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Recursos Ergogênicos

Professora Daniela Farias Cabral


Recursos Ergogênicos
Nutricionais:
• carboidratos,
• cafeína,
• vitaminas e minerais antioxidantes,
• micronutrientes em geral,
• glutamina,
• aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA),
• creatina,
• Beta-alanina e carnosina
• carnitina, entre outros.
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Glutamina
A Glutamina é o aminoácido mais abundante do corpo humano, e
podemos dizer que entre suas várias funções estão: Aumento sistema
imune, resistência contra infecções virais, equilíbrio da mucosa
intestinal, e também muito utilizada como suplemento em casos de
estresse extremo ou exercícios de alta intensidade prevenindo perda de
massa magra.
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Glutamina
A doação de nitrogênio para a formação de ácidos nucléicos, o
equilíbrio ácido-base, a aminogênese, o fornecimento de substrato
energético e o auxílio na síntese de proteínas e antioxidantes
intracelulares são algumas das funções e destinos em que a glutamina
está envolvida.
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Glutamina
A glutamina é um importante aminoácido presente naturalmente no nosso
organismo, e pode ser otimizado por meio da suplementação.
Entre alguns benefícios da glutamina, é que ela é um aminoácido que ajuda a
melhorar o funcionamento do intestino, estimula a memória e a
concentração, ajuda a reforçar os músculos, regula o metabolismo e diminui
o desejo de consumir álcool e açúcar com frequência.

E seus benefícios não param por aí, a glutamina também ajuda no combate
ao câncer, melhora os sintomas da diabetes, auxilia na desintoxicação e
reforço da imunidade contra vírus e bactérias.
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Glutamina
Esporte de elite - o atleta vive dualidade entre o máximo da sua performance e a saúde.

Uma rotina prolongada de treinamento, competições, dietas extremas, longas horas de


viagens com mudanças de fuso horário (jetlag), aumento da ansiedade e estresse devido o
alto nível de cobrança, tudo isso combinado, acarreta em uma cascata de conseqüências
como:

• aumento do processo inflamatório;


• liberação de radicais livres (aumento do estresse oxidativo);
• queda da imunidade (imunossupressão);
• disbiose e hipermeabilidade intestinal (baixa diversidade da microbiota intestinal)
• aumento da degradação proteica do muscular (catabolismo muscular).
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Glutamina
A suplementação com glutamina (Gln) é popularmente utilizada para
atividades físicas, devido sua importância na síntese de proteínas nos
músculos. A glutamina (Gln) é um aminoácido não essencial sintetizado
por todas as células, sendo o mais abundante no plasma e no músculo
esquelético, sendo sintetizada e armazenada principalmente pelo
músculo, sendo responsável por 60% do pool de aminoácidos nesse
tecido.
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Glutamina
Os níveis plasmáticos de glutamina reduzem durante e após o exercício
intenso e exaustivo, pois a glutamina que é liberada pelo músculo
esquelético é captada pelos tecidos e órgãos para ser utilizada como
substrato energético. Concomitantemente, os níveis de glutamina caem
devido ao aumento em sua demanda, reduzindo a biodisponibilidade a ser
utilizada pelas células do sistema imune (linfócitos, macrófagos e
neutrófilos).

Nesse caso a suplementação oral de glutamina seria aplicada, sugerindo que


ela seria favorável na prevenção da queda de imunidade (imunossupressão)
induzida pelo esporte de alto rendimento.
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Glutamina

Além disso, a glutamina possui funções fisiológicas na regulação da


temperatura corporal, incluindo o equilíbrio de fluidos, pH e frequência
cardíaca, e função ideal de alguns tecidos do corpo, especialmente o sistema
imunológico e o trato gastrointestinal, sendo, portanto, essencial à rotina de
um atleta.

Outro fator importante da suplementação de glutamina é devido à alta carga


protéica consumida na rotina alimentar dos atletas, que em longo prazo gera
impactos negativos na saúde intestinal.
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Glutamina
O consumo excessivo de suplementação e alimentação hiperproteica,
parte dessa digestão vira aminoácidos e quando o limite é
ultrapassado, parte vira resíduos para bactérias fermentadoras de
proteína, que causam um aumento na produção de substâncias tóxicas
ao intestino gerando uma baixa diversidade de microrganismos no
sistema gastrointestinal (disbiose intestinal), além de causar uma maior
hipermeabilidade intestinal, o que afeta diretamente o sistema
imunológico do atleta, sugestionando a maiores riscos inflamatório e
uma maior exposição a doenças como gripes e resfriados.
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Glutamina
Usualmente os atletas possuem uma saúde intestinal prejudicada
sendo que 6 a cada 10 possuem alguma doenças ou inflamações como:

– síndrome do intestino irritável;

– doença de crohn;

– retocolite ulcerativa
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Glutamina
Nesse sentido, a suplementação de glutamina é muito bem
evidenciada cientificamente no tratamento e redução dessas doenças e
inflamações intestinais e melhora da resposta imunológica. Com isso,
de forma indireta a suplementação se faz eficaz na melhora do
desempenho do atleta, já que uma melhor saúde intestinal, fornecerá
um melhor sistema imunológico, como resultado a melhora da
performance esportiva.
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Glutamina
Principais funções para praticantes de exercícios físicos:

- Melhorar os níveis de proteína nos músculos;


- Controla e orienta dois processos importantes: anabolismo e o
catabolismo.
- Transportar mais nitrogênio para o organismo.
- Evita a baixa regulação do sistema imunológico
- Melhora o equilíbrio entra a síntese e degradação das proteínas
- Possível reguladora da síntese e da degradação de proteínas
- Diminuição da fadiga
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Glutamina
Principais funções para praticantes de exercícios físicos:

- Diminui muito o estresse muscular pós treino;


- Auxilia no ganho de massa muscular;
- Garante o bom funcionamento do fígado;
- Ajuda o organismo a produzir ácido fólico, indispensável para afastar
anemias;
- Melhora nos níveis de linfócitos (responsáveis pela imunidade);
- É fundamental para construir músculos tonificados;
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Glutamina
Principais funções para praticantes de exercícios físicos:

- Diminui muito o estresse muscular pós treino;


- Auxilia no ganho de massa muscular;
- Garante o bom funcionamento do fígado;
- Ajuda o organismo a produzir ácido fólico, indispensável para afastar
anemias;
- Melhora nos níveis de linfócitos (responsáveis pela imunidade);
- É fundamental para construir músculos tonificados;
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Glutamina
Principais funções para praticantes de exercícios físicos:

- Participa para aumentar a disposição e energia;


- Ajuda na proteção as células dos radicais livres, potencializadores de
várias doenças;
- Mais proteção contra a acidose e alcalose;
- Não permite que o ácido lático (causador da dor muscular) dificulte a
prática esportiva.
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Glutamina
Principais funções para praticantes de exercícios físicos:
A suplementação é indicada para pessoas que possuem déficit de
glutamina no organismo. Atletas de alto rendimento ou pessoas que
praticam esportes mais intensos. Práticas que podem acentuar
problemas como, doenças infecciosas ou inflamatórias, causados pela
depreciação do sistema imunológico.
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Glutamina
Principais funções para praticantes de exercícios físicos:
Pessoas com cirrose hepática, insuficiência renal ou patologias ligadas
ao fígado. Mulheres grávidas ou que estão amamentando também
devem evitar essa suplementação. Idosos e crianças também devem
obter prescrição médica para consumo da glutamina.
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Glutamina
Metabolismo
O metabolismo da glutamina pode ser alterado em diversas situações
catabólicas, tais como o jejum prolongado, cirurgias e exercícios físicos,
principalmente aqueles realizados de forma exaustiva (CRUZAT E
TIRAPEGUI, 2009).
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Glutamina
Metabolismo
Bioquimicamente, a L-glutamina (C5H10N2O3) é um L-alfa-aminoácido, com
peso molecular de aproximadamente 146,15 kilodaltons e pode ser
sintetizada por todos os tecidos do organismo.

Sua composição química é carbono (41,09%), oxigênio (32,84%), nitrogênio


(19,17%) e hidrogênio (6,90%) (CRUZAT et al., 2010).

De acordo com seu grupamento R, a glutamina é nãocarregada, mas é polar,


o que significa uma característica mais hidrofílica, sendo facilmente
hidrolisada por ácidos ou bases.
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Glutamina
Metabolismo
Como o organismo pode sintetizar glutamina, esta é nutricionalmente
classificada como um aminoácido dispensável ou não essencial. Esta
classificação, entretanto, tem sido questionada, pois em situações
criticas tais como: sepse, traumas e, principalmente, exercícios físicos
intensos e prolongados, a síntese de glutamina não supre a demanda
exigida pelo organismo. Nesse sentido, a glutamina tem sido
reclassificada como um aminoácido condicionalmente essencial
(CRUZAT et al., 2010).
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Glutamina
Metabolismo
Bioquimicamente, a L-glutamina (C5H10N2O3) é um L-alfa-aminoácido, com
peso molecular de aproximadamente 146,15 kilodaltons e pode ser
sintetizada por todos os tecidos do organismo.

Sua composição química é carbono (41,09%), oxigênio (32,84%), nitrogênio


(19,17%) e hidrogênio (6,90%) (CRUZAT et al., 2010).

De acordo com seu grupamento R, a glutamina é nãocarregada, mas é polar,


o que significa uma característica mais hidrofílica, sendo facilmente
hidrolisada por ácidos ou bases.
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Glutamina
Metabolismo
Indivíduos considerados saudáveis, pesando aproximadamente 70 Kg,
apresentam cerca de 70-80 g de glutamina, distribuída por diversos tecidos
corporais. No sangue, a concentração de glutamina é em torno de 500- 700
µmol/L. Tanto a concentração tecidual quanto a concentração sanguínea de
glutamina podem ser influenciadas de acordo com a atividade da glutamina
sintetase ou da glutaminase. Alguns tipos de células, tais como células do
sistema imune, rins e intestino, apresentam elevada atividade da
glutaminase, sendo assim considerados tecidos predominantemente
consumidores de glutamina (CRUZAT et al., 2010).
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Glutamina
Metabolismo
Por outro lado, os músculos esqueléticos, os pulmões, o fígado, o
cérebro e, possivelmente, o tecido adiposo apresentam elevada
atividade da enzima glutamina sintetase, sendo assim considerados
tecidos predominantemente sintetizadores de glutamina.
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Glutamina
Metabolismo
Quantitativamente, o principal tecido de síntese, estoque e liberação
de glutamina é o tecido muscular esquelético. Este apresenta elevada
atividade das enzimas glutamina sintetase e aminotransferase de
aminoácidos de cadeia ramificada. Embora possa variar, a taxa de
síntese de glutamina no músculo esquelético é de aproximadamente
50 mmol/h, sendo maior em relação a qualquer outro aminoácido.
Quando comparada a glicose, a concentração muscular de glutamina
está em torno de 20 mmol, quantidade superior a 3 vezes a
concentração de glicose no mesmo tecido, a qual é de 6 mmol.
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Glutamina
Metabolismo
Além disso, a elevada capacidade de síntese e liberação de glutamina,
principalmente em situações em que há aumento na sua demanda por
outros órgãos e tecidos, confere ao músculo esquelético um papel
metabólico essencial na homeostasia corporal. A predominância do
tipo de fibra muscular pode influenciar a síntese de glutamina. Fibras
do tipo 1 ou oxidativas podem apresentar cerca de três vezes mais
estoques de glutamina em comparação a fibras do tipo 2, glicolíticas.
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Glutamina
Metabolismo
A glutamina está envolvida em uma série de funções bioquímicas e
celulares. Dentre as funções bioquímicas pode-se salientar a doação de
nitrogênio para a formação de ácidos nucléicos, a essencial
contribuição para o equilíbrio ácido-base e aminogênese, o
fornecimento de substrato energético e o auxílio na síntese de
proteínas intracelulares. Dentre as funções celulares pode-se destacar a
participação no metabolismo de divisão de células do sistema imune,
processos de recuperação de estresses fisiológicos, tais como cirurgias,
ferimentos, jejum prolongado, entre outros.
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Glutamina
Metabolismo
A realização de exercícios físicos pode promover alterações na
concentração plasmática e tecidual de alguns aminoácidos, entre os
quais estão a glutamina e os ACR.
Tais alterações são, na sua maioria, dependentes da duração e
intensidade da realização do exercício. Inicialmente, o exercício
promove uma acelerada liberação de glutamina, a partir da
musculatura esquelética, o que aumenta a concentração plasmática de
glutamina.
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Glutamina
Metabolismo
No entanto, este aumento é transitório e decorrente da elevada síntese
de amônia provinda da desaminação de adenosina monofosfato (AMP)
a inosina monofosfato (IMP). Cabe salientar que este último processo é
decorrente da demanda energética por ATP durante a contração
muscular.
Uma subsequente redução da glutaminemia, contudo, pode ser
observada quando o exercício é realizado por cerca de mais de 1 hora,
sendo a magnitude e a duração desta redução fatores dependentes do
tipo de esporte praticado.
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Glutamina
Estudos in vitro com diversos tipos de células, tais como células
musculares, da mucosa intestinal, do sistema imune, neurônios
específicos do SNC, hepatócitos, células β-pancreáticas, entre outras,
têm demonstrado que a glutamina, quando adicionada a um meio de
cultura, pode alterar uma variedade de funções celulares (CRUZAT,
PETRY E TIRAPEGUI, 2009).
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Glutamina
Estudos in vivo, nos quais a glutamina foi administrada de forma
parenteral, indicaram que a maior oferta deste aminoácido às células
pode atenuar sua redução no plasma ou no meio intracelular ocorrido
após eventos de estresse metabólico ou enfermidades, tais como
dengue, câncer, HIV, queimaduras, cirurgias, entre outras (D'SOUZA E
TUCK, 2004).
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Glutamina
Exercícios físicos intensos e prolongados ou exaustivos promovem um
desequilíbrio entre a síntese e a disponibilidade de glutamina
plasmática e tecidual. Além disso, estes tipos de exercícios físicos
promovem elevada quantidade de lesões e inflamação. Uma vez que a
glutamina está envolvida com a manutenção de diversas funções
celulares, pesquisas indicam que sua redução pode comprometer a
recuperação do exercício, a síntese de antioxidantes, tais como a GSH e,
consequentemente a saúde.
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Glutamina
A suplementação por via oral na forma de dipeptídeo representa
maneira eficiente de fornecimento de glutamina para o organismo. A
utilização, contudo, de glutamina na forma livre associada à alanina,
embora recente, também parece ter efeitos importantes,
principalmente sobre a lesão muscular e os sistemas inflamatório e
antioxidante corporal (CRUZAT et al., 2010).

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