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CONTROLE DE METAS - SEMANA 02
TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG
CONSTITUCIONAL CONSTITUCIONAL CIVIL CIVIL TRIBUTÁRIO PROCESSO PENAL TRABALHO

LEI SECA LEI SECA LEI SECA LEI SECA LEI SECA LEI SECA LEI SECA

CONTROLE DE CONTROLE DE PARTE GERAL PARTE GERAL OBRIGAÇÃO INQUÉRITO SALÁRIO E


CONSTITUCIONALIDADE CONSTITUCIONALIDADE TRIBUTÁRIA POLICIAL REMUNERAÇÃO
COMPETÊNCIA

PROCESSO CIVIL PROCESSO CIVIL PROCESSO CIVIL PENAL PENAL PENAL SEMANA 02

JURIS JURIS JURIS JURIS JURIS JURIS MATERIAL


BÔNUS
PROCESSO CIIVL PROCESSO CIIVL PROCESSO CIIVL PENAL PENAL PENAL
2023 2023 2023 2023 2023 2023 ADMINISTRATIVO
RESPONSABILIDADE
CIVIL
EXTRACONTRATUAL

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SEMANA 02

DIA 08

DIREITO CONSTITUCIONAL

Tema do dia: Controle de Constitucionalidade

CESPE: PRIMEIRO

TEMA MAIS COBRADO EM PROVAS DE PGE’S

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO – 19,3%

PRINCIPAIS DIPLOMAS ART 102, I, a, §1º, §2º, §3º, ART. 103 E ART. 103-A da CF.
NORMATIVOS: LEI nº 9868/1999 (ADI, ADC, ADO)

LEI nº 9882/1999 (ADPF)

LEI nº 11417/2006 (Súmula Vinculante)

O tema de hoje foi dividido em dois dias (dias 08 e 09).


Atenção! São os mesmos artigos para os DOIS DIAS.
A recomendação é que o estudo da lei seca seja feito no primeiro dia e a revisão no segundo. Isso apenas
para alunos que possuem bastante contato com o tema.
Para os alunos que não tem esse contato: o ideal é dividir o estudo em dois dias.

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EDITAL

14 Controle de constitucionalidade. 14.1 Controle judicial de constitucionalidade: conceito, histórico, sistemas,


pressupostos, modalidades, órgãos competentes, sujeitos legitimados, objetos de controle, tipos de inconstitucionalidade,
parâmetros de controle, formalidades, procedimentos, julgamentos, decisões, efeitos das decisões, técnicas de decisão,
segurança e estabilidade das decisões. 14.2 Ação direta de inconstitucionalidade por ação e por omissão. 14.3 Ação
declaratória de constitucionalidade. 14.4 Arguição de descumprimento de preceito fundamental. 14.5 Representação
interventiva. 14.6 Incidente de arguição de inconstitucionalidade. 14.7 Recurso extraordinário. 14.8 Súmula vinculante.
14.9 Reclamação constitucional. 14.10 Controle não judicial de constitucionalidade: órgãos, institutos e procedimentos.
14.11 34 Controle de constitucionalidade nos estados e no Distrito Federal.

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COMO O TEMA É COBRADO EM PROVAS?

SUBTEMA COM PRIORIDADE ABSOLUTA EM PGE’s

ADI

Nos últimos anos (2023, 2022 e 2021), a Banca CESPE permaneceu dando uma enorme importância para
o tema Controle de Constitucionalidade. Foi o TEMA MAIS COBRADO, representando um percentual de
19,3% de cobrança em Procuradorias Estaduais.

Controle de Constitucionalidade é um tema que de qualquer forma assusta. É não tem como não
dizermos: é imenso. Mas a verdade é que estará presente em todas as fases do concurso e muitas vezes
em mais de uma questão de prova.

Se por um segundo você já se considerou com dificuldade no tema, vamos buscar a partir de hoje diminuir
consideravelmente essa visão e crescer no tema.

É um tema que o “saber pouco” não é suficiente, é um tema para o concurseiro aprovado de
Procuradorias buscar o máximo do domínio possível. Não dê chance ao erro. Estará em sua prova!

Inicialmente, é importante nos situarmos no tema Controle de Constitucionalidade.

Pense que, no seu estudo regular, lá no seu material, haverá tanto a Parte Geral do tema, que é a parte
mais doutrinária e traz um histórico (ex.: Marbury vs Madison), as espécies (ex.: ação e omissão), os vícios
(ex.: formal e material), os momentos de controle (ex.: prévio e posterior), institutos importantes como
cláusula de reserva de plenário, amicus curiae, Teoria da transcendência dos motivos determinantes,
Teoria da Abstrativização do Controle Difuso, entre outros.

Há também a Parte Especial do tema, que são as ações em si (ADI, ADO, ADC, ADPF), trazendo os
legitimados, objetivo, competência, efeitos da decisão, medida cautelar. Você perceberá que muito

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fundamento dessa parte especial está na lei. Tanto na Constituição Federal, quanto nas Lei da 9868/1999
e 9882/1999.

Essa parte especial é um processo em si, é algo lógico, faz sentido no estudo. E você quando for fazer a
leitura do tema do dia, leia a lei seca com essa visão, com a visão prática daquela situação. Destrave esse
estudo da mera decoreba em si e tente visualizar o processo como de fato ocorre.

Acompanhe, inclusive, na leitura da Lei 9868/1999, que trata tanto da ADI, quanto da ADO, quanto da
ADC, que a lei faz a divisão certinha no estudo dessas espécie:

CAPÍTULO II
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 2o ao art. 9o

Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 10 ao art. 12

CAPÍTULO II-A (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).


DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO

Seção I (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).


Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-A. ao art. 12-E

Seção II (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-F. e art.12-G

Seção III (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).


Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-H

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CAPÍTULO III
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 13 ao art. 20

Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 21

CAPÍTULO IV
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE

Art. 22. ao art. 28

E quando você vê a lei seca nesse formato, é possível lhe garantir que o estudo passa a ter mais sentido,
as informações concatenam melhor nas gavetinhas da nossa cabeça. Fica tudo mais claro.

Então, isso serve para o estudo do dia e para todos os outros estudos de lei seca: não negligencie a divisão
de títulos, capítulos e seções, isso vai compactando aquela informação ao seu subtema referente.

O tema Controle de Constitucionalidade passeia pelas três fontes:

1. Tem base legalista, artigos avulsos na Constituição Federal, Lei da ADI/ADC/ADO, Lei da ADPF e
Lei da Súmula Vinculante.
Pode em um primeiro momento assustar um pouco, mas as leis são de excelente custo-benefício, pois
são pequenas e extremamente relevantes. Muita coisa, inclusive, que você pensa que é doutrinária, está
na própria legislação.

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2. Tem base jurisprudencial, essa fonte é preferida pela banca CESPE. É necessário que você busque
estar com o conhecimento atualizado sobre o tema. O rito das ações de controle é um tema
sempre em voga nos tribunais e, por tabela, para o examinador também.
A banca CESPE, de um modo geral, é conhecida por cobrar bastante jurisprudência. Muita atenção aqui!
Curiosidade: nesta fonte, não tente saber apenas os julgados dos últimos 2 anos, cresça o máximo
possível e o que foi factível no seu estudo. É muito recorrente!

3. Tem base doutrinária. Aqui o conteúdo é mais denso, é algo mais aprofundado. São diversas
teorias que pairam sobre o mundo do Controle de Constitucionalidade. Entre elas: Fenômeno da
Erosão da Consciência Constitucional, Fossilização da Constituição, Inconstitucionalidade chapada,
notória, evidente, clara, flagrante, escancarada, enlouquecida ou desvairada, Normas de
reprodução obrigatória, Princípios constitucionais Sensíveis, Extensíveis e Estabelecidos, Teoria da
“inconstitucionalidade por arrastamento” ou “atração”, ou “inconstitucionalidade por
reverberação normativa” Consequencial ou Por derivação, Lei “ainda constitucional”, ou
“inconstitucionalidade progressiva”, ou “declaração de constitucionalidade de norma em trânsito
para a inconstitucionalidade”, “Atalhamento constitucional” ou “Desvio de poder constituinte”,
Princípio da “parcelaridade”, Diferença entre Declaração de nulidade sem redução de texto e
princípio da interpretação conforme

Hoje iremos focar na LEI SECA, também muito cobrada em provas!

Tendo por base a real importância dessa matéria, vários são os diplomas que são referentes ao tema.
Possuem um excelente custo-benefício.

E lembre-se: As ações em espécie são muito mais cobradas que a parte geral do tema.

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COMENTÁRIOS CASUAIS

A CESPE, além da letra da lei, cobra muita jurisprudência no tema, o que já era previsível, uma vez
que Controle de Constitucionalidade é um dos temas com maior número de julgados na matéria
de Direito Constitucional ao longo dos anos.

Iremos iniciar nossos comentários casuais com um tópico doutrinário, que facilita a compreensão
do tema sobre as espécies de inconstitucionalidade:

Inconstitucionalidade
orgânica

VÍCIO
SUBJETIVO
Inconstitucionalidade
propriamente dita
VÍCIO
OBJETIVO

FORMAL OU Inconstitucionalidade por


NOMODINÂMICA violação a pressupostos
POR AÇÃO objetivos do ato
ESPÉCIES DE MATERIAL OU
INCONSTITUCIONALIDADE NOMOESTÁTICA
POR
OMISSÃO Inconstitucionalidade por
decoro parlamentar ou
por vício de manifestação
de vontade do
parlamentar pela prática
de ilícitos

Na PGE/MS (2021), a banca CESPE cobrou o seguinte ponto, que trata das vias do controle judicial:

CONTROLE CONCENTRADO CONTROLE DIFUSO

Via principal Via incidental.


Via de ação. Via de exceção.
Processo constitucional objetivo. Processo subjetivo.

A competência é reservada a determinado Realizado por qualquer juiz ou Tribunal


órgão do Judiciário (inclusive o STF), em um caso concreto.

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Exemplo: STF (CRFB/88) e TJ.
É realizado de forma abstrata.

O rol do art. 103 da CF diz respeito a esse tipo


de controle.

Um aspecto relevante já cobrado pela Banca CESPE tratou sobre os momentos do controle: De
acordo com entendimento do STF, o controle jurisdicional prévio ou preventivo de
constitucionalidade sobre projeto de lei ainda em trâmite somente pode ocorrer de modo
incidental, na via de exceção ou defesa.

CONTROLE PRÉVIO OU PREVENTIVO CONTROLE POSTERIOR REPRESSIVO


(realizado sobre o projeto) (realizado sobre a lei)

PODER Comissão de Constituição e Justiça → O CN pode controlar o poder regulamentar do Poder


LEGISLATIVO Executivo e os limites da delegação legislativa (art. 49, I, da CF)
→ o CN pode deixar de converter Medida Provisória em lei, por
entendê-la inconstitucional.

PODER Veto jurídico Nega execução a ato normativo que considere inconstitucional
EXECUTIVO (posição do STF e STJ)

PODER Parlamentar impetra um MS durante a É o modelo adotado no Brasil.


JUDICIÁRIO tramitação de projeto de lei ou emenda
constitucional.
PGE/MS (2021)

A Constituição admite o controle judicial preventivo, por meio de mandado de segurança a


ser impetrado exclusivamente por parlamentar, em duas únicas hipóteses:

PEC PROJETO DE LEI

PEC manifestamente ofensiva a cláusula


pétrea

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manifesta ofensa a cláusula constitucional que manifesta ofensa a cláusula constitucional
disciplinasse o correspondente processo que disciplinasse o
legislativo. correspondente processo legislativo.

Atenção! É importante considerar que efeito repristinatório não se confunde com repristinação.
O tópico Efeito Repristinatório foi cobrado na PGE/PA (2023):

REPRISTINAÇÃO EFEITO REPRISTINATÓRIO

Trata-se de um fenômeno legislativo no qual há a É a reentrada em vigor de "norma aparentemente


entrada novamente em vigor de uma "norma revogada", ocorrendo quando uma norma que revogou
efetivamente revogada", pela revogação da norma que outra é declarada inconstitucional.
a revogou.

Segundo a LINDB, a repristinação deve ser expressa


(art. 2º, § 3º).

A Banca CESPE já cobrou sobre a declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto e a


interpretação conforme a Constituição. Vejamos a sutil diferença:

DISTINÇÕES DECLARAÇÃO DE NULIDADE SEM PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO


REDUÇÃO DE TEXTO CONFORME

QUANTO À A declaração de nulidade (com ou sem redução) é O princípio da interpretação conforme à


uma técnica de decisão judicial que só pode ser Constituição pode ser aplicado em TODOS
NATUREZA
aplicada no controle ABSTRATO de os controles (inclusive o difuso), pois
constitucionalidade – O juiz de primeiro grau e o trata-se de um princípio
legislador não podem declarar a nulidade da lei interpretativo/instrumental da
sem redução de texto, por exemplo. hermenêutica constitucional. CESPE
O primeiro pode simplesmente deixar de aplicar a
lei naquele caso concreto, mas não declara a
inconstitucionalidade (que é apenas a causa de
pedir, e não o pedido).

Somente é possível aplicar a interpretação conforme ou a declaração de nulidade sem redução

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QUANTO À de texto sobre normas polissêmicas (que possuem mais de um significado). CESPE

TÉCNICA EXCLUI UMA interpretação e permite as demais. PERMITE UMA interpretação e exclui as

APLICADA demais.

EXEMPLOS Uma norma polissêmica possui dois significados. “a norma X é constitucional, desde que
Um destes significados (Y) é incompatível com a interpretada da maneira W”.
CF/88; outro é compatível (W). O STF, em sede de
controle de constitucionalidade, decide: “a norma
X é inconstitucional se for interpretada da maneira
Y. O texto da lei permanece o mesmo, excluindo-se
determinada interpretação”.

Como a Banca CESPE: Ao afirmar que a aplicação de uma norma a CESPE: Caso uma norma comporte várias
determinada hipótese fática é inconstitucional, o interpretações e o STF afirme que
cobrou?
STF se utiliza da técnica de decisão denominada somente uma delas atende aos comandos
declaração de inconstitucionalidade sem redução constitucionais, diz-se que houve
do texto. interpretação conforme.

Um assunto doutrinário muito importante e já cobrado pela CESPE foi sobre as Decisões
Interpretativas em Sentido Estrito e as Decisões Manipulativas em sede de controle de
constitucionalidade. Sobre o tema, confira a seguinte tabela:

ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO CONFORME OU DE ADEQUAÇÃO DAS LEIS À CONSTITUIÇÃO –


CRIAÇÃO JUDICIAL DO DIREITO

DECISÕES INTERPRETATIVAS EM DECISÕES MANIPULADORAS (OU MANIPULATIVAS) (OU


SENTIDO ESTRITO NORMATIVAS):
origem italiana. não se limita a declarar a inconstitucionalidade,
mas, agindo como legislador positivo, modifica (= manipula)
diretamente o ordenamento jurídico, adicionando-lhe ou
substituindo-lhe normas.

Sentença Sentença Sentenças aditivas (ou sentenças Sentenças substitutivas


interpretativa de interpretativa de manipulativas de efeito aditivo). (declaração de
(Declaração de inconstitucionalidade inconstitucionalidade com efeito
rechaço aceitação
com efeito acumulativo ou aditivo)
substitutivo)

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Adota interpretação Anula decisão tomada Declara inconstitucional certo Declara a inconstitucionalidade de
que se conforma à pela magistratura comum dispositivo legal não pelo que expressa, um preceito na parte em que
Constituição, (instâncias ordinárias), que mas pelo que omite, alargando o texto expressa certa norma em lugar de
repudiando adotou interpretações da lei ou seu âmbito de incidência. A outras, substancialmente distinta,
qualquer outra que ofensivas à Constituição. A decisão se mostra aditiva, já que ao que dele deveria constar para que
contrarie o texto interpretação é anulada decidir, “cria uma norma autônoma”, fosse compatível com a Constituição.
constitucional. em caráter definitivo e estendendo aos excluídos o benefício. Atuando dessa forma, a Corte não
com eficácia erga omnes. CANOTILHO: denominou declaração de apenas anula a norma impugnada,
inconstitucionalidade com efeito como também a substitui por outra.
acumulativo (aditivo). Já é realidade no
STF.

1. Feto anencefálico.
2. Direito de greve dos servidores públicos.
3. Reajuste para servidores civis não
contemplado por lei que o concedeu aos
militares.
4. Estatuto da Advocacia.
5. Fidelidade partidária.
6. Demarcação Raposa Serra do Sol
7. A homofobia e da transfobia como crimes
de racismo.

Sobre a Parte Especial do Tema Controle de Constitucionalidade, é sempre válida a revisão sobre
o que tem em comum e as diferenças entre as ações do controle concentrado de
constitucionalidade (inclusive, isso foi cobrado em 2021, 2022 e 2023 pela CESPE):

LEGITIMIDADE OBJETO CAUTELAR DESISTÊNCIA AMICUS CURIAE


CESPE/2023 PFN
CESPE/2023 AGU

ADI Art. 103 da CF Lei ou ato normativo primário SIM (art. 10 da NÃO (art. 5º da Lei SIM (art. 7º, § 2º, da
FEDERAL ou ESTADUAL Lei 9868/1999) 9868/1999) Lei 9868/1999)
2xCESPE/2022

ADC Art. 103 da CF Lei ou ato normativo primário SIM (art. 21 da NÃO (art. 16 da Lei SIM (vetado o art. 18, §
FEDERAL. Lei 9868/1999) 9868/1999) 2º, da 9868/1999 –
(exige controvérsia judicial CESPE/2023 aplica-se por analogia)
PGM/SP
relevante)
CESPE/2023 PFN

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ADO Art. 103 da CF Omissão inconstitucional (parcial SIM (art. 12-F NÃO (art. 12-D da Lei SIM (não tem previsão
ou total) da Lei 9868/1999) expressa, é aplicado
9868/1999) por analogia).

ADPF Art. 103 da CF Caráter residual (SUBSIDIÁRIA). SIM (art. 5 da NÃO SIM (não tem previsão
Qualquer ato (ou omissão) do Lei 9882/1999) expressa, é aplicado
Poder Público, incluídos os não por analogia).
normativos; Leis e atos normativos
federais, estaduais e municipais e
abrangidos os anteriores à
Constituição. CESPE: revogados.

Outro ponto ao qual é válido o aluno se atentar, uma vez que foi cobrado em 2021, 2022 e 2023
pela Banca CESPE. Inclusive, na PGE/ES (2023):

LEGITIMADOS

EMENDA À CF AÇÕES DO CONTROLE

Art. 60 da CF. A Constituição poderá ser emendada Art. 103 da CF. Podem propor a ação direta de
mediante proposta: inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade:

II - do Presidente da República; I - o Presidente da República;

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara II - a MESA do Senado Federal;


dos Deputados ou do Senado Federal;
III - a MESA da Câmara dos Deputados;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas IV - a MESA de Assembléia Legislativa ou da Câmara Pertinência

das unidades da Federação, manifestando-se, cada Legislativa do Distrito Federal; temática

uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; Pertinência


temática
CESPE/2023 PGE/ES

VI - o Procurador-Geral da República;

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do


Brasil;

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VIII - partido político com representação no Congresso Não tem
Nacional; capacidade
postulatória
Atenção! O partido precisa ter representação em uma das
casas do no momento da proposição da ação, não
importando se perde essa representação
posteriormente.

IX - confederação sindical ou entidade de classe de Pertinência


âmbito NACIONAL. CESPE/2023 PFN temática
CESPE/2023 PFN

STF: Apenas as entidades de classe com associados ou


membros em pelo menos 9 Estados da Federação Não tem
dispõem de legitimidade ativa para ajuizar ação de capacidade
controle abstrato de constitucionalidade. Trata-se de um postulatória
critério objetivo construído com base na aplicação CESPE 2021 PGE/PB
CESPE/2023 PFN
analógica da Lei Orgânica dos Partidos Políticos (art. 7º, §
1º, da Lei nº 9.096/95).

Além, dos legitimados, temos um ponto importantíssimo para provas: objeto da ADI. O que pode
ou não pode ser objeto. Há muita construção jurisprudencial sobre o tópico, que podemos
sintetizar:

PODE SER OBJETO DA ADI NÃO PODE SER OBJETO DA ADI

Lei ou ato normativo federal ou estadual (art. 102, I, a, da CF) Lei ou ato normativo municipal no STF (art. 102, I, a, da CF)

Lei estadual que modifique os limites geográficos de Município Normas pré-constitucionais


(STF Info 978)

Lei que tenha destinatários determináveis (STF Info 955) Súmula 642 do STF: Não cabe ação direta de
inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua
competência legislativa municipal.

Lei seja fruto de acordo homologado judicialmente (STF Info Lei que teria violado tratado internacional não incorporado ao
955) ordenamento brasileiro na forma do art. 5º, § 3º da CF/88. (STF
Info 872)

Lei orçamentária, lei de diretrizes orçamentárias e lei de Atos normativos secundários


abertura de crédito extraordinário [ADI 2.925]

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Ato de efeito concreto que tenha forma de lei. (ADI 4048- Lei ou norma de caráter ou efeito concreto já exaurido [ADI
MC/DF) 2.980]

Atos normativo de eficácia exaurida ou já revogado.


Atenção! Para CESPE cabe ADPF. (ADPF 77-MC)
Atenção, pois há exceções:
(1) fraude processual já pautada a ADI;
(2) ADI pautada antes do exaurimento da lei temporária;
(3) Ausência de comunicação ao STF sobre revogação de norma
não prejudica o julgamento da ADI;
(4) repetição do diploma normativo.

Medida Provisória em vigência. A súmula, porque não apresenta as características de ato


normativo, não está sujeita a jurisdição constitucional
Atenção! A ocorrência dos pressupostos de relevância e
concentrada. [ADI 594]
urgência para a edição de medidas provisórias não está de todo
imune ao controle jurisdicional, restrito, porém, aos casos de
abuso manifesto, dado caráter discricionário do juízo político
que envolve, confiado ao Poder Executivo, sob censura do
Congresso Nacional [ADI 162]

Atenção! Os requisitos constitucionais de imprevisibilidade e


urgência (art. 62 c/c o art. 167, § 3.º) da MP que abre crédito
extraordinário pode ser objeto de controle jurisdicional.

Decreto Autônomo [ADI 1.969 MC] Decretos Regulamentares CESPE/2023 PFN


(inclusive, sobre licenciamento CESPE) (STF Info 905)

Decreto Legislativo para sustar ato normativo do Poder Súmulas Vinculantes.


Executivo Atenção! O tópico é controvertido.
Atenção! Cabe ADPF contra súmula do TST! CESPE/2023 PGE/ES

Emenda Constitucional [ADI 1.946 MC] Ato normativo não autônomo ou secundário, que regulamenta
disposições de lei. [ADI 2.398]

Resolução do TJ (STF Info 851) Normas constitucionais originárias CESPE

Resoluções Administrativas de Tribunais, Regimentos Internos


dos Tribunais e Deliberações Administrativas dos órgãos
judiciários

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Resolução do TSE (STF Info 900) (...) a decisão que afirma a constitucionalidade da norma ou que
indefere o pedido de declaração de sua inconstitucionalidade
também não será objeto de reexame em outra ação direta de
inconstitucionalidade em que se discute norma de idêntico teor.
[ADI 1.633]

Resoluções do CNJ e Resoluções do CNMP (STF Info 899) A lei-medida é lei apenas em sentido formal, é lei que não é
norma jurídica dotada de generalidade e abstração. [ADI 3.573]

Resolução de Conselho Profissional que não tratou de mero Norma já ab-rogada ou derrogada, independentemente de ter,
exercício de competência regulamentar, mas expressou ou não, produzido efeitos concretos. [ADI 1.000 QO]
conteúdo normativo que lidou diretamente com direitos e
garantias tutelados pela Constituição. (STF Info 1008)

Regimento Interno de uma Assembleia Legislativa que possua não cabe ação direta de inconstitucionalidade para se examinar
caráter normativo e autônomo (STF Info 747) a ocorrência, ou não, de invasão de competência entre a União
Federal e os Estados-membros, porquanto, nesse caso, para a
análise da inconstitucionalidade arguida, há necessidade do
confronto entre leis infraconstitucionais. [ADI 384]

Tratados Internacionais

Decisão do TJ que teve conteúdo normativo, com generalidade


e abstração

É constitucional o dispositivo de constituição estadual que


confere ao tribunal de justiça local a prerrogativa de processar
e julgar ação direta de constitucionalidade contra leis e atos
normativos municipais tendo como parâmetro a Constituição
Federal, desde que se trate de normas de reprodução
obrigatória pelos estados. (STF Info 1036)

CESPE PGM Maringá (2022): O tribunal de justiça do estado tem


competência para julgar representação de inconstitucionalidade
contra lei municipal tendo como parâmetro a CF, desde que se
trate de norma de reprodução obrigatória.

Deliberação administrativa do Tribunal que determina o


pagamento de reajuste decorrente da conversão da URV em
reais (“plano real”) aos magistrados e servidores. (STF Info 964).

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Na PGE/ES (2023), a CESPE cobrou o conhecimento quanto à possibilidade de manejo da ADPF em
face de súmula do TST. Tratou-se do seguinte precedente do STF, não publicado em informativo:
É viável Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental em face de enunciado de Súmula de
Jurisprudência predominante editada pelo Tribunal Superior do Trabalho. STF. Plenário ADPF 501-AgR,
Rel. para acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 14/09/2020.

Além do objeto, as medidas cautelares de cada ação também são diferentes. Segue uma
importante tabela:
MEDIDA CAUTELAR

ADI ADC ADO ADPF

A concessão da determinação de que os suspensão da APLICAÇÃO DA suspendam o


medida cautelar torna juízes e os Tribunais LEI OU DO ATO normativo ANDAMENTO de processo
aplicável a legislação suspendam o questionado, no caso de ou CESPE
anterior acaso JULGAMENTO dos omissão parcial, os efeitos de decisões
existente, salvo processos, devendo o STF bem como judiciais,
expressa proceder ao julgamento na suspensão de PROCESSOS ou CESPE
manifestação em da ação no prazo de 180 judiciais ou de de qualquer outra medida
sentido contrário. dias, sob pena de perda PROCEDIMENTOS que apresente relação com
de sua eficácia. ADMINISTRATIVOS, a matéria objeto da
ou arguição de
ainda em outra providência a descumprimento de
ser fixada pelo Tribunal. preceito fundamental,
salvo se decorrentes da
coisa julgada.

É fundamental também que o aluno conheça bem o quórum no tema, pois consegue acertar
diversas questões com essa concatenação. Inclusive, em 2 diferentes questões na PGM/SP (2023)
foi cobrado pela CESPE:

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QUÓRUM EM CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

MEDIDA CAUTELAR Maioria absoluta (6)

DECLARAÇÃO DE Maioria absoluta (6)


INCONSTITUCIONALIDADE

QUÓRUM DE SESSÃO 8 membros (2/3)

QUÓRUM DE JULGAMENTO Maioria absoluta (6)


CESPE/2023 PGM/SP

MODULAÇÃO DE EFEITOS 2/3

SÚMULA VINCULANTE 2/3


CESPE/2023 PGM/SP

JULGAMENTO DE RECURSO Se o STF declarou a lei ou ato


EXTRAORDINÁRIO REPETITIVO, inconstitucional: 2/3
COM REPERCUSSÃO GERAL,
QUE NÃO TENHA HAVIDO
Se o STF NÃO declarou a lei
DECLARAÇÃO DE
ou ato inconstitucional:
INCONSTITUCIONALIDADE DA
maioria absoluta
LEI OU ATO NORMATIVO:

O último tópico da tabela se refere a esse julgado:


Exige-se quórum de MAIORIA ABSOLUTA dos membros do STF para modular os efeitos de decisão proferida em
julgamento de recurso extraordinário repetitivo, com repercussão geral, no caso em que NÃO tenha havido
declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. STF. Plenário. RE 638115 ED-ED/CE, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 18/12/2019 (Info 964).
Se o STF declarou a lei ou ato inconstitucional: 2/3 dos membros.
Se o STF não declarou a lei ou ato inconstitucional: maioria absoluta.

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Sobre um importante tópico, modulação de efeitos, também é válida a construção de tabela:

REGRA: Se o STF declara uma lei ou ato normativo inconstitucional em ADI, ADC ou ADPF,
essa decisão, em regra, produz efeitos EX TUNC (retroativos)

Excepcionalmente, o STF pode, pelo voto de, no mínimo, 8 Ministros (2/3):

* restringir os efeitos da declaração; ou Desde que haja razões de:


* decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito * segurança jurídica ou;
em julgado; ou * excepcional interesse social
* de outro momento que venha a ser fixado.

A cláusula de reserva de plenário, também chamada de full bench, foi cobrada em 2021 e
novamente em 2023 na PGE/ES, pela banca CESPE:

NÃO SE APLICA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO

Juízo de não recepção de norma pré-constitucional


CESPE/2021 PGE/AL

O pleno ou o órgão especial já se manifestou sobre a matéria

Julgamento de RExt por Turma do STF

Arguições de constitucionalidade
CESPE/2023 PGE/ES

Julgamentos pelas Turmas Recursais dos Juizados Especiais

Juiz singular (primeiro grau)

Tribunais Administrativo

Interpretação Conforme

Para o STF em controle difuso

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Um ponto que, por vezes, passa batido, mas que foi cobrado em 2023 e merece a nossa atenção:

CONTROVÉRSIA RELEVANTE

ADC ADPF INCIDENTAL

Art. 14 da Lei 9868/1999. A petição inicial indicará: Art. 1º, p. único, da Lei 9882/1999. Caberá também
III - a existência de controvérsia JUDICIAL relevante argüição de descumprimento de preceito fundamental:
sobre a aplicação da disposição objeto da ação I - quando for relevante o fundamento da controvérsia
declaratória. CONSTITUCIONAL sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à
Constituição;

Art. 3º da Lei 9882/1999. A petição inicial deverá


conter:
V - se for o caso, a comprovação da existência de
controvérsia JUDICIAL relevante sobre a aplicação do
preceito fundamental que se considera violado.

STF: “Com efeito, um dos pressupostos inerentes à


arguição de descumprimento de preceito fundamental
consiste na comprovação da existência “de
controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do
preceito fundamental que se considera violado”, como
prescreve o art. 3º, n. V, da Lei nº 9.882/99. É que a
arguição de descumprimento de preceito
fundamental, quando impugnar atos estatais, como os
provenientes do Poder Judiciário, somente poderá ser
utilizada se se demonstrar que há relevante
controvérsia constitucional sobre determinado tema
(...)”1.

CESPE: A jurisprudência do STF admite o conhecimento de ADPF como ação direta de


inconstitucionalidade genérica, em razão de seu caráter subsidiário.

1
https://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo810.htm
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Atenção! O princípio da subsidiariedade da ADPF foi novamente cobrado na PGE/SE (2023).

Atenção! A argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) comporta uma argüição


direta ou autônoma de descumprimento de preceito fundamental, que pode revestir-se de caráter
preventivo ou repressivo.

A CESPE considerou INCORRETA: Deve haver a manifestação do Advogado-Geral da União nas


ações declaratórias de constitucionalidade, em virtude da possibilidade de declaração, nessas
ações, da inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo federal.

A CESPE cobrou quase 15 vezes cada um dos seguintes artigos em provas de Procuradorias: artigo
103 da CF e artigo 1º, parágrafo único, da Lei 9882/1999 (ADPF). Esse artigo 1º da Lei da ADPF foi
cobrado novamente em questões em 2021, em 2022 e em 2023.

Atenção! O procedimento para revisão de Súmula vinculante é com base na lei 11.417/2006. A Lei
também é pequena e tem um excelente custo-benefício. Tem sido bastante cobrada pela Banca
CESPE nos últimos anos.

Os campeões de cobrança (artigos mais cobrados no tema):


Artigo 102, § 2º, da CF.
Artigo 103 da CF. A Banca cobrou novamente na PFN (2023)! A Banca cobrou novamente na AGU (2023)!
Artigo 125, § 2º, da CF. A banca cobrou novamente na PGM Maringá em 2022! A Banca cobrou novamente na
PGE/SE (2023)!

Artigo 7º, § 2º, da Lei 9868/1999.


Artigo 27 da Lei 9868/1999. A Banca cobrou novamente na AGU (2023)!
Artigo 1º, parágrafo único, da Lei 9882/1999. A Banca cobrou novamente na PMG/SP (2023)! A Banca cobrou
novamente na AGU (2023)!

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INÍCIO DA META DO DIA

AQUECENDO COM QUESTÕES

Inicie o estudo resolvendo 5 questões do tema focado na Banca CESPE.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS NO TEMA

Sem atualizações legislativas.

ARTIGOS DO TEMA JÁ COBRADOS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 5º, § 3º (+) ART 97 (+) ART 103 (+)

ART 35, IV ART 102, I, a (+) ART 103-A (+)

ART 49, V (+) ART 102, I, L ART 105, I, f

ART 52, X ART 102, III (+) ART 105, II

ART 66, § 1º (+) ART 102, § 1º (+) ART 125, § 2º (+)

ART 66, § 2º ART 102, § 2º (+) ART 113 do ADCT

ART 93, XI ART 102, § 3º

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___________________________________________________
LEI nº 9.868/1999 (ADI/ADC/ADO)
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 3º ART 11, § 2º (+) ART 15, p. único

ART 4º (+) Art 12-A ART 16 (+)

ART 5º (+) ART 12-B ART 21 (+)

ART 7º, caput (+) ART 12-C ART 22 (+)

ART 7º, § 2º (+) ART 12-D (+) ART 23 (+)

ART 8º ART 12-E ART 24

ART 9º ART 12-F ART 26 (+)

ART 9º, § 1º ART 12-H (+) ART 27 (+)

ART 10 (+) ART 13 (vide artigo 103 da CF) ART 28 (+)

ART 11, § 1º ART 14 (+)

LEI nº 9.882/1999 (ADPF)


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 1º, caput (+) ART 4º, § 1º (+) ART 11

ART 1º, p. único (+) ART 5º, caput ART 12

ART 2º (+) (vide artigo 103 da CF) ART 5º, § 3 (+) ART 13 (+)

ART 3º ART 8º

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___________________________________________________
LEI nº 11.417/2006 (LEI DA SÚMULA VINCULANTE)
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 1º ART 4º

ART 2º (+) ART 5º

ART 2º, § 3º (+) ART 7º, caput

ART 3º (+) ART 7º, § 1º

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___________________________________________________
OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS

Lei 13.300/2016 (LEI DO MANDADO DE INJUNÇÃO)


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 9º, §2º

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 138 ART 988 (+)

ART 927, § 3º ART 989, II

ART 948

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SÚMULAS JÁ COBRADAS

Cobrança repetida:
Súmula vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.

Súmula vinculante 12: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art.
206, inciso IV, da Constituição Federal.

Súmula vinculante 12: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Exceção: lei de efeitos concretos.

Cobrança repetida
Súmula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.
Superada.

Cobrança repetida
Súmula 642 do STF: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da
sua competência legislativa municipal.
O art. 102, I, “a”, da CF/88 somente admite ADI contra lei ou ato normativo federal ou estadual. Não cabe contra
lei ou ato normativo de competência municipal.

A Banca cobrou novamente na AGU (2023)!

Cobrança repetida
Súmula 734 do STF: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se
alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.

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O art. 102, I, “a”, da CF/88 somente admite ADI contra lei ou ato normativo federal ou estadual. Não cabe contra
lei ou ato normativo de competência municipal.

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DIA 09

DIREITO CONSTITUCIONAL

Tema do dia: Controle de Constitucionalidade

CESPE: PRIMEIRO

TEMA MAIS COBRADO EM PROVAS DE PGE’S

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO – 19,3%

PRINCIPAIS DIPLOMAS ART 102, I, a, §1º, §2º, §3º, ART. 103 E ART. 103-A da CF.
NORMATIVOS: LEI nº 9868/1999 (ADI, ADC, ADO)

LEI nº 9882/1999 (ADPF)

LEI nº 11417/2006 (Súmula Vinculante)

O tema de hoje foi dividido em dois dias (dias 08 e 09).


Atenção! São os mesmos artigos para os DOIS DIAS.
A recomendação é que o estudo da lei seca seja feito no primeiro dia e a revisão no segundo. Isso apenas
para alunos que possuem bastante contato com o tema.
Para os alunos que não tem esse contato: o ideal é dividir o estudo em dois dias.

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DIA 10

DIREITO CIVIL

Tema do dia: Parte Geral do Código Civil

CESPE: PRIMEIRO

TEMA MAIS COBRADO EM PGE’S

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO – 45%

ARTIGOS REFERENTES AO ART 1º a 232 do CC


TEMA:

O tema de hoje foi dividido em dois dias (dias 10 e 11).


Atenção! São os mesmos artigos para os DOIS DIAS.
A recomendação é que o estudo da lei seca seja feito no primeiro dia e a revisão no segundo. Isso apenas
para alunos que possuem bastante contato com o tema.
Para os alunos que não tem esse contato: o ideal é dividir o estudo em dois dias.

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EDITAL

2 Pessoas naturais. 2.1 Conceito. 2.2 Existência. 2.3 Início da personalidade. 2.4 Personalidade. 2.5 Capacidade. 2.6 Nome civil. 2.7 Estado civil. 2.8
Domicílio. 2.9 Direitos da personalidade. 2.10 Ausência. 3 Pessoas jurídicas. 3.1 Disposições gerais. 3.2 Conceito e elementos caracterizadores. 3.3
Constituição. 3.4 Extinção. 3.5 Capacidade e direitos da personalidade. 3.6 Domicílio. 3.7 Sociedades de fato, grupos despersonalizados. 3.8 Associações,
sociedades, fundações. 3.9 Desconsideração da personalidade jurídica. 3.10 Responsabilidade da pessoa jurídica e dos sócios. 4 Bens. 4.1 Diferentes
classes. 4.2 Bens corpóreos e incorpóreos. 4.3 Bens no comércio e fora do comércio. 5 Ato jurídico. 5.1 Fato e ato jurídico. 6 Negócio jurídico. 6.1
Disposições gerais. 6.2 Classificação, interpretação. 6.3 Elementos. 6.4 Representação, condição. 6.5 Termo. 6.6 Encargo. 6.7 Defeitos do negócio jurídico.
6.8 Existência, eficácia, validade, invalidade e nulidade do negócio jurídico. 6.9 Simulação. 7 Atos jurídicos. 7.1 Atos lícitos e ilícitos. 8 Prescrição e
decadência. 9 Prova.

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COMO O TEMA É COBRADO EM PROVAS?

SUBTEMAS COM PRIORIDADE ABSOLUTA EM PGEs

Negócios jurídicos Direitos da personalidade Prescrição

Nos últimos anos (2023, 2022 e 2021), a Banca CESPE permaneceu dando uma enorme importância para
o tema Parte Geral. Foi o TEMA MAIS COBRADO, representando um percentual de 45% de cobrança em
Procuradorias Estaduais.

É isso mesmo! Quase metade da cobrança dos últimos anos se concentrou em um único tema. Há chance
de negligenciar Parte Geral? Nenhuma!

Parte Geral é o tema mais importante de Direito Civil para a Banca CESPE em provas. É aquele que tem
relevância para todas as fases do concurso. E é sempre muito amplo. Tem sempre conhecimento para
consolidar ou crescer. Por isso, jamais negligencie esse assunto, ainda que você já o tenha estudado
várias vezes. Afinal, cada oportunidade de estudá-lo é uma chance de consolidar e acrescentar detalhes
no seu conhecimento, o que vai garantir pontos importantes em prova.

É um tema clássico, sendo extremamente necessário que o aluno busque domínio nele. Não dê chance
ao erro, pois o assunto será, sem dúvidas, objeto da sua prova.

Na última Procuradoria Estadual da CESPE, PGE/SE (2023), foram 3 questões sobre o tema. Na PGE/ES
(2023), foram 4 questões sobre o tema. São dados que não podemos ignorar.

A grande vantagem no presente tema – e no estudo de Direito Civil como um todo – é que a abordagem
das questões é muito firmada na cobrança da lei, seguida pela cobrança jurisprudencial, com apenas
algumas peculiaridades doutrinárias.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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No particular dos direitos da personalidade, há um encontro muito grande com assuntos abordados em
Direito Constitucional, de modo que o estudo traz uma relação de custo-benefício muito interessante.

COMENTÁRIOS CASUAIS

A cobrança do tema, passeia pelas três fontes (lei seca, jurisprudência e doutrina). Nesta ordem
de importância.

A banca CESPE é bastante repetitiva em alguns temas. Isso é interessante para o nosso estudo
direcionado. Vejamos especificamente a cobrança da banca.

SUBTEMA: DAS PESSOAS

Na PGE/ES (2023) e na PGE/RO (2022), a Banca cobrou sobre direitos da personalidade e é


extremamente válido você conhecer os detalhes doutrinários mais importantes sobre o início da
personalidade civil da pessoa, bem como as principais características sobre os direitos da
personalidade.

Art. 2º do CC. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.

TEORIA NATALISTA A personalidade só se inicia com o nascimento.


O nascituro não pode ser considerado pessoa.
O nascituro tem apenas expectativa de direitos.
Defensores: Silvio Rodrigues, Caio Mário e Sílvio Venosa.

A personalidade jurídica se inicia com a concepção , muito embora alguns direitos


só possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento.
TEORIA CONCEPCIONISTA O nascituro é pessoa desde o momento em que ele é concebido (é um sujeito
de direitos).
O nascituro possui direitos.
Defensores: Silmara Chinellato e a grande maioria da doutrina.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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A personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas o nascituro
titulariza direitos submetidos à condição suspensiva (ou direitos eventuais)
TEORIA DA PERSONALIDADE
O nascituro possui direitos sob condição suspensiva.
CONDICIONAL
Defensores: Washington de Barros Monteiro, Arnaldo Rizzardo.

Importante! Com base na doutrina de Clóvis Beviláqua, ainda aplicável ao novo sistema, podemos dizer que o
legislador aparentemente abraça a teoria natalista por ser mais prática, mas sofre forte e inequívoca influência
da teoria concepcionista, pois o sistema jurídico reconhece ao nascituro diversos direitos como pessoa.

DIREITOS DA PERSONALIDADE (Aspectos já cobrados pela CESPE)

Enunciado nº 1 do CJF: A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos
direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura
Enunciado nº 4 do CJF: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que
não seja permanente nem geral.
Enunciado 139 do CJF: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente
previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé
objetiva e aos bons costumes.

Atenção! Na PGE/RO (2022), a CESPE entendeu que o direito à privacidade é absoluto quanto à sua eficácia.

Atenção! Na PGE/ES (2023), a CESPE considerou correta a seguinte assertiva: titularidade de direitos da
personalidade ao nascituro é reconhecida desde a sua concepção.

Atenção! Na prova de Procurador do MPC-RJ (2023), a banca cobrou o conhecimento da jurisprudência do STJ
no sentido de que a voz humana encontra proteção nos direitos da personalidade, seja como direito autônomo
ou como parte integrante do direito à imagem ou do direito à identidade pessoal.

Atenção! Na prova de Procurador do MPC-RJ (2023), a banca considerou correta a seguinte assertiva: A
modificação ou a retificação de nome civil é permitida em razão da dupla cidadania para fins de unificação de
registros. O fundamento encontra-se na edição 138 da Jurisprudência em Teses do STJ.

Atenção! Na prova de Procurador do MPC-RJ (2023), a banca considerou correta a seguinte assertiva: A
liberdade de informação e de opinião reconhecida constitucionalmente à imprensa não corresponde a um
direito absoluto, uma vez que encontra limitações, como a proteção dos direitos da personalidade.

Atenção! Apesar de se tratar se cobrança recente, o ensino doutrinário trazido é muito relevante para o nosso
estudo! Na PGM Boa Vista (2010), a CESPE considerou correta a seguinte assertiva: Os direitos da personalidade

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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caracterizam-se pela extrapatrimonialidade e a eles atribuem-se, entre outras características, a oponibilidade
erga omnes, a vitaliciedade e a relativa disponibilidade. Diz-se, portanto, que a personalidade goza de relativa
disponibilidade porque alguns dos direitos da personalidade não admitem qualquer limitação, apesar de, em
alguns casos, não haver óbice legal à limitação voluntária.

A Banca já repetiu a cobrança do tópico doutrinário sobre as características dos direitos da


personalidade:

Os direitos da personalidade são absolutos (oponibilidade erga omnes);

gerais ou necessários (intrínsecos a todas as pessoas);

extrapatrimoniais (ausência de conteúdo patrimonial direto);

indisponíveis (abarca a irrenunciabilidade – relativa – e a intransmissibilidade); imprescritíveis (inexiste prazo para


o exercício, não se extinguindo com o uso);

impenhoráveis (não havendo impedimento para a penhora do crédito dos direitos patrimoniais);

e vitalícios (até a morte). No entanto, há direitos da personalidade que podem existir após o seu falecimento, a
exemplo da lesão a honra do indivíduo, cujo cônjuge sobrevivente ou qualquer parente em linha reta ou colateral
até o 4º grau tem legitimidade para requerer a medida que cesse o atentado à sua memória).

Não negligencie a conceituação sobre capacidade e personalidade, que são tópicos doutrinários:

PERSONALIDADE CAPACIDADE

CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO:


Capacidade genérica. A capacidade de adquirir
direitos e contrair obrigações na vida civil. Ela é
Aptidão genérica para titularizar direitos e deveres
inerente à pessoa humana (sem isto se perde a
jurídicos. Tal conceito está mais afeto a aspecto
qualidade de pessoa), neste sentido capacidade tem a
existencial.
mesma significação de personalidade, contudo,
verifica-se que tal conceito está mais afeito a aspectos
patrimoniais.

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CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO:
Capacidade em sentido estrito. A capacidade de
exercer por si mesmo os atos da vida civil.
Ex.: Um recém-nascido NÃO tem capacidade de fato.
CAPACIDADE PLENA:
CAPACIDADE DE DIREITO + DE FATO

Confira, ainda, a seguir, tabela importante sobre Desconsideração da Personalidade Jurídica, tema
já cobrado pela CESPE e teve cobrança repetida na PGE/SE (2023):

ESPÉCIES de DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

DESCONSIDERAÇÃO Retira-se o escudo da pessoa jurídica para atingir quem está por trás dela
DIRETA (sócios).

Enunciado 284 da Jornada de Direito Civil: As pessoas jurídicas de direito privado


sem fins lucrativos OU de fins não-econômicos estão abrangidas no conceito de
abuso da personalidade jurídica.

DESCONSIDERAÇÃO Afasta-se o princípio da autonomia patrimonial para responsabilizar a sociedade


INVERSA por obrigação do sócio.

Enunciado 283 da Jornada de Direito Civil: É cabível a desconsideração da


personalidade jurídica denominada “inversa” para alcançar bens de sócio que se
valeu da pessoa jurídica para ocultar OU desviar bens pessoais, com prejuízo a
terceiros.

DESCONSIDERAÇÃO Ocorre nos casos em que a empresa controladora comete fraudes por meio da
INDIRETA empresa controlada ou coligada, ou subsidiária integral entre outras, em
prejuízo de terceiros ou em obtenção de vantagens ilícitas.

DESCONSIDERAÇÃO Tem por finalidade atingir o patrimônio de qualquer sócio oculto.


EXPANSIVA

DESCONSIDERAÇÃO É aquela em que o juiz, de forma incidental, nos autos da execução singular ou
INCIDENTAL coletiva, determina a desconsideração da personalidade jurídica (REsp
1.326.201-RJ). .

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SUBTEMA: DOS BENS

Sobre os bens acessórios previstos no ordenamento jurídico brasileiro, a CESPE cobrou


recentemente na PGE/SE (2023) e cobrou também na PGE/CE (2021):

BENS ACESSÓRIOS

FRUTOS PRODUTOS PERTENÇAS PARTES BENFEITORIAS


INTEGRANTES

São bens acessórios São os bens São bens destinados a As partes integrantes São os bens
que têm sua origem acessórios que saem servir um outro bem são os bens acessórios
no bem principal, da coisa principal, principal, por vontade acessórios que estão introduzidos em um
mantendo a diminuindo a sua ou trabalho unidos ao bem bem móvel ou imóvel,
integridade desse quantidade e intelectual do principal, formando visando a sua
último, sem a substância. proprietário. Com com este último um conservação ou
diminuição da sua Percebe-se efeito, prevê o art. 93 todo independente. melhora da sua
substância ou que é discutível a do CC inovação As partes integrantes utilidade. Enquanto
quantidade. condição de acessório importante que “São são desprovidas de os frutos e produtos
dos produtos, eis que pertenças os bens existência material decorrem do bem
são retirados ou que, não constituindo própria, mesmo principal, as
destacados da própria partes integrantes, se mantendo sua benfeitorias são nele
coisa principal. destinam, de modo integridade, introduzidas.
duradouro, ao exemplificando a 1.Benfeitorias
Ex.: A pepita de uso, ao serviço ou ao Professora Titular da necessárias – Sendo
ouro retirada de uma aformoseamento de PUCSP, com a essenciais ao bem
mina. outro”. hipótese da lâmpada principal, são as que
CESPE 2023 PGE/SE em têm por fim
Ex.: piano no relação ao lustre. conservar ou evitar
conservatório Também pode ser que o bem se
musical. citada a lente de uma deteriore.
câmera filmadora. Exemplo: a reforma
do telhado de uma
casa.

2. Benfeitorias úteis –
São as que aumentam

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___________________________________________________
ou facilitam o uso da
coisa, tornando-a
mais útil.
Exemplo: instalação
de uma grade na
janela de uma casa.

3.Benfeitorias
voluptuárias – São as
de mero deleite, de
mero luxo, que não
facilitam a
utilidade da coisa,
mas apenas tornam
mais agradável o uso
da coisa.
Exemplo: construção
de uma piscina em
uma casa.

FRUTOS

QUANTO À ORIGEM: QUANTO AO ESTADO EM QUE EVENTUALMENTE SE ENCONTRAREM

frutos frutos frutos frutos frutos frutos frutos frutos


naturais industriais civis pendentes percebidos estantes percipiendos consumidos

Decorrentes Decorrentes Decorrentes de estão os já os frutos que os frutos que os frutos


da essência de uma uma relação ligados à colhidos do foram deveriam ter que já
da coisa atividade jurídica ou coisa principal e colhidos e sido colhidos, foram
principal. humana. econômica, de principal, separados. encontram-se mas não colhidos e
natureza e que não armazenados. foram. já não
privada, foram existem
também colhidos. mais.
denominados
rendimentos.

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Ex.: frutas Ex.: Um Ex.: É o caso Ex.: Ex.: maçãs Ex.: maçãs Ex.: maçãs Ex.: maçãs
da árvore. material dos valores maçãs que foram colhidas e maduras que que foram
produzido decorrentes do que ainda colhidas colocadas em já deveriam colhidas
por uma aluguel de estão pelo caixas em um ter sido pelo
fábrica. um imóvel, de presas à produtor. armazém. colhidas e produtor e
juros de macieira. que estão já vendidas
capital, de apodrecendo. a terceiros.
dividendos de
ações.

SUBTEMA: DOS ATOS, FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS

Sobre fato jurídico, ato jurídico, negócio jurídico e ato-fato jurídico, confira uma importante tabela
doutrinária:

FATO JURÍDICO ATO JURÍDICO NEGÓCIO JURÍDICO ATO-FATO JURÍDICO


Fato jurídico = Fato + Direito Ato Jurídico = Fato + Direito + Vontade Negócio Jurídico = Fato + Direito + Vontade

+ Licitude + Licitude + Composição de interesses das


partes com finalidade específica

Fato jurídico: todo o acontecimento Ato jurídico: todo o ato lícito que tenha Negócio Jurídico: qualquer estipulação Ato-fato jurídico: O ato-fato
de origem natural ou humana que por fim imediato adquirir, resguardar, de consequências jurídicas, realizada jurídico pode ser
gere consequências jurídicas. transferir, modificar ou extinguir por sujeitos de direito no âmbito do conceituado como o evento
direitos. exercício da autonomia da vontade. que, embora oriundo de
uma ação ou omissão
humana, produz efeitos na
órbita jurídica,
independentemente da
vontade de os produzir.

Uma ocorrência que interessa ao Trata-se de um fato jurídico com Ato jurídico em que há uma É um fato jurídico
Direito, ou seja, que tenha relevância ELEMENTO VOLITIVO e conteúdo COMPOSIÇÃO DE INTERESSES DAS qualificado por uma
jurídica. O fato jurídico lato sensu LÍCITO. PARTES com uma FINALIDADE vontade não relevante
pode ser: ESPECÍFICA. juridicamente em um
Obs.: Tartuce está filiado à corrente primeiro momento; mas
doutrinária que afirma que o ato ilícito que se revela relevante por
não é jurídico, por ser antijurídico seus efeitos.
(contra o direito).

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Ato ilícito: ato causador de prejuízo, Como exemplo, pode ser
seja patrimonial, físico ou moral, a citada a hipótese em que
outrem. alguém encontra um
tesouro sem querer.

Natural: Humano: Ato jurídico lato Ato jurídico


denominado fato surgindo o sensu: stricto sensu:
jurídico stricto conceito de fato ato jurídico é o o que gera
sensu. Esse pode jurígeno acontecimento consequências
ser um fato jurídico cujo jurídicas previstas
ordinário ou suporte fático em lei (tipificadas
extraordinário tenha como cerne previamente),
uma desejadas, é bem
exteriorização verdade, pelos
consciente de interessados, mas
vontade, dirigida sem qualquer
à obtenção de regulamentação
resultado da autonomia
juridicamente privada. Surge
protegido, como mero
previsto na norma pressuposto de
ou eleito pela efeito jurídico
própria parte. preordenado por
lei.

Sobre a diferença entre termo e condição, elementos acidentais (facultativos) do negócio jurídico,
elaboramos uma tabela para facilitar sua memorização!

CONDIÇÃO TERMO ENCARGO

Art. 121 a 130 do CC Art. 131 a 135 do CC Art. 136 a 137 do CC

Elemento que, derivando Elemento que estabelece momento Elemento que impõe ao beneficiário
exclusivamente da vontade das no qual começa ou se extingue a do negócio jurídico uma dada
partes, subordina o efeito do negócio eficácia do negócio jurídico. obrigação, a exemplo das doações
jurídico a evento futuro e incerto. com encargo.

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Dica: Atenção! Em regra: não suspende a aquisição
Condição Suspensiva – A partir de Termo Inicial - suspende o exercício, nem o exercício do direito.
suspende a aquisição e mas não a aquisição do direito. EXCEÇÃO: se imposto como condição
suspende o exercício do direito. suspensiva

Condição Resolutiva – Até que

CESPE – PGE/SE (2017): Assinale a


opção que apresenta o conceito de
condição, no âmbito dos negócios
jurídicos: Cláusula que submete a
eficácia do negócio jurídico a
determinado acontecimento.

Os temas dos Defeitos do Negócio Jurídico bem como os casos de nulidade e de anulabilidade de
tais avenças também possui grande importância para a nossa prova. Confira a tabela a seguir:

ESPÉCIES DE DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

ERRO OU IGNORÂNCIA Consiste na falsa representação da realidade.


(Art. 138 – 144 do CC)

DOLO O dolo é a conduta maliciosa praticada por um dos negociantes ou por


(Art. 145- 150 do CC) terceiro com o objetivo de levar o outro negociante a erro sobre as
circunstâncias reais do negócio, de modo a manifestar vontade que lhe seja
desfavorável, e que ele não manifestaria, não fosse o comportamento ilícito
de que foi vítima.

Dolo do representante legal: só obriga o representado a responder


civilmente até a importância do proveito que teve (art.149 do CC).
Dolo do representante convencional: o representado responderá
solidariamente com ele por perdas e danos (art.149 do CC).

COAÇÃO Funciona como uma forte violência (física ou moral) aplicada para que
(Art. 151- 155 do CC) alguém seja forçado a realizar determinado ato contrário a sua vontade.

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ESTADO DEPERIGO Opera-se quando alguém assume obrigação muito onerosa, acima do
(Art. 156 do CC) normal, para salvar a si mesmo ou pessoa de sua família de dano ou prejuízo
grave, que é de conhecimento da outra pessoa (= dolo de aproveitamento).
Dica: o estado de perigo, que é substantivo composto, exige dolo de
aproveitamento, que também é substantivo composto.

LESÃO Consiste em vício da vontade do negócio jurídico que se caracteriza pela


(Art. 157 do CC) obtenção de um lucro exagerado por se valer uma das partes da
inexperiência ou necessidade econômica da outra.

FRAUDE CONTRA CREDORES Ocorre quando o devedor pratica atos com o objetivo de prejudicar os
(Art. 158 – 165 do CC) direitos dos credores de receberem aquilo que lhes é garantido.
Atenção! A CESPE cobrou o seguinte:
FRAUDE CONTRA CREDORES -> Nulidade;
FRAUDE NA EXECUÇÃO -> Ineficácia.

A banca CESPE demonstra enorme preferência pelo troca entre nulo (nulidade absoluta) /anulável
(nulidade relativa):

ANULÁVEL NULO

Incapacidade relativa Incapacidade absoluta

Erro substancial ou ignorância Objeto ilícito, impossível ou


indeterminável.

Dolo Motivo determinante, comum a ambas


as partes for ilícito, ou NÃO revestir a
forma prescrita em lei.

Coação Preterida alguma solenidade essencial


por lei para a sua validade.

Estado de perigo Objetivo fraudar lei imperativa.

Lesão Lei taxativamente o declarar nulo, ou


proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.

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Fraude contra credores Simulação (mas subsiste o negócio que
se dissimulou, se válido for na
Outros casos declarados em lei, a
substância ou na forma – pegadinha
exemplo do art.496 do CC.
clássica em prova)

Uma dica básica, que ajuda muito na hora de aprender sobre nulo e anulável é que, dentre todos
os defeitos do negócio jurídico, apenas 1 é NULO: SIMULAÇÃO. Todos os demais (erro, dolo,
coação, estado de perigo, coação, lesão e fraude contra credores) são anuláveis. Isso foi
novamente cobrado na AGU (2023) e na PGE/PA (2023).

Sobre os negócios jurídicos, uma diferença básica, mas cobrada:

ESTADO DE PERIGO LESÃO


(Art. 156 do CC) (Art. 157 do CC)

Art. 156 do CC. Configura-se o Art. 157 do CC. Ocorre a lesão


estado de perigo quando alguém, quando uma pessoa,

premido da necessidade de salvar- sob premente necessidade, ou por


se, ou a pessoa de sua família, de inexperiência,
grave dano conhecido pela outra
parte,

assume obrigação excessivamente se obriga a prestação


onerosa. manifestamente desproporcionaL
ao valor da prestação oposta.

Estado de Perigo Lesão


Exige dolo de aproveitamento Não exige dolo de aproveitamento
(Enunciado 150 da Jornada de
Direito Civil)

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A cobrança do conhecimento dos prazos prescricionais previstos no Código Civil já foi realizada de maneira
recorrente pela banca CESPE, inclusive na PGE/RO (2022). Confira:
PRAZOS PRESCRICIONAIS

1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS

a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres a pretensão para a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; a pretensão a pretensão de cobrança
destinados a consumo no próprio estabelecimento, para haver prestações relativa à de dívidas líquidas
o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; alimentares, a tutela, a contar constantes de
partir da data em da data da instrumento público ou
que se aprovação das particular;
vencerem. contas.

a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou a pretensão dos
contra aquele, contado o prazo: vitalícias; profissionais liberais em
a) para o segurado, no caso de seguro de geral, procuradores
responsabilidade civil, da data em que é citado para judiciais, curadores e
responder à ação de indenização proposta pelo terceiro professores pelos seus
prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a honorários, contado o
anuência do segurador; prazo da conclusão dos
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador serviços, da cessação dos
da pretensão; respectivos contratos ou
mandato;

a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações a pretensão do vencedor
serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com para haver do vencido o
percepção de emolumentos, custas e honorários; capitalização ou sem ela; que despendeu em juízo.

a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa.
que entraram para a formação do capital de sociedade
anônima, contado da publicação da ata da assembléia
que aprovar o laudo;

a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou a pretensão de reparação civil;
acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da
ata de encerramento da liquidação da sociedade.

a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé,


correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;

a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei


ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade
anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do
balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada,
ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à
violação;

a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do


vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;

a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro


prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

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Atenção! Prevalece na jurisprudência que o prazo prescricional na responsabilidade contratual é
de 10 anos, com base no art. 205 do CC. Isso foi cobrado recentemente pela CESPE na PGM
Maringá (2022) e na PGE/ES (2023).

Atenção! Já foi cobrado, pela banca, o conhecimento de que a prescrição pode ser arguida a
qualquer tempo nas instâncias ordinárias, preceito inaplicável às instâncias extraordinária e
especial.

As causas de interrupção e suspensão do prazo prescricional já foram cobradas em provas de


Procuradorias. Confira!
Interrupção = 1 vez
Suspensão = VáriaS vezes.

Os artigos campeões de cobrança (os artigos mais cobrados no tema):


Artigo 2º do Código Civil.
Artigo 11 do Código Civil.
Artigo 50, caput, do Código Civil. A Banca cobrou novamente na PGE/SE (2023)!
Artigo 150 do Código Civil.
Artigo 151 do Código Civil.
Artigo 157 do Código Civil.
Artigo 167 do Código Civil. A Banca cobrou novamente na AGU (2023)!
Artigo 169 do Código Civil. A Banca cobrou novamente na PGE/SE (2023)! A Banca cobrou novamente na AGU
(2023)!
Artigo 170 do Código Civil.
Artigo 171 do Código Civil.
Artigo 206, § 3º, V do Código Civil.

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INÍCIO DA META DO DIA

AQUECENDO COM QUESTÕES

Inicie o estudo resolvendo 5 questões do tema focado na Banca CESPE.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS NO TEMA

Art. 44 do CC. São pessoas jurídicas de direito privado:


VI - (Revogado pela Lei nº 14.382, de 2022)

Art. 48-A do CC. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial e em seus
atos constitutivos, poderão realizar suas assembleias gerais por meio eletrônico, inclusive para os fins do disposto
no art. 59 deste Código, respeitados os direitos previstos de participação e de manifestação. (Incluído pela Lei nº
14.382, de 2022)

Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de prescrição da pretensão, observadas as causas
de impedimento, de suspensão e de interrupção da prescrição previstas neste Código e observado o disposto no
art. 921 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Redação dada pela Lei nº 14.382,
de 2022)

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ARTIGOS DO TEMA JÁ COBRADOS

CÓDIGO CIVIL
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 2º (+) ART 44, IV ART 66, §2º

ART 3º (+) ART 44, § 1º ART 67

ART 4º ART 45 (+) ART 70

ART 5º (+) ART 46, VI ART 71

ART 8º ART 48 (+) ART 72

ART 9º ART 50, caput (+) ART 72, p. único

ART 11 (+) ART 50, §1º ART 73 (+)

ART 12 ART 50, §2º, III ART 74

ART 13 ART 50, § 4º ART 75 (+)

ART 14 (+) ART 51, caput ART 75, §1º (+)

ART 15 (+) ART 51, §3º ART 76

ART 17 (+) ART 52 ART 79

ART 19 ART 53 ART 80 (+)

ART 20 ART 55 (+) ART 81 (+)

ART 21 ART 56, p. único ART 82

ART 22 ART 57 (+) ART 83 (+)

ART 31 ART 59 ART 84

ART 41, III ART 62 ART 85 (+)

ART 43 ART 63 ART 93 (+)

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ART 94 (+) ART 133 ART 168 (+)

ART 97 ART 136 (+) ART 169 (+)

ART 98 ART 138 ART 170 (+)

ART 99, II ART 139 ART 171, caput, I, II (+)

ART 99 ART 140 (+) ART 172

ART 100 (+) ART 143 ART 174

ART 101 ART 145 (+) ART 175

ART 103 (+) ART 147 (+) ART 178, I, II, III (+)

ART 104, III (+) ART 148 ART 180

ART 107 ART 150 (+) ART 182

ART 108 (+) ART 151 (+) ART 183

ART 110 (+) ART 153 ART 186

ART 111 ART 156, caput (+) ART 187 (+)

ART 112 (+) ART 156, p. único ART 188, I, II (+)

ART 113, caput ART 157, caput, §1º, §2º (+) ART 188, p. único

ART 113, § 1º, I ART 158, caput (+) ART 189 (+)

ART 119, caput (+) ART 158, §1º, §2º (+) ART 190

ART 121 (+) ART 159 ART 191 (+)

ART 122 ART 162 ART 192 (+)

ART 123, I, II, III ART 166, I (+) ART 193

ART 124 ART 166, II (+) ART 197, II

ART 125 ART 166, III ART 198, I

ART 127 ART 166, IV, V, VI (+) ART 200

ART 131 (+) ART 166, VII (+) ART 201

ART 132, caput ART 167 (+) ART 202, I

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
___________________________________________________
ART 203 ART 207 ART 448

ART 204, §1º ART 209 ART 685

ART 206, §3º, I (+) ART 210 ART 1473, VI, VII

ART 206, §3º, V (+) ART 213 (+) ART 1519

ART 206, §3º, IX ART 214

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS EM QUESTÕES DO TEMA

LEI 8.009/1990
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 4º ART 5º

ATOS NORMATIVOS COM APENAS 1 ARTIGO COBRADO

LEI 8.245/1991 ART 45

DECRETO 20.910/1932 ART 1º

LEI 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com ART 6º


Deficiência)

LEI nº 9.610/1998 (DIREITOS AUTORAIS) ART 3º

LEI nº 9.279/1996 (LEI DE PROPRIEDADE ART 5º


INDUSTRIAL)

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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SÚMULA JÁ COBRADA

Cobrança repetida:
Súmula 403 do STJ: independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
A Banca cobrou novamente PGM/Maringá (2022)!
A Banca cobrou novamente na PGE/PA (2023)!
A Banca cobrou novamente na PGE/SE (2023)!

Súmula 449 do STJ: A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui
bem de família para efeito de penhora.

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DIA 11

DIREITO CIVIL

Tema do dia: Parte Geral do Código Civil

CESPE: PRIMEIRO

TEMA MAIS COBRADO EM PGE’S

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO – 45%

ARTIGOS REFERENTES AO ART 1º a 232 do CC


TEMA:

O tema de hoje foi dividido em dois dias (dias 10 e 11).


Atenção! São os mesmos artigos para os DOIS DIAS.
A recomendação é que o estudo da lei seca seja feito no primeiro dia e a revisão no segundo. Isso apenas
para alunos que possuem bastante contato com o tema.
Para os alunos que não tem esse contato: o ideal é dividir o estudo em dois dias.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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DIA 12

DIREITO TRIBUTÁRIO

Tema do dia: Obrigação Tributária

TERCEIRO
CESPE:
TEMA MAIS COBRADO EM PGE’s

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO – 18,9%

ARTIGOS REFERENTES AO TEMA: Artigos 113 a 138 do CTN

EDITAL

6 Obrigação tributária. 6.1 Definição e natureza jurídica. 6.2 Obrigação principal e acessória. 6.3 Fato gerador. 6.4 Sujeito ativo. 6.5
Sujeito passivo. 6.6 Solidariedade. 6.7 Capacidade tributária. 6.8 Domicílio tributário. 6.9 Responsabilidade tributária. 6.10
Responsabilidade dos sucessores. 6.11 Responsabilidade de terceiros. 6.12 Responsabilidade por infrações. 6.13 Substituição
tributária. 18 Consequente tributário: sujeito ativo e passivo. Competência tributária e sujeição ativa. Sucessão do sujeito ativo.
Contribuinte. Responsabilidade tributária. Responsabilidade pelo tributo e responsabilidade pela infração. Responsabilidade solidária.
Responsabilidade sucessória. Responsabilidade de terceiros. Substituição tributária. Sujeição passiva e convenções particulares.
Capacidade tributária. Domicílio tributário.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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COMO O TEMA É COBRADO EM PROVAS?

SUBTEMAS COM PRIORIDADE ABSOLUTA EM PGE’s

Responsabilidade Tributária Fator gerador Capacidade, domicílio e sujeitos da


obrigação

Direito Tributário uma matéria muito interessante dentro do quadripé.


É uma matéria muito condensada (sua essência está na letra fria da Constituição Federal e no Código
Tributário). Sobre o CTN, principalmente, a partir do artigo 96.
Tributário possui um excelente custo-benefício.

Inclusive, se você sentir que nessa matéria está sua dificuldade, você consegue revisar o CTN e a
Constituição Federal completos naquilo que está vigente nas matérias em poucos dias. Isso é sensacional.

Na Constituição Federal, por exemplo, você encontra base para diversos temas como:

Limitações ao Competência Impostos Impostos Impostos Repartição de


Poder de Tributar Tributária Federais Municipais Estaduais receitas
tributárias...

No CTN, por exemplo, encontra base legal para diversos temas como:

Legislação Obrigação Lançamento Crédito Administração Garantias e


Tributária Tributária Tributário Tributário, Tributária Privilégios
Suspensão, Tributários...
Extinção e
Exclusão.

Outra fonte basilar na matéria é a jurisprudência. Sempre muito presente em provas, o conhecimento
dos enunciados sumulados e a decisões dos tribunais superiores são instrumentos do aumento da sua
nota na matéria.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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Na matéria, as fontes de maior destaque (com uma certa folga, inclusive!) permanecem sendo a lei seca
e jurisprudência, o que torna o estudo ainda mais previsível. Não negligencie a CF (art. 145 a 162), o CTN
(principalmente, a partir do art. 96), é certo ter questão de prova usando esses diplomas normativos como
base.

No edital da PGE/RN, um ponto nos chama atenção. Na distribuição das matérias, Direito Tributário
aparece juntamente com Financeiro e Previdenciário na 8ª divisão. Pode ser um indicativo que venha com
poucas questões? Pode. Mas não vamos arriscar em uma matéria tão clássica para a carreira.

Sobre o tema do dia: Obrigação Tributária é o terceiro tema mais cobrado pela Banca CESPE em provas
de PGE’s. Representa um percentual de 18,9% de relevância.

É um tema clássico. É extremamente necessário que o aluno busque domínio nele. O tema estará em sua
prova.
O tema possui seu respaldo principal na letra fria do Código Tributário, onde conta com uma alocação
topográfica. A dificuldade do tema está, principalmente, em Responsabilidade Tributária, onde o aluno
deve dar uma atenção redobrada aos detalhes, pois é o subtópico mais cobrado!

No tema, em Provas de Procuradorias Estaduais, a banca CESPE deu preferência para os seguintes
subtemas:
1. Responsabilidade Tributária;
2. Fator gerador;
3. Capacidade, domicílio e sujeitos da obrigação.

COMENTÁRIOS CASUAIS

A banca CESPE é bastante legalista no tema, extraindo suas questões dos artigos relacionados do
CTN. Houve, porém, cobrança da jurisprudência recente sobre redirecionamento da execução e
cobrança pontual de doutrina.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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A regra mesmo é a cobrança da lei seca do Código Tributário Nacional. Seu melhor amigo na
matéria!

Em Procuradorias, é fundamental que saibamos bem os Sujeitos da obrigação tributária. Isso foi
cobrado novamente pela CESPE em 2023:

SUJEITO ATIVO

é a pessoa jurídica de direito público,


titular da competência para exigir o seu
SUJEITO PASSIVO
cumprimento (art. 119).
CESPE: Apenas pessoas jurídicas de direito
público podem figurar como sujeitos ativos
de obrigações tributárias.

SUJEITO ATIVO SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL DA OBRIGAÇÃO


DIRETO INDIRETO ACESSÓRIA

é o ente detentor é o ente detentor da pessoa obrigada ao pagamento de tributo é a pessoa obrigada às
da competência competência de ou penalidade pecuniária (art. 121 do CTN). prestações que
tributária, do arrecadar os constituam o seu
contribuinte responsável
poder de legislar e tributos e de objeto. (Art. 122 do
quando tenha relação quando, sem revestir
de instituir os fiscalizar todo o CTN)
pessoal e direta com a a condição de
tributos. procedimento de
situação que constitua contribuinte, sua
arrecadação
o respectivo fato obrigação decorra de
tributária.
gerador; disposição expressa
de lei.

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL CONCEITO DE TRIBUTO

compreende tributo + multa não constitui sanção de ato ilícito


CESPE/2023

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Em 2023, a Banca CESPE permaneceu com cobranças clássicas sobre obrigação tributária principal
e acessória e sujeitos da obrigação tributária. Artigos iniciais do tema que você deve revisar com
afinco.

Lembre-se! No Direito Tributário, não incide a regra do Direito Civil de que somente os maiores
de 18 anos possuem plena capacidade. Inclusive, esse tópico de capacidade foi cobrado na PGE/ES
(2023). De acordo com o art. 126 do CTN, temos o seguinte:

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA

INDEPENDE

PESSOAS NATURAIS PESSOAS JURÍDICAS

da capacidade civil das pessoas de achar-se a pessoa natural de estar a pessoa jurídica
naturais; sujeita a medidas que importem regularmente constituída,
privação ou limitação do exercício bastando que configure uma
de atividades civis, comerciais ou unidade econômica ou
profissionais, ou da administração profissional.
direta de seus bens ou negócios;

Com relação ao domicílio tributário, tema objeto de cobrança pela CESPE em recente prova em
2022), guarde o seguinte panorama:

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Regra: eleição pelo contribuinte.

Caso NÃO ocorra a eleição do domicílio, temos o seguinte:

Residência habitual
OU
PESSOAS NATURAIS
Se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual
de sua atividade.

Lugar da sede
OU

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PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO Para os atos ou fatos que derem origem à obrigação, o lugar de cada
PRIVADO E FIRMAS INDIVIDUAIS estabelecimento.

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO Qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.


PÚBLICO

Inaplicabilidade do foro de eleição ou de qualquer das regras acima: neste caso, o domicílio tributário será o
lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Possibilidade de a autoridade administrativa recusar o domicílio eleito: quando ele impossibilite ou dificulte a
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se a regra acima (situação dos bens ou ocorrência dos atos ou
fatos que deram origem à obrigação).

A banca CESPE já cobrou sobre as condições do artigo 117 do CTN e o seguinte tema doutrinário:

CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS GERADORES (ASPECTO TEMPORAL)

SIMPLES OU INSTANTÂNEOS CONTINUADOS COMPLEXIVOS OU PERIÓDICOS

quando se verificam e se esgotam em quando configuram situações quando seu processo de formação tiver
determinada unidade de tempo duradouras, que se implemento com o transcurso de unidades
(momento dado de tempo), dando desdobram no tempo por sucessivas de tempo, de maneira que, pela
origem, cada ocorrência, a uma intervalos maiores ou integração dos fatores, surge o fato final. Ou
obrigação tributária autônoma; menores. seja, são fatos geradores cujo ciclo de
formação se completa dentro de um
determinado período de tempo e que
consistem num conjunto de fatos,
circunstâncias ou acontecimentos globalmente
considerados.

A banca CESPE também cobrou sobre o seguinte tema doutrinário:

FUNÇÃO FISCAL OU FUNÇÃO EXTRAFISCAL OU FUNÇÃO PARAFISCAL OU


FISCALIDADE EXTRAFISCALIDADE PARAFISCALIDADE

Tributo tem por objetivo Tributação voltada Produto da arrecadação é


principal arrecadar recursos para primordialmente à promoção ou destinado a pessoa diversa do
ao desestímulo de atividades

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o desempenho das atribuições econômicas, sociais ou culturais ente federativo competente para
do Estado. protegidas pelo texto sua instituição.
constitucional.

Perceba, ainda, que CESPE também tem preferência imensa pelo subtema Responsabilidade
Tributária, que, de tão importante, é tratado no estudo para Procuradorias como um tema à
parte, mas, pela legislação, está no Título de Obrigação Tributária. Nesse subtema, os artigos
possuem uma legislação não tão clara, tenha paciência para concatenar todos os detalhes.

Atenção! Não confunda as espécies de responsabilidade tributária:

RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA

Aqui, a sujeição passiva do responsável surge Nesta espécie de responsabilidade, a obrigação


contemporaneamente à ocorrência do fato tributária nasce tendo como sujeito passivo
gerador. De maneira mais simples: logo em seu determinada pessoa, mas, depois, um evento
nascedouro, o polo passivo da obrigação definido em lei ocasiona a modificação da pessoa
tributária é ocupado pelo substituto. que ocupa o polo passivo da obrigação, surgindo,
dessa forma, a figura do responsável, tal qual
definido em lei.

RESPONSABILIDADE POR RESPONSABILIDADE POR


SUBSTITUIÇÃO OU ORIGINÁRIA TRANSFERÊNCIA OU DERIVADA

também é conhecida como de também é conhecida como de


"1º grau" "2º grau"

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RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

a sujeição passiva do responsável surge contemporaneamente


à ocorrência do fato gerador.

SIMULTÂNEA (COMUM) PROGRESSIVA REGRESSIVA

Leandro Paulsen cita em sua Ocorre nos casos em que as pessoas Ocorre nos casos em que as pessoas
obra a substituição simultânea, ocupantes das posições posteriores das ocupantes das posições anteriores
cadeias de produção e circulação são
quando a retenção deve ocorrer nas cadeias de produção são
substituídas, no dever de pagar tributo, por
por ocasião da ocorrência do substituídas, no dever de pagar o
aquelas que ocupam as posições anteriores.
fato gerador e o pagamento tributo, por aquelas que ocupam
Neste caso, o cálculo do tributo é feito por
logo em seguida, no prazo que posições posteriores nessas
meio de um arbitramento, pois não há
for estipulado pela legislação certeza do valor exato de uma operação mesmas cadeias. Neste caso, ocorre
futura (havendo pagamento antecipado). O diferimento do pagamento.
montante é definido mediante a aplicação
do regime de valor agregado. A substituição
tributária progressiva é prevista na própria
CF/88: Art. 150, § 7º.

Inclusive, o STF já declarou constitucional a substituição para frente (RE 213.396).

Pode-se concluir:

a) a sistemática da substituição tributária para frente é constitucional, mesmo com


relação aos fatos anteriores à Emenda Constitucional 3/1993;

b) Não ocorrido o fato gerador presumido, nasce o direito à restituição imediata e


preferencial da quantia paga;

c) É devida a restituição da diferença do imposto sobre circulação de mercadorias e


serviços (ICMS) pago a mais no regime de substituição tributária para a frente se a base
de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida (tese na repercussão geral do RE
593849)

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Há, ainda, 3 subespécies na responsabilidade por transferência, quais sejam: a responsabilidade
dos sucessores (arts. 129 a 133 do CTN), a responsabilidade de terceiros (arts. 134 e 135 do CTN) e
a responsabilidade por infrações (arts. 136 a 138 do CTN). Confira a tabelinha a seguir!

RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA

no momento do surgimento da obrigação, determinada pessoa figura como sujeito passivo, contudo, num momento
posterior, um evento definido em lei causa a modificação da pessoa que ocupa o polo passivo da obrigação, surgindo,
assim, a figura do responsável, conforme definida em lei.

RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES


(arts. 129 a 133) (arts. 134 e 135) (arts. 136 a 138)

A sucessão alcança os fatos geradores Aqui, os terceiros responsabilizados Salvo disposição de lei em contrário,
anteriores à sucessão, são pessoas que, em determinadas consiste na responsabilização pela
circunstâncias, falharam no
independentemente da data em que prática de infrações,
cumprimento de um dever legal de
foram constituídos. independentemente da intenção do
gestão ou vigilância do patrimônio do
agente.
contribuinte.
Nas hipóteses do art.134 do CTN, os
terceiros atuaram de maneira regular,
sem agressão à lei, ao contrato social
ou aos estatutos.
Já nas hipóteses do art. 135 do CTN,
existe, de fato, atuação irregular por
parte do terceiro.

As tabelas a seguir representam a transcrição legal dos artigos do CTN. Assim, a leitura deve
ocorrer na sua legislação. Esquematizamos em tabelas apenas para direcioná-los sobre a diferença
entre as responsabilidades e como foi cobrado em provas.

Quanto à RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO, diante da confusão de muitos artigos e da nítida


importância do tema nas provas da banca CESPE, elaboramos os seguintes esquemas para facilitar
o seu estudo:

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RESPONSABILIDADE NA AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS

Art. 130 do CTN. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a
posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova
de sua quitação.

ARREMATAÇÃO DO BEM EM HASTA a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.


PÚBLICA

RESPONSABILIDADE PESSOAL

Art. 131 do CTN. São pessoalmente responsáveis:

ADQUIRENTE OU REMITENTE tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos

SUCESSOR A QUALQUE TÍTULO E tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada
CÔNJUGE MEEIRO esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação

ESPÓLIO tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão

SUCESSÃO CAUSA MORTIS


Até a morte, o de cujus era sujeito passivo na modalidade contribuinte. O espólio é responsável pelos débitos tributários
do falecido anteriores à morte.
Após a morte, os novos fatos geradores terão como contribuinte o espólio, perdurando esta situação até a data da partilha
ou adjudicação. Até este momento, os sucessores a qualquer título e o cônjuge meeiro serão responsáveis.
Após a partilha ou adjudicação, os novos fatos geradores terão como contribuintes os sucessores a qualquer título e o
cônjuge meeiro.

Atenção! Para fins de provas objetivas, prevalece que, na sucessão causa mortis, estão abrangidas as multas moratórias
(STJ, REsp 292222), mas não as sancionatórias/punitivas. A hipótese não se confunde com o caso da súmula 554 do STJ,
que prevê a responsabilidade por sucessão empresarial quanto às multas moratórias e às punitivas.

RESPONSABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO RESULTANTE DE FUSÃO, TRANSFORMAÇÃO


OU INCORPORAÇÃO

Art. 132 do CTN. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou
em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.

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SUCESSÃO NO CASO DE EXTINÇÃO DA Quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer
PESSOA JURÍDICA (P. único) sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob
firma individual.

RESPONSABILIDADE NA SUCESSÃO EMPRESARIAL

Art. 133 do CTN. A pessoa natural ou jurídica de direito privado (adquirente/sucessor) que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

INTEGRALMENTE se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade

SUBSIDIARIAMENTE com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis


meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro
ramo de comércio, indústria ou profissão.

§ 1º Ausência de sucessão (ou seja, o adquirente não responde) na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial

§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for (ou seja, mesmo em caso de falência ou
recuperação judicial):
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação
judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação
judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
tributária.

§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá
em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

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Vejamos, agora, 2 tabelas sobre os casos de RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS:

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Art. 134 do CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

PAIS tributos devidos por seus filhos menores

TUTORES E CURADORES tributos devidos por seus tutelados ou curatelados

ADMINISTRADORES DE BENS DE tributos devidos por estes (terceiros)


TERCEIROS

INVENTARIANTE tributos devidos pelo espólio

SÍNDICO E COMISSÁRIO tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário

TABELIÃES, ESCRIVÃES E DEMAIS tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão
SERVENTUÁRIOS DE OFÍCIO do seu ofício

SÓCIOS no caso de liquidação de sociedade de pessoas

Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.

RESPONSABILIDADE PESSOAL

Art. 135 do CTN. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de
atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior

II - os mandatários, prepostos e empregados

III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado

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Por fim, confira as tabelas sobre os casos de RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES previstos no
CTN:

RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da
intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

I – quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou salvo quando praticadas no exercício regular de
contravenções administração, mandato, função, cargo ou emprego,
ou no cumprimento de ordem expressa emitida por
quem de direito;

II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;

III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

a) pessoas referidas no artigo 134 contra aquelas por quem respondem

b) mandatários, prepostos ou empregados contra seus mandantes, preponentes ou


empregadores

c) diretores, gerentes ou representantes de pessoas contra estas.


jurídicas de direito privado

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade
administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Os campeões de cobrança (artigos mais cobrados pela banca CESPE):


Artigo 126, I, II, III, do CTN. A banca cobrou novamente na PGF (2023)! A banca cobrou novamente na PGE/ES
(2023)!
Artigo 128 do CTN.
Artigo 133, I, II, do CTN.
Artigo 135, III, do CTN.
Artigo 138 do CTN. A banca cobrou novamente na PGE/PA (2023)!

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INÍCIO DA META DO DIA

AQUECENDO COM QUESTÕES

Inicie o estudo resolvendo 5 questões do tema focado na Banca CESPE.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS NO TEMA

Sem atualizações legislativas.

ARTIGOS DO TEMA JÁ COBRADOS

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 113, caput (+) ART 121 (+) ART 127, § 2º

ART 113 §1º, §2º, §3º (+) ART 123 (+) ART 128 (+)

ART 114 (+) ART 124, caput ART 129 (+)

ART 115 (+) ART 124, I, II (+) ART 130 (+)

ART 116, caput ART 124, p. único (+) ART 131, I, II, III (+)

ART 116, I, II ART 125 ART 132, caput (+)

ART 116, p. único ART 126 I, II, III (+) ART 132, p. único

ART 117, I, II (+) ART 127, I ART 133 (+)

ART 119 (+) ART 127, II (+) ART 133, I, II (+)

ART 120 ART 127, III ART 133, § 1º (+)

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ART 133, § 2º, I (+) ART 134, V ART 135, III (+)

ART 134, caput (+) ART 134, VI ART 136 (+)

ART 134, I (+) ART 134, VII ART 137, I (+)

ART 134, II (+) ART 134, p. único ART 137, III, c

ART 134, III ART 135, caput (+) ART 138, caput (+)

ART 134, IV (+) ART 135, I, II ART 138, p. único (+)

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OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 4º (+) ART 103, I ART 160, p. único

ART 5º 106, II ART 163, I, II, III, IV

ART 7º, caput (+) ART 108, §2º ART 164, caput

ART 7º, §1º, §2º, §3º ART 139 ART 172

ART 32, caput ART 140 (+) ART 173, p. único

ART 35, I, II, III ART 144, caput ART 174, p. único, IV

ART 42 ART 150, § 2º ART 175, I, II (+)

ART 45, p. único ART 156, V ART 175, p. único (+)

ART 100, I ART 156, VIII ART 176, caput

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 146, III ART 153, I ART 155, §2º, I

ART 149, §2º, I ART 153, § 5º ART 155, § 2º, XII

ART 150, III, a ART 155, I, II ART 156, I

ART 150, §7º (+) ART 155, §1º, II

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SÚMULAS JÁ COBRADAS

Cobrança repetida:
Súmula 360 do STJ: O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por
homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.
A banca cobrou novamente na PGE/PA (2023)!

Súmula 393 do STJ: A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias
conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.

Súmula 396 do STJ: A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição
sindical rural.

A “Reforma Trabalhista”, alterou os dispositivos da CLT que tratavam sobre a contribuição sindical com o objetivo
de fazer com que ela deixasse de ser compulsória e passasse a ser facultativa.

Cobrança repetida:
Súmula 430 do STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade
solidária do sócio-gerente.
A banca cobrou novamente na PGM/SP (2023)!

Súmula 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal,
sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-
gerente.

Atenção: o STJ entende que essa súmula aplica-se tanto para dívidas tributárias como não-tributárias. Assim,
quando a sociedade empresária for dissolvida irregularmente, é possível o redirecionamento de execução fiscal de
dívida ativa não-tributária contra o sócio-gerente da pessoa jurídica executada, independentemente da existência
de dolo (REsp 1.371.128-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 10/9/2014).
A banca cobrou novamente na PGM/SP (2023)!

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Cobrança repetida:
Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
A banca cobrou novamente na PGM/SP (2023)!

Súmula 463 do STJ: Incide Imposto de Renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas
extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.

Súmula 460 do STJ: É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo
contribuinte.

Vide Súmulas 212 e 213 do STJ.

Súmula 464 do STJ: A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se aplica às
hipóteses de compensação tributária.

Súmula 509 do STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal
posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda.

Cobrança repetida:
Súmula 554 do STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os
tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores
ocorridos até a data da sucessão.

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DIA 13
DIREITO PROCESSUAL PENAL

Tema do dia: Inquérito Policial. Competência.

INQUÉRITO POLICIAL
CESPE:
PRIMEIRO

TEMA MAIS COBRADO EM PROVAS DE


PGE’S

COMPETÊNCIA PENAL

SEGUNDO

TEMA MAIS COBRADO EM PROVAS DE


PGE’S

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO


INQUÉRITO – 13,23%
COMPETÊNCIA – 11,3%

ARTIGOS REFERENTES AO TEMA: INQUÉRITO: ART 4º A 23 do CPP

COMPETÊNCIA: ART 69 a 91 do CPP

Atenção! No tema de hoje, a recomendação é A LEITURA COMPLETA dos artigos referentes aos temas.

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EDITAL

Competência penal da Justiça Federal e da Justiça Estadual. 7 Inquérito policial.

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COMO O TEMA É COBRADO EM PROVAS?

SUBTEMA COM PRIORIDADE ABSOLUTA EM PGE’s

Características do inquérito policial Coisa julgada no arquivamento de Competência da Justiça Federal e


inquérito policial Estadual

Em Direito Processual Penal, Inquérito Policial e Competência representam respectivamente o primeiro


e o segundo tema mais cobrado pela Banca CESPE em provas de Procuradorias Estaduais. Com um
percentual de 13,2% e 11,3% de relevância.

Nas provas recentes da Banca, também houve cobrança dos referido temas.

No tema Inquérito Policial, a banca CESPE deu enorme preferência para:


- as Características do inquérito policial,
- Coisa julgada no arquivamento de inquérito policial. É importante que o aluno saiba quais decisões de
arquivamento do IP ensejam a formação ou não de coisa julgada material. Isso foi cobrado também na
PGE/SE (2023)!

No tema Competência, a banca CESPE deu enorme preferência para a cobrança de jurisprudência sobre
a Competência criminal da Justiça Federal e da Justiça Estadual.

COMENTÁRIOS CASUAIS

Quanto ao tema INQUÉRITO POLICIAL, no que concerne às fontes, a jurisprudência e a doutrina


ganharam destaque. A lei seca do tema ficou para segundo plano, mas por ser pequena, não pode
ser negligenciada.

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A banca explorou muito os enunciados jurisprudenciais quanto ao tema, portanto, não descuide
da leitura e da revisão da jurisprudência.

Ademais, a banca cobrou bem a doutrina, no que concerne às características do IP - é dispensável,


escrito, natureza inquisitiva, presidido pela autoridade policial, sua finalidade investigatória
objetiva dar elementos para a opinio delicti do órgão acusador de que há prova suficiente do crime
e da autoria, para que a ação penal tenha justa causa. Para a ação penal, justa causa é o conjunto
de elementos probatórios razoáveis sobre a existência do crime e da autoria.

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL - MNEMÔNICO SEI DOIDO

Sigiloso (art. 20, CPP) A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação dos
fatos. Inerente à eficácia das investigações (art. 20 CPP). Juiz e promotor
possuem amplo e irrestrito acesso a todos os inquéritos. O advogado
possui acesso a inquérito, inclusive, sem procuração e podendo tirar
cópias (art. 7º, XIV, Estatuto da OAB e art. 5º LXIII, CF), mas o acesso NÃO
é amplo e irrestrito, limitando-se aos elementos já inclusos no inquérito,
não tendo acesso às interceptações telefônicas e demais diligências em
andamento – sigilo interno (SV n. 14).

Escrito (art. 9º, CPP) Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
autoridade.

Inquisitorial Prevalece o entendimento que no Inquérito policial não é obrigatória a


observância do contraditório ou ampla defesa (caráter inquisitorial).

Dispensável Se o titular da ação penal contar com elementos de informação


quanto à autoria ou materialidade, poderá dispensar o inquérito
policial. O inquérito é o principal meio de investigação, mas não é o
único.

Oficialidade A cargo de órgão oficial do Estado. Incumbe ao Delegado de Polícia a


presidência do inquérito policial.

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Indisponível Autoridade Policial que abre o inquérito não pode encerrá-lo sem
permissão judicial (art. 17 e 18 CPP). É obrigado remeter o inquérito
policial ao Promotor e ao Juiz.

Discricionário No inquérito policial, o procedimento é discricionário, cabe à autoridade


policial determinar a diligência de acordo com o caso concreto e no
interesse da investigação. (art. 14 do CPP)

Oficiosidade Ao tomar conhecimento de fatos delituosos e ação penal pública


incondicionada, a autoridade policial é obrigada a agir de ofício,
independentemente de provocação da vítima ou outra pessoa qualquer
(art. 5º, I, do CPP).

No Inquérito Policial, não há nulidades, mas meras irregularidades.

De cobrança recorrente pela banca: A instauração do inquérito policial baseada tão somente em
denúncia anônima não é possível, mas é possível que a autoridade policial faça diligências e, a
partir delas, caso encontre algum elemento que justifique, poderá instaurar o inquérito policial.

A vítima, em decorrência do seu direito líquido e certo, NÃO PODE, na ação penal pública, impetrar
mandado de segurança contra o arquivamento do inquérito.

Atenção! É cabível o trancamento de inquérito policial quando sua duração for


desarrazoadamente excessiva, o que permite a reabertura, caso surjam novas provas - o princípio
da razoável duração do processo alcança inclusive os inquéritos policiais.

Decisões de arquivamento de IP que fazem coisa julgada material: Atipicidade, Causa extintiva
da punibilidade (exceção: certidão de óbito falsa), causa extintiva da culpabilidade e causa
excludente da ilicitude (STJ).

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Decisões de arquivamento de IP que fazem coisa julgada material: Atipicidade, Causa extintiva
da punibilidade (exceção: certidão de óbito falsa), causa extintiva da culpabilidade e causa
excludente da ilicitude (STJ).

ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL E COISA JULGADA

Atipicidade de conduta Coisa julgada material

Excludente de ilicitude STJ: Faz coisa julgada material/


STF: Não faz coisa julgada material

Extinção da culpabilidade Coisa julgada material

Extinção da punibilidade Coisa julgada material


(exceção: certidão de óbito falsa –
possível desarquivar)

ARQUIVAMENTO

MOTIVO É POSSÍVEL DESARQUIVAR?

Insuficiência de provas SIM


(Súmula 524 do STF)

Ausência de pressuposto processual ou de condição da ação penal SIM

Falta de justa causa para a ação penal (não há indícios de autoria ou


SIM
prova da materialidade) CESPE/2023 PGE/SE

Atipicidade (fato narrado não é crime) NÃO

Existência manifesta de causa excludente de ilicitude STJ: NÃO (REsp 791471/RJ)


STF: SIM (HC 125101/SP)

Existência manifesta de causa excludente de culpabilidade NÃO


(Posição da doutrina)

Existência manifesta de causa extintiva da punibilidade NÃO


(STJ HC 307.562/RS)
(STF Pet 3943)
Exceção: certidão de óbito falsa

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Atenção! Vício no IP NÃO GERA NULIDADE da ação penal, pois o IP é mera peça informativa e
dispensável.

De acordo com doutrina e jurisprudência majoritárias, no momento do oferecimento da denúncia,


vigora o princípio do in dubio pro societatis"

Os campeões de cobrança (artigos mais cobrados no tema):


Artigo 28 do CPP. A banca cobrou novamente na PGE/SE (2023)! A banca cobrou novamente na
PGE/PA (2023)!
Artigo 39, §5º, do CPP.

Quanto ao tema COMPETÊNCIA, a jurisprudência também foi uma fonte mais explorada
juntamente com a letra da lei. A banca cobrou bastante sobre a competência da justiça federal e
da justiça estadual.

Inicialmente, é importante conhecer as classificações doutrinárias no tema:

COMPETÊNCIA PROCESSUAL PENAL

Competência Competência em Competência por Competência em


Territorial razão da Matéria Conexão e razão da
Continência Prerrogativa de Foro

Quanto à competência territorial (art. 70 a 73 do CPP), a competência pode ser fixada pelo lugar
da infração penal. Essa é a regra geral – art. 70 do CPP.

Nesse tópico de competência territorial, está reunida boa parte dos campeões de cobrança para
Banca CESPE. Tenha atenção redobrada nesse subtema!

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Se o aluno for apenas ler a lei seca do tema, talvez encontre uma dificuldade logo no artigo 70 e
seus respectivos parágrafos. Pois o tema é bastante confuso apenas pela lei seca. Criamos, então,
uma tabela para facilitar esse estudo:
O CRIME COMPETÊNCIA TEORIA ADOTADA

Regra Geral No caso de consumação O juízo do local da consumação Teoria do Resultado


(art. 70, caput)
No caso de tentativa O juízo do local do último ato da
execução.

Crime preterdolosos ou qualificados pelo resultado O juízo do local do resultado. Teoria do Resultado

Crime plurilocal Ação ou omissão se dá em um O juízo do local do resultado. Teoria do Resultado


(art. 70, caput) lugar e o resultado em outro
(ambos os locais dentro do
território nacional).

Estelionato praticado mediante FALSIFICAÇÃO de cheque O juiz do local da obtenção da Teoria do Resultado
(art. 171, caput, do CPP) vantagem ilícita (Súmula 48 do
STJ). É, pois, o local em que a
vítima possui conta bancária.

Estelionato praticado mediante depósito, mediante emissão O juiz do local do domicílio da Teoria do Resultado
de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do vítima. (art. 70, § 4º, do CPP)
sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante
transferência de valores. Atenção! Em caso de pluralidade
de vítimas, a competência
firmar-se-á pela prevenção.

Atenção! Há entendimento jurisprudencial no sentido de O juízo da ação ou omissão. Teoria da atividade como
que, no caso de homicídio em crime plurilocal. forma de privilegiar a
(STF Info 715) (STJ Info 489) verdade real.

Infrações de Menor potencial ofensivo O juízo onde foi praticada a Teoria da Atividade
(art. 63 da Lei 9.099/1995) infração, que majoritariamente é
o local da ação ou omissão.

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Crime à distância No caso de iniciada a O juízo do local em que tiver sido
(ação ou omissão em um execução no território praticado, no Brasil, o último ato
país e o resultado em outro) nacional e a infração se de execução. (art. 70, § 1º)
consumar fora dele.

Crime à distância No caso do último ato de O juízo do local em que o crime,


(ação ou omissão em um execução for praticado fora embora parcialmente, tenha
país e o resultado em outro) do território nacional. produzido ou deveria produzir
seu resultado. (art. 70, § 2º)

Se for incerto o limite territorial entre 2 ou mais jurisdições. Competência definida por Adoção excepcional da
prevenção. (art. 70, § 3º, do CPP) Teoria da Ubiquidade ou
Se for incerta a jurisdição (infração consumada ou tentada
eclética.
nas divisas de 2 ou mais jurisdições).
(local da ação ou omissão
ou local do resultado)

Infração continuada ou permanente, praticada em Competência definida por Adoção excepcional da


território de 2 ou mais jurisdições. prevenção. (art. 71 do CPP) Teoria da Ubiquidade ou
eclética.
(local da ação ou omissão
ou local do resultado)

Contrabando e descaminho (art. 334 do CP) O Juízo competente é definido


pela prevenção do Juízo Federal
do lugar da apreensão dos bens.
(Súmula 151 do STJ)

Quanto à competência em razão da matéria, a competência é dividida em:

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA

Competência do Competência da Competência da Competência da


Tribunal do Júri Justiça Eleitoral Justiça Militar Justiça Federal

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Quanto à competência por conexão e continência, estude com muita atenção os artigos
pertinentes – art. 76 a 82 do CPP, pois foi alvo que cobrança recente.

COMPETÊNCIA DETERMINADA PELA CONEXÃO

CONEXÃO INTERSUBJETIVA CONEXÃO OBJETIVA OU CONEXÃO INSTRUMENTAL OU PROBATÓRIA


(art. 76, I) CESPE/2022 MATERIAL OU FINALISTA (art. 76, III) CESPE/2022
(art. 76, II)

É a espécie de conexão em que 2 Opera-se quando há relação entre Quando a prova de uma infração ou de
ou mais infrações, interligadas, são 2 infrações penais que decorrem qualquer de suas circunstâncias elementares
praticadas necessariamente por 2 da mesma causa. Ela é dividida em influir na prova de outra infração.
ou mais pessoas (daí porque 2 espécies abaixo. Ex.: A pratica furto, repassando a res furtiva para B,
que, com isso, comete receptação; A prova do crime de
intersubjetiva). Ela é dividida em 3
furto influencia de forma decisiva na demonstração e
espécies abaixo.
consequente responsabilização do agente receptador.

CONEXÃO INTERSUBJETIVA
(art. 76, I)

POR SIMULTANEIDADE OU OCASIONAL POR CONCURSO OU CONCURSAL POR RECIPROCIDADE


(art. 76, I, 1ª parte, do CPP) CESPE/2022 (art. 76, I, 2ª parte, do CPP) CESPE/2022 (art. 76, I, 3ª parte, do CPP) CESPE/2022

Se, ocorrendo 2 ou mais infrações, Se, ocorrendo 2 ou mais infrações, Se, ocorrendo 2 ou mais infrações,
houverem sido praticadas, ao mesmo houverem sido praticadas por várias houverem sido praticadas por vá-
tempo, por várias pessoas reunidas. pessoas em concurso, embora rias pessoas, umas contra as outras.
diversos o tempo e o lugar. Há nesta espécie reciprocidade na
Nesta espécie, há prévio ajuste. violação a bens jurídicos.

Ex.: Furto de mercadoria de um caminhão Ex.: “A” pratica um furto de um Ex.: lesões corporais recíprocas.
que tombou em uma rodovia. documento, “B” falsifica Atenção! O crime de rixa não é exemplo

Ex.: CESPE/2022: Durante um jogo de desta espécie de conexão, pois ele é um


futuramente e “C”, com esse
futebol acirrado entre dois times que crime único, ao passo que, na conexão
documento, pratica futuramente
disputavam a liderança do campeonato intersubjetiva por reciprocidade, deve
estelionato. haver duas ou mais infrações, embora
paraense, repentinamente torcedores
cometidas em reciprocidade.
reunidos no estádio iniciaram uma
confusão e praticaram diversas infrações
penais no local.

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CONEXÃO OBJETIVA OU MATERIAL OU FINALISTA
(art. 76, II)

CONEXÃO OBJETIVA TELEOLÓGICA OU LÓGICA OU CONEXÃO OBJETIVA CONSEQUENCIAL


FINALISTA CESPE/2022 (art. 76, II, 2ª parte, CPP):
(art. 76, II, 1ª parte, CPP):

Se, ocorrendo 2 ou mais infrações, houverem sido umas Se, ocorrendo 2 ou mais infrações, houverem sido umas
praticadas para FACILITAR as outras. praticadas para OCULTAR as outras, OU PARA CONSEGUIR
Há, pois, vínculo na motivação da primeira infração penal IMPUNIDADE OU VANTAGEM em relação a qualquer
em relação à segunda. delas.
Ou seja, é em virtude da segunda infração penal que se Há vínculo na motivação de uma infração penal posterior
pratica a primeira infração. quanto à infração penal anterior, isto é, a infração penal
posterior é praticada em virtude da infração penal
anterior.
Por tudo, a infração penal posterior é "consequência" da
infração antecedente.

Ex.: A mata B, segurança do empresário C, para que venha Ex.: A e B matam C e, em seguida, A mata B para que fique,
a sequestrar este último (é o denominado homicídio sozinho, com todo o produto daquele primeiro crime; A
conexivo). mata B e, em seguida, C, testemunha daquele primeiro
Pelo que se percebe, a conexão objetiva teleológica delito, no intuito de garantir a impunidade deste mesmo
envolve a prática de um crime intermediário pelo agente crime.
que almeja um crime final (mata-se o segurança Como se vê, esta conexão envolve a prática de um crime
objetivando o sequestro do empresário). como decorrência de outro anteriormente cometido
(mata-se a testemunha para se garantir a impunidade de
um crime anteriormente cometido pelo indivíduo).

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COMPETÊNCIA DETERMINADA PELA CONTINÊNCIA

CONTINÊNCIA EM RAZÃO DO CONCURSO DE CONTINÊNCIA EM RAZÃO DO CONCURSO FORMAL DE


PESSOAS OU POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA CRIMES OU POR CUMULAÇÃO OBJETIVA
(art. 77, I) (art. 77, II)

Quando 2 ou mais pessoas forem acusadas pela Quando a infração for cometida nas condições previstas

mesma infração. nos arts. 70, 73, segunda parte, e 74 do Código Penal. Isto é,

Ex.: cautoria em crime de homicídio. quando houver diversos resultados lesivos decorrentes de
uma só conduta, ou seja, advindos de concurso formal de
crimes (art. 70 CP: o agente, por meio de uma só conduta,
pratica dois ou mais delitos), da aberratio ictus (art. 73 CP: o
agente atinge a pessoa que pretendia e também outra) e do
aberratio criminis (art. 74 CP: o agente atinge o resultado
que pretendia e também outro).
Há, pois, mais de um resultado lesivo, porém decorrente de
uma só conduta.
Ex.: A, pretendendo matar B, dispara contra ele, vindo a
atingi-lo e a C, que se encontrava ao seu lado; temos aqui
uma só conduta e dois resultados.

Atenção! O CPP (site do planalto), de forma equivocada, remeteu-se aos artigos 51, 53, e 54 do CP. A doutrina faz a
correção, com a remissão aos artigos 70, 73 e 74 do CP.

A CESPE cobrou súmula sobre o tema! É importante, portanto, que o aluno jamais negligencie
essa fonte, que não deixa de ser jurisprudência.

Mais uma vez ratificamos: além da lei seca, que é de conhecimento necessário e basilar para aluno,
a jurisprudência se mostrou uma fonte muito importante no tema!

Um tema em voga e muito importante para a banca é o foro por prerrogativa. Não deixe de
acompanhar os últimos julgados sobre o tema!

Atenção! O fato de a droga ser de origem estrangeira NÃO atrai a competência da justiça federal.

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Compete à Justiça Estadual processar e julgar o feito destinado a apurar crime de concussão
consistente na cobrança de honorários médicos ou despesas hospitalares a paciente do SUS por
se tratar de delito que acarreta prejuízo apenas ao particular, sem ofensa a bens, serviços ou
interesse da União.

Compete à Justiça Federal processar e julgar os delitos praticados por funcionário público federal,
no exercício de suas funções e com estas relacionados.

Consoante a jurisprudência do STJ, compete, em regra, à justiça estadual processar e julgar os


casos que envolvam crimes previstos nas Leis n.º 8.137/1990 e n.º 8.176/1991, quando
relacionados à adulteração de combustível.

Crimes contra a honra praticados por meio de reportagens veiculadas pela internet ensejam a
competência do Juízo do local onde foi concluída a ação delituosa, ou seja, onde se encontrava o
responsável pela veiculação e divulgação de tais notícias.

Em regra, os crimes ambientais são de competência da justiça estadual.

O STF passou a entender que cabe ao Tribunal a que está vinculado a Turma proceder ao
julgamento de HC em face de decisão da Turma Recursal, estando superada a antiga súmula 690
do STF:
Súmula 690 do STF (superada): Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de
Habeas Corpus contra decisão de turma recursal de Juizados Especiais Criminais.

Os campeões de cobrança (artigos mais cobrados no tema):


Artigo 109, VI, da CF.
Artigo 70 do CPP.
Artigo 72 do CPP.
Artigo 73 do CPP.

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INÍCIO DA META DO DIA

AQUECENDO COM QUESTÕES

Inicie o estudo resolvendo 5 questões do tema.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS NO TEMA

Sem atualizações legislativas.

ARTIGOS DO TEMA JÁ COBRADOS – INQUÉRITO POLICIAL

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 5º ART 13-B ART 18

ART 5º, §3º ART 14 ART 28 (+)

ART 5º, § 4º ART14-A ART 39, §5º (+)

ART 10 ART 16 ART 155, caput (+)

ART 10, § 3º ART 17 (+) ART 184

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OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS

LEI 12.830/2013 (INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONDUZIDA PELO DELEGADO DE POLÍCIA)


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 2º, §6º

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ARTIGOS DO TEMA JÁ COBRADOS – COMPETÊNCIA

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 70 (+) ART 75 ART 77, I

ART 71 ART 75, p. único ART 81

ART 72 (+) ART 76 ART 108

ART 73 (+) ART 77

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OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 29, X ART 109, IV

ART 105, I, a ART 109, VI (+)

ART 109

LEI 9.613/1998 (LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO)


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 2º, III, a

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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SÚMULAS JÁ COBRADAS

Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Sumula Vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

Súmula 498 do STF: Compete à justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento
dos crimes contra a economia popular.

Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de
justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem novas provas.

Súmula 702 do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de
competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo
tribunal de segundo grau.

Súmula 706 do STF: É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por
prevenção.

Súmula 38 do STJ: Compete à justiça estadual comum, na vigência da constituição de 1988, o processo
por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou
de suas entidades.

Súmula 42 do STJ: Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte
sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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Súmula 122 do STJ: Compete à justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de
competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, "a", do Código de Processo Penal.

Súmula 234 do STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória


criminal não acarreta seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.

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DIA 14
DIREITO DO TRABALHO

Tema do dia: Salário e Remuneração

CESPE: SEGUNO

TEMA MAIS COBRADO EM PGE’S

PERCENTUAL DE RELEVÂNCIA: ALTÍSSIMO – 16,6%

ARTIGOS REFERENTES AO ART 73 da CLT (trabalho noturno)

TEMA: ART 189 a 197 da CLT (atividade insalubres e perigosas)

ART 457 a 467, 469 da CLT (remuneração)

EDITAL

16 Salário e remuneração. 16.1 Conceito e distinções. 16.2 Composição do salário. 16.3 Modalidades de salário. 16.4
Formas e meios de pagamento do salário. 16.5 Décimo terceiro salário. 17 Equiparação salarial. 17.1 Princípio da igualdade
de salário. 17.2 Desvio de função.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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COMO O TEMA É COBRADO EM PROVAS?

SUBTEMAS COM PRIORIDADE ABSOLUTA EM PGE’s

Características complexo salarial adicionais

Na matéria de Direito do Trabalho, é perceptível uma importância imensa da jurisprudência. Inclusive,


mais importante que a própria legislação. O fato de ser mais importante não significa que teremos que
abandonar a lei seca, uma vez que é cobrada também e as questões dessa fonte tem um percentual de
acertos alto entre os candidatos.

Atenção! Muita atenção quanto às súmulas às e OJS do TST. Para a CESPE, não necessariamente no
tema do dia, é importante acrescentar os informativos do TST.

O estudo do informativos do TST, já que o tema foi tocado, é de fato cobrado em provas de Procuradorias,
mas faz muita diferença para o aluno que já está muito bem na matéria e todos os detalhes são
importantes. Para o aluno que ainda está buscando se consolidar na lei seca e em Súmulas e OJ’s,
normalmente, vai ser um estudo mais difícil, pois o custo-benefício é baixo, uma vez que há muitos
informativos, muitos não são cobrados e uma instabilidade interna grande de decisões.

Sobre o tema do dia: Salário e Remuneração é há MUITOS anos um dos temas mais cobrados pela Banca
CESPE em provas. Impressionante como permanece sendo.

A gente abre a última prova da Banca, PGE/SE (2023) e zero surpresas: está lá de novo. E não apenas 1,
mas 2 questões do tema. Essa dobradinha aconteceu também na PGE/PA (2023) e na PGE/ES (2023).

É possível dizer que é um tema não apenas importante, mas de excelente custo-benefício no Direito do
Trabalho, porque é essencialmente legalista e jurisprudencial. Não é um tema extenso.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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Uma observação importante é que na PGE/SE (2023), a Banca CESPE inovou cobrando tópico doutrinário
sobre gueltas e comissionista puro. Uma revisão rápida desses conceitos no seu material vale o estudo!

É um tema com inúmeros detalhes para serem decorados. Então, tenham muita atenção a cada termo,
a cada percentual. Toda essa minúcia que é determinante para o acerto de questões.

Os subtemas mais cobrados pela banca em provas:


Características
complexo salarial e
adicionais.

COMENTÁRIOS CASUAIS

Na divisão de cobrança de artigos, perceba que é bem espaçada, pois a CLT não possui uma
organização padrão de divisão dos temas.

Em 2022, o STF, depois de analisar controvérsia envolvendo a supressão do pagamento das horas
in itinere por meio de negociação coletiva em período anterior à Reforma Trabalhista (que
suprimiu este direito), fixou a seguinte tese em sede de repercussão geral:
São constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequação setorial
negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas, independentemente da
explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos
absolutamente indisponíveis. (STF. Plenário. ARE 1121633/GO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 1 e
2/6/2022 (Repercussão Geral – Tema 1046) (Info 1057)).

Um ponto importante sobre parcelas é diferenciar quais possuem natureza salarial e quais
possuem natureza indenizatória:

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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PARCELAS SALARIAIS PARCELAS INDENIZATÓRIAS
(refletem nas dermas verbas, como férias, (não há reflexo nas demais parcelas. Sobre
13º e aviso) o valor não incidem depósitos do FGTS)

Importância fixa PLR- Participação nos Lucros e Resultados

Gratificações legais Ajuda de Custo

Comissões e porcentagens Auxílio- alimentação

Quebra de caixa Diárias para viagem

Adicionais salariais: Abonos


-Ad. Hora extra
Prêmios
-Ad. Noturno
-Ad. Transferência Vale-transporte

-Ad. Insalubridade
Salário-família
-Ad. Periculosidade
Salário-desemprego

PIS/PASEP

Stock option*

Obs.: Ao efetuar o pagamento dessas Parcelas recebidas em razão da exploração


parcelas o empregador deverá efetuar o de direito intelectual
respectivo depósito do FGTS.

Caso controvertido: Gueltas (remuneratória – equiparada à gorjeta)

CESPE/2023: As gueltas são gratificações ou prêmios pagos com habitualidade por terceiro
aos empregados de uma empresa, com a anuência do empregador, no exercício de sua
atividade-fim, com o objetivo de incentivar vendas de produtos ou serviços, durante o
horário de trabalho.

Um ponto clássico do tema, cobrado em 2022 pela CESPE na PGDF e em 2023 na PGE/ES, é a
Equiparação salarial, que passou por importantes alterações desde a reforma trabalhista de 2017:

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EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Idêntica a função

Trabalho de igual valor

prestado ao MESMO EMPREGADOR

no MESMO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL,

com igual produtividade

a mesma perfeição técnica

tempo de serviço não seja superior a 4 ANOS

tempo na função não seja superior a 2 ANOS.

Atenção! Os dispositivos deste artigo NÃO prevalecerão quando o empregador tiver


pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma
interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários,
dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.
Atenção! A CESPE já cobrou esse detalhe (o “dispensada”).

O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física


ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá
de paradigma para fins de equiparação salarial.

A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos


no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos,
ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação
judicial própria.

A súmula 6 do TST, que também trata sobre equiparação salarial e encontra-se transcrita mais à
frente em nosso material, foi cobrada na prova da PGE/ES (2023).

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Algumas tabelas sobre adicionais são importantes para a concatenação:

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

30% sobre o SALÁRIO Grau MÁXIMO 40% do salário-mínimo

Atenção! Art. 193, §1º, da CLT: Grau MÉDIO 20% do salário-mínimo


§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade
Grau MÍNIMO 10% do salário-mínimo
assegura ao empregado um adicional de 30%
(trinta por cento) sobre o salário SEM os Atenção!
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA
ou participações nos lucros da empresa. REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº
3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que
o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério
do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande
circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em
residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em
grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº
3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano

Atenção! É importante que você conheça a seguinte súmula, cobrada pela CESPE
na prova da PGDF (2022):
Súmula 93 do TST: A verificação mediante perícia de prestação de serviços em
condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial,
NÃO prejudica o pedido de adicional de insalubridade.

Mnemônico para adicional de periculosidade:

Periculosidade: RESOMEI

Radiação (radiação ionizante ou substância radioativa)

Energia elétrica

Segurança pessoal e patrimonial

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Operador de bomba de gasolina

Motoboy

Explosivos

Inflamáveis

Atenção! É inconstitucional o pagamento das férias em dobro quando realizado fora do prazo
legal, apesar de o descanso ser concedido na época própria.
O STF declarou inconstitucional a Súmula nº 450 do Tribunal Superior do Trabalho por considerar que
houve violação aos preceitos da legalidade e separação dos Poderes:
Súmula nº 450 da TST - É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço
constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador
tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. Afastou-se a aplicação analógica
da sanção do pagamento em dobro (art. 137 da CLT), uma vez que já há previsão de penalidade para o
pagamento em atraso, qual seja, multa de 160 BTN (art. 153 da CLT). Não obstante seja imprescindível a
concretização dos direitos sociais na Constituição Federal, o propósito de proteger o trabalhador não pode
se sobrepor a ponto de originar sanções não previstas na legislação vigente, em razão da impossibilidade
de o Judiciário atuar como legislador. STF. Plenário. ADPF 501/SC, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado
em 08/08/2022.

Interessante que na PGE/ES (2023), a Banca CESPE perguntou se cabe ADPF de Súmula do TST. Já,
na PGE/PA (2023), a banca trouxe uma situação concreta em que uma Súmula do TST (a Súmula
450) foi declarada inconstitucional por meio de uma ADPF. Legal, né?

Muitas vezes no estudar para concurso, a gente fica com o estudo dentro da caixa, truncado, sem
olhar para realidade. Mas a verdade é que muita coisa que a gente aprende está acontecendo no
mundo real. É o dia a dia de algum procurador. No futuro, o seu e do seu colega da carreira. É
isso! Visualizar essas decisões sob o olhar da realidade é uma virada de chave no seu estudo e nas
fases seguintes do concurso.

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Sobre o adicional noturno, essa é a divisão:

HORA NOTURNA ADICIONAL HORA

Trabalhador 22 às 5h 20% 52 minutos e 30


urbano (art. 73, §2º, segundos
CLT)

Trabalhador 22 às 5h 20% 52 minutos e 30


doméstico (art. 14, LC segundos
150/2015)

Advogado (art. 20, § 20h às 5h 25% 52 minutos e 30


3º, Lei 8.906/94) segundos

Trabalhador rural na 20h às 4h 25% 60 minutos


pecuária (art. 7º, Lei
5889/73)

Trabalhador rural na 21h às 5h 25% 60 minutos


lavoura (art. 7º, Lei
5889/73)

Os artigos campeões de cobrança (os mais cobrados no tema):


Artigo 7º, VI, da CF.
Artigo 71, em especial, o § 4º, da CLT
Artigo 193, em especial, o § 2º, da CLT
Artigo 457, em especial, o §3º, da CLT
Artigo 458, em especial, o § 2º, da CLT
Artigo 461 da CLT. A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023)!

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INÍCIO DA META DO DIA

AQUECENDO COM QUESTÕES

Inicie o estudo resolvendo 5 questões do tema.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS NO TEMA

Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
III – colisões, atropelamentos ou outras espécies de acidentes ou violências nas atividades profissionais
dos agentes das autoridades de trânsito. (Incluído pela Lei nº 14.684, de 2023)

Art. 461 da CLT. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade.
§ 6º Na hipótese de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento das
diferenças salariais devidas ao empregado discriminado não afasta seu direito de ação de indenização por
danos morais, consideradas as especificidades do caso concreto. (Redação dada pela Lei nº 14.611, de
2023)
§ 7º Sem prejuízo do disposto no § 6º, no caso de infração ao previsto neste artigo, a multa de que trata
o art. 510 desta Consolidação corresponderá a 10 (dez) vezes o valor do novo salário devido pelo
empregador ao empregado discriminado, elevada ao dobro, no caso de reincidência, sem prejuízo das
demais cominações legais. (Incluído pela Lei nº 14.611, de 2023)

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ARTIGOS DO TEMA JÁ COBRADOS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 7º (+) ART 7º X (+) ART 7º, XXII

ART 7º, IV (+) ART 7º, XI (+) ART 7º, XXVIII (+)

ART 7º, VI (+) ART 7º, XVI (+) ART 7º, XXXIII (+)

CLT
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 73 (+) ART 194 (+) ART 461 (+)

ART 190 ART 196 ART 462 (+)

ART 191 (+) ART 457 (+) ART 466, § 2º

ART 192 (+) ART 458 (+) ART 469 (+)

ART 193 (+) ART 459

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OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS

CLT
ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS
(+) os artigos que se repetem
(+) artigos campeões de cobrança

ART 10 ART 134 ART 470

ART 59, § 5º ART 404 ART 482, h

ART 71 (+) ART 444 (+) ART 483, caput

ART 73 ART 448 (+) ART 483, § 3º

ART 78 ART 455, p. único ART 484

ART 131 ART 456, p. único

ART 131, III ART 468, § 1º, § 2º

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OUTROS ARTIGOS JÁ COBRADOS EM QUESTÕES DO TEMA

Lei nº 12.382/2011 (SALÁRIO-MÍNIMO)


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 2º ART 3º

Lei nº 7.855/1989 (ALTERA A CLT)


ARTIGOS COM BASE EM INCIDÊNCIA EM PROVAS

ART 3º, I

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SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS JÁ COBRADAS

Súmula Vinculante nº 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem
de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

Súmula nº 6 do TST Com a reforma trabalhista (art. 461 da CLT), houve alterações extremamente relevantes abaixo
dispostas!
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado
pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da
administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente.
(CLT: Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira
ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer
forma de homologação ou registro em órgão público.)
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego.
(CLT: cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a 4 anos e a diferença de tempo na
função não seja superior a 2 anos)
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas
tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação.
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do
estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita.
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à
cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante.
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em
decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela
jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador
produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma
remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos
entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato.
(CLT: A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a
indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial
própria.)
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode
ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos.

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VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial.
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco)
anos que precedeu o ajuizamento.
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023!

Art. 461 da CLT. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo
estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição
técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a
diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou
adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer
forma de homologação ou registro em órgão público.
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um
destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente
da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.
§ 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a
indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial
própria.
§ 6º Na hipótese de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento das diferenças salariais
devidas ao empregado discriminado não afasta seu direito de ação de indenização por danos morais, consideradas as
especificidades do caso concreto. (Redação dada pela Lei nº 14.611, de 2023)
§ 7º Sem prejuízo do disposto no § 6º, no caso de infração ao previsto neste artigo, a multa de que trata o art. 510 desta
Consolidação corresponderá a 10 (dez) vezes o valor do novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado,
elevada ao dobro, no caso de reincidência, sem prejuízo das demais cominações legais. (Incluído pela Lei nº 14.611, de 2023)

Súmula nº 198 do STF


As ausências motivadas por acidente do trabalho não são descontáveis do período aquisitivo das férias.

Súmula nº 378 do STJ


Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes.

Súmula nº 43 do TST
TRANSFERÊNCIA
Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço.

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Súmula nº 46 do TST
ACIDENTE DE TRABALHO
As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo
da gratificação natalina.

Súmula nº 60 do TST
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA
105/1974, DJ 24.10.1974)
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas
prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)

Cobrança repetida:
Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder
Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.

Súmula nº 90 do TST2 Com a reforma trabalhista, houve e extinção das horas in itinere!
Tempo de serviço. Jornada de trabalho. Transporte ao trabalho. Horas in itinere. CLT, art. 58, § 2º.
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou
não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é
circunstância que também gera o direito às horas in itinere.
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere.
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere
remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.
V - Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é
considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.

Súmula nº 113 do TST


BANCÁRIO. SÁBADO. DIA ÚTIL

2
O pagamento pelas horas in itinere foi extinto pela Reforma Trabalhista de 2017. No entanto, a súmula 90 do TST ainda não
foi cancelada pela Corte.

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O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de
horas extras habituais em sua remuneração.

Cobrança repetida:
Súmula nº 139 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. (ex-OJ nº 102 da SBDI-
1 - inserida em 01.10.1997)
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023!

Súmula nº 159 do TST


SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto
fará jus ao salário contratual do substituído
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo NÃO tem direito a salário igual ao do antecessor.

Cobrança repetida:
Súmula nº 248 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do
respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

Súmula nº 253 do TST


GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES.
A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados.
Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina.
A Banca cobrou na PGE/ES (2023!

Súmula nº 264 do TST


HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO.
A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e
acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
A Banca cobrou na PGE/ES (2023!

Cobrança repetida:
Súmula nº 265 do TST (NÃO CONFUNDIR COM A SÚMULA 291 DO TST)

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ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.

Súmula nº 289 do TST


INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade.
Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo
do equipamento pelo empregado.

Súmula nº 291 do TST


HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO.
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar (HORA EXTRA) prestado com habitualidade, durante
pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas
suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da
jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança,
multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

Cobrança repetida:
Súmula nº 293 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL
A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do
apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.
A Banca cobrou novamente na PG/DF (2022)!
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023)!

Súmula nº 354 do TST


GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a
remuneração do empregado, NÃO servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas
extras e repouso semanal remunerado.

MNEMÔNICO:
As gorjetas não integram o APANHE REPOUSO
Aviso Prévio
Adicional Noturno
Horas Extras

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REPOUSO semanal remunerado
A banca cobrou novamente na PGE/AL (2021)!

Súmula nº 361 do TST


ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE
O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional
de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em
relação ao seu pagamento.

Cobrança repetida:
Súmula nº 364 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente,
sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito,
ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual
inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene,
saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023)!

Súmula nº 367 do TST


UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização
do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades
particulares;
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.
A Banca cobrou na PGE/AL (2021)!

Súmula nº 423 do TST


TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA.
VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados
submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

Atenção! A Reforma Trabalhista alterou o entendimento da Súmula.

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Atenção! A Reforma Trabalhista alterou o entendimento da Súmula.
Cobrança repetida:
Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele
suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem
prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo
intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública
(art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho
de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação,
repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma
hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do
respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023)!
Art. 71 da CLT. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo
para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário,
não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a
duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem
sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados
urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado,
quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto
em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a
que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos

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rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para
descanso menores ao final de cada viagem.

Súmula nº 440 do TST


AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não
obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.

Súmula nº 447 do TST


ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da
aeronave, permanecem a bordo NÃO têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2,
item 1, "c", da NR 16 do MTE.

Súmula nº 448 do TST


ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO
MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo
adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por
não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo,
incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
A Banca cobrou novamente na PGE/PB (2021)!
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023)!

Súmula nº 453 do TST


ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO.
DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT.
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao
tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica
exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.

Cobrança repetida:
OJ 92 SDI-I TST. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos
trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador.
A Banca cobrou novamente na PGE/ES (2023)!

OJ 125 SDI-I TST. DESVIO DE FUNÇÃO. QUADRO DE CARREIRA


O simples desvio funcional do empregado não gera direito a novo enquadramento, mas apenas às diferenças salariais
respectivas, mesmo que o desvio de função haja iniciado antes da vigência da CF/1988.

OJ 191 SDI-I TST. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE.
Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o
empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo
sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.

OJ 261 SDI-I TST. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA


As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de
responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais,
caracterizando típica sucessão trabalhista.

OJ 278/SBDI-1/TST
A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso
de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.
A banca cobrou novamente na PGE/PB (2021)!

Cobrança repetida
OJ 358 SDI-I TST. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR
PÚBLICO
I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou
quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.
II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao
salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal.

OJ 385 SDI-I TST. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO.
CONSTRUÇÃO VERTICAL.
É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção
vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido
inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical.

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MENTORIA FINAL. PGE/RN
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Cobrança repetida:
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DÉCIMO
TERCEIRO SALÁRIO, AVISO PRÉVIO E DEPÓSITOS DO FGTS.
Atenção! Essa OJ foi alterada em março de 2023!
I. A majoração do valor do repouso semanal remunerado decorrente da integração das horas extras habituais deve repercutir
no cálculo, efetuado pelo empregador, das demais parcelas que têm como base de cálculo o salário, não se cogitando de bis
in idem por sua incidência no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS.
II. O item I será aplicado às horas extras trabalhadas a partir de 20/03/2023.
A banca cobrou novamente na PGE/PA (2023)!

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