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Sumário
1. Introdução ............................................................................................. 2
2. Alterações jurisprudenciais divulgadas no primeiro semestre de 2012 ............ 3
3. Alterações jurisprudenciais divulgadas em setembro de 2012 ..................... 17
3.1. Novas Súmulas do TST ..................................................................... 17
3.2. Súmulas e OJ canceladas .................................................................. 22
3.3. Súmulas e OJ alteradas..................................................................... 22
4. Alterações jurisprudenciais divulgadas em 2013 e 2014 ............................. 61
4.1. Novas Súmulas do TST ..................................................................... 61
4.2. Súmulas alteradas............................................................................ 68
5. Alterações jurisprudenciais divulgadas em 2015 ........................................ 69
5.1. Novas Súmulas do TST ..................................................................... 69
5.2. Súmulas alteradas............................................................................ 69
5.3. OJs canceladas ................................................................................ 74
6. Conclusão ............................................................................................ 76
7. Lista das Súmulas e OJ comentadas na aula ............................................... 1
1. Introdução
Oi amigos(s),
Vamos ao trabalho!
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Este verbete está relacionado aos empregados que recebem por produção.
De uma forma geral, o empregado que recebe por produção, sem que haja
controle de horário, receberá o valor pactuado em relação ao que foi produzido.
1
SUM-363 CONTRATO NULO. EFEITOS
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice
1
no respectivo art. 37, II e § 2º , somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em
relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes
aos depósitos do FGTS.
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2
Aqui o Ministro faz referência ao processo da SBD-1 cuja ementa foi transcrita na pina anterior, E-RR-90100-
13.2004.5.09.0025, que foi um dos precedentes da alteração da OJ 235.
A Lei 6.321/76, que dispõe sobre dedução fiscal de despesas incorridas pela
empresa no âmbito do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
retirou tais parcelas do cômputo do salário de contribuição 5, e nesta esteira o TST
conferiu natureza não salarial a tal utilidade (ajuda alimentação):
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I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato;
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Retomando a OJ 417, ela esclarece que não haverá prescrição parcial ou total,
desde que respeitada a prescrição bienal e ajuizada a ação até 26.05.2005, ou seja,
prazo de cinco anos da publicação da citada Emenda Constitucional (é que, antes
da Emenda, não havia a prescrição quinquenal para o rural).
6
CF/88, art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
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OJ-SDI1-418 EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.
APROVAÇÃO POR INSTRUMENTO COLETIVO. AUSÊNCIA DE ALTERNÂNCIA
DE CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE E MERECIMENTO.
Não constitui óbice à equiparação salarial a existência de plano de cargos
e salários que, referendado por norma coletiva, prevê critério de promoção
apenas por merecimento ou antiguidade, não atendendo, portanto, o
requisito de alternância dos critérios, previsto no art. 461, §
2º, da CLT.
Caso haja quadro de carreira que não respeite esta diretriz legal de critérios
de antiguidade e merecimento para a promoção, ele não inviabilizará a pretensão
equiparatória.
7
CLT, art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na
mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
(...)
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro
de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por
antigüidade, dentro de cada categoria profissional.
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Lei 5.889/73, art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade
rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador
rural, sob a dependência deste e mediante salário.
Trabalho em
propriedade rural Trabalho prestado a
Empregado rural
ou prédio rústico empregador rural
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CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de
regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de
revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.
CLT, art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras
frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal
para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho
contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso,
computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
CLT, art. 253, parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do
presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas
do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze
graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a
10º (dez graus)8.
8
Esta divisão geográfica em zonas climáticas utiliza o mapa Brasil Climas, elaborado pelo IBGE.
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CLT, art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o
seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para
a efetivação do benefício.
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SUM-443 DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO
PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À
REINTEGRAÇÃO.
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus
HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido
o ato o empregado tem direito à reintegração no emprego.
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9
ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
(...)
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes
ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
11
OJ-SDI1-82 AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que
indenizado.
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Adendo: Súmula cuja eficácia está suspensa por decisão liminar do Supremo
Tribunal Federal.
SÚMULA VINCULANTE Nº 4
Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Ainda não houve consolidação de que base de cálculo deve ser utilizada
para o adicional de insalubridade, o que provavelmente será resolvido com
alteração do artigo 192 da CLT:
CLT, art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites
de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e
10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo.
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CLT, art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por
escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro
da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse,
fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido.
Este verbete, que originalmente foi publicado como OJ, teve sua redação
alterada e foi convertido em Súmula:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três)
dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60
(sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
É muito complicado a Banca ter usado uma das interpretações da nova lei
como sendo a mais certa (o gabarito foi D, e a questão não foi anulada).
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12
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001375095B4C91529/Nota%20T%C3%A9cnica%20n%C2%BA%2
0184_2012_CGRT.pdf
13
Com isso, o gabarito da questão seria (E). O edital do concurso foi publicado antes da alteração interpretativa
veiculada pelo MTE.
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14
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Orientações Jurisprudenciais da SBDI 1 e 2 do TST. 3 ed. São
Paulo: Atlas, 2012, p. 46.
CLT. O antigo item II foi cancelado e o item I foi inserido na Súmula com item II.
Além disso, novos itens foram inseridos no verbete.
O item I da Súmula 437, inicialmente, faz menção à Lei 8.923/94. Esta lei
acrescentou o § 4º ao art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
prescrevendo sanção a ser aplicada em caso de descumprimento do disposto no
caput do referido artigo.
CLT, art. 71, § 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo15, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o
período correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento sobre
o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
15
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo
acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)
minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT,
com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando
não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo
intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo
de outras parcelas salariais.
Nos casos em que seja desrespeitado o intervalo mínimo exigido por lei caberá
o pagamento da totalidade do período, como vimos acima.
Este item trata da natureza desta parcela, que, segundo a redação da Súmula,
é salarial. Neste aspecto, percebam que a própria CLT não fala de indenizar, e sim
de remunerar:
CLT, art. 71, § 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o
16
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 11ª Ed. São Paulo: LTr, 2012, p. 879.
Assim, temos:
Não há obrigatoriedade de
Igual ou inferior a 04 horas concessão de intervalo intrajornada
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SUM-428 SOBREAVISO
O uso de aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, “pager” ou aparelho
celular, pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso, uma
vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer
momento, convocação para o serviço.
SUM-428 SOBREAVISO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA
CLT
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela
empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso.
II – Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distancia e submetido
a controle patronal por instrumentos telemáticos ou
informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente,
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o
período de descanso.
17
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 340.
18
CLT, art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-aviso e de prontidão,
para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala
organizada.
(...)
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro
horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário
normal.
Assim como frisamos ao comentar o item I, não basta que o empregado utilize
meio de comunicação da empresa para configurar o sobreaviso: deve haver
algum tipo de restrição de locomoção, como o regime de plantão.
Seguem abaixo dois julgados cuja leitura ajuda a fixar este entendimento:
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CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
19
CLT, art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
Para quem sente muita dificuldade com números, não há motivo para
desespero: não encontrei nenhuma questão anterior exigindo cálculos
trabalhistas. O mais importante é lembrar-se da literalidade da Súmula.
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CLT, art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas
bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias
úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de
trabalho por semana.
Considerando o sábado como “dia útil não trabalhado”, ele não entrará no
cálculo do divisor. Neste caso o divisor será 180 (item II, a), ou 220 (item II, b).
A atual redação da Súmula 124, especificamente seu item I, é mais
benéfica ao empregado. Com efeito, se o sábado for considerado dia de descanso
remunerado, haverá repercussão de horas extras habituais em sua remuneração.
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Segue abaixo trecho da obra de Mauricio Godinho Delgado 20, que sintetiza
esta diferenciação:
20
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 1401.
21
CF/88, art. 37, X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
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A duração máxima dos CCT e ACT foi definida pela Consolidação das Leis do
Trabalho como sendo de 2 anos:
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Ultratividade, no caso, seria a cláusula da CCT ou ACT continuar aplicável mesmo depois de expirada a
vigência do diploma coletivo que originalmente a previa.
23
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 1413-1414.
24
CARVALHO, Augusto César Leite de; ARRUDA, Kátia Magalhães; DELGADO, Mauricio Godinho. A Súmula
Nº 277 e a Defesa da Constituição. Disponível em < http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/
bitstream/handle/1939/28036/2012_sumula_277_aclc_kma_mgd.pdf?sequence=1>
27
CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado,
sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
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A redação original da Súmula não foi alterada. Neste caso o que houve foi a
inclusão do item III no verbete.
Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
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SUM-10 PROFESSOR
É assegurado aos professores o pagamento dos salários no período de férias
escolares. Se despedido sem justa causa ao terminar o ano letivo ou no curso
dessas férias, faz jus aos referidos salários.
(...)
---------------------------------------
Esta Súmula trata dos requisitos que viabilizam a equiparação salarial entre
equiparando (ou paragonado) e o paradigma (ou espelho).
A alteração de 2012 incidiu apenas sobre a redação do item VI, que trata da
equiparação em cadeia:
remoto.
28
CLT, art. 237 - O pessoal a que se refere o artigo antecedente [do serviço ferroviário] fica dividido nas
seguintes categorias:
b) pessoal que trabalhe em lugares ou trechos determinados e cujas tarefas requeiram atenção constante;
pessoal de escritório, turmas de conservação e construção da via permanente, oficinas e estações principais,
inclusive os respectivos telegrafistas; pessoal de tração, lastro e revistadores;
d) pessoal cujo serviço é de natureza intermitente ou de pouca intensidade, embora com permanência
prolongada nos locais de trabalho; vigias e pessoal das estações do interior, inclusive os respectivos telegrafistas.
(...)
(...)
Em que pese o fato, a Súmula dispõe que a não concessão do intervalo fará
com que o empregador seja obrigado a indenizar o período de repouso não
concedido, nos termos do art. 71, § 4º.
ANEXO 2
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS
1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos
trabalhadores que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como
aqueles que operam na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as
realizadas:
--------
-------
Com efeito, incluiu-se uma ressalva à última exceção do item VI, deixando
claro que considera-se “irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença
de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os
empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do
paradigma imediato”.
29
RESENDE, Ricardo. Op. cit,. p. 547.
30
SUM-76 HORAS EXTRAS (cancelada)
O valor das horas suplementares prestadas habitualmente, por mais de 2 (dois) anos, ou durante todo o
contrato, se suprimidas, integra-se ao salário para todos os efeitos legais.
Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI
alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT
divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal
organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho,
excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de
direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato
administrativo da autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada pela Res.
104/2000, DJ 20.12.2000)
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o
tempo de serviço na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA
102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma
exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando
se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ
09.12.2003)
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial,
reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o
pedido se relacione com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-
GB 27.11.1970)
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a
função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos
salários do paradigma e do reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ
25.09.1980)
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a
circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial
que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem
pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior;
b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se
o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou
extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma
remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência
Além disso, fazendo uso da modulação dos efeitos da sentença, o STF decidiu,
ainda, que o prazo prescricional de 5 anos somente valeria para os casos posteriores
à sua decisão, sendo que, para os casos antigos, ainda valeria o prazo que se
consumar primeiro: ou 30 anos do início da contagem do prazo; ou 5 anos a partir
da decisão.
Houve uma alteração, ao final do verbete, para deixar mais clara sua redação
e reafirmando que tais períodos representam tempo à disposição do empregador,
qualquer que seja a atividade desenvolvida pelo empregado.
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31
SUM-117: Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os empregados de estabelecimento de
crédito pertencentes a categorias profissionais diferenciadas.
32
OJ-SDI1-38: O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está diretamente
ligada ao manuseio da terra e de matéria-prima, é rurícola e não industriário, (...) pouco importando que o
fruto de seu trabalho seja destinado à indústria (...)
6. Conclusão
Bom pessoal,
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação
salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica,
cuja aferição terá critérios objetivos.
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo
da equiparação salarial.
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as
diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o
ajuizamento.
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se,
em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que,
comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana.
SUM-10 PROFESSOR
É assegurado aos professores o pagamento dos salários no período de férias
escolares. Se despedido sem justa causa ao terminar o ano letivo ou no curso
dessas férias, faz jus aos referidos salários.
SUM-428 SOBREAVISO
O uso de aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, “pager” ou aparelho
celular, pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso, uma
vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer
momento, convocação para o serviço.
Para os empregados a que alude o art. 5833, caput, da CLT, quando sujeitos a 40
horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 para o cálculo do valor do
salário hora.
33
CLT, art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com
redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não
concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para
repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV – Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o
gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a
remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra,
acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º, da
CLT.
SUM-438 INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DO EMPREGADO. AMBIENTE
ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA CLT. APLICAÇÃO
ANALÓGICA.
O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos
termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara
frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da
CLT.