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REÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ABERTA E À DISTÂNCIA

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO


PRIMÁRIO

Módulo 2 de: Metodologia de Ensino de


Educação Visual e Ofícios

Moçambique
Ficha Técnica

República de Moçambique

Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano

Instituto de Educação Aberta e à Distância

Módulo 2 de: Metodologia de Ensino de Educação Visual e Ofícios


Conteudista: Julião Bernardo Bambo

Revisor Instrucional:
Revisor Científico:
Revisor Linguístico:
Ilustrador:
Maquetizador:

Organização:
Edição:
©Todos os direitos reservados ao Instituto de Educação Aberta e à Distância

Maputo-Moçambique, 2019

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Índice
Introdução ao Módulo de Metodologia de Educação Visual e Ofícios ..................................... 4
Visão Geral dos Conteúdos ........................................................................................................ 5
Recomendações para o estudo ................................................................................................... 5
Unidade no 1 Desenho Geométrico ............................................................................................ 7
Lição no1 Desenho Geométrico.............................................................................................. 7
Lição no2 Ângulos e concordâncias ..................................................................................... 11
Lição no3 Polígonos ............................................................................................................. 15
Unidade no 2 Moldagem e Modelagem ................................................................................... 20
Lição no 1 Introdução a Moldagem e Modelagem ............................................................... 20
Lição no 2 Moldagem ........................................................................................................... 23
Lição no 3 Modelagem ......................................................................................................... 28
Unidade no 3 Papel ................................................................................................................... 33
Lição no 1 Origem e propriedades do papel ......................................................................... 34
Lição no 2 Planificação de sólidos........................................................................................ 37
Unidade no 4 Têxteis ................................................................................................................ 43
Lição no 1 Origem e propriedade dos têxteis ....................................................................... 44
Lição no 2 Técnicas de transformação das fibras têxteis - Tecelagem ................................. 47
Lição no 3 Técnicas de transformação das fibras têxteis...................................................... 51
Unidade no 5 Costura ............................................................................................................... 58
Lição no 1 Introdução à costura ............................................................................................ 58
Lição no 2 Costura – Colocação de elástico e zipe ............................................................... 62
Unidade no 6 Madeira .............................................................................................................. 67
Lição no 1 Origem e propriedades da madeira ..................................................................... 68
Lição no 2 Técnicas de transformação da madeira ............................................................... 72
Unidade no 7 Metais ................................................................................................................. 77
Lição no 1 Origem e propriedades dos metais ...................................................................... 78
Lição no 2 Técnicas e ferramentas usadas na transformação dos metais ............................. 83

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Introdução ao Módulo de Metodologia de Educação Visual e Ofícios

Caro professor, seja bem-vindo ao módulo de Metodologia de Educação Visual e Ofícios,


espera-se que com este módulo o ajude a aperfeiçoar as suas habilidades didáctico-
metodológicas com vista a melhorar a qualidade de ensino tendo em conta que o aluno é o
centro e sujeito da sua própria aprendizagem. Sendo assim, de uma forma problematizada
abordar-se-ão conteúdos de natureza teórica, prática e metodológica, com a finalidade de
proporcionar-lhe mais subsídios para orientar os alunos do ensino primário na aquisição e
desenvolvimento de habilidades de trabalhos manuais e artísticas.

No entanto, no nosso quotidiano enquanto professores destas áreas constatamos que estamos
longe de fazer uma abordagem coerente, flexível e de acordo com uma pedagogia onde se
reconheça a importância e o valor das artes, e da sua partilha, focamo-nos, muitas vezes, no
ensino mais técnico, na repetição de trabalhos e áreas de exploração, muitas delas não são
aceites nem compreendidas pelos alunos deste nível etário, como é geralmente, por uma
deficiente abordagem, nem sempre se proporciona aos alunos, a possibilidade de se
expressarem livremente e de trabalharem com prazer.

Como tal, é necessário reformular as nossas práticas no sentido de levar o aluno a descobrir e
desenvolver o seu potencial em ofícios e conduzi-lo a vivenciar os fenómenos visuais,
fazendo, aprendendo a olhar, participando criativamente, através dos seus trabalhos,
revelando, naturalmente, os seus sentimentos e expressões.

Devemos levar o aluno a desenvolver o seu potencial e fortalecer sua sensibilidade artística,
reconhecer o valor das artes visuais, ter autoestima e capacidade de comunicação, de acordo
com os estádios de desenvolvimento gráfico, para uma melhor abordagem do currículo e das
competências a atingir.

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Visão Geral dos Conteúdos

Metodologia de Ensino de Educação Visual e Ofícios

Unidade Tema Tempo

I Desenho Geométrico 6

II Moldagem e Modelagem 6

III Papel 4

IV Têxteis 6

V Costura 4

VI Madeiras 4

VII Metais 4

Total 34

Para o estudo deste módulo você deverá despender 34 horas.

Recomendações para o estudo

Estimado professor, procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um
plano de estudo individual, que inclui a data, o dia, a hora, o que estudar e com quem estudar
(sozinho, com colegas, outros).

Reserve os finais de semana e os tempos livres para leitura, pesquisas e resolução das
actividades propostas. Promova debates no seio dos colegas da mesma ou de outras escolas
que tem mais contacto com eles.

O teu sucesso depende da sua entrega, você é responsável pela sua aprendizagem e cabe a si,
planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu progresso.

Desejo-lhe bons estudos – “Evite o plágio”

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Ícones

O módulo é composto por ícones que servem para guia-lo durante o seu estudo e facilitar a
interação e a sequência dos conteúdos.

Actividades de avaliação

As actividades de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada lição e unidade.
Sempre que necessário, tem alguns subsídios que lhe ajudarão a desenvolver as actividades,
assim como instruções para as completar – chaves de correção.

Bibliografia

Para aprender mais, apresentamos uma lista de fontes adicionais que podem incluir livros,
artigos ou sites da internet para você explorar.

1. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e ofícios;


2. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
3. Menciona e defende a contribuição das disciplinas de Educação Visual e de Ofícios na
formação integral do indivíduo;
4. Planifica actividades ligadas ao meio ambiente e ensaia métodos de avaliação contínua do
progresso do aluno;
5. Produz objectos decorativos e utilitários de cerâmica com base nos moldes previamente
elaborados;
6. Faz objectos decorativos, utilitários e lúdicos através das técnicas de transformação do
papel e com pasta de papel reciclado;
7. Faz trabalhos de tecelagem com diversos materiais naturais como algodão, sisal, palha,
folhas de palmeiras, entre outros;
8. Aproveita desperdícios de madeira e de metais para construir objectos lúdicos simples e
utilitários;
9. Faz moldes e produz peças simples de vestuário;
10. Faz composições decorativas utilizando as construções geométricas;

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Unidade no 1

Desenho Geométrico

Duração da Unidade: 6 Horas

Introdução da Unidade Temática


Estimado professor nesta unidade temática serão desenvolvidos conteúdos relativos ao modo
como dever ser tratados os conteúdos de Desenho Geométrico com os alunos do Ensino
Primário que servirá de base para a comunicação através desta linguagem universal bem
como para as futuras áreas profissionais que ele escolherá, nomeadamente engenharias,
arquitectura e design.

Serão abordados conteúdos muito elementares, nomeadamente, o conceito de Desenho


geométrico, tipos de materiais, divisão de segmentos, concordâncias e construção de
polígonos regulares e estrelados.

1. Faz composições decorativas utilizando as construções geométricas;


2. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
3. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;

Lição no1

Desenho Geométrico

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da Lição
7
Prezado professor, nesta lição falaremos do conceito desenho geométrico e materiais
utilizados, e prosseguiremos retratando o traçado da divisão de segmentos de recta usando o
método específico ou traçado da mediatriz que só permite a divisão de segmentos em
2,4,8…partes iguais e o método geral ou teorema de Thales que permite dividir os segmentos
de recta em quaisquer partes que pretendermos, é importante que o estimado professor faça
um estudo sobre a normalização e traçado da esquadria e legenda previamente.

Desenho Geométrico

É um tipo de Desenho que se usa para construção de formas geométricas e resolução de


problemas recorrendo a métodos e materiais de rigor, sendo os mais usados a régua, o
esquadro e o compasso.

Actualmente, têm se recorrido à alguns softwares, com maior frequência ao CAD, para a
resolução de problemas gráficos que exigem maior rigor, pois estes garantem uma maior
precisão e uma rapidez na execução.

O uso dos softwares educacionais não deverá, de forma alguma, substituir a utilização de
materiais de rigor, pois esses são a base para que os alunos compreendam e saibam interpretar
o que o computador está fazendo à sua frente para além do desenvolvimento de habilidades
importantes para a sua formação integral.

Ao longo da presente unidade temática será orientada algumas construções geométricas com
exemplos de recursos metodológicos que usará para garantir o desenvolvimento das
competências dos alunos.

Material para o Desenho Geométrico

A necessidade medir e traçar com rigor, obrigou o homem a inventar instrumentos para tal,
em substituição dos anteriores que não ofereciam precisão.

Durante as aulas, os instrumentos que os alunos usarão com maior frequência são a régua, os
esquadros, o compasso e o transferidor, bem como o lápis de graduação dura ou lapiseira de
mina dura, o papel e a borracha.

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Lápis

Afiador Borracha

Divisão de Segmentos

Há dois métodos para a divisão de um segmento de recta em partes iguais, o método das
mediatrizes e o método Teorema de Tales.

O método das mediatrizes sucessivas é usado apenas


em situações em que se pretende dividir o segmente
em um número par de partes, pois consiste em dividir
cada segmento em duas partes e voltar a dividir e
voltar a traçar mediatriz da metade do segmento até
atingir o número de partes desejado.

Para tal primeiro traça-se o segmento de recta [AB] e com a ponta seca em uma das
extremidades A ou B abre-se o compasso mais que a metade do segmento dado e com a ponta
seca do compasso em A até traça-se um arco, sem alterar a abertura do compasso com a ponta
seca em B traça-se outro arco de modo a intersectar o primeiro arco traçado e por último une
os pontos de intersecção.

O método ou Teorema de Tales permite dividir um segmento de recta em qualquer número


de partes.

1ºpasso: Dado o segmento [AB], a partir de um dos


extremos do segmento que se pretende dividir, A, traça-se
uma semi-recta (t2) com abertura aleatória ou seja à tua
escolha e através do compasso divida a semi-recta (t2) pelo
número departes desejado, 1 a 5.

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2º Passo: Une-se o último ponto (5) da semi-recta auxiliar
(t2) ao extremo, B, do segmento de recta [AB], originando
deste modo, o segmento [5B].

3º Passo: Traçam-se rectas paralelas ao segmento [5B],


que dão origem aos pontos C, D, E e F, com auxílio a
régua e esquadro.

1. Faça um trabalho de pesquisa sobre a normalização do papel e traçado da esquadria e


legenda.
2. Numa folha A4 com esquadria e legenda, dividida em duas partes iguais trace dois
segmentos de recta [AB] e [CD] com 10cm e divida o primeiro segmento [AB] em 2
(duas) partes iguais e o segundo [CD] em 8 (oito) partes usando o método de mediatriz.
3. Noutra folha A4 com esquadria e legenda, dividida em duas partes iguais trace dois
segmentos de recta [AB] e [CD] com 10cm e divida o primeiro segmento [AB] em 5
(cinco) partes iguais e o segundo [CD] em 11 (onze) partes usando o método de geral ou
de Thales.

Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para fazer as actividades propostas acima.

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Lição no2

Ângulos e concordâncias

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da Lição
Dando continuidade à lição anterior, nesta lição daremos destaque ao transporte, adição
subtração, divisão e multiplicação de ângulos. E por fim falaremos do traçado de
concordâncias dentre as quais entre rectas com arcos e apenas entre os arcos (espirais de 2,3 e
4 centros).

Ângulos
O ângulo é o espaço plano existente entre duas linhas rectas cruzadas. O ponto em que
acontece o cruzamento recebe o nome de vértice, enquanto que as semi-rectas que limitam o
espaço recebem o nome de lados do ângulo. As medições dos ângulos são feitas com ajuda
do transferidor e medem-se em graus (o). Conforme as suas aberturas, os ângulos pode ser
nulo (0o), agudo (entre 0o e 90o), recto (90o), obtuso (entre 90o e 180o), raso (180o) e giro
(360o).

Adição de ângulos

Dados dois ângulos, traça-se um arco de circunferência em cada ângulo fazendo centro em V
e obtendo os pontos AB e CD. Com a mesma abertura, traça-se outro arco numa nova linha
fazendo centro na sua extremidade. Neste arco, são marcadas as aberturas AB e CD
resultando no ângulo AVD fruto do somatório dos ângulos anteriores. Este procedimento é
válido para somar igualmente mais de dois ângulos.

[Substituir as imagens acima por outras mais nítidas]

Subtração de ângulos

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A subtração de ângulos segue o processo inverso da adição. Para tal, é dado um ângulo maior
do qual serão subtraídos ângulos menores. O ângulo resultante será deste modo, menor que o
ângulo inicial.

Uma compreensão da operação de adição de ângulos, permite que o aluno possa resolver um
exercício de subtração, sem mesmo ter aprendido os procedimentos necessários para se
chegar à solução.

[Substituir as imagens acima por outras mais nítidas]

Divisão de ângulos

A divisão de ângulos em duas partes iguais (bissectriz) tem um procedimento similar à


divisão do segmento de recta.

Dado o ângulo a ser dividido, fazendo centro em V, traça-se um


arco que determina dois pontos A e B. Fazendo centro nestes
pontos, traçam-se dois arcos com a mesma abertura e que se
intersectam num ponto P. Unindo P ao V temos a bissectriz
procurada. Para sucessivas divisões repete-se o procedimento.

Multiplicação de ângulos

A multiplicação de elementos é por definição uma soma sucessiva do mesmo elemento. Nesta
ordem de ideias, a multiplicação de ângulos consistirá basicamente em fazer um somatório
sucessivo do mesmo ângulo, o número de vezes que for solicitado. O procedimento segue os
passos da adição de ângulos.

Traçado de Concordâncias

A concordância de linhas consiste em uni-las sem criar reversão ou ângulo no ponto da sua
união. Podem ser feitos vários tipos de concordâncias, nomeadamente:

 Concordâncias de arcos (espirais e outras formas)

 Concordâncias de rectas com arcos

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As concordâncias gozam de algumas propriedades, nomeadamente:

1. Um arco e uma recta estão em concordância num ponto quando a recta é tangente ao
arco nesse ponto.
2. Na concordância de recta com arco de circunferência, o ponto de concordância e o
centro de concordância estão sobre uma mesma perpendicular.
3. Dois arcos de circunferência estão em concordância num ponto, quando admitem
nesse ponto, uma tangente comum.

Concordâncias de arcos com rectas

Concordância de duas rectas perpendiculares com um Concordância de duas rectas paralelas com um arco
arco

Concordâncias de arcos

[substituir as imagens acima por outras mais nítidas (pode se recorrer ao auto CAD)]

Espirais

No que respeita a concordâncias de arcos, será dado particular destaque às espirais que são
linhas curvas abertas que nos lembras um fio que vai de desenrolando. As espirais podem ser
de 2, 3, 4 ou mais centros.

A espiral de 2 centros é traçada alternando a ponta seca do compasso nos 2 centros, enquanto
que as restantes concordâncias são feitas na base de um polígono, sendo o menor o triângulo.
Os lados dos polígonos são prolongados segundo uma certa sequência e funcionarão como o
início e fim dos arcos de circunferência cujos centros serão os seus vértices.

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Espiral de 3 centros Espiral de 3 centros Espiral de 4 centros

Alguns exemplos da aplicação de espirais

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1. Transporte dois ângulos, um de 60 e outro de 30 .
2. Trace dois ângulos, um de 420 e outro de 550 e adicione-os.
3. Subtraia um ângulo com 1700 com outro de 600.
4. Divida um ângulo de 1000 em 4 partes iguais.
0
5. Multiplique um ângulo de 25 em 5 vezes.
6. Construa espirais de 2, 3, 4 centros nos sentidos, horário e anti-horário. Considere a
distância entre os centros igual a 1cm.

Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para fazer as actividades propostas acima.

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Lição no3

Polígonos

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da Lição
A natureza apresenta-nos uma infinidade de formas geométricas, desde o favo de uma
colmeia de abelhas, estrela-do-mar, caracol, etc. nesta lição falaremos dos polígonos
regulares e estrelados pelo método geral e específico, e estratégias de ensino de desenho
geométrico.

Polígono - é uma figura plana fechada limitada por linhas rectas ou lados que se intersectam
nos pontos chamados vértices. Os polígonos podem ser classificados segundo o número de
lados.

[inserir imagem de triangulo, quadrado e pentágono, hexágono]

Traçado polígonos pelo método geral e específico

Os polígonos podem ser regulares, se tiverem todos os lados e ângulos iguais e, irregulares se
tiverem lados diferentes. No Ensino Primário a construção de polígonos limita-se apenas em
regulares, com o recurso ao método geral ou método específico.

Método Geral

Este método consiste em, à circunferência onde será circunscrito o polígono, dividir o seu
diâmetro em número de partes iguais ao número de lados do polígono que se pretende
construir (com o recurso a um dos métodos da divisão de segmentos de recta em partes
iguais).

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Seguidamente traçam-se dois arcos com o raio correspondente
ao diâmetro da circunferência e centros nos extremos do
mesmo, que se cruzam no ponto P. A intersecção da recta que
une o ponto P ao ponto 2, o segundo ponto da divisão do
diâmetro, com a circunferência origina o ponto B. A distância
AB, correspondente medida do lado do polígono, será repetida
pelo resto da circunferência.

Caro professor, o método ora explicado aplica-se na construção de polígonos regulares com
qualquer número de lados, bastando para o efeito, dividir o diâmetro da circunferência
circunscrita em número correspondente ao número de lados do polígono que se pretende
construir e, depois seguir os restantes passos dados no exemplo anterior de construção de um
polígono regular de cinco lados iguais, pentágono regular.

Assim, depois de percebidos todos os passos da aplicação do método geral, os alunos poderão
construir, sem explicação do professor, polígonos com qualquer número de lados com o
recurso ao método geral.

Método específico

O método específico consiste na divisão da circunferência em partes iguais, segundo o


número de lados do polígono. A seguir, apresentam-se alguns exemplos de polígonos
regulares construídos com o recurso ao método específico.

Construção de polígonos estrelados

A construção de polígonos estrelados resulta do processo de divisão da circunferência em


partes iguais. Após a divisão da circunferência, os pontos são unidos alternadamente, ou
conforme a seguir se ilustra.

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[inserir mais imagens de polígonos estrelados]

Estratégia de Ensino do Desenho Geométrico

Para fazer o traçado de concordâncias é necessário que os alunos tenham alguns


conhecimentos matemáticos relacionados com a medição e traçado de rectas, ângulos e
circunferências

Na explicação de qualquer construção, é importante que o professor se certifique que todos os


alunos estão a acompanhar os todos os passos de modo a que possam compreender, pelo que,
não é recomendado que o professor faça toda a construção e depois orienta os alunos a
copiar, ou seja, a construção deve ser feita juntamente passo a passo recorrendo desta forma a
técnica demonstrativa.

Os passos devem ser dados pausadamente para permitir que os alunos possam acompanhar
claramente a resolução do exercício, de modo a que, a partir da percepção dos passos dados
neste exemplo, possam dividir um segmento em qualquer número de partes desejado.

À medida que os passos vão sendo dados, o professor vai explicando claramente, dando
sempre a possibilidade de serem os próprios alunos a explicarem os passos seguintes no
quadro ou nos seus lugares, pois tratando-se de conteúdos com um desenvolvimento lógico,
eles próprios podem dar os passos seguintes.

Ao explicar a construção de espirais, o mais importante é que os alunos percebam muito bem
a explicação da espiral mais simples, a de 2 centros, para que a base dela se possa construir
espirais com outros números de lados. É sempre conveniente que sejam os próprios alunos a
construírem o seu conhecimento de modo a que possam desenvolver todas as suas
capacidades na resolução de problemas do dia-a-dia.

Para evitar a abstração ao lecionar, é conveniente que selecione o material didáctico (imagens
que ilustrem espirais, objectos com ângulos, polígonos, etc.) que ilustre a aplicação do
Desenho Geométrico no geral por exemplo na construção civil e na natureza podemos

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encontrar várias formas geométricas que os alunos conhecem e a partir desses exemplos
podemos explorar o conhecimentos dos alunos para evitar muita abstração na sala de aulas.

1. Trace polígonos regulares (de 3,4,5,6,7,8 e 9 lados) usando o método geral e


específico, divida as folhas A4 com esquadria e legenda em (seis) 6 rectângulos iguais e
considere o raio da circunferência igual a 3cm
2. Em outra folha A4 com esquadria e legenda, dividida em (seis) 6 rectângulos iguais
trace polígonos estrelados de 5,6,7,8,9 e 10 vértices, considere o raio da circunferência
igual a 3cm.
3. Planifique e lecione uma aula prática de Desenho Geométrico (traçado do pentágono)
para seus alunos e faça a análise reflexiva (não se esqueça de seleccionar o material
didáctico e de gravar vídeos e tutoriais).

Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para fazer as actividades propostas acima.

Terminada a unidade Desenho Geométrico abordamos sobre o conceito desenho geométrico e


materiais de rigor usados. Falamos igualmente construções geométricas que vão desde a
divisão de segmentos em partes iguais com o método de mediatriz e pelo método de Thales,
não deixamos de fora a classificação, adição, subtração, divisão e multiplicação de ângulos,
seguido das concordâncias onde abordamos sobre espirais de 2, 3, 4 centros, concordâncias
de arcos com rectas, construção de polígonos regulares e estrelados pelo método geral,
especifico até às estratégias de ensino de desenho geométrico.

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1. O que entende por desenho geométrico?
2. Quais os principais materiais usados em desenho geométrico?
3. Identifique as formas geométricas básicas.
4. O que são concordâncias?
5. Indique e estabeleça a diferença entre os tipos de concordância que aprendeu.
6. O que entende por ângulo? Quais são os elementos de um ângulo?
7. Indique e estabeleça a diferença entre os tipos de ângulos que aprendeu.
8. Indique as diferenças e as semelhanças entre adição, subtração, multiplicação e divisão
de ângulos.
9. O que entende por polígono?
10. Indique e estabeleça a diferença entre os tipos de polígonos que aprendeu.
11. Diferencie o método geral do específico na construção de polígonos.

Faça a leitura do texto disposto na lição e faça pesquisas adicionais em manuais de Educação
Visual usados no ensino Primário, e outras fontes para resolver os exercícios de avaliação
acima propostas.

ALMEIDA, Luís. Eu e a Arte – Livro do aluno, Educação Visual 5a Classe. Porto editora.
SAMUEL, Filipe David Carrel. Arte e Vida – Livro do aluno, Educação Visual 7aClasse.
Texto editores.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
LOPES, Manoel. Desenho Técnico. Edições ASA.

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Unidade no 2

Moldagem e Modelagem

Duração da Unidade 6 Horas

Introdução da Unidade Temática


Há muito tempo que o Homem vem usando diferentes materiais para produção de objectos,
principalmente utilitários e decorativos. Dentre os vários procedimentos de produção, consta
a moldagem e modelagem.

Estimado professor seja bem-vindo a Unidade Temática: “Moldagem e Modelagem”, nesta


unidade falar-se-á dos conceitos, importância, materiais utilizados, técnicas e processos
usados durante esses dois ofícios.

1. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e ofícios;


2. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
3. Produz objectos decorativos e utilitários de cerâmica com base nos moldes previamente
elaborados;

Lição no 1

Introdução a Moldagem e Modelagem

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

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Na infância era comum utilizar-se diferentes formas para produzir bolos de areia que
permitiam que o produto final (bolo de areia) tivesse as mesmas características da forma ou
molde usado. Caro professor, farão parte desta lição, a origem e propriedades do barro,
processo de preparação da argila e os materiais e ferramentas incluindo os teques (de
metais/arrame, madeira e plástico) para moldagem e modelagem,

Origem e propriedades do barro

O barro é extraído em jazigos ou barreiros à superfície ou em camadas mais profundas do


subsolo.

Propriedade do barro

Cor – De acordo com a sua composição, a argila apresenta-se com cores variáveis (branco,
alaranjado ou cinzento). A argila mais pura, bastante mais clara designa-se por caulino.

Plasticidade – É a propriedade que a argila tem de se tornar moldável após a absorção de


água. Mesmo depois de seca e antes de ser cozida, pode ser novamente trabalhada se lhe
adicionarmos água.

Resistência – É a propriedade que a peça tem de manter a forma dada após secagem e de se
tornar mais resistente após a cozedura.

Sonoridade – Propriedade que a argila tem de emitir sons, através de pequenos batimentos,
após a cozedura.

Impermeabilidade – Depois de cozida e vidrada a peça deixa de absorver líquidos.

Processo de preparação do Barro

Uma vez extraídas do solo, as argilas precisa ser preparador porque contêm impurezas, tais
como raízes e pedras. Para tal precisas realizar os seguintes processos:

i. Desagregação da argila

Consiste em reduzir ao mínimo possível o tamanho dos grãos que constituem a argila, para tal
deves:

Secar a argila, se estiver húmida;


Triturar os pedaços de argila, até transforma-los em grãos mais finos ou pó;

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Pressionar a argila com um rolo de metal, madeira ou mesmo uma garrafa cilíndrica.
ii. Limpeza da argila

Consiste em tirar impurezas que podem prejudicar a preparação do barro, para tal pode-se
seguir os seguintes passos:

 Limpeza manual – escolher ou retira directamente as impurezas contidas na argila;


 Peneirar – usar uma rede ou peneira para retira impurezas.
iii. Adicionar ou retirar água

Consiste em adicionar água à argila por alguns dias num recipiente até dissolver-se, não se
esquecendo de deixar o pó que será necessário para homogeneização e retirar o excesso de
água.

iv. Homogeneizar o barro

Neste processo amassa-se o barro até torna-lo uma pasta homogénea adicionando o pó
reservado antes de adição da água. Deve-se retirar as bolhas de ar e durante este processo a
pasta de barro só estará pronta se deixar de aderir ou colar-se às nossas mãos.

v. Armazenar o barro preparado

Para armazenar o barro deves embrulhá-lo num pano húmido e guardar dentro de um saco
plástico, num lugar fresco ou dentro de uma bacia de água.

Materiais e ferramentas de moldagem e modelagem

Usando materiais que podem tomar várias formas (pastosos ou líquidos), enche-se a
concavidade do molde e, após ter secado o suficiente, retira-se a peça já com o formato do
respectivo molde. Os materiais habitualmente usados para a moldagem são o cimento, o
barro, o vidro, o chumbo, o plástico, as argilas, o gesso, a pasta de papel, o metal fundido,
entre outros.

Ferramentas

Para a realização dos seus trabalhos em cerâmica, precisará de um conjunto de


equipamento/utensílios e materiais como o gesso em pó, o barro, mesas ou planos de
trabalho, bacias de plástico ou outros recipientes para armazenar barro e gesso antes e depois
de preparado, teques, rolo de massa (de madeira), garrote, pano, esponja, plásticos, aventais
ou batas, pincéis, tintas, armários ou outros locais para armazenar os materiais e os trabalhos

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em construção, prateleiras ou outros locais para secagem e para colocação das peças acabadas
e forno para cozedura das peças de barro.

Teques

São ferramentas ou instrumentos que podem ser de madeira ou metal que têm a função de
entalhar e dar forma pormenorizada aos objectos produzidos.

[inserir imagem de teque de madeira e metal ou arrame]

1. Seguindo os passos, do processo de preparação de barro arranje uma porção de argila


e transforme-a em barro.
2. Construa teques a partir de materiais a sua escolha.

Para cumprir com as actividades acima propostas terá que procurar argila um local próximo
ou numa empresa de cerâmica, fazer a leitura do conteúdo da lição e pesquisas adicionais nos
manuais de ensino primário e outras fontes bibliográficas, incluindo tutoriais do youtube.

Lição no 2

Moldagem

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da Lição

Nesta lição prosseguiremos falando da noção de moldagem, dos tipos de moldagem


destacando a moldagem simples e por tasselo bem como podemos produzir o molde e os
objectos, seguido dos acabamentos necessários para as peças tornarem-se apreciáveis e fim
falaremos do processo secagem e cozedura das peças nos fornos.

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Moldagem

A moldagem é um processo que consiste em produzir objectos a partir de um molde ou


forma.

Tipos de Moldagem

Conforme o formato do objecto por produzir podemos ter moldagem simples e por tasselos.

Moldagem simples

Quando o molde é constituído por apenas uma peça, também pode ser chamado positivo-
negativo.

[inserir imagem de moldagem simples (veja o livro de ofícios 7 Classe)]

Moldagem por tasselos ou completa

O molde é constituído por duas ou mais peças, cada uma dessas peças denomina-se tasselo.

[inserir imagem de moldagem completa (veja o livro de ofícios 7 Classe)]

Para efectuar a moldagem completa deve seguir alguns passos:

1. Objecto original a reproduzir

O objecto modelado não deve ter saliências angulosas ou vazadas que ofereçam resistência a
desmoldagem.

2. Preparar o molde

Para preparar o molde devemos ter em conta que:

Positivo (objeto original) + negativo (molde) = novo positivo (objeto copiado)

Ou seja, a partir do objecto original é possível extrair o molde, basta para tal:

a) Cobrir o objecto com material como gesso, areia, silicone, barro entre outros.
b) Recortar ou dividir o molde antes de secar.
c) Deixar secar;
d) Desmoldar o objecto, ou seja retirar o objecto do molde;
e) Usar os negativos do molde para produzir novos objectos.

Antes de preparar o molde deve aplicar, cera ou vaselina para que o material não cole
no objecto depois de secar.

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[inserir imagens das etapas de preparação do molde]

3. Enchimento do molde

Depois de produzir o molde, una as partes e encha-o com material plástico a sua escolha,
devendo sempre usar a cera e vaselina para que o molde não adira ao objecto.

4. Secagem

Consiste na eliminação da maior parte da água existente nas peças, por meio da evaporação.
Dependendo do material em uso pode se deixar secar o objecto por completo ou parcialmente
num lugar seco e fresco para facilitar os acabamentos.

5. Desmoldar o Objecto

Retirar o objecto, do molde.

6. Acabamentos

Os acabamentos constituem o momento em que se dá um toque especial aos objectos criados,


de forma a conceder-lhes um agradável e sobretudo ligado á sua função. Retiram-se as
imperfeições resultantes das junções dos moldes. Fazem-se colagens de pormenores e furos.
O acabamento das peças em barro pode ser feito recorrendo a vários processos, dentre eles, a
pintura com tinta acrílica ou com engobes, a aplicação do vidro, a aplicação da grafite,
incrustações ou encaixes, incisões e gravações, por polimento, por modelação ou
plasticização.

Dependendo do material moldado, as peças podem receber diferentes acabamentos. Por


exemplo, as peças em pasta de papel recebem uma cola branca (preferencialmente de
madeira) para garantir-lhes mais consistência e pintura a tintas líquidas para atingirem um
efeito estético impressionante.

a) Pintura ou envernizamento

Consiste em aplicar camadas de tinta ou verniz sobre a superfície do objecto produzido.

[inserir imagens de pintura e envernizamento de objectos]

b) Aplicação de Vidro

É um processo usado para impermeabilizar os objectos produzidos, é frequentemente usado


no fabrico de utensílios domésticos e loiça sanitária e tijoleiras.

[inserir imagens de aplicação de vidro]

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c) Engobes

Assemelha-se a pintura onde aplica-se argilas líquidas coloridas.

[inserir imagens de engobes]

d) Polimento

Para fazer o polimento do barro a peça deve estar seca, e consiste em dar brilho ao objecto de
barro com recurso a uma pedra lisa e macia do rio ou do mar, ou ainda com areia fina ou lixa
de água.

[inserir imagens de polimento do barro e das pedras usadas]

e) Incisões e gravações

Processo que consiste em criar desenhos com os teques de decoração, dedos, pentes, garfos,
pregos ou com os materiais existentes na natureza. As gravações e incisões são feitas com o
barro ainda fresco e parcialmente seco à partir de um desenho prévio.

[inserir imagens de incisões e gravações]

f) Incrustações

Consiste na fixação de pormenores que dão beleza ao objecto de barro, podem ser usadas
sementes ou

[inserir imagens de incrustações]

g) Modelação

Processo que consiste em colar peças menores previamente modeladas à superfície duma
peça pela aplicação da barbotina.

[inserir imagens de modelação]

7. Fornos e cozedura

Existem fornos eléctricos, de lenha ou a gás. Antes de cozer as peças, deixe-as secar
completamente (mas nunca ao sol directo para não estalarem), O tempo de secagem irá
demorar conforme o tamanho da peça e a estação do ano. Uma peça grande tem de ser seca
gradualmente para que o barro, ao perder água, fique mais duro e aguente o peso.

[inserir imagens de fornos]

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Como forma de minimizar a falta de fornos em muitas escolas, são construídos os fornos
descartáveis, constituídos por uma abertura feita no solo para colocação da lenha e do fogo,
outra abertura na parte superior com função de chaminé, uma cobertura composta por
sucessivas camadas alternadas de papel, jornal, capim e objectos de barro húmido (todo este
conjunto coberto finalmente por terra).

Aplicação da moldagem

Com o procedimento da moldagem, é possível a produção de uma série de objectos idênticos,


com exactidão muito aproximada e em curto espaço de tempo. Por exemplo, várias peças de
loiça, brinquedos, peças de automóveis, grelhas ou respiradores usados em construções, entre
outros, são fruto do processo de moldagem.

1. Com a pasta de barro produzida na lição anterior, ou usando o gesso, produza um


molde de um objecto a sua escolha.
a) Com o molde produzido, faça objectos em série e os respectivos acabamentos.
2. Grave vídeos tutoriais sobre como produzir um molde e objectos em série à partir do
molde.
3. Planifique e leccione uma aula prática de moldagem sem se esquecer de fazer a sua
análise juntamente com colegas da sua escola.

Para cumprir com sucesso as actividades acima propostas terá que procurar argila um local
próximo ou numa empresa de cerâmica, fazer a leitura do conteúdo da lição e pesquisas

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adicionais nos manuais de ensino primário e outras fontes bibliográficas como vídeos
tutoriais e visite uma empresa ou oficina de cerâmica disponível na sua comunidade ou
província.

Lição no 3

Modelagem

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição
Esta lição fará uma abordagem em torno do processo da modelagem, na qual serão abordados
o conceito modelagem, as técnicas de levantamento de peças na modelagem que são as
técnicas de rolo, bola, roda de oleiro, lastra e da placa.

Modelagem

É o acto de dar forma a qualquer matéria plástica modelável. A modelagem é considerada um


processo de exploração da tridimensionalidade ou criação de objectos com volumes, pela
acção directa das mãos sobre uma matéria naturalmente plástica, como são os casos do barro
e do gesso.

Técnicas de levantamento de peças

As técnicas mais comuns no levantamento de peças na modelagem são:

a) Técnica da bola;
b) Técnica do rolo;
c) Técnica da lastra;
d) Técnica da placa; e
e) Técnica da roda de oleiro.
a) Técnica da bola

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É uma técnica simples que lhe possibilita o levantamento de pequenas peças de formas
arredondadas, tais como vasos, taças, canecas, etc.

Inicie fazendo uma bola de barro sobre. Pressione com os polegares de forma a abrir uma
cavidade. Role a bola para aperfeiçoar e aumentar a cavidade e dando a forma do objecto que
pretende produzir. Ao finalizar, alongue as paredes da peça com os dedos, acautele que elas
tenham aproximadamente a mesma espessura, nivele a superfície com esponja húmida ou
teque e decore ao seu gosto.

[inserir imagens sobre a técnica de bola]

b) Técnica do rolo

Em cima de uma superfície lisa e com o auxílio das palmas das mãos, efectuamos
movimentos de vaivém, procurando fazer rolos ou cilindros finos e uniformes de barro com
espessura aproximada à de um dedo.

Para o início da execução enrola-se em espiral um rolo de barro, fazendo algumas incisões e
pincelando com um barbotina para criar aderência entre os rolos.

De seguida, justaponha circularmente os rolos para a subida das paredes, una-os com
barbotina e pressionando-os com os dedos. À medida que a parede vai subindo e com o
auxílio dos dedos vai-se alisando não esquecendo de ter o cuidado de as paredes ficarem
sempre com a mesma espessura.

No final realize os acabamentos e decorações ao seu gosto.

[inserir imagens sobre a técnica do rolo]

c) Técnica da lastra

Esta técnica consiste na utilização de uma lastra de barro – rolo de formato rectangular com
largura de 2 a 3cm. Para o levantamento de peças usando esta técnica, segue-se os mesmos
procedimentos da técnica de rolo.

[inserir imagens sobre a técnica da lastra]

d) Técnica da placa
É uma técnica abundantemente aplicada na construção de objectos com faces, como caixas. A
placa é feita colocando barro suficiente sobre a mesa de trabalho e pressionando com o rolo
de massa até uniformizar a espessura da placa com o auxílio de umas duas ripas. Depois,
corte as partes que necessita para compor a peça usando uma faca. A seguir, ligue as placas

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utilizando a barbotina e efectue os acabamentos com esponja húmida ou teque. No final
realize decorações ao seu gosto.

[inserir imagens sobre a técnica da placa]

e) Técnica da roda de oleiro

Técnica para fazer qualquer objecto cilíndrico, desde tigelas, vasos, canecas ou outro objecto
decorativo. Coloca-se o barro no centro da mesa da roda do oleiro inicia-se a peça com uma
abertura ao centro com roda girando. Com as mãos húmidas usam-se os dedos para
pressionar no centro, fazendo a abertura. Puxa-se levemente as paredes, formando um
cilindro. Depois dá-se a forma desejada à peça, alargando ou estreitando, encurtando ou
alongando.

[inserir imagens sobre a técnica da roda do oleiro]

Estratégias de ensino da moldagem e modelagem

Antes da abordagem deste conteúdo devemos ter em conta as habilidades que as crianças têm
na tenra idade. Usam areia para fazer bolos, casa, castelos, representam frutos, pessoas carros
e todo o meio e objectos a sua volta.

Nesse sentido o estimado professor deve capitalizar essas habilidades e conhecimentos que as
crianças têm para ensinar esta unidade com recurso a matérias disponíveis localmente. Se
existir uma oficina ou fábrica de cerâmica ou museu na sua região, planifique uma visita de
estudos com os seus alunos para expandirem o seu horizonte sobre a moldagem e
modelagem.

É muito importante durante as aulas práticas, capitalizar as experiências dos alunos e fazer as
actividades juntamente com eles apoiando os mais fracos e elogiando o seu progresso. A
disposição e motivação dos alunos deve ser constante, o trabalho em grupo é mais
revitalizante e permite o apoio recíproco dos alunos mais fracos pelos mais fortes.

Durante a mediação o caro professor, deve trazer exemplos práticos e usar a técnica
demonstrativa para mostrar os alunos como devem executar as técnicas de moldagem e
modelagem.

É imperioso que os alunos se preparem para aula trazendo aventais ou outras roupas que
facilitem o trabalho porque é normal sujar durante estas aulas, para além disso informe os

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alunos que preparem todo material necessário para aula com antecedência. Depois da aula
reserve um tempo para limpezas, arrumação e higiene pessoal dos alunos.

1. Construa 1 objecto a sua escolha (utilitários, decorativos ou lúdicos) usando a técnica


da bola;
2. Modela vogais de letra cursiva usando a técnica de rolo.
3. Recorrendo a uma placa de barro húmida recorte 5 consoantes a sua escolha.
4. Faça vídeos tutoriais explicando como executar a técnica de bola, rolo, lastra e placa.
5. Planifique e lecione uma aula prática sobres uma das técnicas de levantamento de
peças na modelagem, sem esquecer-se de fazer a análise reflexiva com seus colegas da
escola.
6. Faça uma visita de estudo a uma oficina de cerâmica e faça um relatório sobre as
actividades desenvolvidas. (Tire fotos e faça vídeos e grave entrevistas com o seu
telemóvel).

Com base em leitura do texto disposto acima, faça pesquisas, assistia vídeos tutoriais no
youtube e visite uma empresa ou oficina de cerâmica ou museu disponível na sua
comunidade ou província para complementar o seu conhecimento sobre a moldagem e
modelagem e faça as actividades propostas.

Nesta unidade abordamos sobre a moldagem e modelagem, como processos usados na


produção objectos utilitários e decorativos e lúdicos a partir de substâncias modeláveis,
sujeitas a transformações variadas até a obtenção dos objectos pretendidos. Não se
esquecemos de falar das noções básicas e dos materiais e ferramentas utilizados nestas
actividades bem como o processo de acabamentos e cozedura de peças e no final da unidade
abordamos igualmente sobre as técnicas básicas de modelagem sendo elas as técnicas: da

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bola, do rolo, roda de oleiro, lastra e da placa e culminamos falando das estratégias de ensino
da moldagem e modelagem.

A argila é uma substância terrosa formada por sílica, alumina e água, sendo também
frequente o óxido ferroso e o manganês.

Barro - É uma matéria argilosa, moldável quando se junta água, que se extrai directamente
dos solos e é composto à base de silicatos de alumínio.

Barreiras - São os locais de onde se extrai o barro.

Barros gordos - Têm grande plasticidade e retraem muito na secagem.

Barros magros - Têm fraca plasticidade e retraem pouco na secagem.

Barbotina ou Lambugem - É a cola do barro (mistura-se barro e água em quantidades


iguais, mexe-se muito bem até ficar tipo iogurte.

Cozedura - É a eliminação total da água, dando maior resistência, impermeabilidade e


sonoridade às peças.

1. Distinga moldagem da modelagem.


2. Quais são os passos ou processos de preparação do barro? Descreva-os.
3. Como se produz um molde?
4. Para que servem os teques?
5. Mencione as principais técnicas de levantamento de peças na modelagem.
a) Explique em que consiste cada técnica.
6. Explique os procedimentos e os cuidados necessários para acabamentos, decoração,
secagem e cozedura das peças.
7. Qual é a aplicação da moldagem e modelagem?

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Para cumprir com sucesso as actividades de avaliação é necessário fazer uma leitura
minuciosa do texto disposto em cada lição desta unidade temática, fazer pesquisas adicionais,
assistir vídeos tutoriais no youtube, visitar uma empresa ou oficina de cerâmica ou museu
disponível na sua comunidade ou província.

Brito, Carlos. Trabalhos Manuais – 6a Ano. Texto editora 1992.


Mazive, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse. Longman 2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse.
Longman 2012.
ZANDAMELA, André Justino e NGOVENE, Lídia Ismael . O saber das Mãos – Livro do
aluno, Ofícios 5aClasse. Longman 2005.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
ALMEIDA, Luís e HELENA, Veloso. Aprendendo Fazendo – Livro do professor, Ofícios 1a
e 2aClasse. Plural Editores 2004.

Unidade no 3

Papel

Duração da Unidade: 4 Horas

Introdução da Unidade Temática

Estimado professor nesta unidade temática, será abordado o uso do papel reciclado, uma das
formas de aproveitar o papel que muitas das vezes é tido como lixo e de contribuir para a
conservação do meio ambiente. Serão abordados a origem e propriedades de papel, a selecção
de papel reciclável, a reciclagem artesanal do papel (pasta de papel) para construção de vários
objectos.

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1. Faz objectos decorativos, utilitários e lúdicos através das técnicas de trabalho com
papel e pasta de papel reciclado;
2. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
3. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;

Lição no 1

Origem e propriedades do papel

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

Antes do surgimento do papel o Homem usava diferentes suportes para desenhar e registar
suas mensagens como por exemplo: placas de madeira, barro, peles de animais, cascas de
árvores, carapaças de tartarugas, etc. nesta lição falaremos de conceito papel, sua origem e
propriedades e por último falaremos do mosaico de papel.

Papel

O papel é uma substância constituída por elementos fibrosos de origem vegetal comprimidos
e aderentes uns aos outros ou trapos transformados em massa ou pasta, geralmente é
distribuído sob a forma de folhas ou rolos.

Origem e propriedades do papel

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O papel é obtido através da transformação, mecânica e química dos troncos das árvores como
o eucalipto e pinheiro ou outro tipo de materiais como por exemplo fibras têxteis e sintéticas.

Propriedades do papel

São diversas as propriedades do papel, dentre várias, vamos apenas destacar: espessura,
gramagem, textura, resistência e cor.

A espessura é mais variável e diz respeito à grossura da folha de papel, desde o fino papel de
seda até às cartolinas e cartões.

A gramagem depende da espessura da folha de papel e exprime-se pelo peso obtido por
metro quadrado.

A textura refere-se ao aspecto da superfície do papel conforme se apresenta lisa ou rugosa.


Se a superfície não for lisa, o seu aspecto, no geral, depende muito do respectivo padrão.

A resistência dos papéis depende, geralmente, da espessura. Assim, os papéis finos são mais
frágeis do que os mais grossos. O papel grosso corta-se com mais dificuldade do que o papel
fino, mas este rasga-se mais facilmente. Pode-se concluir que da resistência depende a
dificuldade ou a facilidade de corte e dobragem do papel.

Técnicas de trabalho com o papel

Recorte

Consiste em cortar o papel com determinadas formas geométricas simples ou complexas


podendo ser compostas por linhas quebradas, curvas ou rectas. Os materiais usados para o
recorte são: tesouras, lâminas e o X-acto.

[inserir imagens de materiais e exemplos de recortes]

Podemos recorrer aos recortes para formar uma composição decorativa, com pedaços de
jornais, fotos e outros elemement.

[inserir uma composição de recortes]

Picotagem

A picotagem é o acto de fazer furos no papel com um instrumento afiado (agulha) ou com
uma máquina apropriada, para facilitar o corte à mão ou a dobragem.

[inserir imagens de materiais e exemplos de picotagem]

Colagem

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É o processo de fixação de pedaços de papel recortados num suporte, com auxílio de cola.

Pode fazer-se a colagem de outros materiais como grãos de arroz, milho, massa, areia, etc.
Para esta técnica é necessário escolher uma boa cola, espalhá-la bem no suporte e, de seguida,
sobrepor os recortes ou objectos por colar, pressionando-os, de modo a permitir uma boa
aderência dos materiais.

[inserir imagens de materiais e exemplos de colagens]

Dobragem

È uma técnica que consiste em dobrar papel, segundo regras definidas, para reproduzir
objectos ou elementos com 3 dimensões.

A folha de papel de forma quadrangular e de fina gramagem é o material mais usado para
conservar a dobra.

[inserir imagens de materiais e exemplos de dobragem]

Mosaico de Papel

O mosaico é uma técnica antiga utilizada para decorar paredes, tetos e pisos. Nessa altura o
mosaico era feito com recurso a seixos ou pastilhas de cerâmica ou vidro para formar
composições abstractas, geométricas ou figurativas (figuras humanas, animais e outros
cenários). É comum usar mosaico de papel para realizar composições decorativas.

Vamos recorrer a essa técnica milenar para fazer trabalhos decorativos com recurso ao papel.

Para fazer o mosaico de papel temos de ter algum material, como é o caso de tesoura, lápis
canetas, revistas, carolinas de várias cores o papelão, cola etc.

Para fazer o mosaico de papel:

Primeiro – Faz-se um esboço ou desenho (pode ser um animal, flor, paisagem ou um outro
desenho a sua escolha) sobre a cartolina ou papelão.

Segundo – Recorta-se pedaços de cartolina de várias cores, revistas ou fotografias em


pequenos formatos, triangulares, rectangulares ou quadrangulares com pelo menos 1 a 2cm.

Terceiro – Cola-se os recortes sobre o desenho feito deixando, ou não espaço entre eles –
(use pouca cola para não sujar o mosaico e diversifique as cores para criar contraste).

Por último – deixa-se secar e aplica-se verniz vitral se tiver disponível.

[inserir imagens de mosaicos de papel]

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Para além do mosaico de papel pode-se construir objectos (cestos, vasos, chapéus, etc)
usando tiras de papel e cola de madeira diluída.

[inserir imagens de cestos e vasos de papel]

1. Faça uma composição usando as técnicas de recorte, picotagem e dobragem do papel.


(pode utilizar outros elementos para além do papel)
2. Usando o recorte e colagem e algumas habilidades de pintura componha um cartaz
para o ensino de uma consoante (não se esqueça da imagem correspondente a letra em
estudo).
3. Produza uma pasta de arquivo usando as técnicas de recorte dobragem e colagem.
4. Junto com seus colegas planifique e lecione uma aula prática sobre dobragem do
papel e faça a análise reflexiva junto com seus colegas. (Peça que seus colegas filmem e
façam fotos e apresente o relatório da análise reflexiva da aula).
5. Produza um mosaico de papel recorrendo a revistas velhas, fotos ou cartolinas de
várias cores.
6. Faça um cesto de papel usando tiras de jornal velho.

Estimado professor, para concretizar esta actividade, deve fazer uma leitura do conteúdo
disposto no módulo e fazer pesquisas adicionais no youtube sobre as técnicas de trabalho
com papel e sobre produção de mosaico de papel.

Lição no 2

Planificação de sólidos

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

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Introdução da lição

Estimado professor, agora daremos continuidade a unidade sobre o papel, com especial
atenção à planificação de sólidos geométricos nomeadamente: pirâmides, prismas, cilindros e
cones. Falaremos da reciclagem do papel e seu benefício para o meio ambiente e voltaremos
a trazer conteúdos relacionados a moldagem e modelagem, mas desta vez, com pasta de
papel, por fim falaremos das estratégias usadas para o ensino sobre o papel.

Planificação de sólidos geométricos


Entende-se por planificação como forma de representação de sólidos geométricos usando um
plano.

Nem todos os sólidos são planificáveis, pois nem todos têm superfícies que possam assentar
num plano por exemplo não é possível planificar a esfera.

[inserir imagens da planificação do cilindro e uma esfera]

Planificação da pirâmide

A pirâmide é formada por uma base poligonal (que pode ser qualquer polígono) e por faces
triangulares laterais unidas por um vértice. Assim, fica fácil concluir que a planificação da
pirâmide apresenta um polígono e alguns triângulos.

O número de triângulos das faces sempre será igual ao número de lados do polígono da base.
A planificação de uma pirâmide triangular, por exemplo, é composta por uma base triangular
e por três triângulos.

Procedimento: Constrói o polígono e sobre cada um dos seus lados trace triângulos Aplica
cola no tracejado e junta as faces de forma a obter a pirâmide.

[inserir imagens de planificação de uma pirâmide triangular, quadrangular e pentagonal]

Planificação de Prismas

O prisma é um sólido geométrico formado por duas bases poligonais congruentes e por faces
laterais que são paralelogramos.

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O número de paralelogramos presentes na planificação do prisma é igual ao número de lados
das suas bases.

[inserir imagens de planificação do cubo, prisma pentagonal e hexagonal]

Planificação do Cilindro

É um sólido geométrico limitado por duas bases, geometricamente iguais e paralelas, de


fronteira curvilínea, e pela superfície lateral fechada que as une.

[inserir imagens de planificação do cilindro]

Planificação do Cone

É um sólido geométrico com uma base circular limitado por uma superfície curva fechada
que termina por um vértice (exemplo funil).

[inserir imagens de planificação do cone]

É sempre importante indicar a altura dos sólidos geométricos antes de fazer a sua
planificação.

Aplicação da planificação de sólidos

Podemos recorrer a planificação de sólidos para produzir diversos objectos úteis para o nosso
dia-a-dia na escola como é o caso de biombos para guardar material escolar, pastas de
arquivo entre outros objectos utilitários, lúdicos e decorativos.

Reciclagem de papel

É o processo de reutilização de papel usado para o fabrico de novo papel ou de objectos.


Atualmente, a falta de local para depositar o lixo produzido pela população é um problema
mundial. Boa parte do lixo mundial é composto pelo papel, reciclá-lo pode contribuir para:

 Redução da incidência de desflorestamento para a produção do papel;


 Diminuição da poluição do solo;
 Diminuição da poluição de lençóis freáticos;
 Diminuição do valor comercial do papel;
 Redução do volume de lixo descartado.

Tipos de papéis reciclados

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De uma forma geral, existem os papéis que podem ser reciclados e os papéis que não podem
ser reciclados:

Papéis recicláveis: papel de jornais ou revistas, envelopes ou cartolinas, cadernos, papéis


utilizados para impressões ou cópias (Offset) listas telefônicas, caixas de papelão e
embalagens;

Papéis não recicláveis: papel higiénico, metalizados e plastificados, por exemplo o papel
utilizado no cigarro etc.

Pasta de papel

Com a pasta de papel é possível fazer vários objectos decorativos e utilitários como cabeças
de fantoches, enfeites, bonecos com íman para enfeitar o frigorífico, material didáctico, etc.
Veja como se desenvolve a actividade passo-a-passo:
1o – Recicle o papel já utilizado e corte pedacinhos de papel e cartão (de embalagens
fininhas) para dentro de um recipiente;
2o – Junte água quente e deixe de molho até o papel se desfazer. (Se houver ainda pedaços
muito grandes deverá triturar);
3o – Com a mão, retire o papel amolecido para dentro de um pano. Aperte bem o pano para
que toda a água saia;
4o – Filtre a água do recipiente com uma rede fina, aproveitando-se assim todos os
pedacinhos de papel;
5o – Coloque a massa de papel num recipiente e junte um pouco de cola de madeira (branca).
Amasse bem e utilize de imediato.
Para obter uma superfície mais macia e um acabamento mais perfeito nos seus trabalhos com
pasta de papel, depois de moldada, mas ainda húmida, cubra a pasta de papel com um pouco
de pó de gesso.
Estratégias de ensino sobre o papel
Caro professor, para o ensino desta unidade terá de utilizar metodologias activas que
estimulam a criatividade dos alunos atendendo que eles apenas precisam de uma motivação
constante e encararem o mundo sob o seu ponto de vista de acordo com a sua faixa etária e
etapas gráficas que atravessam.
Neste contexto, é sempre primordial usar a elaboração conjunta e suas variadas técnicas para
capitalizar o conhecimento e habilidades prévias dos alunos, bastando para tal transformar
cada momento de ensino e aprendizagem numa oportunidade dos alunos exporem as suas

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ideias e experiencias sobre o tema em questão por exemplo, podemos falar e fazer barcos de
papel, aviões e outros objectos que os alunos já conhecem através das técnicas de trabalho
com o papel.
É imperioso que aumente o nível de exigência dos trabalhos a medida que os alunos vão
consolidando os seus conhecimentos e habilidades sobre o tema em questão podendo
começar com exercícios simples e aumentando gradualmente a sua complexidade.
Pode recorrer a técnica demonstrativa durante a explanação dos conteúdos e representar todos
os exemplos sobre a planificação dos sólidos geométricos tanto no quadro, papel e na sua
construção em 3D.
No tocante a pasta de papel deve-se lembrar os conceitos sobre moldagem e modelagem
destacando sempre a importância da reciclagem do papel na preservação do meio ambiente.

1. Planifique e medeia uma aula prática de planificação de uma pirâmide pentagonal, e


faça análise reflexiva juntamente com seus colegas. (não se esqueça de gravar vídeos e
tirar fotos e preencher as fichas correspondentes a análise reflexiva de aula).
2. Faça a planificação e construção dos seguintes sólidos geométricos: Prisma
pentagonal, pirâmide triangular, cilindro e cone de revolução. (considere o raio da
circunferência igual a 5cm.
3. Que estratégias, pode utilizar no ensino sobre o papel.

Leia atentamente o texto, e faça pesquisa complementares para poder realizar as actividades
propostas acima.

Na unidade temática que termina, fizemos uma visão resumida da origem e propriedades do
papel e a técnicas usadas para trabalhar com o papel onde se destaca o recorte, picotagem,
colagem e dobragem, mosaico de papel, planificação de sólidos e produção da pasta de papel.

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Sendo que a crescente produção do papel, levanta um novo problema, relacionado com a
conservação do meio ambiente, a reciclagem do papel torna-se numa das formas inteligentes
de minimizar este problema.
São necessários uma série de cuidados no trabalho, como, a selecção criteriosa do papel a
reciclar, a trituração completa do papel, a adição da cola de madeira, a secagem e a decoração
das peças.

1. O que é papel e qual é a sua origem?


2. Quais são as propriedades do papel? Descreve-as.
3. Explique as técnicas de transformação de transformação do papel.
4. O que é um mosaico de papel? Como produzi-lo?
5. O que é planificação de sólidos?
6. O que entende por reciclagem do papel?
a) Que importância tem isso?
7. Que cuidados deverão ser observados antes de reciclar o papel?
8. Descreva as etapas da produção da pasta de papel.

Estimado professor com base na leitura do texto disposto nesta unidade e em pesquisas
adicionais na internet e em outras fontes bibliográficas para além das sugeridas na
bibliografia, poderá resolver as actividades acima propostas.

Mazive, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse, pag.55-62.
Longman 2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse,
pag.57-63. Longman 2012.

42
ZANDAMELA, André Justino e NGOVENE, Lídia Ismael . O saber das Mãos – Livro do
aluno, Ofícios 5aClasse, pag.22-28. Longman 2005.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
ALMEIDA, Luís e HELENA, Veloso. Aprendendo Fazendo – Livro do professor, Ofícios 1a
e 2aClasse. Plural Editores 2004.

Unidade no 4

Têxteis

Duração da Unidade: 6 Horas

Introdução da Unidade Temática


Caro professor é por si conhecido que desde os tempos primitivos os têxteis fazem parte do
quotidiano do homem, que combinava fibras para criar superfícies flexíveis na produção de
utensílios, bem como na proteção do corpo. Ou seja, em suas actividades recolectoras, caça,
entre outras, o homem usava diferentes tipos de fibras para produzir vestuário, objectos e
instrumentos essenciais para a prática dessas actividades, adorno e a sua sobrevivência.

Nesta unidade temática, falaremos dos têxteis, sua origem, natureza e propriedades,
abordaremos sobre as actividades desenvolvidas com base nos materiais ou fibras têxteis nas
quais destacaremos: A tecelagem, tapeçaria, bordado, cestaria, e curtume.

1. Faz trabalhos de tecelagem com diversos materiais naturais como algodão, sisal,
palha, folhas de palmeiras, entre outros;
2. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
3. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;

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Lição no 1

Origem e propriedade dos têxteis

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição
A origem dos têxteis tem-se confundido com a origem da humanidade porque desde os
tempos remotos o homem sentiu a necessidade, de cobrir seu corpo, de se aquecer ou
construir abrigos para ele e sua família recorrendo a folhas de árvores, pele de animais e
outro tipo de fibras disponíveis na natureza. Nesse contexto, caro professor, nesta lição
abordaremos sobre a origem e propriedade dos materiais têxteis e faremos a sua classificação.

Fibra Têxtil

Entende-se por fibra têxtil ou têxteis a todos elementos ou filamentos finos de origem
química ou natural (natural ou vegetal) cujas características de flexibilidade tornam-lhes
aptos a diferentes usos e aplicações.

Origem das fibras têxteis

Quanto a sua origem os materiais têxteis são constituídos por fios ou fibra têxtil resultante da
transformação de matérias-primas (designada fiação). As primeiras fibras a serem conhecidas
datam de 2000 anos a.C., e eram basicamente de origem vegetal e animal. Hoje podem ser de
origem vegetal, animal, mineral, sintética ou artificial, como indica a tabela que se segue:


Animal Nylon
Seda
Algodão
Terylene
Linho Não
Naturais
Vegetal Juta Naturais
Trevira
Sisal
Ráfia
Dralon
Mineral Amianto

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Fibra têxtil natural: são todas as fibras que já se apresentam prontas na natureza
necessitando apenas alguns processos físicos para transformá-las em fios. Elas estão divididas
em:

 Fibra Têxtil Animal: Seda, lã, lhama, etc.


 Fibra Têxtil Vegetal: Algodão, Linho, Sisal, coco, etc.
 Fibra Têxtil Mineral: Amianto.

Planta de Algodão Planta de Linho Bicho da Seda

Fibra têxtil química: É formada de macromoléculas lineares obtidas através de artifícios ou


sínteses químicas, logo é um grupo de fibras não naturais que englobam as fibras Artificiais e
Sintéticas. É também conhecida como fibra manufaturada, fibra feita pelo homem, tecnofibra
ou man-made-fiber. Elas estão divididas em - Fibra têxtil artificial e Fibra têxtil sintética

Fibra têxtil artificial: são todas as fibras que se apresentam na natureza numa forma não
utilizável. O homem através de artifícios químicos as coloca em condições de uso. Ex:
Viscose, Modal, Cupro, Liocel, Acetato, Triacetato, etc.

Roupa de fibra de acetato Bolsas de fibra de borracha Roupa de fibra de Carbono

Fibra têxtil sintética: As chamadas Fibras Sintéticas não existem na natureza. O homem
através de sínteses químicas as coloca em condições de uso, ou seja, são formadas por
macromoléculas criadas (sintetizadas) pelo homem. Ex: Poliéster, poliamida, polipropileno,
acrílico, elastano, etc.

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Calças e botas de fibra de Fibra de Viscose Fibra de Vidro
Cloreto de Polivinila

Propriedades físicas e mecânicas dos têxteis

Nem todos materiais têxteis têm as mesmas características. As propriedades notáveis dos
materiais têxteis são:

Tenacidade – a capacidade que os têxteis têm de resistir à roptura;

Elasticidade - capacidade de retomar a forma inicial após ser deformado, por exemplo, por
um puxão.

Consistência – capacidade que os materiais têxteis tem de resistir a condições ambientais ao


longo do tempo.

Cor – é o aspecto visual ou a variação da tonalidade que os têxteis apresentam, em relação às


fibras naturais poder-se-á dizer que a cor varia bastante mesmo dentro da mesma espécie,
pois depende do clima, do terreno e de outros fatores climatéricos. Em relação às fibras não
naturais, a cor é determinada pelo processo de fabrico.

Brilho – Capacidade dos têxteis de refletir a luz quanto mais escuras são as fibras, menor é o
brilho (exemplo: fibras naturais – pouco brilho e fibras não naturais – alto brilho).

Espessura – esta propriedade está relacionada com o tamanho da sua sessão transversal.

De uma forma geral, os têxteis são flexíveis (dobram-se ou fazem pregas facilmente), outras
são menos flexíveis, mas não são tão rígidos como placas metálicas ou matérias plásticas
moldadas.

1. Faça uma pesquisa das fibras têxteis mais usadas na sua província ou comunidade.
a) Qual é a origem dessas fibras? Classifique-a
b) Como se prepara o material a ponto de obter a fibra?

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c) Que tipos de objectos são produzidos com essa fibra?

Caro professor para realizar a actividade proposta terá que fazer uma visita aos artesãos da
sua comunidade ou província, fazer entrevista e acompanhar as actividades desencadeadas
pelos artesãos. Para além desta visita terá que fazer pesquisas em outras fontes bibliográficas
e na internet.

Lição no 2

Técnicas de transformação das fibras têxteis - Tecelagem

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

Estimado professor, após o destaque da origem e propriedades dos têxteis, daremos


continuidade, falando sobre as técnicas de trabalho com as fibras têxteis com o principal
enfoque a tecelagem, com o objectivo de trazer alguns conceitos e procedimentos básicos
sobre esta técnica ou actividade durante a produção de tecidos.

Importância dos têxteis

Os têxteis têm funções muito variadas, desde a proteção do nosso corpo (roupa e calçado
etc.), decoração (panos bordados, tapetes decorativos, etc.), revestimento (cortinas e alcatifas
etc.), higiene (esfregonas, panos de limpeza, vassouras etc.), embalagem (sacos, sacolas, etc.)
entre outras aplicações.

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As fibras têxteis podem ser transformadas de acordo com o tipo e finalidade do objecto que
se pretende produzir podendo-se subdividir em 4 técnicas principais que são:

a) Tecelagem

Ao observarmos à nossa volta, veremos que estamos cercados de objectos das mais variadas
formas, de diversos materiais e cores, com as mais diferentes funções. Nesta diversidade,
identificamos um grupo que se apresenta de várias formas, cores, desenhos e funções
diferentes, mas com características em comum, que são os objectos têxteis. Como
característica comum, os tecidos são todos feitos a partir de fibras têxteis, através de métodos
de cruzamento e entrelaçamento.

A tecelagem é uma actividade constituída por um conjunto de operações que se baseiam em


entrelaçar fios ou fibras têxteis para produção de tecidos.

Tipos de teares

O tear é uma ferramenta muito simples, que permite o entrelaçamento de dois conjuntos de
fios. Apesar de existirem vários tipos de tear, de acordo com a peça a ser produzida, o
princípio de funcionamento não mudou desde que foi criado.

Tear Vertical Tear Pregos Tear Industrial ou mecanizado

Princípio de funcionamento

Para se explicar a tecelagem manual e o princípio de funcionamento de um tear, é necessário


o conhecimento prévio dos seguintes conceitos básicos:

Urdidura ou teia: é formada por um conjunto de fios tensos, paralelos e colocados


previamente no sentido do comprimento do tear.

Cabo: é como denominamos cada um dos fios da urdidura.

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Trama: é o segundo conjunto de fios, passados no sentido transversal do tear com auxílio de
uma agulha (também denominada naveta). A trama é passada entre os fios da urdidura, por
uma abertura denominada “cala.”

Cala: abertura entre os cabos ímpares e pares da urdidura, por onde passa a trama.

Pente: Peça básica no tear pente-liço, que permite levantar e abaixar alternadamente os fios
da urdidura, para possibilitar a abertura da cala e posterior passagem da trama.

A urdidura é colocada através do pente, passando-se os cabos alternadamente entre as fendas


e furos existentes no mesmo, sendo os mesmos mantidos com uma tensão constante. O
movimento vertical do pente faz surgir a abertura denominada cala, por onde é passada a
trama, sucessivamente de um lado para outro, com auxílio da naveta, entrelaçando desta
maneira os dois conjuntos de fios. A figura mostra de maneira simples este processo.

Legenda do Processo de tecelagem


a) - Urdidura
b)- Trama
c) - Tecido
d) - Pente
e) - Cala
f) - Naveta com a trama

Assim, a formação de um tecido envolve funções ou fases ou técnicas importantes:


i. Escolher ou construir o tear;
ii. Escolher o padrão;
iii. Escolher as fibras;
iv. Montar a teia (esticar e prender a teia);

1. Escolher ou construir o tear

Selecionar o tipo de tear que vai servir de base para produção do tecido, seja ele circular, ou
rectangular.

2. Escolher o padrão

Significa escolher o modo como devem cruzar os fios de trama e teia para obtermos o tecido
pretendido. Os padrões mais utilizados no trabalho com os têxteis são:

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Cetim – padrão obtido através do cruzamento de cada fio da trama sobre ou sob dois a cinco
fios da urdidura;

Sarja – padrão obtido através do cruzamento de cada fio da trama sobre ou sob dois a três
fios da urdidura;

Tafetá – padrão obtido através do cruzamento alternado dos fios da trama e da urdidura, um
por um, por cima e por baixo;

Tafetá Sarja Cetim

3. Escolher as fibras

Na trama pode utilizar-se vários tipos de materiais como a lã, algodão, sisal, palha, tiras de
tecido, fios ou tiras de plásticos, entre outros. As fibras devem criar uma harmonia e contraste
conforme o projecto do trabalho.

4. Montar a teia (esticar e prender a teia)

Esta operação deve ser executada ao longo da montagem da teia, prendendo-se as pontas da
teia ou pregos já existentes e termina-se fixando o fio ao último prego.

De seguida inicia-se a tecelagem com os passos a seguir:

 A abertura e fecho da cala;

 Inserção da trama;

 Batimento da pente, que consiste em encostar a passagem inserida ao tecido já


produzido.

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1. Com base nos conhecimentos de tecelagem construa teares, de formato rectangular,
quadrangular e circular, produza tecidos com fins ornamentais e utilitários, como
bolsas, carteiras, cestos, gorros, etc.
2. Planifique e medeie uma aula prática sobre a tecelagem sem se esquecer de convidar
seus colegas para a posterior análise reflexiva de aulas. Peça aos colegas que gravem
vídeos e faça fotos.

Prezado professor para concluir a actividade acima proposta terá que fazer pesquisas
adicionais na internet e assistir tutoriais no youtube, ler o texto disposto na lição e nos
manuais de ofícios do ensino primário, usar o programa de ensino e plano analítico para
planificar a aula sem se esquecer de produzir o material didáctico necessário e avisar os
alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.

Lição no 3

Técnicas de transformação das fibras têxteis

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição
Estimado professor, na lição anterior debruçamo-nos sobre uma das técnicas de
transformação de fibras têxteis que é a tecelagem. Agora daremos sequência as essa técnicas
com o cerne na: Tapeçaria, Cestaria e Curtume. Onde serão esclarecidos os procedimentos
aplicados, instrumentos utilizados, materiais usados e objectos produzidos, por último
traremos as estratégias aconselhadas no ensino sobre os têxteis.

b) Tapeçaria

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A tapeçaria é uma arte que remonta à antiguidade, desenvolvida pelos povos orientais e
europeus, inicialmente feita à mão e posteriormente em teares. Hoje em dia a tapeçaria é uma
técnica de resultado muito bonito e diversas aplicações, como almofadas, quadros, panos,
pesos de porta, mini tapetes para apoio de vasos ou telefone, enfim muita coisa além dos
tapetes tradicionais.

A tapeçaria surge como complemento directo da tecelagem e dedica-se simplesmente a


produção de tapetes e subdivide-se em dois grandes grupos que são:

Tapeçaria Tecida – teve a sua origem na tecelagem, por se recorrer a técnicas similares na
sua execução, distinguindo-se apenas pelo facto de, na tecelagem, a trama cobrir todos os fios
da tela na totalidade repetidamente, enquanto que na tapeçaria tecida a trama cobre apenas os
fios da teia do desenho previamente feito na tela. Além disto a tecelagem pode ter várias
aplicações e a tapeçaria tecida, em princípio tem apenas a função decorativa. Por sua vez a
tapeçaria tecida subdivide-se em tapeçaria de trama livre e de rya.

Tapete tecido Tecendo o tapete

Tapeçaria Bordada - é aquela que para a sua execução recorre-se a telas (fundo ou tecidos
em que o tapete é trabalhado cuja malha permite a passagem da agulha e das fibras têxteis). O
trabalho de tapeçaria é habitualmente realizado sobre tecidos de seda, podendo porém, ser
realizado também em outros tecidos. Contudo, é necessário preparar materiais como pente,
tesoura, naveta e uma variedade de agulhas (entre elas agulhas de tapeçaria, gancho-agulha,
“fada do lar” e “esmirna”) que possam permitir introduzir e puxar a linha de qualquer das
superfícies do tecido a bordar.

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Variedades de tapetes bordados

c) Cestaria

A cestaria é uma actividade que acompanha o Homem desde a antiguidade, no fabrico de


objectos para responder a funções práticas exigidas no dia-a-dia das suas actividades. Os
materiais usados variam desde palha, folhas de palmeira e outras árvores. Com o decorrer dos
tempos, as formas criadas (inicialmente simples) ganharam notável evolução da sua
complexidade para responder a novas funções.
Em Moçambique, os artesãos enveredam por manifestações mistas, nas quais tentam manter
os traços característicos do local, ao mesmo tempo que tentam satisfazer os variadíssimos
gostos da clientela. Isto faz com que a cestaria produza peças com formas, tamanhos e
funções diferentes das originais, embora continuem algumas linhas características de um
conservadorismo.

Alguns dos produtos da cestaria

À semelhança da tecelagem, a cestaria tem como base o entrelaçamento de tiras (neste caso
de palha, de folhas de palmeira ou outro material preparado para o efeito). Geralmente,
enquanto se faz a tecelagem, simultaneamente se vai dando a configuração desejada do
objecto final. Contudo, um olhar atento à superfície do objecto, pode dar a ideia da malha
básica usada na construção do objecto.

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Pormenor de duas malhas estruturais usadas em cestaria
d) Curtume

Em geral, curtume é o processo de tratamento de peles de animais para obtenção do couro


cru de modo a torná-lo ajustável e utilizável na indústria. Os curtumes podem ser também
vegetais ou minerais. Os processos de um curtume, vão além do curtimento propriamente
dito, e em geral seguem as seguintes etapas:
1ª - Salga: momento de colocação do sal, que permite a conservação do couro;
2ª - Remolho: etapa de retirada do sal para dar início à transformação de pele em couro;
3ª - Depilação: momento em que se dissolvem os pelos utilizando derivados de enxofre;
4ª - Caleiro: momento de adição de cal hidratada para provocar o intumescimento das peles, a
fim de promover a limpeza entre as fibras, permitindo que os próximos processos tenham
maior eficácia;
5ª - Desencalagem: etapa em que se retira a cal hidratada;
6ª - Acidificação e Curtimento: momento em que se adicionam aos couros uma quantidade
de ácidos inorgânicos para acertar o ph das peles e iniciar o curtimento.
O couro pode apresentar alguns defeitos, que podem ter diferentes origens: uns são formados
durante a vida do animal, outros durante a esfola e a conservação ou ainda no processamento
das peles em couro. Quando pronto, este produto pode ser usado para o fabrico de muitos
produtos, como cintos, pastas, calçado, carteiras, etc.

O couro e exemplos de sua aplicação (calçado e pasta)

Estratégias de ensino dos têxteis

Caro cursista, a aprendizagem sobre os têxteis deve, lhe despertar a curiosidade e constituir
um momento de aperfeiçoamento das suas habilidades como professor por primeiro realizar
visitas de estudo de forma individual nas oficinas e ateliers dos artesãos, ou numa fábrica

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têxtil caso exista na sua província e comunidades com o objectivo de aprofundar seus
conhecimentos sobre o conteúdo do tema em estudo, e a posterior pode levar seus alunos para
esses locais que acabamos de citar.

É pertinente que nas aulas práticas cada aluno prepare se próprio material para facilitar a
gestão do tempo na lecionacão. É importante que use metodologias que permitam que o aluno
se expresse e exponha as suas ideias durante aulas, a título de exemplo, a elaboração conjunta
com recurso a técnicas como cadeia de falar, perguntas e respostas e outras que julgar
pertinente.

Durante as aulas práticas deve potenciar o trabalho em grupo para facilitar que os alunos se
apoiem entre si nas actividades podendo também orientar o trabalho independente caso a aula
justifique. Com recurso a técnica demonstrativa do método expositivo pode executar algumas
técnicas juntamente com os alunos para que eles ganhem, conhecimentos, habilidades e
atitudes sobre os têxteis. Neste tipo de aula pode convidar um artesão habilidoso da
comunidade ou potenciar visitas de estudo nas oficinas e ateliers disponíveis na comunidade,
e lembre-se sempre de orientar trabalhos para casa, para que o aluno desenvolva e aprimore
as suas habilidades e os seus conhecimentos obedecendo o princípio do mais fácil ao difícil.

Depois da produção dos objectos com recurso a fibras têxteis, faça a exposição dos trabalhos
feitos e permita que cada aluno explique que procedimentos foram utilizados na produção dos
mesmos.

1. Planifique e lecione uma aula sobre a tapeçaria, junto com seus colegas da escola e
façam a análise reflexiva de aulas sem se esquecer de gravar vídeos e fotos.
2. Faça uma pesquisa de actividades de tapeçaria, cestaria e bordado na comunidade e
redija um relatório descritivo dos materiais usados, técnicas aplicadas, instrumentos
utilizados, objectos produzidos.
3. Produza um tapete para a entrada com base em tiras de tecido e saco de arroz.
4. Faça um cesto, utilizando qualquer fibra têxtil a sua escolha.

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Prezado professor para concluir a actividade acima proposta terá que fazer pesquisas
adicionais na internet e assistir tutoriais no youtube, ler o texto disposto na lição e nos
manuais de ofícios do ensino primário, use o programa de ensino e plano analítico para
planificar a aula sem se esquecer de produzir o material didáctico necessário e avisar os
alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.

Na unidade temática que termina, abordamos os têxteis. Foi avançado um conceito de têxteis
como materiais e como procedimentos/técnicas que consistem em entrelaçar tiras para
produção de tecidos. Foram ainda apontadas diferentes origens das fibras têxteis.
As técnicas arroladas durante a unidade foram a tecelagem, a tapeçaria, a cestaria e o
curtume. Em cada técnica, foram explicados os procedimentos e avançados alguns exemplos
ilustrativos dos produtos resultantes.

Entender a Tapeçaria enquanto pensamento e linguagem artística específica, visando a


aproximação ao paradigma tecnológico da disciplina enquanto “língua de tradição artística”
implica equacionar num contexto histórico técnicas e materiais do âmbito da tecelagem e da
tapeçaria numa perspectiva contemporânea.

Aquisição do conhecimento básico dos têxteis, que permita compreender, descodificar e


identificar instrumentos, materiais e processos que facilitem a fundamentação e concretização
das experiências e projectos a desenvolver. Aquisição de competências nos domínios:
artístico, técnico e científico, consolidadas através de um conjunto de exercícios
estruturantes.

Por fim, abordou-se o curtume, um processo de transformação das peles e outros produtos
(vegetais e minerais) em couro cru. Foram arroladas as etapas de produção e a aplicação do
couro nos dias de hoje.

5. Indique duas fibras de origem animal, vegetal e não naturais.


6. Explique o conceito e o procedimento básico da tecelagem.
7. Aponte os materiais básicos usados na tecelagem.

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8. Explique o conceito de tapeçaria.
9. Indique e diferencie os tipos de tapeçaria que conhece.
10. Explique o conceito de cestaria.
11. Indique as diferentes aplicações da cestaria.
12. Explique o conceito de curtume.
13. Identifique e explique as etapas de curtume.
14. Aponte exemplos de aplicação de couro.

Caro professor para concluir a actividade acima proposta terá que fazer pesquisas adicionais
na internet e assistir tutoriais no youtube, ler o texto disposto nas lição e nos manuais de
ofícios do ensino primário.

Brito, Carlos. Trabalhos Manuais – 6a Ano. Texto editora 1992.


Mazive, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse. Longman 2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse.
Longman 2012.
ZANDAMELA, André Justino e NGOVENE, Lídia Ismael . O saber das Mãos – Livro do
aluno, Ofícios 5aClasse. Longman 2005.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
http://www.scribd.com/doc/55255135/57/Propriedades-e-caracteristicas-da-la consultado no
dia 02 de Dezembro de 2018

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Unidade no 5

Costura

Duração da Unidade: 4 Horas

Introdução da Unidade Temática


A costura é uma arte milenar que acompanha o homem desde os tempos primitivos em que
dedicava-se a actividades como caça e recoleçcão, preocupava-se com a sua proteção contra
as mudanças climáticas. Estimado professor nesta unidade vamos aprender sobre o processo
da costura de roupas e outros objectos na base de retalhos localmente encontrados, desde do
algodão, linho, seda entre outros para lhe habilitar a confeccionar peças do vestuário (calça,
camisa, vestido, etc.).

1. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e


ofícios;
2. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
3. Faz moldes e produz peças simples de vestuário.

Lição no 1

Introdução à costura

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

A costura surge na necessidade do homem proteger o seu corpo contra o frio, primeiramente
o homem costurava peles de animais para se adornar, actualmente o processo de costura

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evoluiu consideravelmente desde os tempos primitivos, nos dias de hoje existem escolas
especializadas em formar estilistas e profissionais da moda, nesta lição traremos o conceito
costura, pontos de costura, moldes simples, materiais e procedimentos usados.

Conceito costura

Costura é o acto ou efeito de coser ou seja a profissão de coser.

Materiais e instrumentos de costura

No processo de costura é imprescindível usar materiais tais como: Agulhas, linhas, tesouras,
cartolinas, retalhos de tecido, papel, cola ou fita adesiva, lápis de cor, réguas e esquadros.

[inserir imagens de materiais de costura]

Pontos de costura

Para iniciar a aprendizagem desta arte é necessário ter alguns conhecimentos de pontos
usados para costura apenas falaremos de dois pontos e sendo assim o estimado professor deve
fazer pesquisas sobre os pontos de costura e alinhavo.

Ponto de alinhamento ou de alinhavar

É um ponto largo e provisório, serve para marcar a roupa e as formas pretendidas antes de
coser definitivamente.

Ponto de remate

É o ponto que é usado para reforçar e prender a costura para não desmanchar.

[inserir imagens de pontos de costura]

Moldes simples de vestuário

Os moldes de papel para roupas são cortados de maneira a adaptarem-se a uma série de
tamanhos, com proporções e medidas do manequim. É necessário fazer uns acréscimos nas
medidas para permitir maior liberdade de movimentos durante a costura.

Para mostrar como fazer moldes é fácil e deixar tudo bem explicado montamos um passo a
passo.

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1º Você vai escolher o molde que quiser no manual. Então é só fixar o molde em miniatura
(com a ajuda de um alfinete) acima da onde você vai desenhá-lo;

2º Agora é tirar medidas de busto e quadril da pessoa que você irá fazer o molde. Se quiser
criar um molde em tamanhos comuns, leve em consideração as medidas;

3º Pegue a fita métrica procure as linhas retas que saem do molde e coloque a fita em cima de
cada uma, marcando com um ponto correspondente para cada medida. Assim você irá
começar a fazer os pontos do molde de acordo com o modelo reduzido. Sempre será um
ponto para cada linha;

4º Após obter os pontos você deve utilizar as réguas (de alfaiate e de designer) para juntá-los.
É só ligar conforme a miniatura.

[inserir imagens de moldes simples de vestuário]

Confecção de vestuário

Para confeccionar uma roupassem defeitos, é necessário observar algumas regras que
favorecem e simplificam o trabalho:

a) Escolha o modelo;
b) Escolha o tecido;
c) Tome medidas e corte os moldes em papel;
d) Passe o molde para o tecido;
e) Inicie as costuras;
f) Prove a roupa.

Escolha do modelo

A escolha do modelo é muito importante, muitas pessoas geralmente compram o tecido para
depois escolherem o modelo o que não é recomendável porque existem tecidos que não se
adequam a alguns modelos de roupa.

Escolha o tecido

O tecido deve ser escolhido de acordo com o modelo da roupa que se pretende costurar.

[inserir imagens de diferentes tipos de tecido]

Tome medidas e corte os moldes em papel

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A tomada de medidas deve ser cuidadosa, para evitar surpresas indesejáveis na hora da prova
e deve ser feita primariamente com recursos a moldes para facilitar o trabalho.

[inserir imagens de moldes de roupas femininas e masculinas]

Passe o molde para o tecido

É aconselhável sempre cortar o molde de papel e de seguida transportá-lo para o tecido.


Antes deve verificar se as medidas estão corretas antes de efectuar o corte do tecido.

[inserir imagens do alfaiate passando moldes para o tecido]

Inicie as costuras

Depois de cortar o tecido com margens de 2cm para costura e 5cm para bainhas. Ao iniciar as
costuras definitivas obedeça uma certa ordem na montagem das diversas peças do molde.

Prove a roupa

A prova é fundamental em costura, sem ela é impossível ver se a roupa está bem ajustada.
Por isso ela deve ser correcta, cuidadosa e repetida várias vezes que forem necessárias.

Pregar botões e passajar

O botão tem a função de permitir abrir e fechar, pode também desempenhar a função
decorativa, quando colocado com objectivo de embelezar.

Como pregar o botão

Para pregar o botão precisamos de marcar distâncias iguais em relação à casa do botão, que é
o furo ode o botão entra para fechar ou abrir.

Depois da marcação das distâncias, prega-se os botões, usando uma agulha manual ou
máquina de costura.

[inserir imagens de como pregar botões]

Passajar – é dar passagens ou pontos a roupa, para a consertar.

Poe exemplo, se a tua roupa se rasgar ou desgastar-se numa parte, arranje um pedaço de
tecido com uma cor igual à da roupa e coloque por dentro do lugar por consertar e passajar.

[inserir imagens de roupa passajada]

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1. Faça uma visita a uma alfaiataria para a aprender a coser as costuras em ponto de
máquina.
2. Coloque botões em uma peça de vestuário.
3. Escolha uma peça de roupa rasgada para passajar buracos.
4. Usando os conhecimentos desta lição confeccione uma peça de vestuário a sua
escolha.
5. Elabore um trabalho de pesquisa sobre os pontos de costura e faça uma pequena
experiência num pedaço de tecido.

Estimado professor nas actividades propostas grave vídeo tutoriais e fotos, para apresentá-los
a posterior ao tutor do seu núcleo.

Prezado professor, para concretizar esta actividade terá de fazer uma leitura prévia do texto
disposto na lição e fazer pesquisas adicionais bem como assistir tutoriais do youtube sobre a
costura.

Lição no 2

Costura – Colocação de elástico e zipe

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

Caro professor depois de abordar sobre o conceito e pontos usado na costura, bem como
alguns materiais e procedimentos básicos usados neste ramo. Daremos seguimento falando da

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colocação de elástico e zipe e debruçaremos sobre o bordado e por fim das estratégias usadas
no ensino de costura.

Colocar elásticos e pregar zipe

Há duas maneiras de colocar o elástico: colocar o elástico sem coser por cima dele e colocar
o elástico cosendo por cima dele.

Colocar o elástico sem coser por cima

Passos a seguir:

1. Começa por tirar a medida desejada e junta a cosendo.


2. Depois de medir o elástico, ligar o elástico cose-se com a máquina de costura ou à
mão.
3. Em seguida coloca no lugar desejado e cose-se sem passar por cima do elástico.

Colocar o elástico cosendo por cima do elástico

Começa-se por tirar a medida do elástico desejado. Pode-se ligar ou não dependendo do lugar
onde se pretende colocar o elástico.

Em seguida pode-se colocar o elástico por dentro do tecido ou por fora e cose-se co elástico
esticado, passando por cima dele.

Podes repetir as costuras três ou quatro vezes dependendo da largura do tecido e do elástico.

[inserir imagens de colocação de elástico, siga as dicas do livro de ofícios da 7classe]

Pregar o zipe

O zipe é colocado em vários em vários lugares na nossa roupa e em alguns objectos


utilitários. Mas desta vez vais aprender apenas a pregar o zipe. Numa saia e mais tarde
poderás usar esta habilidade noutras situações.

Passos a seguir

Junta as duas peças onde pretende pregar o zipe, e deixa o espaço para colocar o zipe. Depois
cose-se cada lado do zipe à um lado do pano. A cabeça do zipe deve estar em cima.

[inserir imagens de passos para pregar o zip veja o livro de ofícios da 7classe]

Bordado

Os bordados podem ser: de fios contados (pontos de tamanho uniforme), com relevos
(enchimento de espuma de nylon) e trapologia/patchwork (aplicação de pedaços de pano com

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cores diferentes e contornados à mão ou à máquina com ponto de zig-zag). Os pontos do
bordado podem ser: meio ponto, alinhavo, ponto cruz, ponto cadeia, ponto pé de flor, ponto
lançado, ponto de recorte, ponto Bolonha e ponto de nó.

Variedades de bordados (em fios contados, com relevo e em trapologia

Estratégias para o ensino da costura

Faça uma aula experimental com os alunos, porque você precisa dar uma atenção maior para
eles. Disponha os alunos em grupos menores e heterogéneos ou seja, compostos por meninas
e rapazes (quanto menor o numero de grupo, mais fácil para você).

O interesse pela costura é maior entre as meninas, mas meninos também podem, e eles
também são concentrados e caprichosos e tem várias peças que eles podem fazer para usar,
então, sem preconceitos.

Na primeira aula, prepare exercícios de costura reta, ensine o caminho da linha na máquina
ou a mão, retrocesso, e dê dicas de segurança, não coloque medo nas crianças, apenas mostre
que a costura, embora divertida, não é brincadeira, que é preciso tomar certos cuidados para
não se machucar.

Prepare aulas práticas e rápidas, apenas com costuras retas, pelo menos no começo.

As crianças se distraem e perdem o interesse com facilidade, ver uma peça tomando forma,
ajuda a manter a concentração para terminar logo, e aulas muito longas são cansativas, então,
atenção ao tempo das aulas.

Risque a peça no tecido e ensine a cortar na linha riscada, mas se quiser ganhar tempo, deixe
tudo cortado.

Quando o aluno estiver com dificuldade em costurar uma peça, risque onde ele deve costurar,
é mais fácil seguir a linha, e se estiver chegando no fim da aula e ela já estiver cansada, ajude
a terminar.

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Deixe as crianças escolherem a combinação de tecidos, e se precisar, mostre opções que
combinem melhor e mostre o porque, mostre os tecidos do lado e peça a opinião, afinal, você
pode dar dicas, mas quem manda e escolhe é ela, e sempre dê dicas de como combinar.

Não exija tanto das crianças, o objetivo delas na aula é se divertir, mostre sempre no que
pode melhorar, mas mostre que a concentração e capricho é fundamental, tudo na vida é
treino e a cada peça, você vai notar essa evolução.

Ensine peças que os alunos usam no dia-a-dia, e mostre como é importante eles usarem suas
peças, incentive-os a mostrarem suas peças e a falarem das suas costuras para todo mundo
que tiverem oportunidade, incentive a tirar fotos e postar dependendo do contexto social e
económico dos alunos, ensine desde cedo que dá para ganhar dinheiro com algo que eles
sentem prazer em fazer.

Ensine muito mais que costurar, ensine seus alunos a amarem a costura, você vai fazer
parte da história dos seus alunos, o que pode ser inesquecível para eles.

Comemore sempre todas as costuras feitas e ensine seus alunos a comemorem a cada peça
pronta, a cada evolução, não despreze pequenas evoluções, toda evolução seja no que for e
na idade que for, merece ser celebrada!

Tire fotos dos alunos, das peças prontas e seja sempre agradecida pela oportunidade de poder
ensinar e passar para frente esta arte tão maravilhosa e se divirta muito.

No fim, vai perceber que pode aprender muito mais com os alunos do que eles com você,
afinal, as crianças tem um jeito muito especial em ensinar lições para descomplicar a vida,
perceba, nos pequenos gestos!

É prático organizar uma visita de estudo com seus alunos para uma alfaiataria ou convidar o
alfaiate para escola. Desta forma a aprendizagem pode ser mais motivadora.

O material didáctico é imprescindível nas aulas práticas e isso não foge a unidade temática
costura. (Agulhas, linhas, tesouras, cartolinas, retalhos de tecido, papel, cola ou fita adesiva,
lápis de cor, réguas e esquadros).

1. Faça uma colcha, lençol ou cobertor, juntando pedaços de tecidos (patchwork)


2. Coloque um elástico numa saia ou num calção.

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3. Manualmente ou à máquina coloque zipes em pequenas bolsas, saias ou calções.
4. Planifique e leccione uma aula prática sobre a costura e inclua os seus colegas para a
posterior fazerem a análise reflexiva da aula sem se esquecer de gravar vídeos e fotos
sobre a aula.

Estimado professor leia o texto disposto na lição e nos manuais de ofícios do ensino primário
faça pesquisas adicionais na internet e assistia tutoriais no youtube, e para planificar a aula
proposta use o programa de ensino e plano analítico, produza o material didáctico necessário
e avise seus alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.

Finda a unidade costura, apresentamos os conceitos básicos nesta actividade, bem como
falamos dos procedimentos básicos para confeccionar peças de vestuário respeitando as
medidas do indivíduo. As actividades propostas nesta unidade conduziram o professor a
desenvolver pequenas experiências do como colocar elástico e pregar zipe e botões, além
disso trouxe a abordagem de conteúdos interessantes como o bordado e patchwork, que são
actividades ligadas à costura e ao reaproveitamento de retalhos de tecido para confeccionar
mantas, lençóis e diferentes peças de vestuário que podem ser decoradas aplicando diferentes
pontos de costura usados no bordado.

1. O que é costura e qual é a sua origem?


2. Que tipos de materiais são usados na costura?
3. Quais são os passos ou procedimentos usados na confecção de vestuário?
4. O que é um bordado?
5. Quais são os pontos de costura por ti conhecidos? Dê exemplos da sua aplicação.
6. Relacione o molde usado na costura e o molde usado na modelagem.

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Esta actividade de avaliação reflete os conteúdos tratados nas lições abordadas nesta unidade,
por isso, para concretizá-las terá que fazer uma leitura minuciosa do texto apresentado nas
lições bem como se empenhar na resolução das actividades procedentes, fazer pesquisas na
internet, no youtube, ler os manuais do ensino primário sugeridos na bibliografia e outros que
julgar necessários.

MAZIVE, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse. Longman
2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse.
Longman 2012.
ZANDAMELA, André Justino e NGOVENE, Lídia Ismael . O saber das Mãos – Livro do
aluno, Ofícios 5aClasse. Longman 2005.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
https://www.stellahoff.com.br/artigo/aulas-de-costura-para-criancasConsultado no dia 14 de
maio de 2019
http://www.armarinhosweb.com.br/blog/corte-de-ouro/ Consultado no dia 14 de maio de
2019

Unidade no 6

Madeira

Duração da Unidade: 4 Horas

Introdução da Unidade Temática

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Amigo professor é do seu conhecimento que a madeira esteve sempre ao alcance do Homem
desde os tempos mais antigos. Foi um dos primeiros materiais utilizados pelo Homem, tendo
como principais funções: potenciar a defesa como arma utensílio para expulsar animais, se
aquecer, cozinhar, iluminar, erguer abrigos, construir jangadas e barcos, etc. A evolução
científico-tecnológica trouxe novas matérias-primas, mas a madeira e seus derivados
continuam a ser muito usados.
Nesta unidade temática, será abordada a madeira e, nela serão tratados a origem e
propriedades da madeira, as técnicas de transformação da madeira e as principais ferramentas
usadas no trabalho com a madeira.

1. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e


ofícios;
2. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
3. Aproveita desperdícios de madeira e de metais para construir objectos lúdicos simples
e utilitários;

Lição no 1

Origem e propriedades da madeira

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

Caro professor visto a madeira ser um elemento fundamental no dia dia do Homem, a lição
que acabamos de iniciar falará sobre a madeira onde iremos destacar a origem e propriedades
da madeira, tipos de madeira e seus derivados com o objectivo de lhe dar subsídios que irao
cimentar os seus conhecimentos que poderão ser úteis a posterior quando estiver a lecionar
este conteúdo aos seus alunos.

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Origem e propriedades da madeira

A madeira é uma substância sólida compacta e dura que deriva da raiz, tronco ou ramos das
árvores. As árvores que fornecem a madeira dividem-se em dois grandes grupos:

 Resinosas ou coníferas - possuem resina e os frutos são em forma de cone ou pinha e


geralmente a sua folhagem é persistente.

 Folhosas ou de folha caduca – perdem a folhagem periodicamente.

As florestas são as principais fornecedoras de madeira. As plantas das árvores fornecedoras


de madeira desempenham um papel fundamental na vida e bem-estar humano pelos seus
benefícios, desde a de protector e regulador do clima, fixador de solos, fonte inesgotável de
oxigénio que respiramos e acumulador de água. Por estes motivos é nossa obrigação repor as
árvores que abatemos.

A madeira é um excelente material de construção porque resiste à tracçao, compressão,


flexão, torção e choque.

Propriedades da madeira

As propriedades da madeira dividem-se em físicas, mecânicas e químicas.

Propriedades físicas

Cor – as madeiras apresentam as mais variadas cores. Ex: pinho – amarelo claro

Cheiro – as madeiras podem apresentar um cheiro ou perfume característico. Ex: pau-rosa.

Grau de humidade – a madeira contém uma percentagem de água que se chama grau ou teor
de humidade. Conforme diminui o teor de humidade, também diminuem as suas dimensões.

Densidade – As madeiras classificam-se de acordo com a sua densidade, em: Pesadas (ex:
pau-ferro e ébano), leves (ex: acácia, balsa) e muito leves (ex: choupo e tília).

Peso específico – chama-se peso específico de uma substância ao peso da unidade de volume
dessa substância.

Durabilidade – resistência que as madeiras apresentam à acção dos organismos destruidores


(fungos, bolores, insectos). A durabilidade das madeiras depende do tratamento a que forem

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sujeitas, do grau de humidade e da aplicação adequada. Ex: o castanho e o carvalho são
madeiras muito duráveis.

Propriedades mecânicas

Dureza – é a resistência que a madeira oferece à penetração de um prego ou outros materiais.


A madeira pode ser: - Dura, macia e muito macia.

Resistência à tracção – quando uma peça de madeira sofre forças opostas que tendem a
aumentar-lhe o comprimento.

Resistência à compressão – quando uma peça de madeira está submetida a um esforço de


compreensão, quando sobre ela actuam forças que tendem a diminui-lhe o comprimento.

Resistência à flexão – quando sobre uma peça de madeira actuam forças que tendem a
encurvá-la.

Resistência ao choque – capacidade da madeira resistir aos choques sem apresentarem


roturas.

Resistência ao corte – uma peça de madeira está sujeita ao corte quando sobre ela actuam
duas forças em sentido contrário, que tendem a separar a peça em duas partes. A madeira
resiste muito melhor a um esforço de corte perpendicular às fibras, do que paralelo a estas.

[Inserir imagens resumo das propriedades Físicas]

Propriedades químicas

As paredes das células lenhosas são constituídas essencialmente por celulose e lenhina. A
celulose é um hidrato de carbono ou polímero que constitui a base dos tecidos vegetais e
principalmente as paredes das células e das fibras. A lenhina tem o papel de um cimento
envolvente das cadeias da celulose, aptas para resistirem a esforços mecânicos, mas
extremamente sensíveis a flutuações de humidade ou seja, é um polímero encontrado nas
plantas cuja função é de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência.

Tipos de madeira

Em Moçambique as zonas que tem madeira em abundância são as províncias de Sofala,


Manica, Nampula, Zambézia e Niassa e as árvores mais exploradas para o fabrico da madeira
são: o pinho, a umbila, a chanfuta, o jambirre e o eucalipto. Porém, existem outras árvores
que igualmente produzem madeira de boa qualidade, tais como o pau-preto, o pau-rosa, o

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carvalho, o plátano, a faia, o sobreiro, a nogueira, o mogno, pau-ferro, simbir, coqueiro,
dentre outras.

[Inserir o mapa florestal de moçambique com a sua respectiva legenda e alguns tipos de
madeira]

Extracção e preparação da madeira

O abate das árvores é geralmente feito usando a moto-serra e a parte do tronco que se
aproveita é o interior, de forma a responder aos vários fins a que ela se destina: tábuas, ripas
ou barrotes.

Aplicações da madeira e seus derivados

A madeira é utilizada como combustível (lenhas) e como matéria-prima para as indústrias de


celulose e papel, que têm aumentado extraordinariamente de ano para ano.

Existem vários produtos derivados da madeira:

Folheados consistem, basicamente, em folhas de madeira natural, muito finas. Estas folhas
são obtidas de toros de madeira de várias espécies, através de máquinas próprias.

Estes materiais destinam-se ao fabrico e revestimento de mobiliário e à indústria de


contraplacados.

Contraplacados são o produto obtido pela colagem de folhas finas de madeira, umas sobre
as outras.

O número de folhas é impar e estas são sobrepostas som a fibra cruzada, sendo em seguida
coladas e prensadas.

Estas placas são mais baratas que a madeira maciça, aplicam-se na fabricação de mobiliário,
portas e ainda para forrar tectos e paredes.

Aglomerados de madeira são constituídos por fibras ou partículas de madeira, prensadas


juntamente com resina sintética a uma temperatura de cerca de 200º C.

As placas de aglomerado podem ser revestidas na sua superfície com folha de madeira. O
aglomerado é muito utilizado em móveis, revestimentos de tectos, paredes e divisórias.

Cartão prensado (tipo plátex) tem normalmente cor castanha e com espessuras que variam
entre 2mm e 4mm.

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Este material resulta da ligação das fibras celulósicas com resinas sintéticas. É utilizado em
revestimentos e tem pouca durabilidade.

A madeira também é utilizada na indústria de marcenaria para fabricação de móveis, na


carpintaria para construção de diversas estruturas, incluindo navios. A madeira é um dos
materiais mais utilizados em arquitectura e engenharia civil.

1. Fale-nos em poucas palavras da sua experiência no ensino sobre madeira.


2. Mencione os locais que possuem madeira em abundância no nosso país.
3. Indique os principais tipos de madeira e os locais de sua abundância no mapa
florestal.

Estimado professor para realizar as actividades propostas terá pesquisar sobre o mapa
florestal de Moçambique e fazer pesquisas em páginas oficiais do governo e ONG’s. É
imperioso que faça leitura do texto da lição, e por último baseie-se em suas experiências
anteriores na sala de aulas no ensino deste conteúdo, podendo entrevistar os colegas para
partilharem suas experiencias.

Lição no 2

Técnicas de transformação da madeira

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

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Técnicas de transformação da madeira
As principais técnicas envolvidas na transformação da madeira em objectos utilitários e
decorativos serão:
 Medição – determinar a extensão a ser utilizada.
 Traçar (traçagem) - marcar com rigor sobre a madeira, demarcando as zonas a serem
trabalhadas;
 Cortar - separar ou dividir a madeira pelas demarcações feitas. As ferramentas mais
usadas são os serrotes;
 Recortar - é efectuar um corte curvo com o auxílio de uma serra de recortes;
 Furar - será atravessar a madeira com o auxílio de um berbequim e de uma broca;
 Desbastar e limar - consiste em retirar pedaços de madeira utilizando uma plaina ou
uma lima;
 Pregar - será unir peças de madeira através de pregos utilizando um martelo.
 Colar – é a união das peças de madeira de derivadas dela por meio da cola apropriada
(cola branca).

Técnicas de acabamento

A aplicação de determinadas substâncias com a função de proteger e embelezar a madeira,


são designadas por técnicas de acabamento.

 Raspar – consiste em retirar todas as imperfeições deixadas na madeira.


 Lixar – tem por finalidade tornar as faces das peças mais lisas ou polidas e prontas a
receber outros tratamentos (cobertura com tinta, cera ou verniz).
[inserir imagens da raspagem e lixar da madeira]
 Encerar – consiste em aplicar cera sobre a madeira. Com o auxílio de um pano
aplica-se uma camada espessa e com um pano espalhar a cera no sentido dos veios da
madeira.
 Envernizar e pintar – a aplicação de verniz ou tinta sobre a madeira é uma técnica
que pode ser aplicada a pincel. Depois de secar deve-se lixar com uma lixa fina e tornar a
dar uma passagem final com verniz.
[inserir imagens de envernizamento, pintura e polimento da madeira com cerra]
 Pirografia - é a arte de decorar madeira ou outros materiais com marcas de
queimadura resultantes da aplicação controlada de um objeto aquecido ou seja arte de
gravar com fogo.
[inserir imagens de uma madeira pirogravada]
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Ferramentas usadas na transformação da madeira
Na aplicação das diversas técnicas de transformação da madeira, são usadas muitas
ferramentas e utensílios na execução de peças e objectos. Vejamos alguns utensílios e
ferramentas:
 Ferramentas para medir e traçar: escala, metro articulado, fita métrica, esquadro,
graminho metro articulado, suta, compassos (de pontas e de volta), etc;
 Ferramentas de corte: serrotes (de espada ou universal, de ponta, de costas, de traçar, de
rodear, de ferro, de cabelo ou ourives), serra braçal, etc;
 Ferramentas de furar: berbequins eléctricos e manuais, arco de pua, verruma, brocas, etc;
 Ferramentas de desbastar e alisar: limatão triangular, grosa, limas (bastarda, paralela e
quadrada) limatão redondo, grosa redonda, plaina, Guilherme, formão, goivas, escova
para limpar limas, etc;
 Ferramentas de percussão: martelos de orelhas e de pena, maço de madeira, etc;
 Ferramentas auxiliares: pedra de afiar, esmeril, alicates diversos, chaves (de fendas, de
estrela, de bocas e inglesa), grampo de esquadria, grampo simples, etc.

[inserir imagens de ferramentas usadas na transformação da madeira com os seus respectivos


nomes]

Estratégias de ensino de madeira

A madeira é uma matéria-prima presente no quotidiano dos nossos alunos, usando esse
preceito, durante o PEA temos que capitalizar o conhecimento prévio dos nossos alunos sobre
o tema em estudo porque temos muito a aprender deles. Para tal, primeiro, temos que
planificar nossas aulas tendo em conta a madeira mais abundante na comunidade que está
inserido o aluno, para podermos partir dos conhecimentos dos alunos e desenvolver outros
conhecimentos e habilidades sobre o tema. Segundo, para facilitar a interação dos alunos
poderemos recorrer a técnicas de elaboração conjunta ou de trabalho em grupo e conjuga-las
às técnicas do método expositivo como por exemplo a observação, demonstração quando se
tratar de um conteúdo novo para os alunos e outras metodologias que se julgarem necessárias.

Caro professor para tirar máximo proveito nas suas aulas práticas sobre madeira terá que
levar seus alunos a uma oficina de carpintaria, o que vai-lhes aguçar o conhecimento e
aumentar suas habilidades na utilização de ferramentas usadas na transformação da madeira.
Pode pedir que seus alunos selecionem retalhos de madeira, que serão usados na produção de

74
objectos lúdicos, decorativos e utilitários como carinhos, barcos, comboios, vasos, bancos,
letras do alfabeto, números, entre outros objectos.

Durante a execussão das actividades devemos apoiar os alunos mais fracos sem se esquecer
de antes formar grupos heterogéneos e de interajuda que nos ajudaram a controlar as
actividades dos nossos alunos sem retirar a sua espontaneidade.

Lembre-se sempre de chamar a atenção dos alunos em relação ao manuseamento


de instrumentos e ferramentas cortantes ou perfurantes para evitar que eles se machuquem
durante as aulas. Pode-se orientar que os alunos peçam para que seus pais separem uma roupa
adequada a esses tipos de trabalhos para evitar danificar o uniforme escolar. Para além disso,
pode combinar com os gestores da sua escola e com os pais e encarregados de educação sobre
a importância de se realizar essas actividades na escola ou numa oficina de carpintaria como
forma de desenvolver conhecimentos e habilidades dos seus alunos.

1. Com base em pedaços de madeira, construa objectos lúdicos simples (jogo de damas,
dominó, xadrez, brinquedos) e utilitários (bases para panelas, bancos, cadeiras, carteiras e
material didáctico) e faça acabamentos a sua escolha. Faça você mesmo e grave tutoriais
durante a realização da actividade.
2. Desenhe e recorte letras do alfabeto e algarismos numéricos numa chapa unitex.
3. Planifique e lecione uma aula prática sobre técnicas de transformação da madeira,
inclua colegas da sua escola durante a planificação, selecione e produza material
didáctico e grave vídeos e fotos.

Procure explorar no máximo o contacto com as carpintarias, principalmente para aprender a


manusear os vários instrumentos que usará em seus trabalhos, use o programa de ensino e
plano analítico para planificar a aula sem se esquecer de produzir o material didáctico
necessário e avisar os alunos com antecedência para que tragam o seu próprio material.

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Prezado professor é do seu conhecimento que a madeira ocupa um lugar de destaque na
produção de diferentes tipos de objectos, sejam eles utilitários, lúdicos ou decorativos. Nesta
unidade temática, abordamos sobre a origem e propriedades da madeira, as técnicas de
transformação da madeira e as principais ferramentas usadas no trabalho com a madeira.
A madeira passa por um processo de extração e preparação que vai desde o abate da árvore
até a obtenção de tábuas, ripas, barrotes e outros produtos derivados. Aprendemos também
que na produção dos objectos de madeira são aplicadas diversas técnicas, que pressupõe a
utilização de muitas ferramentas e utensílios, tais como ferramentas para medir e traçar, de
desbastar e alisar, de percussão, de furar, de corte e auxiliares.

1. Qual é a origem da madeira?


2. Quais são as propriedades da madeira?
3. Que utilidade tem a madeira e seus derivados?
4. Indique pelo menos três árvores usadas na produção da madeira em Moçambique.
5. Qual a parte dos troncos que se aproveita para fazer madeira? Porque?
6. Enumere e explique as técnicas de transformação da madeira.
7. Indique os derivados da madeira e fale a sua aplicação.
8. Dê exemplos de objectos, utilitários, decorativos e lúdicos produzidos através da
madeira.
9. No trabalho com madeira, as ferramentas são agrupadas segundo suas funções. Para
cada função aprendida aponte pelo menos três ferramentas usadas.
10. Que ferramentas auxiliares são usadas em madeira e qual é a sua função?
11. Quais são as técnicas de acabamento da madeira?

Estimado cursista para concluir os exercícios propostos terá que reservar uma parte do seu
precioso tempo, para efectuar a leitura do texto dispostos nas lições desta unidade e visitar

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uma carpintaria para obter mais conhecimento e experiência sobre as ferramentas e técnicas
usadas na transformação da madeira.

Brito, Carlos. Trabalhos Manuais – 6a Ano. Texto editora 1992.


Mazive, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse. Longman 2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse.
Longman 2012.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.

Unidade no 7

Metais

Duração da Unidade: 4 Horas

Introdução da Unidade Temática


Desde os tempos remotos que o Homem desenvolve várias técnicas de trabalhar com
diferentes matérias-primas para o fabrico dos seus instrumentos de trabalho. Umas das
matérias-primas largamente usadas são os metais.

Primeiramente fundido em processos rudimentares para o fabrico de instrumentos


elementares de caça e agricultura. Actualmente o uso dos metais conheceu uma grande
evolução, motivada pelo desenvolvimento tecnológico da indústria siderúrgica.

Hoje, são muitas as aplicações que os metais têm, tais como: o fabrico de automóveis, de
loiça metálica, de joias, em instalações eléctricas, em canalizações de água, dentre outras.

Nesta unidade temática, serão abordados os metais, nos quais serão arrolados a origem e
propriedade dos metais, as técnicas de transformação de metais e o processo de fundição de
metais.

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1. Demonstra domínio metodológico de Ensino Aprendizagem de Educação Visual e
ofícios;
2. Planifica e medeia o processo de ensino-aprendizagem de modo criativo, reflexivo e
autónomo;
3. Aproveita desperdícios de metais para construir objectos lúdicos simples e utilitários;

Lição no 1

Origem e propriedades dos metais

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição
Desde os tempos primitivos que homem para responder a necessidade de sobrevivência,
descobriu os metais. Primariamente explorava os metais mais abundantes na superfície do
solo e mais tarde com o desenvolvimento e a industrialização a exploração dos metais
conheceu uma reviravolta sem procedentes para diversos usos e aplicações. Amigo cursista
nesta lição falaremos sobre a origem e propriedades físicas e químicas dos metais e aplicação
dos metais, com vista a fortificar seus conhecimentos sobre o tema em alusão

Origem e propriedades dos metais

Os metais são matérias-primas extraídas de minérios que se encontram no subsolo. Para a sua
extracção, são abertas minas que, podem ser no interior da terra ou a céu aberto. O ouro, o
cobre e a prata são os primeiros metais a ser trabalhados pelo homem.

Propriedades Físicas

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Os metais são materiais encontrados na natureza quase sempre em estado sólido, se estiverem
expostos a temperatura ambiente (em torno de 25°C). Apenas o mercúrio (Hg) é encontrado
na forma líquida. Outras características físicas dos metais são:

Cor

É o aspecto visual exterior de qualquer metal, que varia de metal para metal. Possuem cor
característicos, em geral prata, com algumas exceções como o ouro, de cor amarelada, e o
cobre, de cor avermelhada.

Brilho

Os objetos metálicos, quando polidos, apresentam um brilho característico dos metais, por
causa das partículas livres localizados na superfície dos metais que absorvem e irradiam a
luz.

Densidade e peso específico

Razão entre massa do metal e o volume ocupado por ele. Os metais podem ser divididos em
quatro grupos, de acordo com a densidade: leves (alumínio e magnésio), pouco pesados
(zinco, estanho, ferro, cobre, níquel), metais pesados (prata, chumbo, mercúrio) e metais
muito pesados (ouro, platina).

Condutibilidade Térmica e Elétrica

Os metais são constituídos por partículas livres apesar de serem muito resistentes, o que
permite um trânsito rápido de temperatura e calor. É por este motivo que os metais são bons
condutores de calor e temperatura.

Os metais são ótimos condutores de eletricidade, sendo, em razão dessa propriedade, muito
utilizados em fios elétricos.

Esta propriedade dos metais é muito útil em nossas vidas, como por exemplo, aquecer uma
panela de ferro ou conduzir eletricidade até nossas casas.

Resistência

Os metais são tenazes (podem receber forças bruscas sem quebrar), e dispõem de uma boa
resistência mecânica (resistem aos esforços de tracção, flexão, torsão e compressão sem se
deformarem).

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Os metais resistem bastante quando são tracionados com forças que tendem alongar ou torcer
uma barra ou fio metálico. Estas propriedades vêm do fato, de à ligação entre as partículas
que compõe os metais ser muito forte.

Esta propriedade é muito utilizada na construção civil, onde são colocados varões de aço
dentro de uma estrutura de concreto ou betão armado para torná-la mais resistente. Outra
aplicação desta propriedade é vista nos cabos de elevadores.

Ponto de fusão e de ebulição altos

Os metais fundem e fervem em temperaturas geralmente bem elevadas, devido à ligação entre
as partículas que compõe os metais ser muito forte, como mencionado na propriedade
anterior.

Esta propriedade é muito importante, pois é graças a ela que podemos construir caldeiras,
reatores, filamentos de lâmpadas, onde ocorrem aquecimentos intensos.

Maleabilidade e Ductibilidade

Maleabilidade é a capacidade de moldar os metais em lâminas finas, por martelar o metal


aquecido ou passá-lo por cilindros laminadores; e a ductibilidade é a transformação de fios
por fazer o metal passar por furos sob aquecimento. Essas duas propriedades resultam do fato
das partículas que compõe os metais poderem “escorregar” uns sobre os outros.

Propriedades químicas

Oxidação

Esse fenômeno ocorre quando o metal, ou mesmo o aço (com exceção do inoxidável),
interagem com gás oxigênio (O2), principalmente em meio húmido (presença de água).
Geralmente quando os metais oxidam forma-se uma camada superficial que lhes retira a cor e
o brilho. Por exemplo no caso de ferro quando oxida dissemos que está enferrujado. Os
metais que não sofrem este fenómeno químico ou seja inoxidáveis são o crómio e a platina.

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Podem ser combinados e formar ligas metálicas

Alguns metais apresentam a propriedade de formar uma liga metálica, onde não existe
somente um único metal constituindo o material, mas uma mistura de metais, como por
exemplo, o bronze (estanho, Sn e cobre, Cu) e o latão (cobre e zinco, Zn).

As ligas metálicas podem ser classificadas em ligas ferrosas e ligas não ferrosas. As ligas
ferrosas são as que apresentam o ferro (Fe) como constituinte principal. Alguns Exemplos:

Aço: liga de ferro e carbono. Com resistência à tração elevada, pode ser utilizada em peças
que sofrem elevada tração como, por exemplo, em pontes e construções. Apresentam teor de
carbono abaixo de 1%.

Aço inoxidável: liga de ferro, carbono, cromo e níquel. Por não sofrer oxidação, é
amplamente utilizada em equipamentos para indústria, na fabricação de utensílios domésticos
e peças de carros.

As ligas não ferrosas são as que não apresentam o ferro como principal constituinte. Alguns
exemplos:

Latão: liga de zinco e cobre. São resistentes à corrosão, inclusive à água do mar. É utilizada
em torneiras, navios, armas, e devido a sua flexibilidade também é utilizado na fabricação de
instrumentos musicais.

Bronze: liga de cobre e estanho. O estanho aumenta a resistência mecânica e a dureza do


cobre. Possui também elevada resistência à corrosão. É utilizada para fabricar moedas,
estátuas, sino, entre outros.

Ligas de alumínio: apresentam elevada condutividade elétrica e térmica, baixa temperatura


de fusão e baixa densidade. Os elementos de liga são: Cu, Si, Mg, Zn, Li.

Magnálio: liga de magnésio e alumínio. Devido à baixa densidade é utilizada em peças de


avião.

Zamac: liga de zinco, alumínio, magnésio e cobre. Possui boa resistência à tração, corrosão e
choques. É utilizada em fechaduras, brinquedos entre outros.

Aplicação dos metais

Os metais são atualmente essenciais para o nosso dia-a-dia. Os que são mais utilizados são o
alumínio (em latas), o cobre (nos cabos de telefone), o chumbo (em baterias de automóveis),
o níquel (em baterias de celulares), o zinco (em telhas) o ferro e o aço (automóveis e

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construções). Uma vez que têm um tempo de decomposição muito alargado, é essencial
reciclar estes materiais de modo a reduzir os impactos ambientais. Por exemplo o aço demora
mais de 100 anos a ser reabsorvido pela natureza, enquanto que o alumínio demora entre 200
a 500 anos. Os metais são recursos finitos e cada vez mais utilizados, a reciclagem, torna-se
num meio cada vez mais útil na conservação do meio ambiente, garantindo a reutilização dos
metais o que pode trazer também benefícios económicos.

1. Faça uma pesquisa sobre os metais mais abundantes em Moçambique. Indique as


regiões do país com mais abundância desses recursos minerais e fale-nos da aplicação dos
metais.

2. Faça a recolha de vários tipos de metais e constitua um mostruário tendo em conta as


características e propriedades de cada um deles.
3. Realize um levantamento de actividades de ferreiros ou pequenas oficinas de latoaria
e registe os procedimentos e instrumentos de produção.
4. Faça um objecto decorativo, lúdico ou utilitários a sua escolha com base em metal
reciclado.
5. Produza algarismos numéricos e letras do alfabeto em 2D e 3D com recurso a arame e
latas de refresco.

Leia o texto disposto na lição e faça pesquisas em diferentes manuais de química e noutras
fontes disponíveis na internet, veja o youtube e assista os tutoriais disponíveis sobre a
produção de objectos metálicos, visite oficinas e latoarias existentes na sua comunidade,
recicle diferentes tipos de metais para concluir com êxito a actividade proposta. Durante a
execução das actividades grave vídeo tutoriais e fotos.

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Lição no 2

Técnicas e ferramentas usadas na transformação dos metais

Para o estudo desta lição deverá despender 2 (duas) horas.

Introdução da lição

Ferramentas e utensílios usados na transformação dos metais;

As técnicas usadas para a transformação dos metais são basicamente: medir e traçar, cortar,
dobrar, furar, unir, repuxar, limar e polir.

Traçar

Para marcar ou traçar linhas utiliza-se o riscador, uma espécie de “lápis” para metal. A
marcação de pontos é feita com ajuda de uma punção de bico. No caso de medição e traçado
de linhas rectas e curvas, recorre-se ao esquadro metálico, a régua e ao compasso.

Ferramentas para medir e marcar ou traçar

Escala metálica
Esquadro metálico Fita-métrica

Riscador
Compasso de pontas
Escala metálica – É uma régua para fazer medições.

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Esquadro metálico – Serve para verificar esquadrias e traçar ângulos retos.
Fita-métrica - Serve para medir.
Riscador – Serve para traçar em superfícies metálicas.
Compasso de pontas - Serve para traçar circunferências em superfícies metálicas e para
transportar medidas.
Cortar

Para, cortar e serrar, são usados alicates, tesoura corta-chapa, escopro, serra de rodear,
serrotes.

Ferramentas para serrar e cortar:

Serrote de metais ou de ferro Tesoura de latoeiro ou corta chapas Alicate de corte

Serrote de metais – serve para cortar metal;


Tesoura de latoeiro – serve para cortar chapas de metal;
Alicate de corte – Serve para cortar arrame.
Furar
Para furar o metal é usado o berbequim que se auxilia de uma a broca para realizar o furo ou
pode se usar o punção de bico.

Utensílios e ferramentas para furar

Punção Brocas
Punção – Serve para fazer furos ou marcar peças metálicas;
Brocas – São utilizadas com o berbequim para fazer furos. Têm várias espessuras.
Unir

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Para unir pode ser aplicada a soldadura (de estanho ou de chumbo), a quinagem e a rebitagem
que é feita com uma máquina de rebitar.

Chapas unidas por soldadura, quinagem e rebitagem


Repuxar ou modelagem/moldagem
O repuxo de metais é um método usado para a fabricação de peças metálicas cilíndricas,
esféricas e cônicas. O método recebe esse nome porque o metal é repuxado contra o molde
para que assuma a sua forma. Consiste em dar forma ao metal e para tal pode se usar o
martelo de bola, martelo de boracha e o buril se chapa for leve.
[inserir imagens de matais repuxados]

Utensílios e ferramentas para debastar e polir

Lixa para metal Lima de metal ou limatão

Lixa para metal – É uma folha de papel abrasivo que desgasta o metal atravez de fricção.
Cada lixa tem um número. Quanto maior for o número é menos abrasivo;
Lima de metal ou limatão – Serve para desbastar metais.

Ferramentas auxiliares

Chave de fenda Chave philips ou de estrela Chave-inglesa

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Alicate Martelo
Chave de fenda – Serve para aparafusar parafusos de renhura;
Chave philips ou de estrela – Serve para aparafusar parafusos com ranhura em estrela;
Chave-inglesa – Serva para aparafusar porcas e parafusos de cabeça sextavada;
Alicate – Serve para apertar, cortar e dobrar.
Martelo – Serve para pregar ou exercer pressão sobre o material metálico.

Ferramentas Auxiliares

Grampo Grampo de esquadria Torno de bancada


Grampo – Serve para prender uma peça a uma bancada ou para manter duas peças juntas
enquanto estas estão a colar;
Grampo de esquadria – Serve para ligar duas peças em esquadria;
Torno de bancada – Serve para prender uma peça.

Máquinas usadas na transformaçao dos metais

Berbequim eléctrico Plaina limadora

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Fresadora Torno mecânico
Berbequim eléctrico – É máquina que tem como finção principal a execução de furos;
Plaina limadora – É maquina ferramenta que serve para regular a espessura de cavaco;
Fresadora – É máquinq ferramenta de movimento contínuo da ferramenta, destina-se a
usinagem de materiais;
Torno mecânico – É máquina ferramenta que permite usinar peças de forma geométrica.

Técnicas de transformação dos metais (a frio e a calor)


As técnicas usadas para a transformação dos metais são basicamente: medir e traçar, cortar,
dobrar, furar, unir, repuxar, limar e polir.

Corte e dobra a frio

Os processos de corte e dobra a frio têm como objetivo separar e deformar a peça de aço
inox. Isso é feito com o uso de uma guilhotina de corte e uma dobradeira, equipamentos que
permitem que a peça seja trabalhada sob medida de acordo com a necessidade de seu projeto.

Corte e dobra de ferro e aço Corte e dobra de chapa galvanizada Corte e dobra de chapa de aço inox

Processo de fundição de metais.


Ao se extrair a rocha com minérios, a obtenção do metal passa por um processo de fundição.
Neste processo de transformação metalúrgica, são retiradas as impurezas do metal, realizadas
as ligas metálicas e obtida uma substância homogénea. Com o metal fundido, podem ser
fabricados vários objectos aplicando principalmente os moldes.

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Processo de fundição metálica e enchimento de moldes

Estratégias de ensino de metais


Prezado professor as estratégias do ensino sobre metais não foge ao enuciado em madeira,
pois exige que o professor visite uma latoaria ou uma oficina de fundiçao de metais
disponível em sua comunidade para aprofundar seus conhecimentos e habilidades sobre os
materiais e ferramentas utilizadas na transformação dos metais.
Para leccionair este conteúdo terá que aproveitar no máximo o conhecimento dos alunos
sobre o tema em questão pois eles terão muito a partilhar, visto ser uma matéria prima que faz
parte do seu dia-dia, temos que seleccionar com antecedência as questões que permitirão que
os alunos contribuam com seus conhecimentos e experiências com os metais.
Uma das formas mais práticas de fazer isso é preparar o material didáctico e usar os jogos
durante a introdução e motivação para elevar o ânimo dos seus alunos. Pode recorrer às
técnicas de elaboração conjunta e de trabalho em grupo citadas na liçao anterior para tornar a
aula mais interactiva. Se achar conveniente, durante as aulas práticas pode convidar um
latoeiro ou serralheiro ou qualquer outro artesão habilidoso para dinamizar as actividades de
produção de objectos.
Oriente sempre um trabalho para casa para que os launos aprimorem as técnicas e ganhem
habilidades na utilização das ferramentas usadas na transformação dos metais. No final
organize uma exposição e deixe que cada aluno fale do seu trabalho realçando mais os
aspectos positivos e pouco os negativos.

O trabalho com metais implica lidar com muito equipamento cortante e de pontas
aguçadas. É importante ter-se muita atenção na manipulação destes objectos. Procure segurar
as chapas, os arames, os alicates, etc. com luvas, e vista material protector sempre que
necessário.

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1. Planifique e lecione uma aula prática sobre técnicas de transformação dos metais e
faça a sua análise reflexiva junto com seus colegas de escola. Peça que os colegas gravem
vídeos e façam fotos sem deixar de lado a seleção e produção de material didáctico para
aula.
2. Desenhe e recorte letras do alfabeto e algarismos númericos numa chapa de lata de
refresco.

Prezado professor leia o texto disposto na lição e os manuais de ofícios do ensino primário,
use o programa de ensino e plano analítico para planificar a aula, não se esqueça de produzir
o material didáctico necessário e avise aos alunos com antecedência para que tragam o seu
próprio material.

Prezado professor nesta unidade, abordamos sobre a origem e propriedades dos metais que
são matérias-primas originários de rochas naturais com minérios, extraídos do subsolo.
Perante a variedade dos metais e suas propriedades, estes recebem diferentes aplicações e
ainda dependendo das necessidades os metais podem ser combinados para a formação de
ligas metálicas que são mais resistentes e usadas em diferentes áreas como construção civil,
mecânica, indústria automóvel entre outras.
Foram ainda abordadas as principais técnicas de transformação dos metais, entre elas medir e
traçar, cortar, dobrar, furar, unir, repuxar, limar e polir, bem como as respectivas ferramentas
e instrumentos aplicados e por fim falamos das estratégias utilizadas no ensino de metais.

1. Qual é origem dos metais?


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2. Identifique alguns metais mais comuns e fale das suas características e aplicações.
3. Qual o único metal líquido a 20 ºC?
4. Que metal tem cor amarela?
5. Que metal possui cor avermelhada?
6. Cite um metal usado em panelas e latas de refrigerante.
7. Cite um metal que seja considerado bem denso.
8. Que metal é constituinte de latarias de automóveis?
9. Cite três metais usados na manufatura de joias.
10. A transformação dos metais obedece dois principais processos. Quais são?
11. Explique em que consiste a fundição.
12. Aponte as técnicas de transformação dos metais e os instrumentos mais utilizados.
13. Dê exemplos de objectos, utilitários, decorativos e lúdicos produzidos através dos
metais.
14. No trabalho com metais, as ferramentas são agrupadas segundo suas funções. Para
cada função aprendida aponte pelo menos três ferramentas usadas.
15. Que ferramentas auxiliares são usadas em metais e qual é a sua função?
16. Quais são as técnicas de acabamento dos metais?

Estimado professor, os exercícios de avaliação propostos exigem a sua aplicação na leitura do


texto das lições da unidade temática e nas pesquisas em diferentes fontes bibliográficas e na
internet, na visita às oficinas de laoaria bem como na realização das actividades propostas em
cada lição.

Brito, Carlos. Trabalhos Manuais – 6a Ano. Texto editora 1992.


Mazive, Alberto et all. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 7aClasse. Longman 2004.
ZANDAMELA, André Justino. O saber das Mãos – Livro do aluno, Ofícios 6aClasse.
Longman 2012.
DA COSTA, Daniel Dinís e HOGUANE, José J. A. Módulo de didáctica de Educação Visual
e Ofícios. INDE 2012.
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FELTRE, Ricardo – 6.ed. – São Paulo: Moderna 2004 – v.1. Química Geral.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/propriedades-dos-metais.htm Consultado em
27 de maio de 2019.
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Metais"; Brasil Escola. Disponível em
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/metais.htm . Consultado em 27 de maio de 2019.
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/quimica/ferro-ocorrencia-obtencao-industrial-
propriedades-e-utilizacao.htm?cmpid=copiaecola Consultado em 27 de maio de 2019.
https://www.passeidireto.com/arquivo/4530627/aplicacoes-dos-metais Consultado em 27 de
maio de 2019.
http://www.nugerina.com.br/repuxo-metais Consultado em 27 de maio de 2019.

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