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DIREITO DO TRABALHO II

BIBLIOGRAFIA

- CONSTITUIÇÃO FEDERAL;
- CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO;
- CURSO DE DIREITO DO TRABALHO, Alice Monteiro de
Barros;
- CURSO DE DIREITO DO TRABALHO, José Cairo Júnior;
- CURSO DE DIREITO DO TRABALHO, Maurício Godinho
Delgado.

PROFESSOR: Francisco Valdece Ferreira de Sousa


valdece@fvadvogados.adv.br
Aula nº 01

I - FORMAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.


01.- INTRODUÇÃO.
O contrato de trabalho, um negócio jurídico como outro qualquer,
tem origem em determinado momento, é cumprido no todo ou em
parte, sofre, eventualmente, alterações de ordem objetiva ou
subjetiva, e, extingue-se.

02.- OBRIGATORIEDADE DO CONTRATO DE


TRABALHO.
O contrato de trabalho tem peculiaridades que o distingue dos
demais tipos de contrato, contudo, a exemplo dos demais, tem como
ponto nuclear a vontade das partes, razão pela qual, inexistindo
vício ou defeito que macule sua existência ou validade, obriga os
contratantes, empregado e/ou empregador, a respeitar e cumprir o
que for pactuado.
I - FORMAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
03.- O CONTRATO DE TRABALHO EM COMPARAÇÃO COM O
CONTRATO CIVIL.

Pontos comuns:
- Ajuste de vontade (Tácito ou expresso);
- Obrigatoriedade quanto ao cumprimento do ajustado;
- Objeto principal e acessórios (Tipo de serviço, local em que será cumprido, etc.);

Pontos de diferenciação:
- Cláusulas pré-determinadas por força de lei (Férias remuneradas, 13º salário, FGTS,
extensão máxima das jornadas de trabalho, etc.)

Formalidades especificas:
> Assinatura da CTPS e inscrição do contrato no Livro de Registro de
Empregados;
> Emissão de comunicado de contratação ou dispensa ao Ministério do Trabalho
(CAGED);
> Recolhimento de contribuição previdenciária e depósitos fundiários (FGTS).
I - FORMAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
04.- DO NÃO CUMPRIMENTO DAS
FORMALIDADES
ESPECÍFICAS DESSE TIPO DE CONTRATO.
A inexistência de registro do contrato de trabalho na CTPS do
trabalhador e ou no Livro de Registro de Empregados, a não inclusão
do contrato de trabalho no CAGED e o não recolhimento das
obrigações decorrentes do contrato de trabalho não o tornam
inexistente ou nulo.

05.- EXIGÊNCIA DE EXPERIÊNCIA


PRÉVIA.
Nos termos do que dispõe a Lei 11.644/2008, é vedado ao
empregador exigir do candidato ao emprego comprovação de
experiência no mesmo serviço por tempo superior a 06 (Seis) meses,
sendo permitido contudo, que o empregador a exija em casos
específicos, quando manifesta a necessidade de maior experiência
para o exercício de determinado cargo ou função.
I - FORMAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
06- MOMENTO E LOCAL DA FORMAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO.
O contrato de trabalho se inicia com a manifestação tácita ou expressa da
vontade das partes, restando certo, contudo, que esse contrato tem início
através de uma proposta por qualquer dos interessados, que poderão
estabelecer um prazo para o início de sua vigência e o local da
prestação de serviços, informações que definirão a competência judicial
trabalhista para conhecer e julgar as controvérsias que surgirem.

Como regra geral a competência é fixada em razão do local da prestação


dos serviços, entretanto, o artigo 651, § 3º, da CLT esclarece que, em se
tratando de empregador que promova a realização de atividades fora do
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
serviços.
I - FORMAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.

07.- PRÉ-CONTRATO.
A celebração de pré-contrato não é fato comum ao cotidiano laboral, entretanto, quando
ocorre, pode suscitar dúvidas em razão de eventual pretensão indenizatória, fazendo-se
necessário verificar as regras da legislação civil em relação à proposta e à sua validade,
consideradas as exceções previstas no artigo 428 do Código Civil 2002.
A frustração completa e culposa de um contrato claramente proposto - proposta não
desqualificada pelas exceções previstas no artigo 428 do CC 2002, deixa aflorar a
obrigação de indenizar.
Descabe falar em indenização se a frustração ocorre na fase de entendimentos pré-
contratuais, uma vez que as negociações prévias são inerentes a qualquer contrato, não
se traduzindo em proposta efetiva, e, por conseguinte, não ensejando a obrigação de
indenizar.
Citar exemplo...
II- ALTERAÇÕES CONTRATUAIS.
01.-
INTRODUÇÃO.
Os conteúdos originais dos contratos de trabalho podem sofrer, durante sua
vigência, alterações classificadas como objetivas ou subjetivas. Alterações
subjetivas dizem respeito aos contratantes, que podem, eventualmente, ser
substituídos.
Dizemos objetivas as alterações feitas em relação ao conteúdo dos contratos,
tais como função, remuneração, local de trabalho, etc.

02.- ALTERAÇÕES OBJETIVA E OU


SUBJETIVAS.
Os contratos, como regra geral, podem, repita-se, sofrer alterações de forma
objetiva e ou subjetiva, sabendo-se que estas últimas dizem respeito às
modificações em relação aos sujeitos da relação contratual.
O contrato de trabalho tem uma peculiaridade que o distingue dos demais, uma
vez que as modificações em relação aos sujeitos só alcança a figura do
empregador, restrita às situações em que ocorra a chamada sucessão de
empregador.
II- ALTERAÇÕES CONTRATUAIS.
As alterações
03.- contratuais
ALTERAÇÕES de natureza objetiva
OBJETIVAS. são aquelas
DEFINIÇÃO E que alteram ou
modificam o conteúdo. do contrato contrato de trabalho, e, pela variedade,
CLASSIFICAÇÃO
estão classificadas em diversos grupos, a saber:
I - QUANTO À ORIGEM.
NORMATIVAS HETERÔNOMAS (CF/88, LEIS, MEDIDAS PROVISÓRIAS, SENTENÇAS
NORMATIVAS)
NORMATIVAS AUTÔNOMAS (INSTRUMENTOS NORMATIVOS COLETIVAMENTE NEGOCIADOS)
CONTRATUAIS UNILATERAIS (MODIFICAÇÃO UNILATERAL POR PARTE DO EMPREGADOR)
CONTRATUAIS BILATERAIS (RESULTADO DA CONJUGAÇÃO DAS VONTADES DO EMPREGADOR X
EMPREGADOR).

II - QUANTO À OBRIGATORIEDADE.
IMPERATIVAS (SÃO ALTERAÇÕES QUE SE IMPÕEM ÀS PARTES INDEPENDENTEMENTE DE SUAS
VONTADES)
VOLUNTÁRIAS (SÃO AQUELAS DECORRENTES DO EXERCÍCIO LÍCITO DA VONTADE DAS
PARTES)

III - QUANTO AO OBJETO.


QUALITATIVAS (MUDANÇA DE FUNÇÃO E OU MODIFICAÇÃO NAS ATRIBUIÇÕES DO OBREIRO)
QUANTITATIVAS (AUMENTO OU REDUÇÃO DA PRODUÇÃO, DA REMUNERAÇÃO OU DAS
JORNADAS)
CIRCUNSTANCIAIS (Modificam a situação ambiental - local de trabalho; organizativa - salário
II- ALTERAÇÕES CONTRATUAIS.

04.- ALTERAÇÕES OBJETIVAS. DEFINIÇÃO E


CLASSIFICAÇÃO.
As alterações contratuais de natureza objetivas são aquelas...
IV - QUANTO AOS EFEITOS.
FAVORÁVEIS AO TRABALHADOR (Por traduzirem patamar de direito superior ao padrão, são
normalmente válidas)
DESFAVORÁVEIS AO TRABALHADOR (Tendem a ser classificadas como ilícitas).

05.- PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS ALTERAÇÕES


CONTRATUAIS OBJETIVAS.
As alterações contratuais de natureza objetiva são reguláveis por três dos
princípios do Direito do Trabalho, quais sejam:
I - Princípio da inalterabilidade contratual lesiva.
II - Princípio do direito de resistência do obreiro.
III - Princípio do jus variandi empresarial.
➽ Fim

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