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XL ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

“Contribuições da Engenharia de Produção para a Gestão de Operações Energéticas Sustentáveis”


Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 20 a 23 de outubro de 2020.

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S EM
UMA PEQUENA EMPRESA SOB ASPECTOS
DA MELHORIA CONTÍNUA
Alice Pizetta de Oliveira (Faculdade Rede de Ensino Doctum)
alicepizetta13@hotmail.com

Este artigo apresenta a implantação da Metodologia 5S em uma


pequena empresa de TI com o intuito de otimizar o ambiente de trabalho
e as ferramentas utilizadas, bem como racionalizar o espaço disponível,
utilizando os princípios da produção enxuta de redução de desperdícios.
Para obtenção de dados foi utilizado o método observatório e
qualitativo, seguindo a didática do estudo de caso, aplicando
questionários para fazer o levantamento de dados e um
acompanhamento nas prestações de serviços. Cabe ressaltar que a
metodologia em estudo é altamente baseada no envolvimento da alta
gestão e dos colaboradores, precisa estar presente como uma atividade
de rotina para a sua efetivação.

Palavras-chave: 5S; Melhoria contínua; Qualidade; Microempresa.


XL ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
“Contribuições da Engenharia de Produção para a Gestão de Operações Energéticas Sustentáveis”
Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 20 a 23 de outubro de 2020.

1. Introdução
Nos últimos dez anos a globalização vem afetando cada dia mais as organizações,
transformando-as, aumentando o nível de competividade e junto a isso, a qualidade tornou-se
um critério indispensável. A discussão sobre a importância de um controle de qualidade,
principalmente para as microempresas, vem crescendo exponencialmente, uma vez que evitar
desperdícios e possuir as ferramentas básicas de gestão pode auxiliar na fuga do alto índice de
mortalidade de empresas no Brasil.
Independente do ramo, as empresas estão buscando cada vez mais programas com a finalidade
de eliminar as anomalias encontradas no meio de produção, como por exemplo, a baixa
produtividade e o desperdício de tempo e de insumos (NUNES et al., 2016).
Tendo isso em mente, uma das ferramentas que as empresas estão implantando para melhorar
o processo de qualidade é a metodologia 5S, que tem como objetivo, organizar, ordenar,
desenvolver práticas de limpeza e higiene, criar padrões e procedimentos a serem seguidos.
Este programa tem como principal objetivo de promover um melhor ambiente no trabalho,
desenvolvendo mudanças de hábito em relação ao comportamento, deixando um ambiente mais
organizado, mais limpo e facilitando o trabalho do dia a dia (GOMES, 1998; PALADINI,
2012).
O objetivo geral deste estudo é verificar a implantação da Metodologia 5S em uma
microempresa de TI e associar esses pontos aos 7 (sete desperdícios) do Sistema Toyota de
Produção. Realizando um diagnóstico inicial para identificar os pontos fracos a serem
melhorados e os principais aspectos da implementação do programa de qualidade.

2. Referencial teórico
2.1 5S
Segundo Marshall Junior et al. (2007): “surgiu no Japão, tendo início no final da década de
1960, sendo idealizado como parte do processo de reconstrução do país no pós-guerra”,
programa esse, que recebe o nome de filosofia 5S e divide-se em cinco sensos.
O senso de utilização (Seiri), prevê que sejam descartados todos os materiais que não possuem
funcionalidade dentro do ambiente de trabalho. Faz-se válido então as palavras de Tamborlim;
Stein (2008, p. 3), “guardar ou armazenar qualquer coisa desnecessária significa estoques que
ocupam espaço físico e custa dinheiro” (CHIAVENATO, 2005). Após cada produto possuir

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sua devida função, pode-se aplicar o senso de organização dos itens (Seiton), uma vez que os
mesmos precisam estar em seu local apropriado. De acordo com Kamiya (2010):

O alvo é a organização dos itens absolutamente necessários, identificá-los


visualmente e colocar cada tipo de item em locais definidos segundo
critérios como frequência de utilização, tipo de material, facilidade para
estocagem, facilidade de acesso, consumo preferencial de itens mais
antigos, função do material ou simplesmente por critérios arbitrários de
localização. (DELGADILLO et al., 2006 apud KAMIYA et al., 2010, p. 7)

Mesmo que os produtos estejam com sua devida função e em seu devido lugar, não traria
vantagens mercadológicas se os mesmos estivessem em péssimas condições de higiene. Por
isso que o próximo passo do programa em estudo é o senso de Limpeza (Seiso). Não é somente
uma limpeza simples, como atenta KAMIYA et al. (2010):

Deve-se atentar não somente para eliminação da sujeira física, mas também
outras irregularidades como pouca iluminação, odores desagradáveis,
ruídos e vibrações (aspectos ergonômicos do ambiente), verificando ainda,
as causas que deram origem a cada uma destas situações. (KAMIYA et al.,
2010, p. 7)

O senso padronização e saúde (Seiketsu) consiste na aplicabilidade direta dos últimos três
sensos mencionados, como retrata Nunes e Alves (2008): “realizar rotinas de inspeção e
disciplina de limpeza, além do registro de procedimentos padronizados permite que esta etapa
seja alcançada”. (NUNES; ALVES, 2008 apud KAMIYA et al., 2010, p. 7).
O senso de autodisciplina (Shitsuke), trata-se da parte mais complexa, uma vez que aborda a
ideologia de que todos os outros quatro sensos devem ser concretizados todos os dias de
maneira a garantir a melhoria contínua, de acordo com Kamiya:

A este senso cabe eliminar o controle autoritário, já que envolve os


trabalhadores nas práticas dos 5S; permitir a constante auto-análise e busca
de melhorias; promover o cumprimento dos procedimentos traçados;
conscientizar os funcionários da importância do que foi aplicado e
aumentar a motivação. (KAMIYA et al., 2010, p. 7).

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Entre os benefícios atingíveis pelo 5S pode-se citar: prevenção de falhas, menor deterioração
de equipamentos, maior segurança no ambiente de trabalho, maiores índices de qualidade,
menos contaminações, possibilidade de redução de tempo de trocas ou manutenções,
apropriação e sentimento de dono por parte dos trabalhadores.

2.2 Gestão da qualidade


O termo gestão da qualidade é um sistema composto por princípios, métodos e ferramentas, em
busca de melhoria quanto aos processos estabelecidos pela instituição, podendo ser notada
como uma ferramenta que pode ser implementada como estratégia no mundo corporativo,
favorecendo o modo de pensar, agir e produzir (GONÇALVES et al., 2015; OLIVEIRA et al.,
2015).
Para implantar um sistema de qualidade, o passo inicial pode ser dado pela aplicação da
metodologia 5S, sendo este o momento de mudança de hábito dos colaboradores. Este fato se
deve pela grande necessidade de envolvimento dos funcionários e pela motivação dos membros
da equipe de melhoria uma vez que os resultados são rápidos e de fácil visualização.
Para França (2003), na verdade a essência dos 5S é outra: mudar atitudes e comportamento.
Sua prática contínua e insistente leva, inevitavelmente, a uma mudança interior que resultará,
ao final, em uma disposição mental para a prática de um programa onde os resultados, são de
médio ou longo prazo. O 5S é então um processo educativo que possibilita a mudança
comportamental e cultural das pessoas na organização.

2.3 Produção enxuta


O Sistema Toyota de Produção, é um sistema de produção desenvolvido pela Toyota, que
aumenta a produtividade e a eficiência, evitando o desperdício. Sistema de produção enxuta é
um conjunto de ideias, técnicas e filosofia desenvolvida com o objetivo de eliminar desperdícios
de forma continuada, sendo promovida a melhoria da qualidade de produtos e redução de
custos.
Ela surgiu para ser um sistema de manufatura cujos objetivos são: operar o sistema de produção
de forma simples; otimizar os processos e procedimentos através da redução contínua de
desperdícios. Os objetivos fundamentais são a qualidade e a flexibilidade do processo,
ampliando sua capacidade de produzir e competir neste cenário globalizado (LUSTOSA et al,
2008).

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Os desperdícios são vistos como um problema da indústria desde Henry Ford e, em um sistema,
como é o processo fabril, qualquer entrada ou saída desnecessária ou indesejada pode ser
considerada um desperdício (REIS; FIGUEIREDO, 1995). Reduzir desperdícios significa
aumentar a produtividade (CANTIDIO, 2009). No entanto, poucas empresas brasileiras têm
investido de maneira significativa para eliminar os obstáculos que impedem o aumento da
produtividade (PEPPES; OVANESSOF, 2016)
Segundo o Sistema Toyota de Produção, em qualquer tipo de organização há a presença de sete
desperdícios:

 superprodução: relacionada à quantidade, refere-se à produção em excesso, produzir em


quantidades superiores a do volume programado;
 espera: consiste no tempo de ociosidade seja de pessoas, informações ou peças, que
impossibilitam o início do próximo processo;
 transporte excessivo: refere-se ao excesso de movimentos seja de pessoas, peças ou
informações;
 processos inadequados: baseia-se na utilização equivocada das ferramentas, dos
sistemas e dos procedimentos. são usados de forma inadequada as máquinas e os
equipamentos;
 inventário desnecessário: refere-se ao armazenamento demasiado seja de matéria
prima, produtos acabados ou semiacabados;
 movimentação desnecessária: relacionada à desorganização do layout fabril, resultando
em movimentos desnecessários realizados pelo operador em suas atividades;
 produtos defeituosos: relacionada à fabricação de produtos que apresentam
características de qualidade fora do especificado, ou seja, que não atendem as
especificações dos clientes.

3. Metodologia
O presente artigo desenvolveu-se por meio de pesquisa exploratória se aprofundando em um
estudo de caso, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, aplicando
a Metodologia 5S como ferramenta de eliminação de desperdícios, em uma pequena
organização localizada no estado do Espiríto Santo.

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A empresa analisada é do ramo de TI, com processos de instalação de câmeras, cabeamento


estruturado e suporte de redes. Foi realizado pesquisa bibliográfica, documental e visita técnica.
Todas as operações foram analisadas, entretanto, a aplicação da metodologia teve como foco o
sistema de câmeras. Após a análise, estudou-se os princípios da produção enxuta. Para a
realização da pesquisa foram necessárias 6 (seis) etapas:

1) Foram feitas captações de dados por meio de questionários e observações sistemáticas


com históricos e também um acompanhamento de serviço;
2) A ferramenta 5S foi analisada, tentando estabelecer ligação e demonstração dos seus
cinco sensos;
3) Confirmar o comprometimento da alta direção;
4) Criação do time 5S;
5) Disseminação do conceito 5S;
6) Cada senso aplicado foi comparado aos sete tipos de desperdícios que poderiam ser
reduzidos.

A Figura 1 demonstra o fluxograma feito baseado no processo de instalação de câmeras. Tendo


o objetivo de descrever o passo a passo, gerando assim uma oportunidade de implantação de
melhorias nos pequenos detalhes.

Figura 1: Fluxograma da instalação do sistema de câmeras

Montagem da
Configuração do
infraestrutura no Inspeção
acesso remoto
local

Lançamento do
cabeamento

Montagem do DVR
(dispositivo Configuração
Instalação dasdo
eletrônico para sistema
câmeras
gravar vídeos)

Fonte: Próprio autor

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A Tabela 1 demonstra a etapa do processo, os cinco sensos e o seu vínculo com a redução de
desperdícios.

Tabela 1: Etapa do processo, os cinco sensos e o seu vínculo com a redução dos desperdícios
Etapas do processo de Senso do programa Desperdício reduzido
instalação de câmera 5S implantado
1 2 3 4 5 6 7
Montagem da infraestrutura no Senso de utilização X X
local;
Lançamento do cabeamento; Senso de classificação X X X
Montagem do DVR Senso de limpeza X X
(dispositivo eletrônico para
gravar vídeos); Senso de saúde X
Instalação das câmeras;
Configuração do sistema;
Configuração do acesso Senso de autodisciplina X X
remoto;
Inspeção.
Fonte: Próprio autor

A Tabela 2 apresenta o questionário que foi apresentado aos colaboradores da empresa,


mostrando aspectos relacionados aos cinco sensos. Ele foi abordado para estabelecer
diagnóstico da situação atual da corporação, para a partir desse ponto iniciarmos com as demais
ações.

Tabela 2: Questionário relacionado aos cinco sensos

QUESTÃO SENSOS
1 Existem materiais desnecessários?
2 Os equipamentos necessarios estão em bom estado? UTILIZAÇÃO
3 As informações são atualizadas conforme a quantidade
necessária?

4 Os objetos pessoais ficam misturados com o local de trabalho?


5 Existe material fora de ordem? ORGANIZAÇÃO
6 O local de trabalho é identificado?

7 Existe uma limpeza periódica nas ferramentas?


8 Antes de irem realizar o serviço, se preparam para ter LIMPEZA
iluminação?
9 Você se preocupa com a hábito de não sujar?

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10 A empresa incentiva a prática de esportes?


11 São feitos exames periódicos em todos os colaboradores? SAÚDE
12 Existe o hábito de higienização das mãos?

13 Organização e disciplina, são importantes na empresa?


14 Você conhece as suas responsabilidades com o meio? AUTODISCIPLINA
15 A empresa compartilha informações sobre o desenvolvimento
sustentável?
Fonte: Próprio autor

3.1 SEIRI (SENSO DE UTILIZAÇÃO)


Sem a implantação da Metodologia 5S:
a) Existiam objetos e materiais que eram desnecessários para o processo produtivo;
b) Materiais precisavam de uma reorganização de local.
Posteriormente a implantação:
a) Os objetos foram separados, sendo os desnecessários remanejados ou descartados e os
objetos necessários foram alocados posição de utilização.

3.2 SEITON (SENSO DE CLASSIFICAÇÃO)


Sem a implantação da Metodologia 5S:
a) Os materiais eram colocados em qualquer lugar, sem estabeler padrões e utilidade;
b) Objetos que eram solicitados frequentemente se encontravam em locais de difícil
acesso.
Posteriormente a implantação:
a) Os dispositivos foram organizados por ordem de utilização das peças mais solicitadas
com etiquetas;
b) Reduziu-se o tempo de busca dos materiais;
c) Separar os serviços com auxílio do aplicativo Trello;
d) Organização da área de trabalho.

3.3 SEISO (SENSO DE LIMPEZA)


Sem a implantação da Metodologia 5S:
a) O setor recebia limpeza apenas quando havia tempo ocioso dos funcionários, quando
não havia programação.

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Posteriormente a implantação:
a) Os funcionários passam a preocupar-se com a limpeza e sempre que possível verificam
a necessidade de limpeza;
b) Procuram manter a filosofia de não sujar.

3.4 SEIKETSU (SENSO DE SAÚDE)


Sem a implantação da Metodologia 5S:
a) Não havia uma preocupação frequente com a saúde.
Posteriormente a implantação:
a) Têm-se um incentivo a práticas esportivas;
b) Exames periódicos são feitos;
c) Compras frequentes de EPI.

3.5 SHITSUKE (SENSO DE AUTODISCIPLINA)


O senso de autodisciplina é o mais difícil de ser implementado, visto que envolve mudança de
comportamento. É o momento de uma simples padronização para consolidar as melhorias
alcançadas. Para praticar este senso devem ser tomadas as seguintes ações:

a) Não esconder erros;


b) Compartilhar visão e valores;
c) Aprimorar a comunicação entre todos;
d) Educar e reeducar;
e) Saber oferecer e receber feedbacks;
f) Efetuar a padronização;
g) Elaborar um programa de auditoria, com o intuito de analisar a efetividade do programa
implementado.

Sem a implantação da Metodologia 5S:


a) Considera-se que os colaboradores não possuíam este senso, pois não tomavam atitudes
para a melhoria do ambiente de trabalho.

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Posteriormente a implantação:
a) O senso de autodisciplina ainda não está 100% implantado, entretanto, cabe ressaltar
que as pessoas já estão tomando iniciativas que demonstram a efetividade do programa
5S.

4. Conclusão
O estudo de caso em questão apresentou a aplicabilidade da Metodologia 5S, como um primeiro
passo para a implantação de diversas ferramentas enxutas, também foi abordado uma série de
conceitos sobre o programa, sua origem, aplicações e vantagens retiradas da bibliografia.
Obtêm-se resultados diretamente ligados com os princípios da produção enxuta que estão
relacionados com a eliminação de diversos desperdícios. A sistematização de uma área de
trabalho leva a um organização eficaz, os benefícios como consequência são diversos, aumenta-
se a produtividade, reduzem-se os custos, economiza-se tempo.
As melhorias com liberação de espaço na área de instalação, organização dos materiais
disponíveis, definição de local para cada funcionário, possibilitaram aumentar a agilidade do
processo, pela melhoria das atividades, redução de movimentos e atividades desnecessárias. A
pesquisa permitiu destacar as dificuldades e benefícios no 5S, com o objetivo final de garantir
vantagens competitivas através da eliminação dos sete desperdícios clássicos.
Faz-se necessário salientar que a metodologia, após a implantação não finaliza no quinto senso
(SHITSUKE), mas precisa estar como uma atividade de rotina pelos envolvidos no programa e
pertencentes ao ambiente de trabalho.

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