Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Manual do Curso de
Licenciatura em
Engenharia Informática
1º Ano
Disciplina: Análise Matemática III
Código:
Total Horas/1o Semestre:
Créditos (SNATCA):
Número de Temas:
2022
i
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Fax: 23323501
E-mail: unisced@unisced.edu.mz
Website: www.unisced.edu.mz
ii
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Agradecimentos
iii
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Indice
Visão geral 1
Benvindo à Disciplina/Módulo de Análise Matemática III ................................................. 1
Objectivos do Módulo ....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo .................................................................................. 1
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 2
Ícones de actividade.......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ............................................................................... 6
Avaliação .......................................................................................................................... 6
TEMA – I: SÉRIES NUMÉRICAS E SÉRIES DE FUNÇÕES....................................................... 9
UNIDADE Temática 1.1. SÉRIES NUMÉRICAS .......................................................... 9
Introdução .......................................................................................................................... 9
Convergência de uma série numérica .................................................................... 10
CRITÉRIOS DE CONVERGÊNCIA PARA SÉRIES DE TERMOS POSITIVOS ...................................... 14
SÉRIES ALTERNADAS: CRITÉRIO DE LEIBNIZ ....................................................................... 18
DICAS SOBRE ESTRATÉGIAS PARA ESTUDAR A CONVERGÊNCIA DE UMA SÉRIE .......................... 22
Sumário............................................................................................................................ 23
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................... 23
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................. 24
UNIDADE Temática 1.2. SÉRIES DE FUNÇÕES ....................................................... 25
Introdução ........................................................................................................................ 25
Convergencia Uniforme ........................................................................................ 28
Séries Majoráveis .................................................................................................. 29
CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A CONVERGÊNCIA UNIFORME ............................ 30
Séries de Potências ................................................................................................ 31
Sumário............................................................................................................................ 38
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................... 38
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................. 39
Exercícios do TEMA .......................................................................................................... 40
TEMA –II: SÉRIES DE FOURIER................................................................................ 43
Introdução ........................................................................................................................ 43
SÉRIE TRIGONOMÉTRICA............................................................................................... 45
SÉRIE DE FOURIER E COEFICIENTES DE FOURIER ................................................................. 46
Série de Fourier só de co-senos ou só de senos (extensões) ................................. 52
APLICAÇÃO DA SÉRIE DE FOURIER À SOMA DE UMA SÉRIE NUMÉRICA ..................................... 55
Sumário............................................................................................................................ 58
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................... 58
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................. 59
TEMA III EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM ............................ 60
UNIDADE Temática 3.1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM EQUAÇÕES
DIFERENCIAIS ............................................................................................................. 60
Introdução ........................................................................................................................ 60
Noção de Equação Diferencial: Conceitos gerais ................................................. 60
Sumário............................................................................................................................ 65
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................... 65
iv
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
v
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Sumário.......................................................................................................................... 132
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................. 132
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................................................... 133
UNIDADE Temática 5.3. FUNÇÕES DE VARIÁVEL COMPLEXA ....................... 134
Introdução ...................................................................................................................... 134
Limite de uma função complexa num ponto ....................................................... 136
Derivação de uma função complexa ................................................................... 138
Funções Complexas Elementares ........................................................................ 141
Sumário.......................................................................................................................... 142
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................. 143
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................................................... 143
UNIDADE Temática 5.4. INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES DE VARIÁVEL
COMPLEXA ................................................................................................................ 145
Introdução ...................................................................................................................... 145
FÓRMULA INTEGRAL DE CAUCHY ................................................................................. 150
SÉRIE DE LAURENT. RESÍDUOS ...................................................................................... 152
Cálculo do resíduo ............................................................................................... 158
Teorema dos resíduos........................................................................................... 159
Sumário.......................................................................................................................... 160
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................. 160
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................................................... 161
TEMA –VI: TRANSFORMADA DE LAPLACE ....................................................... 163
UNIDADE Temática 6.1. TRANSFORMADA DE LAPLACE DIRECTA E INVERSA163
Introdução ...................................................................................................................... 163
Transformada de Laplace .................................................................................... 163
Propriedades da Transformada de Laplace ......................................................... 168
Transformada inversa e convolução .................................................................... 172
Resolução de equações integrais usando o Teorema da convolução .................. 175
Sumário.......................................................................................................................... 178
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................. 178
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................................................... 179
UNIDADE Temática 6.2. APLICAÇÕES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE . 181
Introdução ...................................................................................................................... 181
Aplicação da transformada de Laplace na resolução de Equações Diferenciais
Ordinárias ............................................................................................................ 181
Aplicação da transformada de Laplace no estudo dos circuitos eléctricos ......... 185
Sumário.......................................................................................................................... 187
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................. 187
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................................................... 188
TEMA –VII: TRANSFORMADA DE FOURIER ....................................................... 189
Introdução ...................................................................................................................... 189
Integral de Fourier ............................................................................................... 189
Transformada de Fourier de uma função ............................................................ 192
Propriedades da transformada de Fourier ............................................................ 196
Transformada inversa de Fourier ........................................................................ 198
Aplicações da transformada de Fourier na resolução de equações diferenciais .. 201
Sumário.......................................................................................................................... 203
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .................................................................. 203
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................................................... 204
vi
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
vii
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Visão geral
Objectivos do Módulo
1
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
▪ Um índice completo.
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente
de habilidades de estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
exercícios teóricos/Práticos e Problemas não resolvidos.
Outros recursos
2
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
3
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando
achar que já domina bem o anterior.
4
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página
trocada ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR),
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante –
CR, etc.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR,
com tutores ou com parte da equipa central da UnISCED indigitada
para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode
apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou
administrativa.
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida
em que lhe permite situar, em termos do grau de aprendizagem
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos
5
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Avaliação
1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
6
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
7
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Séries numéricas
a1 + a2 + a3 + ... + an + ...
E é denotada por a
n =1
n ou simplesmente por a n .
Portanto, a
n =1
n = a a + a 2 + ... + a n + ...
9
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos:
n2 +1
1. A série 3 é a soma infinita
2 5 10 17 n2 +1
+ + + + ... + + ... (1)
3 3 3 3 3
1
2. A série 2 n
é a soma infinita
1 1 1 1 1 1 1
+ + + + + ... + n + ... (2)
2 4 8 16 32 64 2
Soma dos n Seria impossível encontrar uma soma infinita para a série (1) dos
n primeiros
termos
exemplos dados, porque se começarmos adicionando os termos, a
1 0.50000000 2 7 17 34
2 0.75000000 sucessão das somas cumulativas , , , , ... vão crescendo, onde
3 0.87500000 3 3 3 3
4 0.93750000
5 0.96875000 o n-ésimo termo se torna tão grande, cada vez que n aumenta.
6 0.98437500
7 0.99218750 Contudo, se começarmos a adicionar os termos da série (2) dos exemplos,
10 0.99902344
15 0.99996948 sendo ela soma de termos de uma progressão geométrica, obtemos
20 0.99999905
25 0.99999997 1 3 7 15 31 1
, , , , , ..., (1 − n ), ...
2 4 8 16 32 2
A tabela ao lado mostra que quando adicionamos mais e mais termos,
essas somas parciais se tornam cada vez mais próximos de 1.
10
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
.
.
e, em geral,
n
S n = a1 + a 2 + a3 + ... + a n = S k
k =1
Estas somas parciais formam uma nova sucessão ( S n ), que pode ou não
a n é convergente, e escrevemos
a1 + a2 + a3 + ... + an + ... = S ou a
n =1
n =S
Portanto, quando escrevemos a
n =1
n = S queremos dizer que adicionando
Note que
n
a
n =1
n = lim a k
n →
k =1
11
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
S n − rS n = a − ar n
De onde vem que
1− r n
Sn = a
1− r
Se r 1 , ou seja, − 1 r 1 , r n → 0 quando n → , e assim
1− rn a a
lim S n = lim a = lim (1 − r n ) = .
n→ n→ 1 − r 1 − r n→ 1− r
12
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(a b ) = a + b
n n n n
Série harmónica
Pode-se provar que suas somas parciais de ordens 2n são maiores que
n n
1 + , 2 n 1 + , o que mostra que S 2n → quando n → .
2 2
Conclusão: A série harmónica 1
n é divergente
n2
Exemplo 1.4: Mostre que a série 2 é divergente.
n =1 3n − 2
13
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
n2 n2 1
SOLUÇÃO: lim a n = lim = lim = 0.
n → n → 3n − 2
2 n → n (3 −
2 2
) 3
n2
Neste ponto vamos estudar critérios que nos permite determinar se uma
série de termos não negativos é convergente ou divergente, sem
encontrar sua soma explicitamente.
(i) Se f ( x)dx for convergente, então a
n =1
n é convergente
1
(ii) Se f ( x)dx for divergente, então a
n =1
n é divergente
1
1
Exemplo 1.5: Estude a convergência da série n
n =1
2
.
1
SOLUÇÃO: A função f ( x) = é claramente contínua, positiva e
x2
1 1
decrescente. O 1 x 2 dx é convergente (para 1). Logo, a série n
n =1
2
é
14
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
OS CRITÉRIOS DE COMPARAÇÃO
Nos critérios de comparação a ideia é comparar uma série dada com
uma série que é sabidamente convergente ou divergente.
1
Exemplo 1.6: Analise-se a natureza da série n(n + 1)
n =1
convergente.
1
Logo, a série n(n + 1)
n =1
é convergente, pelo (i) do critério de
comparação.
1
Exemplo 1.7: Analise-se a natureza da série n
n =1
1/ 3
1 1 1
SOLUÇÃO: Tomemos a n = . Mas, 1 / 3 = bn
n n n
1
Sabemos que a série n
n =1
é divergente, pois é série harmónica. Logo, a
1
série dada nn =1
1/ 3
é divergente, pelo (ii) do critério de comparação.
Proposição 1.1
1
A série n
n =1
p
é convergente se p 1 , e divergente se p 1
15
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
Exemplo 1.8: Analise-se a natureza da série 2
n =1
n
−1
.
1
Como 2
n =1
n
é uma série geométrica convergente, pelo critério de
1
comparação do limite, a série dada 2
n =1
n
−1
é convergente.
2n 2 + 3n
Exemplo 1.9: Analise-se a natureza da série .
n =1 5 + n5
SOLUÇÃO: A parte dominante do numerador é 2n 2 e a parte dominante
do denominador é n 5 = n 5 / 2 . Isso sugere tomar
2n 2 + 3n 2n 2 2
an = bn = 5/ 2
= 1/ 2
5 + n5 n n
3
2+
a 2n 2 + 3n n1 / 2 2n 5 / 2 + 3n 3 / 2 n 2+0
lim n = lim . = lim = lim = =1
n → b n →
5 + n5 2 n →
2 3 + n5 n →
5 2 0 +1
n
2 5 +1
n
2 1
Como b n
n
= 1/ 2
= 2
n 1/ 2
é divergente (pois, p = 12 1), a série
2n + 3n
2
dada é divergente, pelo critério de comparação do limite.
n =1 5 + n5
16
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Critério de D’Alembert (Critério da Razão): Seja a
n =1
n uma série de
n3
Exemplo 1.10: Analise-se a natureza da série n
n =1 3
(n + 1) 3 3 n 1 n + 1
3 3
a n +1 1 1 1
SOLUÇÃO: lim = lim +
. 3 = = 1 + = 1
n → a
n
n → 3 n 1
n 3 n 3 n 3
n3
Logo, pelo (i) do critério de D’Alembert, a série
n =1 3
n
é convergente.
nn
Exemplo 1.11: Analise-se a natureza da série
n =1 n!
.
a n +1 (n + 1) n +1 n! (n + 1)(n + 1) n .n!
SOLUÇÃO: lim = lim . n = lim
n → a n → ( n + 1)! n n → n!(n + 1).n n
n
n + 1
n n
1
= lim = lim 1 + = e 1 .
n→
n n→
n
nn
Logo, pelo (ii) do critério de D’Alembert, a série é divergente.
n =1 n!
Critério da Raiz: Seja a
n =1
n uma série de positivos, e suponha-se
que existe
lim n a n = L
n →
(i) Se L 1 então a série a
n =1
n é convergente
(ii) Se L 1 , então a série a
n =1
n é divergente.
17
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2n + 5
n
5
2+
+ +
n
2 n 5 2 n 5 n = 2 1
SOLUÇÃO: lim n = lim = lim
n →
5n + 1 n → 5n + 1 n →
5+
1 5
n
2n + 5
n
1 1 1 1 1
(−1) n−1
1− + − + − + ... =
2 3 4 5 6 n =1 n
1 2 3 4 5 n
− + − + − + ... = (−1) n
2 3 4 5 6 n =1 n +1
a n = (−1) n −1 bn ou an = (−1) n bn
18
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(−1)
n =1
n −1
bn = b1 − b2 + b3 − b4 + ... bn 0
Satisfaz as condições
(i) Os termos bn são decrescentes ( bn+1 bn para todo n)
(ii) lim bn = 0
n →
(−1) n−1 1 1 1 1 1 (−1) n−1
n =1 n
= 1 − + − + − + ... +
2 3 4 5 6 n
+ ...
1 1 1
bn+1 = = bn , e lim bn = lim = 0 .
n +1 n n → n → n
(−1) n−1
Assim, a série harmónica alternada é uma série de Leibniz, e
n =1 n
portanto, é convergente.
(−1) n 3n
Exemplo 1.14: A série
n =1 4n − 1
é alternada, mas
3n 3 3
lim = = 0
n → 4n − 1 1 4
4−
n
Assim, a condição (ii) do critério de Leibniz não é satisfeita, pelo que, a
(−1) n 3n
série
n =1 4n − 1
é divergente.
19
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(−1) n 3n (−1) n 3 3
lim a n = lim = lim = lim (−1) n não existe (pois, oscila
n → n → 4n − 1 n → 1 4 n →
4−
n
entre -3/4 e 3/4).
CONDICIONAL
a n = a1 + a2 + a3 + ...
for convergente
20
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(−1) n−1
a série harmónica alternada
n =1 n
.
Com efeito, acabamos de ver que ela é uma série de Leibniz, portanto
convergente. Mas a correspondente série de valores positivos, é a série
1
harmónica n , que é divergente.
n =1
cos n
Exemplo 1.15: Estude a natureza da série
n =1 n
2
.
cos n cos1 cos 2 cos 3
SOLUÇÃO:
n =1 n
2
= 2 + 2 + 2 + ...
1 2 3
cos n
cos n
n =1 n2
=
n =1 n
2
cos n 1
Sabemos que cos n 1 para todo n. Então, 2
.
n n2
1
Vimos que a série n
n =1
2
é convergente. Assim, pelo (i) do critério de
cos n
comparação, a série dada
n =1 n2
é convergente.
cos n
Sendo a série
n =1 n2
convergente, concluímos que a série dada
21
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
cos n
n =1 n
2
é absolutamente convergente.
cos n
Logo, pela proposição 1.2, a série
n =1 n
2
é convergente.
22
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
5n
1. Seja a n =
6n + 1
a) Determine se a sequência { a n } é convergente
b) Determine se a
n =1
n é convergente, e justifique.
n
a) 4 + + 8
5
16
25 + 32
125 + ... b) 1 − + − 3
2
9
4
27
8 + ... c) n+5
n =1
d) 5(− 52 )
n −1
n =1
3. Determine a natureza de cada uma das seguintes séries,
mostrando todos os passos
n
1
1
n2 +1
n2 −1
a) 4 b) 2 c) 2 d) 2
n =1 n n =1 n − 1 n =1 2n + 1 n =1 n + n
(−1) n−1
cos n
n!
(−1) n n
e) f)
n =1 n
5/ 4
g)
n =1 n
n
h) n −1
n =1 n n =1 4
sin 2n
(−1) n−1
(−1) n
i) j) k)
n =1 n2 n =1 n n n =1 5 + n
23
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Referencia bibliográica
Stwart, J. (2001), Calculo, Pioneira Thomson Learning, V. I
24
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
f
n =1
n ( x) , na qual o termo geral é uma função f real de variável real
Portanto,
f
n =1
n ( x) = f1 ( x) + f 2 ( x) + f 3 ( x) + ... + f n ( x) + ...
xn x x2 x3
Exemplo:
n =1 2n + 1
. = +
3 5
+
7
+ ...
25
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
xn
Por exemplo, considerando a série do exemplo dado
n =1 2n + 1
, no
conjunto = [−1, 1] :
(−1) n
Para x = −1 , temos a seguinte série numérica
n =1 2n + 1
(−1 / 2) n
(−1) n
Para x = −1/ 2 , temos a série numérica = n
n =1 2n + 1 n =1 2 ( 2n + 1)
1
Para x = 1 / 3 , temos a série numérica 3n =1
n
(2n + 1)
1
Para x = 1, temos a série numérica 2n + 1 .
n =1
divergente.
série.
xn
Exemplo 1.16: Determinar o domínio D de convergência da série
n =1 n
26
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
f n +1 x n +1 n x n .x n n
lim = lim . n = lim n . = x lim = x.
n → fn n → n +1 x n → x n +1 n → n(1 + 1n )
no intervalo − 1 x 1 .
xn
Portanto, o domínio D de convergência da série
n =1 n
é [-1, 1[.
f
n =1
n ( x) = f ( x)
x2
n =1 (1 + x )
2 n
em
Em x 0 podemos escrever
27
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
n
x2 1 1
n =1 (1 + x )
2 n
= x 2
n =1 (1 + x )
2 n
=x 2
2
n =1 1 + x
1
e esta é série de uma progressão geométrica de razão r = .
1+ x2
1
Como r = 1 , a série é convergente.
1+ x2
x2 1 1
n =1 (1 + x )
2 n
= x2
1 − 1+ x 2
1
= x 2 x2 = 1 + x 2
1+ x 2
1 + x 2 se x0
f ( x) =
0 se x=0
f ( x ) = lim S n ( x )
n→
Convergencia Uniforme
A velocidade com que uma série de funções f
n =1
n ( x) converge para
28
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Séries Majoráveis
Definição 1.6: Uma série de funções f
n =1
n ( x) diz-se majorável num
Por outras palavras: uma série é majorável se cada um dos seus termos
não for superior em valor absoluto ao termo correspondente de uma
série convergente de termos positivos.
cos nx
Exemplo 1.18: Mostre que a série
n =1 n2
é majorável em .
cos nx 1
2
2 (n = 1, 2, …)
n n
1
Vimos que a série numérica de termos positivos n
n =1
2
é convergente.
cos nx
Logo, de acordo com a definição, a série n =1 n2
é majorável.
29
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos 1.19:
cos nx
1. Acabamos de mostrar que a série
n =1 n2
é majorável em . Então,
1
2. Estude a convergência da série sen n
n =1
x2 +2
em .
1 1 1 1
sen x 2 + 2 x 2 + 2 = x 2 2 2
n n n n n
1
1
A série
n =1 n
2
é convergente; e portanto, a série sen n
n =1
x2 +2
é
1
majorável. Logo, pelo critério de Weierstrass, a série sen n
n =1
x2 +2
é
absoluta e uniformemente convergente.
1
3. Estude a convergência da série n
n =1
2
+ x2
em ]-2, -1[ ]1. 2[.
Logo, n 2 + 1 n 2 + x 2 n 2 + 4 .
1 1 1
Invertendo, tem-se 2 2
n +4 n +x
2 2
n +1
1 1 1
Logo 2 2
n +x
2 2
n +1 n
30
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 1
Já sabemos que a série
n =1 n
2
é convergente, então a série n
n =1
2
+ x2
é
Séries de Potências
Definição 1.7: Chama-se série de potências de ( x − a) a uma série de
a
n =0
n ( x − a) n = a0 + a1 ( x − a) + a 2 ( x − a) 2 + ... + a n ( x − a) n + ...
a
n =0
n x n =a0 + a1 x + a 2 x 2 + ... + a n x n + ...
a
n =0
n ( x − a) n , existe R = [0, ] tal que:
(a) A série a
n =0
n ( x − a) n é absolutamente convergente se x − a R , e
31
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
an 1
r = lim ou r =
n → a n +1 lim n a n
n →
( 2 x) n
n =1 n
(2 x) n 2n n
SOLUÇÃO: Reescrevendo a série em
n =1 n
=
n =1 n
x , temos
2n
an = . Então,
n
an 2n n + 1 2n n + 1 1 n(1 + 1n ) 1
R = lim = lim . n +1 = lim n . = lim = .
n → a n → n 2 n → 2 2 n 2 n → n 2
n +1
an 1 n2 n n
SOLUÇÃO: R = lim = lim . = 2. lim = 2.
n → a n → ( n + 1) 2 n +1 1 n → n + 1
n +1
32
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(−2) n
2n
1
➢ Se x = −4 , a série (−1) n
n =1 n2 n
=
n =1 n2
n
=
n =1 n
é série harmónica;
portanto divergente.
2n
(−1) n
➢ Se x = 0 , a série (−1) = n
é série de Leibniz; portanto
n =1 n2 n n=1 n
simplesmente convergente.
xn
n =1 n!
.
an 1 (n + 1)!
SOLUÇÃO: R = lim = lim . = lim (n + 1) = +
n → a n → n! 1 n →
n +1
33
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
ou seja
f ' (a) f '' (a) f '''' (a) f ( n ) (0)
f (a) + ( x − a) + ( x − a) +
2
( x − a) + ... +
4
( x − a) n + ...
1! 2! 3! n!
de Taylor gerada por f coincide com essa série (i.e. toda a série de
potências com raio de convergência não nulo é a série de Taylor da sua
soma).
34
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
f ( 4) ( x) = cos x f ( 4) (0) = 1
1 2 1 4 1 6 (−1) n 2 n
(−1) n 2 n
cos x = 1 − x + x − x + ... + x + ... = x
2! 4! 6! (2n)! n =0 (2n)!
f (1) = ln 1 = 0 ;
1
f ' ( x) = (ln x)' = f ' (1) = 1 ;
x
1
f ' ' ( x) = − f ' ' (1) = −1 ;
x2
35
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2
f ' ' ' ( x) = f ' ' ' (1) = 2 = 2!
x3
6
f ( IV ) ( x) = − 4
f ( IV ) (1) = −6 = −3!;
x
24
f (V ) ( x) = f ( v ) (1) = 24 = 4!
x5
Vemos que f ( k ) (1) = (−1) n+1 (k − 1)! para k 1 .
Tem-se
1 1 2 6 (n − 1)!
ln x = ( x − 1) − ( x − 1) 2 + ( x − 1) 3 − ( x − 1) 4 + ... + ( x − 1) n + ...
1! 2! 3! 4! n!
ou seja
1 1 1 1
ln x = ( x − 1) − ( x − 1) 2 + ( x − 1) 3 − ( x − 1) 4 + ... + ( x − 1) n + ...
2 3 4 n
e
− x2
Exemplo 1.27: Calcule dx a menos de 0.01
0
f (0) = 1 ;
36
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
f ( IV ) ( x) = 4e − x − 8 x 2 e − x + 8e − x − 16 x 2 e − x − 24 x 2 e − x + 16 x 4 e − x
2 2 2 2 2 2
f ( IV ) (0) = 12;...
x2 x4 x6 x 2n
e −x = 1 − + − + ... + (−1) n + ...
2
1! 2! 3! n!
de onde vem
2
2 2
x2 x4 x6 x 2n
e dx = 1 − + ..
− x2
+ − + ... + (−1) n
0 0
0
1! 2! 3! n!
=
2
x3 x5 x7 23 25 27
x − + − + ... = 2 − + − + ... −0.51
1!.3 2!.5 3!.7 0 3 2!.5 3!.7
NOTA:
O erro que se comete ao somar apenas um número finito de termos da
série é, em valor absoluto, menor ou igual ao módulo do primeiro
termo desprezado.
1
sin x
Exemplo 1.28: Calcule
0
x
dx a menos de 0.001
37
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
x3 x5 x7 n +1 x 2 n−1
sin x = x − + − + ... + (−1) + ...
3! 5! 7! (2n − 1)!
Dividindo por x tem-se
sin x x2 x4 x6 n +1 x
2n
= 1− + − + ... + (−1) + ...
x 3! 5! 7! (2n)!
de onde vem
1
sin x
1
x2 x4 x6
0 x dx = 0 3! + 5! − 7! + ...dx
1 −
1
x3 x5 x7 1 1 1
= x − + − + ... = 1 − + − + ...
3.3! 5.5! 7.7! 0 3.3! 5.5! 7.7!
Para se obter o valor aproximado a menos de 0.001 precisamos somar tantos
termos até que se fixem os primeiros 4 algarismos.
1
1− = 0.9444
3.3!
1 1
1− + = 0.946111 os 3 primeiros algarismos já se fixaram
3.3! 5.5!
1 1 1
1− + − = 0.946082766 já temos os 4 primeiros algarismos
3.3! 5.5! 7.7!
fixos.
Então, tem-se
1
sin x
0
x
dx 0.946
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Use o critério de Weierstrass estude a convergência de cada série
no domínio dado:
38
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
n2 xn
(−1) n +1
a) n
em ]-1, 1[ b)
n =1 n( x + 2)
n
em x 0
n =1 2
c) 2 n sin 3xn em
n =1
n =1 n =1
4. 0.9226
3n x n
b)
n =1 n!
em ]-1, 1[
39
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(n 2 − cos n) x 2 n
c)
n =1 n2 +1
em x r 1
0
menos de 0.01.
Exercícios do TEMA
40
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(−1) n−1 (−3) n
1
nn
a) b) 3
c)
n =1 ( 2n)!
d) 1+ 3 n
n =1 n n =1 n n =1 3
n
n2 +1
e) 2
n =1 2n + 1
c) ne
n =1
− n ( x 2 +1)
em
(5 x − 2) n
d)
n =0 2n
7. Encontre a série de Taylor para a função no valor de a
1
a) f ( x) = x a = 4 b) f ( x) = a=0
1 + 2x
0.4
dx
8. Use séries para calcular o valor aproximado de
0 1+ x
a menos de
0.00001
e2
1e) S = ; 2a) Divergente; 2b) Convergente para 2
;
e2 −1
e
41
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
3.5.7 3.5.7.9
+ 5 4
( x − 4) 5 − 6 5 ( x − 4) 6 + ...
4 .2 .5! 4 .2 .6!
1 3 2 3.5 3 3.5.7 4 3.5.7.9 5
7b) = 1− x + x − x + x − x + ...
1+ x 2! 3! 4! 5!
7c) 0.36602
Referência bibliográfica
Beirão, J. C. (1993), Análise Matemática, ISP
Garcia, N. (1997), Do zero ao infinito, Escolar Editora
42
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
43
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
a−L
f ( x)dx = f ( x)dx
−L
Integrais trigonométricos
Se n , k = {1, 2, 3,...}, então tem-se
1. cos(nx)dx = sen(nx)dx = sen(nx). cos(kx)dx = 0
− − −
se n = k
2.
−
cos(nx ). cos(kx ) dx =
−
sen( nx ).sen( kx ) dx =
0 se n k
44
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Funções integráveis
Uma função f diz-se integrável sobre um intervalo [a, b] se
b
f (u )du = I
a
SÉRIE TRIGONOMÉTRICA
Na resolução de muitos problemas surge com frequência um tipo
particular de série que se denomina série trigonométrica.
1
a0 + a1 cos x + b1 sin x + a 2 cos 2 x + b2 sin 2 x + ... + a n cos nx + bn sin nx + ...
2
Ou seja, a série
1
a0 + (a n cos nx + bn sin nx)
2 n =1
45
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
an =
f ( x) cos(nx)dx
−
1
bn =
f ( x)sen(nx)dx
−
O símbolo foi usado aqui, pois nem sempre esta série de funções
converge para f , mas se f for 2-periódica e seccionalmente
diferenciável, obteremos a convergência da série trigonométrica, e dessa
forma poderemos substituir o sinal pelo sinal de igualdade =.
46
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 1 sen(nx)
an = f ( x) cos(nx)dx = cos(nx)dx = =0
− 0 n 0
1 1 cos(nx) cos(n ) − 1
bn = f ( x) sen(nx)dx = .sen(nx)dx = − =−
− 0 n 0 n
1 − cos(n )
=
n
Para n par, cos(n ) = 1 , e obtemos bn = 0 ; e para n ímpar,
2
cos(n ) = −1 , e obtemos bn = . Portanto, só temos os coeficientes bn
n
2
de ordens ímpares; isto é os b2 k −1 = .
2k − 1
Assim, a série de Fourier de f será dada por
sen(2k − 1) x
f (x) + 2
2 k =1 2k − 1
ou seja
sen(3x) sen(5 x) sen(7 x)
f (x) + 2 sen( x) + + + + ...
2 3 5 7
47
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos 2.2:
a
5. Se f é uma função ímpar, então f ( x)dx = 0
−a
bn = 0
2
an =
f ( x) cos(nx)dx
0
an = 0
2
bn =
f ( x)sen(nx)dx
0
48
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
a0 = f ( x)dx = 2
=
0
0 0
2 2 xsen(nx) 2 sen(nx)
a n = x cos(nx)dx = − dx
0 n 0 0 n
0 para n par
=0+
2
n 2
cos(nx)0 2
= 2 (−1) − 1 = 4
n
n
− 2 para n impar
n
Portanto, aqui só temos os coeficientes a n de ordens ímpares,
4
a 2 k −1 = − .
(2k − 1) 2
4
cos(2k − 1) x 4 cos 3x cos 5 x
x
2
−
k =1 (2k − 1) 2
= − cos x +
2 3 2
+
5 2
+ ...
49
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
nt
L
1
an =
L −L
f (t ) cos
L
dt
nt
L
1
L −L
bn = f ( x ) sen dt
L
50
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
SOLUÇÃO:
nt
2
1 2
a n = t. cos dt = 2 2 (−1) − 1
n
20 2 n
nt 2.(−1) n
2
1
bn = t.sen dt = −
20 2 n
Logo
1
(−1) n − 1 nt (−1) n nt
f (t ) + 2 2 2 cos − .sen .
2 n =1 n 2 n 2
c+2 L c+2 L
1 1
agora por a n =
c
f ( x) cos(nx)dx bn =
f ( x)sen(nx)dx
c
51
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
nx nx
1 2
1
a n = x cos dx + (2 − x) cos dx = 2 2 cos(nx) 0 − cos(nx) 1
1 2
0 1 1 1 n
1
= [cos(n ) − 1 − cos(2n ) + cos(n )]
n 22
2 cos(n ) − 2
=
n 2 2
0 para n par
=
2
n 2 2
(−1) n − 1 = 4
− 2 2 para n impar
n
4
Então temos a 2 k −1 = −
(2k − 1) 2 2
nx nx
1 2
bn = xsen dx + (2 − x) sen dx = 0 (verifique)
0 1 1 1
A série de Fourier é
1 4
cos(2k − 1)x
f (x) −
2 2
n =1 (2k − 1) 2
52
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
nx
L
2
an =
L0 f ( x) cos
L
dx
nx
f (x) b sen
n =1
n
L
nx
L
2
bn = f ( x) sen dx
L0 L
f ( x) = x (0 x )
SOLUÇÃO: A função está definida apenas no intervalo [0, ]. Temos que
estendê-la ao intervalo [-, 0] de maneira sua extensão f1 seja par.
53
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2
a0 =
xdx =
0
0 se n par
2
a n = x cos(nx)dx = 4
0 − 2
n
Ou seja
4
a 2 n −1 = − para todo n
(2n − 1) 2
4
cos(2n − 1) x
x
2
−
n =1 (2n − 1) 2
f ( x) = cos x x [0, ]
Como f 2 é ímpar, an = 0 e
2
bn =
cos( x)sen(nx)dx
0
1
Usando a identidade sen(a). cos(b) = [ sen(a + b) + sen(a − b)] tem-se
2
2 1 1
bn =
cos( x)sen(nx)dx =
0
sen(n + 1) xdx +
0
sen(n − 1) xdx
0
54
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 1
=− cos(n + 1) x − cos(n − 1) x
(n + 1) 0
(n − 1) 0
1 (−1) n +1 − 1 (−1) n +1 − 1
=− +
n + 1 n −1
0 se n impar
2n 1 + (−1) n
bn = = 4n
n 2 − 1 se n par
( n 2
− 1)
Tem-se então
8n
b2 n = para todo n .
(4n 2 − 1)
8 n.sen(2n) x
cos x =
n =1 4n 2 − 1
a0 nx nx
f ( x) = + cos + sen
2 n =1 L L
55
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
4
cos(2k − 1) x
x=
2
−
k =1 (2k − 1) 2
4
1
Tomando x = 0 , f (0) = 0 = 0 . Na série tem-se 0 =
2
−
(2k − 1)
k =1
2
.
(−1) n
e calcular a soma
n =1 2n − 1
56
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Logo,
an = 0
bn =
2
f ( x) sen(nx)dx =
2
sen(nx)dx =
2
n
cos(nx) = −
2
n
( )
(−1) n − 1
0 0 0
4
b2 k −1 = .
(2k − 1)
Como f em é seccionalmente diferenciável, obtemos a série de
Fourier
4
sen(2n − 1) x
f ( x) =
n =1 2n − 1
Tomando x =
2 , f ( 2 ) = 1 e sen(2n − 1) 2 = (−1) n +1 . Logo tem-se a
4
(−1) n +1 4 (−1) n
igualdade 1 =
n =1 2n − 1
, ou seja 1 = −
n =1 2n − 1
.
(−1) n+1
De onde tem-se
n =1 2n − 1
=− .
4
x se 0 x 1
Exemplo 2.10: Obter a série de Fourier de f ( x) = e
2 − x se 1 x 2
1
calcular a soma da série numérica (2n − 1)
n =1
2
.
57
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 2
n =1 ( 2n − 1)
2
=
8
.
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Esboce o gráfico e determine o desenvolvimento em série de
2, − x 0
Fourier de f ( x) =
− 2, 0 x
2. Desenvolve a função f ( x) = 2x + 1 em
a) Série de Fourier para − x
b) Série de Fourier de co-senos para 0 x
c) Série de Fourier de senos para 0 x
x, 0 x 1
3. Desenvolve a função f ( x) = em série de Fourier
2 − x, 1 x 2
de co-senos no intervalo ]0, 2[.
4. Desenvolve a função f ( x) = x 2 , − x , em série de
(−1) n
Fourier, e calcule a soma da série numérica
n =1 n
2
.
8
sen(2n − 1) x
RESPOSTAS: 1. −
n =1 2n − 1
,
(−1) n sen(nx) 8 cos(2n − 1) x
2a) 1 − 4 , 2b) 1 + − ,
n =1 n n=1 (2n − 1) 2
2
1 − (−1) n (2n − 1) 1 4
cos(2n − 1)x
2c)
n=1 n
sen(nx) , 3. − 2
2
n =1 (2n − 1) 2
2
(−1) n cos nx
4. + 4
3 n =1 n2
58
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Referência bibliográica
Beirão, J. C. (1993), Análise Matemática, ISP
Girão, P. M. (214), Introdução à Análise Complexa, Série de Fourier e
Equações Dierenciais, IST Press
59
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Ao completar esta Unidade Temática 3.1, você deverá ser capaz de:
60
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
df ( x)
y'= pode ser interpretada como a taxa de variação de f (x)
dx
com relação à variável x .
Exemplos 3.1.1:
d2y dy
3. 2
+ 3y = ex
dx dx
61
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos 3.1.2:
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
1. y' '+3 y'+6 y = sen( x) e 𝑑𝑥 2 + 3𝑦 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 têm ordem 2 e grau 1.
Assim, elas são Equações diferenciais da 2a ordem e 1o grau
2. ( y' ' ) 3 + 3 y'+6 y = tg ( x) tem ordem 2 e grau 3
Assim, ela é uma Equação diferencial da 2a ordem e 3o grau
3. y' = f ( x, y) e M ( x, y)dx + N ( x, y)dy = 0 têm ordem 1 e grau 1
Assim elas são Equações diferenciais da 1a ordem e 1o grau.
62
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
63
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
da solução geral y = Ce
x2 / 2
.
Assim, geometricamente:
dy y
Exemplo 3.2.3: Para a equação diferencial = − , sua solução geral
dx x
C
y= , com 𝐶 ∈ ℜ , representa a família de curvas integrais, que são
x
as hipérboles seguintes
y
4
x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
dy
Exemplo 3.2.4: A equação diferencial da primeira ordem = 2 x tem
dx
como solução y = x 2 + C , que representa geometricamente uma família
64
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
de parábolas.
2 C = −1
1 C = −3
x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Classifique cada uma das seguintes equações diferenciais quanto
à ordem e linearidade:
a) (1 − x ) y − 4 xy + 5 y = cos x ;
c) ( y 2 − 1)dx − xdy = 0 ;
a
d) y ' ' = −
y2
e) (sin t )y − (cos t )y = 2
y'+3x 2 y = 6 x 2 .
65
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2 + ln x
3. Verifique que y = é uma solução para o problema de
x
valor inicial
x 2 y'+xy = 1 y(1) = 2
1
5. A função y = é solução geral da equação diferencial
x+C
1
y' =
y
C = {-2, -1, 0, 1, 2}
b) y = Cekx y = ky ;
c) y = C1e 2 x + C2 e −2 x x y − 4 y = 0 ;
66
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
xy
d) 2 y 2 ln ( y ) = x 2 y = .
x + y2
2
b) y (1) = 0, y (1) = e .
1
4. A função y = 2 x + c é solução da equação y ' = .
y
C = {-2, -1, 0, 1, 2}
Referência bibliográfica
67
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Ao completar esta Unidade Teática 3.2, você deverá ser capaz de:
Exemplos 3.2.1:
1. A equação diferencial y' = cos(x + y) está em sua forma normal.
x −1
2. A equação diferencial y ' = está em sua forma normal, mas
y + x2
dy
pode ser reescrita na forma diferencial. Com efeito, como y ' = , então
dx
dy x −1
a equação pode ser escrita na forma = , que corresponde à
dx y + x 2
forma diferencial ( y + x 2 )dy − ( x − 1)dx = 0 .
68
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
M ( x)dx + N ( y)dy = 0
Ela é assim chamada pelo facto de ser possível separá-la de modo que
cada membro da igualdade possua uma função com apenas uma
variável N ( y)dy = −M ( x)dx
N ( y)dy = − N ( x)dx
x
Exemplo 3.2.2: A equação diferencial y ' = na sua forma normal, é de
y
dy x
variáveis separáveis, pois, pode ser reescrita em = , que resulta em
dx y
ydy = xdx
Integrando ambos membros tem-se
y2 x2
ydy = xdx
2
+ C1 =
2
+ C2
69
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
dy
SOLUÇÃO: Reescrevendo a equação com diferenciais fica = xy 2 .
dx
Fazendo a separação de variáveis tem-se
dy
= xdx
y2
dy
y 2
= xdx
1 x2
− = +C
y 2
2
y=−
x +C
2
Exemplo 3.2.4:
dx 6t 2
(a) Resolva a equação =
dt 2 x + cos x
SOLUÇÃO:
(2 x + cos x)dx = 6t
2
dt
x 2 + sin t = 2t 3 + C
70
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2 + sin = 2(1) 2 + C
C =2 −2
x 2 + sin t = 2t 3 + 2 − 2
A + B = 0 A = −B − − − A = −B A = 1
2 A + B = 1 B = 1 − 2 A B = 1 + 2 B B = −1 B = −1
Assim,
1 1 1
= −
(1 − y )(2 − y) 1 − y 2 − y
dy dy dy
(1 − y)(2 − y) = 1 − y − 2 − y = dx
71
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
− ln 1 − y + ln 2 − y = x + C
2− y 2− y
ln = x + C1 = Ce x
1− y 1− y
Resolvendo esta ultima equação em ordem a y obtemos a seguinte
solução geral
Ce x − 2
y=
Ce x − 1
f (tx, ty) = t k f ( x, y)
f (tx, ty) = f ( x, y)
Exemplos 3.3.5:
x2 y
2. g ( x, y ) = e h( x, y ) = arctng são funções homogéneas de grau
x
2
y
(tx) 2 t 2 x 2 x 2
zero; pois g (tx, ty ) = = = = f ( x, y ) e
(ty ) 2 t 2 y 2 y 2
ty y
h(tx, ty ) = arctg = artg = h( x, y )
tx x
72
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos 3.3.6:
x2 + y2 x2 y
y' = ; y' = ; y' = arctg
xy y2 x
y = x.v( x)
ou, de uma forma mais simples y = xv , onde v = v(x) é uma nova função
incógnita.
dv
xv'+v = f ( x, xv) (ou x + v = f ( x, xv) )
dx
x2 + y2
Exemplo 3.3.7: Resolve a equação diferencial homogénea y ' = .
xy
73
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
x 2 + x 2v 2
v + xv' =
x 2v
1+ v2
v + xv' =
v
Separando a fracção obtemos
1
v + xv' = +v
v
E cancelando os termos iguais v , obtemos
1
xv'=
v
dv
Como v' ( x) = , podemos escrever
dx
dv 1
x =
dx v
Assim,
dx
vdv =
x
Integrando ambos os membros, teremos
v 2 = 2 ln x + C
Sendo que y = xv , então
y 2 = x 2 (2 ln x + C) 2
dy x + 3 y
Exemplo 3.3.8: Resolve a equação diferencial =
dx 3x + y
74
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
3+v dx
(v 2 − 1)dx + x(3 + v)dv = 0 dv = − separadas as variáveis.
v −1
2
x
Ou seja
3+v dx
dv = −
(v + 1)(v − 1) x
Integrando os membros
2 ln v − 1 − ln v + 1 = − ln x + C
(v − 1) 2 x(v − 1) 2
ln = − ln x + C ln =C
v +1 v +1
x(v − 1) 2
= e C = C1
v +1
y
x( − 1) 2
y x
Substituindo v = , temos = C1 ( y − x) = C1 ( y + x) .
2
x y
+1
x
dF = M ( x, y)dx + N ( x, y)dy
75
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos 3.3.9:
F F
= M ( x, y ) e = N ( x, y )
x y
F ( x, y ) = M ( x, y )dx + g ( y )
76
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
F
y y
= M ( x, y)dx + g ' ( y)
M ( x, y) = 3x 2 + 2 y e N ( x, y) = 2x + 2 y
F F
= 3x 2 + 2 y e = 2x + 2 y
x y
F ( x, y ) = (3 x 2 + 2 y )dx =x 3 + 2 yx + g ( y )
F 3
= ( x + 2 xy) + g ' ( y) = 2 x + g ' ( y)
y y
2 x + g ' ( y) = 2 x + 2 y
F ( x, y) = x 3 + 2xy + y 2 + k
x 3 + 2xy + y 2 = C
77
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
y'+ P( x) y = Q( x)
Exemplo 3.3.11:
Factor integrante I ( x) = e
P ( x ) dx
78
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Um factor integrante é
I ( x) = e
3 x 2 dx
= ex
3
3
Multiplicando ambos os lados da equaçao por e x , obtemos
( y.e x )' = 6 x 2 .
3
ou seja
Integrando ambos os lados temos
e x y = 6 x 2 e x dx = 2e x + C
3 3 3
y = 2 + Ce − x
3
y = y ( x) = e e .Qdx + C
− Pdx Pdx
79
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
I ( x) = e
(1 / x ) dx
= e ln x = x
Vamos usar directamente a fórmula para a solução geral da equação
linear dada.
Sendo I = e , então e = I −1 .
Pdx − Pdx
ln x + c
y = y ( x) = e e .Qdx + C = x −1 x. 2 dx + C ) =
− Pdx Pdx 1
x x
ln x + C
Isto é y=
x
ln 1 + C
2= =C
1
ln x + 2
y=
x
Equação de Bernoulli
y'+ ( x) y = ( x) y n
80
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
y −n . y'+ ( x) y1−n = ( x)
z' = (1 − n) y −n y'
(−1 / z 2 ) z'+1 / z = e x (1 / z 2 )
z'− z = −e x
com P( x) = −1 e Q( x) = −e x .
I ( x) = e
−1dx
= e−x .
81
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
z = −e x ( x + C )
1 1 e−x
Logo, y= =− x =−
z e (x + C) x+C
dx f ' (t ) g ' (t )
− x=
dt t − f (t ) t − f (t )
82
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
x(t ) = e e Qdt + C
− Pdt Pdt
f ' (t ) g ' (t )
onde P = − e Q=
t − f (t ) t − f (t )
x(t ) = e
− Pdt
83
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
( ) ( ) 2
x(t ) = e − 2 ln t − 2 e 2 ln t dt + C = t − 2 − 2 t 2 dt + C = t − 2 − t 3 + C
3
y = xt + 1 + t 2
Derivando em relação a x tem-se
t
t = t + xt '+ t'
1+ t 2
Reorganizando temos
t
0 = x + .t '
1+ t2
Segundo a lei de anulação de produto, isto implica que
t
t '= 0 ou x + =0
1+ t 2
Para t '= 0 , sendo y' = t , implica que y' = t = C , que corresponde a uma
família de rectas y = Cx + 1 + C .
t t
Para x + = 0, x = − (que graficamente é uma envoltória).
1+ t 2
1+ t 2
A solução paramétrica da equação de Clairaut dada é
84
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
t
x(t ) = −
1+ t2
y (t ) = − t .t + 1 + t 2
1+ t2
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Indique quais das seguintes equações diferenciais de 1a ordem
são de variáveis separáveis, homogéneas, exactas, lineares, de
Bernoulli, de Lagrange, ou de Clairaut:
a. (1 + x 2 ) y'+ xy = −(1 + x 2 ) 5 / 2 l. y' = y / x + cos 2 ( y / x)
b. y' = (cos 2 x)(cos2 2 y) m. y' = ( x + 3 y) /( x − y)
n. e x+ y dx + 2 ye x+ y dy = 0
2 2
c. xy' = y + x 2 + y 2
d. y(6x 2 y 2 − x + 1) + 2 xy' = 0 o. xy = 23 x 2 y '− x( y ' ) 2
e. (2x + sin y)dx + x(cos y)dy = 0 p. y + 7 xy' = 1 + y'
f. y = 2 xy'+(2 y' ) 3
q. 2x 3 y' = y( y 2 + 3x 2 )
g. y = xy'+ ln x r. ( x + 3 y) − xy' = 0
h. y' sin x + y cos x = 1 s. ( y / x + 6x)dx = −(ln x − 2)dy
i. xy ' = 1 − y 2 t. xy'− y = e y
j. x 2 y 2 y' = 1 + x 2 u. y = xy'+( y' ) 3
k. x 2 y'+2xy − y 3 = 0
85
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
3x 2 − y
c) y ' =
x − 3y 2
6. Obtenha as soluções das seguintes equações de Bernoulli e de
Lagrange/Clairaut.
a) y' = y + e −3 x y 4 b) y = 3xy + ( y' ) 3 c) y' = y − y 2
d) − xy'+ y = ( y'+1) 2
RESPOSTAS:
1. Separáveis: b. i. j.; Lineares: a. h. r.; Bernoulli: d. k. q.
Homogéneas: c. l. m.; Exactas: e. n. s.; Lagrange: f. o. P.; Clairaut: g. t. u.
1 3 3x 2 − 3 − Cx
2a) y = , 2b) y = , 2c) y = 3 ,
C−x 1 − Ce −2 / x x
3a) y = x ln | x | +Cx , 3b) e − y / x = − ln | x | +C , 3c) y = Cx 2
x C 3 cos(2 x) 3sen(2 x)
4a) y = Cx 3 − , 4b) y = + +
2 x 4x 2
sen( x)
4c) y = 3e x + 2( x − 1)e 2 x , 4d) y = 2
, 5a) x 2 + 2 xy = C ,
x
ex
5b) 4xy − x 4 + y 4 = C , 5c) x 3 + y 3 − xy = C , 6a) y = ,
3
C − 3x
3 2 −3 / 2
x = − 7 t + C.t 1 x = 2(t + 1)
6b) 6c) y = , 6d)
y = − 2 t 3 + C.t −1 / 2 1 − Ce − x y = (t + 1)(3t + 1)
3
86
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1. dx + cos( y)dy = 0 x2
5. y ' =
y 2 + 2 xy 1+ y2
2. y' =
x2 6. y' = 2 y + e 2
3. y'+2 y = xe −2 x ,
7. y'−2 xy = xy 2
y(1) = 0
8. y = xy'+ ln y
x2
4. y ' = ,
y (1 + x 3 )
y(0) = 1
Referência bibbliográfica
Stwart, J. (2001), Cálculo, V. II, Pioneira Thomson Learning
87
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
d2y dy
+ A( x) + B( x) y = C ( x)
dx dx
onde A(x) , B(x) e C (x) são funções contínuas.
88
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
y' '+ay'+by = 0
89
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
possui uma única solução, desde que as funções A(x) , B(x) e C (x)
sejam contínuas, e A(x) seja não identicamente nula num intervalo real
que contenha o ponto x 0 .
r 2 + ar + b = 0
y = c1e r1x + c2 e r2 x
y = c1e rx + c2 xe rx
SOLUÇÃO: Esta equação não está na sua forma padrão y' '+ay'+by = 0 .
Passando o 12y' para o primeiro membro, e dividindo a equação por 3,
90
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
= 4 − 20 = −16 . − 16 = 4i .
2 4i
As raízes são números complexos r = = 1 2i .Portanto, =1 e
2
=2.
y = c1 y1 + c 2 y 2
da equação dada.
91
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Substituindo y1 temos
Substituindo y 2 temos
( )
3( y2 )' '+12 y2 = 3 4e 2 x + 4xe 2 x + 12xe 2 x = 12e 2 x + 24xe 2 x
= 12(e 2 x + 2 xe 2 x ) Verifica!
=12 ( y 2 )'
y ( x0 ) = y 0 e y' ( x0 ) = y1
y = c1e − x + c2 e 3 x .
92
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
−x
Derivando a função y tem-se y' = −c1e + 3c2 e .
3x
y(1) = c1e −1 + c2 e 3 = 3
−1
c1e + c 2 e = 3
3
−1
− c1e + 3c 2 e = 1
3
−3
que tem a solução c1 = 2e e c2 = e .
93
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
SOLUÇÕES:
a) A equação característica de x' '+16x = 0 é r + 16 = 0 , cujo
2
c1 = 0
c 2 = 0
94
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
c1 = 0
c 2 sen2 = 0
c1 = 0
0 = 1
r 2 + 2r + 1 = 0 ou (r + 1) 2 = 0
y (0) = c1 = 1 c1 = 1
−1 −1
−1
y (1) = c1e + c 2 e = 3 (c1 + c 2 )e = 3
1 + c2 = 3e , de onde tem-se c2 = 3e − 1 .
y = e− x + (3e − 1) xe− x .
95
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
y' '+ay'+by = G( x)
Proposição 4.2:
A solução geral de uma equação diferencial linear de segunda ordem
não-homogénea y' '+ay'+by = G( x) é da forma
y ( x) = y p ( x) + y c ( x)
−2 x
Considere a equação diferencial y' '−4 y'+3 y = 10e .
96
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
97
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2 A2 + 4( A2 x 2 + A1 x + A0 ) = 8 x 2 que corresponde a
4 A2 = 8
4 A1 = 0
2 A + 4 A = 0
2 0
kex Cex
kx n (n = 0, 1, 2, …) An x n + An−1 x n −1 + ... + A1 x + A0
k cos(x)
ksen(x) A cos(x) + Bsen(x)
kex cos(x) x
x
Ce [ A cos(x) + Bsen(x)]
ke sen(x)
98
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
yc = c1 cos x + c2 senx .
complementar.
1 1
deonde vem A = − , B = 0 ; o que implica y p = − x cos( x) .
2 2
1
A solução geral é y = c1 cos( x) + c2 sen( x) − x cos( x) .
2
A1 x + A0 .
99
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Ce x . Por outro lado, como a equação característica tem uma raíz dupla,
a proposição 4.1 pede a multiplicação por x ¸ ficando Cx2ex.
Assim, pela regra 3, a uma solução particular é dada pela soma. Obtém-
se y p = A1 x + A0 + Cx e .
2 x
1
C= , A1 = 1 e A0 = 2 .
2
1 2 x
Assim, a solução particular é y p = x + 2 + x e .
2
A solução geral y = y c + y p da equação diferencial dada é
1 2 x
y = (c1 + c2 x)e x + x e + x+2.
2
Agora, achemos a solução do PVI, entrando com os valores inciais
y(0) = 1 e y' (0) = 0 . Assim, y (0) = c1 + 2 = 1 c1 = −1
1 2 x
y(0) = 1, y' (0) = 0 é y = −e x + x e +x+2
2
100
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
y( x) = c1 y1 ( x) + c2 y 2 ( x)
onde y1 e y 2 são soluções linearmente independentes.
y p = u ( x) y1 ( x) + u ( x) y 2 ( x)
u ' e + v' (e + xe ) = e
x x x 2x
x
u ' e + v' xe = 0
x
101
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
v' = e x v = e x dx = e x
u' = − xe x u = − xe x dx (verifique).
y p = (1 − x)e 2 x + xe 2 x y p = e 2 x ..
y = c1e x + c2 xe x + e 2 x .
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
I. Resolva o problema de contorno
y' '+4 y'+13 y = 0 , y(0) = 2 , y( / 2) = 1
II. Resolva a equação diferencial ou problema de valor inicial usando o
método dos Coeficientes a Determinar
1. y"−2 y' = sen(4 x)
102
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
−x
2. y"−4 y'+5 y = e
1. y"+ y = sec( x) 0 x / 2
1
2. y"−3 y'+2 y =
1+ ex
1
3. y"− y =
x
Respostas:
Exercício I. y = e −2 x (cos 3x − e sen(3x))
Exercícios II.
1 1
1. y = c1 + c2 e 2 x + cos(4 x) − sen(4 x)
40 20
1
2. y = e 2 x [c1 cos( x) + c2 sen( x)] + e − x
10
3 11 1 x
3. y = cos( x) + sen( x) + e + x 3 − 6 x
2 12 2
5 17
4. y = e x − e − x + e 3 x [ 18 x − 323 ]
8 32
Exercícios III.
1. y p = ( A4 x + A3 x + A2 x + A1 x + A0 )e
4 3 2 2x
Exercícios IV
1. y = (c1 + x) sen( x) + [c2 + ln cos( x)] cos( x)
103
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
−x −x −x
2. y = [c1 + ln(1 + e )] + [c2 − e + ln(1 + e )]e
2x
y = [c1 − 12 (e x / x)dx]e − x + [c 2 + 1
2 (e
−x
/ x)dx]e x
e −2 x
b) y' '+4 y'+4 y =
x3
Referência bibliográica
Stwart, J. (2001), Cálculo, V. II, Pioneira Thomson Learning
104
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Ao completar esta unidade temática 4.2, você deverá ser capaz de:
ar 2 + (b − a)r + c = 0
Denominada equação indicial.
A solução da equação de Euler-Cauchy depende das raízes da equação
indicial.
105
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Proposição 4.2.1.
Cauchy é y = c1 x r1 + c2 x r2
• Se a equação indicial ar 2 + (b − a)r + c = 0 tem raiz dupla
r1 = r2 = r , então a solução geral da equação de Euler-Cauchy é
y = c1 x r + c z x r ln x
r 2 − 3r − 4 = 0
A solução geral é y = c1 x 4 + c2 x −1 .
106
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
x
t −1 − x
(t ) = e dx para t 0
0
Equação de Bessel
A equação de Bessel é uma equação diferencial linear homogénea da
forma
x 2 y' '+ xy'+( x 2 − 2 ) y = 0
com x 0 e é um parâmetro.
Suas soluções são conhecidas como funções cilíndricas e, entre estas, as
mais conhecidas são as chamadas funções de Bessel.
107
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
Para = as soluções da equação de Bessel são funções conhecidas
2
cos x sen( x)
y1 = , y2 =
x x
Porém, para valores gerais de as soluções da equação de Bessel
não são funções conhecidas da Análise Matemática; ou seja, não se
reduzem a funções racionais, trigonométricas, exponenciais, logaritmos e
suas composições. Aparecem as funções de Bessel de primeira espécie ou
de segunda espécie.
s = + e s = −
(−1) n
J ( x) = 2 n +
x 2 n +
n =0 2 n! (1 + + n ).
108
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
y( x) = c1 J ( x) + c2 J − ( x) Para todo
J ( x). cos( ) − J − ( x)
N ( x) =
sen( )
109
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
E a solução geral é
y( x) = c1 J ( x) + c2 N m ( x) Para todo
Onde
(−1) n
(−1) n
J 1 ( x) = =
2 n + 13 2 n + 13
2 n + 13
x 2 n + 13
x
3
n =0 2 n!(1 + 13 + n) n =0 2 n!( 43 + n)
e
(−1) n
(−1) n
J − ( x) = =
2 n − 13 2 n − 13
x x
2n− 3 2n− 3
3
n =0 2 n!(1 − 13 + n) n =0 2 n!( 23 + n)
e
J 3 ( x). cos( ) − J −3 ( x)
N 3 ( x) = lim N ( x) = lim
→3 →3 sen( )
110
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Determine:
a) (5,07)
b) ( 103 )
2. Resolva as seguintes equações diferenciais de Euler-Cauchy, problema
de valor inicial e problema de contorno
a) x 2 y' '−5xy'+9 y = 0
3c) y( x) = c1 J 1 ( x) + c2 N1 ( x)
111
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
a) 2 x 2 y' '+5xy'−2 y = 0 , x 0
c) x 2 y' '−3xy'+ y = 0 , x 0
2. Resolva as equações de Bessel
a) x 2 y' '+ xy'+(x 2. − 14 )y = 0
Referencia bibliográfica
112
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Objectivo
específico
x1 ' = f1 (t , x1 , x 2 ,..., x n )
x ' = f (t , x , x ,..., x )
2 2 1 2 n
:
x n ' = f n (t , x1 , x 2 ,..., x n )
113
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
x' = f (t , x, y )
y ' = g (t , x, y )
ou
dx
dt = f ( x, y, t )
dy = g ( x, y, t )
dt
Dx x'
Dy y'
D 2 y y' ' .
114
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
SOLUÇÃO:
Reescrevendo o sistema com o operador D e passando para o primeiro
membro, temos
Dx − 2 x + y = 0
− x + Dy = 0
Colocando em evidência x reescrevemos a primeira equação, ficando
( D − 2) x + y = 0
− x + Dy = 0
Isto é D 2 y − 2Dy + y = 0
115
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Ou seja
y' '−2 y + y = 0
Que é também uma equação linear de segunda ordem homogénea, cuja
equação característica é r 2 − 2r + 1 = 0 com raiz dupla r = 1 .
A solução geral de y' '−2 y + y = 0 é
y(t ) = c3 e t + c4 t.e t
A solução geral do sistema é
x(t ) = c1e t + c2t.e t
y(t ) = c3 e t + c4 t.e t
SOLUÇÃO:
Dx = − y + t
Dy = x − t
116
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Dx = − y + t
− x = − Dy − t
Apliquemos o operador D na segunda equação, temos
Dx = − y + t
− Dx = − D y − 1
2
+ ___________________
yc = c1 cos(t ) + c2 sen(t ) .
y p ''= 0
117
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
e/ou c 2 .
Derivando x(t ) temos
x' = − y + t
Assim, a solução geral do sistema é
y' = x − t
x(t ) = c2 cos(t ) − c1 sen(t ) + t + 1
y(t ) = c1 cos(t ) + c2 sen(t ) + t − 1
118
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
c 2 .1 + c1 .0 + 1 = 2 c 2 = 1
c1 .1 + c 2 .0 − 1 = 1 c1 = 2
A solução do problema de valor inicial é
x(t ) = cos(t ) − 2sen(t ) + t + 1
y(t ) = 2 cos(t ) + sen(t ) + t − 1
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
Resolve os seguintes sistemas de equações diferenciais e problemas de
valores iniciais
x' = − x + 3 y
x' = 2 x + y + e
2t
a) c)
y' = 2 y − x
y ' = x + 2 y + 3e
2t
Respostas:
1
1a) 𝑥(𝑡) = 𝑒 2𝑡 (𝑐1 𝑐𝑜𝑠√3𝑡 + 𝑐2 𝑠𝑒𝑛√3𝑡),
1
𝑦(𝑡) = 𝑒 2𝑡 [(32𝑐1 − √3𝑐2 )𝑐𝑜𝑠√3𝑡 + (32𝑐2 + √3𝑐1 )𝑠𝑒𝑛√3𝑡],
1c) 𝑥(𝑡) = 𝑐1 𝑒 3𝑡 + 𝑐2 𝑒 𝑡 − 3𝑒 2𝑡
𝑦(𝑡) = 𝑐1 𝑒 3𝑡 − 𝑐2 𝑒 𝑡 − 𝑒 2𝑡
119
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
27 −𝑡
1d) 𝑥(𝑡) = − 𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑡 + 𝑐𝑜𝑠𝑡 + 𝑠𝑒𝑛𝑡
5
9 18 1 2
𝑦(𝑡) = 𝑒 −𝑡 (− 5 𝑐𝑜𝑠𝑡 + 𝑠𝑒𝑛𝑡) + 5 𝑐𝑜𝑠𝑡 + 5 𝑠𝑒𝑛𝑡
5
Referencia bibliográfica
120
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
121
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
b (a, b)
v
(0,1) i -
0 a x
Então:
1. O par (a, 0) é identificado com o número real a , i.e.,
( a , 0) a
(0, 1) ≡ i
3. O número complexo (a, b) representa o vector v , ou seja
(a, b) = v = (a,0) + (0, b) .
Mas (0, b) = b.i , e, sendo (a,0) = a , concluí-se que
(a, b) = a + bi
a + bi
O número real a denomina-se parte real, e denota-se por Re(z).
O número b denomina-se parte imaginária, e denota-se por Im(z)
Exemplo: Para o numero complexo z = 3 – 2i temos
Re(z) = 3 e Im(z) = -2
4. Da multiplicação na definição 5.1.1 resulta na seguinte relação
i 2 = −1
isto implica que
i = −1
122
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Complexos conjugados
Dois números complexos são conjugados quando têm as partes reais iguais
e as partes imaginárias simétricas
Módulo de um complexo
O módulo (ou valor absoluto) de um número complexo z = a + bi é um
número real definido por
z = a2 + b2
1. Adição
• (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d )i
• (a + bi) − (c + di) = (a + c) − (b + d )i
2. Multiplicação
(a + bi).(c + di) = (a.c − b.d ) + (b.c + a.d )i
3. Divisão
a + bi (a + bi)(c − di) (ac + bd ) + (bc − ad )i ac + bd bc − ad
= = = 2 + i
c + di (c + di)(c − di) c2 + d 2 c + d 2 c2 + d 2
a + bi ac + bd bc − ad
= +
c + di c 2 + d 2 c 2 + d 2
Exemplos 5.1.2:
Sejam z = 2 − 5i e = −3 + 2i .
123
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
a 2 2 b −2 2
que satisfaz cos( ) = = = e sen( ) = = =− .
z 2 2 2 z 2 2 2
7
O argumento que possui estes valores de seno e co-seno é = .
4
Logo, z = 2 2 (cos(7 / 4) + isen(7 / 4) )
124
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Fórmula de Euler
Para todo , é válida a igualdade seguinte, denominada fórmula
de Euler
e i = cos( ) + i.sen( )
zn = z
2
(cos(n ) + i.sen(n ) )
125
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
+ 2k + 2k
4
− 1 = cos + i.sen
4 4
Fazendo k = 0, 1, 2, 3, obtém-se as raízes
2 2
Para k = 0 tem-se cos( 4 ) + i.sen( 4 ) = + ;
2 2
2 2
Para k = 1 tem-se cos( 34 ) + i.sen( 34 ) = − + ;
2 2
2 2
Para k = 2 tem-se cos( 54 ) + i.sen( 54 ) = − − i;
2 2
2 2
Para tem-se cos( 74 ) + i.sen( 74 ) = − + i
2 2
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Sendo 𝑧1 = 1 + 3𝑖 e 𝑧2 = −2 + 𝑖, calcule:
a) 𝑧1 + 𝑧2
b) 𝑧1 − 𝑧2
c) 𝑧1 . 𝑧2
𝑧2
d) 𝑧1
e) (1 + 2𝑖)−1 + 𝑖 −1
−3
√3+𝑖
f) ( 1+𝑖 )
c) √−1 + √3𝑖
1 7
Respostas: 1a) −1 + 4𝑖; 1b) 3 + 2𝑖; 1c) −5 − 5𝑖; 1d) 10 +10𝑖;
126
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
c) (2 − 2𝑖)6
3
d) √−1 + √3𝑖
Referência bibliográfica
Beirão, J. C. (1993), Funções de variável complexa, ISP
Girão, P. M. (204), Introdução à Análise Complexa, Séries de Fourier e
Equações Diferenciais, IST Press
127
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
𝒛𝟏 , 𝒛𝟐 , 𝒛𝟑 , … . , 𝒛𝒏 , …
de números complexos (também consideramos sucessões que começam
num inteiro 𝑘 ≥ 1 ).
𝑖𝑛
Por exemplo, a sucessão de termo geral 𝑧𝑛 = 2𝑛 é limitada, pois para
todo o número natural n temos
128
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑖𝑛 1
| 𝑛| = 𝑛 ≤ 1
2 2
lim 𝑧𝑛 = 𝑧 ou 𝑧𝑛 → 𝑧
𝑛→∞
2
3 𝑛
lim 𝐼𝑚( 𝑧𝑛 ) = lim (𝑛2 + 𝑛2 ) = 𝑒 3 , então, da proposição 4.2.1
𝑛→∞ 𝑛→∞
2
3 𝑛
𝑛
√𝑛! 1
lim 𝑧𝑛 = lim { + 𝑖 (𝑛 + 2 ) } = + 𝑖𝑒 3
2
𝑛→∞ 𝑛→∞ 𝑒 𝑛 𝑒
𝑧1 + 𝑧2 + 𝑧3 + ⋯ + 𝑧𝑛 + ⋯
129
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
lim 𝑆𝑛 = 𝑆
𝑛→∞
∑ 𝑧𝑛 = 𝑆
Corolário: É condição necessária (mas não suficiente) para que uma série
seja convergente que o seu termo geral 𝑧𝑛 tenha limite zero
(𝑧𝑛 → 0)
Critério de Comparação
130
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑧𝑛+1
lim | |=𝜆
𝑛→∞ 𝑧𝑛
Critério de Cauchy
𝑛
lim √|𝑧𝑛 | = 𝜆
𝑛→∞
SOLUÇÕES:
1 𝑛+1 3 1 √2
= |1 + 𝑖| lim ( ) = √2. 1 =
4 𝑛→∞ 𝑛 + 2 4 4
√2
Temos λ = < 1. Logo, a série é absolutamente convergente.
4
absolutamente convergente.
131
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 (𝑛+1)(𝑛+3) 1
= 3 lim =3<1
𝑛→∞ 𝑛(𝑛+2)
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Determine o limite, caso exista, de cada uma das seguinte
sucessões:
2𝑛+1 1 2𝑛
a) 𝑧𝑛 = + 𝑖 (1 + 𝑛)
𝑛+1
2
𝑛+1 𝑛 𝑛
b) 𝑧𝑛 = ( ) + √𝑛+1 𝑖
𝑛
𝑛.𝑖
c) 𝑧𝑛 = 𝑛2+1
2. Determine a natureza de cada serie
(2+3𝑖)2𝑛−1 (1+2𝑖)𝑛 (1+𝑖)𝑛
a) ∑ (2𝑛−1)!
b) ∑ c) ∑
𝑛! 2𝑛
132
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Referência bibliográfica
Beirão, J. C. (1993), Funções de variável complexa, ISP
Girão, P. M. (204), Introdução à Análise Complexa, Séries de Fourier e
Equações Diferenciais, IST Press
133
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
𝑓: 𝑧𝜖𝐸 → 𝑓(𝑧)𝜖𝐶
ou
𝑤 = 𝑓(𝑧)
𝑢 = 𝑢(𝑥, 𝑦)
𝑣 = 𝑣(𝑥, 𝑦)
134
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑤 = 𝑢 + 𝑖𝑣 = (𝑥 + 𝑖𝑦)2 = (𝑥 2 + 𝑦 2 ) + 2𝑥𝑦𝑖
E por consequência
𝑢(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 + 𝑦 2
𝑣(𝑥, 𝑦) = 2𝑥𝑦
𝑤 = 𝑢(𝑥, 𝑦) + 𝑖𝑣(𝑥, 𝑦)
1
Exemplo 5.3.1. Decomponha a função 𝑓(𝑧) = nas suas partes real e
𝑧
imaginária.
1 1 𝑥−𝑖𝑦 𝑥−𝑖𝑦 𝑥 𝑦
SOLUÇÃO: 𝑓(𝑍) = = = = = −𝑖
𝑍 𝑥+𝑖𝑦 (𝑥+𝑖𝑦)(𝑥−𝑖𝑦) 𝑥 2 −𝑦 2 𝑥 2 −𝑦 2 𝑥 2 −𝑦 2
1. 𝑓(𝑧) = 𝑧 2 + 3
𝑧
2. 𝑓(𝑧) = 𝑧 2+1
SOLUÇOES:
135
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑧 = ±√−1 = ±𝑖
Portanto, o domínio de 𝑓 é ℂ ∖ {−𝑖, 𝑖}
|𝑓(𝑧) − 𝑙| < 𝜀
lim 𝑓(𝑧) = 𝑙
𝑧→𝑧0
√1+𝑧−√1+𝑧
Exemplo 5.3.3. Calcule lim
𝑧→0 𝑧
√1 + 𝑧 − √1 + 𝑧 (√1 + 𝑧 − √1 − 𝑧)(√1 + 𝑧 + √1 − 𝑧)
lim = lim
𝑧→0 𝑧 𝑧→0 𝑧(√1 + 𝑧 + √1 − 𝑧)
𝑧 2 +4
Exemplo 5.3.4. Determine lim
𝑧→2𝑖 𝑧 2 −3𝑖𝑧−2
136
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(2𝑖)2 +4 −4+4 0
= −4+6−2 = 0 que é uma indeterminação.
(2𝑖)2 −3𝑖2𝑖−2
3𝑖+𝑖 3𝑖−𝑖
A primeira raiz é = 2𝑖 A segunda raiz é = 𝑖.
2 2
Proposição 5.3.1.
𝑙 = 𝑎 + 𝑖𝑏.
137
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
= 3. (−1). 2 + (−1 − 22 )𝑖 = −6 − 5𝑖
𝑓(𝑧) − 𝑓(𝑧0 )
lim
𝑧→𝑧0 𝑧 − 𝑧0
𝑑𝑓
𝑓′(𝑧0 ) ou (𝑧0 )
𝑑𝑧
∆𝑓
𝑓 ′ (𝑧0 ) = lim
∆𝑧→0 ∆𝑧
1+(2−𝑖)𝑧
Exemplo: Ache a derivada de 𝑓(𝑧) = 2𝑧+9
138
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1+(2−𝑖)𝑧 1+2𝑧−𝑖𝑧
SOLUÇÃO: 𝑓(𝑧) = = Pela regra de derivada de
2𝑧+9 2𝑧+9
quociente tem-se
Equações de Cauchy-Riemann
𝝏𝒖 𝝏𝒗 𝝏𝒖 𝝏𝒗
= 𝝏𝒚 e = − 𝝏𝒙
𝝏𝒙 𝝏𝒚
De facto, como
2
𝑓(𝑧) = |𝑧|2 = |𝑥 + 𝑖𝑦|2 = (√𝑥 2 + 𝑦 2 ) = 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝑢(𝑥, 𝑦),
139
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
tem-se
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑣
= 2𝑥, = 2𝑦, = 0, 𝜕𝑦 = 0 (pois, 𝑣(𝑥, 𝑦) = 0)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥
Funções Analíticas
𝑧̅
Exemplo: Verifique se a função 𝑓(𝑧) = |𝑧|2 é analítica em ℂ ∖ {0}
𝑧̅ 𝑥−𝑖𝑦 𝑥 𝑦
SOLUÇÃO: 𝑓(𝑧) = |𝑧|2 = 𝑥 2 +𝑦 2 = 𝑥 2 +𝑦 2 − 𝑥 2 +𝑦 2 𝑖.
𝑥 𝑦
Observa-se que 𝑢(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 +𝑦 2 e 𝑣(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 +𝑦 2
𝜕𝑢 𝑥 2 +𝑦 2 𝜕𝑣 𝜕𝑢 2𝑥𝑦 𝜕𝑣
= (𝑥 2+𝑦 2)2 = 𝜕𝑦 e = − (𝑥 2 +𝑦 2)2 = − 𝜕𝑥
𝜕𝑥 𝜕𝑦
140
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Regra de L’Hospital
𝑧 2 +1
Exemplo: Calcular lim 𝑧 6+1
𝑧→𝑖
𝑧2 + 1 (2𝑧)𝑧=𝑖 2𝑖 1
lim = = =
𝑧→𝑖 𝑧 6 + 1 (6𝑧 5 )𝑧=𝑖 6𝑖 3
𝒆𝒛 = 𝒆𝒙 (𝐜𝐨𝐬 𝒚 + 𝒊. 𝒔𝒆𝒏 𝒚)
𝑒 2𝑘𝜋𝑖 = 1
E, portanto,
𝑒 𝑧+2𝑘𝜋𝑖 = 𝑒 𝑧
141
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝒅 𝒛 𝜕𝑢 𝜕𝑣
(𝒆 ) = +𝑖 = 𝑒 𝑥 cos 𝑦 + 𝑖𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑦 = 𝒆𝒛
𝒅𝒛 𝜕𝑥 𝜕𝑦
A partir das fórmulas de Euler se deduz que para todo o numero real 𝑦 é
𝒆𝒊𝒛 + 𝒆−𝒊𝒛
𝐜𝐨𝐬 𝒛 =
𝟐
𝒆𝒊𝒛 − 𝒆−𝒊𝒛
𝒔𝒆𝒏 𝒛 =
𝟐𝒊
Destas formulas resulta por adição a formula de Euler para valores
complexos
Sumário
142
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Decomponha nas suas partes real e imaginária as funções
a) 𝑓(𝑧) = 𝑧 2 − 3𝑖𝑧
1−𝑧
b) 𝑓(𝑧) = 1+𝑧
2. Determine
(2𝑧+3)(𝑧−1)
a) lim
𝑧→−2𝑖 𝑧 2 −2𝑧+4
b) lim 𝑧𝑧̅
𝑧→−𝑖
𝑧(𝑧 2 +1)
c) lim
𝑧→𝑖 𝑧−𝑖
𝑧 2 +9
d) lim
𝑧→3𝑖 2𝑧 2 +(5−6𝑖)𝑧−15𝑖
143
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑧 3 −5
a) lim
𝑧→1+𝑖 𝑖𝑧
𝑧 2 −2𝑖𝑧−1
b) lim 𝑧 4+2𝑧 2+1
𝑧→𝑖
√𝑧−1−𝑖
c) lim
𝑧→0 𝑧
b) (3𝑧 2 − 2𝑧𝑖)5
4. Utilize as equações de Cauchy-Riemann para achar os pontos em
que são analíticas as seguintes funções
1
a) 𝑓(𝑧) = 𝑧 2
𝑧̅
b) 𝑔(𝑧) = 𝑧
Referência bibliográfica
Beirão, J. C. (1993), Funções de variável complexa, ISP
Girão, P. M. (204), Introdução à Análise Complexa, Séries de Fourier e
Equações Diferenciais, IST Press
144
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Objectivos ▪ Aplicar a fórmula integral de Cauchy para achar o integral de uma função
específicos de variável complexa
Integração em ℂ
Nesta unidade temática 5.3 vamos saber achar a integral de uma função
complexa ao longo de uma curva no plano complexo ℂ. Veremos também a
relação entre a integração complexa e a integração real bem como algumas
das propriedades da integração complexa
145
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
3
Para parametrizar 𝐶 façamos 𝑥 = 𝑡. Logo, 𝑦 = 2 𝑡. Como de (0, 0) para
3
𝑧 ′ (𝑡) = 1 + 𝑖
2
3 2 5
𝑓(𝑧(𝑡)) = [𝑧(𝑡)]2 = (𝑡 + 𝑖 𝑡) = − 𝑡 2 + 𝑖3𝑡 2
2 4
5 3 23 9
𝑓(𝑧(𝑡)). 𝑧 ′ (𝑡) = (− 𝑡 2 + 𝑖3𝑡 2 ) (1 + 𝑖 ) = − 𝑡 2 + 𝑖 𝑡 2
4 2 4 8
2 2
23 2 9
∫ 𝑓(𝑧)𝑑𝑧 = ∫ 𝑧 2 𝑑𝑧 = ∫ 𝑓(𝑧(𝑡)). 𝑧 ′ (𝑡)𝑑𝑡 = ∫ [− 𝑡 + 𝑖 𝑡 2 ] 𝑑𝑡 =
4 8
𝐶 𝐶 0 0
2
23 3 3
= [− 𝑡 + 𝑖3𝑡 ]
12 0
46
=− + 3𝑖
3
146
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
Exemplo 5.4.2. Calcular ∮𝑐 𝑓(𝑧) = 𝑧 sendo 𝑐 a circunferência |𝑧| = 1
percorrida no sentido positivo.
𝑧 ′ (𝑡) = 𝑖𝑒 𝑖𝑡
1 1
𝑓(𝑧(𝑡)) = = 𝑖𝑡 = 𝑒 −𝑖𝑡
𝑧(𝑡) 𝑒
2𝜋 2𝜋
1
∫ 𝑓(𝑧)𝑑𝑧 = ∫ 𝑑𝑧 = ∫ 𝑓(𝑧(𝑡)). 𝑧 ′ (𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑖𝑑𝑡 = 2𝜋𝑖
𝑧
𝐶 𝐶 0 0
𝑑𝑧
Exemplo 5.4.2. Calcular ∮𝐶 sendo 𝑛 um número inteiro, 𝑧0 uma
(𝑧−𝑧0 )𝑛
𝑧(𝑡) = 𝑧0 + 𝑟𝑒 𝑖𝑡 , 0 ≤ 𝑡 ≤ 2𝜋
obtém-se
2𝜋 2𝜋 2𝜋
𝑑𝑧 𝑧 ′ (𝑡)𝑑𝑡 𝑖𝑟𝑒 𝑖𝑡 𝑒 −𝑖𝑛𝑡
∮ =∫ =∫ 𝑑𝑡 = 𝑖 ∫ 𝑒 𝑖(1−𝑛)𝑡 𝑑𝑡
(𝑧 − 𝑧0 )𝑛 𝑟𝑒 𝑖𝑛𝑡 𝑟
𝐶 0 0 0
147
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2𝜋
𝑑𝑧
∮ = 𝑖 ∫ 𝑑𝑡 = 2𝜋𝑖
𝑧 − 𝑧0
𝑐 0
2𝜋 2𝜋
𝑑𝑧 𝑖(1−𝑛)𝑡
𝑒 𝑖(1−𝑛)𝑡 𝑒 2𝜋𝑖(1−𝑛) − 1
∮ = 𝑖∫ 𝑒 𝑑𝑡 = | | = =0
(𝑧 − 𝑧0 )𝑛 𝑖(1 − 𝑛) 0 𝑖(1 − 𝑛)
𝐶 0
𝒅𝒛 𝟐𝝅𝒊 𝒔𝒆 𝒏 = 𝟏
∮ = {
(𝒛 − 𝒛𝟎 )𝒏 𝟎 𝒔𝒆 𝒏 ≠ 𝟏
𝑪
∮𝑪 𝒇(𝒛)𝒅𝒛 = 𝟎.
148
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
∫ 𝑓(𝑧)𝑑𝑧
𝑎
∫ 𝑧 2 𝑑𝑧
𝑖
SOLUÇÃO: Como 𝑧 2 é analítica em todo o plano complexo, o integral é
independente do caminho que lida 𝑖 a 1 + 𝑖, podendo, portanto, aplicar-
se a proposição 5.3.2.
𝑧3
Uma primitiva de 𝑓(𝑧) = 𝑧 2 é 𝐹(𝑧) = , e então, tem-se
3
1+𝑖 1+𝑖
2
𝑧3 (1 + 𝑖)3 − 𝑖 3 2
∫ 𝑧 𝑑𝑧 = [ ] = =− +𝑖
3 𝑖 3 3
𝑖
∫ 𝑒 𝜋𝑧 𝑑𝑧
0
SOLUÇÃO: Pela mesma razão do exemplo anterior, tem-se
𝑖 𝑖
𝑒 𝜋𝑖 − 1
𝜋𝑧
2
∫ 𝑒 𝑑𝑧 = [ ] =−
𝜋 0
𝜋
0
149
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝟏 𝒇(𝒛)
𝒇(𝒛𝟎 ) = ∮ 𝒅𝒛
𝟐𝝅𝒊 𝒛 − 𝒛𝟎
𝑪
𝑧𝑑𝑧
∫
𝑧−2
|𝑧−1|=2
1 𝑓(𝑧) 𝑓(𝑧)
𝑓(𝑧0 ) = ∮ 𝑑𝑧 ⇔ ∮ 𝑑𝑧 = 2𝜋𝑖𝑓(𝑧0 )
2𝜋𝑖 𝑧 − 𝑧0 𝑧 − 𝑧0
𝐶 𝐶
Então,
𝑓(𝑧)
∮ 𝑑𝑧 = 2𝜋𝑖. 2 = 4𝜋𝑖
𝑧−2
𝐶
𝑑𝑧
∮
𝑧2−1
|𝑧|=2
150
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑑𝑧 𝑑𝑧
∮ = ∮
𝑧2 −1 (𝑧 + 1)(𝑧 − 1)
|𝑧|=2 |𝑧|=2
1 𝐴 𝐵
= +
(𝑧 + 1)(𝑧 − 1) 𝑧 + 1 𝑧 − 1
⇒ 1 = 𝐴(𝑧 − 1) + 𝐵(𝑧 + 1)
1
Para 𝑧 = 1 tem-se 1 = 2𝐵 ⇒ 𝐵 = 2
1
Para 𝑧 = −1 obtemos 1 = −2𝐴 ⇒ 𝐴 = − 2
Logo,
𝑑𝑧 𝑑𝑧 1 𝑑𝑧 1 𝑑𝑧
∮ = ∮ =− ∮ + ∮
𝑧2−1 (𝑧 + 1)(𝑧 − 1) 2 𝑧+1 2 𝑧−1
|𝑧|=2 |𝑧|=2 |𝑧|=2 |𝑧|=2
1 1
= − 2𝜋𝑖. 1 + 2𝜋𝑖. 1 = 0
2 2
1 1
𝑑𝑧 (𝑧 + 1) (𝑧 − 1 )
∮ = ∮ 𝑑𝑧 + ∮ 𝑑𝑧
(𝑧 + 1)(𝑧 − 1) 𝑧−1 𝑧+1
|𝑧|=2 |𝑧|=2 |𝑧|=2
1 1
= 2𝜋𝑖. + 2𝜋𝑖. (− ) = 0
2 2
151
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
152
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Teorema de Laurent:
1 𝑓(𝑤)
𝑎𝑛 = ∮ 𝑑𝑤 (𝑛 = 0, ±1, ±2, … )
2𝜋𝑖 (𝑤 − 𝑧0 )𝑛+1
𝛾
𝒇(𝒛) = ∑ 𝒂𝒏 (𝒛 − 𝒛𝟎 )𝒏
𝒏=−∞
𝒂 𝒂 𝒂
= ⋯ + (𝒛−𝒛−𝟑 )𝟑 + (𝒛−𝒛−𝟐 )𝟐 + 𝒛−𝒛
−𝟏
+
𝟎 𝟎 𝟎
+𝒂𝟎 + 𝒂𝟏 (𝒛 − 𝒛𝟎 ) + 𝒂𝟐 (𝒛 − 𝒛𝟎 )𝟐 + 𝒂𝟑 (𝒛 − 𝒛𝟎 )𝟑 + ⋯
153
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
Exemplo 5.4.5. A função 𝑓(𝑧) = (𝑧−1)(𝑧−3) é analítica na coroa circular
1 1
1
= 2 − 1
(𝑧 − 1)(𝑧 − 3) 𝑧 − 3 𝑧 − 1
𝑧
para |𝑧| < 3 ⇔ |3| < 1 obtém-se
1 1 1 1 1
= 𝑧 =−
𝑧 − 3 3 ( − 1) 3 (1 − 𝑧 )
3 3
1 1
Observando que é a soma de uma progressão geométrica de
3 (1−𝑧)
3
𝑧 𝑧
razão 3 (com |3| < 1); e portanto, tem-se
∞ ∞
1 1 𝑧 𝑛 𝑧𝑛
= − ∑ ( ) = − ∑ 𝑛+1
𝑧−3 3 3 3
𝑛=0 𝑛=0
1
E para 1 < |𝑧| ⇔ |𝑧| < 1, obtém-se a seguinte progressão geométrica
∞ ∞ ∞ ∞
1 1 1 1 1 1 1
= = ∑ 𝑛 = ∑ 𝑛+1 = ∑ 𝑛 = ∑ 𝑧 −𝑛
𝑧−1 𝑧1−1 𝑧 𝑧 𝑧 𝑧
𝑛=0 𝑛=0 𝑛=1 𝑛=1
𝑧
O desenvolvimento em série de Laurent da função dada é pois
∞ ∞
1 1 1 1 1 1
𝑓(𝑧) = − ∑ 𝑧 −𝑛 − ∑ 𝑛+1 𝑧 𝑛 = ⋯ − 𝑧 −3 − 𝑧 −2 − 𝑧 −1 +
2 2 3 2 2 2
𝑛=1 𝑛=0
1 1 1 1
− 2.3 − 2.32 𝑧 − 2.33 𝑧 2 − 2.34 𝑧 3 − ⋯
154
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 𝐴 𝐵
= +
𝑧(𝑧 − 1) 𝑧 𝑧 − 1
Para 𝑧 = 0 resulta 1 = −𝐴 ⇔ 𝐴 = −1
Para 𝑧 = 1 resulta 𝐵 = 1
Logo,
1 1 1
=− +
𝑧(𝑧 − 1) 𝑧 𝑧−1
Estamos, pois, na região (coroa circular) 1 < |𝑧 − 2| < 2; ou seja
1
1 < |𝑧 − 2| ⇔ <1
|𝑧 − 2|
e
|𝑧 − 2|
|𝑧 − 2| < 2 ⇔ <1
2
Desenvolvendo a primeira fracção na região obtemos
∞ ∞
1 1 1 1 1 𝑧−2 𝑛 1
= = = ∑( ) = ∑ 𝑛+1 (𝑧 − 2)𝑛
𝑧 2 + 𝑧 − 2 21 + 𝑧 −2 2 2 2
𝑛=0 𝑛=0
2
1
Pois, 𝑧−2 é valor da soma da progressão geométrica de razão
1+
2
|𝑧−2|
< 1.
2
1 1 1 1
= =
𝑧 − 1 𝑧 − 2 + 1 𝑧 − 21 + 1
𝑧−2
∞ ∞
1 1 𝑛 1
= ∑ ( ) =∑
𝑧−2 𝑧−2 (𝑧 − 2)𝑛
𝑛=0 𝑛=1
1
Logo, o desenvolvimento de 𝑓(𝑧) = 𝑧(𝑧−1) em serie de Laurent na coroa
1 < |𝑧 − 2| < 2 é
155
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
∞ ∞
1 1 1
𝑓(𝑧) = =∑ + ∑ (𝑧 − 2)𝑛
𝑧(𝑧 − 1) (𝑧 − 2)𝑛 2𝑛+1
𝑛=1 𝑛=0
1 1 1
= ⋯ + (𝑧−2)3 + (𝑧−2)2 + 𝑧−2 +
1 1 1
+ 2 + 22 (𝑧 − 2) + 23 (𝑧 − 2)2 + ⋯
𝑓(𝑧) = ∑ 𝑎𝑛 (𝑧 − 𝑧0 )𝑛
𝑛=−∞
𝑓(𝑧) = ∑ 𝑎𝑛 (𝑧 − 𝑧0 )𝑛
𝑛=0
Exemplo.
𝑠𝑒𝑛(𝑧) 𝑧2 𝑧4 𝑧6
Em 𝑧 = 0 a função 𝑓(𝑧) = = 1− + − + ⋯ não está
𝑧 3! 5! 7!
𝑠𝑒𝑛(𝑧)
𝑓(𝑧) = { 𝑧 𝑠𝑒 𝑧 ≠ 0
1 𝑠𝑒 𝑧 = 0
156
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑎−𝑛 𝑎−1
𝑓(𝑧) = 𝑛
+ ⋯+ + 𝑎0 + 𝑎1 (𝑧 − 𝑧0 ) + 𝑎2 (𝑧 − 𝑧0 )2 + ⋯
(𝑧 − 𝑧0 ) 𝑧 − 𝑧0
com 𝑛 ≥ 1 e 𝑎−𝑛 ≠ 0
lim 𝑓(𝑧) = ∞.
𝑧→𝑧0
lim (𝑧 − 𝑧0 )𝑛 𝑓(𝑧) = 𝐴 ≠ 0
𝑧→𝑧0
𝑧−2
𝑓(𝑧) =
(𝑧 + 1)(𝑧 − 1)2
RESÍDUOS
157
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
∮ 𝑓(𝑧)𝑑𝑧 = 0
𝐶
𝟏
𝑹𝒆𝒔[𝒇(𝒛), 𝒛𝟎 ] = ∮ 𝒇(𝒛)𝒅𝒛
𝟐𝝅𝒊
𝑪
Proposição 5.4.3:
O resíduo duma função 𝑓(𝑧) num ponto singular isolado 𝑧0 é o
coeficiente 𝑎−1 do desenvolvimento de Laurent da função relativamente a
esse ponto.
1 1 1 1 1 1
= ⋯+ + + + + (𝑧 − 2)
𝑧(𝑧 − 1) (𝑧 − 2)3 (𝑧 − 2)2 𝑧 − 2 2 22
1
+ 3
(𝑧 − 2)2 + ⋯
2
Cálculo do resíduo
Quando de antemão não se conhece o desenvolvimento de Laurent da
função, pode-se calcular o resíduo usando as seguintes regras:
158
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝟏 𝒅𝒏−𝟏
𝑹𝒆𝒔[𝒇(𝒛), 𝒛𝟎 ] = 𝐥𝐢𝐦 [(𝒛 − 𝒛𝟎 )𝒏 𝒇(𝒛)]
(𝒏 − 𝟏)! 𝒛→𝒛𝟎 𝒅𝒛𝒏−𝟏
𝑔(𝑧)
Regra 2. Se 𝑓(𝑧) = ℎ(𝑧) e 𝑔(𝑧) ≠ 0, ℎ(𝑧) = 0, ℎ′ (𝑧) ≠ 0, então a
𝑑 2
𝑒𝑧 𝑑
𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 1] = 𝑎−1 = lim (𝑧 − 1) 2
= lim (𝑒 𝑧 ) = 𝑒
𝑧→1 𝑑𝑧 (𝑧 − 1) 𝑧→1 𝑑𝑧
𝑐𝑜𝑠(0)
𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 0] = 𝑎−1 = =1
𝑐𝑜𝑠(0)
∮ 𝒇(𝒛)𝒅𝒛 = 𝟐𝝅𝒊 ∑ 𝑹𝒋
𝑪 𝒋=𝟏
Calcular
𝑒𝑧
∮ 𝑑𝑧
𝑧 2 (𝑧 − 1)
|𝑧|=2
159
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑒𝑧
𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 1] = lim (z − 1) 2 =𝑒
𝑧→1 𝑧 (𝑧 − 1)
𝑑 2 𝑒𝑧 𝑒 𝑧 (𝑧 − 1) − 𝑒 𝑧
𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 0] = lim (𝑧 ) 2 = lim = −2
𝑧→0 𝑑𝑧 𝑧 (𝑧 − 1) 𝑧→0 (𝑧 − 1)2
𝑒𝑧
∮ 2 𝑑𝑧 = 2𝜋𝑖(𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 1] + 𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 0]) = 2𝜋𝑖(𝑒 − 2)
𝑧 (𝑧 − 1)
|𝑧|=2
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Calcule os seguintes integrais
2𝑧+3
b) ∮𝐶 𝑑𝑧 sendo 𝐶 a circunferência |𝑧| = 3
𝑧 2 +3𝑧+2
2𝑧 2 −𝑧+1
c) ∮𝐶 𝑑𝑧 sendo 𝐶 a circunferência |𝑧| = 2
𝑧(𝑧−1)(𝑧+1)
𝑒𝑧
d) ∮|𝑧|=2 (𝑧−1)(𝑧+1)2 𝑑𝑧 sendo 𝐶 a circunferência |𝑧| = 2
160
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
4 8
Respostas: 1a) 3 + 3 𝑖; 1b) 1 + 2𝑖; 1c) 2𝜋𝑖; 2a) 2𝜋𝑖; 2b) 4𝜋𝑖; 2c) 0;
𝜋𝑖(𝑒 2 −3) 1 𝑧𝑛 1 1
2d) ; 3a) − 3 ∑∞ ∞
𝑛=0 4𝑛+1 − 3 ∑𝑛=1 𝑧 𝑛
2𝑒
𝑧𝑛 1 𝑒2 2𝑒 2 2𝑒 2 4𝑒 2
3b) − ∑∞ ∞
𝑛=0 2𝑛+1 − ∑𝑛=1 𝑧 𝑛 ; 3c) (𝑧−1)3 + (𝑧−1)2 + 𝑧−1 + + ⋯;
3
𝜋𝑖(𝑒−5𝑒 −3 )
4a) 4𝜋𝑖; 4b) 6𝜋𝑖; 4c) 8
𝑧𝑒 𝑖𝑧
b) ∮𝐶 𝑑𝑧 sendo 𝐶 a circunferência |𝑧| = 3
(𝑧−2)(𝑧+1)
𝑧𝑒 𝑖𝑧
b) 𝑘(𝑧) = (𝑧−2)(𝑧+𝑖) 𝑑𝑧 em 1 < |𝑧| < 2
161
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑧3 𝑒𝑧
a) ∮|𝑧|=2 𝑧 4−1 𝑑𝑧 b) ∮|𝑧|=2 𝑧(𝑧−1)2 𝑑𝑧
162
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Transformada de Laplace
∫ 𝑘(𝑠, 𝑥)𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑎
163
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
+∞ 𝑏
−𝑠𝑥
ℒ{𝑓(𝑥)} = ∫ 𝑒 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∫ 𝑒 −𝑠𝑥 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑏→∞
0 0
SOLUÇÃO:
+∞ 𝑏
−𝑠𝑥 (1)𝑑𝑥
ℒ{1} = ∫ 𝑒 = lim ∫ 𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥
𝑏→∞
0 0
−𝑒 −𝑠𝑥 𝑏 −𝑒 −𝑠𝑏 + 1 1
= lim ] = lim = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑠 > 0
𝑏→∞ 𝑠 0 𝑏→∞ 𝑠 𝑠
𝟏
𝓛{𝟏} =
𝒔
164
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
−𝑒 −𝑠𝑥
Seja 𝑢 = 𝑥 ⇒ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥 𝑒 𝑑𝑣 = 𝑒 −𝑠𝑥 ⇒ 𝑣 = . Então
𝑠
𝑏 𝑏
−𝑠𝑥
𝑒 −𝑠𝑥 𝑏 1
∫ 𝑥𝑒 𝑑𝑥 = −𝑥 ] + ∫ 𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥
𝑠 0 𝑠
0 0
Então,
+∞ +∞
−𝑠𝑥
𝑒 −𝑠𝑏 1
∫ 𝑥𝑒 𝑑𝑥 = lim (−𝑏 ) + ∫ 𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥
𝑏→∞ 𝑠 𝑠
0 0
−𝑠𝑏
𝑒 1
= lim (−𝑏 ) + ℒ{1}
𝑏→∞ 𝑠 𝑠
𝑒 −𝑠𝑏
O limite do produto −𝑏 é igual a zero, pois lim 𝑒 −𝑠𝑏 = 0 e 𝑏 é
𝑠 𝑏→∞
Portanto
𝟏
𝓛{𝒙} =
𝒔𝟐
∞
2 2 2 1 2
= ∫ 𝑥𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥 = ℒ{𝑥} = . 2 = 3
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 𝑠
0
∞ ∞ ∞
𝑥 3 𝑒 −𝑠𝑥 𝑒 −𝑠𝑥
ℒ{𝑥 3 } = ∫ 𝑥 3 𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥 = − | − ∫ (−3𝑥 2 ) 𝑑𝑥
𝑠 0
𝑠
0 0
165
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
∞
3 3 3 2 3!
= ∫ 𝑥 2 𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥 = ℒ{𝑥 2 } = . 3 = 4
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠 𝑠
0
𝒏!
𝓛{𝒙𝒏 } =
𝒔𝒏+𝟏
∞ ∞
𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 1
=− | − ∫ (𝜔. 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡))(−𝑒 −𝑠𝑡 )𝑑𝑡
𝑠 0
𝑠
0
∞
𝜔
= ∫ cos (𝜔𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡
𝑠
0
∞ ∞
𝜔 cos (𝜔𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 1
= (− | − ∫ (−𝜔. 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡))(−𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡)
𝑠 𝑠 0
𝑠
0
∞
𝜔 1 𝜔
= ( − ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡)
𝑠 𝑠 𝑠
0
𝜔 𝜔2
= − ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)}
𝑠2 𝑠2
𝜔 𝜔2
ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)} = − ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)}
𝑠2 𝑠2
Resolvendo esta equação, obtemos
𝜔2 𝜔
ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)} (1 + 2
)= 2
𝑠 𝑠
Isto é
𝝎
𝓛{𝒔𝒆𝒏(𝝎𝒕)} = , 𝑠>0
𝒔𝟐 + 𝝎𝟐
166
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
0, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 4
𝑓(𝑥) = {
5, 𝑠𝑒 𝑥 > 4
∞ 4 ∞
−𝑠𝑥 −𝑠𝑥
ℒ{𝑓(𝑥)} = ∫ 𝑓(𝑥)𝑒 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑒 𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥
0 0 4
∞ ∞
5𝑒 −𝑠𝑥 ∞ 5𝑒 −4𝑠
= ∫ 0. 𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥 + ∫ 5𝑒 −𝑠𝑥 𝑑𝑥 = − | =
𝑠 4 𝑠
0 0
Definição 6.2: (Função continua por partes) Uma função é contínua por
partes ou seccionalmente contínua sobre um intervalo [𝑎, 𝑏] se pudermos
dividir [𝑎, 𝑏] num número finito de subintervalos em que 𝑓(𝑥) é continua
no interior de cada um desses subintervalos, e a função 𝑓(𝑥) tende a um
limite finito quando 𝑥 tende para as extremidades desses subintervalos.
167
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
168
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
com 𝑎 e 𝑏 constantes.
SOLUÇÃO:
ℒ{𝑓(𝑥)} = ℒ{𝑎 + 𝑏𝑥}
= ℒ{𝑎} + ℒ{𝑏𝑥}
1 1
= 𝑎ℒ{1} + 𝑏ℒ{𝑥) = 𝑎 + 𝑏 2
𝑠 𝑠
𝓛{𝒇(𝒏) (𝒙)} = 𝒔𝒏 𝓛{𝒇(𝒙)} − 𝒔𝒏−𝟏 𝒇(𝟎) − 𝒔𝒏−𝟐 𝒇′(𝟎) − 𝒔𝒏−𝟑 𝒇′′ (𝟎) − ⋯
− 𝒇(𝒏−𝟏) (𝟎)
Para 𝑛 = 1 tem-se
Para 𝑛 = 2 tem-se
Para 𝑛 = 2 tem-se
Observe as derivadas:
Logo,
𝑓 ′′ (𝑥) = −𝑓(𝑥)
169
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑠 2 ℒ{𝑓(𝑥)} − 𝑠 = −ℒ{𝑓(𝑥)}
Ou seja
𝑠
ℒ{𝑓(𝑥)} =
𝑠2 +1
Portanto,
𝒔
𝓛{𝒄𝒐𝒔(𝒙)} =
𝒔𝟐 +𝟏
Observe as derivadas
𝑔′ (𝑥) = cos(𝑥) − 𝑥. 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
e
′
𝑔′ (𝑥) = −sen(x) − 𝑠𝑒𝑛(𝑥) − 𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥)
Ou seja
′
𝑔′ (𝑥) = −2𝑠𝑒𝑛(𝑥) − 𝑔(𝑥)
Aplicamos a transformada de Laplace e usamos a propriedade da
proposição 6.2:
𝑠 2 ℒ{𝑔(𝑥)} − 𝑠𝑔(0) − 𝑔′ (0) = −2ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑥)} − ℒ{𝑔(𝑥)}
Usando o facto que 𝑔(0) = 0. cos(0) = 0, 𝑔′ (0) = cos(0) −
0. 𝑠𝑒𝑛(0) = 1 e
1
ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑥)} = 𝑠2 +1 (obtido no exemplo 6.4, com 𝜔 = 1), obtemos
2
𝑠 2 ℒ{𝑔(𝑥)} − 1 = − − ℒ{𝑔(𝑥)}
𝑠2 + 1
ou seja
𝑠2 − 1
ℒ{𝑔(𝑥)} = 2
(𝑠 + 1)2
Portanto,
170
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑠2 − 1
ℒ{𝑥𝑐𝑜𝑠(𝑥)} =
(𝑠 2 + 1)2
Tabela 6.1
171
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
3 5
Exemplo 6.8. Calcular ℒ −1 {𝑠 − 𝑠2 }.
SOLUÇÃO: Da proposição 6.3 segue que
3 5 1 1
ℒ −1 { − 2 } = 3. ℒ −1 { } − 5. ℒ −1 { 2 }
𝑠 𝑠 𝑠 𝑠
= 3.1 − 5. 𝑥 = 3 − 5𝑥
1 1 7 1
ℒ −1 { } = ℒ −1 { 2 } = 𝑠𝑒𝑛(7𝑥)
𝑠2 + 49 7 𝑠 +7 2 7
172
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
Exemplo 6.10. Calcule ℒ −1 {𝑠30 }
−1
1 𝑥 30−1 𝑒 0.𝑥 𝑥 29
ℒ { 30 } = =
𝑠 (30 − 1)! 29!
2 4 1 1 1 1
ℒ −1 { + 2 − } = 2ℒ −1 { } + 4ℒ −1 { 2 } − ℒ −1 { }
𝑠 𝑠 𝑠−1 𝑠 𝑠 𝑠−1
= 2 + 4𝑥 − 𝑒 𝑥
Produto Convolução
173
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑥 𝑥
= 𝑒 − cos(𝑥) − ∫ cos(𝑥 − 𝜏) 𝑒 𝜏 𝑑𝜏
𝑥
(𝟏)
0
Apliquemos mais uma vez integração por partes, porém, agora para o
segundo integral:
Fazendo 𝑢 = 𝑒 𝜏 ⇒ 𝑑𝑢 = 𝑒 𝜏 𝑑𝜏 e 𝑑𝑣 = cos(𝑥 − 𝜏) 𝑑𝜏 ⇒ 𝑣 =
−𝑠𝑒𝑛(𝑥 − 𝜏). Logo,
𝑥 𝑥
O que resulta em
𝑥
ou seja
𝑥
1
∫ 𝑒 𝜏 𝑠𝑒𝑛(𝑥 − 𝜏)𝑑𝜏 = [𝑒 𝑥 − cos(𝑥) − 𝑠𝑒𝑛(𝑥)]
2
0
Portanto,
1 𝑥
𝑒 𝑥 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) = [𝑒 − cos(𝑥) − 𝑠𝑒𝑛(𝑥)]
2
174
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
= [𝑒 𝑥 − cos(𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝑥)]
2
Portanto,
1
𝑒 𝑥 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑥) = [𝑒 𝑥 − cos(𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝑥)]
2
𝑠
Exemplo 6.14. Calcular ℒ −1 {(𝑠−1)(𝑠2 +1)}.
𝑠 1 𝑠
2
= . 2
(𝑠 − 1)(𝑠 + 1) 𝑠 − 1 𝑠 + 1
1 𝑠
onde ℒ −1 {𝑠−1} = 𝑒 𝑥 = 𝑓(𝑥) e ℒ −1 {𝑠2 +1} = cos(𝑥) = 𝑔(𝑥). Usando o
Teorema da convolução, temos
𝑥
𝑠
ℒ −1 { } = (𝑓 ∗ 𝑔)(𝑥) = ∫ 𝑒 𝜏 cos(𝑥 − 𝜏) 𝑑𝜏
(𝑠 − 1)(𝑠 2 + 1)
0
𝑠 1 𝑥
ℒ −1 { } = [𝑒 − cos(𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝑥)]
(𝑠 − 1)(𝑠 2 + 1) 2
𝑡
Segundo a definição da convolução, o integral ∫0 𝑦(𝜏)(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏 =
175
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑡
Sendo que ∫0 𝑦(𝜏)(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏 = 𝑦(𝑡) ∗ 𝑡, segundo o teorema da
convolução tem-se
Ou seja
4 1
𝑌(𝑠) = + 9𝑌(𝑠) 2
𝑠 𝑠
𝑠2 4 4𝑠
𝑌(𝑠) = 2 . = 2
𝑠 −9 𝑠 𝑠 −9
4𝑠
Da tabela 6.1, linha (h) obtemos ℒ −1 {𝑌(𝑠)} = ℒ −1 {𝑠2 −9} = cosh (3𝑡)
Portanto,
176
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑦(𝑡) = 𝑡𝑒 − 2𝑒 ∫ 𝑒 −𝜏 𝑦(𝜏)𝑑𝜏
𝑡 𝑡
Ou seja
1 1
𝑌(𝑠) = 2
−2 𝑌(𝑠)
(𝑠 − 1) 𝑠−1
𝑠−1 1 1 1
𝑌(𝑠) = . 2
= = 2
𝑠 + 1 (𝑠 − 1) (𝑠 + 1)(𝑠 − 1) 𝑠 − 1
1
Logo, da tabela 6.1, linha , otemos ℒ −1 {Y(s)}=ℒ −1 {𝑠2 −1} = 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑡)
Portanto,
𝑦(𝑡) = 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑡)
177
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Usando a definição calcule a transformada de Laplace das
seguintes funções
a) 𝑓(𝑥) = 3𝑥
b) 𝑓(𝑥) = 2𝑥
0, 0 ≤ 𝑥 < 2
c) 𝑓(𝑥) = {2, 2 ≤ 𝑥 ≤ 3
0, 𝑥>3
2𝑠 − 8
𝐹(𝑠) =
𝑠2 + 4
4. Use a tabela 6.1 para achar a transformada inversa de Laplace
das seguintes funções
1
a) 𝐹(𝑠) = 𝑠2 +4
𝑠
b) 𝐹(𝑠) = 𝑠2 −4
𝑠 1
c) 𝐹(𝑠) = 𝑠2 +2𝑠+1 − 𝑠2 +2𝑠+1
a) 1 ∗ 1 b) 1 ∗ cos (3𝑥) c) 𝑥 ∗ 𝑒 𝑥
178
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
ℒ −1 {
(𝑠 + 1)(𝑠 2 + 1)
𝑡
b) 𝑦(𝑡) = 1 − ∫0 𝑦(𝜏)(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏
Respostas
3 1 2
1a) 𝐹(𝑠) = 𝑠2 ; 1b) 𝐹(𝑠) = 𝑠−𝑙𝑛2; 1c) 𝐹(𝑠) = 𝑠 𝑒 −2𝑠 (1 − 𝑒 −𝑠 );
𝑠
1d) 𝐹(𝑠) =
𝑠2 +𝜔2
8 10 48 27 54 27
2a) 𝐹(𝑠) = − 𝑠2 + 𝑠2 +25; 2b) 𝑠4 − 𝑠3 + 𝑠2 − ;
𝑠
a) 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑒 2𝑥
0, 0≤𝑥<3
b) 𝑓(𝑥) = {1, 3≤𝑥≤5
0, 𝑥>5
𝑓(𝑥) = −3𝑥 2 (𝑥 − 2)
1 1
𝐹(𝑠) = 2𝑠 ( + )
𝑠2 2
− 4 𝑠(𝑠 − 4)
179
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1
b) 𝐹(𝑠) = (𝑠2 +2𝑠+1)(𝑠+1)
𝑒 2𝑥 ∗ 𝑒 −2𝑥
𝑦(𝑡) = 1 + ∫ 𝑦(𝜏)𝑑𝜏
0
Referência bibliográica
Amaral, L. L. (2016), Um estudo de transformadas de Laplace
aplicados à equações diferenciais, UFA
Luiz, N. R. (2014), Séries-transformadas. Notas de aulas,
utpr.edu.brrudiarnos, UTPR
180
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
181
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
ou seja,
𝑦 ′′ (𝑥) + 𝑦(𝑥) = 2𝑥
{ 𝑦(0) = 2
𝑦 ′ (0) = 1
SOLUÇÃO:
182
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑠𝑦(0) − 𝑦 ′ (0) + 𝑌(𝑠) =
𝑠2
2
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 2𝑠 − 1 + 𝑌(𝑠) =
𝑠2
ou seja
2
(𝑠 2 + 1)𝑌(𝑠) = + 2𝑠 + 1
𝑠2
o que conduz a
2 2𝑠 1
𝑌(𝑠) = + + 2
𝑠 2 (𝑠 2 + 1) 𝑠2+1 𝑠 +1
2 2𝑠 1
𝑦(𝑥) = ℒ −1 { } + ℒ −1 { } + ℒ −1 { 2 }
𝑠 2 (𝑠 2 + 1) 𝑠2 +1 𝑠 +1
Pela propriedade de linearidade, tem-se
1 𝑠 1
𝑦(𝑥) = 2ℒ −1 { } + 2ℒ −1 { 2 } + ℒ −1 { 2 }
𝑠 2 (𝑠 2 + 1) 𝑠 +1 𝑠 +1
Na tabela 6.1 encontramos
𝑠
ℒ −1 {𝑠2 +1} = cos (𝑥), linha (f), com 𝜔 = 1 e 𝑘 = 0
1
ℒ −1 {𝑠2 +1} = 𝑠𝑒𝑛(𝑥), linha (e), com 𝜔 = 1 e 𝑘 = 0
1
Para ℒ −1 {𝑠2 (𝑠2 +1)} precisamos decompor a fracção em fracções parciais
1 𝐴 𝐵
= 𝑠2 + 𝑠2 +1 ⇒ 1 = 𝐴𝑠 2 + 𝐴 + 𝐵𝑠 2 que conduz à 𝐴 = 1 e 𝐵 =
𝑠2 (𝑠2 +1)
−1
Logo,
1 1 −1
= + 2
𝑠 2 (𝑠 2 + 1) 𝑠 2 𝑠 +1
Então,
1 1 1
ℒ −1 { } = ℒ −1
{ } − ℒ −1
{ }
𝑠 2 (𝑠 2 + 1) 𝑠2 𝑠2 + 1
Da tabela temos
1 1
ℒ −1 {𝑠2 } = 𝑥 (ou, do exemplo 6.2), e já sabemos que ℒ −1 {𝑠2 +1} =
sen (𝑥).
183
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Logo,
1
ℒ −1 { } = 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑠 2 (𝑠 2 + 1)
A solução do problema de valor inicial é, portanto
Ou seja
𝑥 ′ − 3𝑥 = 𝑒 2𝑡
{
𝑥(0) = 1
SOLUÇÃO:
1
𝑠𝑋(𝑠) − 1 − 3𝑋(𝑠) =
𝑠−2
ou seja
𝑠−1
𝑋(𝑠) =
(𝑠 − 2)(𝑠 − 3)
𝑠−1 𝐴 𝐵
= +
(𝑠 − 2)(𝑠 − 3) 𝑠 − 2 𝑠 − 3
184
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Portanto,
2 1
𝑋(𝑠) = −
𝑠−3 𝑠−2
A solução do problema de valor inicial pode ser escrita como
2 1
𝑥(𝑡) = ℒ −1 {𝑋(𝑡)} = ℒ −1 { } − ℒ −1 { }
𝑠−3 𝑠−2
Ou seja,
1 1
𝑥(𝑡) = 2ℒ −1 { } − ℒ −1 { }
𝑠−3 𝑠−2
E, segundo a tabela 6.1 (linha (d), obtemos
𝑥(𝑡) = 2𝑒 3𝑡 − 𝑒 2𝑡
𝑣𝑅 + 𝑣𝐿 + 𝑣𝐶 = 𝑣𝐺
onde,
𝑣𝑅 = 𝑅. 𝑖(𝑡) é Tensão do Resistor
𝑑𝑖(𝑡)
𝑣𝐿 = 𝐿 é Tensão da bobina (indutor)
𝑑𝑡
𝑡
1
𝑣𝐶 = ∫ 𝑖(𝜏)𝑑𝑡 é Tensão do Capacitor
𝐶
0
185
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝒅𝒊(𝒕) 𝟏 𝒕
𝑹𝒊(𝒕) + 𝑳 + 𝑪 ∫𝟎 𝒊(𝝉)𝒅 𝝉 = 𝑬 (1.6)
𝒅𝒕
1
Problema: Sejam 𝑅 = 2Ω, 𝐿 = 1 𝐻 e 𝐶 = 10 F. Determinar a corrente
tem-se
𝐼(𝑠) 𝐸
2𝐼(𝑠) + 𝑠𝐼(𝑠) + 10 = (3.6)
𝑠 𝑠
186
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝐸
𝐼(𝑠) =
𝑠 2 + 2𝑠 + 10
𝐸 1
𝑖(𝑡) = ℒ −1 {𝐼(𝑠)} = ℒ −1 { } = 𝐸ℒ −1
{ }
𝑠 2 + 2𝑠 + 10 𝑠 2 + 2𝑠 + 10
1 1
Para calcularmos ℒ −1 {𝑠2 +2𝑠+10} temos que decompor a fracção 𝑠2 +2𝑠+10
em fracções parciais
1 1 1
= 2 =
𝑠2 + 2𝑠 + 10 (𝑠 + 2𝑠 + 1) + 9 (𝑠 + 1)2 + 32
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Aplicando a transformada de Laplace, resolva os seguintes
problemas de valor inicial
𝑦 ′ + 2𝑦 = 1
a) {
𝑦(0) = 3
𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑒 −𝑡
b) { 𝑦(0) = −1
𝑦 ′ (0) = 1
𝑦 ′′ + 𝑦 = 2cos (𝑡)
c) { 𝑦(0) = 3
𝑦 ′ (0) = 4
2. Dado o circuito LC da figura. Sendo 𝐿 = 1𝐻 e 𝐶 = 1𝐹, e
assumindo que 𝑖(0) = 0, encontre a corrente 𝑖(𝑡)
187
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Respostas
5 1
1a) 𝑦(𝑡) = 2 𝑒 −2𝑡 ; 1b) 𝑦(𝑡) = 2 𝑒 −𝑡 (𝑡 2 − 2); 1c) 𝑦(𝑡) = 𝑡𝑠𝑒𝑛(𝑡) +
3 cos(𝑡) + 4𝑠𝑒𝑛(𝑡);
Referência bibliográica
Amaral, L. L. (2016), Um estudo de transformadas de Laplace
aplicados à equações diferenciais, UFA
Luiz, N. R. (2014), Séries-transformadas. Notas de aulas,
utpr.edu.brrudiarnos, UTPR
188
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Integral de Fourier
As séries de Fourier constituem um instrumento precioso para o estudo de
vários problemas que envolvem funções periódicas. Todavia, muitos
problemas práticos não envolvem funções desse tipo, sendo, por isso,
desejável alargar o método das series de Fourier de modo a incluir
funções não periódicas.
189
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
∞
𝟏
𝑨𝝎 = ∫ 𝒇(𝒕) 𝐜𝐨𝐬(𝝎𝒕) 𝒅𝒕
𝝅
−∞
∞
𝟏
𝑩𝝎 = ∫ 𝒇(𝒕)𝒔𝒆𝒏(𝝎𝒕)𝒅𝒕
𝝅
−∞
Seja 𝑓(𝑡) uma função não periódica. Então, 𝑓(𝑡) pode ser representada
pelo integral de Fourier, ou seja
∞
1 𝑠𝑒 |𝑥| ≤ 1
𝑓(𝑡) = {
0 𝑠𝑒 |𝑥| > 1
1
1 1
𝐵𝜔 = ∫ 𝑓(𝑡)𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝑡 = 0
𝜋 𝜋
−1
Logo,
∞ ∞
2𝑠𝑒𝑛(𝜔). cos (𝜔𝑡)
𝑓(𝑡) = ∫ (𝐴𝜔 cos(𝜔𝑡) + 𝐵𝜔 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝜔 = ∫ 𝑑𝜔
𝜔𝜋
0 0
∞
2 𝑠𝑒𝑛(𝜔). cos (𝜔𝑡)
= ∫ 𝑑𝜔
𝜋 𝜔
0
190
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
= ∫ 𝑒 −2𝑎|𝑡| 𝑑𝑡 = 2 ∫ 𝑒 −2𝑎𝑡 𝑑𝑡
−∞ 0
1 −2𝑎𝑡 ∞ 1
= 2 [− 𝑒 ] =
2𝑎 0 𝑎
Ou
∞ ∞ ∞
2
−𝑎|𝑡| 2
1 2
1 2𝑎
∫ |𝑒 | 𝑑𝑡 = ∫ |𝐹(𝜔)| 𝑑𝜔 = ∫( 2 ) 𝑑𝜔
2𝜋 2𝜋 𝜔 + 𝑎2
−∞ −∞ −∞
∞
2𝑎2 1
= ∫ 2 𝑑𝜔
𝜋 (𝜔 + 𝑎2 )2
−∞
∞
4𝑎2 1
= ∫ 2 𝑑𝜔
𝜋 (𝜔 + 𝑎2 )2
−∞
∞ 1 𝜋
Da tabela 7.1 de integrais impróprios, tem-se ∫−∞ (𝜔2+𝑎2)2 𝑑𝜔 = 4𝑎3
(com 𝑚 = 0).
Logo,
∞ ∞
−𝑎|𝑡| 2
4𝑎2 1 4𝑎2 𝜋 1
∫ |𝑒 | 𝑑𝑡 = ∫ 2 𝑑𝜔 = =
𝜋 (𝜔 + 𝑎2 )2 𝜋 4𝑎3 𝑎
−∞ −∞
191
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Definição 7.2: (Transformada de Fourier). Seja 𝑓(𝑡) uma função real (ou
complexa). Define-se a transformada de Fourier 𝐹(𝜔) de 𝑓(𝑡) como
+∞
𝑒𝑡, 𝑡 < 0
𝑓(𝑡) = {
𝑒 −3𝑡 𝑡 > 0
Logo,
+∞
192
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
0 +∞
𝑡 𝑖𝜔𝑡
= ∫𝑒 𝑒 𝑑𝑡 + ∫ 𝑒 −3𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡
−∞ 0
= ∫ 𝑒 𝑡 (cos(𝜔𝑡) + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡))𝑑𝑡
−∞
∞
= ∫ 𝑒 −𝑡 (cos(𝜔𝑡) − 𝑖. 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡))𝑑𝑡
0
∞
+ 𝑖 ∫ 𝑒 −3𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝑡
0
1 𝑖𝜔 3 𝑖𝜔
= 𝜔2+1 − 𝜔2+1 + 𝜔2+32 + 𝜔2+32 da tabela 7.1
1 3 𝜔 𝜔
= + + 𝑖 ( − )
𝜔2 + 1 𝜔2 + 9 𝜔2 + 9 𝜔2 + 1
+∞ +∞
𝑖𝜔𝑡
𝐹(𝜔) = ℱ{𝑓(𝑡)} = ∫ 𝑓(𝑡)𝑒 𝑑𝑡 = ∫ 𝑒 −|𝑡| 𝑒 𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡
−∞ −∞
0 0
= ∫ 𝑒 𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡 + ∫ 𝑒 −𝑡 𝑒 𝑖𝜔𝑡 𝑑𝑡
−∞ −∞
0 ∞
= ∫ 𝑒 𝑡(1+𝑖𝜔) 𝑑𝑡 + ∫ 𝑒 −𝑡(1−𝑖𝜔) 𝑑𝑡
−∞ 0
193
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
0 ∞
𝑒 𝑡(1+𝑖𝜔) 𝑒 −𝑡(1−𝑖𝜔) 1 1
= | − | = +
1 + 𝑖𝜔 −∞ 1 − 𝑖𝜔 0 1 + 𝑖𝜔 1 − 𝑖𝜔
2
=
1 + 𝜔2
1 𝑡>0
onde 𝑢(𝑡) = {
0 𝑡<0
SOLUÇÃO: Observe que para 𝑡 < 0, 𝑢(𝑡) = 0. Logo 𝑒 −𝑎𝑡 𝑢(𝑡) = 0, 𝑡 <
0
194
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
0 ∞
= ∫ 𝑒 −(𝑎−𝑖𝜔)𝑡 𝑑𝑡
0
∞
𝑒 −(𝑎−𝑖𝜔)𝑡
=− |
𝑎 − 𝑖𝜔 0
1
=
𝑎 − 𝑖𝜔
Portanto
𝟏
𝓕{𝒆−𝒂𝒕 𝒖(𝒕)} =
𝒂 − 𝒊𝝎
1 𝑠𝑒 |𝑥| < 3
𝑓(𝑥) = {
0 𝑠𝑒 |𝑥| ≥ 3
= ∫(cos(𝑘𝑥) + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥))𝑑𝑥
−3
3
= 2 ∫ cos(𝑘𝑥) 𝑑𝑥
0
2 2𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)
= 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)|30 =
𝑘 𝑘
195
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
= 𝜶𝑭(𝝎) + 𝜶𝑮(𝝎)
Logo
2 −𝜔 2
10 2
= 5. 2
− 3𝑒 = 2
− 3𝑒 −𝜔
𝜔 +1 𝜔 +1
𝟏 𝟏
𝓕{𝒇(𝒕) 𝐜𝐨𝐬(𝝎𝟎 𝒕)} = 𝑭(𝝎 − 𝝎𝟎 ) + 𝑭(𝝎 + 𝝎𝟎 )
𝟐 𝟐
para 𝜔0 ∈ ℝ.
1 1
ℱ{𝑔(𝑡) cos(𝜔0 𝑡) = 𝐹(𝜔 − 𝜔0 ) + 𝐹(𝜔 + 𝜔0 )
2 2
1 2 1 2
= +
2 (𝜔 − 𝜔0 ) + 1 2 (𝜔 + 𝜔0 )2 + 1
2
196
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 1
= +
(𝜔 − 𝜔0 )2 + 1 (𝜔 + 𝜔0 )2 + 1
𝟏
𝒇(−𝝎) = 𝓕{𝑭(𝒕)}
𝟐𝝅
Dado que
−𝑎𝑡 2 √𝜋 −𝜔 2
ℒ{−2𝑎𝑡𝑒 } = 𝑖𝜔𝐹(𝜔) = 𝑖𝜔 𝑒 4𝑎
√𝑎
aplicando no membro esquerdo a linearidade, temos
2 √𝜋 −𝜔 2
−2𝑎ℒ{𝑡𝑒 −𝑎𝑡 } = 𝑖𝜔 𝑒 4𝑎
√𝑎
O que conduz a
197
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2 √𝜋 −𝜔 2
ℒ{𝑡𝑒 −𝑎𝑡 } = −𝑖𝜔 𝑒 4𝑎
2𝑎 √𝑎
SOLUÇÃO:
+∞
−1 {𝐹(𝜔)}
1
𝑓(𝑡) = ℱ = ∫ 𝐹(𝜔)𝑒 −𝑖𝜔𝑡 𝑑𝜔
2𝜋
−∞
+∞
1 2
= ∫ 𝑒 −𝜔 (cos(𝜔𝑡) − 𝑖. 𝑠𝑒𝑛(𝜔))𝑑𝜔
2𝜋
−∞
+∞ +∞
1 2 𝑖 2
= ∫ 𝑒 −𝜔 cos (𝜔𝑡)𝑑𝜔 − ∫ 𝑒 −𝜔 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝜔
2𝜋 2𝜋
−∞ −∞
198
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
2
Figura 7.2: gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑒 −𝑥
𝑡2 𝑡2
1 √𝜋 1
=𝜋 𝑒− 4 = 𝑒− 4
2 2√ 𝜋
10(4 − 𝑖𝜔)
𝐹(𝜔) =
𝜔 2 + 8𝑖𝜔 − 6
Determine ℱ −1 {𝐹(𝜔)}
−8𝑖 ± √−40
𝜔2 + 8𝑖𝜔 − 6 = 0 ⇒ 𝜔 = = −4𝑖 ± √10𝑖
2
= (−4 ± √10)𝑖
40 − 10𝑖𝜔
𝐹(𝜔) =
[𝜔 − (−4 + √10)𝑖][𝜔 − (−4 − √10)𝑖]
40 − 10𝑖𝜔
𝐹(𝜔) =
[𝜔 − (−4 + √10)𝑖][𝜔 − (−4 − √10)𝑖]
𝐴 𝐵
= +
𝜔 − (−4 + √10)𝑖 𝜔 − (−4 − √10)𝑖
199
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝐴 + 𝐵 = −10𝑖
{ ⇒ 𝐴 = −5𝑖, 𝐵 = −5𝑖
(4 + √10)𝑖𝐴 + (4 − √10)𝑖𝐵 = 40
5𝑖 5𝑖
𝐹(𝑧) = − −
𝜔 − (−4 + √10)𝑖 𝜔 − (−4 − √10)𝑖
5 5
𝐹(𝑧) = +
(−4 + √10) + 𝑖𝜔 (−4 − √10) − 𝑖𝜔
5 5
𝐹(𝑧) = − −
(4 − √10) − 𝑖𝜔 (4 + √10) − 𝑖𝜔
1 1, 𝑡 > 0
Sabe-se que ℱ{𝑒 −𝑎𝑡 𝑢(𝑡)} = 𝑎−𝑖𝜔, 𝑅𝑒(𝑎) > 0, 𝑢(𝑡) = { .
0, 𝑡 < 0
𝑓(𝑡) = ℱ −1 {𝐹(𝜔)}
1 5
= −5ℱ −1 { } − 5ℱ −1 { }
(4 − √10) − 𝑖𝜔 (4 + √10) − 𝑖𝜔
200
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑦 ′′ − 𝑦 = 𝑒 −|𝑡|
da derivada.
201
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 𝑑 2−1
𝑅𝑒𝑠[𝑓(𝑧), 𝑖] = lim 2−1 [(𝑧 − 𝑖)2 𝑓(𝑧)]
(2 − 1)! 𝑧→𝑖 𝑑𝑧
𝑑 𝑒 𝑖𝑧𝑡
= lim [(𝑧 − 𝑖)2 ]
𝑧→𝑖 𝑑𝑧 (𝑧 − 𝑖)2 (𝑧 + 𝑖)2
𝑑 𝑒 𝑖𝑧𝑡
= lim [ ]
𝑧→𝑖 𝑑𝑧 (𝑧 + 𝑖)2
𝜋(𝑡+1)𝑒 −𝑡 𝜋(𝑡−1)𝑒 𝑡
= +
2 2
Logo
∞
1 𝑒 𝑖𝜔𝑡 (𝑡 + 1)𝑒 −𝑡 (𝑡 − 1)𝑒 𝑡
𝑦(𝑡) = − ∫ 2 𝑑𝜔 = − −
𝜋 (𝜔 + 1)2 2 2
−∞
202
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1. Determine a transformada de Fourier das seguintes funções
3 𝑠𝑒 |𝑥| < 2
a) 𝑓(𝑥) = {
0 𝑠𝑒 |𝑥| > 0
1 − 𝑥2 𝑠𝑒 |𝑥| < 1
b) 𝑔(𝑥) = {
0 𝑠𝑒 |𝑥| > 1
−(1+2𝑖)𝑡
c) ℎ(𝑡) = {𝑒 𝑠𝑒 𝑡 > 0
0 𝑠𝑒 𝑡 < 0
2. Use uma transformada de Fourier conhecida e as propriedades
operacionais para calcular
ℱ{𝑡 2 𝑒 −|𝑡| }
3. Calcule
ℱ{(1 − 𝑡)2 𝑒 −|𝑡| }
4. Através da decomposição em fracções parciais, e sabendo que
2 −1, 𝑡 < 0
ℱ{𝑠𝑔𝑛(𝑡)} = 𝑖𝜔, onde 𝑠𝑔𝑛(𝑡) = { , calcule
1, 𝑡 > 0
2
} ℱ −1 {
− 3𝑖𝜔 𝜔2
5. Aplique a transformada de Fourier para resolver a seguinte
equação diferencial
𝑦 ′′ − 2𝑦 = 3𝑒 −|𝑡|
Respostas
6𝑠𝑒𝑛(2𝜔) 𝜔cos (𝜔)−𝑠𝑒𝑛(𝜔) 1−(2+𝜔)𝑖 4(3𝜔 2 −1)
1a) ; 1b) 2 ; 1c) 1+(2+𝜔)2; 2. ;
𝜔 𝜔2 (𝜔 2 +1)3
𝑒 2𝑡 −𝑒 −2𝑡
2
203
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Referência bibliográica
204
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Introdução
Transformada Z
A transformada Z faz a mudança do domínio do tempo discreto para o
domínio da variável z. É uma alternativa mais adequada que a
transformada de Laplace quando a variável tempo não e continua.
Seja 𝑥[𝑛] uma sequência de números reais ordenados segundo valores
crescentes de n.
Neste caso, n = 0, ± 1, ± 2, ± 3, …
Em casos práticos, 𝑥[𝑛] é obtida através da amostragem de 𝑥(𝑡) a
intervalos regulares Δ𝑡, ou seja, 𝑥[𝑛] = 𝑥(𝑛. 𝛥𝑡), como ilustrado na
Figura 8.1.
205
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Isto é
∞
𝐹(𝑧) = ∑ 𝑓𝑛 𝑧 −𝑛 = 𝑓0 + 𝑓1 𝑧 −1 + 𝑓2 𝑧 −2 + 𝑓3 𝑧 −3 + ⋯
𝑛=0
𝑓1 𝑓2 𝑓3
= 𝑓0 + + + +⋯
𝑧 𝑧2 𝑧2
A notação mais empregue na definição da transformada Z é a seguinte
∞
A transformada Z do sinal é
206
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
= 1+0+0+⋯ =1
Portanto,
𝒁{𝜹(𝒏)} = 𝟏
SOLUÇÃO:
∞ ∞
𝑎𝑛 ] 𝑎𝑛 −𝑛
𝑒𝑎 𝑛 𝑒 𝑎 𝑒 2𝑎 𝑒 3𝑎
𝑍{𝑒 = ∑𝑒 𝑧 = ∑( ) = 1+ + 2 + 3 +⋯
𝑧 𝑧 𝑧 𝑧
𝑛=0 𝑛=0
𝑒𝑎 𝑒𝑎
Esta é uma série geométrica, de razão que converge se | 𝑧 | < 1 ⇒
𝑧
|𝑧| > |𝑒 𝑎 |
Assim,
∞
𝑎𝑛 }
𝑒𝑎 𝑛 1 𝑧
𝑍{𝑒 = ∑( ) = 𝑎 = ; |𝑧| > |𝑒 𝑎 |
𝑧 𝑒 𝑧 − 𝑒 𝑎
𝑛=0 1− 𝑧
207
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Portanto,
𝒛
𝒁{𝒆𝜶𝒏 } =
𝒛 − 𝒂𝜶
Logo,
𝑧
𝐹(𝑧) = ; |𝑧| > 1
𝑧−1
𝐹(𝑧) possui um polo em z = 1 (valor que anula o denominador). A Região
de Convergência (região do plano complexo para a qual |𝐹(𝑧)| < ∞)
fica sendo |𝑧| > 1, o interior de uma circunferência de raio 1 centrada na
origem do plano complexo, como mostra a seguinte figura 8.5.
208
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Figura 8.4
𝑎𝑛 𝑠𝑒 𝑛 > 0
Logo, 𝑓𝑛 = 𝑎𝑛 𝑢[𝑛] = { . Então,
0 𝑠𝑒 𝑛 < 0
∞ 0 ∞
−𝑛 −𝑛
𝑍{𝑓𝑛 } = 𝐹(𝑧) = ∑ 𝑥[𝑛]𝑧 = ∑ 0. 𝑧 + ∑ 𝑎𝑛 𝑧 −𝑛
𝑛=−∞ 𝑛=−∞ 𝑛=0
∞
𝑛 −𝑛
𝑎 𝑎2 𝑎3
𝐹(𝑧) = ∑ 𝑎 𝑧 =1+ + 2+ 3 +⋯
𝑧 𝑧 𝑧
𝑛=0
𝑎
𝐹(𝑧) é soma de uma progressão geométrica de razão 𝑟 = 𝑧 .
𝑎 1 𝑧
Se |𝑧 | < 1, ou seja |𝑧| > 𝑎, 𝐹(𝑧) é convergente para 𝑎 = 𝑧−𝑎. Logo,
1−
𝑧
𝑧
𝐹(𝑧) = ; |𝑧| > 𝑎
𝑧−𝑎
A Região de Convergência é |𝑧| > 𝑎, fora da circunferência de raio 𝑎
centrada na origem do plano complexo, como mostra a seguinte figura
8.5
Figura 8.5
209
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 1
Então, para que esta série de potências convirja, |𝑧| < 𝑅 ⇒ |𝑧| > 𝑅.
Logo,
1
• A série da transformada Z converge em |𝑧| > 𝑅
1
• A série da transformada Z converge em |𝑧| < 𝑅
Propriedades da transformada Z
P1: Linearidade
210
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1 𝑧 2 − 𝑧𝑒 −𝑖𝜔 − 𝑧 2 + 𝑧𝑒 𝑖𝜔
=
2𝑖 𝑧 2 − 𝑧(𝑒 𝑖𝜔 + 𝑒 −𝑖𝜔 ) + 1
1 𝑧(𝑒 𝑖𝜔 − 𝑒 −𝑖𝜔 )
=
2𝑖 𝑧 2 − 2𝑧𝑐𝑜𝑠(𝜔) + 1
𝑠𝑒𝑛(𝜔)
=
𝑧 2 + 1 − cos (𝜔)
𝑧
Exemplos 8.7: Já conhecemos que 𝑍{𝑒 𝛼𝑛 } = 𝐹(𝑧) = 𝑧−𝑒 𝛼. (note que
aqui, 𝑓𝑛 = 𝑒 𝛼𝑛 ).
𝑧 𝑧 𝑓
1o 𝑍{𝑒 𝛼(𝑛+2) } = 𝑧 2 [𝑧−𝑒 𝛼 − ∑1𝑛=0 𝑓𝑛 𝑧 −𝑛 ] = 𝑧 2 [𝑧−𝑒 𝛼 − 𝑓0 − 𝑧1 ]
𝑧 𝑒𝛼
= 𝑧2 [ − 1 − ]
𝑧 − 𝑒𝛼 𝑧
𝑧 2 − 𝑧(𝑧 − 𝑒 𝛼 ) − 𝑒 𝛼 (𝑧 − 𝑒 𝛼 )
= 𝑧2
𝑧(𝑧 − 𝑒 𝛼 )
𝑧𝑒 𝛼
=
𝑧 − 𝑒𝛼
𝐹(𝑧) 𝑧 1
2o 𝑍{𝑒 𝛼(𝑛−2) } = = 𝑧 2(𝑧−𝑒 𝛼) = 𝑧−𝑒 𝛼
𝑧2
𝒁{𝒇𝒏 ∗ 𝒈𝒏 } = 𝑭(𝒛)𝑮(𝒛)
𝒅
𝒁{𝒏𝒇𝒏 } = −𝒛 𝑭(𝒛)
𝒅𝒛
211
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Exemplos 8.8:
𝑑 𝑧 𝑧−1−𝑧 𝑧
1o 𝑍{𝑛} = 𝑍{𝑛. 1} = −𝑧 𝑑𝑧 [𝑧−1] = −𝑧 (𝑧−1)2 = (𝑧−1)2
𝑎𝑛
O raio de convergência da série é 𝑅 = lim |𝑎 | = 1.
𝑛→∞ 𝑛+1
1
Logo, a serie converge para |𝑧| > 𝑅 = 1
𝒇𝟎 = 𝐥𝐢𝐦 𝑭(𝒛)
𝒏→∞
Exemplos 8.9:
(1−𝑧 −1 )2
1o 𝐹(𝑧) = 1−0.5𝑧 −1 lim 𝐹(𝑧) = 1 ⇒ 𝑓0 = 1
𝑛→∞
(𝑧−1)2
2o 𝐹(𝑧) = lim 𝐹(𝑧) = ∞ ⇒ F(z) não é transformada Z de
𝑧−0.5 𝑛→∞
uma sequência 𝑓𝑛 .
212
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝒇𝒏 = 𝒁−𝟏 {𝑭(𝒛)}
Exemplos 8.10:
2 6
1o Determinar a transformada Z inversa de 𝐹(𝑧) = 3 + 𝑧 + 𝑧 2
1 1
𝑍 −1 {𝐹(𝑧)} = 3𝑍 −1 {1} + 2𝑍 −1 { } + 6𝑍 −1 { 4 } (𝑨)
𝑧 𝑧
𝐹(𝑧)
Pela propriedade de translação 𝑍{𝑓𝑛−𝑘 } = , resulta
𝑧𝑘
𝐹(𝑧) 𝐹(𝑧)
𝑍{𝑓𝑛−1 } = e 𝑍{𝑓𝑛−4 } =
𝑧 𝑧4
1, 𝑛 = 1 1, 𝑛 = 4
Como 𝛿(𝑛 − 1) = { e 𝛿(𝑛 − 4) = { tem-se
0, 𝑛 ≠ 1 0, 𝑛 ≠ 4
213
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Logo
𝑓𝑛 = 2𝛿(𝑛) − 3. 4𝑛
𝑓0 = 2.1 − 3. 40 = −1
𝑓1 = 2.0 − 3. 41 = −12
𝑓2 = 2.0 − 3. 42 = −48
𝑓3 = 2.0 − 3. 43 = −192
Exemplos 8.11:
𝑧−1
1o Determinar a transformada Z inversa de 𝐹(𝑧) = (𝑧+1)(𝑧−0.5)
Singularidades: 𝑧 = −1 e 𝑧 = 0.5
𝑧−1 𝐴 𝐵
= +
(𝑧 + 1)(𝑧 − 0.5) 𝑧 + 1 𝑧 − 0.5
𝑧 − 1 = (𝐴 + 𝐵)𝑧 − 0.5𝐴 + 𝐵
𝐴+𝐵 =1 4 1
{ ⇒𝐴= 𝑒 𝐵=−
−0.5𝐴 + 𝐵 = −1 3 3
Logo,
𝑧−1 4 1 1 1
𝐹(𝑧) = = . − .
(𝑧 + 1)(𝑧 − 0.5) 3 𝑧 + 1 3 𝑧 − 0.5
214
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑧−1 4 𝑧 1 𝑧
𝐹(𝑧) = = . − .
(𝑧 + 1)(𝑧 − 0.5) 3 𝑧(𝑧 + 1) 3 𝑧(𝑧 − 0.5)
4 1 𝑧 1 1 𝑧
𝑓𝑛 = 𝑍 −1 {𝐹(𝑧)} = 𝑍 −1 { . } − 𝑍 −1 { . }
3 𝑧 𝑧+1 3 𝑧 𝑧 − 0.5
𝐹(𝑧) 𝑧
Lembremos que 𝑍{𝑓𝑛−1 } = , e 𝑍{𝑎𝑛 } = 𝑧−𝑎. Então, 𝑓𝑛 pode-se
𝑧
escrever como
4 1
𝑓𝑛 = (−1)𝑛−1 − (0.5)𝑛−1 , 𝑛 ≥ 1
3 3
Pela propriedade de Valor inicial,
𝑧−1
𝑓0 = lim 𝐹(𝑧) = lim =0
𝑧→∞ 𝑧→∞ (𝑧 + 1)(𝑧 − 0.5)
Tem-se
0 𝑛=0
𝑓𝑛 = { 4 1
(−1)𝑛−1 − (0.5)𝑛−1 , 𝑛 ≥ 1
3 3
3 5 11 21
A sucessão 𝑓𝑛 é {0, 1, − 2 , 4 , − , 16 , … }
8
𝑧(𝑧−1)
2o Determinar a transformada Z inversa de 𝐹(𝑧) =
(𝑧+1)(𝑧−0.5)
Singularidades: 𝑧 = −1 e 𝑧 = 0.5
𝑧(𝑧−1) 𝐹(𝑧) 𝑧−1
Observe que 𝐹(𝑧) = (𝑧+1)(𝑧−0.5) ⇔ = (𝑧+1)(𝑧−0.5)
𝑧
𝑧−1 4 1 1 1
Já que (𝑧+1)(𝑧−0.5) = 3 . 𝑧+1 − 3 . 𝑧−0.5, então
𝐹(𝑧) 4 1 1 1
= . − .
𝑧 3 𝑧 + 1 3 𝑧 − 0.5
De onde vem que
4 𝑧 1 𝑧
𝐹(𝑧) = . − .
3 𝑧 + 1 3 𝑧 − 0.5
215
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Logo,
4 𝑧 1 𝑧
𝑓𝑛 = 𝑍 −1 { } − 𝑍 −1 { }
3 𝑧+1 3 𝑧 − 0.5
𝑧
Lembrando-se que 𝑍{𝑎𝑛 } = 𝑧−𝑎. Então,
4 1
𝑓𝑛 = (−1)𝑛 − (0.5)𝑛 𝑛≥0
3 3
3 5 11 21
A sucessão 𝑓𝑛 é {1, − , , − , ,…}
2 4 8 16
𝑧(𝑧 − 1)
𝑓0 = lim =1
𝑧→∞ (𝑧 + 1)(𝑧 − 0.5)
10𝑧 10𝑧
𝐹(𝑧) = = 2
(𝑧 − 1)(𝑧 − 2) 𝑧 − 3𝑧 + 2
10𝑧 −1
𝐹(𝑧) =
1 − 3𝑧 −1 + 2𝑧 −2
216
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
10𝑧 −1 1 − 3𝑧 −1 + 2𝑧 −2
−(10𝑧 −1 − 30𝑧 −2 + 20𝑧 −3 ) 10𝑧 −1 + 30𝑧 −2 + 70𝑧 −3 + 150𝑧 −4 +
−5
310𝑧 +⋯
30𝑧 −2 − 20𝑧 −3
70𝑧 −3 − 60𝑧 −4
150𝑧 −4 − 140𝑧 −5
310𝑧 −5 − 300𝑧 −6
630𝑧 −6 − 620𝑧 −7
.
.
.
Então,
𝐹(𝑧) = 10𝑧 −1 + 30𝑧 −2 + 70𝑧 −3 + 150𝑧 −4 + 310𝑧 −5 + ⋯
Como
∞
𝑓𝑛 = ∑ 𝑓𝑛 𝑧 −𝑛 = 𝑓0 + 𝑓1 𝑧 −1 + 𝑓2 𝑧 −2 + 𝑓3 𝑧 −3 + ⋯
𝑛=0
Logo,
𝑍 −1 {𝑓𝑛 } = 𝑓𝑛 = {0, 10, 30, 70, 150, 310, … }
𝑓𝑛 = 10. 2𝑛 − 10 = 10(2𝑛 − 1), 𝑛 ≥ 0
Exemplo 8.12:
(𝑛 + 2)𝑦𝑛+1 − 3𝑦𝑛 = 𝑛2 + 2
{
𝑦0 = 0
217
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑛 = 0 ⇒ 2𝑦1 − 3𝑦0 = 2 ⇒ 𝑦1 = 1
𝑛 = 1 ⇒ 3𝑦2 − 3𝑦1 = 3 ⇒ 𝑦2 = 2
𝑛 = 2 ⇒ 4𝑦3 − 3𝑦2 = 6 ⇒ 𝑦3 = 3
𝑛 = 3 ⇒ 5𝑦4 − 3𝑦3 = 11 ⇒ 𝑦4 = 4
𝑛 = 4 ⇒ 6𝑦5 − 3𝑦4 = 18 ⇒ 𝑦5 = 6
.
.
.
𝑦𝑛 = 𝑛
3𝑛
𝑦𝑛 = 𝑛 + 𝑦0
(𝑛 + 1)!
A questão é:
1a ordem: 𝑎𝑛 𝑦𝑛+1 + 𝑏𝑛 𝑦𝑛 = 𝑓𝑛
2a ordem: 𝑎𝑛 𝑦𝑛+2 + 𝑏𝑛 𝑦𝑛+1 + 𝑐𝑛 𝑦𝑛 = 𝑓𝑛
3a ordem: 𝑎𝑛 𝑦𝑛+3 + 𝑏𝑛 𝑦𝑛+2 + 𝑐𝑛 𝑦𝑛+1 + 𝑑𝑛 𝑦𝑛 = 𝑓𝑛
.
.
.
Propriedade de translação:
𝑘−1
𝐹(𝑧)
𝑍{𝑓𝑛+𝑘 } = 𝑧 𝑘 [𝐹(𝑧) − ∑ 𝑓𝑛 𝑧 −𝑛 ] 𝑒 𝑍{𝑓𝑛−𝑘 } =
𝑧𝑘
𝑛=0
218
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
𝑌(𝑧) 1 𝑧+3
= +
𝑧 (𝑧 + 1)(𝑧 + 2)(𝑧 − 3) (𝑧 + 1)(𝑧 + 2)
1 𝐴 𝐵 𝐶
= + +
(𝑧 + 1)(𝑧 + 2)(𝑧 − 3) 𝑧 + 1 𝑧 + 2 𝑧 − 3
219
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
1(𝑧 + 1)
lim
𝑧→−1 (𝑧 + 1)(𝑧 + 2)(𝑧 − 3)
1 1
= 𝐴 + 0 + 0 ⇒ 𝐴 = −4
−4
1(𝑧 + 2)
lim
𝑧→−2 (𝑧 + 1)(𝑧 + 2)(𝑧 − 3)
1 1
= 0+𝐵+0 ⇒𝐵 = 3
3
1(𝑧 − 3)
lim
𝑧→3 (𝑧 + 1)(𝑧 + 2)(𝑧 − 3)
1 1
= 0 + 0 + 𝐶 ⇒ 𝐶 = 20
20
Então,
1 1 1 1 1 1 1
=− . + . + .
(𝑧 + 1)(𝑧 + 2)(𝑧 − 3) 4 𝑧 + 1 3 𝑧 + 2 20 𝑧 − 3
𝑧+3 𝐷 𝐸
= +
(𝑧 + 1)(𝑧 + 2) 𝑧 + 1 𝑧 + 2
2
=𝐷+0 ⇒𝐷 =2
1
𝑧+3 𝐷(𝑧 + 2) 𝐸(𝑧 + 2)
lim (𝑧 + 2) = lim + lim
𝑧→−2 (𝑧 + 1)(𝑧 + 2) 𝑧→−2 𝑧 + 1 𝑧→−2 𝑧 + 2
1
= 0 + 𝐸 ⇒ 𝐸 = −1
−1
Então,
𝑧+3 2 1
= −
(𝑧 + 1)(𝑧 + 2) 𝑧 + 1 𝑧 + 2
220
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Portanto,
𝑌(𝑧) 1 1 1 1 1 1 2 1
=− . + . + . + −
𝑧 4 𝑧 + 1 3 𝑧 + 2 20 𝑧 − 3 𝑧 + 1 𝑧 + 2
Ou seja,
𝑌(𝑧) 7 1 4 1 1 1
= . − . + .
𝑧 4 𝑧 + 1 5 𝑧 + 2 20 𝑧 − 3
7 𝑧 4 𝑧 1 𝑧
𝑌(𝑧) = . − . + .
4 𝑧 + 1 5 𝑧 + 2 20 𝑧 − 3
Aplicando-se a transformada Z unilateral inversa, obtém-se
7 𝑧 4 𝑧 1 𝑧
𝑍 −1 {𝑌(𝑧)} = 𝑍 −1 { } − 𝑍 −1 { } + 𝑍 −1 { }
4 𝑧+1 5 𝑧+2 20 𝑧−3
𝑧
Lembrando-se que 𝑍{𝑎𝑛 } = 𝑧−𝑎, pode-se escrever
7 4 1
𝑦𝑛 = (−1)𝑛 − (−2)𝑛 + 3𝑛 , 𝑛≥0
4 5 20
𝑛=0 𝑛=0
0
− 𝑧 [𝑈(𝑧) − ∑ 𝑢𝑛 𝑧 −𝑛 ] + 𝑈(𝑧) = 0
𝑛=0
𝑢1 𝑢2 𝑢1
𝑧 3 [𝑈(𝑧) − 𝑢0 − − 2 ] − 𝑧 2 [𝑈(𝑧) − 𝑢0 − ] − 𝑧𝑈(𝑧) − 𝑧𝑢0
𝑧 𝑧 𝑧
+ 𝑈(𝑧) = 0
221
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
(𝑧 3 − 𝑧 2 − 𝑧 + 1)𝑈(𝑧) = 𝑧 2 + 𝑧
𝑧(𝑧 + 1)
𝑈(𝑧) =
(𝑧 − 1)(𝑧 − 1)(𝑧 + 1)
𝑧
𝑈(𝑧) =
(𝑧 − 1)2
A sucessão é 𝑢𝑛 = {0, 1, 2, 3, … }
Sumário
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO
1 𝑛
1. Seja 𝑥𝑛 uma sucessão definida por 𝑥𝑛 = 2. (4) , 𝑛 > 0.
Determine 𝑍{𝑥𝑛 }.
2. Seja 𝑦𝑛 uma sucessão definida por 𝑦𝑛 = 𝑛 − 2. 3𝑛 , 𝑛 ≥ 0.
Determine 𝑍{𝑦𝑛 }.
3. Seja 𝑓𝑛 uma sucessão definida por 𝑓𝑛 = 𝑛. 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛), 𝑛 ≥ 0.
Determine 𝑍{𝑓𝑛 }.
4. Determine a transformada Z unilateral inversa de
10𝑧
𝐹(𝑧) =
𝑧2 − 3𝑧 + 2
222
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
8𝑧 𝑧 2𝑧 (𝑧 3 −𝑧)𝑠𝑒𝑛(𝛽)
Respostas: 1. 4𝑧−1; 2. − (𝑧−1)2 − 𝑧−3; 3. 𝑧 2−2𝑧𝑐𝑜𝑠(𝛽)+1;
4. 10(2𝑛 − 1), 𝑛 ≥ 0;
0, 𝑛=0
5. 𝑓𝑛 = { 𝑛−1 ; 6. 𝑓𝑛 = {0, 1, −2, −4, 2, 11, … };
3 − 2𝑛 + (2𝑛) , 𝑛 ≥ 1
7 3 7 1 1−𝑖
7a) 𝑦𝑛 = 16 5𝑛 − 4 𝑛 − 16 , 𝑛 ≥ 0; 7b) 𝑦𝑛 = 6 3𝑛 + (3𝑖)𝑛 +
12
1+𝑖
(3𝑖)𝑛
12
Determine 𝑍{𝑥𝑛 }.
2. Seja 𝑓𝑛 uma sucessão definida por 𝑓𝑛 = 𝑛. cos (𝛽𝑛), 𝑛 ≥ 0.
Determine 𝑍{𝑓𝑛 }.
3. Determine a transformada Z unilateral inversa de
𝑧(𝑧 + 3)
𝐹(𝑧) =
1 2
(𝑧 + 2) (𝑧 + 3)
pelo método de fracções parciais.
223
UnISCED CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA; 20 Ano Disciplina/Módulo: Análise Matemática III
Referência bbibliográfica
Júnior, W. A. A. & Cruz, R. R. W. (2010), Introdução à transformada Z,
www.eletr.ufpr.r
Luiz, N. R. (2014), Séries-transformadas. Notas de aulas,
utpr.edu.brrudiarnos, UTPR
224