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sonhos coletivos
- “Uma pessoa é uma pessoa por meio de outras pessoas”, “eu sou porque nós somos”
- A dimensão relacional da pessoa é a chave de seu desenvolvimento e de sua personalidade
- Só posso ser feliz se as pessoas ao meu redor também estão felizes.
É entender que ajudar o outro é ajudar a humanidade; não é ajudar alguém para se sentir bem
consigo mesmo. No fim das contas, é como ajudar a nós mesmos.
- Polidiálogo: no lugar de ouvir e falar em busca de “vencer” um debate, podemos ouvir-falar sempre
de uma maneira múltipla, sem necessidade de estabelecer consenso, ou vencer disputas;
procurando atravessar os caminhos e encruzilhadas que a existência reserva com o entendimento
que atravessar em companhia pode servir como uma maneira de tornar a vida mais bela, solidária (e
porque não dizer, sem querer incorrer em clichês), feliz.
- Na prática: ‘polílogo’ [ou polidiálogo] de culturas e tradições que promova a filosofia intercultural para
a melhoria da compreensão mútua e a defesa da vida humana.
- Incentivo para reavaliar o “ser por meio de outros” em tradições, culturas e religiões não africanas,
para reenfatizar os imperativos do cuidado e da partilha com os outros.
Teko Porã - filosofia guarani
“Bem viver” ou “Belo caminho”
Conceito filosófico, político, social e espiritual que expressa a grande Teia, onde vivemos em equilíbrio,
respeito e harmonia; é a representação da boa maneira de Ser e de Viver.
Neste sentido, teko porã rivaliza com a noção ocidental de que a espécie humana é a mais preparada para
conhecer e dominar a "natureza". A natureza não é um "outro" à disposição do ser humano para ter seus
recursos naturais explorados em função de seres "naturalmente superiores". Em outros termos, universo,
sistema ecológico não são coisas; mas, seres vivos.
Teko porã é um sistema filosófico que ensina: nunca trate seres vivos como se fossem coisas.
Vivenciar o sentido pleno do Bem Viver nos dias de hoje: não são os bens materiais, o conforto, o luxo irão
trazer a delicada e profunda satisfação da experiência que penetra no próprio ser e no estar quando se
alcança o Bem Viver nas ações diárias da Vida.
Equador Bolívia
Sumak Kawsay
ou Buen Vivir
“Estado de plenitud de toda la comunidad vital”, “plenitud de la vida” ou “vida plena”
“Sonhar é uma prática que pode ser entendida como regime cultural em que, de
manhã cedo, as pessoas contam o sonho que tiveram. (...) o sonho é um lugar
de veiculação de afetos. Afetos no vasto sentido da palavra: não falo apenas de
sua mãe e seus irmãos, mas também de como o sonho afeta o mundo sensível;
de como o ato de contá-los é trazer conexões do mundo dos sonhos para o
amanhecer, apresentá-los aos seus convias e transformar isso, na hora, em
matéria intangível. Quando o sonho termina de ser contado, quem o escuta já
pode pegar suas ferramentas e sair para as atividades do dia (...) Não há
nenhum véu que o separa do cotidiano e o sonho emerge com maravilhosa
clareza.”
Sonhos para adiar o fim do mundo
“Perspectiva indígena de coletividade: ‘Não conheço nenhum sujeito de
nenhum povo nosso que saiu sozinho no mundo. Andamos em
constelação’”