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Continuada a Distância
IMUNONUTRIÇÃO
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na bibliografia consultada.
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SUMÁRIO
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1.0 Introdução
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2.0 Ácidos graxos poliinsaturados ômega – 3
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de situações como: câncer, morte súbita, doenças cardíacas, vasoconstrição, aumento da
pressão arterial, elevação da taxa de triglicerídeos, artrite, depressão entre outras
doenças inflamatórias (VALENZUELA, 2005).
O ácido alfa-linolênico, é considerado um composto essencial para o organismo e
precursor dos ácidos graxos EPA (ácido eicosapentaenóico) e o DHA (ácido
docosahexaenóico), os quais são formados no organismo pela ação das enzimas
dessaturases e elongases. Os ácidos graxos ômega-3 são os responsáveis pela formação
do tromboxano A3, da prostraciclina I3 e prostraglandinas-3 e dos leucotrienos da série 5,
os três primeiros via cilooxigenase e os últimos via lipooxigenase. Possuem efeitos
antiinflamatórios, antitrombóticos, antiarritmicos e reduzem os lipídeos do sangue, tendo
propriedades vasodilatadoras. Esses efeitos benéficos foram demonstrados na prevenção
de doenças cardíacas, da hipertensão, do diabetes tipo 2, da artrite reumatóide entre
outras (COSTA & ROSA, 2006).
Como a inflamação possui uma função crucial em diversas doenças, a
manipulação da cascata inflamatória por mudanças da composição de precursores
inflamatórios tem se tornado um importante alvo de terapia. Nesse contexto, as gorduras
dietéticas têm demonstrado participação ativa na resposta imunológica por comportarem-
se como precursores das prostraglandinas.
Potentes eicosanóides pró-inflamatórios, leucotrienos e tromboxanos da série 2 e 4
são produzidos do metabolismo de ácido araquidônico de certos ácidos graxos
poliinsaturados (denominados ácidos graxos ômega-6). A suplementação com ácidos
graxos ômega-3, objetivam substituir os ácidos graxos ômega-6 nas membranas e
resultam na produção de mediadores inflamatórios menos intensos, pela geração de
eicosanóides da série 3 e 5, que são menos vasoativos e possuem menor atividade pró-
inflamatória (figura 1) (CHAN, 2008).
Desta forma, é importante que haja o equilíbrio entre a ingestão de ácidos graxos
do tipo ômega 3 e ômega 6. As células imunológicas humanas são tipicamente ricas em
ácido araquidônico, mas o conteúdo de ácido araquidônico, EPA e DHA podem ser
alterados através da administração oral desses ácidos graxos. Isso resulta em mudança
no padrão de produção de componentes inflamatórios.
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Figura 1: Cascata inflamatória (CHAN, 2008)
Por isso, os ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, cuja principal fonte é o óleo de
peixe, são componentes-chave de formulações imunomoduladoras. Sua ingestão provoca
alterações estruturais e funcionais na membrana celular fosfolipídica. A fluidez da
membrana celular aumenta e permite maior mobilidade das proteínas de membrana e
favorece maior troca de sinais de transdução, interação hormônio-receptor e transporte de
substratos.
Durante a suplementação dietética com óleo de peixe ocorre integração de ácidos
graxos w-3 na membrana celular em 72 horas. A menor incorporação do ácido
araquidônico na membrana celular ocorre provavelmente pela preferência da enzima-
desaturase pelos ácidos graxos n-3. Ácidos graxos n-3, competem com o ácido
araquidônico como substrato para síntese de prostaglandinas e leucotrienos. Com a maior
disponibilidade de n-3 a síntese de prostaglandinas (PG) e tromboxanos (TX) da série 2 e
leucotrienos (LT) da série 4 diminui, sendo substituída pela síntese de prostaglandinas e
leucotrienos das séries 3 e 5 respectivamente. As PG, TX e LT das séries 3 e 5 são
mediadores inflamatórios menos potentes, podendo modular a resposta inflamatória
exacerbada (CUKIER, 2005).
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2.1 Usos clínicos
3.0 Nucleotídeos
Os nucleotídeos são compostos por uma base nitrogenada, um grupo fosfato (em
azul) e uma ribose ou desoxiribose (em verde - a hidroxila em roxo indica que o
nucleotídeo representado é uma ribose). Quando na ausência do grupo fosfato, são
chamados de nucleosídeos. A base nitrogenada, juntamente com a pentose formam
compostos heterocíclicos, sendo que a primeira pode ser derivada de compostos de
purina ou pirimidina. São tidas como purinas a adenina (A) e a guanina (G), e as
pirimidinas são constituídas pela citosina (C), uracila (U) e timina (T) (figura 1).
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Figura 2: Estrutura básica do nucleotídeo.
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- Mediadores fisiológicos: os nucleotídeos e seus derivados servem como mediadores
de muitos processos metabólicos. Por exemplo: o AMP cíclico é um segundo mensageiro,
o GMP cíclico é mediador de diversos eventos celulares, ADP é crítico para a agregação
plaquetária normal e a adenosina é vasodilatadora;
- Componentes de coenzimas: coenzimas tais como o NAD, FAD e CoA estão
envolvidas em muitas vias metabólicas;
- Intermediários ativados: os nucleotídeos servem como carreadores de intermediários
ativados para muitas reações. Por exemplo, UDP-glicose que é intermediária na síntese
de glicogênio e glicoproteínas;
- Efetores alostéricos: a concentração intracelular de nucleotídeos regula os passos de
inúmeras vias metabólicas;
- Combatentes celulares: nucleotídeos extracelulares podem atuar como potentes
combatentes, disparando um sinal intracelular de transdução em cascata incluindo as vias
do AMP cíclico e do cálcio-inositol (BAXTER, 2007; CARVER & WALKER, 1995).
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trauma, a demanda por nucleotídeos é aumentada a fim de facilitar a capacidade sintética
de células imunológicas.
Soluções parenterais e a maioria das dietas enterais não contêm nucleotídeos. Na
nutrição clínica, um suporte adequado de nucleotídeos pode ser um fator crítico na
promoção da função intestinal e imunológica, como sugerido em inúmeros estudos
experimentais.
A ausência de nucleotídeos (purinas e pirimidinas) na dieta resulta em perda
seletiva de linfócitos T-helper e supressão da produção a interleucina-2.
Experimentalmente, a dieta isenta de nucleotídeos modifica desfavoravelmente a resposta
imunológica a infecções, enquanto a sua suplementação proporciona melhora na função
dos linfócitos T auxiliares e reverte a imunossupressão induzida por desnutrição e jejum.
Embora maiores investigações se façam necessárias, a inclusão de nucleotídeos na dieta
poderá ter interesse clínico em situação de trauma, imunossupressão e infecção
(CUKIER, 2005).
A questão que fica é se a demanda por nucleosídeos e nucleotídeos pode exceder
a capacidade de síntese endógena em humanos. Essa pergunta ainda não está
respondida, e implicações a respeito de prejuízos nas funções de órgãos e sistemas ainda
não foram avaliadas. Porém, ainda não existem evidências clínicas ou experimentais de
que nucleotídeos ou nucleosídeos podem aumentar a resposta inflamatória sistêmica
(SUCHNER et al., 2000).
4.0 Antioxidantes
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por exemplo). Além disso, o estresse oxidativo está associado com a apoptose em vários
sistemas orgânicos tais como o sistema hepático e cardiovascular; e também está
envolvido na fisiopatologia da falha múltipla de órgãos (CHAN, 2008).
A produção contínua de radicais livres (moléculas que possuem elétrons
desemparelhados) durante os processos metabólicos levou ao desenvolvimento de
muitos mecanismos de defesa antioxidante para limitar os níveis intracelulares e impedir a
indução de danos (figura 3). Os antioxidantes são agentes responsáveis pela inibição e
redução das lesões causadas pelos radicais livres nas células. O desequilíbrio entre
moléculas oxidantes e antioxidantes, que resulta na indução de danos celulares pelos
radicais livres tem sido chamado de estresse oxidativo.
Os agentes antioxidantes
doam elétrons aos radicais
livres, que possuem elétrons
desemparelhados, impedindo
assim a lesão celular, a partir
da neutralização destas
substâncias danosas.
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Tabela 1: Principais agentes de defesa antioxidante.
2 - Interceptando os radicais livres: que são gerados pelo metabolismo celular ou por
fontes exógenas, impedindo o ataque sobre os lipídeos, os aminoácidos das proteínas, a
dupla ligação dos ácidos graxos poliinsaturados e as bases do DNA, evitando assim a
formação de lesões e a perda da integridade celular. Os antioxidantes obtidos da dieta,
tais como as vitaminas C, E e A, os flavonóides e carotenóides são extremamente
importantes na intercepção dos radicais livres.
3 - Reparando as lesões causadas pelos radicais: esse processo está relacionado com
a remoção de danos da molécula de DNA e a reconstituição das membranas celulares
danificadas;
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4 – Em algumas situações pode ocorrer uma adaptação do organismo em resposta a
geração desses radicais com o aumento da síntese de enzimas antioxidantes.
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Dado que não podem ser sintetizados pelo nosso organismo, sendo
representativos da parte não energética da dieta humana, são obtidos através da ingestão
de alimentos que os contenham ou através de suplementos nutritivos. Exemplos de
alimentos que contêm flavonóides são: frutas, verduras, cerveja, vinho, chá verde, chá
preto e soja. Os flavonóides presentes no vinho são provenientes tanto da uva, quanto do
processo fermentativo (MARTÍNEZ-FLÓREZ, 2002).
Os flavonóides mais investigados são: a quercetina, a miricetina, a rutina e a
narigenina.
A quercetina está presente nos vegetais e nas frutas e é o flavonóide mais
abundante presente no vinho tinto, uma vez que a uva vermelha é uma principal fonte
desta substância.
Os flavonóides miricetina, quercetina e rutina foram mais efetivos do que a vitamina
C contra danos oxidativos no DNA de linfócito T em humanos (BIANCHI & ANTUNES,
1999).
A catequina e epicatequina são outros exemplos de flavonóides naturais. Possuem
propriedades antioxidantes e inibidoras do processo de carcinogênese. São encontrados
no chá verde e em menores concentrações, no chá preto.
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4.4 USOS CLÍNICOS
Agora abrimos parênteses para falar desses que não são tradicionalmente
reconhecidos como imunonutrientes, mas geralmente classificados como alimentos
funcionais. A relevância do conhecimento sobre esses alimentos se dá devido á sua
grande importância na modulação da resposta imunológica.
O sistema digestório abriga uma flora de mais de 500 espécies de bactérias e sua
população não está distribuída igualmente ao longo da sua extensão. O estômago e o
intestino contêm poucas espécies aderidas ao seu epitélio e somente algumas
permanecem livres no lúmem. Já o cólon contém um complexo e dinâmico ecossistema
microbiótico, com grande concentração de bactérias, chegando a atingir mais de 1.011a
1.012 unidades formadoras de colônia por mililitros (UFC/mL). Grande parte das bactérias
intestinais é benéfica, entretanto, certas espécies são patogênicas e podem estar
envolvidas no desenvolvimento de doenças agudas ou crônicas.
Assim, partindo-se do pressuposto de que a microbiota intestinal humana é
composta de centenas de microorganismos, situações de desequilíbrio na sua
composição podem representar uma potencial ameaça no surgimento de diversas
doenças, associadas ou não à diminuição da defesa imunológica do hospedeiro. Por isso,
sendo consideradas bactérias não patogênicas ou benéficas, as bifidobactérias e
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lactobacilos desempenham atividades biológicas positivas na saúde humana e são alvos
comuns das intervenções dietéticas (BURIGO et al, 2007).
Os prebióticos são alimentos indigeríveis, porém fermentáveis, que afetam o
hospedeiro por estimulação seletiva do crescimento e atividade de uma espécie de
bactérias ou um número limitado de bactérias no cólon.
Comparados aos probióticos, que introduzem bactérias exógenas para o lúmen, os
prebióticos estimulam o crescimento preferencial de um número limitado de bactérias, e
especialmente, mas não exclusivamente, Lactobacillus e Bifidobacterium. De todos os
prebióticos disponíveis, os únicos que possuem estudos para serem classificados como
componentes ativos de alimentos funcionais são os frutooligossacarídeos (FOS) e a
inulina.
Ambos prebióticos são encontrados no trigo, frutas e vegetais principalmente na
cebola, chicória, alho, alcachofras, batata, aspargos, beterraba, banana, tomate. Devido a
sua estrutura, eles são fermentados no cólon por bactérias endógenas para substratos
metabólicos e energéticos e promove melhoria das funções intestinais por meio do
estímulo ao crescimento de bactérias benéficas, resultando em efeitos específicos sobre a
fisiologia gastrointestinal, biodisponibilidade de minerais, sistema imune, gênese de
tumores e regulação do colesterol sérico (DEL FAVERO, 2007).
A ação antiinflamatória dos prebióticos tem sido descrita principalmente no
desenvolvimento e/ou na prevenção das doenças inflamatórias intestinais. O efeito do
FOS está provavelmente ligado às modificações induzidas pela microbiota intestinal pela
acidificação do meio com a produção dos ácidos graxos de cadeia curta, que possuem
efeito trófico, levando a regeneração da mucosa intestinal; e o aumento da produção das
bactérias produtoras de ácido láctico.
Nos últimos anos, estudos clínicos e experimentais têm evidenciado que a
interação microrganismo-hospedeiro pode influenciar favoravelmente a saúde humana de
diversas maneiras (BRANDT et al., 2006).
Os probióticos tornaram-se assunto relevante na última década, mas já eram
indicados para uso terapêutico há muitos anos (DUGGAN et al., 2002). Eles são definidos
como microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas
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conferem benefícios à saúde do hospedeiro (FOOD AND AGRICULTURE
ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS & WORL HEALTH ORGANIZATION, 2002).
Para que um microrganismo seja considerado probiótico ele deve ser inócuo,
manter-se viável durante a estocagem e transporte, sobreviver ao pH do suco gástrico, à
ação da bile e das secreções pancreática e intestinal, não transportar genes
transmissores de resistência a antibióticos, ter capacidade de aderência à mucosa
prevenindo aderência de outros microrganismos patógenos e exercer benefícios ao
sistema imunológico e a saúde em geral do hospedeiro (EIZAGUIRRE et al., 2002;
COPPOLA & GIL-TURNÊS, 2004;).
Atualmente, vários microrganismos são utilizados como probióticos, embora a
maioria das preparações com probióticos utilize o grupo de bactérias designadas
bactérias “ácido lácticas” (lactobacilos, estreptococos e bifidobactérias) que são
constituintes importantes e habituais da microbiota do TGI de humanos. Grande parte
destas espécies não produz apenas ácido lático, mas também outras substâncias
antimicrobianas como peróxido de hidrogênio e bacteriocinas (SULLIVAN & NORD,
2005). Entretanto, outros microrganismos como a levedura Saccharomyces boulardii que
não são encontrados usualmente no TGI também têm sido estudados (PENNER, et al.,
2005).
O modo de ação dos probióticos ainda não foi completamente esclarecido, embora
tenham sido sugeridos vários processos que podem atuar independentemente ou
associados (SULLIVAN & NORD, 2005).
Um destes mecanismos é a exclusão por competição, em que o probiótico compete
com os patógenos por sítios de fixação e nutrientes, impedindo sua ação transitoriamente.
(SANDERS & TRIBBLE, 2001) (figura 4). A exclusão competitiva explica a necessidade
da administração continuada de elevadas doses dos probióticos, para manifestar seus
efeitos (COPPOLA & GIL-TURNÊS, 2004).
Os probióticos podem também afetar patógenos pela síntese de bacteriocinas, de
ácidos orgânicos voláteis e de peróxido de hidrogênio ou atuar sobre o metabolismo
celular, reduzindo a concentração de amônia no organismo e liberando enzimas como a
lactase (SANDERS & TRIBBLE, 2001; COPPOLA & GIL-TURNÊS, 2004).
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Além desses mecanismos, vários estudos têm proposto a relação dos probióticos
com o aumento da defesa imunológica da mucosa (SANDERS & TRIBBLE, 2001;
COPPOLA & GIL-TURNES, 2004) e mediando o balanço da resposta inflamatória,
regulando a produção de citocinas pró e antiinflamatórias (SALMINEN & ISOLAURI,
2006).
Alguns outros estudos sugerem também que os probióticos podem atuar em outros
tipos de defesa que não imunológica. Vários mecanismos de ação dos probióticos têm
sido propostos para descrever seu efeito protetor na barreira intestinal e,
consequentemente, na translocação bacteriana, como fortalecimento das junções
intestinais do tipo tight e aumento da secreção de muco (RESTA-LENERT & BARRETT,
2003; PAERREGAARD, 2004).
Vários estudos têm demonstrado o potencial dos probióticos em contribuir para a
saúde do hospedeiro (SULLIVAN &NORD, 2005).
Os principais benefícios evidenciados com o uso dos probióticos são: aumento da
tolerância à lactose; prevenção e tratamento de diarréias (induzida por antibioticoterapia;
radioterapia; infecção pelo Clostridium difficile); doenças inflamatórias intestinais e
gastroenterites (MARTEAU & BOUTRON-RUAULT, 2002; SULLIVAN & NORD, 2005);
controle da infecção por Helicobacter pylori (MADDEN et al., 2005); redução de colesterol
e prevenção de alguns tipos específicos de câncer (TEITELBAUM & WALKER, 2002) e
diminuição da alergia, principalmente em recém-nascidos, por alteração do padrão de
resposta imunológica do tipo Th2 para Th1 (DUGGAN et al., 2002).
Há cada vez mais evidências sobre os benefícios dos probióticos ligados a
modulação da função imunológica como: aumento da produção de anticorpos; aumento
da atividade das células natural Killer; modulação da função das células dendritícas;
alteração da produção de citocinas; indução da regulação das células T; modulação da
apoptose (RAYES et al., 2002; PENNER et al., 2005).
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Probióticos
Figura 4: Possíveis mecanismos de ação dos probióticos (SULLIVAN & NORD, 2005).
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