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XXIV SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Contribuições Da Engenharia De Produção Para Uma Economia De Baixo Carbono
Bauru, SP, Brasil, 8 a 10 de nov embro de 2017
1. Introdução
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Contribuições Da Engenharia De Produção Para Uma Economia De Baixo Carbono
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2. Manutenção Enxuta
Após a segunda guerra mundial, o sistema industrial japonês precisou passar por uma
reformulação de processos com o foco na busca pela eficiência da produção (SCHERER;
RIBEIRO, 2013). Foi justamente nesse período que surgiu o Sistema Toyota de Prod ução
conhecido também como Lean Manufacturing, Lean Production, ou Manufatura Enxuta
(CONCEIÇÃO, 2009, PETTER,2011) . Este conceito é baseado na eliminação de
desperdícios de toda cadeia de valor da empresa. (WALTER e TUBINO, 2012)
O modelo Lean Maintenance utiliza os mesmos fundamentos do Lean Manufacturing,
porém com uma abordagem voltada para o setor de manutenção das empresas. De acordo
com Gadioli et al. (2012), o Lean Maintenance propõe uma manutenção enxuta com redução
dos tempos de intervenção e aumento dos intervalos entre as manutenções, o que reflete em
uma redução da necessidade de substituição de equipamentos, objetivando-se causar o
mínimo de impacto possível na planta industrial e consequentemente menor prejuízo ao
negócio como um todo.
Pinto (2013) descreve que para conseguir aplicar os conceitos lean dentro do setor de
manutenção são necessários não só mão de obra qualificada como também treinada e
capacitada. Gadioli et al. (2012) também salientam que é primordial que os profissionais
conheçam a importância da prestação de um serviço de qualidade. Observa-se ainda que a
integração e proximidade do operador com a manutenção auxilia m no aumento da confiança
no serviço e maior disponibilidade do equipamento na planta.
Detalhes sonre o pensamento Lean, a metodologia Lean e ferramamentas utilizadas
podem ser encontrados em Tubino (2015).
3. Metodologia
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4. Estudo de Caso
Como citado anteriormente toda estruturação do estudo foi feita através metodologia
DMAIC. A sequência do trabalho segue as 5 fases do método que se inicia com a definição e
contextualização do problema, em seguida a medição das variáveis escolhidas para estudo, a
análise e impacto dessas variáveis no processo, a implementação das melhorias sugeridas e
como será feito o controle sobre os resultados.
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O principal problema desta oficina são os atrasos nas entregas dos componentes e
consequentemente o comprometimento da disponibilidade deles para funcionamento das
máquinas operatrizes das plantas industriais. Com isso a empresa precisa dispor de mais
equipamentos sobressalentes desprendendo mais custos e prejudicando a competitividade do
produto final da empresa no mercado.
Em observações e análises iniciais a reforma de componentes apresenta lacunas no que
tange a padronização de processos, planejamento de serviços, comunicações internas e
externas, burocratização de contratos, disponibilização de recursos, dentre outros. Percebeu-se
a oportunidade de aplicação da filosofia de manutenção enxuta na unidade estudada, visando
à melhoria dos processos de reparo de componentes com foco no aumento da eficiência e
diminuição do tempo das reformas. O processo macro de manutenção dos equipamentos
segue o fluxo demonstrado na Figura 1.
FIGURA 1: Flu xo Macro do processo de reforma. Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do estudo
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FIGURA 2 Análise de Desperdícios Reforma do Co mando Final.Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do
estudo
FIGURA 3 Estratificação dos Desperdícios Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do estudo
O estudo consiste em fazer uma análise de todas as etapas do processo priorizando etapas
vitais e passíveis de atuação, que exerçam maior influência no tempo final da reforma dos
componentes. Concentrando-se na análise de desperdícios da reforma do Comando Final e
minimizando os impactos negativos encontrados. O foco é o olhar crítico das atividades
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buscando aquelas que não agregam valor à reforma e que podem ser desconsideradas do
escopo de funções dos colaboradores. A meta inicial do estudo é uma redução de 10% no
tempo de reforma dos componentes.
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FIGURA 4: Organização dos armários de ferramentaria. Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do estudo
FIGURA 5: Demarcação física do local de equipamentos .Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do estudo
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Foi realizada a retirada do guarda corpo que separava as oficinas tornando o ambiente
mais amplo e contribuindo com a organização e 5S como pode ser observado na Figura 6.
FIGURA 6: Remoção do guarda corpo. Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do estudo
FIGURA 7: Substituição de telhas opacas para translúcidas . Fonte: Dados fornecidos pela empresa foco do
estudo
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Aguardando
Programação para 19 19
Desmontagem
Execução da
3 2
Desmontagem
DESMONTAGEM DO
COMPONENTE
Emissão do Laudo de
2 0,5
Peritagem
Emissão do Orçamento
do Serviço para 2 2
Aprovação do Cliente
APROVAÇÃO DO
ORÇAMENTO PELO Aprovação do Cliente 14 10
CLIENTE
Contratações 35 30
SUPRIMENTOS
Aguardando Material 57 57
Aguardando
Programação para 23 23
EXECUÇÃO DA REFORMA Reforma
Execução da Reforma 4 3
ENVIO DO
COMPONENTE PARA O ENCERRADO - -
CLIENTE
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5 Conclusões
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Referências
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Campus, 2010.
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