Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Controle de Motores CC - Mecatrônica Atual
Controle de Motores CC - Mecatrônica Atual
i
Editora Saber Ltda.
Diretores
Hélio Fittipaldi
Thereza M. Ciampi Fittipaldi
13
MECATRÔNICA
FÁCIL
www.mecatronicafacil.com.br
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi
Conselho Editorial
Luiz Henrique C. Bernardes,
Newton C. Braga
Auxiliar de Redação
Erika M. Yamashita 18
Produção
Diego M. Gomes
Design Gráfico
Carlos C. Tartaglioni
Publicidade
Carla de Castro Assis,
Ricardo Nunes Souza Notícias
2
Robonews
6
Sensor de Inclinação 9
Colaboradores
Jeff Eckert, Newton C. Braga Veja como monitor a posição de veículos ou
peças mecânicas na vertical
Capa
Arquivo Editora Saber
Tranformadores, relés e solenóides 13
Especificações, teste e uso dos transformadores,
ASSINATURAS
www.mecatronicafacil.com.br relés e solenóides
Fone: (11) 2095-5335/Fax: (11) 2098-3366
Atendimento das 8:30 às 17:30 h Controle de Motores CC 18
Com uma simples configuração, veja como
controlar motores de corrente contínua
Associado da:
Relé Eletrônico Multi-uso 21
Montagem e utilização de um módulo que
emprega relé comum e circuito eletrônico
Sinalizador de FM 26
Transmissor emissor ideal para localização e
Associação Nacional dos Editores de Revistas
monitoração de objetos
Pescaria Eletromagnética 29
Confira como implementar eletromagnetismo em
suas aulas através de uma montagem simples
Aeronaves Disputam
Premiação em São
José dos Campos
Competição de engenharia
conta com 77 equipes inscri-
tas, entre mexicanos, brasi-
leiros e venezuelanos.
Em sua décima edição, o desafio de 30,5 ou 61 m. Já a Classe Aberta direito a representar o Brasil na SAE
SAE AeroDesign será realizado entre não impõe tantas restrições, desde Aerodesign East Competition 2009,
os dias 17 e 19 de outubro no Centro que a soma das cilindradas não ultra- nos Estados Unidos.
Técnico Aeroespacial, em São José passe 14,9 cc. Nesta categoria, a dis-
dos Campos (SP). No total, a compe- tância máxima de decolagem é de 61
tição conta com 77 equipes inscritas m sendo que os estudantes de pós- Mais informações
- 67 brasileiras, oito venezuelanas e graduação também podem competir.
duas mexicanas - que representam Ao final da SAE AeroDesign, SAE Brasil
www.saebrasil.org.br
57 instituições de ensino superior. as melhores pontuações ganharão
Entre os participantes está a
equipe do Estado do Pará, conhecida
como Uirapura. O projeto pesa 3,4
kg e tem capacidade de transportar
3,5 kg de carga. “Desenvolvemos um
avião básico para participar de todas
as etapas da competição e, assim,
ver o projeto ganhar êxito”, explica
a capitã da equipe, Ariely Pereira.
Os integrantes da Uirapura iniciaram
seus testes no mês de agosto e irão
competir na classificação Regular.
O evento, organizado pela SAE
BRASIL, conta com as categorias
“Classe Regular” e “Classe Aberta”.
Na primeira, os aviões são monomo-
tores com cilindrada padronizada em
10 cc. O regulamento impõe restri-
ções geométricas que estabelecem as
dimensões máximas das aeronaves,
que devem ser capazes de decolar
em uma distância máxima delimitada,
O Centro Universitário da FEI (Fun- A FEI, que já detém cursos de embalagens, indústria petroquímica
dação Educacional Inaciana) lança o Engenharia Mecânica, Engenharia e química. O engenheiro do ramo é
curso de graduação Engenharia de Eletrônica, Ciência da Computação e capacitado a projetar e operar equipa-
Automação e Controle. A inscrição, Engenharia de Produção, aposta em mentos para processos de indústrias.
para o total de 72 vagas, pode ser mais uma necessidade do mercado de Os profissionais desta área são
feita pela a internet, com uma taxa de trabalho. “O aluno ficará mais tempo responsáveis pela programação de
R$ 50, ou nas secretarias dos campus com projetos do que em sala de aula máquinas, adaptação de softwares
São Bernardo do Campo e Liberdade, e isso contribuirá para um profissional aos processos industriais, aplicação
por R$ 60. autônomo”, afirma o coordenador do de sistemas mecatrônicos, automo-
As aulas contarão com laboratórios curso de Engenharia de Automação e tivos e também desenvolvimento de
de mecânica, produção, computação Controle da FEI, Renato Giacomini. robôs para aplicações domésticas e
e eletrônica, dotados de equipamen- O mercado de trabalho para o industriais.
tos, como robôs industriais, para auxi- setor de Automação e Controle é
liar no desenvolvimento de pesquisas vasto e conta com o setor automobi-
e projetos. lístico, TI - Tecnologia da informação,
O Serviço Nacional de Aprendi- de atualização tecnológica e curricu- dade e lógica de comando elétrico;
zagem Industrial de Santa Catarina lar. A carga horária é de 24 horas e sendo voltado aos usuários que
- SENAI - e a empresa Siemens pro- conta em seu conteúdo programático atuam em projetos e services de equi-
movem curso de “Sistemas de Auto- com os conceitos básicos de CLP, pamentos.
mação de pequeno porte - Simatic S7 Overview do CLP SIMATIC S7-200,
– 200”. O curso acontece entre 9 de Software de programação STEP 7
setembro e 4 de dezembro e percorre - Micro/WIN, como editar elementos
as cidades de Joinville, Blumenau, de um programa, sistemas numéricos
Chapecó e Caçador. e tipos de dados , subrotinas, função
Aos participantes é uma oportu- Data Log e muito mais. Mais informações
nidade de atualizar conhecimentos O curso será aberto a todos inte-
em sistemas de automação indus- ressados, tendo como pré-requisito SENAI SC
www.sc.senai.br
trial adotados pela indústria, além conhecimentos básicos de eletrici-
A equipe Eniac Challengers, do do robô Porco Espinho, com o qual suporte metálico, chamado rack.
colégio Eniac de Guarulhos, compete disputaram na final da Vex Robotics As provas finais acontecem nos
entre os dias 30 e 31 de outubro a World Championship, na Universi- dias 30 de abril a 02 de maio de
fase reginal da competição de robó- dade Estadual da California, nos 2009, no Dallas Convention Center,
tica VEX Robotics Competition: Ele- Estados Unidos. no Texas. Esse evento contará com
vation, em Novo Hamburgo, RS. O campeonato mundial de robótica cerca de 100 equipes participantes,
O grupo já é vice-campeão mun- Elevation é promovido pela organiza- selecionadas ao longo das competi-
dial e pretende estar entre os seis ção VEX e, no Brasil, pela empresa ções ‘VEX Robotics’ que acontecerão
representates do Brasil para a final, Index, O objetivo é qualificar os estu- em diversas cidades durante outubro
que acontecem nos Estados Unidos. dantes a trabalharem com o sistema de 2008 a abril de 2009.
O Eniac Challengers é formado por de robótica VEX e promover o apren-
17 estudantes do Ensino Médio. Os dizado em áreas como ciências, tec-
integrantes da equipe desenvolveram nologia, engenharia e matemática. Já
Mais informações
o robô a partir do kit básico entregue o desafio é fazer os robôs, prepara-
na inscrição do campeonato e preten- dos pelos próprios alunos, encaixa- VEX Robotics
dem fazer uma montagem diferente rem bóias em hastes verticais em um www.vexrobotics.com
National Instruments e
LEGO Education anunciam
nova plataforma de robótica
LEGO Education WeDo’ utiliza software de projeto gráfico NI
LabVIEW e estará disponível no início de 2009
A National Instruments e a LEGO construir modelos a partir dos blocos, executando o Linux®OS, e “Intel Clas-
Education anunciam parceria na área podemos fazer uma ponte entre os smate PC”, com o Windows XP. Além
de robótica educacional com o desen- mundos físico e virtual para oferecer disso, o WeDo funciona em qualquer
volvimento do LEGO Education WeDo. a experiência prática mais recente, PC que trabalhe com Windows XP
A plataforma de robótica utiliza tecno- unida à experiência de aprendizagem ou Windows Vista (32 bits) e Apple
logia de software de projeto gráfico NI e exercício mental” afirma o presi- Macintosh 10.5.
LabVIEW, da National Instruments, dente da LEGO Education no Brasil,
sendo um ambiente de desenvolvi- Marcos Wesley. Mais informações
mento baseado em ícones que utiliza A plataforma encoraja os profes-
o método “Arrastar e Soltar”. sores a utilizar programas de ensino National Instruments
www.ni.com/wedo
Com o WeDo, os estudantes baseados em desafios que os estu-
aprendem habilidades básicas de dantes devem resolver. Os alunos de Importante
programação e projetam aplicações países em desenvolvimento também
Para os interessados o LEGO Education
em robótica. “Combinando a interface poderão operar o software em com-
WeDo estará disponível em Janeiro de
intuitiva e interativa do software WeDo putadores pessoais de baixo custo, 2009.
da LEGO com a experiência física de tais como “One Laptop per Child XO”,
Robo
Jeef Eckert
Robô Redondo
O robô normal, pode andar a quatro câmeras (até 360º de campo
esmo até cair e então alguém o de visão), diversos sensores, siste-
levantar. Mas, sendo redondo e mas de visão noturna, microfones e
sem nenhum lugar externo para alto-falantes. Provavelmente o princi-
pegar, o Groundbot (TM) da Rotun- pal destaque é o mecanismo de movi-
dus (www.rotundus.se) está mento, que se baseia na gravidade.
sempre de cabeça para cima. Ele Um pêndulo controlado é levado para
também pode se mover na neve ou perto do chão quando o robô está
na areia sem ter problemas e sendo parado. Levantando-se o pêndulo,
hermeticamente fechado, é a prova ele pode se movimentar em qualquer
do tempo. Ele pode sobreviver a direção. Isso produz velocidades de
quedas de até 3 m. até 10 km/s e a habilidade de enfren-
Originalmente projetado para tar inclinações de até 20º.
explorar a superfície de Mercúrio, Caso você esteja interessado em
o Groundbot foi modificado para detalhes, o Groundbot tem 0,6 m de
tarefas terrestres como a patrulha diâmetro, pesa 25 kg e normalmente
de áreas extensas, monitoramento roda de seis a oito horas sem recarga. O robô móvel Groundbot para tare-
de gases explosivos, e inspeção Sua faixa de temperaturas de opera- fas seguras. Cortesia Rotundus
remota. Ele pode ser equipado com ção é de -30º a +40º C.
Dragonfly
V. 3
Em julho, a Universidade Delft de
Tecnologia (www.tudelft.nl) apresen-
tou a terceira versão do sua mosca
dragão (dragonfly) artificial, a DelFly
Micro, um veículo aéreo miniaturizado
(MAV). Pesando apenas 3 g e com
uma envergadura de 10 cm, ele voa
batendo asas como um inseto.
O dispositivo controlado remota-
mente é indicado para ser usado em
vôos de observação em áreas peri-
O DelFly Micro MAV. Cortesia da Delft U
gosas ou difíceis de acessar, poden-
do também ser equipado com uma
câmera miniatura de apenas 0,5 g obviamente ainda não está pronto independente utilizando software de
que transmite imagens com qualidade para a produção comercial. Mas o Mi- reconhecimento de imagem, explo-
de TV para uma estação terrestre. cro é apenas um passo para o plane- rando como um beija-flor, ou mesmo
Considerando que ele pode voar jado DelFly Nano de 5 cm e pesando voando para trás.
por aproximadamente 3 m (a 5 m/s), 1 g, que poderá se mover de forma
Os Veículos Elétricos
estão chegando
Com a gasolina barata sendo
coisa do passado, as pessoas estão
pensando cada vez mais em alterna-
tivas, entre elas os veículos elétricos.
Apesar deles não poderem competir
ainda com os veículos de combustão
interna em termos de potência, con-
forto e autonomia, alguns estão se
tornando interessantes para o trans-
porte local.
No nível de duas rodas está a
bicicleta californiana Jackal, dis-
ponível diversos fornecedores, inclu-
indo a www.thunderstruck-ec.com.
Ela oferece uma performance muito
melhor do que você pode esperaria.
Propulsionada por um motor de 15
HP Briggs & Straton E-Tek, ela tem
uma velocidade máxima de 72 km/h
e uma autonomia de 32 a 40 km numa
carga.
Infelizmente, ela custa US$ 3400
para o modelo standard e US$ 3700
para a versão de alta performance. Se
você acha muito, deve comparar com
os US$ 12500 do Xebra Truck da ZAP
(para poluição zero). Este veículo de
três rodas alcança 65 km/h e percorre
25 milhas com uma carga. Ele car-
rega duas pessoas e carga até 450
kg, e tem ainda como acessório um
painel solar para carga da bateria.
Sensor de
Inclinação
Nos projetos de robótica pode ser necessário monitorar a incli-
nação de um robô ou mesmo a posição de um braço mecânico em
relação à vertical do local. Para esta finalidade deve ser utilizado
um sensor de inclinação. Existem diversas possibilidades para a
implementação deste dispositivo, mas a que apresentamos neste
artigo talvez seja uma das mais simples, podendo ser aprovei-
tada inclusive com finalidades didáticas.
Newton C. Braga
1 2 3
Sensor para o monitoramento da Deslocando-se o centro de Sensor de inclinação simples feito a
inclinação de um robô ou de um braço gravidade de forma apropriada partir de um potenciômetro rotativo
mecânico. Podemos dizer também que com uma massa, a partir das comum
se trata de um “sensor de nível” indicações de um sensor, é
possível evitar que um robô
tombe
Para controlar efetivamente o líbrio, através do deslocamento do pêndulo com uma massa apropriada,
movimento de um robô em terrenos centro de gravidade por uma massa, o potenciômetro tem a sua resistência
acidentados, um sensor de inclinação de modo que ele não venha a tombar, alterada com a posição do pêndulo
é de vital importância. Este sensor veja a figura 2. que tenderá a ficar na vertical, con-
pode monitorar a posição do veículo Neste caso, a partir do sinal do forme ilustra a figura 3.
ou de uma peça mecânica em relação sensor, a massa que influi na posição Com dois potenciômetros, colo-
à vertical do local, conforme mostra a do centro de gravidade é movimen- cados em posições que façam um
figura 1. tada de modo a eliminar o perigo de ângulo de 90 graus podemos detec-
A partir do sinal obtido deste um tombamento. tar inclinações em dois eixos. Isso é
sensor é possível realimentar um cir- A solução que apresentamos para exibido na figura 4, num robô que
cuito para modificar o torque de um o sensoriamento do centro de gravi- poderá detectar uma inclinação no
motor (caso o robô deva subir uma dade faz uso de um potenciômetro sentido do movimento (subida ou des-
ladeira) ou corrigir seu ponto de equi- comum. Prendendo no seu eixo um cida) ou no sentido transversal (incli-
11
Circuito de acionamento de dispositivo externo que detecta a Usamos neste circuito um com-
posição ajustada e aciona um relé quando ela é atingida parador de tensão, que pode ser um
LM339 ou um amplificador operacio-
nal simples como o 741, onde o ponto
de comutação é ajustado por um
potenciômetro. A saída tanto pode
ser uma tensão como também pode
ativar diretamente um relé. Veja que
podemos modificar o circuito para
que o relé seja acionado na transição
negativa do sistema, conforme ilustra
a figura 12.
12 Uma opção muito interessante
Circuito de acionamento com a transição nega- para um controle mais crítico é a que
tiva do sinal na posição sensoriada faz uso de um comparador de janela,
desenhado de forma completa na
figura 13.
Neste circuito, determina-se uma
janela de posições em que o circuito
permanece inativo, ou seja, nada
acontece. No entanto, se o sensor se
inclinar num sentido ou em outro (incli-
nação positiva ou negativa) ajustam-
se em dois potenciômetros os pontos
em que o circuito dispara, acionando
13 um relé.
Circuito sofisticado que detecta duas posições pré-ajustadas, determinando Contudo, os sinais analógicos não
assim uma faixa de inclinações em que o sistema se mantém inativo podem ser transmitidos facilmente
para uma central de controle a não ser
por fios. Para a transição dos sinais
para uma central remota ou ainda
para que a informação obtida seja
processada por um microcontrolador,
DSP ou microprocessador, os sinais
obtidos devem ser convertidos para a
forma digital. A maneira mais simples
é a que utiliza as entradas analógicas
que muitos microcontroladores pos-
suem ou ainda por um conversor A/D,
conforme exibe a figura 14.
Mas, se o leitor deseja uma solu-
ção mais simples, poderá usar um
conversor resistência/freqüência
baseado num oscilador controlado
por tensão, veja na figura 15.
Conheça os
transformadores,
relés e solenóides
Neste artigo abordaremos o modo de funcionamento,
Newton C. Braga especificações, teste e uso dos transformadores,
relés e solenóides.
Nos projetos de mecatrônica esses componentes
ocupam lugar de destaque, o que leva a necessidade
de conhecê-los de forma mais profunda.
Os transformadores 1 2
A relação entre espiras determina a Transformador comum
Os transformadores são compo- alteração da tensão
nentes formados por dois ou mais
enrolamentos que possuem um
núcleo em comum de modo que a cor-
rente que circula por um deles possa
induzir uma corrente no outro. Nessa
indução a corrente tem suas caracte-
rísticas alteradas.
Assim, se tivermos um transforma- transformadores de baixas freqüên-
dor com um enrolamento denominado cias. Já os tipos de ferrite e pó de
primário, com 1000 espiras de fio, e exemplo em fontes especiais chave- ferro servem para altas freqüências, e
aplicarmos 100 Volts, se o secundá- adas que operam entre 50 kHz e 500 em alguns casos pode-se possuir até
rio tiver 100 espiras, obteremos 10 kHz) ou ainda sinais de RF acima transformadores sem núcleo (núcleo
V e, se tiver 10 000 espiras, obtere- de 100 kHz em circuitos de diversos de ar).
mos 1 000 V. A figura 1 mostra o que tipos. Veja na figura 2 o princípio de
ocorre. funcionamento do transformador. Símbolos e tipos
Os transformadores são utilizados As bobinas que formam um trans-
para alterar as correntes e tensões formador podem ser enroladas em Os traços entre as bobinas indicam
em um circuito. Observe entretanto diversos tipos de núcleos, depen- o tipo de núcleo utilizado. Na figura 3
que eles não podem criar energia. dendo da aplicação. Os núcleos de ilustramos os símbolos adotados para
Dessa maneira, o que ganhamos lâminas de ferro servem apenas para representar os transformador
em volts (V), perdemos em ampères
(A), pois o produto é a potência (W) 3
que não pode ser alterada. Símbolos adotados para representar um transformador
Um transformador nunca pode
ser usado para aumentar ao mesmo
tempo a corrente e a tensão!
Os transformadores só podem
operar com sinais alternados, que
tanto podem ser de baixa freqüência
(como a tensão da rede de energia),
como de altas freqüências (como por
Especificações
Como Testar
Como testar
1 2
A corrente drenada por um motor é Sistemas de proteção para o
proporcional à força que ele faz dispositivo comutador
3
O controle de motores de corrente são capazes de suportar as correntes Ligando e desligando um
contínua não é tão simples, pois as exigidas pelo motor, mas também as motor a partir de sinais de
características elétricas destes dis- tensões inversas geradas na comu- pequena intensidade
positivos não são lineares, apresen- tação, agregando eventualmente um
tando alguns pontos que podem fazer elemento de proteção. A proteção
com que os circuitos utilizados não mais comum é a que faz uso de um
funcionem apropriadamente. diodo ligado em paralelo, embora
Por exemplo, além de fortemente possamos empregar um capacitor de
indutivos e apresentando sistemas valor apropriado,veja a figura 2.
de comutação que geram pulsos de A finalidade do circuito comutador
transientes de alta tensão, a corrente (ou de controle) é normalmente ligar e
drenada por um motor varia com a desligar o motor a partir de sinais de
carga, ou seja, com a força que eles pequena intensidade, provenientes deverá ser o ganho do circuito usado
estão exercendo em um determinado tanto de um microcontrolador, micro- no controle. A amplificação do circuito
momento, conforme mostra o gráfico processador, configuração lógica, normalmente é expressa pelo ganho
da figura 1. comutador ou sensor, conforme ilus- de corrente. Assim, um circuito que
Desta forma, quando usamos dis- tra a figura 3. tenha ganho 1 000 poderá controlar
positivos semicondutores no controle Quanto maior for a corrente dre- um motor de 1 A com uma corrente
de motores de corrente contínua, não nada pelo motor e menor a inten- de 1 mA. O ganho exigido, evidente-
devemos apenas observar se eles sidade do sinal de controle, maior mente, irá depender da aplicação.
7 8
O circuito também pode ser empregado Circuito Darlington de alto ganho
como um controle linear de velocidade com transistor PNP
9
Transistores comuns NPN e PNP transistores é da ordem de 100 vezes, controlar um motor de 1 A com uma
podem ser ligados na configuração a corrente mínima de controle é da corrente de apenas 1 mA na entrada.
Darlington ordem de 10 mA. O acionamento ocorre no nível alto e
Neste circuito, quando aplicamos o transistor deve ser dotado de um
uma tensão positiva à entrada, o radiador de calor. Sensores de baixa
motor liga. Isso significa que ele opera corrente como LDRs ou mesmo NTCs
com o nível lógico alto de entrada. podem ser usados neste circuito.
Na mesma figura mostramos como é Veja, entretanto, que, como se trata
possível fazer seu acionamento com de um amplificador linear a sua curva
um sensor do tipo reed. Nesta confi- de resposta possibilita sua utilização
guração, o transistor deve ser dotado como um controle analógico de velo-
de um radiador de calor. cidade.
Na figura 7 mostramos a curva
Circuito Simples com 1 Tran- aproximada de controle se empregar-
Devemos também levar em conta sistor PNP mos na entrada um potenciômetro de
que um motor de 1 A, no momento da Para acionar o motor com o nível 47 k ohms.
partida, para que seja tirado da imobi- baixo, ou seja, com um sinal negativo,
lidade exigirá uma corrente maior, por podemos utilizar um transistor PNP, Circuito Darlington PNP
exemplo, até 3 A. Por este motivo, ao conforme sugere a figura 5. Podemos ter o acionamento no
escolher um circuito de controle deve- Para o transistor BD a corrente nível baixo, ou com tensões negati-
mos dar uma margem de segurança. máxima do motor é de 500 mA ,e para vas, utilizando um transistor Darling-
Para controlar um motor de 1 A, uti- o TIP é de 1 A. A sensibilidade é da ton NPN, observe a figura 8.
lizamos um circuito que, com seu ordem de 10 mA, o que permite a uti- As características são as mesmas
ganho, possa fornecer pelo menos 2 lização de sensores como reed-swi- do circuito anterior, devendo o tran-
A ao motor. tches e em alguns casos até mesmo sistor ser dotado de um radiador de
LDRs. calor. Transistores Darlington de maior
Circuito Simples com 1 Tran- corrente também podem ser empre-
sistor NPN Circuito Darlington NPN gados sempre levando-se em conta
Na figura 4 temos um circuito sim- Podemos obter muito maior sen- o ganho, para se obter a corrente
ples que pode controlar um motor até sibilidade com a utilização de tran- mínima necessária ao acionamento.
500 mA se utilizar o BD135, e até 1 sistores Darlington, cujos ganhos são Uma possibilidade interessante é a
A se for usado o TIP31. Transistores tipicamente de 1000 vezes, como o de se usar dois transistores discre-
de maior corrente podem ser empre- tipo NPN indicado na figura 6. tos ligados como Darlington, veja a
gados. Como o ganho típico destes Com este circuito conseguimos figura 9.
Circuito Complementar
Um circuito simples, porém muito
sensível é o que faz uso de transisto-
res complementares, ligados da forma
indica na figura 10.
Neste circuito os ganhos dos tran-
sistores praticamente se multiplicam 12 13
e obtém-se uma sensibilidade muito Circuito com MOSFET de potência Circuito com SCR
grande com o acionamento a partir de
correntes muito fracas. Neste caso,
o circuito é acionado com um sinal
positivo e sua sensibilidade possibilita
seu acionamento a partir de sensores
como LDRs ou NTCs. O transistor de
potência deverá ser dotado de um
radiador de calor.
Podemos inverter o acionamento
com o circuito da figura 11. Nele, o
sinal de acionamento é negativo, isto
é, com a base do transistor de entrada
colocada no nível baixo.
Relé Eletrônico
Multi-uso
Montagem de um módulo que emprega relé comum
e circuito eletrônico, que aumenta a sensibilidade
de tal forma sendo capaz de operar com correntes
até 1 000 vezes mais fracas que a nominal. Pode
ser utilizado como um relé eletrônico em projetos e
montagens que usem sensores sensíveis. O circuito
Newton C. Braga funciona tanto com relés de 6 quanto de 12 V.
1
Os relés comuns possuem sen- mesmo módulo pode ser usado para Configuração de uma etapa de
sibilidades que variam entre 10 e acionar diversos tipos de dispositivos potência para relé
100 mA, dependendo da tensão de em alarmes, automatismos, sistemas
acionamento. Essa corrente, relati- de segurança e controle dos mais
vamente elevada para sua operação, diversos tipos.
faz com que eles não possam ser uti-
lizados diretamente em sensores e Características:
outros dispositivos de disparo menos • Tensão de alimentação: 6 ou
sensíveis. Normalmente, o que se faz 12 V (conforme relé)
é utilizar nesses casos uma etapa • Relé usado: 6 ou 12 V até 100
de amplificação, cuja configuração é mA
mostrada na figura 1. • Consumo acionado: 10 a 100
Esta configuração tem um mA (conforme relé)
ganho de corrente da ordem de 100 • Consumo em repouso: 1 mA
(depende do transistor) e serve para a (tip)
maioria dos projetos que temos publi- • Sensibilidade de entrada: 10
2
cado nessa revista, onde as saídas de a 50 μA Usando o módulo com um LDR
circuitos integrados não são suficien- • Ganho: 1 000 (min)
temente potentes para excitar direta-
mente um relé. No entanto, em muitos Como Funciona
projetos experimentais precisa-se
usar relés, e quando isso ocorre, fica- Dois transistores complementares
mos na dependência de um circuito (NPN e PNP) são usados como ampli-
excitador de bom ganho. ficadores numa configuração em aco-
Por que não dispor já desse plamento direto. A carga do segundo
circuito montado na forma de um transistor (Q2) é o relé, e a entrada é
módulo, pronto para uso, com ali- feita na base do primeiro transistor
mentação própria, ou eventualmente (Q1). Temos duas maneiras de fazer
preparada para ser tirada do circuito o acionamento do circuito, as quais
que vai funcionar? Na verdade, este dependem das ligações e dos ter-
Efeitos Especiais
com LEDs
1
LEDs coloridos piscantes podem Usando um transistor para excitar maior
número de LEDs ou cargas de maior potência
ser usados em uma infinidade de apli-
cações, destacando-se as decorati-
vas. Quanto maior for a quantidade
de LEDs, melhor será o efeito. Para
conseguir o efeito de maneira alea-
tória existem muitos circuitos. Alguns
até embutidos em tipos especiais de
LEDs, mas o que escolhemos para
descrever aqui é o tipo mais simples,
que utiliza componentes comuns.
Usando apenas um circuito inte-
grado de baixo custo. Este sistema
em versão básica alimenta 4 LEDs,
no entanto, com o acréscimo de 4
transistores de uso geral, pode-se
aumentar para até 20 LEDs, ou até Características: osciladores de maneira simples.
mesmo utilizar pequenas lâmpadas. • Tensão de alimentação: 5 a 12V Com apenas dois componentes
Apenas no caso de maior quan- • Corrente consumida: 15 mA (tip) por porta, um capacitor e um resis-
tidade de LEDs, em lugar das pilhas para cada LED tor, podemos elaborar um oscilador
deve-se utilizar fonte ou aproveitar a • Número de LEDs: 4 a 20 retangular com ciclo ativo de 50%.
alimentação de uma bateria de maior • Circuitos integrados: 1 Isso significa que em cada ciclo, o
capacidade. Os quatro osciladores LED permanece 50% do tempo aceso
independentes desse circuito fazem Como Funciona e 50% apagado.
com que os LEDs pisquem de maneira A baixa corrente desse oscilador
aleatória, determinada apenas pelos A base do projeto é um circuito excita apenas um LED, mas podemos
componentes usados. Com diferen- integrado 4093 que consta de 4 portas expandir essa capacidade com um
tes cores pode-se obter efeitos ainda NAND disparadoras de duas entra- transistor em cada saída, conforme
melhores. das, podendo ser utilizadas como mostra a figura 1.
Montagem
Sinalizador
de FM
Pequeno transmissor emissor de
bips cujos sinais podem ser capta-
dos por qualquer receptor de FM
em uma freqüência livre.
Trata-se de um aparelho de grande
utilidade no monitoramento Newton C. Braga
de pequenos robôs, veículos e
sondas. Outra função é a vigilân-
cia e espionagem de objetos, já
que é capaz de localizá-los através
de um sinal emitido.
Montagem
Lista de materiais
Semicondutores
CI1 - 4093B - circuito integrado
CMOS
Q1 - BF494 ou equivalente - tran-
sistor de RF – ver texto
Capacitores
C1 - 47 nF - cerâmico
C2 - 2,2 uF/16V - eletrolítico
C3 - 10 nF - cerâmico
C4 - 2,2 nF - cerâmico
C5 - 4,7 pF - cerâmico
C6 - 100 nF - cerâmico
CV - trimmer - ver texto
Diversos:
L1 - Bobina - ver texto
S1 - Interruptor simples
B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas ou
médias
A - antena - ver texto
Pescaria
Eletromagnética
Nas escolas de nível fundamental, a busca por experimentos tecnológicos exige cuidados espe-
ciais. Além da facilidade de montagem, os princípios ensinados devem ser importantes, e mais do
que isso: devem despertar o interesse dos alunos por algum aspecto diferenciado. No nosso caso,
optamos pelo aspecto lúdico, com a programação de uma competição.
Veja neste artigo como implementar uma aula de eletromagnetismo com uma interessante com-
petição entre os alunos.
Flávio Bernardini
Newton C. Braga
A simples montagem de um ele- Assim, no Colégio Mater Amabilis de A idéia básica consiste na mon-
troímã alimentado por pilhas é ado- Guarulhos – SP, onde são leciona- tagem de uma “vara de pescar” com
tada em muitas escolas como opção das Mecatrônica e Tecnologia para o um eletroímã na ponta para pescar
de aula prática envolvendo tecnolo- níveis fundamental e médio, criamos peixes magnéticos, ou seja, peque-
gia. No entanto, a grande falha desta uma variante desse experimento que nos peixes de papel ou papelão com
abordagem está no pouco interesse levou os pequenos a uma atividade clipes (ou pregos) que possibilitem
que o projeto desperta nos alunos. muito mais atraente. sua atração. Simples de montar, uma
4
vez que são alimentados por uma e seu movimento abre a porta, con- Aplicação prática do eletroímã – um
única pilha, pode-se associar o seu forme ilustra a figura 3. guindaste que levanta chapas de metal
funcionamento ao eletromagnetismo Eletroímãs muito poderosos
com exemplos de aplicações práticas são utilizados para levantar sucata
importantes, e de muito baixo custo, e chapas de ferro nas indústrias,
visto que o material é muito fácil de observe na figura 4.
obter e de manusear. O eletroímã que montaremos é dos
pequenos, pois atrai apenas peque-
O Princípio nos objetos como clipes, preguinhos,
alfinetes, etc, mas serve para mostrar
A aula teórica que precede as como funciona. A corrente elétrica
aulas práticas aborda o princípio de que o alimenta será obtida de uma
funcionamento do eletroímã. O nível pilha pequena.
está de acordo com a série. Assim,
no texto a seguir, descrevemos o Montagem 5
assunto de forma a poder ser adotado A vara pode ser feita com um palito
para alunos da quinta à nona série Na figura 5 temos o aspecto da de churrasco ou qualquer outro
do Fundamental. (O projeto pode ser montagem da “varinha de pescar ele- tipo de vareta. O peixinho é feito de
implementado em uma ou duas aulas, tromagnética” e do peixinho de papel cartolina ou papelão leve
e a competição numa aula seguinte). ou papelão. Devem ser montados
Quando uma corrente elétrica pelo menos uns 20 peixinhos para a
passa por um fio, em sua volta aparece realização da competição.
uma perturbação que denominamos Em um prego de 2 a 3 cm de com-
campo magnético. Essa perturbação primento enrolamos de 40 a 100 voltas
cria forças que atuam sobre os obje- de fio esmaltado fino. Esse fio poderá
tos de metal, exatamente como no ser comprado por peso em casas
caso dos ímãs. Conforme mostra a especializadas, o que seria interes-
figura 1, o campo magnético envolve sante para o caso de um escola onde
os fios e é muito fraco para podermos muitos alunos irão fazer a montagem.
usá-lo para atrair coisas de metal. 200 gramas de fio 30 a 32 servem
Entretanto, podemos reforçar esse para mais de 50 alunos. Usamos
campo (ou perturbação) se enrolar- aproximadamente 5 a 6 metros de fio
mos o fio de modo a formarmos uma para cada eletroímã, conforme mostra
bobina, veja a figura 2. a figura 6. 6
O campo concentra-se no interior Uma outra possibilidade de se Detalhes da construção do eletroímã.
da bobina e se nela colocarmos um obter esse fio seria desmontando Use de 5 a 6 m de fio e raspe as
objeto de metal apropriado, ele se um transformador velho e retirando pontas para soldar
magnetizará comportando-se exata- o fio. Veja que o fio não deverá estar
mente como um ímã. queimado (escuro), e sim com a cor
Esse princípio é usado em muitos marrom clara, que indicando que seu
dispositivos eletromagnéticos que isolamento de esmalte ainda está per-
usamos no dia-a-dia. As fechadu- feito.
ras elétricas de prédios e casas, por Lembre que um pedaço de pelo
exemplo, possuem um dispositivo menos 80 cm desse fio deve ser dei-
desse tipo. Quando estabelecemos a xado para ligação à pilha. A conexão
corrente, o forte campo que aparece a pilha deve ser feita pelo professor,
na bobina atrai um pedaço de ferro uma vez que exige a soldagem. De
A Competição
Aplicações básicas
para TRIACs
1
Os TRIACs são dispositivos semi- também analisar estas características Estrutura e símbolo do TRIAC
condutores da família dos Tiristores, de comutação que o tornam um dis-
sendo capazes de conduzir a corrente positivo que necessita de cuidados
nos dois sentidos. especiais nas aplicações.
Com um TRIAC é possível con-
trolar correntes alternadas intensas a O TRIAC
partir de sinais externos relativamente
fracos que podem ser gerados por O TRIAC é um dispositivo semi-
sensores, circuitos de todos os tipos condutor de quatro camadas da famí-
ou chaves de baixa capacidade de lia dos tiristores, tendo a estrutura
corrente. básica mostrada na figura 1.
No entanto, como todo o semi- Se bem que possamos compará-
condutor de ação rápida existem lo a dois SCRs ligados em paralelo e prática seu comportamento não equi-
algumas características que devem contrafase com um gate comum, na vale a esta configuração.
ser consideradas quando se usa um
TRIAC numa aplicação e que podem
implicar em diferenças quando com- Quadrante de operação
Polaridade de MT2 Comporta (gate)
paramos este tipo de dispositivo a um (modo)
relé comum de contatos mecânicos
+ + I+
ou mesmo a uma chave comutadora
+ - I-
manual.
Neste artigo vamos discutir algu- - + III+
mas das aplicações do TRIAC e - - III-
32 Mecatrônica Mecatrônica
Fácil nº16 - Maio
Fácil2004
nº41
34 Mecatrônica Mecatrônica
Fácil nº16 - Maio
Fácil2004
nº41
14
Ligação do filtro antes da carga com
TRIAC
TRIAC - SCR
Na figura 13 temos um primeiro para a terra, conforme ilustra a figura cida a outros equipamentos de uma
circuito de filtro bastante comum 14. instalação e que podem trazer proble-
em eletrodomésticos que evita que Um outro tipo de filtro é visto na mas como os que abordamos quando
a interferência gerada se propague figura 15 que é formado por uma rede tratamos disso no artigo “True RMS”.
pela linha de alimentação chegando RLC em série-paralelo com o TRIAC. Isso significa que todos os proje-
a outros equipamentos ligados à Este circuito amortece os pulsos tistas que pretendam usar TRIACs
mesma rede ou mesmo evitando que gerados na comutação do Triac evi- no controle de potências elevadas
esta linha funcione como antena irra- tando que eles gerem sinais irradia- devem estar atentos aos picos e tran-
diando os sinais. dos ou que se propaguem pela rede sientes que eles podem gerar e tomar
As bobinas normalmente são for- de alimentação até outros equipa- as devidas precauções para que não
madas por algumas espiras de fio de mentos. venham a influenciar no funciona-
espessura compatível com a corrente A bobina é formada por 70 espiras mento de outros equipamentos.
do equipamento num núcleo de ferrite de fio esmaltado num bastão de fer- O próprio emprego do TRIAC
que pode ser (ou não) toroidal. rite. O fio usado deve estar de acordo também implica em se obervar até
Os núcleos toroidais, em especial, com a intensidade de corrente no cir- que ponto a maneira como ele con-
são muito mais eficientes neste tipo cuito. trola uma carga é eficiente.
de aplicação. Este tipo de filtro é recomendado Com as indicações que demos
Os capacitores usados são de para cargas inferiores a 1 kW. neste artigo o leitor já tem uma idéia
poliéster, com tensão de trabalho de do que deve observar e, se for neces-
pelo menos 200 V na rede de 110 V e Conclusão sário, procurar literatura adicional.
pelo menos 400 V na rede de 220 V.
A ligação à terra para oferecer um O uso de TRIACs oferece soluções f
percurso aos sinais de alta freqüência importantes para projetos de eletro-
é muito importante para aumentar a domésticos e aplicações industriais.
eficiência do filtro. Porém, devemos estar atentos para
Veja que sem o terra, os capacito- as deformações que a presença de
res poem em curto os sinais enquanto um dispositivo deste tipo pode causar
que com o terra o sinal é desviado na forma de onda da energia forne-
36 Mecatrônica Mecatrônica
Fácil nº16 - Maio
Fácil2004
nº41