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Protocolo de Admissão e Alta em UTI

Pacientes COVID-19 suspeitos ou confirmados

Alocação por Unidade

Casos suspeitos – para UTI coorte específica


Casos confirmados – para UTI coorte específica

Esta divisão dos pacientes em unidades distintas será respeitada enquanto for possível,
considerando a estrutura física hospitalar – caso haja necessidade por contingência
durante a Pandemia seguiremos a coorte respeitando as recomendações de precaução
(contato e respiratórias) definidas pela CCIH local visando impedir disseminação
cruzada.

Definições importantes:

Fatores de risco (pior prognóstico):


● Idade > 60anos (55-65 variação na literatura);
● Doença pulmonar pré-existente (DPOC, asma, pneumopatias estruturais);
● Doença cardiovascular;
● Cardiopatias, incluindo hipertensão arterial severa;
● Diabetes;
● Insuficiência renal;
● Pacientes imunossuprimidos*;
● Gestantes
● FR > 24 irpm
● FC > 125 Bpm
● Sat O2 < 90% (ar ambiente)
● D-dímero > 1000 ng/ml
● CPK > 2x limite superior da normalidade
● LDH > 245 mg/dl
● Linfócitos < 800 na admissão hospitalar
● Ferritina > 300 mcg/L
● PCR > 10
● Troponina elevada
*Uso de corticosteroide crônico (equivalente a > 20mg prednisona/dia por mais de 2
semanas), em uso de QT e outras drogas imunossupressoras (incluindo imunológicos),
doenças do colágeno, oncohematológicas, HIV/SIDA, transplantados.
Indicações de tomografia de tórax na emergência/admissão
● Idade > 55 anos
● Doença oncológica
● Comorbidades: HAS, DM, cardiopatias, doença pulmonar
● Sintomas de risco: Dispneia, SatO2 < 94%
Exames de admissão para paciente suspeito ou COVID confirmado
● Raio-X de tórax (complementar com TC Tórax conforme sugestão acima);
● Hemograma, eletrólitos, uréia, creatinina, hepatograma, coagulograma, CPK,
D-dimero, LDH; PCR;
● Gasometria arterial;
● Troponina, ECG e Ecocardiograma (este nos casos de pneumonia grave/SDRA,
hipotensão, choque ou sinais de hipoperfusão, ou história de doença estrutural
cardíaca p.ex. IAM prévio, valvulopatia, RVM etc.);
● Hemocultura para germes comuns (caso preencha critérios para Protocolo de
Sepse)
Indicações de admissão hospitalar

Um ou mais critérios abaixo, na presença de suspeição de infecção por COVID19:

● Febre ou suspeita de infecção respiratória + frequência respiratória > 24 irpm,


dispneia ou SatO2 < 94%
● Pacientes com doenças pulmonares ou cardiovasculares graves com risco de
descompensação, mesmo que estáveis ao chegar ao hospital.
● Pacientes oncológicos neutropênicos em tratamento quimioterápico ou não
● Pacientes com SDRA
● Um dos seguintes critérios: cianose; disfunção orgânica, alteração do sensório
(irritabilidade ou sonolência); convulsões, independente da SatO2
● Critérios laboratoriais de pior prognóstico descritos acima
● Sepse ou choque séptico
Indicações de alocação em CTI
Absolutas:

● Insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação não invasiva.


● Insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação mecânica
invasiva
● Choque circulatório com necessidade de aminas e/ou disfunção orgânica
(Avaliar QuickSOFA?)
● Necessidade de UTI para compensar comorbidade

Relativas (avaliar individualmente)


● Presença ou não dos fatores de pior prognóstico descritos acima avaliar se:
● FR > 30 irpm
● Sat O2 < 93% ou necessidade de mais de 4 l O2/min para manter saturação >
94% e FC < 30 iprm
● P/F < 250
● Evolução com infiltrado pulmonar multilobular dentro de 24-48 horas de
sintomas
● Hipotensão com necessidade de resgate volêmico vigoroso ou lactato sérico
>2x valor normal ou sinais de hipoperfusão tecidual
● FC > 120 bpm
Critérios de alta do CTI
● Resolução da disfunção orgânica e causa da internação com observação de
pelo menos 24-48 de estabilidade, que permita seguir tratamento em
unidade aberta.
Considerações relacionadas a medicina paliativa e terminalidade na indicação
de internação em CTI.

Discuta os riscos, benefícios e resultados possíveis das diferentes opções de


tratamento com pacientes, familiares e prestadores de cuidados, usando ferramentas
de apoio à decisão (quando disponíveis), para que possam tomar decisões informadas
sobre seu tratamento sempre que possível.
Consulte as informações para apoiar a tomada de decisão.
Envolver equipes de terapia intensiva nas discussões sobre admissão em
terapia intensiva para um paciente em que:
• o escore do CFS (Clinical Frailty Scale) sugere que a pessoa é menos frágil (por
exemplo, é < 5) - é provável que eles se beneficiem do apoio dos cuidados intensivos e
desejem tratamento ou cuidados intensivos
• o escore do CFS sugere que a pessoa é mais frágil (por exemplo, o escore > 5) - há
incerteza quanto ao provável benefício do suporte a órgãos em ambiente de cuidados
intensivos e é necessário aconselhamento para ajudar na decisão sobre o tratamento.
Leve em consideração o impacto de patologias subjacentes, comorbidades e
gravidade da doença aguda na probabilidade de tratamento intensivo atingir o
resultado desejado.
Apoiar os profissionais de saúde não críticos a discutir planos de tratamento
com pacientes que não se beneficiariam do tratamento intensivo ou que não desejam
ser admitidos em cuidados intensivos.
Discuta com sensibilidade uma possível decisão de 'não tentar ressuscitação
cardiopulmonar' com todos os adultos com capacidade e uma pontuação no CFS
sugestiva de aumento da fragilidade. Inclua na discussão:
• os possíveis benefícios de qualquer opção de tratamento intensivo
• os possíveis riscos das opções de tratamento intensivo
• os possíveis resultados prováveis.
Envolva um membro da equipe de cuidados intensivos se o paciente ou a
equipe precisar de conselhos sobre cuidados intensivos para tomar decisões sobre o
tratamento.
Garantir que, quando o tratamento fora dos cuidados intensivos for o curso de
ação acordado, os pacientes recebam os melhores cuidados dentro da enfermaria.
Inicie o tratamento intensivo com um plano claro de como o tratamento
abordará o diagnóstico e levará a metas de tratamento acordadas (resultados).
Revise o tratamento intensivo regularmente e quando a condição clínica do
paciente mudar. Inclua na revisão uma avaliação sobre se os objetivos do tratamento
são clinicamente realistas.
Interrompa o tratamento intensivo quando não for mais considerado capaz de
atingir os objetivos gerais desejados (resultados). Registre a decisão e a discussão com
a família e os prestadores de cuidados, o paciente (se possível) ou um advogado
independente da capacidade mental (se apropriado).

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