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Classificação de Risco

A classificação de risco surgiu, portanto, como uma estratégia clínica e


organizacional para atenuar riscos e danos oriundos das assimetrias geradas pelo
acesso aos cuidados de urgência e emergência, é definida como um processo
dinâmico de identificação e distribuição de usuários que permite que eles sejam
direcionados para o serviço, ou ambiente de cuidado, mais adequado para
tratamento em tempo oportuno. Assim, uma classificação de risco estruturada é
apontada como uma ferramenta de atenção à saúde efetiva, pois permite que os
indivíduos com processos de adoecimento mais graves possam ser os primeiros a
receber cuidados o quanto antes (Sacoman, 2019 et al., p.1).
O processo de classificação ocorre por meio da identificação e consequente
priorização dos indivíduos que necessitam de cuidados imediatos/breves e,
posteriormente, dos casos com gravidades clínicas menores. Os pacientes são
classificados de acordo com a gravidade clínica (Sacoman, 2019 et al., p.1).
O enfermeiro é o profissional preparado para desempenhar a função de
sujeito no processo de classificação de risco,tendo para tal,o respaldo da lei do
exercício profissional nº7.498 de 25 de junho de 1986 (Santos, et al., 2020, p.3).
Dentre os sistema de classificação, o mais utilizado é o protocolo de Risco de
Manchester (SCRM), foi implantado na cidade de Manchester, em 1997,desde o ano
de 2000 um número significativo de instituições de saúde de várias realidades
geográficas e populacionais vem implantando o Sistema, por sua abrangência e
capacidade de triagem,este protocolo faz a classificação do paciente em cinco
níveis de prioridade:Nível 1(vermelho)–pacientes com demandas emergentes de
cuidado e que precisam de avaliação médica imediata; Nível 2(laranja)–pacientes
com demandas muito urgentes e que precisam de atendimento em até 10 minutos
;Nível 3(amarelo)–pacientes com demandas urgentes que precisam ser atendidos
em até 60 minutos; Nível 4(verde)–pacientes com problemas pouco urgentes que
podem ser atendidos em até 120 minutos,e nível 5(azul)–pacientes que não
possuem demandas urgentes,e que podem aguardar até 240 minutos para
atendimento (Santos, et al., 2020, p.3).
Imagem 1- Quadro com sinais e sintomas para classificar cada paciente de acordo
com que o mesmo esteja apresentando:

Vermelho Amarelo Verde Azul

● Parada ● Trauma ● Ferimento ● Queixas sem


cardiorrespiratória moderado ou leve craniano alteração aguda
menor ● Troca de curativo,
● Infarto ● TCE Sem perda e cateter
da consciência ● Dor abdominal ● Uso de
● Politrauma difusa ● benzodiazepínicos
● Queimaduras
● Choque menores ● Doença
hipovolêmico psiquiátrica
● Dispneia
● TCE moderada ● Diarréia

● Grandes ● Dor abdominal ● Idosos e


queimados Grávidas
● Convulsões assintomáticos
● Anafilaxia
● Cefaleia intensa
● hemorragia não
controlada ● Idoso e Gestante

Referências:
SACOMAN, T. M. et al. Implantação do Sistema de Classificação de Risco
Manchester em uma rede municipal de urgência. Saúde em Debate, v. 43, n.
121, p. 354–367, abr. 2019.

SANTOS, D.S. et al. Atuação do enfermeiro na classificação de risco em


pacientes internados em uma unidade de emergência: Um enfoque no
protocolo de Manchester.Revista Eletrônica da Estácio Recife 2020.

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