de construção desses textos e de comunicação oral.
A água em Cabo Verde é um bem muito preciosso e raro. Por isso, algumas pessoas não têm, em casa, a água
na torneira
https://www.google.cv/search?q=imagens
1. Observa, muito bem, a imagem e faz uma pequena descrição da mesma, referindo:
53
UNIDADE 2 A NATUREZA ÉAVALIAÇÃO
A MINHA CASA
PROVA DE INTEGRAÇÃO 3
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visu-
ais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos, diálogos,
textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e nacional,
respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 1: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em supor-
tes audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (diálogos, textos descritivos),
respeitando as regras de construção desses textos e de comunicação oral.
TEMA: A NATUREZA
1. A imagem da praia de São Pedro: como ela é, a vossa opinião sobre este lugar, se a conhecem, ou se gostariam
de a conhecer;
2. Faz três perguntas ao teu colega sobre o significado «Cabo Verde é Vida»;
3. Termina o texto com as respostas ao colega.
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
O texto da apresentação do livro «Cidadão Pikinoti» que também se pode dizer, na variante da lingua cabover-
diana de barlavento «Cidadão Piknin» começa assim:
«Esta é uma cartilha feita especialmente para vocês. Resolvemos dar-lhe o nome de Cidadão Pikinoti. E sabem
porquê?
É que os meninos e as meninas podem, desde cedo, aprender muitas coisas de cidadania. É claro que são coisas
«à vossa medida». Quer dizer, coisas de Cidadão Pikinoti.
Vão ver que não é difícil. Basta estarem atentos e terem muita vontade de participar, pois cidadania é isto mes-
mo: saber das coisas e participar.
Com a Samira e o Miguel, cada um de vocês vai poder conhecer melhor os seus direitos e deveres, mas também
as boas maneiras que as crianças devem ter para viver bem com todas as pessoas, grandes e pikinoti.
O respeito pelos outros e pela natureza, a importância da paz e da solidariedade são mais outras «coisas de
cidadania» que as crianças devem saber e praticar.
Partilhem as novidades da Cartilha Cidadão Pikinoti com os colegas da escola, todos amigos e amigas da vi-
zinhança e lá em casa também, com a família. A Professora ou o Professor que tiverem vai estar sempre por
perto a acompanhar os seus meninos nesta viagem maravilhosa que vão fazer com este livrinho que, a partir
de agora, vai ser um amigo para sempre.
Zelinda Cohen
Presidente da CNDHC
55
1
UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
ATIVIDADES
1.2 - Se há meninos de várias ilhas na tua turma, discutam as semelhanças e diferenças existentes nesta pala-
vra.
2.2 - Fala, com os teus pais, sobre a existência desta Comissão Nacional, para poderes contar à turma o que
eles sabem e pensam sobre isso.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Regista, no teu caderno, as coisas importantes sobre a cidadania que aprendeste no texto «Cidadão Pikino-
ti».
1.2 - Escreve, por extenso, no teu caderno, o significado dessas letras ou desta sigla. Já sabes o que é uma sigla?
Se não sabes, pergunta ao professor.
2 - Na cartilha «Cidadão Pikinoti», escolhe o direito da criança, ou um dever que consideras mais importante.
Escreve-o no teu caderno e justifica a tua escolha.
2.1 - Na turma, vejam o que cada um escolheu e como justificou a sua escolha.
2.2 - A que conclusões chegaram? Qual foi o direito, ou o dever mais escolhido?
56
2
CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
TEXTO 2
Faz uma leitura atenta do texto.
O menino mudo
Apetecia-lhe ficar ali um bocado a conversar com os amigos, fazer-lhes muitas perguntas e acabar com a sua
solidão, mas não podia.
Teve de se dominar para não gritar e exprimir a sua tristeza por não poder falar.
Gilda olhou atentamente o menino e, entre um gesto receoso e satisfeito, puxou-o para junto do grupo.
- Vem para aqui! – Disse com simplicidade. - Eu sei conversar contigo. Conheço o teu código. Depois explico aos
meus amigos o que dissermos.
O menino mudo, cujo nome é Daniel, sentou-se. Os gestos da Gilda tornavam o ambiente diferente, ao mesmo
tempo que faziam estabelecer uma verdadeira comunicação.
– Meu Deus! – Disse o Carlos para consigo, sorrindo. Ah! Se eu pudesse falar-lhe como a Gilda… Como seria
bom!
– É uma atitude muito bonita, Gilda: – Disse o Carlos.
– Todos nós temos de aprender a lidar com essas pessoas e incluí-las na sociedade, – Disse a Gilda.
– És muito boa, amiga – reforçou o Carlos.
– Obrigada pelo elogio, Carlos. – Respondeu a Gilda.
In Manual do 4º Ano do EB
(adaptado)
ATIVIDADES
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1 - O título do texto é «Menino mudo».
2 - «Apetecia-lhe ficar ali um bocado a conversar com os amigos, fazer-lhes muitas perguntas e acabar com a
sua solidão, mas não podia.»
2.2. Qual o sentimento que o fazia ficar longe do grupo? Justifica a tua resposta.
57
3
UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
3.2 - Como reagiram os outros meninos perante a atitude da Gilda?
3.3 - Identifica uma frase que mostra a reação de um dos colegas da Gilda.
4 - Observa bem os sinais que os surdos usam para comunicar com as outras pessoas.
5.1 - Sabes como se chamam esses sinais? Caso não, procura saber, junto do teu professor.
5.2 - Tens curiosidade em conhecer o significado de alguns deles? Procura saber como podes dizer expres-
sões como: Bom dia, boa tarde, como estás, gosto de ti…
6 - Com ajuda do teu professor, faz o levantamento dos direitos das crianças com necessidades educativas
especiais e dos deveres que devemos ter para com elas.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1.1 - Conta-nos esta história, num pequeno texto, sem se esquecer de referir os «Direitos das crianças com
necessidades educativas especiais».
2 - Se não conheces nenhuma história verdadeira, imagina-te numa situação de comunicação igual à da Gilda
em que conseguias conversar com um menino diferente.
58
4
CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
4 -Agora, completa o quadro com novas palavras aprendidas no texto e o seu significado.
solidão solidão___________________________________
simplicidade simplicidade_______________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
_________________________________________ _________________________________________
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5
UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
TEXTO 3
Com muita atenção, faz uma leitura do texto.
Prevenção rodoviária
Quem não se lembra do triste dia 30 de novembro de 2001, em que se registou o maior acidente de viação da
história de Cabo Verde? – perguntou a professora que iniciava, assim, a nossa aula sobre a prevenção rodovi-
ária.
Os alunos arregalaram os olhos, para escutar a professora que começava a falar da segurança nas estradas e
dava informações aos seus alunos sobre o dia em que as 16 pessoas tinham perdido as suas vidas e que mais
duas tinham ficado sem as suas pernas, por causa do excesso de velocidade.
Em Cabo Verde acontecem anualmente 3.715 acidentes que causam 1.026 feridos. Destes, 50 morrem. A maior
parte dos acidentes acontecem por erros humanos e deixam «marcas que permanecem» para toda a vida. E,
foi para homenagear as vítimas de acidentes nas estradas e refletir sobre a segurança rodoviária que se decla-
rou o dia 30 de novembro como o « Dia Nacional da Prevenção Rodoviária».
O «Dia Nacional da Prevenção Rodoviária» passou a ser uma data importante que deve servir para as pessoas
refletirem sobre a necessidade de ter «atitudes de cidadania» e comportamentos individuais positivos para
podermos salvar vidas na nossa sociedade.
A Direção Geral da Viação e Segurança Rodoviária e o Serviço Nacional da Proteção Civil (SNPC) realizam ações
de sensibilização junto da comunidade escolar, para promover a segurança rodoviária.
Margarida Santos
ATIVIDADES
60
6
CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
2 - A professora deu informações importantes sobre os problemas rodoviários nas estradas de Cabo Verde.
Retira do texto informações sobre:
• O número de vítimas de acidentes;
• Causas dos acidentes;
• O que se pode fazer para prevenir esses acidentes.
4.2 - Investiga e fala com os colegas da turma sobre qual o seu papel fundamental.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1.1 - Investiga, com ajuda do professor, o que quer dizer «atitudes de cidadania» e faz o levantamento de
todas essas atitudes.
2 - Procura saber se na tua comunidade aconteceu algum episódio importante envolvendo acidentes de
viação.
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7
UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
TEXTO 4
Faz uma leitura atenta do texto.
A Princesa azul
Nasceu numa ilha. A menina especial nasceu numa ilha muito grande,
e num castelo bem no alto.
O pai chamava-se BONDADE e a mãe DOÇURA.
Havia tudo o que existe no paraíso, excepto a cor. As Árvores, o Céu, o
Mar, a Terra, as Pessoas, nada tinha cor.
Mas, a ilha tinha muitos habitantes... imensos. E nenhum tinha cor.
E todos eles viviam tristes. Tinham tudo, menos cor. Nada era colorido.
A menina especial nasceu num belo dia, nasceu com uma chama inte-
rior. Uma luz que vinha de dentro, que brilhava imenso.
Quando brincava com os amigos, a menina especial parava, por instan-
tes, e olhava para o mar imenso, e interrogava-se:
- Porquê? Porque é que nada tem cor? A terra, o mar, o céu, as pessoas, as árvores, as flores. Tem que haver
algo mais. A vida seria mais bonita e alegre se todos tivessem cor.
Assim, foi crescendo, sempre colocando a mesma questão:
- Porquê?
Quando já era uma donzela, sentava-se longas horas no alto da colina, olhando para o mar...
E chorava, chorava, porque a vida não tinha cor. Chorava porque queria mudar, queria sonhar, queria encon-
trar o amor...
E, quando chorava, as suas lágrimas gotejavam para o mar. Uma e outra, e outra ... Eram tantas lágrimas
todos os dias.
E as lágrimas, ao caírem no mar, sem que ninguém visse, tomavam cor e tornavam-se azuis. Eram gotas
azuis...Uma após outra, e outra...
Anos mais tarde, as pessoas começaram a notar uma mancha de cor, no mar, junto à costa. E viram, então,
que era no local onde a donzela chorava lágrimas azuis.
Estas lágrimas azuis espalharam-se, envolvendo toda a ilha e, por fim, todo o mar. Agora, o mar tinha cor. Era
azul. O mar finalmente tinha cor.
Foi uma alegria. As pessoas fizeram uma festa. Agora algo tinha cor.
E o céu, que se refletiu no mar, também ficou azul.
62
8
CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
De repente, tudo se modificou. Havia cor. E as pessoas começaram a ficar mais felizes. Já não sonhavam com
cores. Agora tinham uma cor: o azul.
Resolveram então chamar à donzela – a princesa azul. Porque era uma menina especial, porque era a filha mais
nova da rainha DOÇURA.
E, assim, a princesa azul ficou mais alegre, e deixou de chorar. Já não chorava. Agora apenas sonhava.
Sonhava com um príncipe encantado.
E foi então que apareceu o SOL: brilhante, amarelo e intenso. E tudo se modificou. A princesa azul ficou apai-
xonada. Era aquele o príncipe encantado. Ele brilhava, como ninguém mais brilhava. Ele aquecia as pessoas.
Ele era a vida.
E o coração da princesa azul batia, batia, batia, sempre que sentia o calor do Sol. E o Sol, que tinha percorrido
o Mundo inteiro à procura duma princesa, também se apaixonou. Passava horas e horas junto à princesa. Brin-
cavam, divertiam-se imenso.
E, quando iam dormir, ficavam tristes, tristes e tudo ficava escuro. Nasceu, assim, a Noite. A noite era quando
o Sol ficava triste. E começou a aparecer a Lua. Branca e brilhante. A lua era quando os apaixonados sonhavam.
Mais tarde, casaram a princesa azul e o Sol amarelo. Tiveram muitos filhos. Da sua união surgiu o verde. A terra
ficou verde, resplandecente.
Então, o Mundo sofreu uma transformação: surgiu o arco-íris. E apareceram todas as cores. Tudo afinal tinha
cor. As pessoas finalmente começaram a ser felizes.
A cor tornou as pessoas mais alegres e confiantes. E, hoje, já ninguém se lembra do tempo em que o Mundo
não tinha cor.
ATIVIDADES
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1 - O título do texto é «Princesa Azul». Como era a princesa?
2.1 - Sabes que esses nomes dizem respeito a valores que se deve ter numa sociedade. O que pensas sobre
isso?
63
9
UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
6 - Escreve, no teu caderno, tudo o que aconteceu depois do casamento entre a princesa e o sol.
7 - Com ajuda do teu professor, tenta saber o que significa uma história fantástica.
7.1 - E tu, alguma vez já sonhaste com alguma história que é apenas uma fantasia? Conta-a aos colegas e ao
professor.
«Anos mais tarde, as pessoas começaram a notar uma mancha de cor, no mar, junto à costa.»
ATIVIDADE DE ESCRITA
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10
CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
TEXTO 5
Lê atentamente o texto que se segue.
Tem modos …
Suzana Doblinski e Albertina Costa Ruiz, Não fale de boca cheia e outras dicas de etiquetas para crianças
(adaptado)
Para fixar!
ATIVIDADES
1 - Depois de o teres lido, pensa no que são «boas maneiras e bons modos».
1.1 - Discute, no grupo, as vantagens de se ter boas maneiras e bons modos na família, na escola e na socie-
dade, em geral.
65
11
UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
1.2 - Propõe algumas regras de convivência na escola e na comunidade e de respeito pela natureza.
2 - Com o teu par, investiguem o que podem fazer para ajudar nas tarefas domésticas.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Elaborem (em trabalho de par ou grande grupo) uma listagem de tarefas domésticas diárias.
1.1. Peçam ajuda ao professor de educação visual e façam um cartaz com essas tarefas que poderá ser coloca-
do em casa.
Para fixar!
Nunca digas que os teus pais não estão em casa, ou que tu estás sozinho.
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12
CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
TEXTO 6
Lê, com muita atenção, o texto.
Palavrinhas mágicas
Presta atenção ao que te vou contar! Era uma vez, dois meninos que viviam numa terra muito distante. Tudo
o que sabiam, tinham aprendido nos livros de histórias, nas conversas com os pais…
Ao ler o livro «As boas maneiras», ficaram a conhecer algumas palavras mágicas e resolveram dividir com a
turma o que tinham aprendido. E começaram assim.
- Conhecem as palavras mágicas? Existem muitas e moram na boca de toda a gente. Só que às vezes nos es-
quecemos delas. Mas, elas precisam de ser usadas e é sempre bom tê-las na ponta da língua.
As coisas podem ser muito mais agradáveis quando elas participam do nosso dia a dia. Por isso, podes e
deves usá-las sempre. Por exemplo, quando estiveres tomando o pequeno-almoço e quiseres um pouco de
manteiga, experimenta dizer:
- Alguém me pode passar a manteiga, por favor?
Quando abordares alguém na rua para saber as horas ou pedir uma informação, não te esqueças de dizer:
- Obrigado. Obrigada!
Se estiveres andando por uma calçada e esbarrares em alguém, não te esqueças de dizer:
- Desculpe-me.
Se fores entrar em algum lugar, que tal dizer:
- Com licença, posso entrar?
Repara como fica deselegante dizer simplesmente:
- Quero um pouco de leite!
- Passe-me a colher!
Então, já perceberam a diferença? Toda a gente já entendeu? A diferença está em sabermos usar as boas
maneiras!
Suzana Doblinski e Albertina Costa Ruiz, Não fale de boca cheia e outras dicas de etiquetas para crianças
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
ATIVIDADES
2.1 - E tu, consideras-te uma criança que respeita as pessoas? Justifica a tua resposta.
3 - Lê a seguinte frase do texto «As coisas podem ser muito mais agradáveis quando elas participam do nosso
dia a dia».
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Se todos os meninos, todas as pessoas forem muito educadas, fizerem boas ações e estas contaminarem
mais pessoas, como achas que seria o mundo?
2 - Já presenciaste alguma ação bonita (ou não) praticada por um (a) menino (a) educado (a)?
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
TEXTO 7
Com muita atenção, faz a leitura do texto.
Para mim, o imperfeito é aquele que ignora o outro e que se sente melhor do que ele do ponto de vista físico
ou mental. Que eu saiba, ninguém tem total controlo sobre o seu destino, portanto, muitas vezes, e de re-
pente, doenças, acidentes e outras infelicidades batem-nos à porta, deixando-nos com defeitos e problemas
para o resto da vida.
Ninguém está livre disto e quando acontece, precisamos da ajuda dos outros para fazermos as coisas básicas
do quotidiano, daí que tenho o dever de fazer aos outros aquilo que eu gostaria que me fizessem, caso eu
necessitasse. Enfim, a lição que os meus pais me deram foi bem aprendida.
Há uma semana, as aulas começaram e uma das coisas que eu faço, todos os dias, é ir à casa da minha amiga
e colega de turma Maria Alina, que só se pode deslocar numa cadeira de rodas, para lhe ajudar a entrar no
transporte porque a mãe dela está muito velha e já não tem muita força para enfrentar as lutas da vida. De-
pois, ajudo-lhe a fazer todos os deveres escolares, converso e brinco com ela nos recreios.
Há dias, o meu professor aplaudiu a minha atitude e, a partir desse dia, todos os colegas de turma passaram
a fazer a mesma coisa, ou seja, a Maria Alina já não fica nem um minuto sozinha porque todos a querem aca-
rinhar. Para mim, o mais importante é que ela se sinta integrada em casa, na escola, na rua, enfim, em todos
os lugares por onde ela passa. Afinal, é um direito que ela tem e ninguém lho poder tirar.
Nelo Canuto Monteiro de Pina (20/07/2013)
ATIVIDADES
4 - Com todos os colegas, e com ajuda do professor, promovam uma conversa para falar sobre:
• Respeito pelo diferente e aceitação do outro;
• Reconhecer as diferenças nas pessoas.
5 - Quando as crianças com deficiências estudam nas nossas escolas, brincam com todos os meninos, são
respeitadas e acarinhadas, dizemos que estamos a fazer a inclusão.
6 - O ano (2014/2015) foi o ano de solidariedade para com crianças com paralesia cerebral.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Sabias que em Cabo Verde muitos atletas que participam em jogos e campeonatos internacionais são
portadores de deficiência?
1.2 - Pesquisa e faz uma lista de pessoas, mesmo com limitações/deficiências, que deixaram marcas positivas
neste tipo de desporto em Cabo verde.
Para fixar!
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
TEXTO 8
Faz a leitura do texto.
O Guarda Vidal
O guarda Vidal é um polícia muito simpático e divertido que gosta tanto, mas tanto
de crianças, que resolveu fazer canções para elas. Canções feitas para as divertir
e ensinar as regras de segurança nas estradas. Têm uma mão-cheia de regras de
segurança, pois circular é viver!
Quando vocês ouvirem o CD vão achar mesmo engraçado! Uma das canções diz
assim:
«Brincar no meio da estrada
É estar em perigo de vida.
http://darwinismo.files.wordpress.
Se aparece um automóvel com/2010/11/309_trafficcop.jpg
Pode não haver saída.
E se fores atropelado
Até podes morrer.
Imagina só o desgosto se a tragédia acontecer.»
Adaptação
In Parar e Andar com o guarda Vidal
CD Polygram, 1997
ATIVIDADES
1.1 - Diz se conheces alguém em Cabo Verde que desempenha um papel parecido com o do guarda Vidal.
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
ATIVIDADES DE ESCRITA
1.2 - Cada aluno faz a leitura da história que encontrou. Escolham uma que acharam mais interessante.
- A ação
São os acontecimentos vividos pelas personagens. São os pequenos factos que se vão desenrolando ao longo
da história. Uma história deve ser bem construída, o que significa que os acontecimentos se devem encadear
segundo uma ordem lógica:
In: http://segundociclo.webnode.pt/products/texto-narrativo-/
(adaptado)
Para fixar!
Texto narrativo é um texto em que o narrador relata a alguém uma situação, um acontecimento, ou uma
história praticada por personagens.
No texto narrativo podemos fazer descrição, exposição, diálogo, etc.
Normalmente, este tipo de texto apresenta alguns elementos como: narrador, personagem, ação, espaço
e tempo.
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO AVALIAÇÃO
A TUA CIDADANIA
PROVA DE INTEGRAÇÃO 1
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais,
visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos,
diálogos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e
nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 2: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (narrativos), respeitando as regras de
construção desses textos e de comunicação escrita.
TEMA: CIDADANIA
Ser cidadão
Ser cidadão é respeitar o seu semelhante, é respeitar as leis, é respeitar o meio ambiente. Ser cidadão é par-
ticipar das decisões da sociedade e contribuir para a sua melhoria.
Assim sendo, o exercício da cidadania consiste em pequenos atos praticados em nosso dia a dia como, por
exemplo, o que vês na imagem.
HTTP://UNISINOS.BR/BLOGS/CIDADANIA/
Tu vais participar na preparação de textos para o jornal de parede. Cada um deve escrever uma «História de
aprender cidadania».
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
EXPRESSÃO ESCRITA
Baseando-te no texto que acabaste de ler, vais terminar a história que se segue para colocar no jornal de
parede. Deves:
1 - Copiar, para o teu caderno, a primeira parte do texto «Aprender cidadania» e continuar a desenvolver os
acontecimentos, segundo uma ordem lógica;
2 - Terminar a história com duas recomendações;
3 - Classificar o narrador desta história;
4 - Completa, então, a história.
Aprender cidadania
Os alunos tinham acabado de fazer a avaliação de português e preparavam-se para brincar. Repararam que
senhor Zé, o contínuo da escola, estava triste e todo vestido de preto.
A Isabel, também, não tinha o sorriso habitual. Parece que a prova não lhe tinha corrido muito bem.
- Eu tenho uma proposta de jogo, disse o Pedro. Vamos fazer perguntas sobre coisas de cidadania.
- Não, eu tenho uma proposta melhor. Vamos fazer uma grande roda cantada em que todos podemos parti-
cipar. Chamamos o senhor Zé e ele pode ajudar a mover a cadeira da Isabel.- Declarou o Milton.
-Mas, a Isabel …
(…)
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO AVALIAÇÃO
A TUA CIDADANIA
PROVA DE INTEGRAÇÃO 2
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais,
visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos,
diálogos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local
e nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 2: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (narrativos), respeitando as regras
de construção desses textos e de comunicação escrita.
A Natureza
Cuide da Saúde do Planeta. Não desperdice água, não jogue lixo no lugar errado, não maltrate os animais ou
desmate as árvores. Por mais que você não queira, se nascemos no mesmo planeta, compartilhamos com ele
os mesmos efeitos e consequências de sua exploração.
EXPRESSÃO ESCRITA
1. Faz de conta que és o professor da turma e que precisas de falar com os alunos sobre as atitudes cidadãs
a ter com a natureza. Com base nas informações dadas no texto «A natureza», vais preparar um texto escrito
em que contas aos colegas quais as atitudes cidadãs que devemos oferecer à sociedade, ao meio ambiente,
à escola e ao bairro onde moras.
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AVALIAÇÃO CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
PROVA DE INTEGRAÇÃO 3
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais,
visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos,
diálogos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local
e nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 2: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (narrativos), respeitando as regras
de construção desses textos e de comunicação escrita.
Hoje, vais chegar mais tarde às aulas, porque vais ao médico. O professor disse que, depois da consulta, deves
contar à turma tudo o que se passou contigo no consultório.
Escreve um pequeno texto, com o título «saúde é cidadania» para que não te esqueças das coisas importan-
tes que vais contar aos colegas. Explica-lhes:
1. O significado do título do texto «saúde é cidadania»;
2. Por que razão é importante ir ao médico;
3. O que aconteceu contigo pela primeira vez que foste ao médico.
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
Textos informativos
TEXTO 1
José Gonçalves é um produtor, realizador e animador de um programa da rádio sobre os problemas de trân-
sito em Cabo Verde.
Há 37 anos que José Gonçalves trabalha para ter mais e melhor segurança rodoviária em Cabo Verde e até já
escreveu um livro chamado «Programa de Ensino para Formação de Condutores», para ajudar os condutores
a melhorar o seu procedimento na via pública, de forma a evitar acidentes.
Com a sua célebre frase «mais vale um pé no travão que dois no caixão»,
José Gonçalves fala sobre os sinais e regras de trânsito, como evitar acidentes
nas estradas, o respeito pelos peões, como é que as crianças devem andar nas
ruas e atravessar as estradas, etc. Quando se pergunta a José Gonçalves por
que razão há acidentes nas estradas ele responde:
- Os acidentes nas estradas cabo-verdianas acontecem por falta de educação
rodoviária. Muitos condutores guiam em excesso de velocidade, põem gente a mais nas suas viaturas e não
respeitam as regras de trânsito.
O animador do programa radiofónico «Segurança Rodoviária» chama a atenção de todos para a necessidade
de as nossas escolas, os nossos condutores e a sociedade civil trabalhar para se fazer uma boa educação e
prevenção rodoviária e ter mais civismo nas estradas. Só assim podemos acabar com a perda de vidas nas
estradas de Cabo Verde.
Adaptação
Margarida Santos
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
ATIVIDADES
2 - Qual é o meio de comunicação que ele utiliza para falar com as pessoas?
3 - O que significa «Educação Rodoviária»? Diz, por palavras tuas, o seu significado.
4 - Diz se alguma vez atravessaste uma rua sozinho. Explica como é que procedeste.
5.1 - Sugere ao professor que traga um aparelho de rádio para ouvirem um programa.
Ou que…
5.2 - Peça a um dos funcionários dos Serviços da Prevenção Rodoviária para vir falar à tua turma sobre o
assunto.
5.3 - Falaste na possibilidade de fazer um convite? Vamos ler o texto seguinte, para veres como se escreve
um convite!
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
TEXTO 2
CONVITE
A turma do 3º ano, da Escola Manuel Rodrigues Gomes (EMRG), tem o prazer de convidar o Excelentíssi-
mo Senhor Responsável dos Serviços da Prevenção Rodoviária para fazer uma conversa com os alunos,
na sala de aula, sobre as «Regras de Segurança nas Estradas», no dia 24 de abril de 2014, das 10 horas às
10 h 45mn.
Os nossos cumprimentos.
ATIVIDADES
2 - Quem o fez?
3.1 - Qual é o assunto que vai ser tratado? Dá a tua opinião sobre a importância desse assunto.
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Copia, para o teu caderno, a primeira parte do convite.
2.1 - Diz em que tempo e modo se encontram os verbos que foram usados nas frases.
3.1. Em trabalho de grupo e com ajuda do professor e dos colegas vão discutir o seguinte:
• Que tipo de convites mostra os exemplos?
• Faz o levantamento das informações dadas nos três convites: ( ex. o local do evento, a hora...)
• Como é constituído um convite?
• Qual o convite que acharam mais interessante? Porquê?
• Façam o levantamento de coisas iguais e diferentes nos convites.
Para fixar!
O convite é um texto informativo escrito com objetivo de pedir a presença de alguém numa reunião,
numa festa, etc.
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA
TEXTO 3
Lê, agora, o seguinte aviso!
AVISO
A Gestora da Escola do Ensino Básico da Achada Grande avisa todos os alunos que a reunião com os pais e
encarregados de educação terá lugar amanhã, às 16:00 horas, no anfiteatro da escola.
Atenciosamente,
A Gestora
Carla Lopes
Carla Lopes
ATIVIDADES
AVISO
São avisados todos os pais e encarregados de educação que os manuais escolares das disciplinas de
língua portuguesa e matemática do 9º ano de escolaridade já se encontram disponiveis nas livrarias.
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
AVISO
Avisa-se que os horários escolares para este ano letivo foram devidamente retificados e já estão afixados
no átrio da escola, pelo que devem ser consultados antes do início das aulas, previsto para daqui a dois
dias. Pedimos desculpa pelo transtorno causado.
Saudações cordiais,
Mosteiros, aos 14 de setembro de 2014.
A Direção da Escola Básica do Fonsaco.
4.1 - Distingue a forma como começa cada um dos avisos que acabaste de ler.
4.2 - Identifica o assunto de cada um deles.
4.3 - Faz o levantamento da forma como cada um deles termina.
4.4 - Agora, depois de teres lido e respondido às questões anteriores e todos os avisos acima apresentados,
já podes dizer para que serve um aviso.
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - A partir de um assunto à tua escolha, elabora um aviso para a turma. Pede ao professor para o comparar
com os dos colegas para poderes ver diferentes formas de fazer avisos.
Para fixar!
Um aviso é um texto informativo utilizado para fazer saber alguma tomada de decisão ou informação de
que as pessoas desconhecem.
Um aviso é constituído por:
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO AVALIAÇÃO
A TUA CIDADANIA
PROVA DE INTEGRAÇÃO 1
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais,
visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos,
diálogos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local
e nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 3: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos informativos: (convite, aviso), res-
peitando as regras de construção desses textos e de comunicação escrita.
TEMA: EXPOSIÇÃO
Estão a chegar as férias grandes. A tua escola vai preparar a exposição de todos os trabalhos feitos pelos
alunos do 3.º ano, por grupos de disciplinas. Os pais e encarregados de educação, as famílias, a comunidade
e amigos da tua escola vão ser convidados para visitar a exposição.
A Carla foi eleita secretária e ela vai ter que fazer dois modelos de convites: um para os pais e outro para os
colegas das turmas do 4.º ano.
EXPRESSÃO ESCRITA
1. Com base nas informações dadas, ajuda a Carla a decidir a quem dirigir os convites e quem os vão enviar.
1.1. Escreve os convites.
2. Depois de escrever os convites, identifica as partes que o constituem.
3. Faz o levantamento das informações dadas nos dois convites.
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AVALIAÇÃO CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
PROVA DE INTEGRAÇÃO 2
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais,
visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos escritos significativos,
diálogos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local
e nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 3: PATAMAR 3: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base
em suportes audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos informativos: (convite,
aviso), respeitando as regras de construção desses textos e de comunicação escrita.
TEMA: EXPOSIÇÃO
EXPRESSÃO ESCRITA
1. Com base nas informações dadas, ajuda a Carla a decidir a quem dirigir os avisos. Quem os vai enviar.
1.1. Escreve os avisos.
2. Depois de escrever os avisos, identifica as partes que o constituem.
3. Faz o levantamento das informações que eles contêm.
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UNIDADE 3 CONSTRUINDO AVALIAÇÃO
A TUA CIDADANIA
PROVA DE INTEGRAÇÃO 3
Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais,
visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o aluno produz textos escritos significativos, diá-
logos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e
nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 3: Numa situação de comunicação, com base em suportes áudio, audiovisuais, visuais e/ou es-
critos (cartazes, histórias, excerto de textos), o aluno produz textos escritos significativos, diálogos, textos
descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos da comunidade local e nacional, res-
peitando as regras da comunicação escrita.
Durante as férias, são várias as atividades que desenvolvem na ilha onde vives. Desta vez, vai haver uma
grande feira de artesanato com exposição e venda de produtos.
A tua escola vai participar e aproveitar para vender alguns trabalhos e angariar fundos. Os alunos da turma
participam na divulgação da feira.
EXPRESSÃO ESCRITA
1. Com base na imagem, escreve um aviso a toda a comunidade educativa, para divulgar a realização da
feira (deves indicar onde e quando ela vai ocorrer).
2. Que produtos vão estar à disposição dos visitantes.
AVISO
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CONSTRUINDO A TUA CIDADANIA UNIDADE 3
3. Os pais e encarregados de educação merecem uma atenção especial. Por isso, vais elaborar um convite,
para enviar a cada um.
CONVITE
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AVISO CONVITE
Bom trabalho!
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
Imagino-me um livro
Com as folhas abertas
Qual pássaro esvoaçando
Cansado sim, mas de tanto
Estar quieto na estante.
Não gostaria de estar constipado
Do pó acumulado,
Antes quero estar nas mãos das crianças
Velhos
Homens
Mulheres!
Pedro Silva
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HISTÓRIAS DE ENCANTAR UNIDADE 4
TEXTO 1
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
ATIVIDADES
ATIVIDADE DE ESCRITA
1 - Com os colegas de grupo e com ajuda do professor, escreve como começou e terminou a história.
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HISTÓRIAS DE ENCANTAR UNIDADE 4
TEXTO 2
Lê, com muita atenção, o texto.
Era uma vez um Príncipe que vivia num Palácio sumptuoso à beira de um lago encantador...
Era muito rico, tinha tudo o que queria materialmente. Bastava pedir e, como que por magia, tudo aparecia.
Tudo não! Pensava que tinha tudo, mas não tinha.
A vida não era só materialismo.
Não sabia, mas vivia na escuridão.
Não tinha luz na sua vida. Não havia Sol no seu Mundo.
A pouco e pouco, apercebeu-se da sua escuridão.
Meditou...
Um dia, decidiu que tinha que mudar alguma coisa... E, assim, assinou um decreto que dizia:
- Ofereço o meu Castelo sumptuoso a quem preencher o vazio que me ocupa... Tinha descoberto que lhe
faltava uma parte dele próprio!
O reino mandou afixar cartazes em todo o território.
Um belo dia, apareceu uma candidata ao Castelo que se chamava Esperança!
Assim que ela entrou no Castelo, surgiu uma luz incipiente, mas rapidamente desapareceu.
Não era a Esperança a parte que lhe faltava...
Um outro dia, surgiu outra candidata à porta do Castelo. Vinha envolta num grande alarido, era a Alegria!...
No Castelo, espalhou-se a notícia e rapidamente eclodiram sorrisos nas faces do povo.
No Mundo do Príncipe surgiu uma luz forte, mas também rapidamente desapareceu.
Não era a alegria a parte dele próprio que lhe faltava.
Passaram-se dias e dias, até que apareceu outra candidata, a Fé!
Entrou de mansinho e rapidamente surgiu uma luz intensa, mas também se extinguiu rapidamente.
Não era ela quem lhe preenchia o vazio...
Apareceram outras candidatas, entre as quais a coragem, mas nenhuma delas fez surgir a luz no Mundo do
Príncipe.
Passaram-se dias, anos....
O príncipe triste e desiludido partiu então à procura da Terra da Paciência!...
Aí, ouviu os seus residentes, recebeu conselhos e agradeceu a todos eles.
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
De volta ao Palácio sumptuoso, encontrou à porta uma candidata cativante que acendeu uma luz muito in-
tensa, era a Amizade!
De repente, o Príncipe percebeu que era aquela a parte dele próprio que lhe faltava. Todos sorriram de felici-
dade.
Mas, passadas umas horas, o Mundo do Príncipe ficou novamente na escuridão!...
Desiludido, pensou não mais encontrar a luz da sua vida, a parte que lhe faltava!
Pensou então nos conselhos dos residentes na Terra da paciência e resolveu não desistir...
Porque quem desiste, não vence!...
E soube esperar, trabalhando o interior, construindo os alicerces da estrutura da sua personalidade...
E, um dia, tudo mudou!
O príncipe apercebeu-se dum clarão. Olhou à janela e ao longe via uma luz imensa que se aproximava...
Correu à porta do Castelo esperou...
Mais perto, apercebeu-se de alguém que tinha um olhar meigo e doce, um corpo esbelto e uma luz imensa
que irradiava do seu coração...
- Quem és tu? - perguntou o Príncipe.
- Sou a Estrelinha de luz! A estrela do amor!
De repente, algo mudou!
O Príncipe sentiu algo a mexer-se dentro dele, como se estivesse a ser preenchido. E sentiu-se um Todo!
Ela era a parte que lhe faltava! Era uma parte dele próprio!
Era a luz que iluminaria o seu caminho e o seu Mundo!
Só o amor preencheu o vazio que estava dentro dele. Só o amor o preencheu. Só o amor fez desaparecer a
escuridão...
António Ramalho (2008)
(adaptado)
ATIVIDADES
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38
HISTÓRIAS DE ENCANTAR UNIDADE 4
5 - Será que a personagem conseguiu o seu objetivo no fim da história? De que forma?
ATIVIDADE DE ESCRITA
1 - Escreve, no teu caderno, um pequeno texto e conta-nos algum acontecimento interessante que tenha
passado contigo e de que gostaste.
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
TEXTO 3
Faz uma leitura atenta do texto.
Coração Bom
Era uma vez um coração, muito bonito, muito bonzinho, que vivia no corpo duma donzela, muito linda.
Um dia, cansado de estar sozinho lá dentro, decidiu sair e procurar o seu coração encantado. E procurou,
procurou até que encontrou um coração muito mau.
- Queres casar comigo? - disse o coração mau.
- Não, não quero! - E desatou a correr.
Encontrou depois um coração muito velho.
- Queres casar comigo? - disse o coração velho.
- Não, não quero!
Mais tarde, cansado de andar, sentou-se numa pedra, na berma da estrada. Passou então um coração muito
grande.
- Queres casar comigo? - disse o coração grande.
- Não, não quero! - E continuou a andar.
Passou então por ele um coração falso.
- Queres casar comigo? - disse o coração falso.
- Não, não quero! - E continuou o seu caminho.
Muito cansado, e desesperado, sentou-se junto a uma árvore e adormeceu. Estava a sonhar, quando acordou
sobressaltado. Uma lágrima tinha-lhe caído em cima. E outra. E outra. Olhou para cima, e viu um coração
despedaçado, chorando no cimo da árvore.
- Ninguém me quer. - Dizia o coração despedaçado.
- Eu quero. - Disse o coração da donzela.
E, juntos, saltaram para o mesmo corpo e viveram felizes.
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HISTÓRIAS DE ENCANTAR UNIDADE 4
ATIVIDADES
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Com ajuda do professor, classifica morfologicamente as palavras sublinhadas nas frases seguintes:
• «Encontrou depois um coração muito velho.»
• «Muito cansado, e desesperado, sentou-se junto a uma árvore…»
2 - Escreve, de novo, a primeira frase substituindo “velho” por uma palavra com significado contrário.
3 - Num pequeno texto escrito, tenta prolongar, em mais quatro ou cinco linhas, a história que acabaste de
ler.
Para Fixar
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41
UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
TEXTO 4
Lê atentamente o texto.
O tartaruga adivinhador
Chegando uma ocasião, o Tartaruga que costumava andar sempre no Palácio, disse garantir que adivinhava
qualquer sonho do Imperador, especialmente o que ele tinha sonhado ontem e que ele era capaz de adivi-
nhar o que era o sonho.
Uma vez, o senhor Imperador levantou-se de manhã muito cedinho, mandou chamar o Tartaruga e disse-lhe:
– Ó meu amigo Tartaruga! Disseste-me que qualquer pensamento que eu tenha de noite és capaz de dizer
o que é que foi? Então, és capaz de me dizer que sonho é que eu tive? Vamos lá ver se sabes o que é! Anda!
O Tartaruga, muito esperto, com o “casco tchibi-tchibi”, (muito inteligente) disse:
– Bom senhor, Imperador, dá-me licença que vá para minha casa, de maneira a ver se sou capaz de dizer
o que é…
O senhor Imperador disse que sim e o Tartaruga foi para casa por muitos dias e nunca mais aparecia, sempre
a estudar como é que ia saber o que o senhor Imperador sonhara, na semana passada, na sua cama.
Meteu-se pelo mato, arranjou penas de muitos pássaros, colocou-as no corpo a fingir que era pássaro, voltou
para o Palácio e começou a tremer:
–Hum…Hum…Hum…
A senhora Rainha, muito admirada disse:
– Olha este bicho! Se o Tartaruga cá estivesse, era muito capaz de dizer ao senhor Imperador que pássaro
é. Ele anda sempre no mato e é capaz de conhecer todos os pássaros.
– Olha; o Tartaruga é um bicho desgraçado. Ele disse-me que era capaz de dizer, o sonho que eu sonhei era
uma bala de izaquente [fruto de São Tomé], mas não há maneira de adivinhar. Há uma semana que ele saiu
p’ra estudar o assunto e nunca mais apareceu com bala de izaquente.
O Tartaruga ouviu esta conversa e fugiu imediatamente sem ninguém saber que ele estava a fingir de pássa-
ro, só para saber o sonho que o Imperador tinha sonhado.
Nessa tarde, o Tartaruga apareceu no Palácio e trazia uma bala de izaquente... Vinha a rir, muito satisfeito e
quando viu o senhor Imperador, gritou assim:
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HISTÓRIAS DE ENCANTAR UNIDADE 4
– Ó senhor Imperador! Cá estou eu outra vez! Aqui está a coisa com que o senhor sonhou! A bala de izaquente!
E mostrou a bala de izaquente.
O senhor Imperador achou muita graça e pagou a aposta, que era de muito dinheiro, ao esperto do senhor
Tartaruga...
Conto santomense
(adaptado)
ATIVIDADES
2 - Achas que o tartaruga falou a verdade? Retira uma frase do texto que comprova a tua resposta. Escreve-a
no teu caderno.
3 - Como viste, o tartaruga conseguiu cumprir a promessa. O que fez para conseguir resolver a situação?
ATIVIDADE DE ESCRITA
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
TEXTO 5
Lê o texto que se segue.
Menina Esperta
Era uma vez, quando o mundo era escuro, no Paul não havia estradas. As pessoas subiam montes, desciam
vales, atravessavam ribeiras, desbravavam aquedutes, para chegarem à Vila das Pombas. As pessoas viam
gongons, minguardas e outras almas penadas ao meio-dia de tarde.
Tanto o vale do Paul como o vale da Ribeira de Janela eram verdejantes, pois havia bananeiras de cachos em
ouro e águas cantantes no fundo das ribeiras, dançarinas eternas.
Tempos depois, veio uma grande secura. As pessoas de Ribeira das Pombas, Lombinho, Praia de Gi e Janela
passavam por grandes dificuldades. Os lombos, os fundos, as ribeiras e as encostas não pariam nada.
Ora, ficou-se a saber que na Vila das Pombas havia um homem branco que vendia milho e feijão baratos.
Assim, o pai e o filho mais velho de uma família que vivia em Lombo Comprido de Janela resolveram viajar
até a Vila, ainda a terra enlutada, para comprar alguns litros de milho e feijão. Levantaram-se quando o galo
deu a primeira pousa. Desceram vales, subiram montes, atravessaram ribeiras, desbravaram aquedutes, para
chegarem à Vila das Pombas. Saíram muito cedo, porque queriam despachar depressa para poderem chegar
a Penedo de Janela a tempo de comprarem algum peixe seco lá na Furna, antes de anoitecer.
Depois de terem feito as suas compras e arrumarem tudo nas bestas, rumaram para casa, tomando o beco
da igreja matriz.
Minutos volvidos, estavam no Kavoke Kuskus e tiveram a sensação de terem visto uma coisa ruim. Inicialmen-
te, ficaram com medo e cada vez que subiam mais a coisa preta que andava saltitando, como se tivesse uma
única perna, continuava atrás deles. O homem então disse:
– Ó meu filho, essa coisa é uma kanelinha! Corramos!
Desataram a correr deixando para trás as duas bestas com a carga. Chegaram esbaforidos a Janela. Não con-
seguiam contar aquilo que tinham visto, mas as pessoas desconfiavam que tinham visto alguma coisa ruim.
A partir daquele dia, todas as pessoas começaram a dar conta dessa coisa ruim que atacava as pessoas lá no
Kovoke Kuskus.
Então, uma rapariga muito destemida desconfiou daquela estória e quis tirar tudo a limpo. Já que aqueles
homens, ditos mais corajosos, nada faziam, seria uma mulher a acabar com aquela história.
Um certo dia, deixou que se escurecesse e tomou um fotxe, arrumou um fuzil e subiu montes, desceu vales,
atravessou ribeiras, desbravou aquedutes, para chegar à Vila das Pombas a fim de tirar tudo a limpo.
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Chegou a Kovoke Kuskus antes da meia-noite. Instalou-se numa furna e dormiu o seu sono da vida. No dia
seguinte, ao amanhecer, acomodou-se ainda mais para que ninguém a conseguisse avistar.
Por volta do meio-dia, vinha uma mulher com uma carguinha na cabeça e eis que ela viu um vulto a aproxi-
mar-se dela do lado esquerdo. Preparou o seu manto branco, ficando com uma pequena abertura só para ver
e desceu do lado direito. Por azar, a mulher viu o gongon de branco e gritou. A rapariga emitiu um guincho
como um agoiro dos corvos, correndo para o gongon que atacava as pessoas. Ele desatou a correr, deixando
para trás as roupas. Não acreditou no que viu. Afinal não era gongon nenhum, era um homem que se metia
dentro de um saco, vestia as roupas pretas, fazendo passar por uma kanelinha. Não deu muitos passos e esta-
telou-se no chão, porque o saco atrapalhou-o. A rapariga mandou a senhora ir chamar outras mulheres lá na
Ribeira das Pombas. Ataram-no e levaram-no para toda aquela banda até Janela, demonstrando aos homens
a sua valentia. O homem ficou envergonhado e disse que era a falta de comida que o fazia fazer isso.
Então a normalidade regressou a aqueles lugares e por sorte veio uma chuva braba que trouxe muita
fartura. A rapariga passou a ser respeitada e venerada em todo o Paul, pois acabou com uma estória falsa de
gongon que atormentava as pessoas.
ATIVIDADES
3 -Procura uma passagem do texto que mostra que as mulheres, também, são corajosas.
4 - Como reagiu a população do Paúl depois da menina ter acabado com a história do falso gongon?
5 - No conto a “Menina Esperta”, destaca-se uma personagem que podias considerar heroína. De quem se
trata?
6 - Como caraterizas o seu papel, tendo em conta a importância que tem na narrativa?
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Para fixar!
ATIVIDADES DE ESCRITA
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3 - Após ter iniciado a história, ele mostra o que aconteceu e como foram resolvidos os problemas. Faz o
registo desta parte da história, no teu caderno.
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TEXTO 6
Lê, com muita atenção, o texto.
A gratidão do Leopardo
Eianga dia Ngenga tomou a sua espingarda dizendo:
— Vou caçar!
Entrou para o bosque e foi caçar. Não encontrou caça, e disse:
— Vou voltar.
Voltava para casa quando encontrou o senhor Leopardo que estava engalhado numa forquilha de árvore.
Vendo Nianga, o Leopardo exclamou:
— Pai Nianga ajude-me!
— Quem te pôs nesta árvore?
Ele respondeu:
— Engalhei-me, quero falar-te.
Nianga libertou-o e o Leopardo ficou no solo, dizendo:
— O Elefante colocou-me na forquilha da árvore. Quem salva a vida, salva tudo. Há dois dias que estou na
árvore. Dê-me comida.
Nianga respondeu:
— Onde irei encontrar comida?
O Leopardo declarou:
— Em qualquer parte…
Nianga interrompeu-o de imediato:
— Perdão. Em qualquer parte como?
Não tendo outra solução, Nianga tomou seu cão e o entregou ao senhor Leopardo. O senhor Leopardo
comeu-o e disse:
— Não estou satisfeito!
Nianga tomou ainda outro cão e o deu ao senhor Leopardo. Este devorou e disse:
Ainda não é bastante!
Nianga dia Ngenga tomou sua cartucheira e lha deu. O senhor Leopardo, quando acabou de comer, disse:
— Ainda não é o suficiente...
O Coelho chegou e encontrando a conversa, disse:
— Por que discutem?
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
Nianga respondeu:
— O senhor Leopardo foi encontrado por mim numa forquilha de árvore. Disse-me que o salvasse. Depois
pediu que comer. Dei-lhe ambos os meus cães e minha cartucheira. Ele ainda disse que não era o bastante.
Discutíamos sobre esse assunto.
O Coelho opinou:
— Senhor Leopardo, volte ainda uma vez à forquilha da árvore. Preciso verificar…
O senhor Leopardo voltou à árvore e ficou como dantes estava. O Coelho afastou-se e chamou Nianga,
dizendo-lhe:
— Foste imprudente. O senhor Leopardo é um animal feroz, querendo devorar a todos. Quando pensaste
em libertá-lo, ele planejou comer a ti. Matai-o!
Nianga atirou no senhor Leopardo.
Fábula angolana,
(adaptado)
ATIVIDADES
CONVERSANDO SOBRE O TEXTO
1 - O que pensou fazer o homem?
5 - Quando o Leopardo disse ao Nianga que podia encontrar comida em qualquer parte, o que ele fez de
imediato?
ATIVIDADES DE ESCRITA
1 - Regista, no caderno, a tua opinião sobre a atidude do Leopardo e, depois, expõe-a para a turma.
2 - Regista, no caderno, uma frase em que tu interromperias alguém. Lembra-te da forma correta para o
fazer.
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AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
HISTÓRIAS DE ENCANTAR UNIDADE 4
PROVA DE INTEGRAÇÃO
PROVA DE INTEGRAÇÃO 1
Competência visada (CB2) : Competência visada (CB2): Numa situação de comunicação, com base em supor-
tes áudio, audiovisuais, visuais e escritos (cartazes, histórias, excerto de textos), o/a aluno/a produz textos
escritos significativos, diálogos, textos descritivos, narrativos e informativos (convite, aviso) sobre assuntos
da comunidade local e nacional, respeitando as regras da comunicação escrita.
PATAMAR 3: O/a aluno/a produz, numa situação de comunicação de vida corrente, com base em suportes
audiovisuais, áudio, visuais e/ou escritos, textos escritos significativos (textos narrativos, histórias), respei-
tando as regras de construção desses textos e de comunicação escrita.
Chegaste ao fim do estudo do teu manual de língua portuguesa! Leste muitos textos, livros e certamente
fizeste algumas pesquisas na internet.
Prepara-te, agora, para criar o teu mundo de fantasia, escrevendo histórias de encantar. Para isso:
1. Pensa nas várias coisas que existem neste mundo. Por exemplo:
• Como está a natureza?
• Onde é que as pessoas vivem, trabalham e estudam?
• Como vivem as crianças neste mundo?
• O que é que elas comem e como se divertem?
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UNIDADE 4 HISTÓRIAS DE ENCANTAR
EXPRESSÃO ESCRITA
1. Responde a cada uma dessas perguntas. Se responder a cada uma delas, começas a construir as tuas próprias
histórias e o teu mundo de fantasia.
2. Pede ao teu professor que te ajude a escrever as tuas histórias no computador e a corrigi-las, ou então a
registá-las no teu caderno.
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