Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GOIÂNIA - GOIÁS
2020/1
DENISE CARVALHO MENDES GALDINO
SINEIA CRISTINA DA SILVA RODRIGUES
WALTER AUGUSTO DE SOUZA SILVA
GOIÂNIA
2020/1
2
RESUMO
Este artigo tem como objetivo trazer uma reflexão sobre a contribuição dos Custeios por Absorção e Variável na
mensuração dos custos nas Organizações. Para tal, utilizou-se de pesquisas bibliográficas, tendo como base
autores como, Sérgio Iudícibus, Eliseu Martins, Eugenio Montoto e Osni Moura Ribeiro. Os quais tratam do
tema de Contabilidade de Custos, bem como assuntos concernentes à contabilidade geral. Ao longo da pesquisa,
elencou-se as diferenças dos métodos de Custeio por Absorção e do Custeio Variável, expondo os benefícios e
os malefícios de cada método, a fim subsidiar tomadores de decisão na busca do procedimento mais adequado a
ser adotado pela entidade. Levando-se em consideração as particularidades de cada organização. Primou-se
ainda, por proporcionar um entendimento mais claro sobre as terminologias dos custos utilizados nas entidades, e
com isso, demonstrar a aplicação destes métodos. Espera-se, que ao fim deste, perceba-se a importância da
utilização adequada do Custeio por Absorção e do Custeio Variável, com efeito, obtendo-se um melhor controle
gerencial através da aferição dos custos finais de cada produto.
Palavras-chave: Contabilidade de Custos. Entidades. Lucros
ABSTRACT
This article aims to reflect on the contribution of Absorption and Variable Costs in measuring costs in
Organizations. To this end, bibliographic research was used, based on authors such as Sérgio Iudícibus, Eliseu
Martins, Eugenio Montoto and Osni Moura Ribeiro. Which deal with the theme of Cost Accounting, as well as
subjects related to general accounting. Throughout the research, the differences between the Absorption Costing
and Variable Costing methods were listed, exposing the benefits and harms of each method, in order to subsidize
decision makers in the search for the most appropriate procedure to be adopted by the entity. Taking into
account the particularities of each organization. It was also emphasized, by providing a clearer understanding
of the cost terminologies used in the entities, and thereby demonstrating the application of these methods. It is
expected that, at the end of this, the importance of adequate use of Absorption Costing and Variable Costing will
be realized, in effect, obtaining better management control through the measurement of the final costs of each
product.
Key words: Costs Accounting. Entites. Profits
1 INTRODUÇÃO
A pesquisa tem como problemática a seguinte questão: Qual contribuição dos Custeios
por Absorção e Variável na mensuração dos custos nas Organizações?
O artigo traz as diferenças entre o método do Custeio por Absorção e o custeio
variável, com a finalidade de assessorar tomadores de decisões, levando-se em consideração
as particularidades de cada entidade.
Para que uma organização se torne competitiva, se faz necessário o estabelecimento de
um controle de custos adequado, a fim de se reduzir defeitos, evitar desperdícios de matérias-
primas e mão-de-obra. De forma a compreender-se o custo agregado em cada etapa do
processo de produção. Para tal, necessário se faz a compreensão da importância do rateio dos
custos diretos e indiretos, distribuindo-o para ser mesurado e então controlado.
Outrossim, para que este processo seja feito de forma eficiente e com menos perdas,
esta pesquisa traz a discussão de qual o método de custeio é mais adequado para Gestão
Empresarial e como cada método apura o custo unitário do produto.
Conforme considerações apresentadas, este artigo tem como objetivo abordar os as
técnicas de gestão de custos e mensuração de resultado. Bem como averiguar os tipos de
teorias que estimulam o emprego de cada método de custeio para uma melhor gestão da
organização, além de detectar os dados e elementos indispensáveis para análise de custos a
serem utilizadas nas entidades. Demostrar-se-á ainda, a contribuição dos processos de Custeio
por Absorção e custeio variável na mensuração de custos nas organizações.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONTABILIDADE
Segundo Bruni (2008, p. 60) também chamados de primários, “... estão associados
diretamente à produção, sendo aqueles incluídos de forma objetiva no cálculo dos bens ou
serviços comercializados. Incidem nos materiais conduzidos na fabricação do item e mão-de-
obra direta ...”.
Para Leone (2000, p. 49), “Os custos diretos são os custos (ou despesas) que podem
com facilidade ser adaptados como elemento de custeio. São os custos de modo direto a seus
mensageiros. Para a assimilação, não tem obrigação de rateio”.
Martins (2003, p. 48) conceitua que, os custos diretos são aqueles que “... podem ser
espontaneamente adequados aos itens, satisfazendo ter um alcance de ingestão (kg de insumos
consumidos, embalagens empregadas, horas de mão-de-obra utilizada e até quantidade de
força consumida) ...”.
Finalizando, Horngren, Datar e Foster (2004, p. 26) explicam que “Custos diretos de
um artefato de custo são referentes ao objeto de custo particular, e podem ser rastreados para
aquele objeto de custo economicamente duradouro (de custo eficaz)”.
Os custos indiretos são o contrário dos custos diretos e sua identificação não está
claramente situada dentro dos custos da corporação, por isso precisa de técnicas para
agregarem os custos, os bens e serviços.
Para Leone (2000, p. 49) “... Os custos indiretos são os custos que não são
simplesmente calhados com o item do custeio. Às vezes, por motivo da sua não-relevância, e
alguns custos são colocados aos itens de custeamento através de rateios ...”.
Segundo Horngren, Datar e Foster (2004, p. 27) Os custos indiretos “... são respectivos
ao elemento de custo em privado, mas não podem ser rastreados para aquele objeto de custo
de forma economicamente viável (de custo eficaz) ...”.
6
Para Leone (2000, p. 53), os custos variáveis “... São os Custos que variam conforme
os volumes das atividades. Os volumes das atividades devem estar representados por bases de
volume, que são geralmente medições físicas ...”.
Bruni (2008), afirma que os custos variáveis,
diretamente proporcional com a produção. Isso significa, quão grandemente for o montante
produzido, maiores serão os custos variáveis.
Através do entendimento desses conceitos conclui-se que os custos Variáveis vareiam
na proporção da quantidade, volume produzido e os custos fixos são aqueles que não alteram
significativamente com o aumento ou diminuição da produção.
Para Ribeiro (2013) Custos Fixos são custos não sofrem alteração independentemente
do volume da produção. São necessários ao desenvolvimento do processo industrial em geral.
São permanentes, motivo pelo qual se repetem em todos os meses do ano.
“Os custos que tendem a manter-se constantes nas alterações das atividades
operacionais são tidos como custos fixos. De modo geral são os custos e despesas
necessárias para manter o nível mínimo de atividade operacional, por isso são
também denominados custos de capacidade”. (PADOVEZE, 1997, p. 229)
No orbe empresarial, é imprescindível ter mais precisão de quanto foi gasto em cada
insumo, sobretudo quando se fala de indústrias. Referente a custos, esse é um grande desafio,
mas existem alguns artifícios de custeio que podem ser usados para orçar o quanto é gasto
para a fabricação de um bem e, igualmente, oferecer um espectro mais detalhado de como está
a lucratividade do negócio. Dente as metodologias de custos existentes, pode-se citar a de
Custeio por Absorção e a de Custeio Variável, as quais serão abordadas a seguir.
Para Martins (2003), o Custeio Variável está ligado na assimilação de todos os custos
variáveis – diretos ou indiretos – aos portadores finais dos custos, baseado, na relação entre
esses e o grau de ofício da instituição.
Já Horngren, Foster e Datar (2000) explicam que Custeio Variável é
Custos Variáveis:
M.P $ 20/und.
Energia $ 4/und.
Materiais Indiretos $ 6/und.
Total Custos Variáveis: $ 30/und.
Custos Fixos:
Mão-de-obra $ 1.300.000/ano
Depreciação e Impostos $ 400.000/ano
Manutenção $ 300.000/ano
Diversos $ 100.000/ano
Total Custos Variáveis: $ 2.100.000/ano
Preço de Venda: $ 75/un.
O Custeio por Absorção é a forma com que a fábrica adequa seus custos, bem como
mensura estoques tendo como base do método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai)
ou também conhecido como FIFO (first in, first out). As informações concernentes as
Demonstrações de Resultado para sua elaboração e fixação dos valores do balanço final das
mercadorias realizada anualmente são calculados assim:
1º Ano:
Vendas: 40.000 und. x $ 75/und. $ 3.000.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Custo de Produção
Custos Variáveis = 60.000 und. x $ 30/und. $ 1.800.000
Custos Fixos $ 2.100.000
Custo de Produção Acabada $ 3.900.000
(-) Estoque final de Produtos Acabados
$ 3.900 .000
x 20.000 und. = $ 65/und. x 20.000 und. ($ 1.300.000)
60.000
CPV $ 2.600.000
2º Ano:
Vendas: 60.000 und. x $ 75/und. $ 4.500.000
Custo dos Produtos Vendidos:
13
Custo de Produção
Custos Variáveis = 50.000 und. x $ 30/und. $ 1.500.000
Custos Fixos $ 2.100.000
Custo de Produção Acabada ($ 72/und) $ 3.600.000
(+) Estoque Inicial de Produtos Acabados $ 1.300.000
(-) Estoque Final: 10.000 und. x $ 72/und. ($ 720.000)
CPV $ 4.180.000
3º Ano:
Vendas: 50.000 und. x $ 75/und. $ 3.750.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Custo de Produção
Custos Variáveis = 70.000 und. x $ 30/und. $ 2.100.000
Custos Fixos $ 2.100.000
Custo de Produção Acabada ($ 72/und) $ 4.200.000
$ 4.200.000 ÷ 70.000 und. = $ 60/und.
Custo dos Produtos Vendidos:
Estoque Inicial: 10.000 und. x $ 72/und. $ 720.000
Produção do Período: 40.000 und. x $ 60/und. $ 2.400.000
CPV $ 3.120.000
Estoque Final: 30.000 und. x $ 60/und. $ 1.800.000
4º Ano:
Vendas: 70.000 und. x $ 75/und. $ 5.250.000
Custo dos Produtos Vendidos:
Estoque Anterior: 30.000 und. x $ 60/und. $ 1.800.000
Produto do Período:
Custos Variáveis = 40.000 und. x $ 30/und. $ 1.200.000
Custos Fixos $ 2.100.000
CPV $ 5.100.000
No Quadro 2 pode-se observar os resultados dos quatros anos de vendas da indústria.
quantidade produzida no período antecedente, haja vista que isto afeta o custo unitário do
estoque que passa a ser finalizado no período posterior.
Abaixo analisar-se-á as demonstrações dos períodos citados anteriormente através do
método do Custeio Variável.
Ainda para Martins (2003), somente agregasse aos produtos o seu custo variável. Os
custos fixos devem ser destinados de forma integral para o resultado do período em que foram
incididos; Desta forma, cada unidade armazenada em estoque estará sempre, avaliada por
$30,00. Isto, independentemente do volume de produção. Tem-se, então:
Além disso, sob o ponto de vista de Martins (2003), verifica-se aqui que, quando
se aumenta as vendas, o lucro também tem um aumento. Tal qual, quando se reduz o
faturamento, o resultado tem uma queda. Todavia, há um relacionamento similar entre os
termos percentuais: quando as vendas aumentam em 50% no 2º ano, tem-se um quadro de
melhora no resultado de 300%. Assim sendo, sai-se do negativo de $ 300.000 para o positivo
de $ 600.000. Ao diminuir o faturamento do 2º ano para o 3º ano, em 16,7%, percebe-se que
há uma redução no lucro em 75%. Por fim, Martins (2003) enfatiza que “diferentes valores de
margem de contribuição é sempre deduzido o mesmo montante de custo fixo. Basta ver que as
alterações dos valores das margens de contribuição são, estas sim, exatamente iguais às das
vendas em termos percentuais.” (MARTINS, 2003, p. 144).
Para um melhor esclarecimento, o autor demonstra de forma visual, em gráfico,
um comparativo entre os dois lucros das vendas, um obtido pelo método de Absorção e o
outro pelo método Variável, conforme Figura 3.
16
adicionados aqueles $700.000 de custo fixo estocado no final do 1°ano. Por fim, nota-se uma
redução nos custos fixos do estoque de $280.000 ($700.000 - $420.000), sendo assim há uma
diferença no resultado. Sempre esta última está definida em função dos custos fixos ativados,
ou seja, daqueles que independentemente da quantidade produzida não sofre alteração valor.
rateios mais comuns são: horas/máquinas, horas/homens, metragem da área de atuação, custos
diretos (PACHECO, CAMARGO, 2009)
3 METODOLOGIA
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS
BRUNI, Adriano Leal. A Administração de Custos, Preços e Lucros. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
DUBOIS, Alexy; KULPA, Luciana; SOUZA, Luiz Eurico de. Gestão de custos e formação
de preços: conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de
competitividade. São Paulo: Atlas, 2006.
FERREIRA, Ricardo J. (Ricardo José), Contabilidade básica : finalmente você vai aprender
contabilidade : teoria e questões comentadas: Conforme a Lei das S/A, normas internacionais
e CPC / Ricardo J. Ferreira. - 8.ed. - Rio de Janeiro : Ed. Ferreira, 2010
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LEONE, George S. G.. Custos: Um enfoque Administrativo. 8. ed. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1985. 1 v. Curso de Contabilidade de Custos: Contém Critério do Custeio
ABC. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: atlas, 2010.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos fácil. 8.ed. São Paulo: Saraiva,
2013.
STARK, José Antônio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2007.