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Matriz do teste de avaliação 3

Unidade 2 (Subunidade 2.1)

Nome N.o Turma Data / /

Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 3 15
Sentido global do texto – escolha múltipla; (4 + 5 + 6)
Grupo I – ordenação.
(exposição).
Leitura e
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 4 40
Conto tradicional.
– resposta restrita; (6 + 12 + 10 +
– resposta curta. 12)
Classes e subclasses de
palavras:
– determinante relativo,
indefinido,
demonstrativo e Itens de construção: 5 20
Grupo II
possessivo; – resposta restrita; (5 + 5 + 4 +
Gramática
– pronome relativo e – resposta curta. 2 + 4)
indefinido.

Colocação do pronome
pessoal átono.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ____________________________________________ Turma __________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 231


Matriz do teste de avaliação 3
Unidade 2 (Subunidade 2.1)

Nome N.o Turma Data / /

Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 3 100
Sentido global do texto – escolha múltipla; (25 + 30 + 45)
Grupo I – ordenação.
(exposição).
Leitura e
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 4 100
Conto tradicional.
– resposta restrita; (10 + 35 +
– resposta curta. 20 + 35)
Classes e subclasses de
palavras:
– determinante relativo,
indefinido,
demonstrativo e Itens de construção: 5 100
Grupo II
possessivo; – resposta restrita; (25 + 25 +
Gramática
– pronome relativo e – resposta curta. 20 + 10 + 20)
indefinido.

Colocação do pronome
pessoal átono.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ____________________________________________ Turma __________________

232 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 3
Unidade 2 (Subunidade 2.1)

Nome N.o Turma Data / /

Avaliação E. Educação Professor


Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

O conto tradicional português


A literatura popular transporta do mundo do passado respostas pertinentes para o presente,
que é preciso fazer chegar ao futuro. A literatura popular desempenha uma «função
compensatória» perante os problemas que hoje afetam o mundo e a Humanidade.
Subgénero da literatura popular, o conto tradicional encerra o saber natural do povo, fruto
5 de conhecimentos depurados ao longo dos tempos, diretamente transformados em cultura. Uma
«cultura popular», de transmissão oral, não oposta à cultura dita «letrada», mas complementar
a ela. O conto tradicional tem, assim, um grande alcance formativo e educativo.
Está no conto tradicional a alma popular, o povo depositário 1 de valores, a experiência, a
ordem original do mundo, a dimensão ética no sentido da correção do mundo para uma
10 convivência que não há.
Os contos tradicionais representam identidade e valores primitivos fixos que importa
preservar. A sua base são os usos e os costumes das comunidades, a partir dos quais são
formulados os modos de contar, as utopias 2 e os símbolos, o recurso ao verso, ao ritmo, à
melodia, aos jogos de sons, à mnemónica 3... para tornar as histórias mais apetecíveis e, ao
15 mesmo tempo, mais adequadas ao que é popular.
Os contos tradicionais apontam para um horizonte mítico passado, que talvez nunca tenha
sido mais que isso, mas que não deixa de ser um referente de conduta importante para motivar
na procura de saberes necessários e na recuperação de valores perdidos.
Eles promovem a integração geracional (separações motivadas por razões tecnológicas e
20 afins), os valores, as normas sociais, a amenização dos excessos do tecnologismo, da aridez das
burocracias e dos formalismos, o reencontro do ser humano com as suas raízes, a preservação
da identidade perante os efeitos da globalização.
Mesmo quando focalizam realidades duras, os contos tradicionais fazem-no de forma
maleável, permitindo uma integração sem choques da pessoa do destinatário, mesmo sendo ele
25 infantil. Assim acontece com a representação de temas como a morte, a violência, a vingança,
o egoísmo, a mentira, a traição, a injustiça... que atravessam muitas das histórias populares.
São temas que fazem parte da essência da natureza humana e como tal são vistos como naturais
através das histórias.
Estas histórias resistiram ao tempo, permanecendo belas, encantatórias, surpreendentes,
30 satisfazendo a fantasia, sem moralices, mas contendo, de modo diluído, filosofia moral e
saberes profundos.
Lino Moreira, «O conto tradicional português na aula: proposta de atividades»,
in casadaleitura.org, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. depositário: aquele que guarda um depósito; testemunha. 2. utopias: fantasias; sonhos irrealizáveis. 3. mnemónica:
recurso para decorar aquilo que é difícil de reter.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 233


1. Assinala com ✗, em 1.1 e 1.2, a opção que completa cada frase, de acordo com as
informações do texto.

1.1 A literatura popular equilibra os problemas do mundo atual


(A) ao conduzir o mundo e a Humanidade ao seu esquecimento.
(B) por transportar do passado os problemas que afetam o presente.
(C) por apresentar lições importantes para o presente e para futuro.
(D) ao divertir o ser humano, fazendo-o esquecer dos problemas.

1.2 O conto tradicional tem «um grande alcance formativo e educativo» (linha 7) porque
(A) se impõe e se opõe à cultura «letrada».
(B) é um subgénero da literatura popular.
(C) transforma a cultura em saber natural do povo.
(D) apresenta a cultura do povo, a sua sabedoria.

2. Completa o esquema com informações do quarto parágrafo do texto.

Contos tradicionais

A. O que representam? B. Qual é a sua base? D. Que recursos utilizam?

• ___________________
• ___________________ • ___________________
• ___________________
C. Conduzem à • ___________________
• ___________________
formulação de:
• ___________________
• ___________________
• ___________________
Devem ser preservados • ___________________
• ___________________
• ___________________

Resultado: «tornar as histórias mais apetecíveis e, ao mesmo tempo, mais adequadas


ao que é popular» (linhas 14 e 15)

3. Assinala com ✗ as afirmações verdadeiras, de acordo com o sentido dos quatro últimos
parágrafos do texto.
(A) Os contos tradicionais permitem a aproximação das gerações.
(B) Estas histórias são documentos da identidade nacional.
(C) A criança fica chocada ao ser confrontada com realidades duras.
(D) Os temas abordados nos contos são encarados naturalmente pelo leitor.
(E) Os contos são constantes «puxões de orelha» para quem os lê.

234 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 235
Texto B
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

A Riqueza e a Fortuna
Um pobre homem estava a trabalhar no mato, a cortar lenha para ir vender pela vila e assim
sustentar mulher e filhos. De repente viu ao pé de si dois sujeitos, bem vestidos, que lhe
disseram:
– Nós somos a Fortuna e a Riqueza. Vimos-te ajudar. Cada um queria acudir de preferência
5 ao pobre homem, e altercavam entre si. Dizia a Riqueza:
– Eu só por mim o faço feliz; sendo ele rico tem tudo.
– Pois mesmo sem ser rico, eu dando-lhe fortuna, faço-lhe maior benefício. Senão experi-
mentemos.
A Riqueza virou-se para o pobre do homem e disse:
10 – Toma lá este cruzado1 novo; amanhã compra carne, pão e vinho e não trabalhes nesse dia.
O homem foi-se embora contentíssimo para casa; no outro dia foi ao açougue 2. Deu ao
magarefe3 o dinheiro adiantado, mas como estava um grande barulho de gente no açougue, o
carniceiro4 negou que lhe tivesse dado o dinheiro, e o pobre homem resignou-se 5 e foi outra vez
trabalhar para o mato.
15 A Riqueza tornou a chegar ao pé dele e, quando soube de que lhe servira o cruzado novo,
ficou zangada e deu-lhe uma bolsa cheia de dobrões 6. O homem voltou para casa; mas como a
bolsa era de marroquim7 vermelho, uma ave de rapina caiu de repente sobre ele e arrebatou nas
garras o saco e voou. O homem contou a sua tristeza à mulher, e no outro dia foi trabalhar para
o mato. Tornou-lhe a aparecer a Riqueza; ficou mais desesperada quando soube do acontecido
20 à bolsa dos dobrões.
– Pois desta vez dou-te um saco de peças tão grande que não podes com ele; mas aqui tens
um cavalo, que to vai levar a casa.
O homem agradeceu aquele favor da Riqueza e pôs-se a caminho para casa. Quando ia por
um atalho, estava num campo uma égua, e o cavalo botou a fugir atrás dela de tal forma que o
25 homem não foi capaz de o agarrar, e por mais que andou não pôde achar o cavalo.
Quando a Riqueza não esperava tornar mais a encontrar o homem no mato, foi ao sítio
costumado com a Fortuna, e qual não foi o seu pasmo quando viu o pobre do homem a
trabalhar como dantes. Disse então a Fortuna:
– Agora é a minha vez de o fazer feliz; vou-lhe dar apenas um vintém 8. Olhe lá, ó homem,
30 tome esse vintém e assim que chegar à vila compre a primeira coisa que lhe aparecer.
O homem em caminho para casa encontrou quem lhe ofereceu uma vara de andar à azeitona
pelo preço de um vintém, e comprou-a. No outro dia, foi para a apanha, e quando ia varejar
uma oliveira, caiu-lhe de um galho uma bolsa de marroquim cheia de dobrões. Agarrou nela e
levou--a para casa, contou à mulher donde suspeitava que lhe vinha aquele tesouro. A mulher
35 combinou ir fazer uma romaria, e puseram-se a caminho. Quando chegaram a um escampado 9
acharam pegadas de cavalo, foram andando por elas e chegaram a um sítio onde estava um
cavalo deitado ainda com um saco cheio de peças. Voltaram logo para casa muito contentes, e
mudaram de vida, que até àquele tempo tinha sido amargurada pelos poucos ganhos e muitos
filhos.
40 A Riqueza e a Fortuna foram ao sítio onde o homem costumava cortar lenha e esperaram
por ele bastante tempo. Por fim, a Fortuna declarou-se vencedora, dizendo:
– Que te dizia eu? Não é com muito dinheiro que se é feliz.
Teófilo Braga, Contos tradicionais do povo português, vol. 1,
6.a ed., Alfragide, Leya Sempre, 2008, pp. 255-257.

236 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


1. cruzado: moeda antiga. 2. açougue: talho. 3. magarefe: talhante. 4. carniceiro: profissional de corte de carne.
5. resignou-se: conformou-se. 6. dobrões: moedas antigas de ouro. 7. marroquim: couro. 8. vintém: moeda antiga de
cobre. 9. escampado: descampado.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 237


1. Indica a situação inicial deste conto e refere o acontecimento que a veio alterar.

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2. A Riqueza, após três tentativas, não conseguiu que a sua missão fosse um sucesso.
Preenche o esquema de modo a comprovares a veracidade da afirmação.
a
1.
• Oferece-lhe _________________________
• O que aconteceu? ________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

a
2.
• Oferece-lhe _________________________
• O que aconteceu? _______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

a
3.
• Oferece-lhe _________________________
• O que aconteceu? _______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Explicita o modo como a Fortuna conseguiu trazer a felicidade ao pobre homem.

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4. Apresenta três características do conto tradicional ou popular presentes em «A Riqueza e a


Fortuna».

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238 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 239


Grupo II

1. Classifica as palavras sublinhadas na frase seguinte quanto à sua classe e subclasse.


a. O pobre homem, cuja família tinha de sustentar, trabalhava arduamente.
___________________________________________________________________________
b. Certo dia, apareceram dois sujeitos, a Fortuna e a Riqueza.
___________________________________________________________________________
c. No fim, aquele homem e a sua família alcançaram a felicidade.
___________________________________________________________________________

2. Sublinha os pronomes indefinidos presentes nas frases que se seguem.


a. Alguém quer ouvir um conto?
b. Todos disseram que sim e nenhum fez barulho enquanto ouviam.
c. Nem tudo estava perdido, pois a Fortuna resolveu a situação.
d. Conta-me outro, por favor, pois quero conhecer mais contos.

3. Transcreve o pronome relativo presente em cada frase e indica o respetivo antecedente.


a. O cruzado, que lhe foi dado pela Riqueza, de nada serviu.
___________________________________________________________________________
b. Este conto, acerca do qual fiz um trabalho, é o meu favorito.
___________________________________________________________________________

4. Transforma cada par de frases numa só utilizando um pronome relativo.


a. A bolsa estava cheia de dobrões. A bolsa foi roubada por uma ave de rapina.
___________________________________________________________________________
b. O cavalo fugiu atrás de uma égua. O cavalo carregava o saco cheio de peças.
___________________________________________________________________________

5. Reescreve as frases, substituindo as expressões sublinhadas pelos pronomes pessoais átonos


adequados.
a. Os alunos ouviram duas histórias.
___________________________________________________________________________
b. Logo à noite, contarei esta história aos meus pais.
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c. Onde ouviste essa história?
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d. Os contos também transmitem ensinamentos.
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240 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo III
«Voltaram logo para casa muito contentes, e mudaram de vida, que até àquele tempo tinha
sido amargurada pelos poucos ganhos e muitos filhos.»
(Teófilo Braga, op. cit., p. 257.)

Escreve um texto narrativo, no qual descrevas a mudança que ocorreu naquela família.
Respeita as seguintes indicações:
• apresenta a descrição de um espaço exterior;
• inclui um momento de diálogo;
• termina o teu texto com a frase: «Não é com muito dinheiro que se é feliz».

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Observações:
Deves escrever entre 160 e 260 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 241


– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

242 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano

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