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CENTRO UNIVERSITÁRIO

BRAZ CUBAS

MEMORIAL DE CÁLCULO

Mogi das Cruzes/SP


2024
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CENTRO UNIVERSITÁRIO
BRAZ CUBAS

ENGENHARIA CIVIL

DAVI JOSÉ VIEIRA DE JESUS


GIOVANNA RICARDO EVANGELISTA DA SILVA
IZABELA REISINGER GONÇALVES
LUIZ FELIPE SOARES DE ARAUJO
ROBSON KIMURA
VINÍCIUS SILVEIRA CASABONA

Mogi das Cruzes/SP


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Sumário
1. OBJETIVO..................................................................................................................................4
2. PROJETO....................................................................................................................................4
3. LOCALIZAÇÃO.........................................................................................................................4
4. CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL.......................................................................6
5. CARGAS DE VENTO................................................................................................................7
5.1. FATOR TOPOGRÁFICO, S1.................................................................................................8
5.2. FATOR TOPOGRÁFICO, S2.................................................................................................8
5.3. FATOR TOPOGRÁFICO, S3...............................................................................................10
6. MATERIAIS..............................................................................................................................10
6.1. CONCRETO ARMADO.......................................................................................................10
6.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS GERAIS.........................................................................11
6.3. C40........................................................................................................................................11
6.4. ARMADURA........................................................................................................................11
7. PROJETO ARQUITETÔNICO.................................................................................................12
8. PRÉ DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DO EDIFÍCIO............................................15

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1. OBJETIVO
O presente memorial tem por objetivo, descrever as características e propriedades
técnicas mínimas para o projeto e execução de um edifício residencial unifamiliar a ser
construído na cidade de Vitória - ES.

2. PROJETO
O projeto adotado será a construção de um edifício residencial unifamiliar de 14
pavimentos ao total, contando com 2 apartamentos por andar da edificação, com 214
metros quadrados. Cada apartamento constará de sala de TV, sala de jantar, cozinha,
lavanderia, banheiro, 2 quartos, suíte e uma sacada com churrasqueira.

Para atender e suportar a capacidade de moradores esperada, o edifício será dotado


de portaria e segurança terceirizada, estacionamento com uma vaga para automóvel,
elevador e escadas para acesso aos apartamentos, barrilete, sala de máquinas e dois
reservatórios de água com capacidade de 7000 mil litros cada.

3. LOCALIZAÇÃO
O projeto proposto será realizado na cidade de Vitória - ES, mais precisamente na
Rua Cassiano Antônio Moraes, 30 – Enseada do Suá.

O terreno escolhido encontra-se em uma localização privilegiada, próximo a


farmácias, academia, mercado e padaria, além de estar a poucos metros da praia
Commprida e da praia Guarderia.

Dessa forma, trata-se de um terreno plano com aproximadamente 900 metros


quadrados, com pouca vegetação no local, poucos obstáculos e solo argiloso,
conforme visualizado nas figuras 1 e 2 a seguir.

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Figura 1 – Vista superior do terreno.

Figura 2 – Vista frontal do terreno.

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4. CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL
A norma ABNT NBR 6118:2023, que estabelece as normativas para o projeto de
estrutura de concreto, definiu que a agressividade do meio ambiente é influenciada
pelas atividades físicas e químicas que afetam asa estruturas de concreto, sem
considerar os efeitos mecânicos, variações volumétricas devido ao calor, contração
hidráulica e outras previstas no projeto de estruturas.

Posto isso, a agressividade ambiental na localização do projeto é classificada como


muito forte, em decorrência dos respingos da maré, por se tratar de uma cidade
litorânea, ainda assim, o risco de deterioração da estrutura é elevado, conforme é
possível observar na figura abaixo exposta.

Figura 3 – Classes de agressividade ambiental - NBR 6118:2023.

Nesse sentido, de modo a evitar a deterioração da estrutura e visando a segurança


do edifício, será adotado o cobrimento nominal dos elementos estruturais de 50mm,
conforme definido pela ABNT NBR 6118:2023.

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Figura 4 – Cobrimento nominal - NBR 6118:2023.

5. CARGAS DE VENTO
Conforme estabelecido na norma ABNT NBR 6123 - Forças Devidas ao Vento em
Edificações, foi definido as pressões atuantes na estrutura.

Nesse sentido, será utilizado a seguinte fórmula para obtenção do valor de cargas de
vento:

VK = V0 x S1 x S2 x S3

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Figura 5 – Velocidade do vento por região - NBR 6123.

Tendo em vista a imagem acima, a cidade de Vitória se enquadra na região 2, dessa


forma, foi adotado o valor V0 de 35m/s para as rajadas de vento na localização.

5.1. FATOR TOPOGRÁFICO, S1


O fator topográfico S1 leva em consideração as variações do relevo do terreno, para
terrenos planos ou fracamente acidentados, considera-se S1 = 1.

5.2. FATOR TOPOGRÁFICO, S2


O fator S2 considera o efeito combinado da rugosidade do terreno, da variação da
velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da edificação ou
parte da edificação em consideração.

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Figura 5 – Parâmetros meteorológicos - NBR 6123.

Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e
muros, poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. Exemplos:
granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos; fazendas com sebes
e/ou muros; subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e esparsas.

Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão


horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m.

Para fins de cálculo do fator S2, a seguinte fórmula é utilizada:

S2 = bFr (z / 10)p

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Figura 6 – Parâmetros meteorológicos - NBR 6123.

Sendo que o fator de rajada F, é sempre o correspondente à categoria II, a expressão


acima é aplicável até a altura Zg, que define o contorno superior da camada atmosférica.

5.3. FATOR TOPOGRÁFICO, S3


O fator estatístico S3 é baseado em conceitos estatísticos, e considera o grau de
segurança requerido e a vida útil da edificação. Edificações para hotéis e residenciais
ou comércios e indústrias com alto fator de ocupação, considera-se S3 = 1,00.

VK = V0 x S1 x S2 x S3

VK = 35 x 1 x 1,07 x 1 = 37,45 M/S

6. MATERIAIS
6.1. CONCRETO ARMADO
Concreto armado é um material de construção composto por concreto, que é uma
mistura de cimento, água, agregados (como areia e cascalho) e aditivos, reforçado
com barras de aço ou malhas metálicas. Esse tipo de construção combina a resistência
à compressão do concreto com a resistência à tração do aço, resultando em uma
estrutura que pode suportar cargas elevadas e resistir a tensões.

As barras de aço são posicionadas estrategicamente dentro da estrutura de


concreto, onde são mais propensas a sofrer tensão. Isso permite que o concreto
absorva as forças de compressão, enquanto o aço lida com as forças de tração,
tornando a estrutura mais resistente e durável.

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6.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS GERAIS
De acordo com o item 8.2 da NBR 6118:2014, foram consideradas as seguintes
propriedades mecânicas para todos os concretos estruturais empregados no projeto:

• Coeficiente de dilatação térmica: 𝛽𝑎 = 10−5/℃.


• Massa específica: 𝜌𝑐 = 2500 𝑘𝑔/𝑚³

6.3. C40
Para suportar as cargas do edifício, foi adotado o concreto C40 com as seguintes
propriedades, de acordo com a tabela 8.1 e com o item 8.2.9 da NBR 6118:2023:

 Resistência característica à compressão do concreto: 𝑓𝑐𝑘 = 40 MPa


 Módulo de elasticidade:
Eci = αE × 5600 × √
Eci = 0,9 x 5600 x √40 = 32 GPa

 Módulo de elasticidade secante:


Ecs = αi x Eci
αi = 0,8 + 0,2 x (40/80) = 0,9
Ecs = 0,9 x 32 = 29 Gpa

 Coeficiente de Poisson: Va = 0,2


 Resistência do concreto à tração na flexão: 0,7
 Resistência do concreto à tração indireta: 0,9

Resistência media à tração do concreto


2
F ctm=0 , 3 ∙ Fck 3
2
F ctm=0 , 3 ∙ 40 3
F ctm=3 , 51 MPa

Resistência do concreto à tração na flexão


F ct k ,inf =0 , 7 ∙ Fctm
F ct k ,inf =0 , 7 ∙ 3 ,51

F ct k ,inf =2 , 46 MPa

Resistência do concreto à tração indireta


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F ct k , =1 ,3 ∙ F ¿
¿
ctm

F ct k , =1 ,3 ∙3 , 51¿
¿

F ct k , =4 , 56 MPa ¿
¿

6.4. ARMADURA
A armadura no concreto armado refere-se às barras de aço ou malhas metálicas
inseridas na estrutura de concreto durante o processo de construção. Essas armaduras
são projetadas para fornecer resistência adicional à estrutura, ajudando-a a suportar
cargas e resistir a tensões, principalmente tensões de tração.

As barras de aço que serão utilizadas na edificação são retas e compridas, fabricada
com aço laminado a quente. Posto isso, será utilizado na estrutura o aço CA-50.

Os vergalhões do CA-50 possuem diâmetro entre 10mm e 40mm, os quais oferecem


algumas vantagens extras, como a capacidade de solda a topo.

Aço de armadura passiva:

• Massa específica: 7.850 kg/m³


• Dilatação térmica: 10-5/°C (para intervalos de temperatura entre -20 °C e 150
°C.)
• Módulo de elasticidade: 210 GPa (adotar caso o valor não tenha sido fornecido
pelo fabricante)
• Características de ductilidade – Admite-se que a tensão de ruptura F stk do aço
utilizado seja no mínimo igual a 1,10 F YK , atendendo aos critérios de
ductibilidade.
• Coeficiente de conformação superficial – O coeficiente de conformação
superficial η

7. PROJETO ARQUITETÔNICO
A seguir apresentamos as elevações, cortes e plantas baixas que compõem o projeto
arquitetônico do edifício. Os desenhos estão fora de escala.

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Figura 7 – Elevação frontal – 3D.

Figura 7 – Elevação posterior – 3D.

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Figura 7 – Corte AA e BB.

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Figura 7 – Pavimento tipo.

8. PRÉ DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DO EDIFÍCIO


No dimensionamento das estruturas, é necessário definir a geometria da
estrutura, determinando seu peso próprio e a rigidez dos diversos elementos
estruturais, de tal forma que obtenha a capacidade de suportar os esforços
solicitantes.

Desta forma, foi determinado a seguinte geometria da estrutura do edifício:

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Figura 8 – Planta de forma inicial.

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Figura 9 – Detalhe do pilar.

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Figura 10 – Detalhe da viga.

Dentro da concepção estrutural, com base no estudo do projeto arquitetônico, foi feito
o pré-dimensionamento dos elementos estruturais.

Laje maciça: De acordo com o carregamento de 300kg/m², a laje foi pré dimensionada
com uma espessura de 15cm mais os cobrimentos (de acordo com a classe de
agressividade ambiental).

Vigas: De acordo com as normas de pré-dimensionamento, as vigas deverão ter a


altura correspondente a 10% do vão livre, o maior vão livre encontrado na edificação foi
de 5,00 metros, determinando a viga com 0,50 metros de altura e largura de acordo com
a alvenaria de 0,20 metros, desse modo, para aumentar a facilidade na execução, todas as
vigas terão as mesmas dimensões. O cobrimento segue a classe de agressividade
ambiental da região, que determina 5cm para cada lado.

Pilares: Os pilares foram pré dimensionados de acordo com a largura da alvenaria de


0,20 metros e a outra dimensão de 0,50 metros para atender a norma (NBR 6118:2014)
que prevê um dimensionamento mínimo de 360cm², e, de acordo com a classe de
agressividade ambiental da região, o cobrimento foi de 5cm para cada lado do pilar.

Fundação: Para a fundação, será realizado estudos e análises de cargas, entretanto,


observando o pré-dimensionamento, é evidente a possibilidade de realizar blocos e
estacas escavadas com encamisamento, evitando o fechamento de solo na escavação,
devido ao solo arenoso e ter a possibilidade de encontrar o lençol freático elevado. Ainda

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nesse sentido, não será possível a utilização de bate estaca, devido às construções ao
redor do empreendimento.

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