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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
Anderson Wanderley Casorla Pereira da Cunha
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
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Editorial
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ISBN 978-65-5903-030-9
CDD 340
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2020
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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
SUMÁRIO
Introdução ao Direito do trabalho____________________________________ 05
Jornada de Trabalho_________________________________________________ 24
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Introdução ao Direito do trabalho
Autoria: Anderson Wanderley Casorla Pereira da Cunha
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
• Conhecer a origem do Direito do Trabalho no mundo
e no Brasil.
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1. Surgimento do Direito do Trabalho no Brasil e
no Mundo
Apenas na idade média, com o sistema feudal, é que se viu uma forma
diversa de prestação de serviço com a servidão. Era uma espécie de
trabalho mútuo, em que um cedia o uso da terra para o outro produzir.
Assistimos aqui a um dos períodos mais trevosos da história do trabalho
no mundo em decorrência da massiva e agressiva forma de exploração
da mão de obra humana.
6
livremente. Com podemos perceber, quase 1800 anos d.C., somados
aos anos anteriores, é que finalmente o homem pode, por meio do seu
trabalho livre, prover algum recurso. Nota-se, contudo, que até esse
momento, praticamente não havia nenhuma norma regulatória do
trabalho.
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bojo dispositivos de proteção ao trabalhador, como jornada de trabalho
de 8 horas, proibição do trabalho de menos de 12 anos, salário mínimo,
entre muitos outros.
8
de dispositivos normativos do trabalho. Em complemento, foi criada a
Justiça do Trabalho em 1939.
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nunca ocorreria, embora os trabalhadores tenham perdido em vários
aspectos.
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empregado, conforme sustenta a Súmula 51 (BRASIL, 2005) do
Tribunal Superior do Trabalho (TST).
b. Da norma mais favorável ao trabalhador: estabelece a
prevalência da norma jurídica que seja mais vantajosa ao
empregado, quando houver normas contrastantes, mesmo que
exista diferença hierárquica entre elas.
c. In dubio pro operário: ordena que seja aplicada em favor do
empregado a norma legal que seja mais favorável a ele, quando
houver dúvida de qual aplicar.
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a multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Da mesma
forma, quando o rompimento se dá pelo empregado, também há
o dever de indenização ao empregador, com o cumprimento do
aviso-prévio ou seu desconto nas verbas rescisórias do empregado.
É evidente que essa norma não se aplica a contratos por prazo
determinado.
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3 Contrato de Trabalho
3.1 Introdução
O referido artigo ainda cita que o acordo pode ser tácito ou expresso.
Acordo tácito é aquele em que se inicia uma relação de trabalho sem
que exista uma combinação prévia. Em outras palavras, um começa a
trabalhar para outro que, sabendo, não se opõe. É, decerto, uma figura
estranha para aqueles que vivem em regiões urbanas. Porém, quem
vive em regiões rurais certamente já deve ter assistido a esse fenômeno
jurídico, especialmente em períodos de colheita.
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O contrato pode ainda ser por prazo indeterminado ou determinado,
a depender dos prazos e das situações descritos pela legislação do
trabalho. Quando o prazo não for especificado, os contratos presumem-
se de prazo indeterminado, considerando quem quando o empregado
entra em uma empresa, não se sabe até quando ficará. Seguindo o
princípio da continuidade de relação de emprego, entende-se que essa
relação irá perdurar continuamente.
3.2 Características
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• Bilateral: é feito entre duas partes, empregado e empregador.
Trabalho doméstico
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É empregado doméstico quem presta seus serviços por mais de
dois dias por semana, nos termos do art. 1º dessa lei. Porém, não
se confunde quando o mesmo artigo ensina que a finalidade é não
lucrativa. A não lucratividade é referente à consequência do trabalho
doméstico, e não ao próprio trabalho, já que a família não é uma
empresa que gera lucro com o auxílio da prestação de serviço dos seus
empregados. Logo, o trabalho doméstico é remunerado e protegido pela
legislação vigente.
Trabalho avulso
Trabalho temporário
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Há aqui necessariamente a presença de uma empresa fornecedora de
mão de obra temporária que contrata o empregado, remunerando-o,
para que ele preste seus serviços em outra empresa, tomadora de
serviço, que dirigirá sua mão de obra, disponibilizada em situações
de demanda específicas descritas no artigo transcrito, por um
período máximo de 180 dias, prorrogável uma única vez por 90 dias,
sob justificativa. Ele terá seu vínculo empregatício com a empresa
que o contratou, e não com a empresa que tomará seu serviço
temporariamente. A empresa tomadora se responsabiliza pelo
empregado, devendo prestar a ele todas as condições de trabalho
dispostas a seus próprios funcionários.
Trabalho terceirizado
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a ADPF 324 (BRASIL, 2018), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
que a terceirização poderia ser também utilizada nas atividades-fim da
empresa. Ou seja, é possível contratar funcionários terceirizados para
desenvolverem quaisquer atividades na empresa, incluindo as ligadas
à finalidade da empresa, como um engenheiro civil em uma empresa
de construção. Tal decisão pode mudar o panorama do formato de
contratações no Brasil, enquanto perdurar essa jurisprudência.
Trabalho intermitente
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Teletrabalho
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diretamente na folha de pagamento do empregado, sem a anuência do
trabalhador. Descontos de pagamento de pensão alimentícia ou falta
injustificada, por exemplo, também são considerados descontos legais,
já que a lei prevê sua possibilidade.
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desconto ou induza-o maliciosamente a alterar a vontade de não
autorizar.
O problema aqui não é voltar ao cargo anterior, fato que não possui
nenhum impeditivo legal. A questão é que ele não pode ter seu
salário reduzido, conforme possuía no cargo anterior. Assim, caso o
empregador opte por não demitir o empregado, retornando-o ao cargo
anterior, só poderá fazê-lo mantendo o seu novo salário, o que geraria
a possibilidade de problemas com outros funcionários que ocupam
o mesmo cargo, pois poderiam querer receber também esse outro
salário. Esse problema poderia ser resolvido com um programa de
treinamento para o funcionário que passa a ocupar um cargo superior;
porém, treinamentos são uma prática pouco usada pelos empregadores
brasileiros.
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Referências Bibliográficas
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Império do Brasil–Terceiro Período–D. Pedro
II (23.07.1840–15.11.1889). 20[-?]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/a-
camara/conheca/historia/presidentes/imperio2.html. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Decreto n. 10.060, de 14 de outubro de 2019.
Regulamenta a Lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho
temporário. Brasília: Presidência da República, [2019]. Disponível em: https://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/d10060.htm. Acesso em: 20
out. 2020.
BRASIL. Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis
do trabalho. Brasília: Presidência da República, [1943]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei complementar n. 150, de 1º de junho de 2015. Dispõe sobre o
contrato de trabalho doméstico [...]. Brasília, DF: Presidência da República, [2015].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp150.htm. Acesso em:
20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974. Dispõe sobre o Trabalho Temporário
nas Empresas Urbanas, e dá outras Providências. Brasília, DF: Presidência da
República, [1974]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6019.
htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 12.023, de 27 de agosto de 2009. Dispõe sobre as atividades de
movimentação de mercadorias em geral e sobre o trabalho avulso. Brasília, DF:
Presidência da República, [2009]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12023.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) [...]. Brasília, DF: Presidência da República, [2017]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm. Acesso
em: 20 out. 2020.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental 324. Relator Min. Roberto Barroso. Brasília, 2018. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=75073897.
Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Conheça as particularidades da jornada
de trabalho no Brasil. [s.d.]. Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/guest/-/
conheca-as-particularidades-sobre-a-jornada-de-trabalho-no-brasil. Acesso em: 20
out. 2020.
22
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula n. 51. Brasília, DF: TST, [2005].
Disponível em: http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_
Ind_51_100.html#SUM-51. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula n. 212. Brasília, DF: TST, [2003a].
Disponível em: http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_
Ind_201_250.html#SUM-212. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula n. 342. Brasília, DF: TST, [2003b].
Disponível em: http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_
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LIBRERIA EDITRICE VATICANA. Carta Encíclica «Rerum Novarum» do Sumo
Pontífice Papa Leão XIII a Todos os Nossos Veneráveis Irmãos. 1891. Disponível
em: http://www.vatican.va/content/leo-xiii/pt/encyclicals/documents/hf_l-xiii_
enc_15051891_rerum-novarum.html. Acesso em: 20 out. 2020.
MARTINS, Sérgio Pinto. Manual de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
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SILVA, Rubiana Padilha da. A formação e a evolução histórica do Direito do
Trabalho no Brasil e no Mundo. 2019. Disponível em: https://conteudojuridico.
com.br/consulta/Artigos/53078/a-formacao-e-a-evolucao-historica-do-direito-do-
trabalho-no-brasil-e-no-mundo. Acesso em: 20 out. 2020.
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Jornada de Trabalho
Autoria: Anderson Wanderley Casorla Pereira da Cunha
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
• Conhecer o conceito e as modalidades da jornada de
trabalho.
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1. Jornada de Trabalho
1.1 Conceito
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se não desenvolvem suas atividades aos sábados ou domingos? Pois
bem, o mesmo artigo da Constituição resolve essa questão.
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ainda um número de variedades de jornadas de trabalho conforme
a profissão, provenientes das normas trabalhistas. No entanto,
outras modalidades podem ser aplicadas a trabalhadores de diversas
profissões.
27
1.4 Trabalhadores excluídos do controle de jornada de
trabalho
28
que os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e
supervisão se equiparem aos meios pessoais e diretos. É determinante
nesse dispositivo normativo que os meios telemáticos de controle são
suficientes para os fins trabalhistas.
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coletiva, mas também por acordo individual de trabalho. Entende-se por
acordo individual de trabalho a simples combinação entre empregado e
empregador disposta em documento apartado, ou no próprio contrato
de trabalho, normalmente intitulado como “acordo de prorrogação de
horas”. Tal acordo, aceito pelo empregado em documento assinado,
autoriza o empregador a poder exigir que o empregado cumpra horas
extras sempre que lhe for solicitado.
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A compensação feita por acréscimo de horas de trabalho afasta o dever
de remunerar o empregado pelas horas extras efetuadas, desde que
não excedam a soma das jornadas semanais previstas, pelo período de
um ano, nem ultrapassem o limite máximo de dez horas de trabalho
por dia. Isso deve estar previsto em acordo ou convenção coletiva de
trabalho, sendo possível ser por acordo individual (tácito ou escrito),
desde que compensadas no mesmo mês, conforme o § 6º (BRASIL,
1943). Caso ocorra a rescisão do contrato de trabalho, as horas não
compensadas deverão ser pagas na forma de horas extras tendo como
referência o salário da época da rescisão, segundo o § 3º (BRASIL, 1943).
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contrário no acordo individual ou instrumento coletivo que instituiu o
referido banco.
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O intervalo interjornada está relacionado ao tempo existente entre o
final de uma jornada de trabalho e o início da outra. O art. 66 da CLT
(BRASIL, 1943) determina que entre duas jornadas de trabalho deverá
existir um intervalo de no mínimo 11 horas consecutivas de descanso
para o empregado. Sua supressão gera ao trabalhador o direito a uma
indenização do tempo suprimido ao valor correspondente à hora extra
(supramencionado).
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ser suprimido apenas em situações de dispensa do empregado por
mera liberalidade do empregador, por haver a compensação das horas
de trabalho do sábado diluídas durante a semana, ou por determinação
de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Logo, o descanso semanal
remunerado é de apenas um único dia por semana para todos os
trabalhadores.
34
Entende-se por faltas injustificadas aquelas que não possuem
justificativas segundo a lei, como as descritas no art. 473 da CLT (BRASIL,
1943).
5. Férias
35
marcadas e informadas com antecedência de 30 dias por escrito por seu
empregador (BRASIL, 1943, art. 135).
36
(BRASIL, 1943, art. 145). Somado ao pagamento das férias, o empregado
também fará jus a um acréscimo de um terço do seu salário, chamado
terço constitucional (BRASIL, 1988, art. 7º, XVII). Caso possua adicionais
em sua remuneração, deverão ser somados aos seu salário de férias,
assim como a média mensal de horas extras habituais ou a média
mensal de comissões feitas no ano (BRASIL, 1943, art. 142, §6º).
6. Remuneração e salário
37
que há diferença entre as duas, quando instrui que remuneração é
o salário devido ao empregado mais as gorjetas. Em outras palavras,
remuneração é o pagamento feito aos que recebem também gorjetas
(a exemplo dos garçons), e o salário é o valor devido ao empregado e
diretamente pago pelo seu empregador.
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Não podem ser considerados salário in natura, conforme estabelece o
mesmo artigo, vestuário, equipamentos e outros acessórios fornecidos
aos empregados e utilizados no local de trabalho para a prestação
do serviço; a educação em estabelecimento de ensino próprio ou de
terceiros; o transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e
retorno; a assistência médica; o seguro de vida e acidentes pessoais; a
previdência privada; e o vale-cultura (BRASIL, 1943). Finalmente, importa
perceber que salário-utilidade é aquele pago pela prestação do serviço
do empregado, e nunca para a prestação do serviço (como uniformes
obrigatórios, ferramentas de trabalho etc.).
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Referências Bibliográficas
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis
do trabalho. Rio de Janeiro: Presidência da República, [1943]. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 605, de 5 de janeiro de 1949. Dispõe sobre o repouso semanal
remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos. Rio de
Janeiro: Presidência da República, [1949]. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l0605.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 3.270, de 30 de setembro de 1957. Fixa em seis (6) o número de
horas de trabalho diário dos cabineiros de elevador e dá outras providências. Rio de
Janeiro: Presidência da República, [1957]. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/1950-1969/l3270.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 4.090, de 13 de julho de 1962. Institui a Gratificação de Natal para os
Trabalhadores. Brasília, DF: Presidência da República, [1962]. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4090.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente
Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [1993].
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm. Acesso em: 20
out. 2020.
BRASIL. Lei n. 10.101, de 19 de dezembro de 2000. Dispõe sobre a participação
dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências.
Brasília: Presidência da República, [2000]. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l10101.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 11.901, de 12 de janeiro de 2009. Dispõe sobre a profissão de
Bombeiro Civil e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2009].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11901.
htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Jornada de trabalho. Regime de escala.
Não concessão do repouso semanal remunerado no domingo por pelo menos
uma vez ao mês. Domingo trabalhado. Pagamento em dobro. Relator Min.
Mauricio Godinho Delgado. 2019. Disponível em: encurtador.com.br/fvJ26. Acesso
em: 20 out. 2020.
MARTINS, Sérgio Pinto. Manual de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
2020.
40
Rescisão do Contrato de Trabalho
Autoria: Anderson Wanderley Casorla Pereira da Cunha
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
• Compreender os institutos jurídicos do
encerramento da relação de trabalho.
41
1. Contrato de Trabalho
42
1.2 Rescisão, resilição e resolução do contrato de
trabalho
1
Conjunto de ideias e ensinamentos dos estudiosos do Direito.
43
Para a análise do fim do contrato de trabalho, as expressões
“encerramento”, “cessação” ou “término” parecem suficientes, já que não
deixam margem para confusão.
44
O pedido de demissão por vontade do empregado é o mais comum que
se vê. Basta sua comunicação formal ao empregador, com antecedência
de 30 dias, para que se finalize essa relação.
Não se pode esquecer também que sempre que uma das partes –
empregado ou empregador – termina a relação de trabalho por prazo
indeterminado, a lei determina uma indenização à outra parte pelo
ferimento do princípio da continuidade da relação de emprego.
45
favor do empregado, a qual se limita ao pagamento de todas as verbas
rescisórias. Vejamos:
46
É fácil perceber que o empregador desatento poderá violar algum
desses elementos protegidos durante a vigência do contrato de trabalho,
pela variedade de situações previstas na norma. Quando for o caso, o
empregado deverá impetrar uma ação trabalhista de rescisão indireta
contra seu empregador, considerando que este provavelmente não irá
admitir a falta cometida, remunerando devidamente o encerramento do
contrato de trabalho pelo empregado.
47
2.2.2 Rescisão por justa causa
a) ato de improbidade;
i) abandono de emprego;
2
Ou seja, que não comporta outras hipóteses além das listadas, segundo o entendimento dominante.
48
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
49
trabalho por justa causa, já que não pode haver uma segunda punição pelo
mesmo fato.
2.3.1 Acordo
50
A formalização do acordo para o encerramento da relação de trabalho
trouxe benefícios a ambas as partes, já que, por um lado, o empregador
não sofrerá sozinho com as verbas rescisórias da demissão, e, por outro
lado, o empregado não sofrerá sozinho com a ausência das verbas
rescisórias no pedido de demissão.
3. Verbas rescisórias
51
serviços, conquistados a cada hora efetivamente trabalhada, ou seja, o
saldo de salário, as férias proporcionais e vencidas, as horas extras, o 13º
proporcional e o aviso-prévio cumprido.
Nunca se deve esquecer que as horas extras feitas pelo empregado e ainda
não pagas pelo empregador, ou não compensadas, compõem direito do
empregado por terem sido efetivamente trabalhadas, devendo ser pagas
sempre, em qualquer situação, no rompimento do contrato de trabalho.
52
proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, saque do FGTS e ingresso
no programa de seguro-desemprego. Para tanto, o empregado deverá
impetrar ação trabalhista, a fim de que o empregador seja constrangido
judicialmente ao pagamento das importâncias listadas.
53
3.3 Por vontade das duas partes
3.3.1 Acordo
54
empregado terá direito ao recebimento do saldo de salário e das férias
vencidas, e só à metade do aviso-prévio, ao 13º salário proporcional e às
férias proporcionais (BRASIL, 2003a) e apenas 20% da multa do FGTS.
4. Aviso-prévio
Dito isso, ele pode ser cumprido ou indenizado, e tem duração de 30 dias.
55
Durante o aviso-prévio, se o empregado ou o empregador praticar um
contra o outro falta grave, poderá haver a rescisão por justa causa ou a
rescisão indireta.
56
e não quando o empregado pede demissão (BRASIL, 2017). Assim, o
empregado trabalhará apenas por 30 dias, sendo o restante indenizado.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis
do trabalho. Rio de Janeiro: Presidência da República, [1943]. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 12.506 de 11 de outubro de 2011. Dispõe sobre o aviso prévio e
dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2011]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12506.htm. Acesso
em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula 14. 2003a. Disponível em:
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_1_50.
html#SUM-14. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula 157. 2003b. Disponível em: http://
www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_151_200.
html#SUM-157. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula 171. 2004. Disponível em: http://
www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_151_200.
html#SUM-171. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula 261. 2003c. Disponível em: http://
www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_251_300.
html#SUM-261. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. TST decide que aviso prévio proporcional
é obrigação limitada ao empregador. 2017. Disponível em: http://www.tst.jus.br/
noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/tst-decide-que-aviso-previo-proporcional-e-
obrigacao-limitada-ao-empregador. Acesso em: 20 out. 2020.
MARTINS, Sérgio Pinto. Manual de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
2020.
57
Direito Coletivo do Trabalho
Autoria: Anderson Wanderley Casorla Pereira da Cunha
Leitura crítica: Renato Traldi Dias
Objetivos
• Compreender o Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS).
58
1. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
O FGTS foi instituído em 1966, mas desde então diversas leis alteraram o
instituto, especialmente após o advento da Constituição Federal de 1988
(BRASIL, 1988).
59
não constituíssem justa causa. Assim, em decorrência desses fatos, foi
promulgada a Lei n. 5.107/1966 (BRASIL, 1966), que estabelecia uma
alternativa à estabilidade decenal, chamada de FGTS. Era, nos termos
de hoje, uma garantia ao trabalhador pelo recebimento de um valor
acumulado referente ao tempo de trabalho a determinado empregador;
uma espécie de “poupança” custeada pelo empregador, que serviria
como auxílio financeiro ao empregado em decorrência do encerramento
da relação de trabalho.
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Federal é de 1988 (BRASIL, 1988), será raro encontrar um trabalhador na
ativa anterior a essa data.
61
sua conta do FGTS, as quais estão listadas no art. 20 da citada Lei n.
8.036/90:
62
XIV - estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, ou seus
dependentes, nos termos da lei;
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situação em que o governo pretendeu injetar 37,8 bilhões de reais em
decorrência dos saques (MÁXIMO, 2020).
64
2.1 Instrumentos coletivos de trabalho
65
os lados que resulta em um documento com o poder de estabelecer
uma lei entre as partes envolvidas.
Por outro lado, é possível que nem todos os empregados de uma certa
categoria necessitem de ajustes normativos, mas apenas os empregados
de uma certa empresa ou empresas. Nessa situação, temos o acordo
coletivo de trabalho, que envolve os empregados de uma determinada
empresa ou de um conjunto de empresas em negociação para chegar a
um ajuste que atenda a ambos.
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1943). Os próprios dispositivos normativos referidos, porém, limitam
essa liberdade, quando dispõem sobre o que pode ou não prevalecer
sobre as leis do trabalho.
Determina o art. 611-A da CLT (BRASIL, 1943) que prevalece sobre a lei
a convenção coletiva que verse sobre: jornada de trabalho, respeitada
a Constituição; banco de horas anual; intervalo intrajornada, com limite
mínimo de 30 minutos para jornadas maiores que seis horas; adesão
ao Programa Seguro-Emprego (PSE); plano de cargos, salários e funções
e regulamento empresarial; representação dos trabalhadores no local
de trabalho; teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente;
remuneração por produtividade, inclusive gorjetas; forma de registro de
jornada de trabalho; troca do dia de feriado; enquadramento do grau
de insalubridade; prorrogação de jornada em ambientes insalubres;
prêmios em bens ou serviços em programas de incentivo; e participação
nos lucros ou resultados da empresa.
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de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de
qualquer trabalho a menores de 16 anos, exceto aprendiz a partir de
14 anos; sobre medidas de proteção legal de crianças e adolescentes;
igualdade de direitos entre empregados e trabalhadores avulsos;
liberdade de associação profissional ou sindical; direito de greve e
a definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais; e sobre
tributos e outros créditos de terceiros (BRASIL, 1943).
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Um dos mais importantes princípios sindicais, presente no art. 5º,
inciso XX, da CF/88, é o da “livre associação sindical”, que determina
que “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado” (BRASIL, 1988). Ele também é reforçado pelo art. 8º, inciso V,
que determina “que ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se
filiado a sindicato” (BRASIL, 1988), e pelo art. 511 da CLT (BRASIL, 1943).
Assim, a associação a sindicatos é uma liberdade do empregado e do
empregador, os quais podem exercer esse direito ou não.
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pode, inclusive, autorizar federações com abrangência interestadual ou
nacional.
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defesa e representatividade das suas respectivas categorias, mas agora
sem os recursos necessários para isso. No primeiro ano após a reforma,
a queda foi equivalente a 90% da sua receita (SILVA, 2019).
3. O instituto da greve
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Para que a pressão seja justa e considerada legal, alguns requisitos
estabelecidos pela legislação no exercício da greve devem ser
cumpridos. Assim, o §1º do art. 9º da Constituição Cidadã determina
que a “lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre
o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade” (BRASIL,
1988). A razão disso é que atividades essenciais ou necessárias
não podem ser paralisadas por completo, impondo aos grevistas
planejamento ao atendimento destas em quantidade ao menos mínima,
nos termos da lei.
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ou a convenção coletiva ou as determinações judiciais, gerando
consequências aos seus participantes. No entanto, fica permitido o
retorno à paralisação caso haja descumprimento dos termos por parte
do empregador, segundo o parágrafo único desse mesmo artigo.
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