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NUTRIÇÃO APLICADA
DA TEORIA À PRÁTICA

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Eu sou nutricionista de consultório,


mestre e doutora pela USP e professora.
Desde que me formei, busquei
estratégias para conseguir proporcionar
resultados aos meus pacientes com
mais segurança. Ao decorrer dos anos
eu me frustei bastante, mas consegui
desenvolver um método que fez eu
deslanchar nos atendimentos.
E para conseguir ajudar muito mais
nutricionistas a fazerem uma prescrição
assertiva e proporcionar resultados aos
pacientes, e desenvolvi o método
Nutrição Aplicada da Teoria à Prática.
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Formulação magistral

Resolução sobre formulação pelo nutricionista

A resolução que dispõe sobre a prescrição dietética pelo nutricionista é a


resolução N° 656, de 15 de junho de 2020 que foi atualizada contemplando uma
maior gama de suplementos alimentares. No entanto, existe um limite em relação
as quantidades liberadas para prescrição pelo nutricionista, podendo está ser
ultrapassada somente por médicos e nesse caso o suplemento alimentar deixa
de ser suplemento e se torna medicamento.

A Agência nacional de vigilância sanitária (Anvisa) é responsável por


regulamentar os valores de referência dos suplementos alimentares que podem
ser utilizados pela indústria, de acordo com a instrução normativa – IN N°28, de
26 de junho de 2018. Algum tempo atrás essa mesma recomendação era
também usada por nutricionistas, porém, com a demanda de prescrição
individualizada o conselho federal dos nutricionistas (CFN) conseguiu a liberação
de suplementos alimentares a partir das recomendações de ingestão dietética
recomendada (DRI) que são mais elevadas do que as da Anvisa, facilitando
assim a adequação para o paciente.

Prescrição sublingual

Na antiga resolução sobre prescrição de suplementos alimentares não continha


de forma explícita a liberação de suplementos via sublingual, ressaltando apenas
que a administração poderia ser feita pelo trato gastrointestinal (TGI), mas a via
sublingual não está diretamente ligada ao TGI pois existem capilares sanguíneos
embaixo da língua que liberam esses suplementos diretamente na veia cava do
coração, desta forma chegando rapidamente na circulação sistêmica. Sendo
assim, algumas farmácias de manipulação não aceitavam prescrições via

Autora: Dra. Aline David


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sublingual por nutricionistas, mas de acordo a resolução N° 656, de junho de


2020 o nutricionista possui total liberdade para realizar esse tipo de prescrição.

Tipos de recomendação

Em relação as recomendações nutricionais, podem ser utilizadas as DRIs onde


existe a recomendação média de prescrição e também o limite máximo como a
UL, assim como as recomendações da Anvisa que diferem das DRIs mas no
momento atual não são mais usadas por nutricionistas. Além do mais as DRIs
propõem recomendações para todas as faixas etárias e diferentes fases da vida,
incluído desde a gestação e a infância até a velhice.

Valores diários de referência

Os valores de referência podem ser descritos de algumas formas:

• Estimated Average Requirement (EAR): que corresponde a mediana da


distribuição das necessidades do nutriente específico para indivíduos
saudáveis. Essa referência foi criada a partir da pesquisa de necessidade
de diversos nutriente, em indivíduos de diferentes idades. A partir disso já
é sabido que ela atende às necessidades de 50% da população.
• Recommended Dietary Allowances (RDA): A recomeçarão RDA deriva da
EAR, mas possui uma maior significância, pois é capaz de atingir de 97 a
98% das necessidades de indivíduos saudáveis do mesmo sexo e estágio
de vida.
• Adequate Intake (AI): a prescrição realizada a partir do AI se refere ao
valor de consumo recomendado para cada indivíduo, segundo foi
demonstrado por dados experimentais. No entanto, os valores de AI são

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utilizados quando os valores de EAR ou RDA não podem ser


determinados.
• Upper limited (UL): o valor de UL está relacionado com a quantidade
máxima que um suplemento pode ser prescrito. Porém, alguns nutrientes
não possuem esse valor e nesses casos se faz necessária a busca por
artigos científicos que utilizaram certo elemento na população alvo
(humana), por exemplo sobre qual a recomendação de cálcio para
indivíduos com osteoporose.

A partir disso, é recomendável a utilização principalmente da RDA, ressaltando


a responsabilidade que o profissional nutricionista deve ter no momento de
qualquer prescrição.

Quando realizar a suplementação?

Primeiramente se faz necessária a adequação do plano alimentar do paciente,


visto que a suplementação deve ser proposta para auxiliar no suprimento de
determinado nutriente que não pode ser alcançado através somente da ingestão
dietética. Além disso, a avaliação de exames bioquímicos é fundamental para
identificar carências nutricionais, mas os sinais e sintomas físicos também
devem ser levados em consideração, assim como medicamentos que podem
estar associados com a depleção de algumas vitaminas e minerais.

Outro ponto importante é identificar como está o processo de digestão e


absorção do paciente, pois esses processos podem impactar negativamente na
nutrição do indivíduo, por exemplo pacientes que possuem dificuldade de
digestão podem se beneficiar de suplementações via sublingual.

Autora: Dra. Aline David


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Fitoterápicos

Os fitoterápicos só podem ser prescritos por nutricionistas que apresentem a


titulação em fitoterapia, concedida apenas após aprovação em prova aplicada
pela associação brasileira de nutrição (Asbran). Além disso, existem alguns
fitoterápicos que não podem ser prescritos mesmo que o nutricionista possua a
titulação em fototerapia, eles são:
• Arctostaphylos uva-ursi Spreng. (uva-ursina);
• Cimicífuga racemosa (L.) Nutti. (cimicifuga);
• Echinacea purpurea Moench (equinácea);
• Ginkgo biloba L. (ginkgo);
• Hypericum perforatum L. (Hipérico);
• Piper methysticum G. Forst. (Kava-kava);
• Serenoa repens (Bartram) J.K Small (sawpalmeto);
• Tanacetum parthenium Sch. Bip. (tanaceto);
• Valeriana officinalis L. (Valeriana).

Excipientes

As cápsulas utilizadas para a prescrição possuem em parte o princípio ativo que


pode ser um fitoterápico, medicamento, vitamina ou mineral e são
complementadas com o excipiente, que é a quantidade suficiente para completar
(QSP), composto por uma “farinha” quando a cápsula é de substância sólida,
porém também pode ser utilizado para auxiliar na absorção do componente
principal, atuar como veículo, melhorar a estabilidade e a biodisponibilidade do
princípio ativo e a conexão dele com as células, desta forma a cápsula não fica
com espaços vazios e evita rompimento. Para mais, alguns exemplos de
excipientes mais comuns são: lactose, sacarose, amido, celulose, azeite, álcool,

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óleo de soja, óleo de coco, xilitol, manitol, sorbitol e FOS e a formulação de


excipiente mais utilizada é a composta por 30% de amido juntamente com 70%
de lactose.

Atenção com o excipiente!

Quando for realizar a prescrição da formulação é importante ressaltar qual o


excipiente que deve ser utilizado, pois quando essa informação não é explícita o
farmacêutico poderá usar algo que não seja recomendável para o seu paciente,
como por exemplo o uso de excipiente lactose para um paciente intolerante a
lactose.

Nutracêuticos

Os nutracêuticos são formulações que podem ser prescritas por nutricionistas e


são componentes que a própria farmácia padroniza, como por exemplo isolar um
componente específico de uma laranja amarga. Com isso, eles podem estudar
e avaliar esse composto frente a diferentes perspectivas, como seus efeitos em
processos de hipertrofia ou emagrecimento.

Formas químicas

De modo geral existem algumas formas químicas dos elementos para


manipulação, a partir disso podemos citar os sais inorgânicos que são os
carbonatos, sulfatos e cloretos, os sais orgânicos como lactato, gluconato,
citrato, aspartato e ascorbato e por fim os minerais quelatos que são associados
a magnésio glicina e ferro quelato, onde ocorre uma conexão com aminoácidos
proporcionando uma melhor biodisponibilidade, ou seja, se consideramos a

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absorção de ferro quelato ele não será absorvido pelos transportadores de ferro,
mas sim por transportadores de aminoácidos.

Polivitamínicos

O intestino contém proteínas transportadoras de vitaminas e minerais que


podem competir durante o processo de absorção, por isso alguns polivitamínicos
não são interessantes, visto que, devido a alta quantidade de nutrientes eles
provavelmente irão competir por absorção, resultando em má absorção de todos
eles.

Processo de absorção

A biodisponibilidade e a bioacessibilidade estão associadas ao processo de


absorção intestinal e a ação do elemento absortivo, nesse contexto se
considerarmos o resveratrol presente no suco de uva, ele certamente não será
o único componente nutricional pois estará acompanhado de vitaminas e
minerais, Sendo assim é necessária a bioacessibilidade do resveratrol, ou seja,
ele deverá estar separado dos demais nutrientes após o processo de digestão,
se tornado acessível para ser absorvido. Com isso, após o processo de
absorção, ele deverá estar biodisponível para que consiga chegar até os tecidos
do corpo e se conectar com as proteínas celulares, para realizar a sua função
biológica.

Quais formas o nutricionista pode prescrever?

Autora: Dra. Aline David


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A prescrição de suplementos alimentares por nutricionistas pode ser realizada a


partir de vias associadas ao sistema digestório, não incluindo desta forma
tópicos, injetáveis e inaláveis. Além disso, a recomendação pode estar na forma
de cápsulas, pó, tablete, pastilhas, goma, gel, drágea, filme orodispersível,
líquido, spray, gomas e chocolates.

Cápsulas

No mercado farmacêutico existem diversos tamanhos de cápsulas e dentre os


mais usados estão as que possuem capacidade de 10mg a 1000mg, mas vale
ressaltar que a escolha do tamanho da cápsula é feita pelo farmacêutico.
Ademais, a gelatina, o Agar-Agar e a tapioca podem ser utilizadas como
composição do excipiente e o revestimento da cápsula pode ser incolor, colorido
ou opaco. Dentre as informações que devem ser acrescentadas na prescrição,
é necessário especificar se a cápsula será gelatinosa ou isenta de lactose por
exemplo, visando sempre a melhor opção para o seu paciente.

Via de administração sublingual

Quando ocorre a administração via oral, o elemento passará por todo trato
gastrointestinal e após absorção chegará ao fígado através do sistema porta
hepático, com isso o fígado irá metabolizar esse nutriente, ou seja, prepará-lo
para eliminação fazendo com que parte dele seja perdida, esse processo é
chamado de efeito de primeira passagem. Sendo assim, a administração através
da via sublingual se faz considerável, visto que não passará por esse
metabolismo hepático pois o nutriente alcançará primeiro os vasos sanguíneos
do coração e chegará rapidamente na circulação sistêmica, devido a sua
velocidade de absorção.

No entanto, não é possível realizar todas as prescrições via sublingual, pois a


dosagem limite é de até 100mg e além disso, alguns pacientes relatam
desconforto quanto ao seu uso, podendo provocar irritação ou fricção nos

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dentes, com isso a utilização dessa via deve ser priorizada para nutrientes
específicos em casos de carência nutricional por exemplo. Para mais, as
vitaminas mais comumente administradas através da via sublingual são:
complexo B especialmente B12, A e D.

Filme orodispersível

O filme orodispersível é semelhante a uma fita de espessura bem fina que é


dissolvida quando entra em contato com a língua, por conta disso seu uso se faz
considerável para pacientes que não conseguem ou possuem dificuldade para
engolir cápsulas, porém a dose máxima permitida é de até 60mg. Em relação a
composição, o filme é constituído por polímeros de carboidratos como o
hidroxipropilmetilcelulose ou a maltodextrina, mas vale ressaltar que se o
paciente tiver alguma intolerância como os celíacos por exemplo, essa
informação deve estar contida na prescrição.

Recomendação de b12 intramuscular

Alguns trabalhos abordam a diferença de absorção entre as vias sublingual e


oral para a vitamina b12 (cobalamina), através disso foi possível avaliar que a
taxa de absorção é semelhante entre elas, logo a escolha da via de
administração vai depender do que for melhor para cada paciente. Além disso,
estudos apontam que a terapia sublingual é tão boa quanto à intramuscular, e
deveria ser considerada como primeira opção por exemplo em casos de
pacientes veganos, pois geralmente possuem depleção de vitamina b12 em
algum momento, por conta disso é recomendada por médicos a injeção
intramuscular de vitamina b12.

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Como realizar prescrição

O primeiro item que deve ser adicionado na prescrição é o princípio ativo,


seguido de qual será o excipiente qsp, não havendo necessidade da quantidade
do mesmo e por último e de forma opcional qual será o revestimento da cápsula.

Exemplo de prescrição de minerais:

À Maria Branco 25/05/2020

1) Fórmula minerais
• Magnésio (aspartato):........ 100mg
• Cálcio (citrato malato):....... 200mg
• Zinco (quelato):.......…........20mg
• Manganês (quelado):.........3mg
• Ferro (quelado):.................40mg

Quantidade para 01 dose. Aviar 30 doses em cápsula vegetais isentas de


lactose. Se necessário fazer qsp da fórmula com Fibregum B.

Posologia: tomar 1 vez ao dia, no café da manhã.


Período: 30 dias

Nome, assinatura e carimbo

Local – endereço, telefone, e-mail, website

Como pode ser observado nesse exemplo, a quantidade para 1 dose e a


quantidade de doses que nesse caso foram 30, são informações essenciais para
a prescrição e poderia se limitar somente a elas, no entanto para uma
recomendação mais individualizada vale ressaltar o tipo de qsp desejado e a

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isenção de algum elemento caso seja necessário. Além disso, a posologia se


refere a forma que o paciente irá administrar a prescrição, sendo 1 ou mais vezes
ao dia em horários específicos ou não.

Sendo assim, o nome, assinatura e carimbo do profissional são imprescindíveis


para a validação da prescrição e também devem ser adicionadas informações
do nutricionista, como endereço do local de atendimento, telefone, e-mail e
outros. Além do mais, a data da prescrição também é de suma importância para
que a fórmula não seja refeita sem o consentimento do profissional.

Quantidade dietética x prescrição

Para realizar qualquer prescrição é importantíssimo avaliar primeiramente a


quantidade das vitaminas e minerais que estão sendo ingeridos a partir da
alimentação, para depois realizar a prescrição. Isso é necessário devido a razão
segura que existe entre alguns elementos, por exemplo se consideramos o
excesso de cálcio, existe uma razão segura entre o cálcio e o zinco e deve ser <
200, logo se tiver 400mg de cálcio e 1mg de zinco a razão Ca/Zn será de 400 e
isso não pode acontecer. Além disso, também deve ser considerada a razão de
risco, que entre o cálcio e o magnésio por exemplo é maior ou igual a 8. Essas
razões devem ser sempre avaliadas, visito que o excesso de alguns nutrientes
pode causar danos graves no organismo do indivíduo, como a calcificação de
veias e artérias decorrentes do excesso de cálcio.

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Vitamina B1 (tiamina)

A vitamina B1 também conhecida como tiamina não possui quantidade definida


de UL, devido a isso a recomendação deve se basear nas evidências científicas
para estipular a quantidade máxima de recomendação e em relação a DRI, a
quantidade é de 1,2mg para adultos.

Forma de prescrição:
Para realização da prescrição da tiamina as duas formas mais adequadas, com
boa bioacessibilidade e biodisponibilidade são cloridrato de tiamina e
benfotiamina.

Metabolismo da B1

A vitamina B1 está associada com a atividade de duas enzimas importantes,


sendo elas a piruvato desidrogenase e a alfa-cetoglutarato desidrogenase. Além
disso, a tiamina pode se combinar com o mineral fosfato se tornado tiamina
pirofosfato (TPP) e fazer parte do complexo piruvato desidrogenase, com isso
ela atua com grupamentos enzimáticos importantes para a produção de energia,
mas as outras vitaminas do complexo B também são essenciais para os
processos de geração de energia, ou seja, formação de ATP. Sendo assim, é
fundamental sua suplementação para pessoas que tenham sintomas de cansaço
ou atletas que necessitam de mais energia por exemplo.

Tiamina dietética

A vitamina B1 quando ingerida através da alimentação, será quebrada pelas


enzimas fosfatases intestinais e se torna tiamina livre para absorção.

Tiamina e atletas de endurance

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Em estudos que realizaram a suplementação de tiamina em atletas de


endurance foi possível verificar um maior efeito anti-fadiga, e já é sabido que a
fadiga prejudica de certa forma o desempenho atlético, logo se consideramos
atletas de ciclismo ou corrida o seu uso seria significativo.

Tiamina e obesidade

Pacientes com obesidade apresentam geralmente carência nutricional de


vitamina B1, especialmente os que realizaram cirurgia bariátrica, cerca de 15,5
a 29%.

Pacientes com recomendação de tiamina

De acordo com os aspectos abordados sobre a vitamina B1, possíveis pacientes


alvo que poderiam se beneficiar com sua suplementação seriam:
• Etilistas: pois pacientes que ingerem álcool de modo crônico certamente
irão apresentam deficiência de diversas vitaminas;
• Atletas e desportivas que pratiquem exercícios físicos extenuante regular;
• Sintoma de fraqueza e ou fadiga;
• Pacientes que utilizam diuréticos de alça: porque ocorre uma depleção
maior de vitamina B1;
• Gestantes;
• Bariátricos.

Vitamina B2 (riboflavina)

Assim como a tiamina, a vitamina b2 também não possui valor de UL, por conta
disso se faz necessária a busca por artigos científicos com evidência para definir
os valores de uso. De acordo com as DRIs a recomendação para adultos
homens é de 1,3mg e mulheres 1,1mg.

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Formas de prescrição:

A melhor forma de prescrição da tiamina é realizada como cloridrato de


riboflavina.

Limite de absorção da B2

Segundo estudos existe um limite intestinal de absorção da riboflavina, sendo


apontado o limite máximo de 30mg por dose para absorção, quando necessário
essa quantidade. Isso ocorre devido aos transportadores de riboflavina que
apresentam certo limite absortivo.

B2 e metabolismo

A vitamina B2 é necessária para a formação de FAD no metabolismo energético


celular, e ela por sua vez é responsável por transportar moléculas de hidrogênio
durante esse processo.

B2 e ferro

A riboflavina auxilia na conversão do ferro férrico (Fe3+) em ferro ferroso (Fe2+).


Nesse contexto, a literatura já demonstra que para ocorrer boa absorção do ferro
ele necessita estar na forma de ferro ferroso (Fe2+), sendo considerável sua
avaliação em pacientes com deficiência de ferro por exemplo.

B2 e homocisteína

No organismo humano ocorre o metabolismo de algumas vitaminas do complexo


B que estão associadas com a homocisteína (Hcy) e a elevação de Hcy está
associada com uma maior tendência a doenças cardiovasculares, logo, não seria
benéfico o paciente ter elevação de Hcy. Além disso, alguns pacientes
apresentam polimorfismo de um único nucleotídeo e onde deveria ser uma

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cisteína se encontra uma timina. Por conta disso, não ocorre corretamente a
ação da enzima metileno-tetrahidrofolatoredutase (MTHFR) que faz a conversão
do ácido fólico em folato e consequentemente a conversão de Hcy em metionina
será prejudicada, provocando elevação da Hcy plasmática no indivíduo. Sendo
assim, a literatura aponta que a suplementação de 1,6mg de B2 para esses
pacientes promove melhora significativa na redução de Hcy.

Ademais, em estudo realizado com indivíduos que possuem hipertensão arterial


e mal funcionamento da MTHFR, foram suplementados com vitamina B2 e
obtiveram como resultado redução de até 13 mmHg em pressão arterial sistólica.

Pacientes com recomendação de B2

Dentre os pacientes que seria importante receber a suplementação de B2 podes


citar:
• Hiperhomocisteinemia;
• Polimorfismo para MTHFR;
• Atletas e desportistas que praticam exercício físico extenuante regular;
• Cefaleia;
• Etilistas;
• Contraceptivos orais: pois esses medicamentos costumam provocar
depleção de vitaminas do complexo B.

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Vitamina B3 (niacina)

A niacina possui diferença entre as quantidades de recomendação para adultos


segundo a DRI, sendo de 16mg para homens e 14mg para mulheres e em
relação a UL, é de 35mg para adultos.

Formas de prescrição

As melhores formas de prescrição da vitamina b3 são niacina, nicotinamida e


hexaniacinato de inositol.

Função da b3

A vitamina b3 é necessária para síntese de NAD no metabolismo energético.

Niacina e metabolismo lipídico

A vitamina b3 promove redução na formação de triacilglicerol (TAG), VLDL, LDL


e aumento da quantidade de HDL, consequentemente a isso estimulando
melhoria do perfil lipídico e redução da aterogênese. Além do mais, foi realizado
um estudo com pacientes que apresentavam baixo HDL e faziam uso de
estatina, o grupo controle composto por 1718 participantes foi submetido a
suplementação de 1500 à 2000mg de niacina por dia, vale ressaltar que todos
os pacientes do grupo controle já utilizavam de 40 à 80mg de estatina e 10mg
de ezetimiba. Após suplementação os participantes apresentaram aumento de
HDL de 35 mg/dL para 42 mg/dL e redução de triglicerídes (TG) de 164 mg/dL
para 122 mg/dL.

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Flush da niacina

A niacina possui uma propriedade de aumentar a vasodilatação e isso acontece


porque na membrana plasmática nós temos os fosfolipídios de membrana e
existe uma enzima chamada fosfolipase A2 que desempenha atividade
importante fisiologicamente e está associada com a via de produção do ácido
araquidônico, uma ativação de enzimas cicloxigenases (COX) que possuem
relação com a inflamação, especialmente a COX do tipo 2. Mas de modo geral,
quando ocorre a produção de ácido araquidônico, são formadas prostaglandinas
e prostaciclinas que estão associadas com vasodilatação, logo, chegará mais
sangue e o indivíduo ficará com flush que seria o aspecto de vermelhidão,
sensação de queimação e formigamento, isso acontece de 20 minutos a 1 hora
após a ingestão da niacina e acomete certa de 50% das pessoas que fazem uso
da versão de niacina com flush. Sendo assim, no momento da prescrição é
importante ressaltar a informação de no flush.

Vitamina b3 e diabetes

Evidências científicas já ressaltaram que pacientes diabéticos reduzem a


sensibilidade à insulina por conta da niacina, o que pode estar associado com a
hiperglicemia desse indivíduo. Sendo assim, se o paciente for diabético e
apresentar dislipidemia a dosagem deve ser muito bem avaliada para não causar
prejuízos na glicemia.

Retinopatia diabética e catarata

A utilização de vitamina b3 deve ser cautelosa em pacientes que apresentem


retinopatia diabética ou estão em pós cirúrgico de catarata, pois a niacina pode
provocar efeitos negativos no globo ocular devido a vasodilatação.

Pacientes com recomendação de b3

A vitamina b3 pode ser recomendada para os seguintes pacientes:

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• Alteras e desportistas que pratiquem exercício físico extenuante regular;


• Hipertrigliceridemia;
• Dislipidemia associada a baixos níveis de HDL-c.

Vitamina B6

A prescrição de vitamina B6 segundo a DRI é de 1,3mg para adultos e de acordo


com a UL é de 100mg adultos.

Formas de prescrição

Para a recomendação da vitamina B6 é importante utilizar as formas de


piridoxina ou piridoxal-5-folato.

Ciclo B6 e ácido fólico

A vitamina B6 participa do ciclo do ácido fólico após ele ser convertido em


tetrahidrofolato (THF). Desta forma, a vitamina b6 irá auxiliar na conversão de
THF que se tornará posteriormente em 5-metilfolato, e essa molécula está
associada com a conversão de homocisteína em metionina. Sendo assim, é
possível compreender que existe todo um ciclo para a produção de metionina,
que exige participação ativa das vitaminas do complexo B, evitando assim a
elevação de homocisteína.

Vitamina b6 e diabetes tipo 1

Os pacientes diabéticos do tipo 1 normalmente possuem uma reação autoimune,


embora isso não seja uma regra, mas nesses casos é apresentado anti-gad
(GAD65) no plasma sanguíneo do paciente, devido a lesão de células beta
pancreáticas em decorrência do processo autoimune. Posto isto, a vitamina b6

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está associada com a via de GAD65 e em casos de deficiência dela ocorrerá


aumento na produção de GAD65. Além disso, a ingestão de álcool e o uso de
contraceptivos orais podem causar depleção de piridoxina.

Ademais, a desregulação do ciclo circadiano e o estresse excessivo podem ser


fatores que aceleram a ocorrência de diabetes tipo 1, em pacientes já
predispostos à doença.

Vitamina b6 e oncogênese

Através da literatura já foi verificado que a suplementação de vitamina b6 está


associada com oncogênese, aumento e progressão dos tumores.

Pacientes com recomendação de vitamina b6

Os pacientes que podem ser beneficiar com a utilização da suplementação de


vitamina b6 são:
• Hiperhomocisteinemia;
• Contraceptivos orais;
• Etilismo;
• Inflamação crônica de baixo grau.

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Vitamina b12 (cobalamina)

A prescrição de vitamina b12 segundo as DRIs é de 2,4mcg para adultos e ela


não possui valor de UL, por conta disso a busca por evidências científicas se faz
necessária.

Formas de prescrição

As formas mais adequadas de prescrição da cobalamina são S-Adenosil-


cobalamina ou metilcobalina.

Grupos de risco para cobalamina

Os grupos de risco que apresentam deficiência de vitamina b12 mais


frequentemente são veganos ou vegetarianos, pacientes com uso de
metformina, anemia perniciosa, gestantes e outros.

Metformina e antiácidos

Em estudo de meta análise foi avaliado que a utilização de metformina está


fortemente associada com depleção de vitamina b12. Além disso, outra meta
análise apontou que o uso de antiácidos também eleva a depleção de
cobalamina, pois esses medicamentos deixam o PH estomacal menos ácido e
evita que ocorra a produção de fator intrínseco, que é essencial para a absorção
da vitamina b12.

Administração de b12 sublingual

Quando se diz respeito a via de administração de vitamina b12, trabalhos


comentam que a administração de cobalamina por via oral ou lingual por um
período de 8 semanas não apresentou diferença estatística a respeito da

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absorção, sendo assim a forma de administração vai depender do que for melhor
para cada paciente.

Cognição, funções cerebrais e idosos

A vitamina b12 está associada positivamente com a cognição, função cerebral e


indivíduos idosos, devido a isso é considerável sua prescrição para esses
pacientes.

Prescrição de vitamina B12

A recomendação de vitamina b12 pode promover efeitos benéficos para os


seguintes pacientes:
• Vegetarianos/veganos;
• Antiácidos;
• Hiperhomocisteinemia;
• Bariátricos;
• Anemia perniciosa
• Idosos.

Vitamina B9 (ácido fólico)

A vitamina B9 possui recomendação de 400mcg para adultos segundo a DRI e


1mg para adultos de acordo com a UL.

Forma de prescrição

As formas de prescrição mais comuns da vitamina B9 são como ácido fólico, 5-


metil-folato e ácido folínico.

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Homocisteína e B9

O ácido fólico assim como outras vitaminas do complexo B também atua de


forma expressiva no ciclo da homocisteína, evitando assim que ela se encontre
elevada.

Polimorfismo da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR)

O polimorfismo na enzima MTHFR consequentemente causado por uma


alteração da cisteína, sendo substituída por uma timina na posição do gene
C677T (rs1801133), irá causar uma modificação onde será substituída uma
alanina por uma valina, por conta disso será reduzida a estabilidade térmica da
enzima, impedindo que seja produzida a 5-metil-tetrahidrofolato. Além disso, o
componente metil da 5-metil-tetrahidrofolato é importante para a transformação
da homocisteína em metionina. Sendo assim, se não ocorre essa transformação,
terá um aumento de homocisteína resultando em uma homocisteínemia que é
capaz de provocar no feto de gestantes defeitos no tubo neural, síndrome de
Down, aterosclerose e alterações vasculares.

Outros benefícios da B9

A vitamina B9 é capaz de promover efeitos positivos em indivíduos com autismo,


estomatite, anemias, metabolismo muscular, modulação epigenética entre
outros.

Periconcepção e B9

Diversos estudos apontam que a suplementação acima de 1mg/dia de vitamina


b12 em mulheres no período antes da concepção do feto, pode resultar em
bebês de baixo peso e baixa estatura ao nascer. Com isso, a suplementação de
ácido fólico deve seguir o recomendado para cada trimestre da gestação, sendo
em média 400mcg para o primeiro trimestre por exemplo.

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Contraceptivos e depleção de B9

Os contraceptivos orais promovem significante depleção de vitamina B9 e por


conta disso, é importante que as mulheres que querem engravidar, façam a
suplementação quando utilizam anticoncepcional.

Pacientes com recomendação de folato

Os pacientes que podem ser beneficiados com a suplementação de vitamina B9


são:
• Gestantes;
• Tentantes;
• Anticoncepcional oral;
• Hiperhomocisteinemia;
• Doença cardiovascular;
• Resfriados e anti-oxidante: ainda existem poucas evidências.

Vitamina b7 (biotina)

A vitamina b7 possui recomendação de 30 mcg segundo as DRIs e não possui


valor de UL, por conta disso devem ser buscadas evidências científicas quanto
a sua quantidade de prescrição.

Forma de prescrição

A forma de prescrição mais significativa da vitamina b7 é como biotina.

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Metabolismo energético

No metabolismo energético ocorrem diversas reações enzimáticas que


necessitam da biotina para ocorrer, sendo algumas delas o ciclo de krebs,
fosforilação oxidativa, via glicolítica e a oxidação de ácidos graxos.

Cabelo e biotina

Apesar da grande popularidade entre a biotina e a saúde capilar, não existem


comprovações
científicas que demonstrem o crescimento capilar a partir da utilização de
vitamina b7 até o momento.

Gestação e lactação

As fases de gestação e lactação podem alterar marcadores da vitamina b7 em


mulheres, visto que a necessidade por biotina está aumentada nessas fases,
estudos apontam que a quantidade necessária seria maior do que 57mcg/dia.

Biotina e colesterol

Segundo a literatura, a suplementação de vitamina b7 é capaz de promover


redução de triacilglicerol e VLDL em pacientes diabéticos do tipo 2 e não
diabéticos também, esses efeitos foram alcançados com doses de 5mg por dia.

Super doses de biotina

As altas doses de vitamina b7 no tratamento secundário de esclerose múltipla


pode interferir no metabolismo do hormônio tireoidiano (HT) e TSH, pois toda vez
que ocorre a utilização de biotina ela pode alterar a dosagem plasmática de TSH,
por promover alteração nos componentes enzimáticos do imunoensaio,
impedindo que os resultados verdadeiros de TSH e HT sejam observados,
resultado em falso negativo para TSH e falso positivo para HT. Devido a isso,

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em pacientes com hipo ou hipertireoidismo é necessário suspender a utilização


de biotina ao menos 1 semana antes da realização do exame.

Pacientes com recomendação de vitamina b7

A suplementação de biotina deve ser recomendada quando:


• Unhas fracas e cabelos fracos: sem evidência ainda.
• Gestantes;
• Atletas e desportistas que pratiquem exercícios físicos;
• Dislipidemia, especialmente a hipertrigliceridemia.

Vitamina B5

A vitamina B5 possui recomendação de 5mg segundo as DRIs para adultos e


não contém recomendação de acordo com a UL, por conta disso é essencial a
busca por evidências científicas.

Forma de prescrição

A forma de recomendação que deve ser utilizada é como pantotenato de cálcio.

Colesterol e vitamina B5

A vitamina B5 está associada com o LDL e o não HDL colesterol, segundo


evidência científica, após 16 semanas de suplementação com doses de
600mg/dia foi possível verificar possível inibição da enzima HMG-Coa redutase
que está associada com a produção de colesterol hepático, consequentemente
promovendo melhoria do HDL e redução do LDL.

Pacientes com recomendação de vitamina B5

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Os possíveis pacientes que podem se beneficiar da suplementação de vitamina


B5 são:
• Atletas e desportistas que pratiquem exercício físico;
• Dislipidemia, especialmente com elevação de LDL.

Vitamina C

A vitamina C possui recomendação de 75mg para mulheres e 90mg para


homens adultos segundo as DRIs e 2000mg para adultos de acordo com a UL.

Formas de prescrição

As formais de recomendação mais efetivas da vitamina C são: ácido ascórbico


e vitamina C revestida, está que por sua vez possui revestimento de etilcelulose
para resistir ao pH ácido do estômago e proporcionar uma absorção mais
adequada.

Absorção de vitamina C

No lúmen intestinal ocorre uma absorção saturável de vitamina C contemplando


cerca de 200mg, isso acontece devido a saturação da proteína transportadora
de vitamina C (SVCT-1). Por conta disso, se o indivíduo necessitar de uma
suplementação de 2000mg por exemplo, ela deve ser fracionada ao longo do
dia.

Vitamina C e imunidade

A vitamina C possui atividade benéfica para auxiliar o sistema imunológico,


porém ela sozinha não é capaz de elevar a imunidade de um indivíduo, pois para

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que isso aconteça é necessária a atuação de diversas células juntamente com


inúmeros nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais.

Sendo assim, a vitamina C é capaz de promover aumento da fagocitose de


micro-organismos, que acontece quando as células imunológicas macrófagos,
digerem o elemento invasor. Nesse contexto, durante o processo de fagocitose
ocorre a formação de espécies reativas de oxigênio para combate ao patógeno
e a vitamina C também atua nesse processo, assim como no processo de
apoptose.

Vitamina C e resfriados

Apesar de ser muito utilizada para tal função, a vitamina C não é capaz de evitar
ou reduzir resfriados em indivíduos saudáveis, no entanto ela pode reduzir a
duração do mesmo. Para mais, se o indivíduo em questão for atleta ou
desportista a vitamina C pode reduzir resfriados, se os indivíduos estiverem em
condição de estresse físico intenso. Além disso, em relação aos atletas, a
recomendação não deve ser feita em grande quantidade visto que a vitamina C
é um componente antioxidante e anti-inflamatório, e essa ação pode prejudicar
as adaptações almejadas através do exercício físico como a inflamação por
exemplo, pois quando o atleta rompe fibras musculares durante a execução do
exercício, será iniciado um processo de inflamação que é fundamental para
promover adaptações musculares. Para mais, a utilização de alta dosagem de
vitamina C em atletas se limita a momentos próximos da competição ou outros
pontuais, onde ele já está muito bem adaptação e a suplementação não causará
prejuízos.

Fonte de vitamina c

As quantidades de ingestão diária de vitamina C podem ser alcançadas


facilmente através da alimentação, através de um suco de limão, laranja ou
acerola por exemplo, não sendo necessário a introdução de suplementos para
esse fim.

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Pacientes com recomendação de vitamina C

Os pacientes que podem se beneficiar da suplementação de vitamina C são:


• Atletas;
• Dor muscular intensa;
• Anemia ferropriva: pois a vitamina C está associada com a maior
biodisponibilidade do ferro;
• Contrabalancear a pró-oxidação;
• Imunodeprimidos;
• Início de gripe.

Colina

A recomendação da vitamina colina segundo as DRIs para adultos é de 550mg


para homens e 425mg para mulheres, enquanto a prescrição de acordo com a
UL é de 3500mg para adultos.

Formas de prescrição

As melhores formas de prescrição da colina se apresentam como:


fosfatidilcolina, bitartarato de colina, citrato de colina e CDP colina.

Colina e fígado

A colina está associada com a progressão da esteatose hepática não alcoólica


quando se encontra em deficiência, porém o superávit calórico, excesso de
frutose advinda de produzidos industrializados, excesso de carboidratos e
gorduras irão promover o acúmulo de gordura hepático. Além disso, a colina
pode estar associada com o fator de transcrição PPAR gama, que está

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relacionado com o metabolismo lipídico hepático, sendo assim a suplementação


de colina pode ser eficiente para esses pacientes.

Colina e neuroproteção

Existe uma importância do DHA para o cérebro especialmente para os bebês


que ainda estão em formação cerebral, nesse contexto a vitamina colina é
necessária para a entrada e permanência de EPA/DHA no cérebro.

Pacientes com recomendação de colina

A colina pode ser significativa na forma de suplementação para os seguintes


pacientes:
• Etilistas;
• Lesão hepática, especialmente esteatose;
• Dislipidêmicos;
• Alterações cognitivas e neurológicas (Parkinson, Alzheimer e esclerose).

Vitamina E

A vitamina E possui recomendação de 15mg para adultos segundo as DRIs e


1000mg para adultos de acordo com a UL.

Formas de prescrição

As formas de recomendação da vitamina E são: D-alfatocoferol, acetato de


alfatocoferol e tocotrienois.

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Vitamina E e ação antioxidante

A vitamina E possui importante ação antioxidante, inclusive para casos de


esteatose hepática e a suplementação já é protocolo estabelecido segundo a
sociedade europeia brasileira e americana de hepatologia.

Quando associadas às vitaminas C e E, elas promovem regeneração da


glutationa, que é um componente endógeno associado com a redução da
oxidação, ou seja, um agente antioxidante oxidante natural.

Vitamina E e estresse oxidativo

A utilização de vitamina E em casos de esteatose hepática não alcoólica é capaz


de promover redução dos marcadores de estresse oxidativo como o TBARS.
Além disso, ocorre também redução de enzimas hepáticas como a ALT e a
gama-GTP que estão associadas com lesão hepática, após suplementação de
300mg/dia de vitamina E durante 6 meses.

Pioglitazona x vitamina E

A pioglitazona é um medicamento utilizado para o tratamento de esteato hepatite


não alcoólica, assim como a vitamina E. Estudos apontam que a resposta ao
tratamento realizado com vitamina E ou pioglitazona, dispõe de resultados muito
semelhantes de acordo com a avaliação das enzimas ALT e AST, sendo assim
é importante ressaltar que uma vitamina pode desempenhar efeito tão positivo
quanto um fármaco.

Vitamina E e colesterol

A utilização de vitamina E pode estar associada com a redução de colesterol,


através de sua atuação sobre a enzima HMG-CoA redutase responsável pela
produção de colesterol. Além disso, a suplementação de vitamina E combinada
ao tratamento de quimioterapia pode promover benefícios significativos.

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Pacientes com recomendação de vitamina E

Os pacientes que podem se beneficiar da suplementação de vitamina E são:


• Alterações hepáticas;
• Dislipidemias;
• Inflamações.

Vitamina A

A vitamina A possui recomendação de 2.700 UI ou 900mcg para homens e


2.100UI ou 700mcg para mulheres segundo as DRIs para adultos, enquanto a
prescrição da UL para adultos é de 9.000UI ou 3.000mcg.

Forma de prescrição

As melhores formas de prescrição da vitamina A são: palmitato de vitamina A,


acetato de vitamina A e betacaroteno.

Metabolismo de carotenóides

Na mucosa intestinal e fígado principalmente ocorre a síntese de retinol (vitamina


A), isso ocorre após a ingestão de carotenos como o beta-caroteno, alfa-
caroteno ou gama-caroteno, que serão convertidos por meio da enzima beta-
caroteno-15,15-dioxigenase em retinol. Nesse contexto, o beta-caroteno
apresenta dois azeis beta ionona que serão quebrados por essa enzima
formando duas moléculas de retinol, porém em relação ao gama e alfa-caroteno
eles possuem apenas um anel beta ionona que resultará em uma molécula de
retinol apenas. Por conta disso, se faz mais considerável a prescrição na forma
de betacaroteno.

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Luteína e zeaxantina

Os componentes luteína e zeaxantina são da classe dos carotenóides e


possuem atuação eficiente quanto ao pigmento macular e a acuidade visual.
Além disso, vale ressaltar que alguns carotenóides não irão formar vitamina A,
mas também são importantes para saúde do indivíduo assim como a luteína e a
zeaxantina que podem ser prescritas por nutricionistas. Para mais, o licopeno
também é da classe dos carotenóides e possui grande evidência científica
quanto a proteção contra o câncer de próstata e risco cardiovascular.

Pacientes com recomendação para vitamina A

Os pacientes que provavelmente vão se beneficiar da suplementação de


vitamina A são:
• Acuidade visual;
• Fatores de risco cardiovascular.

Vitamina K

A vitamina K possui recomendação de 120 mcg para homens e 90 mcg para


mulheres segundo as DRIs, no entanto ela não apresenta recomendação de UL,
necessitando assim de uma busca por evidências científicas quanto a sua
dosagem.

Formas de prescrição

As formas mais efetivas para a prescrição de vitamina K são: vitamina k1,


vitamina k2 MK7 e vitamina k2 MK4.

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Calcificação e vitamina K

O excesso do mineral cálcio está associado com a calcificação de vasos


sanguíneos, devido a isso sua prescrição nunca deve ser feita sozinha. Sendo
assim, já é sabido que os pacientes que possuem quantidades suficientes de
vitamina K apresentam menos calcificação, em contrapartida aos pacientes que
apresentam insuficiência de vitamina K, que demonstram mais calcificação.

Vitamina K e osteoporose

Para que aconteça a mineralização óssea a célula osteoblasto estimula a


formação de osso e o osteoclasto estimula a quebra da matriz óssea. Sendo
assim, estudos apontam que em mulheres jovens e idosas a carência de
vitamina K está associada à redução na densidade da matriz óssea, além disso
a suplementação associada ao cálcio e vitamina D promove melhores
resultados.

Pacientes com recomendação de vitamina K

A recomendação de vitamina K se faz eficiente para os seguintes pacientes:


• Osteopenia/osteoporose;
• Aterosclerose;
• Calcificação de vasos.

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Vitamina D

A recomendação de vitamina D segundo as DRIs é de 15 mcg ou 600UI para


adultos e 100 mcg ou 4.000UI para adultos de acordo com os valores de UL.

Formas de prescrição

As formas mais eficientes de prescrição da vitamina D são: D2(ergocalciferol) e


D3(colecalciferol).

Metabolismo de vitamina D

A vitamina D2 e D3 será convertida de forma hepática através da enzima


CYP2R1 em 25 (OH) D, que é a principal forma ativa circulante da vitamina D,
além disso também ocorrerá participação renal, onde será convertida a 25 (OH)
D em 1,25 (OH) 2 vit D3. Ademais, vale ressaltar que alguns indivíduos
apresentam polimorfismo do gene da enzima CYP2R1 (rs10741657),
desempenhando assim deficiência de vitamina D.

Vitamina D e imunidade

A vitamina D é de suma importância para a imunidade pois está associada com


o aumento na produção de citocinas anti-inflamatórias, como a IL-10 e TNF-alfa
e também na redução de citocinas pró-inflamatórias.

Além do mais, já é muito evidenciado pela literatura que a vitamina D possui


inúmeras funções metabólicas importantes e devido a isso é fundamental que
ela esteja presente no organismo em quantidade adequada.

Pacientes com recomendação de vitamina D

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Os pacientes que poderão obter inúmeros benefícios através da suplementação


de vitamina D são:
• Baixa exposição solar;
• Raquitismo/osteopenia/ osteoporose;
• Imunidade/doenças auto-imune;
• Diabetes melitus;
• Depressão;
• Baixo nível de hormônios andróginos: pois a SHBG que é uma proteína
plasmática que transporta hormônios andrógenos como a testosterona
por exemplo, necessitam de vitamina D para serem produzidas. Com isso,
se o indivíduo tiver pouca SHBG, ocorrerá uma maior liberação de
testosterona e consequentemente isso pode provocar efeitos negativos,
como a síndrome do ovário policístico (SOP) em mulheres.

Mineral boro

O mineral bori não possui recomendação segundo as DRIs, porém de acordo


com a UL sua prescrição é de 20mg para adultos.

Formas de prescrição

A forma de prescrição que melhor disponibiliza o mineral boro, é como boro


quelato.

Funções do boro na saúde

O boro possui diversas funções benéficas para a saúde humana e dentre essas
funções podemos citar a sua capacidade em aumentar a meia vida da vitamina
D, auxiliar a osteogênese e a mineralização óssea, inibir a proliferação tumoral

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de alguns tipos de câncer como: próstata e pulmão e atuar na neurotransmissão


e neuroplasticidade.

Pacientes com recomendação de boro

Os pacientes que podem se beneficiar da suplementação de boro são:


• Osteoporose/osteopenia;
• Artrite reumatóide;
• Menopausa.

Mineral Cálcio

A recomendação de cálcio segundo as DRIs é de 1000 mg para adultos com


idade entre 19 e 50 anos e 1.200 mg para > 50 anos, enquanto de acordo com
a UL a prescrição é de 2.500mg.

Formas de prescrição

O mineral cálcio deve ser prescrito a partir das seguintes recomendações: cálcio
quelato, citrato de cálcio, aspartato de cálcio, ascorbato de cálcio e pantotenato
de cálcio, para que ocorra uma melhor biodisponibilidade. Para mais, quando for
necessária a formulação de polivitamínicos é importante não colocar todos os
nutrientes em uma mesma cápsula, ou seja, optar por associar os mais
hidrossolúveis e os mais lipossolúveis em cápsulas diferentes, além de
recomendar a ingestão em horários alternados também.

Funções do cálcio

Para que ocorra a mineralização óssea é fundamental que estejam presentes


em quantidades adequadas o fósforo, cálcio, vitamina D e K. Em relação a

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contração muscular, o cálcio se faz muito importante e deve ser suplementado


quando se encontra em deficiência nutricional no paciente, pois ao contrário
disso poderá provocar calcificação dos vasos sanguíneos. Sendo assim, a
prescrição de cálcio deve ser associada com a vitamina D visto que ela é
importante para a mineralização óssea e a dosagem deve ser de 400-500 mg
por dose de cálcio, para uma melhor absorção. Para mais, dietas ricas em sódio
e cafeína promovem maior excreção renal de cálcio.

Absorção de cálcio

O cálcio no lúmen intestinal possui dois tipos de absorção, uma delas é a


absorção através de proteínas de transporte que são dependentes da vitamina
D, sendo assim é necessário que o indivíduo possua quantidade adequada de
vitamina D para boa absorção de cálcio, além disso esse transportador é
saturável e crianças e gestantes possuem maior quantidade dessa proteína de
transporte. Nesse contexto, o cálcio também pode ser absorvido através de
absorção passiva, que não é saturável e não depende de vitamina D, porém é
necessária boa biodisponibilidade de cálcio para ocorrer de forma adequada,
além disso os fitatos e oxalatos podem reduzir a absorção.

Pacientes com recomendação de cálcio

Os pacientes que podem se beneficiar da prescrição de cálcio são:


• Osteoporose/osteopenia;
• Atletas e desportistas que pratiquem exercício;
• Elevado consumo de sódio e cafeína.

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Mineral Cobre

O mineral cobre segundo as DRIs possui recomendação de 900mcg para


adultos, enquanto a prescrição da UL é de 10mg para adultos.

Formas de prescrição

As melhores formas de prescrição para o cobre são: cobre quelato, cobre lisina
e cobre tirosina.

Cobre e síntese de lipídeos

O cobre está associado com a síntese de lipídios, especialmente no fígado que


é o principal local de produção de gorduras, com isso a deficiência de cobre pode
contribuir para a via da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) por meio da via da
frutose e essa deficiência associada a esta via pode promover lipogênese,
estresse oxidativo e inflamação, que está associada com a maior ativação de
células estreladas que possuem relação com fibrose hepática.

Toxicidade do cobre

O consumo de cobre em excesso pode promover toxicidade, levando a diversas


alterações sistêmicas onde o indivíduo pode sentir gosto metálico na boca, dor
de cabeça, convulsão, falha hepática, vômito, náusea, alterações renais e
outros.

Pacientes com recomendação de cobre

Os pacientes que podem se beneficiar da suplementação de cobre são:


• Esteatose hepática;
• Antioxidante.

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Mineral Cromo

A recomendação de cromo segundo as DRIs para adultos é de 35 mg para


homens e 25 mg para mulheres, por não possuir prescrição de acordo com a UL
é necessária a busca por evidências científicas.

Formas de prescrição

As melhores formas de recomendação para cromo são: cromo quelato, picolinato


de cromo e dinicocisteinato de cromo. Para mais, é necessário se informar com
o farmacêutico quanto a quantidade de cromo contida no picolinato de cromo ou
no momento da prescrição, deve ser colocado o nome cromo primeiro e depois
(picolinato) entre parênteses, para que o farmacêutico saiba que a quantidade
prescrita na formulação é para o cromo.

Cromo e diabetes mellitus

O cromo possui a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina e já é sabido


através da literatura que o receptor de insulina depende de cromo para que sua
ação seja eficaz, sendo assim é considerável sua prescrição para redução da
hemoglobina glicada e glicemia.

Cromo e SOP

Boa parte das mulheres que possuem síndrome do ovário policístico (SOP)
apresentam resistência a ação da insulina e algumas vezes quadros de diabetes
tipo 2. Sendo assim, com a utilização de 200 mcg/dia de cromo é possível
melhorar os parâmetros do HOMA IR, HOMA beta e insulina de jejum.

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Cromo e saciedade

O cromo possui relação com a redução do consumo alimentar e a saciedade,


por conta da sua atuação cerebral que promove menos fome e vontade de
beliscar, esse efeito pode ocorrer através de doses de 1000 mcg de picolinato
de cromo durante 8 semanas em média, porém vale ressaltar que não existem
muitas evidências sobre isso ainda.

Pacientes com recomendação de cromo

Os pacientes que podem se beneficiar da suplementação de cromo são:


• SOP;
• Diabetes mellitus;
• Emagrecimento: ainda sem muita evidência.

Mineral ferro

As recomendações de ferro segundo as DRIs para adultos são: 8 mg para


homens, 18 mg para mulheres de 19-50 anos e 8 mg para > 50, além disso,
acordo com a UL para adultos a prescrição deve ser de 45 mg.

Formas de prescrição

A melhor forma de prescrição do mineral ferro é como ferro quelato.

Absorção de ferro

A literatura evidência cientificamente que a quantidade de ferro ingerido de forma


dietética não é completamente absorvida, além do mais, parte do ferro também
terá uma perda devido ao metabolismo hepático e a eliminação renal.

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Funções do ferro

O ferro é um mineral essencial para composição da hemoglobina que é uma


célula transportadora de oxigênio, mas ele também atua de forma significativa
no fígado, macrófagos do sistema imunológico, ossos e diversos outros órgãos
e tecidos.

Pacientes com recomendação de ferro

Pás pacientes propícios para a prescrição de ferro são:


• Atletas e desportistas que pratiquem exercícios;
• Anemia ferropriva;
• Gestantes;
• Vegetarianos/veganos;
• Úlcera: por conta da redução na absorção de ferro.

Mineral magnésio

As recomendações de magnésio segundo as DRIs para adultos são: 400 mg


para homens com idade entre 19-30 anos, 420 mg para >30, 310 mg para
mulheres entre 19-30 anos e 320 mg para > 30, enquanto a prescrição de acordo
com a UL é de 350 mg para adultos.

Formas de prescrição

As melhores formas de prescrição do magnésio são: magnésio quelato, citrato


de magnésio, aspartato de magnésio, ascorbato de magnésio e magnésio
dimalato.

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Funções do magnésio

O mineral magnésio é o principal poupador enzimático do organismo humano,


com isso é possível compreender que muitas enzimas necessitam desse mineral
para funcionarem adequadamente. Ademais, durante seu metabolismo nem todo
magnésio ingerido é absorvido e pode ocorrer excreção pelas vias urinária e
fecal, além disso seu armazenamento ocorre em tecidos como o muscular, ósseo
devido sua participação para a mineralização, coração, pulmão e outros que
necessitam de suas funções.

Ainda, o magnésio pode atuar positivamente em situações de síndrome


metabólica que é caracterizada quando os pacientes possuírem três dos cinco
critérios citados a seguir: obesidade central, hipertensão arterial, glicemia
alterada ou diagnóstico de diabetes, hipertrigliceridemia e baixo HDL. Nesse
contexto, estudos apontam que a suplementação de magnésio está associada
com a não síndrome metabólica.

Magnésio e função neural

O magnésio é um mineral que possui importante função neural pois a sinapse


por exemplo, depende dele para acontecer.

Magnésio e diabetes

De acordo com as evidências científicas o magnésio promove efeitos


consideráveis em pacientes diabéticos através de melhorias na glicemia,
hemoglobina glicada e parâmetros de resistência a insulina.

Pacientes com recomendação de magnésio

Os pacientes com podem obter benefícios a partir da suplementação de


magnésio são:
• Diabetes mellitus ou pré-diabéticos;

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• Síndrome metabólica;
• Atletas e desportistas que pratiquem exercício;
• Osteoporose/osteopenia;
• Enxaqueca.

Mineral Selênio

O mineral selênio possui como recomendação das DRIs a quantidade de 55 mcg


para adultos, enquanto de acordo com a UL a dosagem deve ser de 400 mcg.

Formas de prescrição

As melhores formas de prescrição para o selênio são: selênio quelato e


selenocisteína.

Selênio e tireóide

De acordo com as evidências científicas o mineral selênio promove melhora na


produção de hormônios tireoideianos, visto que, ele é um elemento fundamental
para formação desse hormônio, além de assegurar a função tireoidiana também.
Sendo assim, apenas uma unidade de castanha do Pará já é suficiente para
oferecer boa quantidade desse mineral através da ingestão dietética.

Selênio e diabetes

Estudos apontam que a ingestão de selênio em excesso, pode promover maior


chance de o indivíduo desenvolver diabetes mellitus do tipo 2.

Funções do selênio

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O mineral selênio pode atuar como antioxidante por aumentar a capacidade total
antioxidante do organismo e também por elevar os níveis de glutationa
peroxidase, que é uma enzima antioxidante endógena do nosso corpo. Devido a
isso, sua utilização pode ser efetiva para pacientes com doenças inflamatórias,
visando o combato aos radicais livres produzidos. Além disso, o selênio pode
auxiliar na prevenção das doenças cardiovasculares.

Pacientes com recomendação de selênio

Os pacientes que podem obter benefícios através da suplementação de selênio


são:
• Doença cardiovascular;
• Antioxidante;
• Hipotireoidismo;
• Atletas e desportistas que pratiquem exercício.

Mineral zinco

As recomendações de acordo com as DRIs para o mineral zinco em adultos são:


11 mg para homens e 8 mg para mulheres, enquanto 40 mg para adultos
segundo a prescrição da UL.

Formas de prescrição

A forma de prescrição do mineral zinco que promove melhor biodisponibilidade


é a forma de zinco quelato.

Zinco e insulina

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A insulina no nosso organismo quando decretada, ela está na forma de


hexâmero de insulina que são 6 moléculas de insulina ligadas entre si e para
manter elas associadas é necessária uma molécula de zinco no meio. Com isso,
para pacientes diabéticos ou pré-diabéticos a suplementação de zinco pode ser
bastante eficiente.

Zinco e fertilidade masculina

O mineral zinco é capaz de promover melhora na densidade do líquido seminal


e também na motilidade dos espermatozoides.

Zinco e atletas

Estudos abordam que o mineral zinco pode ser reduzido em atletas, sendo
necessária por conta disso a sua suplementação.

Pacientes com recomendação de zinco

Os pacientes que podem se beneficiar através da suplementação do mineral


zinco são:
• Diabéticos;
• Infertilidade;
• Atletas e desportistas que pratiquem exercício.

Mineral manganês

Segundo as recomendações das DRIs para adultos a prescrição de manganês


deve ser de 2,3 mg para homens e 1,8 mg para mulheres, enquanto de acordo
com a UL a dosagem deve ser de 11 mg.

Autora: Dra. Aline David


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Formas de prescrição

A melhor forma de prescrição para o manganês é como manganês quelato.

Cognição e antioxidantes

Estudos apontam que ocorre um menor nível de manganês em pacientes que


possuem Alzheimer ou prejuízos cognitivos. Além disso, esse mineral é
componente do manganês superóxido dismutase (MnSOD), que é o principal
antioxidante da mitocôndria.

Pacientes com recomendação de manganês

A suplementação do manganês pode ser significativa para os seguintes


pacientes:
• Alzheimer e prejuízos cognitivos;
• Uso de antioxidante.

Mineral Vanádio

O mineral Vanádio não possui recomendação das DRIs, porém segundo a UL


para adultos a dosagem é de 1,8 mg.

Forma de prescrição

A melhor forma de prescrição do mineral vanádio é como vanádio quelato.

Autora: Dra. Aline David


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Vanádio e diabetes

O vanádio segundo os alguns estudos científicos possui atuação na translocação


de GLUT4 e nas vias relacionadas com a sensibilidade à insulina. No entanto,
ainda são necessários mais estudos para confirmarem sua real evidência.

Pacientes com indicação de vanádio

Os pacientes que podem se beneficiar da suplementação de vanádio são:


• Diabetes mellitus;
• Resistência à insulina.

Autora: Dra. Aline David


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