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Moçambique
Ficha Técnica
República de Moçambique
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©Todos os direitos reservados ao Instituto de Educação Aberta e à Distância
Maputo-Moçambique, 2019
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Índice
Introdução ao Módulo de Metodologia de Educação Visual e Ofícios ..................................... 4
Visão Geral dos Conteúdos ........................................................................................................ 5
Recomendações para o estudo ................................................................................................... 5
Unidade no 1 Desenho Geométrico ............................................................................................ 7
Lição no1 Desenho Geométrico.............................................................................................. 7
Lição no2 Ângulos e concordâncias ..................................................................................... 11
Lição no3 Polígonos ............................................................................................................. 15
Unidade no 2 Moldagem e Modelagem ................................................................................... 20
Lição no 1 Introdução a Moldagem e Modelagem ............................................................... 20
Lição no 2 Moldagem ........................................................................................................... 23
Lição no 3 Modelagem ......................................................................................................... 28
Unidade no 3 Papel ................................................................................................................... 33
Lição no 1 Origem e propriedades do papel ......................................................................... 34
Lição no 2 Planificação de sólidos........................................................................................ 37
Unidade no 4 Têxteis ................................................................................................................ 43
Lição no 1 Origem e propriedade dos têxteis ....................................................................... 44
Lição no 2 Técnicas de transformação das fibras têxteis - Tecelagem ................................. 47
Lição no 3 Técnicas de transformação das fibras têxteis...................................................... 51
Unidade no 5 Costura ............................................................................................................... 58
Lição no 1 Introdução à costura ............................................................................................ 58
Lição no 2 Costura – Colocação de elástico e zipe ............................................................... 62
Unidade no 6 Madeira .............................................................................................................. 67
Lição no 1 Origem e propriedades da madeira ..................................................................... 68
Lição no 2 Técnicas de transformação da madeira ............................................................... 72
Unidade no 7 Metais ................................................................................................................. 77
Lição no 1 Origem e propriedades dos metais ...................................................................... 78
Lição no 2 Técnicas e ferramentas usadas na transformação dos metais ............................. 83
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Introdução ao Módulo de Metodologia de Educação Visual e Ofícios
No entanto, no nosso quotidiano enquanto professores destas áreas constatamos que estamos
longe de fazer uma abordagem coerente, flexível e de acordo com uma pedagogia onde se
reconheça a importância e o valor das artes, e da sua partilha, focamo-nos, muitas vezes, no
ensino mais técnico, na repetição de trabalhos e áreas de exploração, muitas delas não são
aceites nem compreendidas pelos alunos deste nível etário, como é geralmente, por uma
deficiente abordagem, nem sempre se proporciona aos alunos, a possibilidade de se
expressarem livremente e de trabalharem com prazer.
Como tal, é necessário reformular as nossas práticas no sentido de levar o aluno a descobrir e
desenvolver o seu potencial em ofícios e conduzi-lo a vivenciar os fenómenos visuais,
fazendo, aprendendo a olhar, participando criativamente, através dos seus trabalhos,
revelando, naturalmente, os seus sentimentos e expressões.
Devemos levar o aluno a desenvolver o seu potencial e fortalecer sua sensibilidade artística,
reconhecer o valor das artes visuais, ter autoestima e capacidade de comunicação, de acordo
com os estádios de desenvolvimento gráfico, para uma melhor abordagem do currículo e das
competências a atingir.
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Visão Geral dos Conteúdos
I Desenho Geométrico 6
II Moldagem e Modelagem 6
III Papel 4
IV Têxteis 6
V Costura 4
VI Madeiras 4
VII Metais 4
Total 34
Estimado professor, procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um
plano de estudo individual, que inclui a data, o dia, a hora, o que estudar e com quem estudar
(sozinho, com colegas, outros).
Reserve os finais de semana e os tempos livres para leitura, pesquisas e resolução das
actividades propostas. Promova debates no seio dos colegas da mesma ou de outras escolas
que tem mais contacto com eles.
O teu sucesso depende da sua entrega, você é responsável pela sua aprendizagem e cabe a si,
planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu progresso.
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Ícones
O módulo é composto por ícones que servem para guia-lo durante o seu estudo e facilitar a
interação e a sequência dos conteúdos.
Actividades de avaliação
As actividades de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada lição e unidade.
Sempre que necessário, tem alguns subsídios que lhe ajudarão a desenvolver as actividades,
assim como instruções para as completar – chaves de correção.
Bibliografia
Para aprender mais, apresentamos uma lista de fontes adicionais que podem incluir livros,
artigos ou sites da internet para você explorar.
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Unidade no 1
Desenho Geométrico
Lição no1
Desenho Geométrico
Introdução da Lição
7
Prezado professor, nesta lição falaremos do conceito desenho geométrico e materiais
utilizados, e prosseguiremos retratando o traçado da divisão de segmentos de recta usando o
método específico ou traçado da mediatriz que só permite a divisão de segmentos em
2,4,8…partes iguais e o método geral ou teorema de Thales que permite dividir os segmentos
de recta em quaisquer partes que pretendermos, é importante que o estimado professor faça
um estudo sobre a normalização e traçado da esquadria e legenda previamente.
Desenho Geométrico
Actualmente, têm se recorrido à alguns softwares, com maior frequência ao CAD, para a
resolução de problemas gráficos que exigem maior rigor, pois estes garantem uma maior
precisão e uma rapidez na execução.
O uso dos softwares educacionais não deverá, de forma alguma, substituir a utilização de
materiais de rigor, pois esses são a base para que os alunos compreendam e saibam interpretar
o que o computador está fazendo à sua frente para além do desenvolvimento de habilidades
importantes para a sua formação integral.
Ao longo da presente unidade temática será orientada algumas construções geométricas com
exemplos de recursos metodológicos que usará para garantir o desenvolvimento das
competências dos alunos.
A necessidade medir e traçar com rigor, obrigou o homem a inventar instrumentos para tal,
em substituição dos anteriores que não ofereciam precisão.
Durante as aulas, os instrumentos que os alunos usarão com maior frequência são a régua, os
esquadros, o compasso e o transferidor, bem como o lápis de graduação dura ou lapiseira de
mina dura, o papel e a borracha.
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Lápis
Afiador Borracha
Divisão de Segmentos
Há dois métodos para a divisão de um segmento de recta em partes iguais, o método das
mediatrizes e o método Teorema de Tales.
Para tal primeiro traça-se o segmento de recta [AB] e com a ponta seca em uma das
extremidades A ou B abre-se o compasso mais que a metade do segmento dado e com a ponta
seca do compasso em A até traça-se um arco, sem alterar a abertura do compasso com a ponta
seca em B traça-se outro arco de modo a intersectar o primeiro arco traçado e por último une
os pontos de intersecção.
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2º Passo: Une-se o último ponto (5) da semi-recta auxiliar
(t2) ao extremo, B, do segmento de recta [AB], originando
deste modo, o segmento [5B].
Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para fazer as actividades propostas acima.
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Lição no2
Ângulos e concordâncias
Introdução da Lição
Dando continuidade à lição anterior, nesta lição daremos destaque ao transporte, adição
subtração, divisão e multiplicação de ângulos. E por fim falaremos do traçado de
concordâncias dentre as quais entre rectas com arcos e apenas entre os arcos (espirais de 2,3 e
4 centros).
Ângulos
O ângulo é o espaço plano existente entre duas linhas rectas cruzadas. O ponto em que
acontece o cruzamento recebe o nome de vértice, enquanto que as semi-rectas que limitam o
espaço recebem o nome de lados do ângulo. As medições dos ângulos são feitas com ajuda
do transferidor e medem-se em graus (o). Conforme as suas aberturas, os ângulos pode ser
nulo (0o), agudo (entre 0o e 90o), recto (90o), obtuso (entre 90o e 180o), raso (180o) e giro
(360o).
Adição de ângulos
Dados dois ângulos, traça-se um arco de circunferência em cada ângulo fazendo centro em V
e obtendo os pontos AB e CD. Com a mesma abertura, traça-se outro arco numa nova linha
fazendo centro na sua extremidade. Neste arco, são marcadas as aberturas AB e CD
resultando no ângulo AVD fruto do somatório dos ângulos anteriores. Este procedimento é
válido para somar igualmente mais de dois ângulos.
Subtração de ângulos
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A subtração de ângulos segue o processo inverso da adição. Para tal, é dado um ângulo maior
do qual serão subtraídos ângulos menores. O ângulo resultante será deste modo, menor que o
ângulo inicial.
Uma compreensão da operação de adição de ângulos, permite que o aluno possa resolver um
exercício de subtração, sem mesmo ter aprendido os procedimentos necessários para se
chegar à solução.
Divisão de ângulos
Multiplicação de ângulos
A multiplicação de elementos é por definição uma soma sucessiva do mesmo elemento. Nesta
ordem de ideias, a multiplicação de ângulos consistirá basicamente em fazer um somatório
sucessivo do mesmo ângulo, o número de vezes que for solicitado. O procedimento segue os
passos da adição de ângulos.
Traçado de Concordâncias
A concordância de linhas consiste em uni-las sem criar reversão ou ângulo no ponto da sua
união. Podem ser feitos vários tipos de concordâncias, nomeadamente:
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As concordâncias gozam de algumas propriedades, nomeadamente:
1. Um arco e uma recta estão em concordância num ponto quando a recta é tangente ao
arco nesse ponto.
2. Na concordância de recta com arco de circunferência, o ponto de concordância e o
centro de concordância estão sobre uma mesma perpendicular.
3. Dois arcos de circunferência estão em concordância num ponto, quando admitem
nesse ponto, uma tangente comum.
Concordância de duas rectas perpendiculares com um Concordância de duas rectas paralelas com um arco
arco
Concordâncias de arcos
[substituir as imagens acima por outras mais nítidas (pode se recorrer ao auto CAD)]
Espirais
No que respeita a concordâncias de arcos, será dado particular destaque às espirais que são
linhas curvas abertas que nos lembras um fio que vai de desenrolando. As espirais podem ser
de 2, 3, 4 ou mais centros.
A espiral de 2 centros é traçada alternando a ponta seca do compasso nos 2 centros, enquanto
que as restantes concordâncias são feitas na base de um polígono, sendo o menor o triângulo.
Os lados dos polígonos são prolongados segundo uma certa sequência e funcionarão como o
início e fim dos arcos de circunferência cujos centros serão os seus vértices.
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Espiral de 3 centros Espiral de 3 centros Espiral de 4 centros
0 0
1. Transporte dois ângulos, um de 60 e outro de 30 .
2. Trace dois ângulos, um de 420 e outro de 550 e adicione-os.
3. Subtraia um ângulo com 1700 com outro de 600.
4. Divida um ângulo de 1000 em 4 partes iguais.
0
5. Multiplique um ângulo de 25 em 5 vezes.
6. Construa espirais de 2, 3, 4 centros nos sentidos, horário e anti-horário. Considere a
distância entre os centros igual a 1cm.
Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para fazer as actividades propostas acima.
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Lição no3
Polígonos
Introdução da Lição
A natureza apresenta-nos uma infinidade de formas geométricas, desde o favo de uma
colmeia de abelhas, estrela-do-mar, caracol, etc. nesta lição falaremos dos polígonos
regulares e estrelados pelo método geral e específico, e estratégias de ensino de desenho
geométrico.
Polígono - é uma figura plana fechada limitada por linhas rectas ou lados que se intersectam
nos pontos chamados vértices. Os polígonos podem ser classificados segundo o número de
lados.
Os polígonos podem ser regulares, se tiverem todos os lados e ângulos iguais e, irregulares se
tiverem lados diferentes. No Ensino Primário a construção de polígonos limita-se apenas em
regulares, com o recurso ao método geral ou método específico.
Método Geral
Este método consiste em, à circunferência onde será circunscrito o polígono, dividir o seu
diâmetro em número de partes iguais ao número de lados do polígono que se pretende
construir (com o recurso a um dos métodos da divisão de segmentos de recta em partes
iguais).
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Seguidamente traçam-se dois arcos com o raio correspondente
ao diâmetro da circunferência e centros nos extremos do
mesmo, que se cruzam no ponto P. A intersecção da recta que
une o ponto P ao ponto 2, o segundo ponto da divisão do
diâmetro, com a circunferência origina o ponto B. A distância
AB, correspondente medida do lado do polígono, será repetida
pelo resto da circunferência.
Caro professor, o método ora explicado aplica-se na construção de polígonos regulares com
qualquer número de lados, bastando para o efeito, dividir o diâmetro da circunferência
circunscrita em número correspondente ao número de lados do polígono que se pretende
construir e, depois seguir os restantes passos dados no exemplo anterior de construção de um
polígono regular de cinco lados iguais, pentágono regular.
Assim, depois de percebidos todos os passos da aplicação do método geral, os alunos poderão
construir, sem explicação do professor, polígonos com qualquer número de lados com o
recurso ao método geral.
Método específico
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[inserir mais imagens de polígonos estrelados]
Os passos devem ser dados pausadamente para permitir que os alunos possam acompanhar
claramente a resolução do exercício, de modo a que, a partir da percepção dos passos dados
neste exemplo, possam dividir um segmento em qualquer número de partes desejado.
À medida que os passos vão sendo dados, o professor vai explicando claramente, dando
sempre a possibilidade de serem os próprios alunos a explicarem os passos seguintes no
quadro ou nos seus lugares, pois tratando-se de conteúdos com um desenvolvimento lógico,
eles próprios podem dar os passos seguintes.
Ao explicar a construção de espirais, o mais importante é que os alunos percebam muito bem
a explicação da espiral mais simples, a de 2 centros, para que a base dela se possa construir
espirais com outros números de lados. É sempre conveniente que sejam os próprios alunos a
construírem o seu conhecimento de modo a que possam desenvolver todas as suas
capacidades na resolução de problemas do dia-a-dia.
Para evitar a abstração ao lecionar, é conveniente que selecione o material didáctico (imagens
que ilustrem espirais, objectos com ângulos, polígonos, etc.) que ilustre a aplicação do
Desenho Geométrico no geral por exemplo na construção civil e na natureza podemos
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encontrar várias formas geométricas que os alunos conhecem e a partir desses exemplos
podemos explorar o conhecimentos dos alunos para evitar muita abstração na sala de aulas.
Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para fazer as actividades propostas acima.
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1. O que entende por desenho geométrico?
2. Quais os principais materiais usados em desenho geométrico?
3. Identifique as formas geométricas básicas.
4. O que são concordâncias?
5. Indique e estabeleça a diferença entre os tipos de concordância que aprendeu.
6. O que entende por ângulo? Quais são os elementos de um ângulo?
7. Indique e estabeleça a diferença entre os tipos de ângulos que aprendeu.
8. Indique as diferenças e as semelhanças entre adição, subtração, multiplicação e divisão
de ângulos.
9. O que entende por polígono?
10. Indique e estabeleça a diferença entre os tipos de polígonos que aprendeu.
11. Diferencie o método geral do específico na construção de polígonos.
Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para resolver os exercícios de avaliação
acima propostas.
ALMEIDA, Luís. Eu e a Arte – Livro do aluno, Educação Visual 5a Classe. Porto editora.
SAMUEL, Filipe David Carrel. Arte e Vida – Livro do aluno, Educação Visual 7aClasse.
Texto editores.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
LOPES, Manoel. Desenho Técnico. Edições ASA.
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Unidade no 2
Moldagem e Modelagem
Lição no 1
Introdução da lição
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Na infância era comum utilizar-se diferentes formas para produzir bolos de areia que
permitiam que o produto final (bolo de areia) tivesse as mesmas características da forma ou
molde usado. Caro professor, farão parte desta lição, a origem e propriedades do barro,
processo de preparação da argila e os materiais e ferramentas incluindo os teques (de
metais/arrame, madeira e plástico) para moldagem e modelagem,
Propriedade do barro
Cor – De acordo com a sua composição, a argila apresenta-se com cores variáveis (branco,
alaranjado ou cinzento). A argila mais pura, bastante mais clara designa-se por caulino.
Resistência – É a propriedade que a peça tem de manter a forma dada após secagem e de se
tornar mais resistente após a cozedura.
Sonoridade – Propriedade que a argila tem de emitir sons, através de pequenos batimentos,
após a cozedura.
Uma vez extraídas do solo, as argilas precisa ser preparador porque contêm impurezas, tais
como raízes e pedras. Para tal precisas realizar os seguintes processos:
i. Desagregação da argila
Consiste em reduzir ao mínimo possível o tamanho dos grãos que constituem a argila, para tal
deves:
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Pressionar a argila com um rolo de metal, madeira ou mesmo uma garrafa cilíndrica.
ii. Limpeza da argila
Consiste em tirar impurezas que podem prejudicar a preparação do barro, para tal pode-se
seguir os seguintes passos:
Consiste em adicionar água à argila por alguns dias num recipiente até dissolver-se, não se
esquecendo de deixar o pó que será necessário para homogeneização e retirar o excesso de
água.
Neste processo amassa-se o barro até torna-lo uma pasta homogénea adicionando o pó
reservado antes de adição da água. Deve-se retirar as bolhas de ar e durante este processo a
pasta de barro só estará pronta se deixar de aderir ou colar-se às nossas mãos.
Para armazenar o barro deves embrulhá-lo num pano húmido e guardar dentro de um saco
plástico, num lugar fresco ou dentro de uma bacia de água.
Usando materiais que podem tomar várias formas (pastosos ou líquidos), enche-se a
concavidade do molde e, após ter secado o suficiente, retira-se a peça já com o formato do
respectivo molde. Os materiais habitualmente usados para a moldagem são o cimento, o
barro, o vidro, o chumbo, o plástico, as argilas, o gesso, a pasta de papel, o metal fundido,
entre outros.
Ferramentas
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em construção, prateleiras ou outros locais para secagem e para colocação das peças acabadas
e forno para cozedura das peças de barro.
Teques
São ferramentas ou instrumentos que podem ser de madeira ou metal que têm a função de
entalhar e dar forma pormenorizada aos objectos produzidos.
Para cumprir com as actividades acima propostas terá que procurar argila um local próximo
ou numa empresa de cerâmica, fazer a leitura do conteúdo da lição e pesquisas adicionais nos
manuais de ensino primário e outras fontes bibliográficas, incluindo tutoriais do youtube.
Lição no 2
Moldagem
Introdução da Lição
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Moldagem
Tipos de Moldagem
Conforme o formato do objecto por produzir podemos ter moldagem simples e por tasselos.
Moldagem simples
Quando o molde é constituído por apenas uma peça, também pode ser chamado positivo-
negativo.
O molde é constituído por duas ou mais peças, cada uma dessas peças denomina-se tasselo.
O objecto modelado não deve ter saliências angulosas ou vazadas que ofereçam resistência a
desmoldagem.
2. Preparar o molde
Ou seja, a partir do objecto original é possível extrair o molde, basta para tal:
a) Cobrir o objecto com material como gesso, areia, silicone, barro entre outros.
b) Recortar ou dividir o molde antes de secar.
c) Deixar secar;
d) Desmoldar o objecto, ou seja retirar o objecto do molde;
e) Usar os negativos do molde para produzir novos objectos.
Antes de preparar o molde deve aplicar, cera ou vaselina para que o material não cole
no objecto depois de secar.
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[inserir imagens das etapas de preparação do molde]
3. Enchimento do molde
Depois de produzir o molde, una as partes e encha-o com material plástico a sua escolha,
devendo sempre usar a cera e vaselina para que o molde não adira ao objecto.
4. Secagem
Consiste na eliminação da maior parte da água existente nas peças, por meio da evaporação.
Dependendo do material em uso pode se deixar secar o objecto por completo ou parcialmente
num lugar seco e fresco para facilitar os acabamentos.
5. Desmoldar o Objecto
6. Acabamentos
a) Pintura ou envernizamento
b) Aplicação de Vidro
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c) Engobes
d) Polimento
Para fazer o polimento do barro a peça deve estar seca, e consiste em dar brilho ao objecto de
barro com recurso a uma pedra lisa e macia do rio ou do mar, ou ainda com areia fina ou lixa
de água.
e) Incisões e gravações
Processo que consiste em criar desenhos com os teques de decoração, dedos, pentes, garfos,
pregos ou com os materiais existentes na natureza. As gravações e incisões são feitas com o
barro ainda fresco e parcialmente seco à partir de um desenho prévio.
f) Incrustações
Consiste na fixação de pormenores que dão beleza ao objecto de barro, podem ser usadas
sementes ou
g) Modelação
Processo que consiste em colar peças menores previamente modeladas à superfície duma
peça pela aplicação da barbotina.
7. Fornos e cozedura
Existem fornos eléctricos, de lenha ou a gás. Antes de cozer as peças, deixe-as secar
completamente (mas nunca ao sol directo para não estalarem), O tempo de secagem irá
demorar conforme o tamanho da peça e a estação do ano. Uma peça grande tem de ser seca
gradualmente para que o barro, ao perder água, fique mais duro e aguente o peso.
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Como forma de minimizar a falta de fornos em muitas escolas, são construídos os fornos
descartáveis, constituídos por uma abertura feita no solo para colocação da lenha e do fogo,
outra abertura na parte superior com função de chaminé, uma cobertura composta por
sucessivas camadas alternadas de papel, jornal, capim e objectos de barro húmido (todo este
conjunto coberto finalmente por terra).
Aplicação da moldagem
Para cumprir com sucesso as actividades acima propostas terá que procurar argila um local
próximo ou numa empresa de cerâmica, fazer a leitura do conteúdo da lição e pesquisas
27
adicionais nos manuais de ensino primário e outras fontes bibliográficas como vídeos
tutoriais e visite uma empresa ou oficina de cerâmica disponível na sua comunidade ou
província.
Lição no 3
Modelagem
Introdução da lição
Esta lição fará uma abordagem em torno do processo da modelagem, na qual serão abordados
o conceito modelagem, as técnicas de levantamento de peças na modelagem que são as
técnicas de rolo, bola, roda de oleiro, lastra e da placa.
Modelagem
a) Técnica da bola;
b) Técnica do rolo;
c) Técnica da lastra;
d) Técnica da placa; e
e) Técnica da roda de oleiro.
a) Técnica da bola
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É uma técnica simples que lhe possibilita o levantamento de pequenas peças de formas
arredondadas, tais como vasos, taças, canecas, etc.
Inicie fazendo uma bola de barro sobre. Pressione com os polegares de forma a abrir uma
cavidade. Role a bola para aperfeiçoar e aumentar a cavidade e dando a forma do objecto que
pretende produzir. Ao finalizar, alongue as paredes da peça com os dedos, acautele que elas
tenham aproximadamente a mesma espessura, nivele a superfície com esponja húmida ou
teque e decore ao seu gosto.
b) Técnica do rolo
Em cima de uma superfície lisa e com o auxílio das palmas das mãos, efectuamos
movimentos de vaivém, procurando fazer rolos ou cilindros finos e uniformes de barro com
espessura aproximada à de um dedo.
Para o início da execução enrola-se em espiral um rolo de barro, fazendo algumas incisões e
pincelando com um barbotina para criar aderência entre os rolos.
De seguida, justaponha circularmente os rolos para a subida das paredes, una-os com
barbotina e pressionando-os com os dedos. À medida que a parede vai subindo e com o
auxílio dos dedos vai-se alisando não esquecendo de ter o cuidado de as paredes ficarem
sempre com a mesma espessura.
c) Técnica da lastra
Esta técnica consiste na utilização de uma lastra de barro – rolo de formato rectangular com
largura de 2 a 3cm. Para o levantamento de peças usando esta técnica, segue-se os mesmos
procedimentos da técnica de rolo.
d) Técnica da placa
É uma técnica abundantemente aplicada na construção de objectos com faces, como caixas. A
placa é feita colocando barro suficiente sobre a mesa de trabalho e pressionando com o rolo
de massa até uniformizar a espessura da placa com o auxílio de umas duas ripas. Depois,
corte as partes que necessita para compor a peça usando uma faca. A seguir, ligue as placas
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utilizando a barbotina e efectue os acabamentos com esponja húmida ou teque. No final
realize decorações ao seu gosto.
Técnica para fazer qualquer objecto cilíndrico, desde tigelas, vasos, canecas ou outro objecto
decorativo. Coloca-se o barro no centro da mesa da roda do oleiro inicia-se a peça com uma
abertura ao centro com roda girando. Com as mãos húmidas usam-se os dedos para
pressionar no centro, fazendo a abertura. Puxa-se levemente as paredes, formando um
cilindro. Depois dá-se a forma desejada à peça, alargando ou estreitando, encurtando ou
alongando.
Antes da abordagem deste conteúdo devemos ter em conta as habilidades que as crianças têm
na tenra idade. Usam areia para fazer bolos, casa, castelos, representam frutos, pessoas carros
e todo o meio e objectos a sua volta.
Nesse sentido o estimado professor deve capitalizar essas habilidades e conhecimentos que as
crianças têm para ensinar esta unidade com recurso a matérias disponíveis localmente. Se
existir uma oficina ou fábrica de cerâmica ou museu na sua região, planifique uma visita de
estudos com os seus alunos para expandirem o seu horizonte sobre a moldagem e
modelagem.
É muito importante durante as aulas práticas, capitalizar as experiências dos alunos e fazer as
actividades juntamente com eles apoiando os mais fracos e elogiando o seu progresso. A
disposição e motivação dos alunos deve ser constante, o trabalho em grupo é mais
revitalizante e permite o apoio recíproco dos alunos mais fracos pelos mais fortes.
Durante a mediação o caro professor, deve trazer exemplos práticos e usar a técnica
demonstrativa para mostrar os alunos como devem executar as técnicas de moldagem e
modelagem.
É imperioso que os alunos se preparem para aula trazendo aventais ou outras roupas que
facilitem o trabalho porque é normal sujar durante estas aulas, para além disso informe os
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alunos que preparem todo material necessário para aula com antecedência. Depois da aula
reserve um tempo para limpezas, arrumação e higiene pessoal dos alunos.
Com base em leitura do texto disposto acima, faça pesquisas, assistia vídeos tutoriais no
youtube e visite uma empresa ou oficina de cerâmica ou museu disponível na sua
comunidade ou província para complementar o seu conhecimento sobre a moldagem e
modelagem e faça as actividades propostas.
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bola, do rolo, roda de oleiro, lastra e da placa e culminamos falando das estratégias de ensino
da moldagem e modelagem.
A argila é uma substância terrosa formada por sílica, alumina e água, sendo também
frequente o óxido ferroso e o manganês.
Barro - É uma matéria argilosa, moldável quando se junta água, que se extrai directamente
dos solos e é composto à base de silicatos de alumínio.
32
Para cumprir com sucesso as actividades de avaliação é necessário fazer uma leitura
minuciosa do texto disposto em cada lição desta unidade temática, fazer pesquisas adicionais,
assistir vídeos tutoriais no youtube, visitar uma empresa ou oficina de cerâmica ou museu
disponível na sua comunidade ou província.
Unidade no 3
Papel
Estimado professor nesta unidade temática, será abordado o uso do papel reciclado, uma das
formas de aproveitar o papel que muitas das vezes é tido como lixo e de contribuir para a
conservação do meio ambiente. Serão abordados a origem e propriedades de papel, a selecção
de papel reciclável, a reciclagem artesanal do papel (pasta de papel) para construção de vários
objectos.
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1. Faz objectos decorativos, utilitários e lúdicos através das técnicas de trabalho com
papel e pasta de papel reciclado;
2. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
3. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
Lição no 1
Introdução da lição
Antes do surgimento do papel o Homem usava diferentes suportes para desenhar e registar
suas mensagens como por exemplo: placas de madeira, barro, peles de animais, cascas de
árvores, carapaças de tartarugas, etc. nesta lição falaremos de conceito papel, sua origem e
propriedades e por último falaremos do mosaico de papel.
Papel
O papel é uma substância constituída por elementos fibrosos de origem vegetal comprimidos
e aderentes uns aos outros ou trapos transformados em massa ou pasta, geralmente é
distribuído sob a forma de folhas ou rolos.
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O papel é obtido através da transformação, mecânica e química dos troncos das árvores como
o eucalipto e pinheiro ou outro tipo de materiais como por exemplo fibras têxteis e sintéticas.
Propriedades do papel
São diversas as propriedades do papel, dentre várias, vamos apenas destacar: espessura,
gramagem, textura, resistência e cor.
A espessura é mais variável e diz respeito à grossura da folha de papel, desde o fino papel de
seda até às cartolinas e cartões.
A gramagem depende da espessura da folha de papel e exprime-se pelo peso obtido por
metro quadrado.
A resistência dos papéis depende, geralmente, da espessura. Assim, os papéis finos são mais
frágeis do que os mais grossos. O papel grosso corta-se com mais dificuldade do que o papel
fino, mas este rasga-se mais facilmente. Pode-se concluir que da resistência depende a
dificuldade ou a facilidade de corte e dobragem do papel.
Recorte
Podemos recorrer aos recortes para formar uma composição decorativa, com pedaços de
jornais, fotos e outros elemement.
Picotagem
A picotagem é o acto de fazer furos no papel com um instrumento afiado (agulha) ou com
uma máquina apropriada, para facilitar o corte à mão ou a dobragem.
Colagem
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É o processo de fixação de pedaços de papel recortados num suporte, com auxílio de cola.
Pode fazer-se a colagem de outros materiais como grãos de arroz, milho, massa, areia, etc.
Para esta técnica é necessário escolher uma boa cola, espalhá-la bem no suporte e, de seguida,
sobrepor os recortes ou objectos por colar, pressionando-os, de modo a permitir uma boa
aderência dos materiais.
Dobragem
È uma técnica que consiste em dobrar papel, segundo regras definidas, para reproduzir
objectos ou elementos com 3 dimensões.
A folha de papel de forma quadrangular e de fina gramagem é o material mais usado para
conservar a dobra.
Mosaico de Papel
O mosaico é uma técnica antiga utilizada para decorar paredes, tetos e pisos. Nessa altura o
mosaico era feito com recurso a seixos ou pastilhas de cerâmica ou vidro para formar
composições abstractas, geométricas ou figurativas (figuras humanas, animais e outros
cenários). É comum usar mosaico de papel para realizar composições decorativas.
Vamos recorrer a essa técnica milenar para fazer trabalhos decorativos com recurso ao papel.
Para fazer o mosaico de papel temos de ter algum material, como é o caso de tesoura, lápis
canetas, revistas, carolinas de várias cores o papelão, cola etc.
Primeiro – Faz-se um esboço ou desenho (pode ser um animal, flor, paisagem ou um outro
desenho a sua escolha) sobre a cartolina ou papelão.
Terceiro – Cola-se os recortes sobre o desenho feito deixando, ou não espaço entre eles –
(use pouca cola para não sujar o mosaico e diversifique as cores para criar contraste).
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Para além do mosaico de papel pode-se construir objectos (cestos, vasos, chapéus, etc)
usando tiras de papel e cola de madeira diluída.
Estimado professor, para concretizar esta actividade, deve fazer uma leitura do conteúdo
disposto no módulo e fazer pesquisas adicionais no youtube sobre as técnicas de trabalho
com papel e sobre produção de mosaico de papel.
Lição no 2
Planificação de sólidos
37
Introdução da lição
Estimado professor, agora daremos continuidade a unidade sobre o papel, com especial
atenção à planificação de sólidos geométricos nomeadamente: pirâmides, prismas, cilindros e
cones. Falaremos da reciclagem do papel e seu benefício para o meio ambiente e voltaremos
a trazer conteúdos relacionados a moldagem e modelagem, mas desta vez, com pasta de
papel, por fim falaremos das estratégias usadas para o ensino sobre o papel.
Nem todos os sólidos são planificáveis, pois nem todos têm superfícies que possam assentar
num plano por exemplo não é possível planificar a esfera.
Planificação da pirâmide
A pirâmide é formada por uma base poligonal (que pode ser qualquer polígono) e por faces
triangulares laterais unidas por um vértice. Assim, fica fácil concluir que a planificação da
pirâmide apresenta um polígono e alguns triângulos.
O número de triângulos das faces sempre será igual ao número de lados do polígono da base.
A planificação de uma pirâmide triangular, por exemplo, é composta por uma base triangular
e por três triângulos.
Procedimento: Constrói o polígono e sobre cada um dos seus lados trace triângulos Aplica
cola no tracejado e junta as faces de forma a obter a pirâmide.
Planificação de Prismas
O prisma é um sólido geométrico formado por duas bases poligonais congruentes e por faces
laterais que são paralelogramos.
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O número de paralelogramos presentes na planificação do prisma é igual ao número de lados
das suas bases.
Planificação do Cilindro
Planificação do Cone
É um sólido geométrico com uma base circular limitado por uma superfície curva fechada
que termina por um vértice (exemplo funil).
É sempre importante indicar a altura dos sólidos geométricos antes de fazer a sua
planificação.
Podemos recorrer a planificação de sólidos para produzir diversos objectos úteis para o nosso
dia-a-dia na escola como é o caso de biombos para guardar material escolar, pastas de
arquivo entre outros objectos utilitários, lúdicos e decorativos.
Reciclagem de papel
39
De uma forma geral, existem os papéis que podem ser reciclados e os papéis que não podem
ser reciclados:
Papéis não recicláveis: papel higiénico, metalizados e plastificados, por exemplo o papel
utilizado no cigarro etc.
Pasta de papel
Com a pasta de papel é possível fazer vários objectos decorativos e utilitários como cabeças
de fantoches, enfeites, bonecos com íman para enfeitar o frigorífico, material didáctico, etc.
Veja como se desenvolve a actividade passo-a-passo:
1o – Recicle o papel já utilizado e corte pedacinhos de papel e cartão (de embalagens
fininhas) para dentro de um recipiente;
2o – Junte água quente e deixe de molho até o papel se desfazer. (Se houver ainda pedaços
muito grandes deverá triturar);
3o – Com a mão, retire o papel amolecido para dentro de um pano. Aperte bem o pano para
que toda a água saia;
4o – Filtre a água do recipiente com uma rede fina, aproveitando-se assim todos os
pedacinhos de papel;
5o – Coloque a massa de papel num recipiente e junte um pouco de cola de madeira (branca).
Amasse bem e utilize de imediato.
Para obter uma superfície mais macia e um acabamento mais perfeito nos seus trabalhos com
pasta de papel, depois de moldada, mas ainda húmida, cubra a pasta de papel com um pouco
de pó de gesso.
Estratégias de ensino sobre o papel
Caro professor, para o ensino desta unidade terá de utilizar metodologias activas que
estimulam a criatividade dos alunos atendendo que eles apenas precisam de uma motivação
constante e encararem o mundo sob o seu ponto de vista de acordo com a sua faixa etária e
etapas gráficas que atravessam.
Neste contexto, é sempre primordial usar a elaboração conjunta e suas variadas técnicas para
capitalizar o conhecimento e habilidades prévias dos alunos, bastando para tal transformar
cada momento de ensino e aprendizagem numa oportunidade dos alunos exporem as suas
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ideias e experiencias sobre o tema em questão por exemplo, podemos falar e fazer barcos de
papel, aviões e outros objectos que os alunos já conhecem através das técnicas de trabalho
com o papel.
É imperioso que aumente o nível de exigência dos trabalhos a medida que os alunos vão
consolidando os seus conhecimentos e habilidades sobre o tema em questão podendo
começar com exercícios simples e aumentando gradualmente a sua complexidade.
Pode recorrer a técnica demonstrativa durante a explanação dos conteúdos e representar todos
os exemplos sobre a planificação dos sólidos geométricos tanto no quadro, papel e na sua
construção em 3D.
No tocante a pasta de papel deve-se lembrar os conceitos sobre moldagem e modelagem
destacando sempre a importância da reciclagem do papel na preservação do meio ambiente.
Leia atentamente o texto, e faça pesquisa complementares para poder realizar as actividades
propostas acima.
Na unidade temática que termina, fizemos uma visão resumida da origem e propriedades do
papel e a técnicas usadas para trabalhar com o papel onde se destaca o recorte, picotagem,
colagem e dobragem, mosaico de papel, planificação de sólidos e produção da pasta de papel.
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Sendo que a crescente produção do papel, levanta um novo problema, relacionado com a
conservação do meio ambiente, a reciclagem do papel torna-se numa das formas inteligentes
de minimizar este problema.
São necessários uma série de cuidados no trabalho, como, a selecção criteriosa do papel a
reciclar, a trituração completa do papel, a adição da cola de madeira, a secagem e a decoração
das peças.
Estimado professor com base na leitura do texto disposto nesta unidade e em pesquisas
adicionais na internet e em outras fontes bibliográficas para além das sugeridas na
bibliografia, poderá resolver as actividades acima propostas.
Mazive, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse, pag.55-62.
Longman 2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse,
pag.57-63. Longman 2012.
42
ZANDAMELA, André Justino e NGOVENE, Lídia Ismael . O saber das Mãos – Livro do
aluno, Ofícios 5aClasse, pag.22-28. Longman 2005.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
ALMEIDA, Luís e HELENA, Veloso. Aprendendo Fazendo – Livro do professor, Ofícios 1a
e 2aClasse. Plural Editores 2004.
Unidade no 4
Têxteis
Nesta unidade temática, falaremos dos têxteis, sua origem, natureza e propriedades,
abordaremos sobre as actividades desenvolvidas com base nos materiais ou fibras têxteis nas
quais destacaremos: A tecelagem, tapeçaria, bordado, cestaria, e curtume.
1. Faz trabalhos de tecelagem com diversos materiais naturais como algodão, sisal,
palha, folhas de palmeiras, entre outros;
2. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
3. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
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Lição no 1
Introdução da lição
A origem dos têxteis tem-se confundido com a origem da humanidade porque desde os
tempos remotos o homem sentiu a necessidade, de cobrir seu corpo, de se aquecer ou
construir abrigos para ele e sua família recorrendo a folhas de árvores, pele de animais e
outro tipo de fibras disponíveis na natureza. Nesse contexto, caro professor, nesta lição
abordaremos sobre a origem e propriedade dos materiais têxteis e faremos a sua classificação.
Fibra Têxtil
Entende-se por fibra têxtil ou têxteis a todos elementos ou filamentos finos de origem
química ou natural (natural ou vegetal) cujas características de flexibilidade tornam-lhes
aptos a diferentes usos e aplicações.
Quanto a sua origem os materiais têxteis são constituídos por fios ou fibra têxtil resultante da
transformação de matérias-primas (designada fiação). As primeiras fibras a serem conhecidas
datam de 2000 anos a.C., e eram basicamente de origem vegetal e animal. Hoje podem ser de
origem vegetal, animal, mineral, sintética ou artificial, como indica a tabela que se segue:
Lã
Animal Nylon
Seda
Algodão
Terylene
Linho Não
Naturais
Vegetal Juta Naturais
Trevira
Sisal
Ráfia
Dralon
Mineral Amianto
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Fibra têxtil natural: são todas as fibras que já se apresentam prontas na natureza
necessitando apenas alguns processos físicos para transformá-las em fios. Elas estão divididas
em:
Fibra têxtil artificial: são todas as fibras que se apresentam na natureza numa forma não
utilizável. O homem através de artifícios químicos as coloca em condições de uso. Ex:
Viscose, Modal, Cupro, Liocel, Acetato, Triacetato, etc.
Fibra têxtil sintética: As chamadas Fibras Sintéticas não existem na natureza. O homem
através de sínteses químicas as coloca em condições de uso, ou seja, são formadas por
macromoléculas criadas (sintetizadas) pelo homem. Ex: Poliéster, poliamida, polipropileno,
acrílico, elastano, etc.
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Calças e botas de fibra de Fibra de Viscose Fibra de Vidro
Cloreto de Polivinila
Nem todos materiais têxteis têm as mesmas características. As propriedades notáveis dos
materiais têxteis são:
Elasticidade - capacidade de retomar a forma inicial após ser deformado, por exemplo, por
um puxão.
Brilho – Capacidade dos têxteis de refletir a luz quanto mais escuras são as fibras, menor é o
brilho (exemplo: fibras naturais – pouco brilho e fibras não naturais – alto brilho).
Espessura – esta propriedade está relacionada com o tamanho da sua sessão transversal.
De uma forma geral, os têxteis são flexíveis (dobram-se ou fazem pregas facilmente), outras
são menos flexíveis, mas não são tão rígidos como placas metálicas ou matérias plásticas
moldadas.
1. Faça uma pesquisa das fibras têxteis mais usadas na sua província ou comunidade.
a) Qual é a origem dessas fibras? Classifique-a
b) Como se prepara o material a ponto de obter a fibra?
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c) Que tipos de objectos são produzidos com essa fibra?
Caro professor para realizar a actividade proposta terá que fazer uma visita aos artesãos da
sua comunidade ou província, fazer entrevista e acompanhar as actividades desencadeadas
pelos artesãos. Para além desta visita terá que fazer pesquisas em outras fontes bibliográficas
e na internet.
Lição no 2
Introdução da lição
Os têxteis têm funções muito variadas, desde a proteção do nosso corpo (roupa e calçado
etc.), decoração (panos bordados, tapetes decorativos, etc.), revestimento (cortinas e alcatifas
etc.), higiene (esfregonas, panos de limpeza, vassouras etc.), embalagem (sacos, sacolas, etc.)
entre outras aplicações.
47
As fibras têxteis podem ser transformadas de acordo com o tipo e finalidade do objecto que
se pretende produzir podendo-se subdividir em 4 técnicas principais que são:
a) Tecelagem
Ao observarmos à nossa volta, veremos que estamos cercados de objectos das mais variadas
formas, de diversos materiais e cores, com as mais diferentes funções. Nesta diversidade,
identificamos um grupo que se apresenta de várias formas, cores, desenhos e funções
diferentes, mas com características em comum, que são os objectos têxteis. Como
característica comum, os tecidos são todos feitos a partir de fibras têxteis, através de métodos
de cruzamento e entrelaçamento.
Tipos de teares
O tear é uma ferramenta muito simples, que permite o entrelaçamento de dois conjuntos de
fios. Apesar de existirem vários tipos de tear, de acordo com a peça a ser produzida, o
princípio de funcionamento não mudou desde que foi criado.
Princípio de funcionamento
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Trama: é o segundo conjunto de fios, passados no sentido transversal do tear com auxílio de
uma agulha (também denominada naveta). A trama é passada entre os fios da urdidura, por
uma abertura denominada “cala.”
Cala: abertura entre os cabos ímpares e pares da urdidura, por onde passa a trama.
Pente: Peça básica no tear pente-liço, que permite levantar e abaixar alternadamente os fios
da urdidura, para possibilitar a abertura da cala e posterior passagem da trama.
Selecionar o tipo de tear que vai servir de base para produção do tecido, seja ele circular, ou
rectangular.
2. Escolher o padrão
Significa escolher o modo como devem cruzar os fios de trama e teia para obtermos o tecido
pretendido. Os padrões mais utilizados no trabalho com os têxteis são:
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Cetim – padrão obtido através do cruzamento de cada fio da trama sobre ou sob dois a cinco
fios da urdidura;
Sarja – padrão obtido através do cruzamento de cada fio da trama sobre ou sob dois a três
fios da urdidura;
Tafetá – padrão obtido através do cruzamento alternado dos fios da trama e da urdidura, um
por um, por cima e por baixo;
3. Escolher as fibras
Na trama pode utilizar-se vários tipos de materiais como a lã, algodão, sisal, palha, tiras de
tecido, fios ou tiras de plásticos, entre outros. As fibras devem criar uma harmonia e contraste
conforme o projecto do trabalho.
Esta operação deve ser executada ao longo da montagem da teia, prendendo-se as pontas da
teia ou pregos já existentes e termina-se fixando o fio ao último prego.
Inserção da trama;
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1. Com base nos conhecimentos de tecelagem construa teares, de formato rectangular,
quadrangular e circular, produza tecidos com fins ornamentais e utilitários, como
bolsas, carteiras, cestos, gorros, etc.
2. Planifique e medeie uma aula prática sobre a tecelagem sem se esquecer de convidar
seus colegas para a posterior análise reflexiva de aulas. Peça aos colegas que gravem
vídeos e faça fotos.
Prezado professor para concluir a actividade acima proposta terá que fazer pesquisas
adicionais na internet e assistir tutoriais no youtube, ler o texto disposto na lição e nos
manuais de ofícios do ensino primário, usar o programa de ensino e plano analítico para
planificar a aula sem se esquecer de produzir o material didáctico necessário e avisar os
alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.
Lição no 3
Introdução da lição
Estimado professor, na lição anterior debruçamo-nos sobre uma das técnicas de
transformação de fibras têxteis que é a tecelagem. Agora daremos sequência as essa técnicas
com o cerne na: Tapeçaria, Cestaria e Curtume. Onde serão esclarecidos os procedimentos
aplicados, instrumentos utilizados, materiais usados e objectos produzidos, por último
traremos as estratégias aconselhadas no ensino sobre os têxteis.
b) Tapeçaria
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A tapeçaria é uma arte que remonta à antiguidade, desenvolvida pelos povos orientais e
europeus, inicialmente feita à mão e posteriormente em teares. Hoje em dia a tapeçaria é uma
técnica de resultado muito bonito e diversas aplicações, como almofadas, quadros, panos,
pesos de porta, mini tapetes para apoio de vasos ou telefone, enfim muita coisa além dos
tapetes tradicionais.
Tapeçaria Tecida – teve a sua origem na tecelagem, por se recorrer a técnicas similares na
sua execução, distinguindo-se apenas pelo facto de, na tecelagem, a trama cobrir todos os fios
da tela na totalidade repetidamente, enquanto que na tapeçaria tecida a trama cobre apenas os
fios da teia do desenho previamente feito na tela. Além disto a tecelagem pode ter várias
aplicações e a tapeçaria tecida, em princípio tem apenas a função decorativa. Por sua vez a
tapeçaria tecida subdivide-se em tapeçaria de trama livre e de rya.
Tapeçaria Bordada - é aquela que para a sua execução recorre-se a telas (fundo ou tecidos
em que o tapete é trabalhado cuja malha permite a passagem da agulha e das fibras têxteis). O
trabalho de tapeçaria é habitualmente realizado sobre tecidos de seda, podendo porém, ser
realizado também em outros tecidos. Contudo, é necessário preparar materiais como pente,
tesoura, naveta e uma variedade de agulhas (entre elas agulhas de tapeçaria, gancho-agulha,
“fada do lar” e “esmirna”) que possam permitir introduzir e puxar a linha de qualquer das
superfícies do tecido a bordar.
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Variedades de tapetes bordados
c) Cestaria
À semelhança da tecelagem, a cestaria tem como base o entrelaçamento de tiras (neste caso
de palha, de folhas de palmeira ou outro material preparado para o efeito). Geralmente,
enquanto se faz a tecelagem, simultaneamente se vai dando a configuração desejada do
objecto final. Contudo, um olhar atento à superfície do objecto, pode dar a ideia da malha
básica usada na construção do objecto.
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Pormenor de duas malhas estruturais usadas em cestaria
d) Curtume
Caro cursista, a aprendizagem sobre os têxteis deve, lhe despertar a curiosidade e constituir
um momento de aperfeiçoamento das suas habilidades como professor por primeiro realizar
visitas de estudo de forma individual nas oficinas e ateliers dos artesãos, ou numa fábrica
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têxtil caso exista na sua província e comunidades com o objectivo de aprofundar seus
conhecimentos sobre o conteúdo do tema em estudo, e a posterior pode levar seus alunos para
esses locais que acabamos de citar.
É pertinente que nas aulas práticas cada aluno prepare se próprio material para facilitar a
gestão do tempo na lecionacão. É importante que use metodologias que permitam que o aluno
se expresse e exponha as suas ideias durante aulas, a título de exemplo, a elaboração conjunta
com recurso a técnicas como cadeia de falar, perguntas e respostas e outras que julgar
pertinente.
Durante as aulas práticas deve potenciar o trabalho em grupo para facilitar que os alunos se
apoiem entre si nas actividades podendo também orientar o trabalho independente caso a aula
justifique. Com recurso a técnica demonstrativa do método expositivo pode executar algumas
técnicas juntamente com os alunos para que eles ganhem, conhecimentos, habilidades e
atitudes sobre os têxteis. Neste tipo de aula pode convidar um artesão habilidoso da
comunidade ou potenciar visitas de estudo nas oficinas e ateliers disponíveis na comunidade,
e lembre-se sempre de orientar trabalhos para casa, para que o aluno desenvolva e aprimore
as suas habilidades e os seus conhecimentos obedecendo o princípio do mais fácil ao difícil.
Depois da produção dos objectos com recurso a fibras têxteis, faça a exposição dos trabalhos
feitos e permita que cada aluno explique que procedimentos foram utilizados na produção dos
mesmos.
1. Planifique e lecione uma aula sobre a tapeçaria, junto com seus colegas da escola e
façam a análise reflexiva de aulas sem se esquecer de gravar vídeos e fotos.
2. Faça uma pesquisa de actividades de tapeçaria, cestaria e bordado na comunidade e
redija um relatório descritivo dos materiais usados, técnicas aplicadas, instrumentos
utilizados, objectos produzidos.
3. Produza um tapete para a entrada com base em tiras de tecido e saco de arroz.
4. Faça um cesto, utilizando qualquer fibra têxtil a sua escolha.
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Prezado professor para concluir a actividade acima proposta terá que fazer pesquisas
adicionais na internet e assistir tutoriais no youtube, ler o texto disposto na lição e nos
manuais de ofícios do ensino primário, use o programa de ensino e plano analítico para
planificar a aula sem se esquecer de produzir o material didáctico necessário e avisar os
alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.
Na unidade temática que termina, abordamos os têxteis. Foi avançado um conceito de têxteis
como materiais e como procedimentos/técnicas que consistem em entrelaçar tiras para
produção de tecidos. Foram ainda apontadas diferentes origens das fibras têxteis.
As técnicas arroladas durante a unidade foram a tecelagem, a tapeçaria, a cestaria e o
curtume. Em cada técnica, foram explicados os procedimentos e avançados alguns exemplos
ilustrativos dos produtos resultantes.
Por fim, abordou-se o curtume, um processo de transformação das peles e outros produtos
(vegetais e minerais) em couro cru. Foram arroladas as etapas de produção e a aplicação do
couro nos dias de hoje.
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8. Explique o conceito de tapeçaria.
9. Indique e diferencie os tipos de tapeçaria que conhece.
10. Explique o conceito de cestaria.
11. Indique as diferentes aplicações da cestaria.
12. Explique o conceito de curtume.
13. Identifique e explique as etapas de curtume.
14. Aponte exemplos de aplicação de couro.
Caro professor para concluir a actividade acima proposta terá que fazer pesquisas adicionais
na internet e assistir tutoriais no youtube, ler o texto disposto nas lição e nos manuais de
ofícios do ensino primário.
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Unidade no 5
Costura
Lição no 1
Introdução à costura
Introdução da lição
A costura surge na necessidade do homem proteger o seu corpo contra o frio, primeiramente
o homem costurava peles de animais para se adornar, actualmente o processo de costura
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evoluiu consideravelmente desde os tempos primitivos, nos dias de hoje existem escolas
especializadas em formar estilistas e profissionais da moda, nesta lição traremos o conceito
costura, pontos de costura, moldes simples, materiais e procedimentos usados.
Conceito costura
No processo de costura é imprescindível usar materiais tais como: Agulhas, linhas, tesouras,
cartolinas, retalhos de tecido, papel, cola ou fita adesiva, lápis de cor, réguas e esquadros.
Pontos de costura
Para iniciar a aprendizagem desta arte é necessário ter alguns conhecimentos de pontos
usados para costura apenas falaremos de dois pontos e sendo assim o estimado professor deve
fazer pesquisas sobre os pontos de costura e alinhavo.
É um ponto largo e provisório, serve para marcar a roupa e as formas pretendidas antes de
coser definitivamente.
Ponto de remate
É o ponto que é usado para reforçar e prender a costura para não desmanchar.
Os moldes de papel para roupas são cortados de maneira a adaptarem-se a uma série de
tamanhos, com proporções e medidas do manequim. É necessário fazer uns acréscimos nas
medidas para permitir maior liberdade de movimentos durante a costura.
Para mostrar como fazer moldes é fácil e deixar tudo bem explicado montamos um passo a
passo.
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1º Você vai escolher o molde que quiser no manual. Então é só fixar o molde em miniatura
(com a ajuda de um alfinete) acima da onde você vai desenhá-lo;
2º Agora é tirar medidas de busto e quadril da pessoa que você irá fazer o molde. Se quiser
criar um molde em tamanhos comuns, leve em consideração as medidas;
3º Pegue a fita métrica procure as linhas retas que saem do molde e coloque a fita em cima de
cada uma, marcando com um ponto correspondente para cada medida. Assim você irá
começar a fazer os pontos do molde de acordo com o modelo reduzido. Sempre será um
ponto para cada linha;
4º Após obter os pontos você deve utilizar as réguas (de alfaiate e de designer) para juntá-los.
É só ligar conforme a miniatura.
Confecção de vestuário
Para confeccionar uma roupassem defeitos, é necessário observar algumas regras que
favorecem e simplificam o trabalho:
a) Escolha o modelo;
b) Escolha o tecido;
c) Tome medidas e corte os moldes em papel;
d) Passe o molde para o tecido;
e) Inicie as costuras;
f) Prove a roupa.
Escolha do modelo
A escolha do modelo é muito importante, muitas pessoas geralmente compram o tecido para
depois escolherem o modelo o que não é recomendável porque existem tecidos que não se
adequam a alguns modelos de roupa.
Escolha o tecido
O tecido deve ser escolhido de acordo com o modelo da roupa que se pretende costurar.
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A tomada de medidas deve ser cuidadosa, para evitar surpresas indesejáveis na hora da prova
e deve ser feita primariamente com recursos a moldes para facilitar o trabalho.
Inicie as costuras
Depois de cortar o tecido com margens de 2cm para costura e 5cm para bainhas. Ao iniciar as
costuras definitivas obedeça uma certa ordem na montagem das diversas peças do molde.
Prove a roupa
A prova é fundamental em costura, sem ela é impossível ver se a roupa está bem ajustada.
Por isso ela deve ser correcta, cuidadosa e repetida várias vezes que forem necessárias.
O botão tem a função de permitir abrir e fechar, pode também desempenhar a função
decorativa, quando colocado com objectivo de embelezar.
Para pregar o botão precisamos de marcar distâncias iguais em relação à casa do botão, que é
o furo ode o botão entra para fechar ou abrir.
Depois da marcação das distâncias, prega-se os botões, usando uma agulha manual ou
máquina de costura.
Poe exemplo, se a tua roupa se rasgar ou desgastar-se numa parte, arranje um pedaço de
tecido com uma cor igual à da roupa e coloque por dentro do lugar por consertar e passajar.
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1. Faça uma visita a uma alfaiataria para a aprender a coser as costuras em ponto de
máquina.
2. Coloque botões em uma peça de vestuário.
3. Escolha uma peça de roupa rasgada para passajar buracos.
4. Usando os conhecimentos desta lição confeccione uma peça de vestuário a sua
escolha.
5. Elabore um trabalho de pesquisa sobre os pontos de costura e faça uma pequena
experiência num pedaço de tecido.
Estimado professor nas actividades propostas grave vídeo tutoriais e fotos, para apresentá-los
a posterior ao tutor do seu núcleo.
Prezado professor, para concretizar esta actividade terá de fazer uma leitura prévia do texto
disposto na lição e fazer pesquisas adicionais bem como assistir tutoriais do youtube sobre a
costura.
Lição no 2
Introdução da lição
Caro professor depois de abordar sobre o conceito e pontos usado na costura, bem como
alguns materiais e procedimentos básicos usados neste ramo. Daremos seguimento falando da
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colocação de elástico e zipe e debruçaremos sobre o bordado e por fim das estratégias usadas
no ensino de costura.
Há duas maneiras de colocar o elástico: colocar o elástico sem coser por cima dele e colocar
o elástico cosendo por cima dele.
Passos a seguir:
Começa-se por tirar a medida do elástico desejado. Pode-se ligar ou não dependendo do lugar
onde se pretende colocar o elástico.
Em seguida pode-se colocar o elástico por dentro do tecido ou por fora e cose-se co elástico
esticado, passando por cima dele.
Podes repetir as costuras três ou quatro vezes dependendo da largura do tecido e do elástico.
Pregar o zipe
Passos a seguir
Junta as duas peças onde pretende pregar o zipe, e deixa o espaço para colocar o zipe. Depois
cose-se cada lado do zipe à um lado do pano. A cabeça do zipe deve estar em cima.
[inserir imagens de passos para pregar o zip veja o livro de ofícios da 7classe]
Bordado
Os bordados podem ser: de fios contados (pontos de tamanho uniforme), com relevos
(enchimento de espuma de nylon) e trapologia/patchwork (aplicação de pedaços de pano com
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cores diferentes e contornados à mão ou à máquina com ponto de zig-zag). Os pontos do
bordado podem ser: meio ponto, alinhavo, ponto cruz, ponto cadeia, ponto pé de flor, ponto
lançado, ponto de recorte, ponto Bolonha e ponto de nó.
Faça uma aula experimental com os alunos, porque você precisa dar uma atenção maior para
eles. Disponha os alunos em grupos menores e heterogéneos ou seja, compostos por meninas
e rapazes (quanto menor o numero de grupo, mais fácil para você).
O interesse pela costura é maior entre as meninas, mas meninos também podem, e eles
também são concentrados e caprichosos e tem várias peças que eles podem fazer para usar,
então, sem preconceitos.
Na primeira aula, prepare exercícios de costura reta, ensine o caminho da linha na máquina
ou a mão, retrocesso, e dê dicas de segurança, não coloque medo nas crianças, apenas mostre
que a costura, embora divertida, não é brincadeira, que é preciso tomar certos cuidados para
não se machucar.
Prepare aulas práticas e rápidas, apenas com costuras retas, pelo menos no começo.
As crianças se distraem e perdem o interesse com facilidade, ver uma peça tomando forma,
ajuda a manter a concentração para terminar logo, e aulas muito longas são cansativas, então,
atenção ao tempo das aulas.
Risque a peça no tecido e ensine a cortar na linha riscada, mas se quiser ganhar tempo, deixe
tudo cortado.
Quando o aluno estiver com dificuldade em costurar uma peça, risque onde ele deve costurar,
é mais fácil seguir a linha, e se estiver chegando no fim da aula e ela já estiver cansada, ajude
a terminar.
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Deixe as crianças escolherem a combinação de tecidos, e se precisar, mostre opções que
combinem melhor e mostre o porque, mostre os tecidos do lado e peça a opinião, afinal, você
pode dar dicas, mas quem manda e escolhe é ela, e sempre dê dicas de como combinar.
Não exija tanto das crianças, o objetivo delas na aula é se divertir, mostre sempre no que
pode melhorar, mas mostre que a concentração e capricho é fundamental, tudo na vida é
treino e a cada peça, você vai notar essa evolução.
Ensine peças que os alunos usam no dia-a-dia, e mostre como é importante eles usarem suas
peças, incentive-os a mostrarem suas peças e a falarem das suas costuras para todo mundo
que tiverem oportunidade, incentive a tirar fotos e postar dependendo do contexto social e
económico dos alunos, ensine desde cedo que dá para ganhar dinheiro com algo que eles
sentem prazer em fazer.
Ensine muito mais que costurar, ensine seus alunos a amarem a costura, você vai fazer
parte da história dos seus alunos, o que pode ser inesquecível para eles.
Comemore sempre todas as costuras feitas e ensine seus alunos a comemorem a cada peça
pronta, a cada evolução, não despreze pequenas evoluções, toda evolução seja no que for e
na idade que for, merece ser celebrada!
Tire fotos dos alunos, das peças prontas e seja sempre agradecida pela oportunidade de poder
ensinar e passar para frente esta arte tão maravilhosa e se divirta muito.
No fim, vai perceber que pode aprender muito mais com os alunos do que eles com você,
afinal, as crianças tem um jeito muito especial em ensinar lições para descomplicar a vida,
perceba, nos pequenos gestos!
É prático organizar uma visita de estudo com seus alunos para uma alfaiataria ou convidar o
alfaiate para escola. Desta forma a aprendizagem pode ser mais motivadora.
O material didáctico é imprescindível nas aulas práticas e isso não foge a unidade temática
costura. (Agulhas, linhas, tesouras, cartolinas, retalhos de tecido, papel, cola ou fita adesiva,
lápis de cor, réguas e esquadros).
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3. Manualmente ou à máquina coloque zipes em pequenas bolsas, saias ou calções.
4. Planifique e leccione uma aula prática sobre a costura e inclua os seus colegas para a
posterior fazerem a análise reflexiva da aula sem se esquecer de gravar vídeos e fotos
sobre a aula.
Estimado professor leia o texto disposto na lição e nos manuais de ofícios do ensino primário
faça pesquisas adicionais na internet e assistia tutoriais no youtube, e para planificar a aula
proposta use o programa de ensino e plano analítico, produza o material didáctico necessário
e avise seus alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.
Finda a unidade costura, apresentamos os conceitos básicos nesta actividade, bem como
falamos dos procedimentos básicos para confeccionar peças de vestuário respeitando as
medidas do indivíduo. As actividades propostas nesta unidade conduziram o professor a
desenvolver pequenas experiências do como colocar elástico e pregar zipe e botões, além
disso trouxe a abordagem de conteúdos interessantes como o bordado e patchwork, que são
actividades ligadas à costura e ao reaproveitamento de retalhos de tecido para confeccionar
mantas, lençóis e diferentes peças de vestuário que podem ser decoradas aplicando diferentes
pontos de costura usados no bordado.
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Esta actividade de avaliação reflete os conteúdos tratados nas lições abordadas nesta unidade,
por isso, para concretizá-las terá que fazer uma leitura minuciosa do texto apresentado nas
lições bem como se empenhar na resolução das actividades procedentes, fazer pesquisas na
internet, no youtube, ler os manuais do ensino primário sugeridos na bibliografia e outros que
julgar necessários.
MAZIVE, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse. Longman
2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse.
Longman 2012.
ZANDAMELA, André Justino e NGOVENE, Lídia Ismael . O saber das Mãos – Livro do
aluno, Ofícios 5aClasse. Longman 2005.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
https://www.stellahoff.com.br/artigo/aulas-de-costura-para-criancasConsultado no dia 14 de
maio de 2019
http://www.armarinhosweb.com.br/blog/corte-de-ouro/ Consultado no dia 14 de maio de
2019
Unidade no 6
Madeira
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Amigo professor é do seu conhecimento que a madeira esteve sempre ao alcance do Homem
desde os tempos mais antigos. Foi um dos primeiros materiais utilizados pelo Homem, tendo
como principais funções: potenciar a defesa como arma utensílio para expulsar animais, se
aquecer, cozinhar, iluminar, erguer abrigos, construir jangadas e barcos, etc. A evolução
científico-tecnológica trouxe novas matérias-primas, mas a madeira e seus derivados
continuam a ser muito usados.
Nesta unidade temática, será abordada a madeira e, nela serão tratados a origem e
propriedades da madeira, as técnicas de transformação da madeira e as principais ferramentas
usadas no trabalho com a madeira.
Lição no 1
Introdução da lição
Caro professor visto a madeira ser um elemento fundamental no dia dia do Homem, a lição
que acabamos de iniciar falará sobre a madeira onde iremos destacar a origem e propriedades
da madeira, tipos de madeira e seus derivados com o objectivo de lhe dar subsídios que irao
cimentar os seus conhecimentos que poderão ser úteis a posterior quando estiver a lecionar
este conteúdo aos seus alunos.
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Origem e propriedades da madeira
A madeira é uma substância sólida compacta e dura que deriva da raiz, tronco ou ramos das
árvores. As árvores que fornecem a madeira dividem-se em dois grandes grupos:
Propriedades da madeira
Propriedades físicas
Cor – as madeiras apresentam as mais variadas cores. Ex: pinho – amarelo claro
Grau de humidade – a madeira contém uma percentagem de água que se chama grau ou teor
de humidade. Conforme diminui o teor de humidade, também diminuem as suas dimensões.
Densidade – As madeiras classificam-se de acordo com a sua densidade, em: Pesadas (ex:
pau-ferro e ébano), leves (ex: acácia, balsa) e muito leves (ex: choupo e tília).
Peso específico – chama-se peso específico de uma substância ao peso da unidade de volume
dessa substância.
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sujeitas, do grau de humidade e da aplicação adequada. Ex: o castanho e o carvalho são
madeiras muito duráveis.
Propriedades mecânicas
Resistência à tracção – quando uma peça de madeira sofre forças opostas que tendem a
aumentar-lhe o comprimento.
Resistência à flexão – quando sobre uma peça de madeira actuam forças que tendem a
encurvá-la.
Resistência ao corte – uma peça de madeira está sujeita ao corte quando sobre ela actuam
duas forças em sentido contrário, que tendem a separar a peça em duas partes. A madeira
resiste muito melhor a um esforço de corte perpendicular às fibras, do que paralelo a estas.
Propriedades químicas
As paredes das células lenhosas são constituídas essencialmente por celulose e lenhina. A
celulose é um hidrato de carbono ou polímero que constitui a base dos tecidos vegetais e
principalmente as paredes das células e das fibras. A lenhina tem o papel de um cimento
envolvente das cadeias da celulose, aptas para resistirem a esforços mecânicos, mas
extremamente sensíveis a flutuações de humidade ou seja, é um polímero encontrado nas
plantas cuja função é de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência.
Tipos de madeira
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carvalho, o plátano, a faia, o sobreiro, a nogueira, o mogno, pau-ferro, simbir, coqueiro,
dentre outras.
[Inserir o mapa florestal de moçambique com a sua respectiva legenda e alguns tipos de
madeira]
O abate das árvores é geralmente feito usando a moto-serra e a parte do tronco que se
aproveita é o interior, de forma a responder aos vários fins a que ela se destina: tábuas, ripas
ou barrotes.
Folheados consistem, basicamente, em folhas de madeira natural, muito finas. Estas folhas
são obtidas de toros de madeira de várias espécies, através de máquinas próprias.
Contraplacados são o produto obtido pela colagem de folhas finas de madeira, umas sobre
as outras.
O número de folhas é impar e estas são sobrepostas som a fibra cruzada, sendo em seguida
coladas e prensadas.
Estas placas são mais baratas que a madeira maciça, aplicam-se na fabricação de mobiliário,
portas e ainda para forrar tectos e paredes.
As placas de aglomerado podem ser revestidas na sua superfície com folha de madeira. O
aglomerado é muito utilizado em móveis, revestimentos de tectos, paredes e divisórias.
Cartão prensado (tipo plátex) tem normalmente cor castanha e com espessuras que variam
entre 2mm e 4mm.
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Este material resulta da ligação das fibras celulósicas com resinas sintéticas. É utilizado em
revestimentos e tem pouca durabilidade.
Estimado professor para realizar as actividades propostas terá pesquisar sobre o mapa
florestal de Moçambique e fazer pesquisas em páginas oficiais do governo e ONG’s. É
imperioso que faça leitura do texto da lição, e por último baseie-se em suas experiências
anteriores na sala de aulas no ensino deste conteúdo, podendo entrevistar os colegas para
partilharem suas experiencias.
Lição no 2
Introdução da lição
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Técnicas de transformação da madeira
As principais técnicas envolvidas na transformação da madeira em objectos utilitários e
decorativos serão:
Medição – determinar a extensão a ser utilizada.
Traçar (traçagem) - marcar com rigor sobre a madeira, demarcando as zonas a serem
trabalhadas;
Cortar - separar ou dividir a madeira pelas demarcações feitas. As ferramentas mais
usadas são os serrotes;
Recortar - é efectuar um corte curvo com o auxílio de uma serra de recortes;
Furar - será atravessar a madeira com o auxílio de um berbequim e de uma broca;
Desbastar e limar - consiste em retirar pedaços de madeira utilizando uma plaina ou
uma lima;
Pregar - será unir peças de madeira através de pregos utilizando um martelo.
Colar – é a união das peças de madeira de derivadas dela por meio da cola apropriada
(cola branca).
Técnicas de acabamento
A madeira é uma matéria-prima presente no quotidiano dos nossos alunos, usando esse
preceito, durante o PEA temos que capitalizar o conhecimento prévio dos nossos alunos sobre
o tema em estudo porque temos muito a aprender deles. Para tal, primeiro, temos que
planificar nossas aulas tendo em conta a madeira mais abundante na comunidade que está
inserido o aluno, para podermos partir dos conhecimentos dos alunos e desenvolver outros
conhecimentos e habilidades sobre o tema. Segundo, para facilitar a interação dos alunos
poderemos recorrer a técnicas de elaboração conjunta ou de trabalho em grupo e conjuga-las
às técnicas do método expositivo como por exemplo a observação, demonstração quando se
tratar de um conteúdo novo para os alunos e outras metodologias que se julgarem necessárias.
Caro professor para tirar máximo proveito nas suas aulas práticas sobre madeira terá que
levar seus alunos a uma oficina de carpintaria, o que vai-lhes aguçar o conhecimento e
aumentar suas habilidades na utilização de ferramentas usadas na transformação da madeira.
Pode pedir que seus alunos selecionem retalhos de madeira, que serão usados na produção de
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objectos lúdicos, decorativos e utilitários como carinhos, barcos, comboios, vasos, bancos,
letras do alfabeto, números, entre outros objectos.
Durante a execussão das actividades devemos apoiar os alunos mais fracos sem se esquecer
de antes formar grupos heterogéneos e de interajuda que nos ajudaram a controlar as
actividades dos nossos alunos sem retirar a sua espontaneidade.
1. Com base em pedaços de madeira, construa objectos lúdicos simples (jogo de damas,
dominó, xadrez, brinquedos) e utilitários (bases para panelas, bancos, cadeiras, carteiras e
material didáctico) e faça acabamentos a sua escolha. Faça você mesmo e grave tutoriais
durante a realização da actividade.
2. Desenhe e recorte letras do alfabeto e algarismos numéricos numa chapa unitex.
3. Planifique e lecione uma aula prática sobre técnicas de transformação da madeira,
inclua colegas da sua escola durante a planificação, selecione e produza material
didáctico e grave vídeos e fotos.
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Prezado professor é do seu conhecimento que a madeira ocupa um lugar de destaque na
produção de diferentes tipos de objectos, sejam eles utilitários, lúdicos ou decorativos. Nesta
unidade temática, abordamos sobre a origem e propriedades da madeira, as técnicas de
transformação da madeira e as principais ferramentas usadas no trabalho com a madeira.
A madeira passa por um processo de extração e preparação que vai desde o abate da árvore
até a obtenção de tábuas, ripas, barrotes e outros produtos derivados. Aprendemos também
que na produção dos objectos de madeira são aplicadas diversas técnicas, que pressupõe a
utilização de muitas ferramentas e utensílios, tais como ferramentas para medir e traçar, de
desbastar e alisar, de percussão, de furar, de corte e auxiliares.
Estimado cursista para concluir os exercícios propostos terá que reservar uma parte do seu
precioso tempo, para efectuar a leitura do texto dispostos nas lições desta unidade e visitar
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uma carpintaria para obter mais conhecimento e experiência sobre as ferramentas e técnicas
usadas na transformação da madeira.
Unidade no 7
Metais
Hoje, são muitas as aplicações que os metais têm, tais como: o fabrico de automóveis, de
loiça metálica, de joias, em instalações eléctricas, em canalizações de água, dentre outras.
Nesta unidade temática, serão abordados os metais, nos quais serão arrolados a origem e
propriedade dos metais, as técnicas de transformação de metais e o processo de fundição de
metais.
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1. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
2. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
3. Aproveita desperdícios de metais para construir objectos lúdicos simples e utilitários;
Lição no 1
Introdução da lição
Desde os tempos primitivos que homem para responder a necessidade de sobrevivência,
descobriu os metais. Primariamente explorava os metais mais abundantes na superfície do
solo e mais tarde com o desenvolvimento e a industrialização a exploração dos metais
conheceu uma reviravolta sem procedentes para diversos usos e aplicações. Amigo cursista
nesta lição falaremos sobre a origem e propriedades físicas e químicas dos metais e aplicação
dos metais, com vista a fortificar seus conhecimentos sobre o tema em alusão
Os metais são matérias-primas extraídas de minérios que se encontram no subsolo. Para a sua
extracção, são abertas minas que, podem ser no interior da terra ou a céu aberto. O ouro, o
cobre e a prata são os primeiros metais a ser trabalhados pelo homem.
Propriedades Físicas
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Os metais são materiais encontrados na natureza quase sempre em estado sólido, se estiverem
expostos a temperatura ambiente (em torno de 25°C). Apenas o mercúrio (Hg) é encontrado
na forma líquida. Outras características físicas dos metais são:
Cor
É o aspecto visual exterior de qualquer metal, que varia de metal para metal. Possuem cor
característicos, em geral prata, com algumas exceções como o ouro, de cor amarelada, e o
cobre, de cor avermelhada.
Brilho
Os objetos metálicos, quando polidos, apresentam um brilho característico dos metais, por
causa das partículas livres localizados na superfície dos metais que absorvem e irradiam a
luz.
Razão entre massa do metal e o volume ocupado por ele. Os metais podem ser divididos em
quatro grupos, de acordo com a densidade: leves (alumínio e magnésio), pouco pesados
(zinco, estanho, ferro, cobre, níquel), metais pesados (prata, chumbo, mercúrio) e metais
muito pesados (ouro, platina).
Os metais são constituídos por partículas livres apesar de serem muito resistentes, o que
permite um trânsito rápido de temperatura e calor. É por este motivo que os metais são bons
condutores de calor e temperatura.
Os metais são ótimos condutores de eletricidade, sendo, em razão dessa propriedade, muito
utilizados em fios elétricos.
Esta propriedade dos metais é muito útil em nossas vidas, como por exemplo, aquecer uma
panela de ferro ou conduzir eletricidade até nossas casas.
Resistência
Os metais são tenazes (podem receber forças bruscas sem quebrar), e dispõem de uma boa
resistência mecânica (resistem aos esforços de tracção, flexão, torsão e compressão sem se
deformarem).
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Os metais resistem bastante quando são tracionados com forças que tendem alongar ou torcer
uma barra ou fio metálico. Estas propriedades vêm do fato, de à ligação entre as partículas
que compõe os metais ser muito forte.
Esta propriedade é muito utilizada na construção civil, onde são colocados varões de aço
dentro de uma estrutura de concreto ou betão armado para torná-la mais resistente. Outra
aplicação desta propriedade é vista nos cabos de elevadores.
Os metais fundem e fervem em temperaturas geralmente bem elevadas, devido à ligação entre
as partículas que compõe os metais ser muito forte, como mencionado na propriedade
anterior.
Esta propriedade é muito importante, pois é graças a ela que podemos construir caldeiras,
reatores, filamentos de lâmpadas, onde ocorrem aquecimentos intensos.
Maleabilidade e Ductibilidade
Propriedades químicas
Oxidação
Esse fenômeno ocorre quando o metal, ou mesmo o aço (com exceção do inoxidável),
interagem com gás oxigênio (O2), principalmente em meio húmido (presença de água).
Geralmente quando os metais oxidam forma-se uma camada superficial que lhes retira a cor e
o brilho. Por exemplo no caso de ferro quando oxida dissemos que está enferrujado. Os
metais que não sofrem este fenómeno químico ou seja inoxidáveis são o crómio e a platina.
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Podem ser combinados e formar ligas metálicas
Alguns metais apresentam a propriedade de formar uma liga metálica, onde não existe
somente um único metal constituindo o material, mas uma mistura de metais, como por
exemplo, o bronze (estanho, Sn e cobre, Cu) e o latão (cobre e zinco, Zn).
As ligas metálicas podem ser classificadas em ligas ferrosas e ligas não ferrosas. As ligas
ferrosas são as que apresentam o ferro (Fe) como constituinte principal. Alguns Exemplos:
Aço: liga de ferro e carbono. Com resistência à tração elevada, pode ser utilizada em peças
que sofrem elevada tração como, por exemplo, em pontes e construções. Apresentam teor de
carbono abaixo de 1%.
Aço inoxidável: liga de ferro, carbono, cromo e níquel. Por não sofrer oxidação, é
amplamente utilizada em equipamentos para indústria, na fabricação de utensílios domésticos
e peças de carros.
As ligas não ferrosas são as que não apresentam o ferro como principal constituinte. Alguns
exemplos:
Latão: liga de zinco e cobre. São resistentes à corrosão, inclusive à água do mar. É utilizada
em torneiras, navios, armas, e devido a sua flexibilidade também é utilizado na fabricação de
instrumentos musicais.
Zamac: liga de zinco, alumínio, magnésio e cobre. Possui boa resistência à tração, corrosão e
choques. É utilizada em fechaduras, brinquedos entre outros.
Os metais são atualmente essenciais para o nosso dia-a-dia. Os que são mais utilizados são o
alumínio (em latas), o cobre (nos cabos de telefone), o chumbo (em baterias de automóveis),
o níquel (em baterias de celulares), o zinco (em telhas) o ferro e o aço (automóveis e
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construções). Uma vez que têm um tempo de decomposição muito alargado, é essencial
reciclar estes materiais de modo a reduzir os impactos ambientais. Por exemplo o aço demora
mais de 100 anos a ser reabsorvido pela natureza, enquanto que o alumínio demora entre 200
a 500 anos. Os metais são recursos finitos e cada vez mais utilizados, a reciclagem, torna-se
num meio cada vez mais útil na conservação do meio ambiente, garantindo a reutilização dos
metais o que pode trazer também benefícios económicos.
Leia o texto disposto na lição e faça pesquisas em diferentes manuais de química e noutras
fontes disponíveis na internet, veja o youtube e assista os tutoriais disponíveis sobre a
produção de objectos metálicos, visite oficinas e latoarias existentes na sua comunidade,
recicle diferentes tipos de metais para concluir com êxito a actividade proposta. Durante a
execução das actividades grave vídeo tutoriais e fotos.
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Lição no 2
Introdução da lição
As técnicas usadas para a transformação dos metais são basicamente: medir e traçar, cortar,
dobrar, furar, unir, repuxar, limar e polir.
Traçar
Para marcar ou traçar linhas utiliza-se o riscador, uma espécie de “lápis” para metal. A
marcação de pontos é feita com ajuda de uma punção de bico. No caso de medição e traçado
de linhas rectas e curvas, recorre-se ao esquadro metálico, a régua e ao compasso.
Escala metálica
Esquadro metálico Fita-métrica
Riscador
Compasso de pontas
Escala metálica – É uma régua para fazer medições.
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Esquadro metálico – Serve para verificar esquadrias e traçar ângulos retos.
Fita-métrica - Serve para medir.
Riscador – Serve para traçar em superfícies metálicas.
Compasso de pontas - Serve para traçar circunferências em superfícies metálicas e para
transportar medidas.
Cortar
Para, cortar e serrar, são usados alicates, tesoura corta-chapa, escopro, serra de rodear,
serrotes.
Punção Brocas
Punção – Serve para fazer furos ou marcar peças metálicas;
Brocas – São utilizadas com o berbequim para fazer furos. Têm várias espessuras.
Unir
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Para unir pode ser aplicada a soldadura (de estanho ou de chumbo), a quinagem e a rebitagem
que é feita com uma máquina de rebitar.
Lixa para metal – É uma folha de papel abrasivo que desgasta o metal atravez de fricção.
Cada lixa tem um número. Quanto maior for o número é menos abrasivo;
Lima de metal ou limatão – Serve para desbastar metais.
Ferramentas auxiliares
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Alicate Martelo
Chave de fenda – Serve para aparafusar parafusos de renhura;
Chave philips ou de estrela – Serve para aparafusar parafusos com ranhura em estrela;
Chave-inglesa – Serva para aparafusar porcas e parafusos de cabeça sextavada;
Alicate – Serve para apertar, cortar e dobrar.
Martelo – Serve para pregar ou exercer pressão sobre o material metálico.
Ferramentas Auxiliares
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Fresadora Torno mecânico
Berbequim eléctrico – É máquina que tem como finção principal a execução de furos;
Plaina limadora – É maquina ferramenta que serve para regular a espessura de cavaco;
Fresadora – É máquinq ferramenta de movimento contínuo da ferramenta, destina-se a
usinagem de materiais;
Torno mecânico – É máquina ferramenta que permite usinar peças de forma geométrica.
Os processos de corte e dobra a frio têm como objetivo separar e deformar a peça de aço
inox. Isso é feito com o uso de uma guilhotina de corte e uma dobradeira, equipamentos que
permitem que a peça seja trabalhada sob medida de acordo com a necessidade de seu projeto.
Corte e dobra de ferro e aço Corte e dobra de chapa galvanizada Corte e dobra de chapa de aço inox
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Processo de fundição metálica e enchimento de moldes
O trabalho com metais implica lidar com muito equipamento cortante e de pontas
aguçadas. É importante ter-se muita atenção na manipulação destes objectos. Procure segurar
as chapas, os arames, os alicates, etc. com luvas, e vista material protector sempre que
necessário.
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1. Planifique e lecione uma aula prática sobre técnicas de transformação dos metais e
faça a sua análise reflexiva junto com seus colegas de escola. Peça que os colegas gravem
vídeos e façam fotos sem deixar de lado a seleção e produção de material didáctico para
aula.
2. Desenhe e recorte letras do alfabeto e algarismos númericos numa chapa de lata de
refresco.
Prezado professor leia o texto disposto na lição e os manuais de ofícios do ensino primário,
use o programa de ensino e plano analítico para planificar a aula, não se esqueça de produzir
o material didáctico necessário e avise aos alunos com antecedência para que tragam o seu
próprio material.
Prezado professor nesta unidade, abordamos sobre a origem e propriedades dos metais que
são matérias-primas originários de rochas naturais com minérios, extraídos do subsolo.
Perante a variedade dos metais e suas propriedades, estes recebem diferentes aplicações e
ainda dependendo das necessidades os metais podem ser combinados para a formação de
ligas metálicas que são mais resistentes e usadas em diferentes áreas como construção civil,
mecânica, indústria automóvel entre outras.
Foram ainda abordadas as principais técnicas de transformação dos metais, entre elas medir e
traçar, cortar, dobrar, furar, unir, repuxar, limar e polir, bem como as respectivas ferramentas
e instrumentos aplicados e por fim falamos das estratégias utilizadas no ensino de metais.
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