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Sistema de classificação: atividade

prática de taxonomia
Classificar significa agrupar, tendo por base aspectos de
semelhança entre os elementos classificados.

Vivemos automaticamente classificando coisas e ideias, a fim


de compreendê-las.

Ao se classificar livros, por exemplo, leva-se em conta critérios


de semelhança como autor, editora, o ano em que o livro foi
publicado, assunto etc.

Em qualquer atividade científica é fundamental a definição de


critérios.

Para que os procedimentos de classificação possam ser


igualmente entendidos e aplicados por qualquer estudioso.

Mas, apesar disso, os critérios de classificação são relativos.

Dependem do contexto em que são classificados, do momento


histórico e das necessidades da área.

Atualmente, os sistemas de classificação consideram um


conjunto de caracteres relevantes, os quais permitem verificar
as relações de parentesco evolutivo e estabelecer a filogenia
dos diferentes grupos.

Ou seja, estabelecer as principais linhas evolutivas desses


grupos.

Os estudos em taxonomia são essenciais ao conhecimento da


biodiversidade.

Fornecendo também subsídios para outras áreas, além de


embasar programas de conservação.
Mas como trazer isso para a sala de aula?

Por que não ensinar como é a classificação dos seres vivos,


fazendo uma classificação?

Essa atividade prática pode ser realizada de duas formas.

Sistema de Classificação com critérios dos alunos

Como você classificaria em grupos esses botões?

Os alunos podem ser divididos em grupos.

Cada grupo recebe uma quantidade de diferentes botões.

Os alunos devem analisar os botões e dividir em grupos.

Nessa atividade os próprios alunos criam os critérios de


classificação.

Você pode pedir para que os grupos comparem os critérios de


classificação.

E a partir disso, explicar por que dos botões terem sido


classificados de formas diferentes.

Ou qual a classificação era a esperada.


Sistema de classificação com critérios pré estabelecidos
Nessa atividade os alunos, também em grupos, constroem uma
chave de classificação para os botões utilizando os níveis de
classificação do sistema de Lineu.

Ou seja, que contenha reino, filo, classe, espécie.

Para isso, poderão usar características como cor, forma,


textura, tamanho, espessura e número de buracos.

Os botões que os alunos receberão tem espécies


representadas.

Por exemplo:

 Botão médio, azul com 4 buracos – Apis mellifera –


Abelha.

 Botão grande, azul com 4 buracos – Atta silvai – Formiga


Saúva.

 Botão pequeno, azul com 2 buracos – Vitalius roseus –


Aranha Caranguejeira.

 Botão pequeno, rosa com dois buracos – Dicksonia


sellowiana – Samambaiaçu.

 Botão pequeno, branco com dois buracos – Araucaria


angustifólia – Pinheiro-do-Paraná.

 Botão grande branco com dois buracos – Myrciaria


trunciflora – Jabuticabeira.
É importante
lembrar os alunos que reino agrupa seres muito diferentes
como um homem, uma serpente e um mosquito.

Mas que possuem características gerais em comum.

Por exemplo: todos são pluricelulares, eucariontes e


heterótrofos.

Enquanto que a categoria espécie agrupa apenas seres


altamente parecidos como todos os seres humanos.

Assim, o reino que agruparia todos os seres redondos,


coloridos, com furos seria o Reino dos Botões.

Para realizar a classificação nesse sistema é necessário dar


aos alunos a chave de identificação e a descrição das
espécies.

Ambas podem ser impressas aqui e aqui.

É importante discutir com os alunos aspectos desta atividade e


da atividade científica.
Nem todos utilizarão as mesmas características e terão
classificações diferentes na sala.

Isso acontecerá em ambas atividades porque não houve uma


padronização de quais características deveriam ser utilizadas
para cada categoria criada.

Muitas vezes isso também ocorre no meio científico e uma


mesma espécie é classificada como sendo duas espécies
diferentes.

Outra falha deste instrumento é que ele utiliza poucas


características para classificar.

Quando se faz a classificação de um ser vivo deve-se utilizar o


máximo de características possíveis para que a chave seja
mais confiável.

Discuta com os alunos porque a quantidade de características


é importante.

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