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Introdução

Adolescência é o período de transição entre a infância e a idade adulta (15 a 24


anos), caracterizando-se por alterações psicológicas e corporais, entre elas citamos o
crescimento físico, as mudanças comportamentais, o desenvolvimento dos caracteres
sexuais, as mudanças hormonais, entre outros. Esta faixa etária é caracterizada pelo
interesse por exercícios físicos, entre eles, a musculação que é praticada em
Academias fornecendo vários benefícios aos praticantes, se praticada de maneira
correta e orientada. Entretanto, nesta fase, surgem as inseguranças com relação ao
corpo e a aparência, onde muitos jovens almejam a forma física perfeita e, recorrem
ao uso de Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAAs).

EAAs, (conhecidos como anabolizantes) são materiais sintéticos, derivados da


metabolização do colesterol e quimicamente semelhantes à testosterona . Estes
esteróides têm efeitos androgênicos e anabólicos, sendo utilizado principalmente para
fins anabólicos no meio esportivo e estético . Desde os anos 60, os EAAs são
utilizados em Academias, porém somente na década de 80 que a comunidade médica
admitiu a eficácia e efeitos adversos destes recursos ergogênicos. O “desenvolver a
todo custo” constitui o motivo para adolescentes usar substâncias disponíveis e, na
maioria das vezes proibidas, no sentido de melhorar a sua estética corporal através da
musculatura delineada, adquirir um baixo percentual de gordura e buscar resultados
por um corpo esbelto e “sarado”. O consumo dessas substâncias, especialmente entre
jovens, tem sido registrado com freqüência ascendente em vários países e diversos
estudos têm documentado os danos à saúde causados pelo seu uso, entre eles,
cardiopatias, disfunções hepáticas, agressividade, entre outros .

Efeitos adversos

Os esteróides anabolizantes são substâncias sintéticas, similares à testosterona, que podem


ser utilizados por administração oral ou injetável [10]. Sabendo que, os orais são os mais
prejudiciais à saúde por passarem ao longo do trato gastrointestinal, causando
hepatotoxicidade. A maioria dos usuários das substâncias ergogênicas (EAAs) relatam efeitos
colaterais, muitos dos quais, são reversíveis com a suspensão do uso.

No tecido hepático, com o uso contínuo há a elevação de níveis séricos de enzimas como a
alanina (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), na qual a biópsia revela lesões tóxicas,
podendo acarretar à peliose hepática. No perfil lipídico, altera o metabolismo glicídico,
aumentando a LDL (colesterol ruim) e diminuindo o HDL (colesterol bom) [16, 17].

Em análise ao sistema cardiovascular, foi relatada a ocorrência de alterações


eletrocardiográficas, aumento da pressão arterial, cardiomiopatias, infarto agudo do miocárdio e
embolia [18, 19]. Conseqüência disso, alterações de humor e de comportamento e a ocorrência
de suicídio em indivíduos com predisposição genética foram também associadas ao uso de altas
concentrações de EAAs [20]. Ademais, a alterações no sistema reprodutor, alterações
estruturais (tendões e cartilagens) e psíquicas (distúrbios de humor e agressividade), além do
risco de doenças infectocontagiosas por partilha de seringas [20].
Os efeitos adversos físicos e psicológicos dos EAA ainda permanecem escassos, havendo mais
comumente envolvimento hepático, endócrino, musculoesquelético, cardiovascular,
imunológico, reprodutivo e psicológico, que dividimos em três tipos, conforme detalhado no

QUADRO 1: efeitos virilizantes; efeitos feminilizantes, mediados pelos metabólitos estrogênicos


do esteróide; e efeitos tóxicos, geralmente mediados por mecanismos incertos.

Afinal oque são agentes ergogênicos?

A Medicina Esportiva estabelece um conceito para o termo "agente ergogênico" que abrange
todo e qualquer mecanismo, efeito fisiológico, nutricional ou farmacológico que seja capaz de
melhorar a performance nas atividades físicas esportivas, ou mesmo ocupacionais, são
recursos ergogênicos são substâncias, estratégias ou artifícios utilizados para
aumentar o desempenho do atleta. A maioria dos recursos objetiva aumentar a força
física, mecânica ou mental para retardar o surgimento da fadiga.
ESTERÓIDES E ANABOLIZANTES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
O uso de esteróides anabolizantes tem aumentado em especial nos adolescentes, tornando-se
um problema de saúde pública, com importante sub-notificação de uso e de efeitos colaterais.
Está evidente que alertas e proibições
chamando atenção para todos os riscos têm
sido insuficientes para diminuir a sua utilização.

Os esteróides precursores (pró-hormônios) são


substâncias que podem se transformar em
esteróides anabolizantes. Naturais ou sintéticos
são derivados da testosterona que podem ser
administrados por via intramuscular
(nandrolona, testosterona boldenona) ou oral
(oximetolona, oxandrolona,
metandrostenololona, estanozolol, DHEA e
androstenediona). Os sinais suspeitos do uso
são aumento rápido e marcante da massa
muscular (especialmente do segmento
superior) associado a alterações do
comportamento (agressividade, labilidade
emocional, depressão, psicose), acne em tórax
e pescoço, ginecomastia, calvície tipo
masculina (também em meninas), diminuição
do tamanho testicular. Em meninas, podem
ocorrer diminuição do volume mamário,
hirsurtismo, calvície e alargamento do clitóris. O
pediatra poderá também notar um rápido
aumento de peso com valores mantidos ou diminuídos de tecido subcutâneo, voz grave,
alteração da coagulação, alterações hepáticas (aumento das transaminases) e
hipercolesterolemia (aumento do LDL e diminuição do HDL). Existem 2 formas de uso dos
anabolizantes, oral e injetável, no qual o injetável é somente no músculo, caso
aconteça de injetar na veia, ocorrera diversos tipos de consequências, o nosso fígado
e rins e acabamos aumentando os riscos de doenças graves em nosso organismo,
como o câncer. “A hepatite medicamentosa pode ser uma consequência a curto prazo,
em alguns casos chegando a ser fulminante. Essa sobrecarga ao fígado, a longo prazo,
leva à mutação de algumas células podendo predispor a tumores deste órgão”.

Dosagem de creatina para melhora de performance em

adolescentes

Os adolescentes, neste estudo, foram considerados indivíduos de 13 a 19


anos. Quando se fala especificamente do uso da creatina na performance
esportiva de adolescentes, parece que seus efeitos parecem semelhantes
aos adultos. Dessa forma, sua suplementação promove o aumento de
fosfocreatina muscular. No entanto, ainda existem controvérsias em relação à sua
efetividade, visto que algumas evidências trazem um efeito menos do que em
adultos, apesar de existir.

Todos os estudos realizados até hoje em adolescentes com o objetivo de examinar


os efeitos da suplementação de creatina foram em atletas de natação e futebol.
Três desses estudos trazem doses de 21g por dia, durante 9 dias; 20g por dia,
durante 5 dias; e 20g por dia, durante 4 dias. Enquanto isso, outros 2 estudos
aplicaram o método de carga e manutenção: 5 dias com 20g/dia + 5g/dia por 22
dias; 25g/dia durante 4 dias + 5g/dia durante 2 meses. Na maioria dos estudos
foi possível observar melhora no desempenho em quase todos os aspectos
analisados nos primeiros dias. Entretanto, nas fases de manutenção, não
notou-se diferença no desempenho. Como os estudos ainda são escassos, vale
ressaltar a importância de maiores investigações de sua efetividade nessa
população.

Suplementos utilizados por atletas

Aminoácidos

Leucina, isoleucina e valina são aminoácidos de cadeia ramificada que são encontrados em
alimentos ricos em proteínas, como frango, peixe, carne, tofu, ovos e laticínios.

Os BCAAs são os suplementos alimentares mais utilizados por atletas para promover o
crescimento muscular, aumentar a perda de gordura, retardar a fadiga e impulsionar o sistema
imunológico.

Embora esses aminoácidos sejam considerados essenciais, estudos sobre a eficácia de tomar
BCAAs como suplementos para o desempenho atlético são conflitantes.

Cafeína

Outro dos suplementos alimentares mais utilizados por atletas é a cafeína que funciona como
um estimulante suave. A substância é um componente natural do chocolate, café e chá.

Muitas vezes, a cafeína é usada pelos atletas para queimar gordura, proteger as reservas de
carboidratos e aumentar os níveis de energia.

Foi demonstrado que a cafeína aumenta o estado de alerta e age como um estimulante, no
entanto, a queima de gordura não parece aumentar e as reservas de carboidratos não são
protegidas.

Se for encontrado em uma quantidade muito alta na urina, é considerado uma substância
proibida pela National Collegiate Athletic Association, embora quantidades normais de cafeína
da dieta geralmente não atinjam esse nível.

Picolinato de cromo

O Picolinato de cromo é um mineral encontrado em alimentos como grãos integrais, frutas e


vegetais. O cromo desempenha um papel na forma como o corpo usa a glicose.

Quando tomado como suplemento alimentar por atletas, é usado como auxílio para perda de
peso ou para ajudar a converter gordura em músculo, mas não há evidências suficientes para
apoiar essas afirmações.
Quando tomado como suplemento, também pode causar danos oxidativos ou interferir com o
ferro no organismo. Portanto, a suplementação de cromo não é recomendada.

Creatina

A creatina é outro dos os suplementos alimentares mais utilizados por atletas.

Encontrado em fontes de alimento como carne e peixe, a creatina também é produzida


naturalmente em nossos músculos para produção de energia.

Os suplementos de creatina alegam melhorar a força e o desempenho no exercício. No


entanto, mais pesquisas são necessárias, pois os resultados variam muito, dependendo do
estudo e do evento esportivo.

Proteína (Whey Protein)

O alimento é utilizado para promover a síntese de proteínas musculares e o


aumento da massa muscular magra, quando utilizado em paralelo às atividades
físicas de resistência. Portanto, o Whey Protein é geralmente utilizado como
um suplemento de uso esportivo.

Conclusão
Na adolescência é onde ocorre maior desenvolvimento do corpo, não somente
desenvolvimento físico, mas também psicológica, isso ocorrera naturalmente
em algum momento, então não é preciso usar hormônios para q acontece com
antecedência, a única exceção seria sobre o uso medico necessário. Contudo
existem varias formas de evoluir fisicamente, nutrição e exercícios são os
principais meios.
TRABALHO DE
ED. FÍSICA

Aluno: Batista 9 ano


Professor: Franklin
Tema: Uso de Agentes ergogênicos na
adolescência.

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